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Manual de Padronização de Documentos, Atos e

Correspondências Oficiais

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Trabalho e EmpregoCarlos Lupi

Secretário-ExecutivoAndré Peixoto Figueiredo Lima

Subsecretário de Planejamento, Orçamento e AdministraçãoArnóbio Cavalcanti Filho

Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão EstratégicaNilton Fraiberg Machado

Coordenação-Geral de Recursos LogísticosMarcelo Rodrigues Vaz da Costa

EquIPE TéCNICA

ELAboRAção:

Coordenação de Gestão EstratégicaMaria do Carmo Probém da CunhaMaria das Graças Guimarães GuedesRosilene Ennes Dias

REVISão E INDExAção:

Coordenação de Documentação e InformaçãoValéria Moretti uchidaRoberto Mário Vieira da SilvaRosimar Martins dos Santos SilvaSheylla de oliveira e Silva

Manual de Padronização de Documentos, Atos e

Correspondências Oficiais

1ª Edição

Brasília – DFJulho/2008

© 2008 – Ministério do Trabalho e Emprego

é permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

Tiragem: 500 exemplares

Edição e distribuição:

Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Emprego

Subsecretaria de Planejamento, orçamento e Administração

Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica

Coordenação-Geral de Recursos Logísticos

Coordenação de Documentação e Informação

Esplanada dos Ministérios, bloco F, Ed. Anexo, Ala b, Sala 236

brasília-DF – CEP: 70059-900

Fone: (61) 3317-6380

Impresso no brasil / Printed in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Biblioteca. Seção de Processos Técnicos – MTE

M294 Manual de padronização de documentos, atos e correspondências oficiais – brasília : MTE, 2008.

80 p.

1. Redação oficial. 2. Correspondência oficial. 3. Documento oficial. 4. Língua portuguesa, gramática. 5. Língua portuguesa, ortografia. I. brasil. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

CDD 469.5

Sumário

Apresentação .................................................................................................................................... 7

Documentos, Atos e Correspondências oficiais: Conceitos e Finalidades ...................................... 9

Requisitos Formais dos Atos Normativos ...................................................................................... 12

Características dos Documentos e Correspondências oficiais ...................................................... 15

Requisitos Formais dos Documentos e Correspondências oficiais ............................................... 16

bibliografia ..................................................................................................................................... 20

Anexo I

Modelos de Documentos, Atos e Correspondências oficiais ................................................... 21

Aviso .................................................................................................................................... 23

Despacho .............................................................................................................................. 24

Exposição de Motivos .......................................................................................................... 25

Fax......................................................................................................................................... 29

Memorando ........................................................................................................................... 30

Nota Técnica ......................................................................................................................... 31

Nota Informativa ................................................................................................................... 34

Norma operacional . ............................................................................................................. 36

ofício ................................................................................................................................... 38

Portaria . ................................................................................................................................ 39

Anexo II

Síntese Gramatical e ortográfica ............................................................................................... 41

Apresentação

o Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego representa um esforço no sentido de contribuir para a melhoria contínua dos processos de trabalho das unidades do Ministério, bem como da gestão de documentos. Espera-se que se torne uma ferramenta de apoio aos servidores e colaboradores do MTE no desempenho de suas atividades, proporcionando, assim, maior eficácia na produção e gestão da informação, além de racionalização dos recursos disponíveis.

Dessa forma, esta publicação tem a finalidade de orientar e padronizar a elaboração dos documentos, atos e correspondências oficiais produzidos no âmbito do Ministério. Apresenta conceitos e finalidades, requisitos formais e características dos documentos, atos e das correspondências oficiais, além de modelos e síntese gramatical e ortográfica.

Por constituir-se em uma ação centrada nos princípios da mudança e da modernidade, este Manual caracteriza-se como flexível e adaptável a futuras realidades, podendo sofrer modificações e revisões na busca constante da melhoria.

ANDRé PEIxoTo FIGuEIREDo LIMASecretário-Executivo

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 9

Documentos, Atos e Correspondências Oficiais:Conceitos e Finalidades

I – Aviso

Modalidade de comunicação oficial expedida exclusivamente por Ministros de Estado ou autoridades com o mesmo status, cujos destinatários sejam de mesma hierarquia para o tratamento de assuntos oficiais de interesse do órgão.

II – Circular

Correspondência de caráter interno ou externo, expedida simultaneamente a diversos destinatários, com o objetivo de transmitir rotinas, orientações, procedimentos; esclarecer o conteúdo de leis, normas e regulamentos ou dar publicidade a uma informação. Pode ser apresentada sob a forma de ofício-circular, memorando-circular e aviso-circular, conforme a sua finalidade. Segue o mesmo padrão no que tange à emissão, composição e aos encaminhamentos formulados para memorando, ofício e aviso.

III – Despacho

é a decisão proferida pelo servidor competente em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação. Pode ser informativo, decisório ou de encaminhamento. usualmente, parte integrante de processo.

IV – Exposição de Motivos

Expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para informá-lo de determinado assunto; propor alguma medida; ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo chamada de Exposição de Motivos Interministerial.

10 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

V – Fax

Forma abreviada de fac-símile. é o meio de transmissão a ser utilizado preferencialmente em situações de urgência ou necessidade de envio de cópias de documentos. os documentos são enviados por fax em sua estrutura original, mas é conveniente que sejam acompanhados de uma folha de rosto, com identificação do remetente, do destinatário e da mensagem (quantidade de páginas e assunto).

VI – Memorando

Tipo de comunicação interna empregada entre as unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente.

VII – Nota Técnica

Documento no qual se apresenta o posicionamento da unidade administrativa sobre tema que lhe haja sido submetido para análise e competente pronunciamento. Visa a fornecer subsídios para tomada de decisão. Normalmente, o texto da Nota Técnica envolve um histórico ou relatório (introdução); análise (desenvolvimento com razões e justificativas); e um fecho opinativo (conclusão). o desenvolvimento pode ser dividido em tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem para o fim de melhor organizar o assunto, imprimindo-lhe clareza e didatismo. A Nota Técnica deverá ser assinada pelo técnico que a elaborou.

VIII – Nota Informativa

Documento em que se expõem fatos ou aspectos à autoridade superior sobre determinado assunto ou situação, dando alternativas de ação, apresentando conseqüências e fornecendo subsídios para tomada de decisão pelo dirigente. Difere da Nota Técnica por não expressar opinião técnica sobre o tema em apreciação.

IX – Norma Operacional

Ato normativo expedido pelos dirigentes titulares dos órgãos setoriais e seccionais, no exercício das competências normativas inerentes ao respectivo sistema, para estabelecer procedimentos operacionais necessários à execução de leis, decretos e regulamentos ou para detalhar procedimentos e situações peculiares do próprio órgão ou entidade, nas hipóteses de reserva expressa de competência normativa ou ausência de Instrução Normativa ou Portaria Normativa.

X – Ofício

Correspondência destinada à comunicação oficial entre órgãos da administração pública e a particulares. Pode se apresentar como ofício-circular, quando a informação for dirigida, simultaneamente, a diversos destinatários.

o ofício é um documento formalmente semelhante ao memorando, sendo a diferença básica o destino: enquanto o memorando é uma correspondência interna, o ofício é externo.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 11

XI – Portaria

Ato normativo pelo qual a autoridade orienta a aplicação de textos legais e disciplina matéria não regulada em lei; dá instruções concernentes à gestão administrativa com referência a pessoal (designação, delegação de competência, admissão, dispensa, elogio, punição, etc.); trata da organização e do funcionamento de serviços, além de outros atos de sua competência.

12 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Requisitos Formais dos Atos Normativos

Para a edição de Portarias e Normas Operacionais devem ser observados os seguintes requisitos formais:

I – Estrutura Básica:

a) parte preliminar, assim constituída:1. denominação por extenso do órgão expedidor, grafado em letras maiúsculas e em

negrito; 2. epígrafe centralizada com a identificação do ato, seguida da numeração seqüencial

cronológica e da data por extenso, grafados em caracteres maiúsculos e em negrito;

3. ementa que explicite de modo conciso o objeto da norma, alinhada à direita, com nove centímetros de largura; e

4. preâmbulo com autoria grafada em letras maiúsculas e em negrito, fundamento legal e comando de execução;

b) parte normativa, com as normas que regulam o objeto definido na parte preliminar;

c) parte final, com as disposições sobre medidas necessárias à implementação das normas constantes da parte normativa, as disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber; e

d) identificação da autoridade signatária grafada em caracteres maiúsculos e em negrito.

II – Forma de Apresentação e Diagramação:

a) texto com a letra tipo “Times New Roman”, corpo 12;

b) margem esquerda de 2 cm e direita de 1 cm;

c) distância entre a borda superior do papel e a epígrafe: 5 cm;

d) distância entre a epígrafe e a ementa: 2 cm;

e) distância entre a ementa e a autoria, fundamento legal, consideranda e ordem de execução: 1,5 cm;

f) espaçamento simples entre capítulos, seções, artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens;

g) os artigos terão a seguinte forma:1. devem ser designados pela forma abreviada “Art.”, seguido de algarismo arábico e

do símbolo de número ordinal ( º ) até o de número 9, passando, a partir do 10, a ser em algarismo arábico seguido de ponto. A indicação do artigo deve ser separada do texto por dois espaços em branco, sem traço ou outros sinais;

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 13

2. caso necessário o acréscimo de dispositivos ao texto, conservarão estes a forma do item anterior, seguidos de letras maiúsculas, observando-se os seguintes exemplos: Art. 1º-A, Art. 15-b, Seção I-A, Capítulo II-b;

3. o texto do artigo será iniciado por maiúscula;4. o artigo poderá desdobrar-se em parágrafos e incisos; e estes, em alíneas; 5. os incisos dos artigos devem ser designados por algarismos romanos seguidos de

hífen e iniciados por letra minúscula, salvo se a primeira palavra for nome próprio, sendo, ao final, pontuados com ponto-e-vírgula, exceto o último, que se encerra em ponto, e aquele que contiver alíneas, que se encerra por dois-pontos;

6. o parágrafo único de artigo deve ser designado pela expressão “Parágrafo único”, seguida de ponto e separada do texto normativo por dois espaços em branco;

7. os parágrafos de artigo são indicados pelo símbolo “§” seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal, acompanhada de ponto, a partir do décimo;

8. a numeração do parágrafo é separada do texto por dois espaços em branco, sem traços ou outros sinais;

9. o texto do parágrafo único e dos parágrafos inicia-se com letra maiúscula e termina com ponto ou, nos casos em que se desdobrar em incisos, com dois-pontos;

10. alíneas ou letras de um inciso deverão ser grafadas com a letra minúscula correspondente, seguida de parênteses e separadas do texto por um espaço em branco; e

11. os números que correspondam ao desdobramento das alíneas deverão ser grafados em algarismos arábicos seguidos de ponto, iniciando-se o seu texto por minúscula e terminando em ponto-e-vírgula, salvo o último que se encerrará por ponto;

h) a indicação do ano não deve conter ponto entre a casa do milhar e a da centena: 2001 e não 2.001;

i) as datas, quando grafadas por extenso, observarão as seguintes formas:

1. 2 de abril de 1998 e não 02 de abril de 1998; e

2. 1º de maio de 1998 e não 1 de maio de 1998;

j) agrupamento de artigos:1. podem constituir-se em subseção; o de subseções, seção; o de seções, capítulo; o de

capítulos, título; o de títulos, livro; e o de livros, parte;2. podem também ser subdivididos em “Disposições Preliminares”, “Disposições

Gerais”, “Disposições Finais” e “Disposições Transitórias”;3. os capítulos, os títulos, os livros e as partes são grafados em letras maiúsculas e

identificados por algarismos romanos;4. a parte pode subdividir-se em parte geral e parte especial, ou em partes expressas

em numeral ordinal, por extenso; e5. as subseções e seções são indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras

minúsculas e postas em negrito;

l) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observando o princípio de que a primeira referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;

14 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

m) indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão, por meio do emprego da abreviatura “art.” seguida do correspondente número, ordinal ou cardinal;

n) utilizar as conjunções “e” ou “ou” no penúltimo inciso, alínea ou item, conforme a seqüência de dispositivos seja, respectivamente, cumulativa ou disjuntiva;

o) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de ato normativo e casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto;

p) expressar valores monetários em algarismos arábicos, seguidos de sua indicação por extenso, entre parênteses;

q) grafar a remissão aos atos normativos das seguintes formas, por exemplo: Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, na ementa, no preâmbulo, na primeira remissão e na cláusula de revogação; e Lei nº 8.112, de 1990, nos demais casos;

r) para a obtenção da ordem lógica, reunir sob as categorias de agregação – subseção, seção, capítulo, título e livro – apenas as disposições relacionadas com a matéria nelas especificada;

s) restringir o conteúdo de cada artigo a um único assunto ou princípio;

t) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;

u) grafar palavras e expressões em latim ou em outras línguas estrangeiras em negrito;

v) remissão a normas, mediante explicitação mínima de seu conteúdo e não apenas por meio da citação do dispositivo; e

x) cláusula de revogação, de forma expressa, relacionando todas as disposições que serão revogadas com a entrada em vigor do ato normativo proposto.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 15

Características dos Documentos e Correspondências Oficiais

Na redação das correspondências oficiais deve ser observado o seguinte:I – evitar o uso de termos e expressões de caráter pessoal, pois a comunicação oficial

é feita em nome do Serviço Público e dirigida à coletividade;II – uso do padrão culto da linguagem;III – texto conciso que transmita o máximo de informações com o mínimo de palavras,

livre de expressões ou palavras desnecessárias ou redundantes que nada lhe acrescenta;

IV – uso de expressões simples e objetivas que possibilitem imediata compreensão pelo leitor;

V – formalidade e uniformidade adequada à finalidade da comunicação; eVI – uso da linguagem técnica apenas em situações que a exijam.

