redação de correspondências oficiais

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Everardo Leitão COMPLEMENTO • Redação de Correspondências Oficiais Brasília 2010

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Page 1: Redação De Correspondências Oficiais

Everardo Leitão

COMPLEMENTO

• Redação de Correspondências Oficiais

Brasília

2010

Page 2: Redação De Correspondências Oficiais

© 2010 Vestcon Editora Ltda.

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográ-ficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas.

Título da obra: BB – Banco do Brasil S.A. (Complemento)Escriturário – Nível Médio

Atualizada até 4-2010 (A1-AB107)

(De acordo com o Edital nº 1, de 2010/002–BB, de 27 abril de 2010 – FCC)

Redação de Correspondências Oficiais

Autor:Everardo Leitão

DIRETORIA EXECUTIVANorma Suely A. P. Pimentel

DIREÇÃO DE PRODUÇÃOMaria Neves

SUPERVISÃO DE PRODUÇÃODinalva Fernandes

EDIÇÃO DE TEXTOReina Terra AmaralLílian L. S. Alves Queiroz

CAPA/IlUSTRAÇÃORalfe Braga

EDITORAÇÃO ElETRÔNICAAdenilton da Silva CabralAntonio Gerardo PereiraCarlos Alessandro de Oliveira FariaDiogo AlvesLuis Augusto GuimarãesRobson Alves Santos

REVISÃOCarolina CruzJúlio César M. FrançaKátia RibeiroLílian AlvesMarina DinizMicheline FerreiraPriscila AlmeidaRaquel da Cruz

SEPN 509 Ed. Contag 3º andar CEP 70750-502 Brasília/DFSAC: 0800 600 4399 Tel.: (61) 3034 9576 Fax: (61) 3347 4399

www.vestcon.com.br

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Redação de Correspondências Oficiais .......................................................... 5

SUMÁRIORedação de Correspondências Oficiais

BancO dO BRaSIl

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REDAÇÃO OFICIAL

A publicação do Manual de Redação da Presidência da República1, em 1991, representou um marco para a redação oficial nos concursos. É que, com ele, passou a existir um conjunto de normas amplamente adotado para o emprego e o padrão dos textos oficiais.

Mesmo sendo obrigatório apenas no Poder Executivo federal, observa‑se que estados, municípios e mesmo outros poderes vêm se espelhando no Manual para as próprias normas, o que faz dele um modelo cada vez mais adotado Brasil afora.

Em 2002, publicou‑se uma segunda edição da obra, que pode ser encontrada no endereço eletrônico www.planalto.gov.br, versão que utilizamos como refe‑rência.

DEFINIÇÃO

Diz o Manual:

redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.

A partir da definição, pode‑se representar assim o processo de comunicação oficial:

Emissor rEcEptor

PoderPúblico

• Cidadão• Empresa particular

• Instituição particular• Poder Público

Quer dizer, somente se classifica como redação oficial o texto emitido pelo Poder Público. Quando um órgão público escreve para cidadão, empresa ou instituição particular ou ainda para outro órgão público, emite um texto enquadrado no gênero. Já se a correspondência é escrita por uma empresa particular, não é redação oficial, mesmo que trate de assunto oficial.

Dentro do gênero, estão os atos normativos e as comuni cações . Os dois assuntos apare‑cem em partes separadas do Manual: Parte I – As comunicações oficiais e Parte II – Os atos nor‑mativos.

Textos que tratam de normas, como lei, medida provisória e decreto.

Correspondências, como ofício e memorando.

1 Aqui mencionado, a partir deste ponto, abreviadamente como Manual. Ver Bibliografia.

NOS CONCuRSOS

As questões de reda‑ção oficial nos concursos avaliam o domínio do candidato sobre emprego e padrão dos textos emi‑tidos por órgão público.

Situação específica em que cada tipo de texto é utilizado. Por exemplo, a pergunta pode ser: “De um ministro para o presi‑dente da República, qual a mo‑dalidade de texto adequada?”2

Forma. Por exemplo: “Memo‑rando tem vocativo?”3

23Quando não há menção específica no edital a que

conteúdo estaria incluído como redação oficial, a prática indica que a cobrança nas provas abrange as correspon‑dências oficiais, modalidades utilizadas mais dissemina‑damente no Serviço Público.

Importante comentar que, mesmo nos casos em que o Manual é citado no edital, costumam cair na prova per‑guntas sobre tipos de texto não incluídos no normativo. É o caso, por exemplo, de requerimento e ata. Por essa razão, vamos enfocar, além do que está no Manual, outros conteúdos que costumam ser cobrados em concursos.

PRINCíPIOS E AtRIbutOS DA REDAÇÃO OFICIAL

O art. 37 da Constituição Federal estabelece:

A administração pública direta, indireta ou fun‑dacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoa‑lidade, moralidade, publicidade e eficiência (...).

Como todo ato da administração pública, as corres‑pondências e textos normativos estão subordinados aos princípios constitucionais. Ainda que todos se apliquem à redação oficial, dois são mais especificamente relacio‑nados com ela: impessoalidade e publicidade.

Sinteticamente, podemos dizer que o princípio constitucional da impessoalidade busca preservar os atos realizados pela administração pública de privilégio, favorecimento ou tratamento discriminatório.

Já o princípio da publicidade defende a transparên‑cia: todos temos que poder acompanhar o que fazem os administradores públicos.

Os dois têm aplicação óbvia à escrita, como se pode acompanhar nos atributos ou características da redação oficial deles derivados: impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.

AtRIbutOS Ou CARACtERíStICAS DA REDAÇÃO OFICIAL

Impessoalidade

Segundo o Manual, a característica decorre:

a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um

2 Resposta: exposição de motivos.3 Resposta: não.

RedaçãO de cORReSpOndêncIaS OfIcIaISEverardo Leitão

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expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém‑se, assim, uma dese‑jável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;b) da impessoalidade de quem recebe a comu‑nicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois ca‑sos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;c) do caráter impessoal do próprio assunto tra‑tado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qual‑quer tom particular ou pessoal.

Como se vê, a impessoalidade aplica‑se, em primeiro lugar, a quem escreve o texto, ao signatário. Aquele que assina não é o remetente, não é o dono da correspondên‑cia – o emissor na redação oficial é sempre o Serviço Público. O redator não pode, portanto, deixar que sua visão, seus interesses ou sua vontade se reflitam no texto.

Da mesma maneira, aplica‑se ao destinatário, que não pode também influenciar a maneira como o texto é escrito. Não pode haver discriminação nem favorecimento.

Por fim, aplica‑se ao assunto. Independentemente da importância ou relevância social, por exemplo, todos os conteúdos devem merecer igual tratamento num texto oficial.

Esta é uma ilustração de texto inadequado quanto ao atributo da impessoalidade:

Defendo que o projeto seja implantado sem alterações.

Quem escreve em nome do Serviço Público não pode manifestar sua posição pessoal. O projeto deve ou não ser implantado sem alterações, de acordo com critérios obje‑tivos e relacionados apenas ao interesse público? Essa é a questão que interessa analisar no caso de nossa ilustração. Mais apropriado, portanto, seria dizer:

O projeto deve ser implantado sem alterações.

Observe:a) a primeira pessoa do plural (nós) é utilizada nos

expedientes oficiais;b) o uso da primeira pessoa do singular (eu) não carac‑

teriza, por si só, um desrespeito à impessoalidade. Veja a diferença entre estas frases:

Avalio a proposta como brilhante.

Solicito a compra de duas impressoras para o Setor.

Apenas a primeira infringe a norma da impessoalida‑de, por adotar tom subjetivo. Já a segunda é impessoal: o texto é escrito em nome do setor, sem interferência subjetiva do signatário.

uso do padrão culto de linguagem

Este atributo é traduzido nos dois mandamentos a seguir comentados.

Obediência à gramática formalO texto oficial não pode incorrer em erros contra a

gramática: ortografia, pontuação, concordância, regência, etc. A frase a seguir, por exemplo, não é adequada:

Em resposta ao Memorando 25‑ZX de 29 de julho de 2009, informamos que...