Dica importante: é fundamental a revisão do texto para garantir a necessária impessoalidade, o uso padrão culto da linguagem, a clareza, a concisão, a formalidade e a padronização:

Aspectos Textuais a Serem Considerados no Aperfeiçoamento do Texto

Reescrever o texto observando a adequação dos conectivos e das palavras •de correlação.Corrigir fragmentação e truncamento de idéias.•Evitar acúmulo de idéias em um mesmo período.•Construir paralelismo sintático.•

Reescrever observando a idéia central.•Eliminar idéias incompatíveis ou sem importância para o desenvolvimento •da idéia central.Especificar generalizações.•Articular as relações lógicas entre as idéias por meio de conectivos.•utilizar argumentos adequados.•Eliminar repetições.•Desfazer ambigüidades.•

Eliminar ou substituir palavras repetidas.•Eliminar gírias, expressões coloquiais e clichês.•

Agrupar idéias complementares ou dependentes.•Distribuir idéias por parágrafos diferentes.•Escrever transição entre parágrafos.•

16 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Requisitos Formais dos Documentos e Correspondências Oficiais

A estrutura da redação das correspondências deve obedecer à forma de apresentação e de diagramação definida nos modelos do Anexo I deste Manual e observar ainda:

I – espaçamento simples entre as linhas;

II – numeração de páginas, a partir da segunda página;

III – fonte do tipo “Times New Roman” de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé;

IV – na introdução, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação, deve-se evitar o uso das seguintes construções: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”. Inicie a correspondência referindo-se diretamente ao assunto objeto do expediente;

V – os parágrafos de desenvolvimento do texto, se necessários, deverão ser numerados com algarismos arábicos. quando estiverem organizados em itens, títulos ou subtítulos, estes deverão ser numerados em algarismos romanos e seguidos de ponto;

VI – no fecho, que tem por finalidade arrematar o texto e saudar o destinatário, deve ser adotada a forma “Respeitosamente” para autoridades superiores e a “Atenciosamente” para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior;

VII – identificação do autor da comunicação, com o nome por extenso, em letras maiúsculas e em negrito e o cargo inscrito logo abaixo, de forma centralizada, em letras minúsculas, observando-se que não se deve deixar a assinatura em página isolada;

VIII – no cabeçalho dos documentos e correspondências externas deve-se utilizar o símbolo das Armas Nacionais (brasão da República) e nas internas a logomarca do MTE conforme disposta na Portaria/GM nº 99, de 26 de fevereiro de 2008; e

VIII – uso de pronomes de tratamento, vocativos e endereçamentos da seguinte forma:

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 17

Pronomes de Tratamento, Vocativos e EndereçamentosDestinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento

Presidente, Vice-Presidente da República Presidente do Congresso NacionalPresidente do Superior Tribunal Federal

Vossa Excelência Não se usa Excelentíssimo(a)

Senhor(a) + cargo

Ao(A) Excelentíssimo(a) Senhor(a)NomeCargoEndereço

Deputados Federais e Senadores

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Deputados Estaduais e Distritais

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais, e Federal

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Ministro de Estado1 Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

obs.: Nos termos da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, art. 25, parágrafo único, são Ministros de Estado os titulares dos Mi-nistérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Advogado-Geral da união, o Ministro de Estado do Controle e da Transparência e o Presidente do banco Central do brasil. (Redação dada pela Medida Provisória nº 419, de 20 de fevereiro de 2008)

18 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento

oficial-General das Forças Armadas

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Prefeito e Vice-Prefeito Municipal

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Embaixadores Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Secretário de Estado dos Governos Estaduais e do Distrito Federal

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Auditores da Justiça MilitarJuiz Ministros dos Tribunais SuperioresMembros de Tribunais

Vossa Excelência V. Exa. Senhor(a) +

cargo

A Sua Excelência o(a) Senhor(a) NomeCargoEndereço

Reitor de universidades

Vossa Magnificência ouVossa Excelência

V. Maga.ouV. Exa.

Senhor(a) + cargo

A Sua Magnificência o(a) Senhor(a)NomeMagnífico(a) Reitor(a) dauniversidade ...Endereço

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 19

Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento

ImperadorRei

Vossa Majestade Não se usa Sua Majestade

A Sua Majestade o(a) Rei(Rainha)NomeEndereço

ArquiduqueDuquePríncipe

Vossa Alteza Não se usa Sua Alteza

A Sua Alteza o(a) Príncipe(Princesa)NomeEndereço

Papa Vossa Santidade V. S. Santíssimo PadreA Sua Santidade o PapaNomeEndereço

Cardeal

Vossa Eminência ReverendíssimaouVossa Eminência

V. Ema. Revma.ouV. Ema.

ReverendíssimoouEminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal

A Sua Eminência ReverendíssimaDom NomeTítuloEndereço

Arcebispobispo

Vossa Excelência Reverendíssima

V. Exa. Revma.

ExcelentíssimoouReverendíssimo Senhor (Título)

A Sua Excelência ReverendíssimaDom NomeTítuloEndereço

Religiosos em Geral Vossa Reverência V. Reva. Reverendo

(Título)

A Sua ReverênciaTítulo NomeEndereço

MonsenhorCônegoSuperior Religioso

Vossa Reverendíssimaou Vossa Senhoria Reverendíssima

V. Revma.ouV. Sa. Revma.

Reverendíssimo Senhor (Título

A Sua ReverendíssimaouA Sua Eminência ReverendíssimaDomEndereço

20 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Bibliografia

bRASIL. Departamento Estadual de Arquivo Público. Manual de Comunicação Escrita Oficial do Estado do Paraná. Curitiba: DEAP, 2001. 402 p. Disponível em <www.pr.gov.br/arquivopublico/manual_escrita.html>.

bRASIL. Presidência da República. Manual deRedação da Presidência da República. 2. ed. brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em <www.planalto.gov.br>.

bRASIL. Tribunal de Contas do Distrito Federal. Manual de Redação Oficial. brasília: DIPLAN, 2002. Disponível em <www.tc.df.gov.br/Manuais/ManualRedacao2003.pdf>.

uNIVERSIDADE FEDERAL FLuMINENSE. Manual de Atos e Comunicações Oficiais. Niterói,1998. Disponível em <www.ndc.uff.br/documentos/manual-atos-oficiais.pdf>.

bRASIL. Câmara dos Deputados. Manual de Redação. brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2004. 420 p. (Série Fontes de Referência. Guias e Manuais, n. 17). Disponível em <www.cmjp.pb.gov.br/arquivos/manualreda.pdf>.

bRASIL. Agência Nacional de Águas. Manual de Redação e de Atos Oficiais. brasília: ANA, SGE, CDoC, 2005. Disponível em <www.ana.gov.br/acoesadministrativas/resolucoes2005/101-2005_anexoI.pdf>.

ANEXO I

Modelos de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 23

Aviso nº 54/MTE brasília, 2 de julho de 2006.

A Sua Excelência o Senhor[Nome e cargo]

Assunto: Estrutura Regimental do MTE

Senhor Ministro,

1. Submeto à elevada apreciação de Vossa Excelência o projeto de Decreto que dispõe sobre a Estrutura Regimental e do quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Trabalho e Emprego.

2. Ressalto que a presente proposta tem por objetivo ajustar a estrutura do MTE, para lhe dar mais agilidade e eficiência na elaboração, execução e acompanhamento dos seus Programas Estratégicos pelas áreas finalísticas.

Atenciosamente,

[NOME DO SIGNATÁRIO] [Ministro de Estado do Trabalho e Emprego]

5 cm

3,0 cm2,5 cm 1,5 cm

1 cm

1,5 cm

2 cm

2 cm

2 cm

2,5 cm

Formato A4 (297 x 210 mm)

24 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Secretaria ExecutivaSubsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

DESPACHO

Referência: Processo nº 46215.021278/2006-08.Interessado: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.Assunto: Prêmio Nacional de Gestão Pública, ciclo 2006.

Encaminhe-se o presente processo à Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica para análise e providências cabíveis.

brasília, 3 de julho de 2006.

[NOME DO SIGNATÁRIO] [cargo do signatário]

3,0 cm2,5 cm 1,5 cm

1 cm

2cm

2,5 cm

1 cm

2 cm

1,5 cm

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 25

EM Interministerial nº 2 /MP/MTE

Brasília, 3 de abril de 2004.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

1. Submetemos à superior deliberação de Vossa Excelência o ane-xo projeto de Decreto que visa a alterar a Estrutura Regimental e o quadro De-monstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

2. o projeto considera, por um lado, a estreita e direta relação entre a função institucional do MTE e o projeto governamental expresso no Plano Plurianual – um brasil para Todos, ou seja, a criação de empregos e desconcen-tração da renda por via de inclusão social e de vigoroso crescimento, ambien-talmente sustentável e redutor das desigualdades regionais e, por outro, que o arranjo organizacional de um órgão baliza-se pela articulação e integração de sua missão, visão, estratégias, planos e metas, bem como na sua ação imple-mentadora.

3. Nesse sentido, as alterações propostas para a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego visam a subsidiar o desenvolvimento de ações de qualificação profissional articuladas com as demais ações de promoção da integração ao mercado de trabalho e de elevação da escolaridade; estimular o desenvolvimento econômico e social por meio da democratização do crédito produtivo assistido; construir um sistema público de emprego, por intermédio da execução integrada e articulada das ações de seguro-desemprego e da intermediação de mão-de-obra. A criação do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude destina-se à implementação do Programa

5 cm

5 cm

3,0 cm 2,5 cm 1,5 cm1,5 cm

Formato A4 (297 x 210 mm)

26 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens – PNPE, instituído pela Lei nº 10.748, de 22 de outubro de 2003, o qual atenderá jovens com idade de dezesseis a vinte e quatro anos em situação de desemprego involuntário objetivando, especialmente, promover a criação de postos de trabalho para jovens, prepará-los para o mercado de trabalho e ocupações alternativas, geradoras de renda e a sua qualificação para o mercado de trabalho e inclusão social.

4. A nova estruturação do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, por sua vez, busca garantir o cumprimento das normas legais e convencionadas de proteção ao trabalho, promover a segurança e saúde do trabalhador e produzir e difundir conheci-mentos sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho.

5. o Governo Lula atribuiu ao Ministério do Trabalho a tarefa de implementar uma das diretrizes prioritárias do Governo Federal: promover a democratização das relações de trabalho por meio da atualização da legislação sindical e trabalhista. Esta tarefa envolve um amplo esforço de diálogo e nego-ciação com todos os atores do mundo do trabalho, reunidos no Fórum Nacional do Trabalho – FNT. A urgência desta ação é determinada pela necessidade de tornar as leis e instituições do trabalho compatíveis com a nova realidade eco-nômica, política e social do país. Para alcançar tais objetivos, foi criado o Fó-rum Nacional do Trabalho, coordenado pela Secretaria de Relações do Traba-lho, como um espaço de articulação de propostas para uma reforma sindical e trabalhista decorrente do diálogo e da negociação entre todos os atores sociais. Nesse sentido, promover a democratização das relações de trabalho, com vistas a favorecer o entendimento direto, como via preferencial de composição dos conflitos de trabalho, fundamentam o reforço organizacional dado a Secretaria de Relações do Trabalho – SRT e, em especial, com o reforço a Assessoria da Secretaria. Ademais, objetivando focar as ações da Secretaria na democratiza-ção das relações do trabalho transfere-se a Coordenação-Geral de Imigração para o Gabinete do Ministro, bem como se propõe nova redação para as suas competências autorizativas.