Falta a vírgula depois de “25‑ZX”. Uma vez que o memorando vem identificado pelos dois elementos, nú‑mero e data, o segundo deve vir intercalado:

Em resposta ao Memorando 25‑ZX, de 29 de julho de 2009, informamos que...

Utilização de vocabulário simplesAs palavras e expressões utilizadas devem ser enten‑

didas por todos os usuários da língua. Para isso, há duas categorias de orientação:

c) não utilizar (inclusão proibida): gíria, jargão téc‑nico, regionalismo, linguagem rebuscada, constru‑ções próprias da literatura;

d) evitar (inclusão somente quando indispensável): termo técnico, neologismo e estrangeirismo.

Exemplo de vocabulário inadequado:

Infenso à loquacidade, nada falou.

A construção “Infenso à loquacidade” é de difícil entendimento, em razão das palavras pouco usuais, re‑buscadas. Possível correção:

Contrário à tagarelice, nada falou.

Clareza

Para que o texto possa ser considerado claro, tem que ser entendido:

a) por todos os leitores: a redação deve permitir o entendimento pelo conjunto dos usuários da língua;

b) da mesma maneira: se todos entendem, mas o entendimento não é único, o texto não é claro;

c) imediatamente: a compreensão da mensagem não pode tomar muito tempo do leitor.

O texto claro evita principalmente:a) ambiguidade ou anfibologia: não deve haver a

possibilidade de duplo entendimento. Por exemplo, a frase

Quando me encontrei com você e seu irmão, eu lhe entreguei a fotografia.

não é clara. Entregou a fotografia a quem? O “lhe” tanto pode estar se referindo a “você”, como a “seu irmão”. Exemplo de possível correção:

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Entreguei a você a fotografia, quando o encontrei juntamente com seu irmão.

b) obscuridade: deve‑se eliminar a complexidade, a redação difícil de acompanhar. Veja:

Ao prefeito, fez questão o contibuinte de, sem demora, em resposta pronta ao que considerara, com razão, falta de respeito do atendente que o houvera destratado, entregar, em público, apesar da recusa inicial da autoridade, uma nota de protesto, redigida de próprio punho, em que, com vigor, exigia pu‑nição para o faltoso.

A frase tende a dar trabalho para ser entendida pelo leitor. O tamanho exagerado e a grande quantidade de intercalações explicam essa maior dificuldade de compreensão. Agora veja um exemplo de pos‑sível correção:

O contribuinte apresentou ao prefeito uma nota de protesto contra atendimen‑to desrespeitoso que havia recebido numa repartição municipal. A entrega foi em público, apesar da recusa inicial da autoridade.

c) pedantismo: é melhor não procurar impressionar o leitor com um texto rebuscado. Além de, na maioria das vezes, soar falsa, a redação cheia de palavras difíceis e expressões pouco usuais costuma des‑pertar a antipatia do leitor. Sem contar que não é entendida. Veja um exemplo de texto pedante e, por isso, inadequado:

O pândego irrompeu pelo recinto fazendo alarido, não obstante sua per‑manência ter sido assaz fugaz.

Exemplo de possível correção:

O brincalhão apareceu de repente gri‑tando no local, embora sua permanên‑cia tenha sido muito rápida.

Concisão

O texto conciso é aquele que economiza palavras: “máximo de informações com um mínimo de palavras”. O Manual explica o que deve ser feito para conseguir con‑cisão: “cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.” É a qualidade do texto enxuto.

A concisão é muitas vezes confundida com objeti‑vidade. No entanto, objetivo é o texto que vai direto ao ponto. O que tem que ser dito é dito sem rodeios. Significa economia na quantidade de informações ou ideias. Já a

concisão, que tem a ver com a maneira de dizer, significa economia na quantidade de palavras.

Mas atenção: recomendar concisão e objetividade não equivale a defender o laconismo, que é a caracterís‑tica de ser incompleto, com lacunas, truncado. O texto lacônico elimina indevidamente o que é essencial para o entendimento e tem, portanto, um defeito. Não se deve cortar o que é necessário para o entendimento da mensagem.

Confira alguns exemplos clássicos de falta de con‑cisão:

Em vez de Prefira Venho, por meio desta, informarO objetivo deste é convidarTemos a enorme honra de comunicar

InformamosConvidamosComunicamos

Essas expressões, geralmente utilizadas na introdução das correspondências, são dispensáveis. Não é preciso anunciar o que vai ser feito – basta fazer.

Anexo à presente o documentoAnexa segue a cópia

Anexo o documen‑toAnexa a cópia

Se é anexo, é “à presente” e “segue”. Anexo já diz tudo isso.

Em seu memorando datado de 8 de julho

Em seu memo‑rando de 8 de julho

O datado é redundante.

A reunião ocorrerá no próximo dia 5 de maio do corrente ano

A reunião ocorrerá em 5 de maio

Se o texto diz “5 de maio”, não há dúvida de que é o próximo e do corrente ano. Caso contrário, o texto informaria.

Aproveitamos a oportunidade para −

A expressão até poderia caber, se o texto fosse mudar de assunto. Mas mudar de assunto numa correspondência é inadequado: assuntos diferentes podem ter responsáveis diferentes no destino e arquivo diferente na origem, o que levaria a aumento de custos administrativos com cópias e manipulação.

Sem mais para o momentoColocamo‑nos à disposição para dirimir eventuais dúvidas

−−

Expressões dispensáveis: se houvesse mais para o momento, estaria no texto; se houver alguma dúvida, é óbvio que o autor deverá estar à disposição para dirimi‑las. Sem contar que “dirimir” é palavra pouco usual e, portanto, inadequada.

A solução definitiva para o problema A solução

Se não é definitiva, não é solução. E, se é solução, é para o problema.

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Formalidade

Formalidade é distância de respeito em relação ao destinatário do texto. O comportamento formal é cerimo‑nioso, regido por regras. Assim deve agir quem escreve em nome do Serviço Público.

O Manual inclui na característica:a) uso correto do pronome de tratamento: o pronome

é utilizado de acordo com o cargo do destinatário. Veja exemplo de trecho inadequado de correspon‑dência endereçada a um governador:

Vossa Senhoria receberá o equipamento no próximo mês.

Correção:

Vossa Excelência receberá o equipa‑mento no próximo mês.

O erro é que o pronome de tratamento para o go‑vernador é Vossa Excelência;

b) polidez, civilidade: o texto deve ser educado, res‑peitoso. O trecho a seguir não é polido e, assim, não pode estar num texto oficial:

O comportamento de Vossa Excelência foi uma palhaçada.

Palhaçada é um desaforo, o que é inaceitável nos textos do gênero. Preferível:

O comportamento de Vossa Excelência foi inadequado.

uniformidade ou Padronização

Os textos oficiais seguem um padrão. Não cabe ao redator escolher como vai formatar suas mensagens. A maneira como deve ser escrito o vocativo, por exemplo, não depende da vontade do usuário. Para ilustrar, podemos dizer que, numa correspondência dirigida a um secretário de prefeitura, é inadequado o seguinte vocativo:

Exmº Sr. Secretário,

Correção:

Senhor Secretário,

Como se verá a seguir em As Comunicações Oficiais, o secretário deve receber o vocativo comum.

AS COmuNICAÇõES OFICIAIS

O capítulo abrange os diversos tipos de correspondên‑cia ou expediente utilizados no Serviço Público.

REgRAS gERAIS

Começamos falando das regras que valem para todos os expedientes oficiais.

Pronomes de tratamento

O pronome de tratamento equivale a um pronome pessoal e é utilizado em referência ao interlocutor, como Vossa Excelência e Vossa Senhoria (formas de cerimônia), mas também o senhor, a senhora, a senhorita e você (menos formais).

Vamos tratar aqui das formas de cerimônia, que são as utilizadas nas correspondências.

Este tipo de pronome é uma marca de formalidade no tratamento com os interlocutores do Serviço Público. Em vez dos usuais o senhor ou a senhora, o redator dos textos oficiais deve utilizar o pronome de tratamento adequado ao cargo a quem for dirigida a comunicação.

Assim, é inadequado escrever, porque não está de acordo com o nível de formalidade exigido para uma correspondência oficial:

Convidamos o Senhor para uma reu‑nião (...).

O correto é, por exemplo:

Convidamos Vossa Excelência para uma reunião (...).

O pronome de tratamento pode aparecer de duas formas, conforme a situação:

VossaQuando em referência ao destinatário da corres‑pondência, àquele com quEm sE fala. Exemplos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Emi‑nência.

suaQuando em referência a um terceiro, àquele Em quEm sE fala.Exemplos: Sua Excelência, Sua Senhoria, Sua Eminência.

Embora as formas de tratamento iniciadas por Vossa sejam da segunda pessoa da comunicação ou do discurso, porque se referem ao receptor, a concordância verbal e pronominal é com a terceira pessoa. Assim:

O VERBO VAI PARA A TERCEIRA PESSOA:Vossa Excelência informou.Vossa Senhoria conhece.

O PRONOME POSSESSIVO VAI PARA A TERCEIRA PESSOA:Vossa Excelência dará seu despacho.Vossa Senhoria manifestou sua posição.

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Já a concordância nominal depende do gênero do destinatário da correspondência:

Vossa Excelência está certo. (Gênero masculino)Vossa Excelência está certa. (Gênero feminino)

O emprego do pronome de tratamento ajusta‑se ao destinatário, como especificado nas tabelas a seguir.

Vossa ExcElência

a) Poder Executivo: Presidente da República; Vi‑ce‑Presidente da República; Ministros de Estado (Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República, o Advogado‑Geral da União e o Chefe da Corregedoria‑Geral da União); Governadores e Vice‑Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais‑Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários‑Executivos de Minis‑térios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.

b) Poder Legislativo: Deputados Federais e Sena‑dores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Supe‑riores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.

outros pronomEs dE tratamEnto

Reitor – Vossa Magnificência; Papa – Vossa Santidade; Cardeal – Vossa Eminência ou Vossa Eminência Re‑verendíssima; Arcebispo e Bispo – Vossa Excelência Reverendíssima; Monsenhor, Cônego e superiores religiosos – Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima; sacerdotes, clérigos e demais religio‑sos: Vossa Reverência.

Vossa sEnhoria

Por exclusão, as demais autoridades e particulares. Quer dizer, quem não estiver nas listagens de Vossa Excelência ou Outros pronomes de tratamento acima, recebe Vossa Senhoria.

Observe um exemplo de como utilizar as tabelas: a lista de cargos do Poder Legislativo que recebem o tra‑tamento Vossa Excelência termina com “Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais”. Assim, o Presidente da Câmara é Vossa Excelência, mas o Vereador, que não aparece na lista, é Vossa Senhoria. Convém relembrar que estamos nos referindo ao tratamento dado nas correspon‑dências emitidas pelo Poder Executivo federal.

Vocativo

O vocativo é a expressão que é utilizada para chamar a atenção do destinatário da correspondência ou invocá‑lo. É a parte do expediente que aparece imediatamente antes do corpo:

(...)Senhor Secretário, Vocativo

Em resposta ao Memorando 456‑XX, de 20 de julho de 2009, enviamos a cópia solicitada.(...)

Corpo

Vocativos especiaisOs chEfEs dE podEr fEdEral recebem, no vocativo,

a expressão Excelentíssimo Senhor seguida do cargo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal,

Para esses três cargos, todas as expressões devem vir sempre por extenso: Vossa Excelência, Excelentíssimo Senhor.

Outros vocativos especiais:

rEitor:Magnífico Reitor,

papa:Santíssimo Padre,

cardEal:Eminentíssimo Senhor Cardeal,ouEminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,

Regra geralPara as autoridades não enquadradas nos casos ante‑

riores e para os particulares, o vocativo é formado pela expressão Senhor ou Senhora seguida do cargo ou do nome, conforme o caso. Alguns exemplos:

Senhor Ministro,Senhora Governadora,Senhora Senadora,Senhor Secretário,Senhor Juiz,Senhora Diretora,Senhor Coordenador,Senhora Fulana de Tal,

Endereçamento no envelope

Para os cargos que recebem o tratamento de Vossa Excelência, o endereçamento é assim:

• na primeira linha, a expressão A Sua Excelência o Senhor ou A Sua Excelência a Senhora;

• na segunda linha, o nome;• na terceira linha, o cargo;• a partir da quarta linha, o endereço completo.

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Exemplos4:

A Sua Excelência o SenhorFulano de TalMinistro de Estado da Justiça70064‑900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o SenhorFulano de TalJuiz de Direito da 10a Vara CívelRua ABC, no 12301010‑000 – São Paulo. SP

Observe como não há crase antes das formas de tratamento de ceri‑mônia5.

5Como se pode verificar nos exemplos do Manual, no

endereçamento para senador ou deputado, o cargo vem antes do nome, já na segunda linha, como a seguir6:

A Sua Excelência o SenhorSenador Fulano de TalSenado Federal70165‑900 – Brasília. DF

Para os que recebem o tratamento de Vossa Senhoria, subscrita‑se o envelope assim:

• na primeira linha, a expressão Ao Senhor ou À Senhora;

• na segunda linha, o nome;• na terceira linha, o cargo, quando for o caso;• a seguir, o endereço completo.

Este é o exemplo do Manual:

Ao SenhorFulano de TalRua ABC, nº 12312345‑000 – Curitiba. PR

Doutor

Doutor é título acadêmico reservado a quem concluiu curso universitário de doutorado. O Manual admite, porém, que seja utilizado também para bacharéis, espe‑cialmente em Direito e Medicina, por força do costume.

Fechos

São dois os fechos utilizados nas correspondências oficiais:

Respeitosamente,• para superiores hierárquicos, incluído o presi‑

dente da República.

Atenciosamente,• para os demais casos: mesma hierarquia, hie‑

rarquia inferior ou para as situações em que não há relação hierárquica entre destinatário e signatário.

4 Manual. 5 Aliás, as formas de tratamento que admitem o acento indicativo de crase são

senhora e senhorita. Alguns gramáticos registram também o acento antes de dona e madame.

6 Manual.

Identificação do signatário

Identifica‑se a pessoa que assina a correspondência da seguinte maneira, logo abaixo da assinatura:

• na primeira linha, o nome;• na segunda linha, o cargo.

Exemplos do Manual:

(espaço para assinatura)NOME

Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República

(espaço para assinatura)NOME

Ministro de Estado da Justiça

PADRÃO OFíCIO

É o conjunto de regras aplicáveis a ofício, aviso e memorando.

Estrutura

As partes comuns a esses três tipos de correspon‑dência são7:

a) número: tipo da correspondência + número + sigla do órgão remetente. Exemplos:

Mem. 123/2002‑MF Aviso 123/2002‑SG Of. 123/2002‑MME

O ano, que aparece nesses exemplos, não é citado na norma do Manual sobre a formação do número. Como não aparece em outros exemplos, pode‑se entender que, para o Manual, não seria obrigatório. Dessa forma, os exemplos poderiam ser reescritos da seguinte maneira:

Mem. 123‑MF Aviso 123‑SG Of. 123‑MME

b) local e data: mês por extenso, alinhamento à direita. Exemplo:

Brasília, 15 de março de 1991.

Observe: o ponto depois da data é obrigatório.

c) destinatário: identificação do receptor. Aparece em ofício, aviso e memorando, mas com formas distintas, como especificado em Ofício, Aviso e Memorando.

d) assunto: tema da correspondência. Exemplo do Manual:

Assunto: Produtividade do órgão em 2002.

Observe: alinhado à esquerda, o assunto vem em negrito. Como o ponto não é utilizado em todos os exemplos do Manual, pode‑se entender que não seria obrigatório.

O assunto é genérico, e sua inclusão tem a finali‑dade de facilitar a distribuição da correspondência no destino e o arquivamento na origem.

7 Os exemplos são do Manual.

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e) texto: corpo da correspondência. A organização do texto depende do gênero do expediente, se informativo ou argumentativo.

Para classificar quanto ao gênero, é necessário identificar o tipo do objetivo da correspondência.

Objetivo é a razão de ser da correspondência, aquilo para o que ela é escrita. Por exemplo, o objetivo pode ser convidar para uma reunião, fazer uma solicitação, responder a um expediente, propor alguma coisa.