6. Tão importante quanto a área finalística para a consecução de uma Administração Pública orientada por resultados é a área meio, fornecendo a infra-estrutura básica para o alcance dos objetivos setoriais. Dessa forma, justifica-se a criação da Coordenação-Geral de Apoio ao Gabinete do Ministro e a nova organização da Subsecretaria de Planejamento, orçamento e Admi-nistração, responsável pela articulação dos sistemas estruturantes do Governo

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Federal, visando à ampliação dos resultados e à redução dos custos de imple-mentação das políticas públicas setoriais do MTE.

7. Argumentando ainda com base na idéia de que o arranjo insti-tucional ocorre em função da missão, objetivos e metas do órgão e que trans-parência e participação são princípios basilares da gestão democrática que fa-vorecem o controle social e o acesso aos serviços públicos propomos a criação da ouvidoria-Geral, como órgão de assistência direta e imediata ao Ministro e da Assessoria de Pesquisa Estratégica, subordinada ao Secretário-Executivo, voltada para o intercâmbio de ações visando à prevenção, apuração e combate de atos lesivos ao cumprimento da legislação trabalhista.

8. Ressalta-se que o projeto representa um acréscimo de 102,44 DAS-unitários na estrutura de cargos do MTE. Não obstante, do ponto de vista orçamentário, o mesmo está em conformidade com a Lei orçamentária Anual, uma vez que os recursos para arcar com as despesas decorrentes das alterações propostas estão previstos em funcional programática específica no âmbito do Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão.

9. São essas, Senhor Presidente, as razões que nos levam a propor a Vossa Excelência a edição do Decreto em questão.

Respeitosamente,

NOME DO SIGNATÁRIOMinistro de Estado do

Planejamento, orçamento e Gestão

NOME DO SIGNATÁRIOMinistro de Estado doTrabalho e Emprego

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ANExo À EM INTERMINISTERIAL Nº 2 /MP/MTE, DE 3 DE AbRIL DE 2004.Síntese do problema ou da situação que reclama providências:1.

Necessidade de proceder ajustes na Estrutura Regimental do Ministério do Trabalho e Emprego.

Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta:2.

Edição de Decreto que aprova a Estrutura Regimental e do quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Trabalho e Emprego.

Alternativas existentes à medida proposta:3. Não existe projeto alternativo sobre a matéria tramitando no Poder Executivo ou no Poder Legislativo.

4. Custos:o Projeto representa acréscimo de 102,44 DAS-unitários na estrutura de cargos do MTE. Não obstante, do ponto de vista orçamentário, o mesmo está de acordo com a Lei orçamentária Anual, uma vez que os recursos para arcar com as despesas decorrentes das alterações propostas estão previstos em funcional programática específica no âmbito do Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão.

5. Razões que justificam a urgência:

Não se aplica.

6. Impacto sobre o meio ambiente:

Não há.

7. Alterações propostas: (a ser preenchido somente no caso de alteração de Medida Provisórias)

Texto atual Texto proposta

8. Síntese do parecer do órgão jurídico:

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Secretaria ExecutivaSubsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

TRANSMISSÃO DE FAX

Destinatário: Superintendente no Estado do ParanáNº do fax de destino: (75) 3625-7026 Data:14/7/2008Remetente: Subsecretaria de Planejamento, orçamento e AdministraçãoTel.p/contato: (61) 3317-6690 Fax/correio eletrônico: (61) 3117-8218Nº de Páginas: esta + 5 Nº do documento: 46010.00015/2008-02observações____________________________________________________

MENSAGEM

Encaminho, em anexo, conforme solicitado os documentos referentes ao seminário de apresentação do projeto de modernização das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego.

Atenciosamente

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Secretaria ExecutivaSubsecretaria de Planejamento, Orçamento e AdministraçãoCoordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica

Memo. nº 234/CGPGE/SPoA/SE/MTE

brasília, 3 de julho de 2006.

Ao Sr. Coordenador-Geral de Recursos Logísticos

Assunto: Retirada de Divisória

1. Solicito a Vossa Senhoria providenciar a retirada da Divisória Naval existente entre as salas 417 e 419 do edifício-sede.

Atenciosamente,

[NOME DO SIGNATÁRIO][cargo do signatário]

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Secretaria Relações do TrabalhoCoordenação-Geral de Relações do Trabalho

NOTA TÉCNICA Nº 1 /2005/CGRT/SRT

Nº do Processo: (citar o nº do protocolo do processo)

Documento de Referência: (citar o documento que originou a demanda)

Interessado: (pessoa física ou instituição interessada que será objeto da análise do processo)

Nº de Referência: (quando for o caso, citar o nº de identificação do ato, processo ou procedimento que deu origem à solicitação)

Assunto: (síntese do assunto a ser abordado)

I - Introdução

Trata-se de esclarecimentos sobre a aplicabilidade do art. 585 da Consolidação das Leis do Trabalho para os profissionais liberais que possuem vínculo empregatício em face do entendimento expresso na Nota Técnica nº 05/2004, que dispõe sobre o recolhimento de contribuição sindical devida pelos profissionais liberais e autônomos.

II – Da Análise

Sobre o assunto, cumpre-nos destacar que a Nota Técnica nº 05/2004 foi elaborada com base na legislação constitucional e ordinária que regula a matéria, e expressa tão somente o entendimento do órgão quanto à interpretação da norma. Isso porque o Ministério do Trabalho e Emprego não possui competência para alterar dispositivos legais por meio de instruções normativas ou qualquer outro ato administrativo, ficando restrita a sua atribuição a orientar os administrados quanto a melhor interpretação e aplicação do texto legal.

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Com efeito, o art. 585 da CLT é expresso ao possibilitar ao profissional liberal empregado optar por recolher a contribuição sindical para o sindicato representativo da profissão liberal ao invés do sindicato da atividade preponderante da empresa:

“Art. 585. Os profissionais liberais poderão optar pelo pagamento da contribuição sindical unicamente à entidade sindical representativa da respectiva profissão, desde que a exerça, efetivamente, na firma ou empresa e como tal sejam nelas registrados.

Parágrafo único. Na hipótese referida neste artigo, à vista da manifestação do contribuinte e da exibição da prova de quitação da contribuição, dada por sindicatos de profissionais liberais, o empregador deixará de efetuar, no salário do contribuinte, o desconto a que se refere o art. 582.”

Da leitura do dispositivo legal acima transcrito, extrai-se que os profissionais liberais empregados que não exerçam a função em uma empresa não detêm o poder de opção pelo pagamento diretamente a entidade representativa. A excepcionalidade atinge tão somente os empregados que sejam profissionais liberais, e exerçam efetivamente a respectiva atividade liberal dentro da empresa. Infere-se, entretanto, que mesmo optando por contribuir para o sindicato específico da profissão liberal, o trabalhador terá que contribuir como empregado, ou seja, com um dia de salário, e não pelo valor devido pelos profissionais liberais, conforme disposto na Nota Técnica nº 05/2004, pois se assim o quisesse, o legislador teria explicitado. No entanto, apenas concedeu ao profissional liberal com vínculo de emprego o direito de optar pelo pagamento diretamente à entidade representativa da profissão e não por meio de desconto em folha de pagamento.

III - Conclusão

Diante do exposto, conclui-se que o profissional liberal que exerça sua profissão como empregado, deve recolher a contribuição sindical da mesma forma que os empregados assalariados em geral, nos termos do § 1º, do art. 582 da

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CLT, independentemente de qual entidade sindical ele escolha, pois o art. 585 da CLT facultou apenas a opção para qual entidade recolher, bem como o procedimento necessário para que não ocorra pagamento em duplicidade pelo empregado.

brasília, de de 2005.

[NOME DO SIGNATÁRIO][cargo do signatário]

De acordo. Ao Senhor Secretário de Relações do Trabalho.

brasília, / /2005.

[NOME DO SIGNATÁRIO][cargo do signatário]

Aprovo. Encaminhe-se ao interessado.

brasília, / /2005.

[NOME DO SIGNATÁRIO][cargo do signatário]

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Secretaria ExecutivaSubsecretaria de Planejamento, Orçamento e AdministraçãoCoordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica

NOTA INFORMATIVA Nº 1/2004/CGPGE/SPOA/SE

Nº do Processo: (citar o nº do protocolo do processo)Documento de Referência: (citar o documento que originou a demanda)Interessado: (pessoa física ou instituição interessada que

será objeto da análise do processo)Nº de Referência: (quando for o caso, citar o nº de identificação

do ato, processo ou procedimento que deu origem à solicitação)

Assunto: (síntese do assunto a ser abordado)

1. A Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, criou oito mil setecentas e três Funções Comissionadas Técnicas – FCT, destinadas exclusivamente a ocupantes de cargos efetivos, constantes do Anexo V da Lei nº 9.367, de 16 de dezembro de 1996, (servidores do Plano de Classificação de Cargos – PCC) que não tenham sido estruturados em carreiras ou abrangidos pelo art. 1o da referida Medida Provisória. o art. 3º da Lei nº 10.556, de 13 de novembro de 2002, excepcionou a Carreira de Seguridade Social e do Trabalho – CSST, estruturada pela Lei nº 10.483, de 3 de julho de 2002.

2. o art. 1º do Decreto nº 4.941, de 29 de dezembro de 2003, que dispõe sobre as FCTs, estabelece que estas “estão vinculadas ao exercício de atividades essencialmente técnicas, descritas, analisadas e avaliadas de acordo com requisitos previamente estabelecidos, sendo remuneradas de acordo com o nível de complexidade e de responsabilidade das atividades exercidas”.

3. o processo de remanejamento das FCTs, conforme determina o Decreto nº 4.941/2004, prevê os seguintes procedimentos:

a) explicitação da missão;

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b) levantamento da força de trabalho total, do quantitativo de cargos em comissão e funções de confiança e das principais atividades do Ministério;

c) desdobramento das atividades em funções; ed) descrição, avaliação, pontuação e hierarquização de funções.

4. o remanejamento das FCT para órgãos ou entidades do Poder Executivo será realizado pelo Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão, nos quantitativos e níveis definidos em decorrência da análise da natureza, da abrangência e da complexidade dos processos de trabalho e de seus respectivos postos, observados, ainda, em cada exercício, o quantitativo de FCT disponíveis por nível e a disponibilidade orçamentária.

5. Dessa forma, com intuito de prestar serviços de qualidade aos cidadãos que procuram este Ministério e valorizar nossos servidores, por meio do ofício nº 422/SE/MTE, de 31 de agosto de 2004, foi solicitado ao Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão o remanejamento de FCT a que faz jus este Ministério, nos termos do Decreto nº 4.941/2003.

brasília, 18 de julho de 2004.

[NOME DO SIGNATÁRIO][cargo do signatário]

De acordo. Encaminhe-se ao Senhor Subsecretário de Planejamento, orçamento e Administração.

brasília, / /2004.

[NOME DO SIGNATÁRIO][cargo do signatário]

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SuBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORçAMENTO E ADMINISTRAçÃO

NORMA OPERACIONAL Nº 2, DE 3 DE JuLHO DE 2002.

Dispõe sobre o parcelamento e o pagamento da remuneração de férias dos servidores do MP.

O SuBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO, ORçAMENTO E ADMINISTRAçÃO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORçAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 5° do Anexo I ao Decreto n° 3.858, de 4 de julho de 2001, e considerando o disposto nos arts. 76 a 80, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com as redações dadas pelas Leis nºs 9.525, de 3 de dezembro de 1997 e 9.527, de 10 de dezembro de 1997 e na Portaria Normativa SRH nº 02, de 14 de outubro de 1998, resolve:

Art. 1º Definir o parcelamento do período de 30 (trinta) dias de férias dos servidores do Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão, a saber:

I – três etapas de dez dias;II – duas etapas de quinze dias; eIII – uma etapa de dez e outra de vinte dias ou vice-versa.

Art. 2º o parcelamento do período de férias dependerá de:I – requerimento do servidor indicando o número de parcelas e a data de

início de cada uma delas, apresentado com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias do gozo da primeira etapa; e

II – autorização da chefia imediata do servidor.

Art. 3º As férias, ainda que parceladas, deverão ser usufruídas no correspondente exercício, exceto se impedidas por necessidade do serviço expressamente declarada pela chefia imediata do servidor.