Dizemos, então, que a correspondência é argumen‑tativa quando o objetivo é do tipo que exige defesa, fundamentação (solicitação ou proposta, por exem‑plo). Nos demais casos (convite, envio de documento, comunicação), dizemos que é informativa.

corrEspondência argumEntatiVa

Estrutura: Introdução: apresentação do objetivo. Lembra o

Manual que deve ser evitado o uso de expressões como:

Tenho a honra de...Tenho o prazer de...Cumpre‑me informar que...

Deve‑se ir direto ao objetivo, como no exemplo:

Informamos que...

Desenvolvimento: fundamentação, defesa do ob‑jetivo. Cada argumento em seu próprio parágrafo.

Conclusão: reafirmação do objetivo.

Numeração de parágrafos: A correspondência argumentativa tem todos os

parágrafos numerados, da introdução até a con‑clusão, “exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos”8.

corrEspondência informatiVa

Estrutura: Introdução: apresentação do objetivo. É a única

parte estrutural obrigatória na correspondência informativa.

Desenvolvimento: aparece apenas quando existe a necessidade de acrescentar algum comentário.

Lembra o Manual que, no caso de encaminhamento de documento ou cópia em razão de solicitação do destinatário, deve‑se iniciar a resposta pela referên‑cia à correspondência que está sendo respondida. Exemplo:

Em resposta ao Mem. 182‑DA, de 1º de junho de 2009, encaminho cópia do Ofício 859‑AD, de 29 de maio de 2009, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.

8 Manual.

Já quando o encaminhamento é por iniciativa do remetente, deve começar dizendo qual é a razão do envio. Exemplo:

Encaminho, para pronunciamento, o Ofício 859‑AD, de 29 de maio de 2009, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.

f) fecho;g) assinatura;h) identificação do signatário.

Diagramação

A diagramação dos expedientes do padrão ofício deve obedecer às seguintes orientações9:

a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder‑se‑á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;d) os ofícios, memorandos e anexos destes po‑derão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco;i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, som‑bra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento;j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;k) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A‑4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;l) deve ser utilizado, preferencialmente, o forma‑to de arquivo Rich Text nos documentos de texto;m) dentro do possível, todos os documentos ela‑borados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;n) para facilitar a localização, os nomes dos ar‑quivos devem ser formados da seguinte maneira:tipo do documento + número do documento + palavras‑chaves do conteúdoEx.: “Of. 123 – relatório produtividade ano 2002”

9 Manual.

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Ofício COMUNICAÇÃOEXTERNA

DefiniçãoÉ a modalidade de texto oficial utilizada para comuni‑

cação externa. Quer dizer, é o expediente que sai do órgão de onde emitido, excetuados os casos de aviso, exposição

de motivos e mensagem (ver itens Avulso, Exposição de motivos e Mensagem).

FormaAdota o padrão ofício, com a particularidade de que

é o único dos três textos que traz identificação completa do destinatário, com nome, cargo e endereço.

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Aviso MINISTRO PARA

MINISTRO

DefiniçãoÉ a modalidade de texto oficial utilizada por ministros de Estado para comunicação com outro ministro.

FormaAdota o padrão ofício, com a particularidade de que traz o destinatário identificado por nome e cargo.

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Exemplo11:

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memorando COMUNICAÇÃOINTERNA

DefiniçãoÉ a modalidade de texto oficial utilizada para comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

Em oposição ao ofício, portanto, podemos dizer que é utilizado para comunicação interna.

11 Manual.

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FormaAdota o padrão ofício, com duas diferenças específicas em relação a ofício e aviso:

a) traz o destinatário identificado apenas pelo cargo:

Ao Sr. Chefe do Departamento de AdministraçãoAo Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

b) não tem vocativo.

TramitaçãoO Manual destaca a agilidade como a principal característica do memorando. Por isso, recomenda que o tratamento

dado pelo receptor seja o menos burocrático possível, devendo o documento ser considerado ele próprio um processo simplificado. Quer dizer, os despachos, os encaminhamentos, devem ficar registrados no papel do memorando, sem necessidade de ir anexando novos documentos a cada trâmite.

Exemplo12:

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12 Manual.

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Exemplo13:

1,5

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13 Manual.

OutRAS COmuNICAÇõES OFICIAIS

Tratamos aqui das modalidades que não são abrangi‑das pelo padrão ofício.

Exposição de motivos MINISTRO PARA

PRESIDENTE

DefiniçãoÉ a modalidade de texto oficial utilizada para comu‑

nicação entre um ministro de Estado e o presidente da

República ou o vice‑presidente da República. Quando assinada por mais de um ministro, chama‑se interminis‑terial.

FormaAdota parcialmente o padrão ofício, com a particula‑

ridade de que não traz destinatário nem assunto. Quando é argumentativa, além de o corpo do texto ser organizado normalmente em introdução, desenvolvimento e conclusão (ver Estrutura “e”), ainda deve ser acompanhada de for‑mulário anexo, com o resumo do raciocínio que embasa a proposta encaminhada ao Presidente da República.

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Modelo do anexo14:

Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão equivalente) no , de de de 200 .

1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências

2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta

3. Alternativas existentes às medidas propostasMencionar:• se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;• se há projetos sobre a matéria no Legislativo;• outras possibilidades de resolução do problema.

4. CustosMencionar:• se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para custeá‑la;• se é o caso de solicitar‑se abertura de crédito extraordinário, especial ou suplementar;• valor a ser despendido em moeda corrente.

5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente se o ato proposto for medida provisória ou projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência)Mencionar:• se o problema configura calamidade pública;• por que é indispensável a vigência imediata;• se se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido previstos;• se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista.

6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medida proposta possa vir a tê‑lo)

7. Alterações propostasTexto atual Texto proposto

8. Síntese do parecer do órgão jurídico• Com base em avaliação do ato normativo ou da medida proposta.

mensagem ENTRE CHEFES

DE PODER

DefiniçãoÉ a modalidade de texto oficial utilizada para comunicação entre os chefes de Poder.

FormaSão estas as partes do documento:a) númEro do ExpEdiEntE, primeira linha, alinhamento à esquerda, formado pela expressão Mensagem seguida do

número.b) VocatiVo: a expressão Excelentíssimo Senhor seguida do cargo.c) tExto.d) local E data, alinhamento à direita.e) assinatura, sem identificação do signatário.

14 Manual.

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Exemplo15:

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15 Manual.

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mensagens urgentes

O Manual apresenta três modalidades de envio de mensagens urgentes no Serviço Público: telegrama, fax e correio eletrônico.

Telegrama URGÊNCIA E

CONCISÃO

DefiniçãoÉ o meio de transmissão de mensagens urgentes que

utiliza o telégrafo ou o telex.Tecnologicamente ultrapassada, é também a forma

mais cara dentre as modalidades oficiais para mensagens urgentes. Por isso, só deve ser utilizada se não for possível o uso de correio eletrônico ou fax. Assim mesmo, deve ser dada uma atenção especial à concisão: o texto precisa ser o mais enxuto possível.

FormaNão tem estrutura definida.

Fax (fac‑símile) ENVIO

ANTECIPADO

DefiniçãoÉ o meio de transmissão para mensagens urgentes e

para antecipação do envio de documentos, quando não for possível utilizar correio eletrônico, modalidade pela qual vem sendo gradativamente substituída.

Forma e arquivamentoNão tem estrutura definida: o documento enviado

mantém sua forma.O fax recebido deve ser arquivado em cópia, para

preservar o texto de deterioração.O fax tem geralmente uma folha de rosto:

[Órgão Expedidor][setor do órgão expedidor]

[endereço do órgão expedidor]Destinatário:________________________________________________________________________________Nº do fax de destino:___________________________________________________ Data:_______/_____/____Remetente: _________________________________________________________________________________Tel. p/ contato:_______________________ Fax/correio eletrônico:___________________________________Nº de páginas: esta +_____________________________________Nº do documento:_____________________Observações:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

CIRCuLAR VÁRIOS

DESTINATÁRIOS

DefiniçãoCorrespondência remetida ao mesmo tempo a vários

destinatários. Exemplos: memorando circular, enviado a vários destinatários internos; ofício circular, enviado a vários destinatários externos.

Em oposição à circular, a correspondência endereçada para um só destinatário denomina‑se singular.