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Art. 4º A alteração, a pedido do servidor, do período de férias ou de qualquer de suas etapas, no caso de parcelamento, deve ser solicitada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da nova data de gozo, tendo em vista a necessidade da progra-mação financeira pela Administração. Parágrafo único. o pedido de alteração deverá ser feito por escrito e dirigido à chefia imediata para análise quanto ao interesse, oportuni-dade e conveniência da Administração.

Art. 5º No interesse da Administração, as unidades deverão manter uma escala de férias compatível com suas necessidades de trabalho.

Art. 6º o pagamento da antecipação da gratificação natalina, quando so-licitado, será efetuado em qualquer das etapas do parcelamento, a critério do requerente, desde que não ultrapasse o mês de junho de cada ano.

Art. 7º A interrupção de férias prevista no art. 80, da Lei n° 8.112/90, dar-se-á por autorização dos titulares dos órgãos do Ministério, conforme Portaria MP/SE n° 375, de 1º de julho de 2002, publicada no Diário oficial da união do dia 2 sub-seqüente.

Art. 8º Fica revogada a Norma operacional SAA/MPo n° 1, de 31 de agosto de 1998.

Art. 9º Esta Norma operacional entra em vigor na data de sua publi-cação.

[NOME DO SIGNATÁRIO]

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Ministério do Trabalho e EmpregoSecretaria-Executiva

Esplanada dos Ministérios, bloco F4º andar, Sala 400 CEP: 70059-900 brasília-DF

Fone: (61) 3317-6560

ofício nº 25/2006/SE-MTE

brasília, 19 de maio de 2006.

A Sua Senhoria o Senhor[nome][cargo][CEP – Cidade - Estado]

Assunto: Curso de Elaboração e Execução de Orçamento Público à distância

Senhor Presidente,

1. Com o intuito de suprir lacuna de treinamento e capacitação de servidores deste Ministério na área de orçamento, apontada no Levantamento de Necessidade de Treinamento realizada pela Coordenação-Geral de Recursos Humanos, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de a ENAP ministrar um curso à distância de elaboração e execução de orçamento público para nosso corpo técnico, a partir do próximo mês de junho.

2. Especificamente, o curso seria destinado a um grupo fechado de 60 a 80 servidores, lotados na unidade Central, Delegacias Regionais do Trabalho, bem como na sua entidade vinculada Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FuNDACENTRo).

Atenciosamente,

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GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA Nº 3, DE 12 DE JuLHO DE 2006.

Declara a invalidade, em decorrência do Acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da Terceira Região, dos registros de jornalistas efetuados em função da antecipação de tutela e da sentença proferidas nos autos da Ação Civil Pública nº 2001.61.00.025946-3, e dá outras providências.

O MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso I, da Constituição Federal; arts. 20 e 25, inciso I, do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e em conseqüência do Acórdão nº 2001.61.00.025946-3, da quarta Turma do Tribunal Regional Federal da Terceira Região, resolve:

Art. 1º Declarar a invalidade dos atos de registros profissionais de jorna-listas concedidos por força da antecipação da tutela e da sentença proferidas nos autos da Ação Civil Pública nº 2001.61.00.025946-3, sem a exigência do diploma de curso superior de Jornalismo, conforme inciso V do art. 4º do Decreto-Lei nº 972, de 17 de outubro de 1969.

Art. 2º Determinar às Delegacias Regionais do Trabalho que procedam à imediata intimação individual dos interessados que tiveram seus registros profissionais ora declarados inválidos, por via postal com aviso de recebimento.

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Parágrafo único. As Delegacias Regionais do Trabalho deverão dar prosseguimento aos processos relativos aos autos de infração que foram suspensos por força da antecipação de tutela e da sentença, bem como à fiscalização do exercício da profissão de jornalista, nos termos do Decreto-Lei nº 972, de 1969.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor da data de sua publicação.

[NOME DO SIGNATÁRIO]

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ANEXO II

Síntese Gramatical e Ortográfica

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 43

1. Ortografia

1.1. Emprego das Letras

1.1.1. Palavras com E, e não I

acarearacreano (ou acriano)aéreoante- (pref. = antes)anteciparantevésperaaquedutoáreaaverigúe (f.v.)beneficênciabeneficentebetumeborealcardealcarestiacedilhacercearcerealcontinue (f.v.)de antemãodeferir (conceder)delação (denúncia)demitirderivardescortinardescriçãodespenderdespensa (onde se guardam comestíveis)despesaelucidarembutiremergir (para fora)

emigrar (sair do país)eminência (altura, excelência)empecilhoempreenderencômio (elogio)endireitarentonaçãoentremearentronizarenumerarestrearfalseargranjearhastearhomogêneoideologiaindeferir (negar)legítimolenimento (que suaviza)menoridademeteoritometeoro(logia)nomearoceanopalavreadoparêntese (ou parêntesis)passeatapreferirprevenirquaserarearreceosoreentrância

sanearsesenãosequerseringueirotestemunhavídeo

1.1.2. Palavras com I, e não E

aborígineacrimôniaadianteansiaranti- (pref. = contra)argúi (f.v.)arqui- (pref.)artifícioatribui(s) (f.v.)cai (f. v.)calcáriocárie (Cariar)chefiarcordialdesigualdiantediferir (divergir)dilação (adiamento)dilapidardilatar (alargar)discrição (reserva)discricionário

44 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

discriminar (discernir, separar)dispêndiodispensa (licença)distinguirdistorçãodói (fl. v.)femininofrontispícioimbuirimergir (mergulhar)imigrar (entrar em país estrangeiro)iminente (próximo)imiscuir-seinclinarincorporar (encorpar)incrustar (encrostar)indigitarinfestarinflui(s) (f. v.)inigualáveliniludívelinquirir (interrogar)intitularirrupçãojúrilinimento (medicamento untuoso)meritíssimomiscigenaçãoparcimôniapossui(s) (f. v.)premiarpresenciarprivilégioremediarrequisitosentenciarsilvícolasubstitui(s) (f. v.)

verossímil

1.1.3. Palavras com O, e não u

aboliragrícolabobinaboletimbússolacobiçar(r)compridocomprimento (extensão)concorrênciacostumeencobrirexplodirmarajoaramochila(de) moto próprio (latim: motu proprio)ocorrênciapitorescoproezaRomêniaromenosilvícolasortido (variado)sotaquetriboveio (s. e f. v.)vinícola

1.1.4. Palavras com u, e não O

acudirbônuscinqüentacumprimento (saudação)cumprido (v. cumprir)cúpula

Curitibaelucubraçãoembutirentabularlégualucubraçãoônusréguasúmulasurtir (resultar)tábuatonitruantetréguausufrutovírgulavírus

1.1.5. Palavras com EI, e não E

aleijadoalqueireameixacabeleireiroceifarcolheitadesleixomadeireirapeixequeijoqueixa(r-se)reiterarreivindicarseixotreinartreino

1.1.6. Palavras com E, e não EI

adrede

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 45

alamedaaldeamento (mas aldeia)alhear (mas alheio)almejarazulejobandejacalejarcaranguejocarquejacerejacortejodespejar, despejodrenarembrearembreagemenfearensejar, ensejoentrechoestrear, estreantefrear, freadaigrejalampejolugarejomalfazejomanejar, manejomorcegopercevejorecear, receosorefrearremanejosertanejotemperovarejo

1.1.7. Palavras com Ou, e não O

agourararroubocenoura

dourarestourarfrouxolavourapoucopousarroubartesouratesouro

1.1.8. Palavras com O, e não Ou

alcovaampolaanchova (ou enchova)arrobaarrochar, arrochoarrojar, arrojobarrococeboladesaforodoseempolaengodoestojomalograr, malogromofar, mofoocoposarrebocar

1.1.9. Emprego do H: com H ou sem H?

Haitihalohangarharmoniahaurir

HavanaHavaíhaxixehebdomadáriohebreuhectarehediondohedonismoHégiraHelespontohélicehemi- (pref. = meio)hemisfériohemorragiaherançaherbáceo (mas erva)herdarheregehermenêuticaherméticoheróihesitarhiatohíbridohidráulicahidravião (hidroavião)hidrogêniohidro- (pref. = água)hierarquiahieróglifo (ou hieroglifo)hífenhigieneHimalaiahinduhinohiper- (pref. = sobre)hipo- (pref. = sob)hipocrisiahipotecahipotenusa

46 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

hipótesehispanismohisteriahodiernohojeholandêsholofotehomenagearhomeopatiahomicidahomilia (ou homília)homologarhomogeneidadehomogêneohomônimohonestohonorárioshonrahoráriohordahorizontehorrorhortahóspedehospitalhostilhumanohumildehumorHungria

1.1.10. Palavras com G, e não J

adágioagendaagiotaalgemaalgibeira

apogeuargilaaugebagé (mas bajeense)CartagenadigerirdigestãoefígieégideEgitoegrégioestrangeiroevangelhoexegesefalangeferrugemfuligemgaragemgeadagelosiagêmeogengivagessogestoGibraltargíriagizheregeimpingirligeiromiragemmongeogivarigidezsugerirtangenteviageiroviagemvigência

1.1.11. Palavras com J, e não G

ajeitarencoraje (f.v.)enjeitarenrijecergorjetagranjearinjeçãointerjeiçãojecajeitojenipapojerimumjesuítalisonjearlojistamajestademajestosoobjeçãoojerizaprojeçãoprojetil (ou projétil)rejeiçãorejeitarrijezasujeitoultrajeeles viajem (f. v.)

1.1.12. Palavras com C, ç e não S ou SS nem SC

à beçaabsorçãoabstençãoaçaíaçambarcar

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 47

acender (iluminar)acento (tom de voz, símbolo gráfico)acepçãoacessórioacerboacerto (ajuste)acervoaço (ferro temperado)açodar (apressar)açúcaraçudeadoçãoafiançaragradeceralçaralicerçaralicercealmaçoalmoçoalvoreceramadureceramanhecerameaçaraparecerapreçar (marcar preço)apreçoaquecerarrefecerarruaçaasserçãoassunçãobabaçubaçobalançabarbacenabarcelonaberçocaçacacique

caçoarcaiçaracalçacalhamaçocansaçocarecercarroçaria (ou carroceria)castiçocebolacê-cedilhacédulaceiaceifarcélereceleumacélulacem (cento)cemitériocenáriocenso (recenseamento)censuracentavocêntimocentroceticismocéticoceracerâmicacercacercearcerealcérebrocernecerração (nevoeiro)cerrar (fechar, acabar)cerro (morro)certamecerteirocerteza, certidãocerto

cessação (ato de cessar)cessão (ato de ceder)cessar (parar)cestachacinachancechancelercicatrizciclociclonecifracifrãocigarrociladacimentocimocingalês (do Ceilão)Cingapura (tradicional: Singapura)cínicocinqüentacinzaciosocirandacircuitocircunflexocírio (vela)cirurgiacisãocisternacitaçãocizâniacoaçãocobiçarcociente (ou quociente)coerçãocoercitivocoleçãocompunçãoconcelho (município)

48 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

concertar (ajustar, harmonizar)concerto (musical, acordo)concessãoconcílio (assembléia)conjunçãoconsecuçãoCriciúmadecepçãodecertodescrição (ato de descrever)desfaçatezdiscrição (reserva)disfarçardistinçãodistorçãodocente (que ensina; corpo –: os professores)empobrecerencenaçãoendereçoenrijecererupçãoescaramuçaescocêsEscóciaesquecerestilhaçoexceçãoexcepcionalexibiçãoexpeçoextinçãofalecerfortalecerIguaçuimpeçoincerto (não certo)incipiente (iniciante)inserçãointercessão

isençãolaçoliça (luta)licençalucidezlúcidomaçada (importunação)maçantemaçar (importunar)macerarmaciçomaciomaço (de cartas)maçom (ou mação)manutençãomençãomencionarmuçulmanonoviçoobcecação (mas obsessão)obcecaropçãoorçamentoorçarpaço (palácio)panacéiaparecerpeçapenicilinapinçarpoça, poçoprevençãopresunçãoquiçárecenderrecensãorechaçarrechaçoremição (resgate)resplandecer

roçaruço (grisalho)sanção (ato de sancionar)soçobrarsúciasucintoSuíça, suíçotaçatapeçariatecelagemtecelãotecertecidotenção (intenção)terçaterçoterraçovacilarviçovizinhança

1.1.13. Palavras com S,e não C ou SC, nem X

adensaradversárioamanuenseânsia, ansiarapreensãoascensão (subida)autópsiaaversãoavulsobalsabolsobom-sensocanhestrocansaçocenso (recenseamento)compreensão

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 49

compulsãocondensarconsecuçãoconselheiro (que aconselha)conselho (aviso, parecer)consensoconsentâneoconsertar (remendar)contra-sensocontraversãocontrovérsiaconversãoconvulsãoCórsegadefensivodefensordescansardescensão, descenso (descida)desconsertar (desarranjar)despensa (copa, armário)despretensãodimensãodispensa(r)dispersãodissensãodistensãodiversãodiversoemersãoespoliarestender (mas extensão)estornoestorricarexcursãoexpansãoexpensasextensão (mas estender)extorsãoextrínsecofalsário

falso, falsidadefarsaimersãoimpulsionarincompreensívelincursãoinsinuarinsípidoinsipiente (ignorante)insolaçãointensão (tensão)intensivointrínsecoinversãojustapormansãomisto, misturaobsessão (mas obcecação)obsidiarobsoletopensãopercursopersaPérsiapersianaperversãoprecursorpretensãopropensãopropulsãopulsarrecensãorecensear, recenseamentoremorsorepreensãorepulsareversosalsichaSansãoseara

sebeseboseção (ou secção)sedasegar (ceifar, cortar)sela (assento)semearsementesenadosenhasêniorsensatosensosérieseringasérioserrasetaseveroseviciarSevilhaSibériaSicíliasiderurgiasigilosiglaSilésiasilíciosilosinagogaSinaiSingapura (tradicional; ocorre tb. Cingapura)singelosingrarsintomaSíriasismosito, situadosubmersão

50 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

subsidiarsubsistênciasuspensãotensão (estado de tenso)tergiversarupsala (ou upsália)utensílioversãoversátil, versáteis

1.1.14. Palavras com SS,e não C, ç

Abissíniaacessíveladmissãoaerossolagressãoamassar (< massa)apressar (<pressa)argamassaarremessarassacarassassinarassearasseclaassediarassentarassento (assentar)asserçãoasserto, assertiva (afirmação)assessorasseverarassíduoassimetriaassinarAssíriaassolaraterrissagem

atravessaravassalaravessobússolacassar (anular)cassinocessão (ato de ceder)comissão compassocompressacompromissoconcessãocondessa (fem. de conde)confissãocossacocrassocromossomodemissãodepressadepressãodessecar (secar bem)devassardezesseisdezessetedigressãodiscussãodissensãodissertaçãodissídiodissimulaçãodissipardissuadirdossiêecossistemaeletrocussãoemissãoempossar (dar posse a)endossarescassearescassez

escassoexcessivoexcessoexpressãofissurafossofracassogessograssaridiossincrasiaimissãoimpressãoingressarinsossoinsubmissãointeresseintromissãomacrossistemamassamessemessiânicomicrossistemamissamissionáriomocassimnecessidadeobsessãoopressãopássaropassearpasseatapasseiopasso (cf. paço)permissãopêssegopessimismopossessãopotássiopressagiar, presságio

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 51

pressão, pressionarprocessão (procedência)procissão (préstito)professoprofissãoprogressãoprogressopromessapromissorpromissóriaregressar, regressivoremessaremissão (ato de remitir)remissivorepercussãorepressão, repressivoressalva(r)ressarcirressentirressequirressonarressurreiçãoretrocessorusso (da Rússia)sanguessugasecessão (separação)sessão (reunião)sessar (peneirar)sobressalente (ou sobresselente)sossegosubmissãosucessãosucessivotessituratossetravessatravessãouníssono

vassouraverossímilvicissitude

1.1.15. Palavras com SC,e não C, ç, S, SS

abscessoabscissaacrescentaracrescer, acréscimoadolescenteapascentaraquiescênciaaquiescerascenderascensãoascetacondescendênciaconsciênciacônscioconvalescercrescentecrescerdescendênciadescenderdescentralizaçãodescerdescerrardescidadiscente (que aprende)discernimentodisciplina(r)discípuloefervescênciafascículofascismoflorescerimisção (mistura)

imiscívelimprescindívelintumescerirascívelisóscele(s)miscelâneamiscigenaçãonascençanascernéscioobscenoonisciênciaoscilar, oscilaçãopisciculturapiscinaplebiscitoprescindirrecrudescerremanescentereminiscênciarenascençarescindirrescisãoressuscitarseiscentésimoseiscentossuscetívelsuscitartranscendênciavíscera

1.1.16 Palavras com X,e não S, SS

apoplexiaaproximarauxíliocontextoexclusivo

52 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

expectador (que tem esperança)expectativaexpenderexpensasexperiênciaexperimentarexperto (sabedor)expiaçãoexpiar (pagar, remir)expirar (morrer)explanarexpletivoexplicarexplícitoexplorarexpoenteexporêxtase, extáticoextensão (mas estender)extenuarexterno (exterior)extirparextraordinárioextrapolarextratoextremadoextroversãoinexperiênciainextricávelmáximapróximo, proximidadesextasextantesexto (ordinal)sintaxetêxtil, têxteistextotextualtextura

1.1.17. Palavras com S,e não X

adestrarcontestardestrezadestroescavaresclarecerescorreitoescusa(r)esdrúxuloesfolaresgotaresgotoesôfagoespectador (que vê)espertezaespertoespiar (espreitar)espirar (soprar, exalar)esplanadaesplêndidoesplendorespoliaçãoespontâneoespraiarespremeresquisitoestagnarestático (firme, contrário de dinâmico)estender, estendidoesterno (osso)estirpeestrangeiroestranharestrato (camada)estratosferaestrema (marco, limite)

estremar (dividir, separar)estremecerestruturaesvaeceresvair-seinesgotáveljustapor, justaposiçãomistomisturateste

1.1.18. Palavras com XC (entre vogais), com valor de /s/

exceçãoexcedenteexcederexcedívelexcelênciaexcelenteexcelsoexcentricidadeexcêntricoexcepcionalexcertoexcessoexcetoexcetuarexcipienteexcitaçãoexcitarinexcedível

1.1.19. Palavras com Z,e não S

abalizadoabalizaracidezaduzir

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 53

agilizaragonizaragudez(a)ajuizaralcoolizaralgazarraalgozaltezaaltivezAmazonasamenizaramericanizaramizadeamortizaranarquizarandaluzAndaluziaantipatizarapaziguaraprazaraprazívelaprendizadoarborizararcaizararidezArizonaarmazémaromatizararrazoararrazoadoarroz (-al, -eiro)asperezaassazatemorizaraterrorizaratrizatrozatualizaraudazautomatizar

autorizaravalizaravarezaavestruzavidezavizinharazarazedarazeiteazeitonaazimuteazul, azuisbaixezabalizabanalizarbarbarizarbazarbazucabelezabel-prazerbendizerbezerrobissetrizbizânciobizantinobizarrobraveza, brabezaburocratizarcafezalcafezeirocafezinhocafuzocanalizarcanonizarcapatazcapazcapitalizarcaracterizarcarbonizarcartaz

categorizarcatequizar (s. f. catequese)cauterizarcelebrizarcentralizarcertezachafarizchamarizcicatriz(ar)circunvizinhocivilizarcizâniaclarezaclimatizarcoalizãocolonizarcomezinhoconcretizarcondizerconduzirconfraternizarconscientizarcontemporizarcontradizercontumazcorporizarcorrentezacotizarcozer (cozinhar)cozidocozinharcristalizarcristianizarcruezacruzar, cruzeirocruzadacupidezczar (tzar)deduzirdelicadeza

54 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

democratizardesautorizardesfaçatezdeslizar (escorregar)deslizedesmazelodesmoralizardesprezardestrezadezdezembrodezenadezenovedezesseisdezessetedezoitodiretrizdivinizardizerdizimardízimodogmatizardozedramatizardurezaduzentosdúziaeconomizareficazeletrizarembaixatrizembelezarembriaguezencolerizarencruzilhadaenfatizarenraizarentronizarescandalizarescassez

escravizarespecializarespezinharesquizofreniaesterilizarestigmatizarestilizarestranhezaestupidezesvaziareternizarevangelizarexteriorizarfamiliarizarfazendafazerfeliz(ardo)ferozfertilizarfinalizarfineza (delicadeza)firmezafiscalizarflacidezfluidezformalizarfortalezafozfraquezafriezafugazfuzil(eiro), fuzilargalvanizargazegazeargazetagazuageneralizargentilezagiz

gozar, gozograndezagranizogravidezharmonizarhigienizarhipnotizarhonradezhorizontehorrorizarhospitalizarhostilizarhumanizaridealizarimortalizarimperatrizimpurezaimunizarindenizarindividualizarindizívelindustrializarinduzirinfelizinferiorizarinimizarinsipidezinteirezaintelectualizarinternacionalizarintrepidezintroduzirinutilizarinvalidezironizarjaezjazidajazigojuiz, juízesjuízo

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 55

justezalarguezalatinizarlazerlegalizarligeirezalocalizarloquazlucidezluzmaciez(a)madurezamagazinemagnetizarmagrezamaldizermalfazermartirizarmaterializarmatiz(ar)matrizmazelamenosprezarmercantilizarmeretrizmesquinhezmezinha(remédio)militarizarmiudezamobilizarmodernizarmonopolizarmoralizarmorbidezmordazmotorizarmotrizmudeznacionalizarnariz

naturalizarnaturezaNazarénazismoneutralizarnitideznobrezanoz (fruto da nogueira)nudezobstaculizarojerizaoficializarorganizaroriziculturaozôniopalidezparabenizarparticularizarpasteurizarpazpenalizarpequenezpermeabilizarperspicazpertinazplacidezpluralizarpobrezapolidezpopularizarpormenorizarprazer, prazerosoprazopreconizarprejuízopressurizarprestezaprezado (estimado)primaz(ia)privatizar

produzirproezaprofetizarprofundezapulverizarpurezaquartzo (ou quarço)racionalizarraiz, raízesrapazrapidezrarezarazãorazoávelrealezarealizarreconduzirredondezareduzirrefazerregozijoregularizarreluzirreorganizarresponsabilizarrevezarrezaridicularizarrigidezrijezarispidezrivalizarrobotizarrobustezrodíziorudez(a)sagazsatisfazersazãosazonal

56 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

secularizarreduzirsensatezsensibilizarsimbolizarsimpatizarsincronizarsingularizarsintetizarsistematizarsisudezsocializarsolenizarsolidezsordidezsozinhosuavizarSuazilândiaSuezsurdezsutilezatalveztenazteztimideztiranizartopáziotorpezatotalizartraduzirtranqüilizartrapéziotrazertrezentostristezatrizturgideztzar (ou czar)uniformizaruniversalizar

urbanizarutilizarvagarezavalorizarvaporizarvastezavazantevazarvaziovelozVeneza, venezianaVenezuelaverbalizarvernizvezvezovilezaviuvezvivazvivezavizinhovizirvolatizarvorazvoz(es)vulcanizarvulgarizarxadrezziguezague(ar)

1.1.20. Palavras com S,e não Z

aburguesarabusar, abusoacesoacusar, acusativoadesão, adesivoafrancesaragasalhar

aguarrásaliásalisar (mas deslizar)amasiar-seamnésiaanalisar, análiseananásanestesiaapesar de aportuguesarapósaposentarapoteoseapresaraprisionarardósiaarquidiocesearrasararrevesadoartesanato, artesãoás (carta, aviador notável)asaÁsiaasilar, asiloastecaatrásatrasar, atrasoatravésavisar, avisoazul-turquesabaronesabasaltobase(ar)basiléiabasílicabesourobis(ar)bisavôbiscaiabisonho

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 57

brasabrasãobrasilbrasileirobrisaburguês, burguesiabusílisCádiscampesinocamponêscarmesimcasa(r)casamentocasebrecasernacasocasualcasuístacasulocatálise, catalisarcatequese (mas catequizar)centésimoCésarcesarianachinêscisãocoesãocoesocoisacolisãocomiserarconciso, concisãoconclusãoconsulesacontusãoconvéscortêscortesiacoser (costurar)crase

crisecútisdecisãodecisivodefesademasiadescamisardescortêsdesídiadesígniodesinênciadesistirdespesadetrásdeusadiagnosediocesedivisardivisíveldivisordolosodose, dosarduquesaeclesiásticoempresaempresárioêncliseenésimoentrosarenvasarenviesarerisipelaescocêsescusa(r)esôfagoesotéricoesquisitoeutanásiaevasãoexclusive

êxtaseextravasarextremosofalésiafantasia(r)faseferro-gusafinêsfinlandêsformosoframboesafrancêsfrasefreguêsfrisa(r)frisofusãofuselagemfusívelfusogásgasogêniogasolinagasômetrogasosogaulêsgêisergelosiagênese (ou gênesis)genovêsGoiásgris, grisalhogroselhaguisaguisar, guisadogulosoheresiahesitarholandêsileso