FormaAdota a forma do documento original. Exemplo: se

memorando, forma de memorando; se ofício, forma de ofício.

AtA RELATO DE

REUNIÃO

DefiniçãoDocumento que faz o relato circunstanciado de uma

reunião.Traz cada registro com as particularidades necessárias

para caracterizá‑lo. Não se trata de detalhar exaustiva‑

Correio eletrônico(e‑mail)

MEIO URGENTE

PREFERENCIAL

DefiniçãoComunicação via internet é o meio de transmissão

preferencial para mensagens urgentes no Serviço Público.

FormaFlexível por natureza, não tem estrutura definida.

Mesmo assim, a linguagem utilizada deve seguir o padrão das comunicações oficiais.

Quando não for possível utilizar o recurso automático de confirmação de leitura, deve‑se pedir essa confirmação no texto do correio.

Como determina a lei, deve haver certificação digital quando houver a necessidade de valor documental para o correio eletrônico.

OutROS tExtOS ADmINIStRAtIVOS

As questões de redação oficial nas provas de concursos costumam incluir textos administrativos que não se encon‑tram no Manual. Entre eles, aparece o requerimento, que nem se enquadra na definição de redação oficial (ver Definição, p. 100), já que não pode originar‑se num órgão público.

Trataremos dos que mais comumente caem em con‑cursos. Como não há norma oficial para tais documentos, as orientações são baseadas no consenso observado na prática.

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mente o que ocorre na reunião, mas de anotar o que seja suficiente para entender as decisões e os comunicados registrados.

FormaTem as seguintes partes:a) título, primeira linha, com a identificação da

reunião. Exemplo: Ata da reunião de tal data; Ata da reunião ordinária de tal data; Ata da reu‑nião Nº tal.

b) corpo: texto, dividido em:•  Introdução: caracterização da reunião – quem

esteve reunido, onde, quando, para tratar de qual assunto.

•  Desenvolvimento: relato propriamente dito da reunião. Costuma começar com alguma obser‑vação relativa a quórum. Exemplos: Constatada a presença do número regimental de associados; Constatada a presença de tantos por cento dos associados; Constatada a presença de tantos associados; etc.

•  Fecho: fórmula que encerra o relato. Exemplo: Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente deu por encerrada a sessão, da qual eu, Fulano de Tal, lavrei a presente ata, que vai assinada por mim e pelos demais presentes.

Observe: no corpo, datas, valores, números e percentuais são escritos por extenso.

c) local E data, centralizados. Esta data refere‑se não ao dia da reunião (que já aparece na introdução), mas ao da assinatura ou aprovação da ata.

d) assinaturas dos participantEs, uma ao lada da outra ou uma abaixo da outra. Em qualquer caso, deve‑se inutilizar com um traço eventual espaço em branco.

Medidas de segurançaComo é um documento, a ata obedece a algumas

medidas de segurança:• o corpo tem apenas um parágrafo, com a elimina‑

ção de espaços em branco;• não pode haver rasuras. Eventuais erros são corri‑

gidos de duas maneiras:– digo, para erros identificados no momento em

que cometidos:

O projeto será coordenado pelo Senhor Secretá‑rio, digo, Tesoureiro;

– em tempo, para erros identificados posterior‑mente:

Onde se lê “O projeto será coordenado pelo Senhor Secretário”, leia‑se: “O projeto será co‑ordenado pelo Senhor Tesoureiro”. ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑

• no caso de atas escritas à mão, os livros onde são registradas trazem páginas numeradas e rubricadas por quem assina o termo de abertura do livro.

Exemplo:

1.

Título

2.

Introdução

3.

Desenvolvimento

4.

Fecho

5.

Local e data /

assinaturas

REquERImENtO PEDIDO

PESSOAL

DefiniçãoSolicitação de providência relacionada a direito pessoal.É texto argumentativo, que fundamenta o pedido

(tese) pela apresentação do dispositivo da norma em que se baseia (argumento).

FormaTem as seguintes partes:a) título: centralizado. Exemplo:

REQUERIMENTO

b) VocatiVo/dEstinatário: geralmente um dos dois. Exemplos:

Senhor Chefe do Departamento Tal, (vocativo)ouAo Sr. Chefe do Departamento Tal (destinatário)

c) corpo: texto dividido em:•  Identificação: caracterização do requerente – ci‑

vil (nome, nacionalidade, estado civil, ocupação, identidade, CPF, endereço) ou funcional (nome, matrícula, função, localização).

•  Solicitação: pedido relacionado a direito pessoal.•  Enquadramento: citação do dispositivo de norma

que dá origem ao direito reclamado.

d) fEcho: pode aparecer em diversas formas:• tradicional:

Nestes TermosPede Deferimento

Observação: embora arcaico, o fecho ainda é utilizado. Note que o correto é Nestes (nestes termos equivale a nos termos deste documento), da mesma maneira que se diz “este ofício”, “este memorando”.

• outras formas:

– Atenciosamente,– Respeitosamente,

ATA DA REUNIÃO...

Aos seis dias de abril de dois mil e nove, às quinze horas, na sala da Diretoria, reuniu‑se a Assembleia ... para deliberar acerca de ... Constatada a presença de número regimental de associados, o Sr. Presidente deu por aberta a sessão. Inicialmente, foi dada a pala‑vra ao Sr. ..., que ... Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente declarou encerrada a sessão, da qual eu, ..., Secretário, lavrei a presente ata, que vai assinada por mim e pelos presentes.‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑Brasília, 6 de abril de 2009. Fulano de Tal Beltrano das Anzóis Pereira Sicrana Etc.

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baseado em conhecimento técnico (particular) ou funcio‑nal (oficial) do signatário. Exemplos:

ATESTO que Fulano de Tal necessita de sete dias de repouso (...). (Base: conhecimento técnico; emissão: particular)

ATESTO que Fulano de Tal exerce a função tal, neste Departamento, desde 10 de julho de 2009. (Base: conhecimento funcional; emissão: oficial)

Devem ser evitados inícios como “ATESTO para os devidos fins”, porque são pouco concisos. A afirmação deve ser direta: “ATESTO que”.

Certidão DOCUMENTO

ARQUIVADO

DefiniçãoDocumento emitido no Serviço Público, traz afir‑

mação sobre o conteúdo de documento arquivado sob a responsabilidade do signatário. Exemplos:

CERTIFICO que, sob os números e na data acima, foi registrado o nascimento de Fulana de Tal, do sexo feminino, nascida aos tantos dias do mês tal do ano tal, às tantas horas, no Hospital Tal, filha de Sicrano de Tal e de Beltrana de Tal. (...) (Base: conhecimento funcional; emissão: oficial)

CERTIFICO que, às folhas tais do processo tal, encontra‑se o despacho a seguir transcrito: “(...)”. (Base: conhecimento funcional; emissão: oficial)

Certificado HABILITAÇÃO

DefiniçãoÉ a declaração sobre a habilitação de alguém ou de

um estabelecimento, produto ou serviço em relação ao cumprimento de uma exigência. Exemplos de certificado:

• emitido em nome de uma pessoa pela conclusão de curso ou participação em evento de treinamento;

• emitido em nome de uma empresa pelo cumpri‑mento de exigências de qualidade.

Exemplos de conteúdo:

CERTIFICO que Fulano de Tal participou do Curso X, com 120 horas de duração, realizado na Instituição Tal, em Brasília (DF), no período de tanto a tanto.

Forma da declaração

A declaração tem as seguintes partes:a) título, primeira linha e geralmente centraliza‑

do, com a identificação do tipo da declaração: DECLARAÇÃO, ATESTADO, CERTIDÃO ou CERTIFICADO.

b) corpo: texto com a afirmação sobre o interessado.c) local E data: geralmente centralizados.d) assinatura: geralmente centralizada.e) idEntificação do signatário: geralmente centrali‑

zada; traz nome numa linha e cargo na outra.

e) assinatura, não seguida da identificação do sig‑natário, que já aparece no corpo.

Exemplo:

1. Título2. Vocativo / Destinatário3. Campo ‑ Identificação ‑ solicitação ‑ enquadramento

4. Fecho

5. Local e data6. Assinatura

DECLARAÇõES

São os documentos que contêm afirmação baseada em conhecimento pessoal, técnico ou funcional do signatário.