58 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

improvisarincisão, incisivoinclusiveincluso, inclusãoindefesoinfusãoinglêsintrusão, intrusoinvasão, invasorinvésirlandêsirresolutoirrisãoirrisórioisençãoisolarIsraeljaponêsjavanêsJerusalémjesuítaJesusjusjusantelápislesão, lesionarlesar, lesivoliláslisolisonjalisuralosangolousalusomagnésiomaisenamaltêsmarquêsmasoquismomausoléu

mêsmesamesáriomesócliseMesopotâmiamesquitamesurametamorfoseMicronésiamilanêsmisantropomisériamisericórdiamontanhêsmontêsmosaicoMoselamúsicaNagasáquinarcisismonasalnáuseanorueguêsobesidade, obesoobséquioobtusoourives(aria)ousar, ousadiapaíspaisagemparafusoparalisarParisparmesãopás (pl. de pá)pau-brasilpesadelopêsamespesar, pesopesquisar

pisarPolinésiaportuguêspôs (verbo pôr)precisãoprecisarprecisopresapresente(ar)preservarpresidentepresídiopresidirpresilhaprincesaprofetisaprofusãoprosaprosaicoprosélitoquadrisquerosenequesitoquis, quiseste, quiseram (verbo querer)raposarasorasurorecusa(r)reclusãorepisarrepousar, repousorepresa(r)represáliarequisiçãorequisitarrequisitorésrês (gado)rés-do-chão

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 59

resenhareservareservistaresidênciaresidirresíduoresignarresinaresistirresoluçãoresolverresultarresumirretesarretrovisorrevés, revesesrevisão, revisarsaudosismoSilésiasíntesesinusitesisosisudosobremesasopesarsósiasurpresasuseranoteimosiatelevisãotelevis(ion)artesetesotesouratesourariatesourotorquêstosartransaçãotransatlântico

transetransidotransistortrânsitotrás (prep., adv.)traseiratravéstrêstresandartrigésimotristrisavôturquesausinausousufrutousurausurparvasilhavasovesículaviésvigésimovisarviseiravisionáriovisita(r)visívelvisorxis (letra x)

1.1.21. Palavras com X,e não Z ou S

exageroexalarexaltarexame, examinarexangueexarar

exasperarexatoexaurir, exaustoexecução, executarexegeseexemploexéquiasexeqüívelexercerexercícioexércitoexibir, exibiçãoexigirexíguo, exigüidadeexílio, exilarexímioexistirêxito, exitosoêxodoexonerarexorbitarexortarexóticoexuberanteexultarexumarinexatoinexaurívelinexistenteinexorável

1.1.22 Palavras com X,e não CH

abacaxiafrouxaralmoxarife, almoxarifadoameixaatarraxar (< tarraxa)baixa

60 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

baixadabaixelabaixezabaixobauxitabexigacaixãocaixeirocaixotecapixabacoxacoxearcoxodeixardesleixadodesleixoelixirencaixeencaixotarenfaixarenfeixarengraxar, engraxateenxadaenxaguarenxameenxaquecaenxergarenxerirenxertarenxofreenxotarenxovalharenxoviaenxugarenxurradaenxutoesdrúxulofaixafaxinafaxineiro

feixefrouxograxaguanxumahaxixeHiroximalagartixalaxantelaxalixeirolixívialixoluxaçãoluxar (deslocar)Luxemburgoluxoluxúriamalgaxe (de Madagascar)mexermexericomexilhão (molusco)mixórdiaorixápaxá (governador turco)praxepuxarrelaxado, relaxarremexerrepuxar, repuxorixa(r)rouxinolroxoseixotaxa (tipo de tributo, tarifa)taxar (impor taxa)taxativotrouxavexadovexamevexar

xá (da Pérsia)xadrezxampuXangaixaropexavantexaximxenofobiaxeque (árabe)xerifexícaraxifópagoxiitaxingarxis (letra x)

1.1.23. Palavras com CH,e não X

achacar, achaqueachincalharanchoanchova, ou enchovaapetrechoarchotearrochar, arrochoazevichebacharelbelchiorbelichebolachabolcheviquebrechabrochebrochurabuchacachaçacachocachoeiracambalacho

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 61

capachocaramanchãocartucheirachá (planta, infusão de folhas)chácarachacinachacoalharchacotachafarizchafurdarchalaçachaléchaleirachamarizchambrechaminécharadacharcocharlatãocharolêscharque(ar)charruacharutochávenachequechicóriachicotechimarrãochimpanzé ou chipanzéchiquechiqueirochoçachocalhochofrecholdrachopechuchuchumaçochurrascochusma

chute, chutarcochichar, cochichocochilar, cochilococho (vasilha)cochonilhacolchacolchãocolcheteconchaconchavocoqueluchecupinchadebochar, debochedesabrochardesfechardespachar, despachoduchaencharcarencherenchova (ou anchova)escabecheescarafuncharescorcharesguichoespicharestrebucharfachadafachofantochefechar, fechofetichefichaflecha(r)frinchaganchogarranchogarruchaguacheguinchoiídiche

incharlanchalanchelincharluchar (sujar)machadomachucarmochilanichopechapecharpechinchapenachopiche, picharponcheprancharacharranchorechaçar, rechaçoricochete(ar)rochasalsichasanduíchetachar (censurar, acusar)tochatrapichetrechotrincheira

1.1.24. Palavras com X,e não CC ou Cç

afluxoamplexoanexar, anexoasfixia(r)axila(r)axiomabóraxclímax

62 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

complexidade,complexoconexão, conexoconvexidade,convexocórtexcrucifixoduplexdurexempuxofixar, fixaçãofixoflexão, flexibilidadeflexionarflexívelfluxoheterodoxiaheterodoxohexágonoíndexinflexívelintoxicarlátexléxicomarxismomarxistamaxila, maxilarnexo

obnóxioônixortodoxia, ortodoxooxidar, óxidooxítonoparadoxal, paradoxoparalaxeparoxítonoperplexidade,perplexopirexprofilaxiaprolixoproparoxítonoproxenetareflexãoreflexibilidadereflexivoreflexorefluxosaxãosaxôniosexagenáriosexagésimosexo, sexualsílextelextelexograma

tóraxtóxicotoxicologiatoxinatriplexxerox (ou xérox)

1.1.25. Palavras com CC, Cç, e não X

cocçãocóccix (ou coccige)confecçãoconfeccionarconvicçãodefecçãodissecçãofa(c)çãofa(c)ciosoficçãofricçãofriccionarinfe(c)çãoinfe(c)cionarinspe(c)çãoretrospe(c)çãose(c)çãose(c)cionar

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 63

2. Acentuação Gráfica

2.1. Regras de Acentuação Gráfica

2.1.1. Quanto à Tonicidade

– Proparoxítonos: todas as palavras em que a antepenúltima sílaba é a mais forte são acentuadas graficamente: câmara, estereótipo, falávamos, discutíamos, América, África. Seguem, ainda, esta regra os proparoxítonos eventuais ou relativos, isto é, os terminados em ditongo crescente: ministério, ofício, previdência, homogêneo, ambíguo, Ásia, Rondônia.

– Paroxítonos: as palavras em que a penúltima sílaba é a mais forte são acentuadas graficamente quando terminam em:

- i(s): júri(s), táxi(s), lápis, tênis;- us: bônus, vírus, Vênus;- ã(s), -ão(s): órfã, ímã, órfãs, órgão, órgãos, bênção, bênçãos;-om, -ons: rádom (ou radônio), iâmdom, nêutron, elétron, nêutrons;-um, -uns: fórum, álbum, fóruns, álbuns;-l: estável, estéril, difícil, cônsul, útil;-n: hífen, pólen, líquen;-r: açúcar, éter, mártir, fêmur;-x: látex, fênix, sílex, tórax;-ps: bíceps, fórceps.observações:a) A regra de acentuar paroxítonos terminados em i ou r não se aplica aos prefixos terminados

nessas letras: anti-, semi-, hemi-, arqui-, super-, hiper-, alter-, inter-, etc. b) Atente para o fato de que a regra dos paroxítonos terminados em -en não se aplica ao plural

dessas palavras nem a outras com a terminação -ens: liquens, hifens, itens, homens, nuvens, etc.

– oxítonos: as palavras em que a sílaba mais forte é a última são acentuadas quando terminadas em:

-a(s): guaraná, atrás, (ele) será, (tu) serás, Amapá, Pará;-e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé, convés;-o(s): complô, robô, avô, avós, após, qüiproquó(s);-em, -ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém (eles) detêm observação:As palavras tônicas que possuem apenas uma sílaba (monossílabos) terminadas em a, e e

o seguem também esta regra: pá, pé pó, (tu) dás, três, mês, (ele) pôs, má, más; assim também os monossílabos verbais seguidos de pronome: dá-la, tê-lo, pô-la, etc.

64 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

2.1.2. Quanto aos Encontros Vocálicos– Ditongos abertos tônicos: os ditongos ei, eu, oi têm a primeira vogal acentuada graficamente

quando for aberta e estiver na sílaba tônica: papéis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis.– Ditongos ue e ui antecedidos por g ou q: leva acento agudo o u, quando tônico, e trema,

quando átono: apazigúe, argúi, argúem, averigúe, obliqúe, obliqúem, e argüir, delinqüir, freqüente, agüentar, cinqüenta.

– Hiatos em i e u: i e u tônicos, finais de sílaba com ou sem s, e precedidos de vogal não tremada, levam acento agudo quando não forem seguidos de nh: ensaísta, saída, juízes, país, baú(s), saúde, reúne, amiúde (adv.), viúvo (mas: bainha, moinho).

– Hiatos -eem e -oo(s): a primeira vogal da terminação -oo(s) é acentuada com circunflexo: vôo(s), enjôo(s), abençôo; da mesma forma a terminação -eem, que só ocorre na terceira pessoa do plural em alguns tempos dos verbos crer, dar, ler e ver: crêem, dêem, lêem, vêem, e derivados: descrêem, relêem, provêem, prevêem, etc.

2.1.3. Casos Especiais

a) Acento grave: é usado sobre a letra a, para indicar a ocorrência de crase (do grego krásis, mistura, fusão) da preposição a com o artigo ou demonstrativo feminino a, as ou com os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: encaminhar a a Procuradoria > encaminhar à Procuradoria; devido a a gestão do Ministro > devido à gestão do Ministro; falar a a Secretária > falar à Secretária.Emprega-se, ainda:

– para diferenciar a preposição a do artigo feminino singular a em locuções como à caneta, à máquina;

– em locuções em que significa à moda, à maneira (de): sair à francesa, discurso à Rui Barbosa, etc.

b) Acento diferencial: marca a diferença entre homógrafos ou homófonos exclusivamente nos seguintes casos:

– têm (eles) para distingui-lo de tem (ele), e vêm (eles), distinto de vem (ele); (vale nos derivados: eles detêm, provêm, distinto de detém, provém (ele);

– pôde (pretérito perfeito) distinto de pode (presente);– fôrma (substantivo) distinto de forma (verbo formar);– vocábulos tônicos (abertos ´/fechados ^) que têm homógrafos átonos:

tônicoscôa, côas (v. coar)pára (v. parar)péla, pélas (v. pelar e s.f.)pélo (v. pelar), pêlo, pêlospéra, péras (pedra), pêrapêro, Pêropóra(s) (surra); pôla(s) (broto vegetal)pólo(s) (eixo, jogo); pôlo(s) (filhote de gavião)pôr (verbo)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 65

átonoscoa, coas (com a, com as)para (preposição)pela, pelas (por a(s)pelo, pelos (por o(s)pera (forma arcaica de para)pero (forma arcaica de mas)pola(s) (forma arcaica de por a(s))polo(s) (forma arcaica de por o(s))por (preposição)

3. Hífen

3.1. Hífen entre Vocábulos

a) na composição de palavras em que os elementos constitutivos mantêm sua acentuação própria, compondo, porém, novo sentido:

abaixo-assinado (abaixo assinado, sem hífen, com o sentido de “(aquele) que assina o documento em seu final”: “João Alves, abaixo assinado, requer...”)