O gênero de texto inclui os seguintes tipos principais: declaração, atestado e certidão.

Declaração não é correspondência. Por isso, não tem destinatário. Seus elementos são:

a) intErEssado: sobre quem se faz a afirmação.b) afirmação: o que se diz sobre o interessado.c) dEclarantE: aquele que faz a afirmação.Embora o nome das diversas declarações seja adota‑

do de maneira mais ou menos arbitrária, não se costuma utilizar o título “declaração” para documentos emitidos no Serviço Público.

Declaração AFIRMAÇÃOPARTICULAR

DefiniçãoDocumento emitido por particular, traz afirmação

sobre situação ou fato baseada em conhecimento pessoal do signatário. Exemplo:

DECLARO que conheço Fulano de Tal há cinco anos e nada sei que o desabone. (Base: conhecimento pessoal; emissão: particular)

Este tipo de declaração não é oficial e é abordada aqui apenas com o objetivo de caracterizar melhor, por diferenciação, os demais documentos. Em situação seme‑lhante (afirmação sobre situação ou fato) e para atender à distinção técnica que há entre os diversos tipos de declara‑ção, o órgão público emite um atestado (ver Atestado)16.

Atestado SITUAÇÃOOU FATO

DefiniçãoDocumento emitido por particular ou representante

do Serviço Público; traz afirmação sobre situação ou fato 16 Apesar dessa distinção técnica, alguns órgãos públicos utilizam o nome de

declaração.

REQUERIMENTO

Sr. Diretor da ...,

FULANA DE TAL, brasileira, solteira , comerciária, CI, CPF, resi‑dente na ..., nesta cidade, requer ..., com base no disposto no art. 1º do...

N. TERMOSP. DEFERIMENTOBrasília, 6 de abril de 2009.

Fulana de Tal

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Exemplo:

1. Título

2. Corpo

3. Local e data

4. Assinatura

5. Identificação NOMEdo signatário Cargo

RELAtóRIO POSIÇÃO SOBRESITUAÇÃO

DefiniçãoÉ texto administrativo escrito para prestar conta de

trabalho realizado.O relatório subsidia decisão a ser tomada pelo desti‑

natário. Por isso, é sempre conclusivo: apresenta sugestão de caminho a ser tomado pelo superior, a quem dirigido, a partir do exame direto da situação feito pelo autor.

O relatório não é simples relato do ocorrido ou pre‑senciado (narração). Deve trazer a posição do signatário sobre a situação examinada, o que significa dizer que é um texto argumentativo.

TiposNo âmbito administrativo, pode ser de:a) função: escrito em razão de função desempenha‑

da. Exemplo: documento mensal emitido pelo responsável por órgão regional, para dar conta do ali ocorrido no período.

b) missão: escrito em razão de trabalho específico atribuído a pessoa ou equipe, a ser realizado du‑rante período de tempo definido.

ComposiçãoO relatório serve para apoiar a decisão do superior

sobre o assunto. Por essa razão, inclui necessariamente três tipos de conteúdo:

a) rEgistro: parte expositiva; traz os dados da rea‑lidade obtidos por observação direta da situação, exame de documento ou entrevista. Exemplo17:

O processo RH‑2009/203 trata da contrata‑ção de três funcionários para a Secretaria de Infor‑mática do Instituto. No dossiê, estão os relatórios de entrevista com os candidatos, o currículo de cada um deles e um parecer propondo o apro‑veitamento de Alberto Xis, Aline Zê e Augusta Erre, aprovado pelo Coordenador da Comissão de Recrutamento e Seleção, Deocrácio Eme, em 10 de setembro de 2009.

17 Adaptado de Argumentação e Relatório.

DECLARAÇÃO/ATESTATO/CERTIDÃO/CERTIFICADO

DECLARO/ATESTO/CERTIFICO que...

Brasília, 6 de abril de 2009.

Fulana de Tal

b) análisE: início do conteúdo argumentativo, traz o confronto entre o dado da realidade e a norma aplicável – trata‑se de verificar se o que ocorre ou ocorreu está de acordo com a lei, o regulamento, o regimento, o orçamento, a portaria etc. Exemplo18:

Segundo a Norma 2007/312, de 7 de maio de 2007, a contratação de funcionários para o Insti‑tuto só pode dar‑se por meio de concurso público. Ao ignorar essa determinação, o Coordenador da Comissão de Recrutamento e Seleção agiu de forma irregular e tornou anulável a contratação dos funcionários admitidos em 10 de setembro de 2009.

c) conclusão: segunda parte argumentativa, traz ava‑liação da situação (normal ou anormal, regular ou irregular) e sugestão de providências. Exemplo19:

Assim, a equipe entende que a situação quan‑to à contratação de pessoal no Instituto é irregular e propõe as seguintes providências:a) determinar que sejam anulados os contratos dos

funcionários admitidos sem concurso em 10 de setembro de 2009, processo RH‑2009/203;

b) multar o responsável, com fundamento no art. 5º da Norma 2001/15, de 6 de janeiro de 2001, em R$ 3.500,00.

FormaO relatório pode adotar a forma de um memorando

comum (ver Memorando). Pode também aparecer em forma específica, por exemplo:

a) título;b) VocatiVo;c) corpo;d) local E data;e) assinatura;f) idEntificação do(s) signatário(s).

O corpo ou texto propriamente dito vem organizado em:a) introdução: geralmente contém identificação do 

trabalho – quem fez esse trabalho, quando, onde, determinação (quem ou que documento determinou a missão), objetivo e abrangência (foco) – e meto‑dologia adotada na missão. Exemplo20:

1. Atendendo a determinação do Memorando 115‑YY, de 23 de março de 2009, a equipe for‑mada pelos auditores Pedro Branco e Eunice Azul esteve no Instituto Alfa, no período de 10 a 31 de julho de 2009, para apurar denúncia de irregularidade na contratação de pessoal durante o primeiro semestre de 2009.

2. A equipe analisou todos os documentos de con‑tratação do período de abrangência da missão, além de ter entrevistado os responsáveis pela área de recursos humanos do Instituto.

18 Adaptado de Argumentação e Relatório. 19 Adaptado de Argumentação e Relatório. 20 Adaptado de Argumentação e Relatório.

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b) dEsEnVolVimEnto: pode vir organizado de duas maneiras:• Estrutura tradicional: primeiro são apresentados

todos os registros, num único bloco de texto, e depois toda a análise, também num único bloco.

• Estrutura de revezamento: “cada registro é se‑guido da correspondente análise. Há, neste caso, alternância entre exposição e argumentação”21.

Ver exemplos de parágrafos de registro e análise no subtítulo Composição.

c) conclusão: fecho do relatório. Ver subtítulo Com-posição.

PARECER POSIÇÃO NUMPROCESSO

DefiniçãoTexto administrativo que defende posição, principal‑

mente técnica, sobre alguma proposta, de forma a subsidiar o destinatário na tomada de decisão.

O parecer apresenta sugestão ao destinatário, com base em análise feita do ponto de vista específico da área de atuação do autor. Por exemplo, um parecer jurídico faz a análise da proposta em estudo do ponto de vista jurídico.

Parecer x relatórioOs dois documentos têm natureza similar:a) são conclusivos: são escritos para ajudar o destinatá‑

rio a decidir e, por isso, trazem sempre uma sugestão;b) são argumentativos: defendem uma posição, apre‑

sentada na conclusão;c) têm composição idêntica: exposição, análise e con‑

clusão e, portanto, estrutura igualmente idêntica (ver Declarações).

O que distingue os dois documentos é o objeto: en‑quanto o relatório traz posição sobre uma situação que é examinada diretamente, o parecer traz posição sobre um processo ou proposta.

FormaO parecer pode ser organizado da mesma maneira

que o relatório (ver Declarações), mas pode assumir uma subdivisão diferente, por exemplo:

a) título: identificação do documento. Exemplo: “PARECER ...”.

b) EmEnta: resumo do teor do documento.c) rElatório: parte expositiva do parecer. O conteúdo

informativo (registros sobre o processo) aparece muitas vezes com este subtítulo.

d) parEcEr: início da parte argumentativa do parecer, apresenta a análise (confronto entre os dados do processo analisado e a norma correspondente).

e) conclusão: posição sobre o assunto.f) local E data: geralmente centralizados.g) assinatura: geralmente centralizada.h) idEntificação do signatário: nome e cargo, geral‑

mente centralizados.