decreto-leilicença-prêmiomão-de-obramatéria-primaoficial-de-gabinetepapel-moedaprocesso-crimesalário-famíliatesta-de-ferro (testa de ferro, sem hífen, significa “testa dura como ferro”)

b) na composição de palavras em que o primeiro elemento representa forma reduzida:infanto-juvenil (infanto = infantil)nipo-brasileiro (nipo = nipônico)sócio-político (sócio = social)

c) nos adjetivos gentílicos (que indicam nacionalidade, pátria, país, lugar ou região de procedência) quando derivados de nomes de lugar (topônimos) compostos:

belo-horizontinonorte-americanoporto-riquenhorio-grandense-do-norte

66 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

d) nas palavras compostas em que o adjetivo geral é acoplado a substantivo que indica função, lugar de trabalho ou órgão:

diretor-geralinspetoria-geralprocurador-geralsecretaria-geral

e) a preposição sem liga-se com hífen a alguns substantivos para indicar unidade semântica (adquire, assim, valor de prefixo):

sem-fimsem-númerosem-terrasem-salsem-vergonhasem-par

f) o advérbio de negação não liga-se com hífen a alguns substantivos ou adjetivos para indicar unidade semântica (adquire, assim, valor de prefixo):

não-agressãonão-eu, não-metalnão-sernão-ferrosonão-participantenão-linearnão-alinhado

3.2. Hífen e Prefixos

a) os seguintes prefixos nunca vêm seguidos de hífen (ligam-se, portanto, diretamente ao vocábulo com o qual compõem uma unidade):

aer(o), aerotransporteagro, agroindústriaambi, ambidestroanfi, anfiteatroaudio, audiovisualbi, bicentenáriobio, biogenéticocardio, cardiovascularcis, cisplatinode(s), desserviçodi(s), dissociação

ele(c)tro, eletroímãfil(o), filogenéticofisio, fisioterapiafon(o), fonoaudiólogofot(o), fotolitogastr(o), gastr(o)enterologiage(o), geotécnicahemi, hemicírculohepta, heptassílabohexa, hexafluorenohidr(o), hidr(o)elétrica

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 67

hipo, hipotensãohomo, homossexualin, inaptointro, introversãojusta, justaposiçãomacro, macroeconomiamicr(o), microrregiãomono, monoteísmomoto, motociclomulti, multinacionalpara, parapsicologiapenta, pentacampeão

per, percloratopluri, plurianualpoli, polivalentepsic(o), psicossocialradi(o), radioamadorre, reversãoretro, retroativotele, teledinâmicaterm(o), term(o)elétricatrans, transalpinotri, tricelularuni, unidimensional

b) o prefixo ex exige hífen quando indica “estado anterior”, “que foi”:ex-deputadoex-ministroex-mulherex-secretário

c) o prefixo vice exige sempre o hífen:vice-almirantevice-diretorvice-presidentevice-versa

d) os prefixos pós, pré, pró – assim, tônicos e de timbre aberto – requerem hífen sempre:pós-escritopós-guerrapós-modernopós-natalpré-avisopré-nupcialpró-republicano

mas sem hífen quando átonos (e, normalmente, fechados):

posfácioposporpredeterminarpredizer

68 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

preestabelecerpreestipuladopreexistirprejulgar

e) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por vogal, h, r ou s:

auto (auto-estima, auto-retrato, etc.)contra (contra-ataque, contra-oferta, etc.)extra (extra-oficial, extra-humano, extra-sensível; extraordinário é a única exceção – que, no entanto, é lícito distinguir de extra-ordinário “não ordinário, não rotineiro; imprevisto”)infra (infra-estrutura, infra-hepático, infra-renal, etc.)intra (intra-ocular, intra-hepático, intra-renal, etc.)neo (neo-escolástico, neo-hegeliano, neo-realismo, etc.)proto (proto-história, proto-revolução, etc.)pseudo (pseudo-esfera, pseudo-humano, pseudo-sigla, etc.)semi (semi-anual, semi-úmido, semi-selvagem, semi-humano, etc.)supra (supra-renal, supra-sumo, etc.)ultra (ultra-romântico, ultra-sensível, etc.)

f) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por h, r ou s:ante (ante-histórico, ante-sala, etc.)anti (anti-humano, anti-herói, anti-regimental, etc.)arqui (arqui-histórico, etc.)sobre (sobre-humano, sobre-saia; exceções: sobressair, sobressalto)hiper (hiper-humano, hiper-realismo, etc.)inter (inter-hemisférico, inter-regional, etc.)super (super-homem, super-requintado, etc.)

g) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por vogal ou h:

circum (circum-ambiente, circum-hospitalar, etc.)mal (mal-entendido, mal-humorado, etc.)pan (pan-americano, pan-helênico, etc.)

h) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por r:ab (ab-rogar: anular, suprimir)ad (ad-rogar: adotar ou tomar por adoção)ob (ob-rogar: contrapor-se)sob (sob-roda: saliência capaz de estorvar o deslocamento de um veículo)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 69

sub (sub-reitor, sub-região, etc.; no caso de sub também separamos por hífen as palavras iniciadas por b: sub-bloco, sub-bibliotecário)

observação: Hífen de composição vocabular ou de ênclise e mesóclise é repetido quando coincide com translineação:

decreto-/-lei, exigem-/-lhe, far-/-se-á.

4. Concordância Verbal

Regra geral: o verbo concorda com seu sujeito em pessoa e número.Os novos recrutas mostraram muita disposição. (CP: eu mostrei, você (ou ele) mostrou, nós

(eu e...) mostramos...)Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um núcleo, com ele concorda o verbo em

pessoa e número:o Chefe da Seção pediu maior assiduidade.A inflação deve ser combatida por todos.os servidores do Ministério concordaram com a proposta.quando o sujeito for composto, ou seja, possuir mais de um núcleo, o verbo vai para o plural

e para a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pessoa tem prioridade sobre a 2a e a 3a; a 2a sobre a 3a; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3a pessoa.

Eu e Maria queremos viajar em maio.Eu, tu e João somos amigos.o Presidente e os Ministros chegaram logo.observação: Por desuso do pronome vós e respectivas formas verbais no brasil, tu e ... leva

o verbo para a 3a pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não deveis) ter mais calma.Analisaremos a seguir algumas questões que costumam suscitar dúvidas quanto à correta

concordância verbal.

a) Há três casos de sujeito inexistente:– com verbos de fenômenos meteorológicos:Choveu (geou, ventou...) ontem.– em que o verbo haver é empregado no sentido de existir ou de tempo transcorrido:Haverá descontentes no governo e na oposição.Havia cinco anos não ia a brasília.Errado: Se houverem dúvidas favor perguntar.Certo: Se houver dúvidas favor perguntar.Para certificar-se de que esse haver é impessoal, basta recorrer ao singular do indicativo: Se

há ( e nunca: *hão) dúvidas... Há (e jamais: *Hão) descontentes...– em que o verbo fazer é empregado no sentido de tempo transcorrido:Faz dez dias que não durmo.Semana passada fez dois meses que iniciou a apuração das irregularidades.Errado: Fazem cinco anos que não vou a brasília.

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Certo: Faz cinco anos que não vou a brasília.São muito freqüentes os erros de pessoalização dos verbos haver e fazer em locuções verbais

(ou seja, quando acompanhados de verbo auxiliar). Nestes casos, os verbos haver e fazer transmitem sua impessoalidade ao verbo auxiliar:

Errado: Vão fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.Certo: Vai fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.Errado: Depois das últimas chuvas, podem haver centenas de desabrigados.Certo: Depois das últimas chuvas, pode haver centenas de desabrigados.Errado: Devem haver soluções urgentes para estes problemas.Certo: Deve haver soluções urgentes para estes problemas.

b) Concordância facultativa com sujeito mais próximo: quando o sujeito composto figurar após o verbo, pode este flexionar-se no plural ou concordar com o elemento mais próximo:

Venceremos eu e você.– ou:Vencerei eu e você.– ou, ainda:Vencerá você e eu.

c) quando o sujeito composto for constituído de palavras sinônimas (ou quase), formando um todo indiviso, ou de elementos que simplesmente se reforçam, a concordância é facultativa, ou com o elemento mais próximo ou com a idéia plural contida nos dois ou mais elementos:

A sociedade, o povo une-se para construir um país mais justo.– ou então:A sociedade, o povo unem-se para construir um país mais justo.

d) o substantivo que se segue à expressão um e outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se no singular ou no plural:

um e outro decreto trata da mesma questão jurídica.– ou:um e outro decreto tratam da mesma questão jurídica.

e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem outro, seguidas ou não de substantivo, exigem o verbo no singular:

uma ou outra opção acabará por prevalecer.Nem uma, nem outra medida resolverá o problema.

f) No emprego da locução um dos que, admite-se dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural (prevalece este no uso atual):

Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou) a decisão foi a urgência de obter resultados concretos.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 71

A adoção da trégua de preços foi uma das medidas que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião pública.

g) o verbo que tiver como sujeito o pronome relativo quem tanto pode ficar na terceira pessoa do singular como concordar com a pessoa gramatical do antecedente a que se refere o pronome:

Fui eu quem resolveu a questão. – ou: Fui eu quem resolvi a questão.

h) Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com o sujeito que, no caso, está sempre expresso e vem a ser o paciente da ação ou o objeto direto na forma ativa correspondente:

Vendem-se apartamentos funcionais e residências oficiais.Para obterem-se resultados são necessários sacrifícios.Compare: apartamentos são vendidos e resultados são obtidos; vendem apartamentos e

obtiveram resultados.Verbo transitivo indireto (isto é, que rege preposição) fica na terceira pessoa do singular; o

se, no caso, não é apassivador pois verbo transitivo indireto não é apassivável: *O prédio é carecido de reformas.*É tratado de questões preliminares. Assim, o correto é:Assiste-se a mudanças radicais no País. (E não *Assistem-se a...)Precisa-se de homens corajosos para mudar o País. (E não *Precisam-se de...)Trata-se de questões preliminares ao debate. (E não *Tratam-se de...)

i) Expressões de sentido quantitativo (grande número de, grande quantidade de, parte de, grande parte de, a maioria de, a maior parte de, etc.) acompanhadas de complemento no plural admitem concordância verbal no singular ou no plural. Nesta última hipótese, temos “concordância ideológica”, por oposição à concordância lógica, que se faz com o núcleo sintático do sintagma (ou locução) nominal (a maioria + de...):

A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por confessar sua culpa.um grande número de Estados aprovaram (ou aprovou) a Resolução da oNu.

Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram) as medidas.

j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral (concordância com o sujeito em pessoa e número), mas nos seguintes casos é feita com o predicativo:

– quando inexiste sujeito:Hoje são dez de julho.Agora são seis horas.Do Planalto ao Congresso são duzentos metros.Hoje é dia quinze.– quando o sujeito refere-se a coisa e está no singular e o predicativo é substantivo no plural:

72 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

Minha preocupação são os despossuídos.o principal erro foram as manifestações extemporâneas.– quando os demonstrativos tudo, isto, isso, aquilo ocupam a função de sujeito:Tudo são comemorações no aniversário do município.Isto são as possibilidades concretas de solucionar o problema.Aquilo foram gastos inúteis.– quando a função de sujeito é exercida por palavra ou locução de sentido coletivo: a maioria,

grande número, a maior parte, etc.A maioria eram servidores de repartições extintas.Grande número (de candidatos) foram reprovados no exame de redação.A maior parte são pequenos investidores.– quando um pronome pessoal desempenhar a função de predicativo:Naquele ano, o assessor especial fui eu.o encarregado da supervisão és tu.o autor do projeto somos nós.Nos casos de frases em que são empregadas expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos

de o verbo ser fica no singular:Três semanas é muito.Duas horas é pouco.Trezentos mil é mais do que eu preciso.l) Concordância do Infinitivo:uma das peculiaridades da língua portuguesa é o infinitivo flexionável: esta forma verbal,

apesar de nominalizada, pode flexionar-se concordando com o seu sujeito. Simplificando o assunto, controverso para os gramáticos, valeria dizer que a flexão do infinitivo só cabe quando ele tem su-jeito próprio, em geral distinto do sujeito da oração principal:

Chegou ao conhecimento desta Repartição estarem a salvo todos os atingidos pelas enchentes. (sujeito do infinitivo: todos os atingidos pelas enchentes)

A imprensa estrangeira noticia sermos nós os responsáveis pela preservação da Amazônia. (sujeito do infinitivo: nós)

Não admitimos sermos nós... Não admitem serem eles...o Governo afirma não existirem tais doenças no País. (sujeito da oração principal: o governo;

sujeito do infinitivo: tais doenças)ouvimos baterem à porta. (sujeito (do infinitivo) indefinido plural, como em batem (ou

Bateram) à porta)o infinitivo é inflexionável nas combinações com outro verbo de um só e mesmo sujeito – a

esse outro verbo é que cabe a concordância:As assessoras podem (ou devem) ter dúvidas quanto à medida.os sorteados não conseguem conter sua alegria.Queremos (ou precisamos, etc.) destacar alguns pormenores.Nas combinações com verbos factitivos (fazer, deixar, mandar...) e sensitivos (sentir, ouvir,

ver...) o infinitivo pode concordar com seu sujeito próprio, ou deixar de fazê-lo pelo fato de esse sujeito (lógico) passar a objeto direto (sintático) de um daqueles verbos:

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 73

o Presidente fez (ou deixou, mandou) os assessores entrarem (ou entrar). Sentimos (ou vimos, ouvimos) os colegas vacilarem (ou vacilar) nos debates. Naturalmente, o sujeito semântico ou lógico do infinitivo que aparece na forma pronominal acusativa (o,-lo, -no e flexões) só pode ser objeto do outro verbo: o Presidente fê-los entrar (e não *entrarem) Sentimo-los (ou Sentiram-nos, Sentiu-os, Viu-as) vacilar (e não *vacilarem).