21 Argumentação e Relatório.

Este é um exemplo de estrutura para o parecer:

PARECER ...

Processo 456/2009‑SAV. Contrato de ma‑nutenção para impressoras.

Sr. Chefe do Departamento ...,

I – Relatório

1. ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑.2. ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑.

II – Parecer

3. ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑.4. ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑.

III – Conclusão

5. ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑.

Brasília, 7 de agosto de 2009.

AssinaturaNOMECargo

ExERCíCIOS

De acordo com as normas da redação oficial, julgue os itens seguintes.1. “Não me parece correta a solução proposta por Vossa

Senhoria” é frase inadequada para um texto oficial por não estar de acordo com o atributo da formalidade.

2. O trecho “A solução implica em treinar os atendentes para utilizar o novo sistema” vai contra o atributo de uso do padrão culto de linguagem.

3. Vocativo correto em memorando dirigido a um chefe de setor: “Senhor Chefe de Setor” seguido de vírgula.

4. O tratamento devido para um reitor de universidade é “Magnífico Reitor”.

5. “É plausível que, ao contrário do que se acredita, até por desconhecimento, a solução mais apropriada não seja a defendida no projeto” é inadequado primeiro parágrafo de ofício de resposta.

6. O trecho seguinte poderia ser adequadamente parte de um relatório:

O servidor informou à equipe que o Setor nunca fez conferência do estoque.

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7. O trecho seguinte poderia ser adequadamente parte de uma ata:

A proposta foi aprovada com dez votos favo‑ráveis e três contrários.

8. O trecho seguinte poderia ser adequadamente parte de um memorando:

A principal dificuldade é técnica. Não temos equipamento adequado para fazer o processa‑mento.

9. O expediente informativo pode conter desenvolvi‑mento e conclusão, embora essas partes não sejam obrigatórias.

10. Quando houver a necessidade de que a correspon‑dência tenha valor documental, não se pode utilizar o correio eletrônico.

11. O ministro escreveu uma exposição de motivos ao presidente da República propondo o envio de men‑sagem ao Congresso Nacional. As duas modalidades de texto sublinhadas estão corretamente empregadas.

12. A exposição de motivos obedece, na forma, ao padrão ofício.

13.Assunto: Orçamento.

Encaminhamos proposta para o orçamento do próximo período (...)

Respeitosamente,FULANO

Diretor

Desconsideradas as normas sobre margens e espa‑çamentos, o trecho acima poderia ser considerado como sendo parte adequada de um ofício ou de um memorando.

14.Dessa forma, entendemos que o contrato não

deva ser firmado.

Brasília, 14 de setembro de 2009.

FULANOAssessor Jurídico

O trecho é parte de um parecer.

15. Julgue os itens.a) A linguagem do correio eletrônico é menos formal

que a do ofício, em razão da flexibilidade carac‑terística daquele meio.

b) A primeira linha de identificação do destinatário, num ofício, pode ser adequadamente preenchida com a expressão “A Sua Senhoria a Senhora”.

c) O vocativo para um senador é “Senhor Senador,”.

Julgue os itens a seguir quanto à identificação da moda‑lidade de texto adequada à situação.16. Presidente da República envia a subordinados men‑

sagem de final de ano. (Mensagem)

17. Ministro propõe ao presidente da República a edição de medida provisória. (Aviso)

18. Analista encaminha ao superior prestação de contas de missão realizada. (Relatório)

Com base nas normas da redação oficial, julgue os itens seguintes.19. O tratamento adequado para um Almirante é Vossa

Senhoria.20. Ofício, aviso e memorando são modalidades de texto

parcialmente distintos quanto à forma.

Cespe/Detran/DF/Auxiliar de Trânsito/2009

Texto para os itens de 21 a 32.

Considere a hipótese de que o documento a seguir tenha sido redigido para ser encaminhado ao diretor de segu‑rança no trânsito do DETRAN/DF.

Memorando nº 3/NUCETEm 5 de fevereiro de 2009.

Ao D.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/DF

Assunto: ...............................................

Tem ocorrido, em anos anteriores, excessos demotoristas quanto à perigosa mistura bebida + direção, nos dias de folia carnavalesca, onde a ingestão de bebidas alcoólicas se eleva, em nome da descontração e da alegria próprios dos brasileiros.2. Nessa época, desaparecem as diferenças entre pobre e rico, jovem e velho, mulheres e homens, e todos se lançam à folia, como se o mundo fosse acabar amanhã.3. Por causa disso, solicito à Vossa Senhoria a presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI, reduto dos foliões mais intempes‑tivos, onde se verificam muitas ocorrências de trânsito irresponsável, no intuito de intensificar as atividades educativas em Taguatinga, neste ano.4. Certo de contar com vossa atenção, já de‑monstrada em preitos anteriores, coloco‑me à disposição para o que for de seu desejo.

Atenciosamente,FSFilho

Chefe do Núcleo deCampanhas Educativas de Trânsito

Com base no texto apresentado e no que estabelece o Manual de Redação da Presidência da República acerca da comunicação oficial, julgue os itens a seguir.21. Não é indicada a forma de memorando para transmitir

mensagens de solicitação, como a contida no texto apresentado; a modalidade correta de expediente oficial, nesse caso, seria o requerimento, uma vez que o signatário do texto solicita algo que o destinatário pode ou não conceder ou deferir.

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22. Por ser expedido por um chefe de núcleo a um di‑retor – cargos situados em níveis hierarquicamente diferentes – , o texto em questão deve ser substituído pela modalidade ofício, mesmo se tratando de comu‑nicação interna.

23. Está correto o emprego do tratamento “Vossa Se‑nhoria”, no terceiro parágrafo do documento em questão, mas incorreto o uso do pronome possessivo de segunda pessoa do plural no quarto parágrafo: “vossa atenção”.

24. A designação do destinatário foi expressa de acordo com o estabelecido nas normas de comunicação oficial acerca do memorando.

25. O destinatário do memorando apresentado ocupa cargo hierarquicamente superior (diretor) ao do emissor (chefe de núcleo). Em vista disso, o fecho correto para esse documento deveria ser: Respei-tosamente.

Com relação à correção gramatical e à adequação da lin‑guagem do texto apresentado às necessidades da redação oficial, julgue os itens seguintes.26. Por tratar‑se de expediente oficial, não cabem, no

memorando, comentários e impressões pessoais, como os que se verificam no segundo parágrafo do texto em apreço.

27. Considerando‑se concisão e uniformização – dois dos princípios que regem a comunicação oficial – , o quarto parágrafo é inteiramente suprimível, sem que haja prejuízo para o entendimento, pelo desti‑natário, do que solicita o emissor no memorando.

28. Considerando‑se as duas ocorrências do advérbio “onde”, primeiro e terceiro parágrafos do documento, apenas na primeira respeitam‑se as normas do padrão escrito formal da língua portuguesa para o emprego desse advérbio.

29. Considerando‑se as normas gramaticais do padrão escrito da língua portuguesa, constitui erro o em‑prego do acento indicativo de crase antes de “Vossa Senhoria”, no terceiro parágrafo.

30. Alterando‑se a ordem dos enunciados do terceiro parágrafo, uma forma estruturalmente correta de reescrever o início do parágrafo é: “No intuito de intensificar as atividades educativas em Taguatinga, neste ano, solicito...”.

31. No quarto parágrafo do documento em questão, emprega‑se erroneamente “preitos” em vez do seu parônimo pleitos.

No que se refere à correção gramatical e adequação da redação oficial, julgue os próximos itens.32. Expediente que seja emitido em qualquer repartição

do DETRAN/DF e se destine ao diretor‑geral desse órgão deverá apresentar, no texto, o tratamento “Vossa Excelência”.

33. Em ofício encaminhado pelo diretor‑geral do DETRAN/DF a ministro de Estado, o emprego do vocativo “Senhor Ministro,” é considerado correto, de acordo com as normas estabelecidas para a reda‑ção oficial.

34. Em expediente que se origine em qualquer diretoria do DETRAN/DF e se dirija a uma deputada, estarão corretos o emprego do vocativo “Senhora Deputada,” e o tratamento “Vossa Excelência”.

35. Utilizado para o envio antecipado de documentos, o fax pode ser arquivado tal como recebido, desde que substituído pelo documento original no prazo de 3 meses.

36. A troca de mensagens por correio eletrônico adquire valor documental, em órgãos do Poder Executivo, a partir do momento em que o destinatário confirma o recebimento da mensagem.

37. Nas repartições públicas, estão aptos a fornecer atestados os ocupantes de cargo de diretoria ou os de nível superior a esse, sob pena de invalidade do documento.

38. Por tratar‑se de forma de comunicação dispendiosa, a concisão é regra fundamental na redação oficial do telegrama.

Cespe/Detran/DF/Analista de Trânsito/2009

Texto para os itens de 39 a 47.

Considere que Juarez Alencar Cabral, candidato ao car‑go de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, desejando dedicar‑se integralmente ao estudo dos conteúdos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso, te‑nha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva.

BSB, 8/3/2009.

Excelentíssima Senhorita:

1. O abaixo‑assinado, aluno compulsivo de cursos preparatórios para concursos públicos, dotado da esperança férrea de se tornar breve‑mente um eminente funcionário público, vem, mui respeitosamente, por meio desta informar a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provi‑mento de vaga no cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, e, por esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o noivado que mantém com a Excelentíssima Senhorita, para se dedicar integralmente ao estudo das matérias constantes do respectivo edital.2. Aproveito o ensejo para manifestar‑lhe tam‑bém, outrossim, a intenção de retomar, tão logo seja aprovado, minhas funções de noivo junto a Vossa Excelentíssima, haja visto o grande amor que te devoto.3. Reitero protestos de estima e consideração.

_______J_._A_._C_a__b_r_a_l_______JUAREZ ALENCAR CABRAL

Com relação à carta apresentada na situação hipotética acima e com base no que dispõe o Manual de Redação da Presidência da República acerca de comunicações oficiais, julgue os itens de 39 a 44.39. A forma de identificação do signatário da carta

coincide com a recomendada para as comunicações oficiais, que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que expede a comunicação grafado em maiúsculas e o alinhamento centralizado.

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40. O fecho que consta na carta – empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada natureza – é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo signatário seja servidor que se dirija a ocupante de cargo imediatamente superior.

41. A variedade de tratamento verificada na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de prono‑mes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais, pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada em redação oficial.

42. A carta, apesar de escrita em tom jocoso, segue a norma de numeração que deve ser aplicada aos pa‑rágrafos contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem o objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação do documento.

43. Caso se tratasse de ofício expedido em repartição pública, a carta teria de sofrer várias alterações. Uma delas é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda superior, o tipo e o número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o expede.

44. A indicação de “local e data” da carta está em con‑formidade com as normas do padrão ofício expostas no Manual de Redação da Presidência da República.

Em relação a expressões e palavras empregadas na carta, julgue os itens seguintes.45. No segundo parágrafo, seria adequado substituir

“haja visto” por qualquer uma das seguintes expres‑sões: dado, tendo em vista, haja vista.

46. No segundo parágrafo, o advérbio “outrossim”, fre‑quente em expedientes oficiais, está empregado de forma redundante por estar antecedido do advérbio “também”.

47. A expressão “vem (...) por meio desta”, utilizada no primeiro parágrafo, apesar de ser considerada redundante em comunicações oficiais, tem seu emprego recomendado quando se quer assegurar o entendimento correto do texto.

Cespe/Detran-DF/Analista de Trânsito/2009 –com adaptações

Julgue os itens de 48 a 51 quanto ao emprego da norma escrita formal em comunicações oficiais.48. Ambas as construções serão tidas como corretas, se

figurarem em um expediente oficial: 1. Esses são os recursos de que o Estado dispõe. 2. O Governo insiste que a negociação é importante.49. Foram empregadas com correção semântica todas

as palavras sublinhadas nos seguintes períodos: Optou‑se por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o país ao Estado de Direito. Tratar o público com distinção é obrigação de todo atendente de repartição pública. A discussão do projeto de lei tornou‑se acirrada quando afloraram as distensões nas hostes oposicionistas.

50. Na elaboração de texto oficial, como norma geral, deve ser evitada a repetição de palavras, buscando‑se sinônimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No entanto, se a substituição comprometer a inteligibilidade e a coesão do texto, recomenda‑se manter a repetição.

51. Estão corretamente empregados os parônimos des‑tacados em negrito no seguinte período: A adminis‑tração de um medicamento raramente prescrito no Brasil acabou de ser proscrita nos EUA.

A respeito da redação de expediente, julgue os próximos itens.52. Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatá‑

rio seja um diretor de um órgão público, deverão ser empregados o vocativo “Senhora Senadora,” e o pronome de tratamento “Vossa Excelência”, devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte enunciado: “Vossa Excelência ficará sa tisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sessão.”

53. O envio de documentos, quando urgente, pode ser antecipado por fax ou por correio eletrônico, sendo recomendados o preenchimento de formulário apro‑priado (folha de rosto), no caso do fax, e a certificação digital, no caso do e‑mail.

54. No caso de relatório que requeira providências a serem tomadas, um dos fechos recomendados é o se‑guinte: Esperando que o relatório expresse fielmente os fatos, pede deferimento.

Considere que um servidor do DETRAN/DF tenha redigi‑do um documento oficial para convidar um embaixador a proferir palestra no órgão e que o trecho a seguir componha tal documento.

Memo nº 6/DIREm 8 de março de 2009.

Excelentíssimo Senhor MARK JERTRUTZ,

Convido Vossa Excelência para proferir palestra na sede do DETRAN/DF sobre as me‑didas tomadas em vosso país para melhorar as condições de trânsito nas grandes cidades.

Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens.55. Foi adequada a escolha da forma memorando, visto

que o convite, geralmente, constitui uma comunica‑ção curta.

56. Atende às normas de elaboração do memorando o emprego do vocativo com o nome do embaixador.

57. Atende à prescrição gramatical o emprego do prono‑me possessivo “vosso” no corpo do texto, dado que o tratamento empregado foi Vossa Excelência.

Cesgranrio/EPE/Assistente Administrativo Jr./2009

58. No quadro abaixo, indique a forma de tratamento e sua respectiva abreviatura, no singular, que estão incorretamente relacionadas ao título.

TÍTULO FORMA DE TRATAMENTO

ABREVIA-TURA

(singular)a) Altas autoridades Vossa Excelência V.Exª

b) Reitores de Universidades

Vossa Magnificência V. Magª

c) Príncipes, duques

Vossa Majestade V.Mª

d) Cardeais Vossa Eminência V.Emª

e) Sacerdotes Vossa Reverendíssima V.Revma

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Cespe/MMA/Agente Administrativo/2009

Julgue o item, acerca de redação oficial e correção gra‑matical.

59. Na oração “Segue anexa a nota editorial”, foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo “anexa” está no feminino para concordar com a ex‑pressão no feminino “a nota editorial”, que exerce a função de sujeito da oração.

Cespe/TsT/Analista/2008

“O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também.Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e – por que não? – do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo.”

60. A interpretação coerente das ideias do texto permite associar “ele” tanto com “trabalho” quanto com “mundo do trabalho”. Ambiguidades assim devem ser evitadas na redação de textos oficiais.

gAbARItO

1. E2. C3. E4. E5. C6. C7. C8. C9. E10. E11. C12. E13. E14. C15. E, E, C16. E17. E18. C19. E20. C

21. E22. E23. C24. E25. C26. C27. C28. E29. C30. C31. C32. E33. C34. C35. E36. E37. E38. C39. E40. E

41. C42. E43. C44. E45. C46. C47. E48. E49. E50. C51. C52. C53. C54. E55. E56. E57. E58. C59. C60. C

REFERÊNCIAS

BRASIL. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. – 2. ed. rev. e atual. Brasília: Presidência da República, 2002. www.planalto.gov.br

LEITÃO, Everardo. Argumentação e Relatório. Brasília: Texto, 1998.

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