5. Concordância Nominal

Regra geral: adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais concordam em gênero e número com os substantivos de que dependem:

Todos os outros duzentos processos examinados.Todas as outras duzentas causas examinadas.

Alguns casos que suscitam dúvida:a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam com o substantivo em gênero e número:Anexa à presente Exposição de Motivos, segue minuta de Decreto.Vão anexos os pareceres da Consultoria Jurídica.Remeto inclusa fotocópia do Decreto.Silenciar nesta circunstância seria crime de lesa-pátria (ou de leso-patriotismo).

b) a olhos vistos é locução com função adverbial, invariável, portanto:Lúcia envelhecia a olhos vistos.A situação daquele setor vem melhorando a olhos vistos.

c) possível: em expressões superlativas, este adjetivo ora aparece invariável, ora flexionado (embora no português, moderno se prefira empregá-lo no plural):

As características do solo são as mais variadas possíveis.As características do solo são as mais variadas possível.

6. Regência

Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, subordinação. Assim, a sintaxe de regência trata das relações de dependência que as palavras mantêm na frase. Analisaremos a seguir alguns casos de regência verbal que costumam criar dificuldades na língua escrita.

6.1. Regência de alguns verbos de uso freqüente:

anuir: concordar, condescender: transitivo indireto com a preposição a:Todos anuíram àquela proposta.o Governo anuiu de boa vontade ao pedido do sindicato.

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aproveitar: aproveitar alguma coisa ou aproveitar-se de alguma coisa.Aproveito a oportunidade para manifestar repúdio ao tratamento dado a esta matéria.o relator aproveitou-se da oportunidade para emitir sua opinião sobre o assunto.

aspirar: no sentido de respirar, é transitivo direto:Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo.– no sentido de desejar ardentemente, de pretender, é transitivo indireto, regendo a preposição a:o projeto aspira à estabilidade econômica da sociedade. Aspira a ela.Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.

assistir: no sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, é transitivo direto:Procuraremos assistir os atingidos pela seca (assisti-los).o direito que assiste ao autor de rever sua posição. o direito que lhe assiste...– no sentido de estar presente, comparecer, ver é transitivo indireto, regendo a preposição a:Não assisti à reunião ontem. Não assisti a ela.Assisti a um documentário muito interessante. Assisti a ele.

Nesta acepção, o verbo não pode ser apassivado; assim, em linguagem culta formal, é incor-reta a frase:

A reunião foi assistida por dez pessoas.

atender:o Prefeito atendeu ao pedido do vereador.o Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em sua reivindicação. ouo Presidente atendeu ao Ministro (atendeu a ele) em sua reivindicação.

avisar: avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa:o Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da necessidade do recadastramento.

comparecer: comparecer a (ou em) algum lugar ou evento:Compareci ao(ou no) local indicado nas instruções.A maioria dos delegados compareceu à (ou na) reunião

compartilhar: compartilhar alguma (ou de alguma) coisa:o povo brasileiro compartilha os (ou dos) ideais de preservação ambiental do Governo.

consistir: consistir em alguma coisa (consistir de é anglicismo):o plano consiste em promover uma trégua de preços por tempo indeterminado.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 75

custar: no sentido usual de ter valor, valer:A casa custou um milhão de cruzeiros.– no sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3a pessoa do sing., em linguagem culta

formal:Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a entender esse problema – é linguagem oral,

escrita informal, etc.Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição. (Como sinônimo de demorar, tardar – Ele

custou a aceitar a argumentação da oposição – tb. é linguagem oral, vulgar, informal.)

declinar: declinar de alguma coisa (no sentido de rejeitar):Declinou das homenagens que lhe eram devidas.

implicar: no sentido de acarretar, produzir como conseqüência, é transitivo direto – implicá-lo:

o Convênio implica a aceitação dos novos preços para a mercadoria. (o Convênio implica na aceitação... – é inovação sintática bastante freqüente no brasil. Mesmo assim, aconselha-se manter a sintaxe originária: implica isso, implica-o...)

incumbir: incumbir alguém (incumbi-lo) de alguma coisa:Incumbi o Secretário de providenciar a reserva das dependências.– ou incumbir a alguém (incumbir-lhe) alguma coisa:o Presidente incumbiu ao Chefe do Cerimonial preparar a visita do dignitário estrangeiro.

informar: informar alguém (informá-lo) de alguma coisa:Informo Vossa Senhoria de que as providências solicitadas já foram adotadas.– informar a alguém (informar-lhe) alguma coisa:Muito agradeceria informar à autoridade interessada o teor da nova proposta.

obedecer obedecer a alguém ou a alguma coisa (obedecer-lhe):As reformas obedeceram à lógica do programa de governo.é necessário que as autoridades constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.

Todos lhe obedecem.

pedir: pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coisa:Pediu ao assessor o relatório da reunião.– pedir a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa:(Pedir a alguém para fazer alguma coisa é linguagem oral, vulgar, informal.)Pediu aos interessados (pediu-lhes) que (e não *para que) procurassem a repartição do

Ministério da Saúde.

76 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

preferir: preferir uma coisa (preferi-la) a outra (evite: “preferir uma coisa do que outra”): Prefiro a democracia ao totalitarismo.

Vale para a forma nominal preferível: Isto é preferível àquilo (e não preferível do que...).

propor-se: propor-se (fazer) alguma coisa ou a (fazer) alguma coisa:o decreto propõe-se disciplinar (ou a disciplinar) o regime jurídico das importações.

Referir: no sentido de “relatar” é transitivo direto:Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado.

Visar: com o sentido de ter por finalidade, a regência originária é transitiva indireta, com a preposição a. Tem-se admitido, contudo, seu emprego com o transitivo direto com essa mesma acepção:

o projeto visa ao estabelecimento de uma nova ética social (visa a ele). ou: visa o estabelecimento (visa-o).

As providências visavam ao interesse (ou o interesse) das classes desfavorecidas.Observação: Na língua escrita culta, os verbos que regem determinada preposição, ao

serem empregados em orações introduzidas por pronome relativo, mantêm essa regência, embora a tendência da língua falada seja aboli-la:

Esses são os recursos de que o Estado dispõe (e não recursos que dispõe, próprio da linguagem oral ou escrita informal).

Apresentou os pontos em que o Governo tem insistido (e não pontos que o Governo...).Já as orações subordinadas substantivas introduzidas por conjunção integrante (que, como e

se) dispensam o emprego da preposição:o Governo insiste que a negociação é imprescindível.Não há dúvida que o esforço é fundamental.Lembre como revisar um texto.

7. Pontuação

os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as seguintes finalidades:a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na leitura;b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o autor, devem merecer destaque;c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambigüidades.

7.1. Vírgula A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na oração, quer no período.

A seguir, indicam-se alguns casos principais de emprego da vírgula:a) para separar palavras ou orações paralelas justapostas, isto é, não ligadas por conjunção:

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 77

Chegou a brasília, visitou o Ministério das Relações Exteriores, levou seus documentos ao Palácio do buriti, voltou ao Ministério e marcou a entrevista.

Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a serem observadas na redação oficial.

b) as intercalações, por cortarem o que está sintaticamente ligado, devem ser colocadas entre vírgulas:

o processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento.A democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, ainda é o melhor sistema de governo.c) expressões corretivas, explicativas, escusativas, tais como isto é, ou melhor, quer dizer,

data venia, ou seja, por exemplo, etc., devem ser colocadas entre vírgulas:o político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil

compreensão.As Nações unidas decidiram intervir no conflito, ou por outra, iniciaram as tratativas de paz.d) Conjunções coordenativas intercaladas ou pospostas devem ser colocadas entre vírgulas:Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obtinha, contudo, resultados.o ano foi difícil; não me queixo, porém.Era mister, pois, levar o projeto às últimas conseqüências.e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restritivas (explicativas) devem ser separados

por vírgula:Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.o homem, que é um ser mortal, deve sempre pensar no amanhã.f) a vírgula também é empregada para indicar a elipse (ocultação) de verbo ou outro termo

anterior:o decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particulares. (A vírgula indica a elipse

do verbo regulamenta.)Às vezes procura assistência; outras, toma a iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra

vezes.)g) nas datas, separam-se os topônimos:São Paulo, 22 de março de 1991.brasília, 15 de agosto de 1991.é importante registrar que constitui erro crasso usar a vírgula entre termos que mantêm

entre si estreita ligação sintática – p. ex., entre sujeito e verbo, entre verbos ou nomes e seus complementos.

Errado: o Presidente da República, indicou, sua posição no assunto.Certo: o Presidente da República indicou sua posição no assunto.

Nos casos de o sujeito ser muito extenso, admite-se, no entanto, que a vírgula o separe do predicado para conferir maior clareza ao período: os Ministros de Estado escolhidos para comporem a Comissão e os Secretários de Governo encarregados de supervisionar o andamento das obras, devem comparecer à reunião do próximo dia 15. o problema que nesses casos o político enfrenta, sugere que os procedimentos devem ser revistos.

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7.2. Ponto-e-Vírgulao ponto-e-vírgula, em princípio, separa estruturas coordenadas já portadoras de vírgulas

internas. é também usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer:Sem virtude, perece a democracia; o que mantém o governo despótico é o medo.

As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser respeitadas.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;II – incapacidade civil absoluta;III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5o, VIII;V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4o.

7.3. Dois-Pontos Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações, marcar enunciados de diálogo e indicar um esclarecimento, um resumo ou uma conseqüência do que se afirmou:

Como afirmou o Marquês de Maricá em suas Máximas: “Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer reformar.”

Encerrado o discurso, o Ministro perguntou:– Foi bom o pronunciamento?– Sem dúvida: todos parecem ter gostado.

Mais que mudanças econômicas, a busca da modernidade impõe sobretudo profundas alterações dos costumes e das tradições da sociedade; em suma: uma transformação cultural.

8. Colocação dos Pronomes

Será oportuno relembrar a posição das formas oblíquas átonas dentro do quadro geral dos pronomes pessoais:

Retos Oblíquos Átonos Oblíquos Tônicoseu me mim, comigotu te ti, contigo

ele, ela se, lhe, o, a si, consigonós nos conoscovós vos convosco

eles, elas se, lhes, os, as si, consigo

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 79

Trata-se, aqui, de examinar a colocação das formas oblíquas átonas, que constituem com o verbo um todo fonético. São colocados, freqüentemente, após a forma verbal (ênclise); muitas vezes, antes (próclise); mais raramente, intercalam-se a ela (mesóclise).

A Gramática tradicional tem disciplinado a matéria – para a linguagem escrita formal – da maneira como se expõe a seguir.

8.1 ÊncliseAs formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a

ênclise pronominal:Cumpre comportar-se bem.Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente.Aqui estão as ordens: cumpra-as.Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.Se o gerúndio vier precedido da preposição em, antepõe-se o pronome (próclise):Em se tratando de uma situação de emergência, justifica-se a mobilização de todos os

recursos.A ênclise é forçosa em início de frase. ou seja: não se principia frase com pronome átono: Pediram-lhe (e não *Lhe pediram) que comparecesse à reunião do Congresso.

8.2. PrócliseComo norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele

houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos:a) palavras negativas: não, nada, nunca, jamais, nem, nenhum, ninguém.o assessor não lhes forneceu detalhes do projeto?Jamais nos afastaremos das promessas de campanha;b) relativos: quem, o qual, que, quanto, cujo, como, onde, quando:os homens que se prezam sabem que devem pensar antes no interesse público que nos

pessoais.o chefe de departamento com quem nos entrevistamos afirmou que o problema está

resolvido.c) interrogativos: quem, (o) que, qual, quanto(a)(s); como, onde, quanto.Quem nos apresentou o projeto?Quanto tempo se perde!d) conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que, etc.

Lembrei de confirmar a reserva no vôo quando me despedia do chefe da divisão.Se eles se dispusessem ao diálogo...Logo que o vi, chamei-o para o despacho.o infinitivo precedido de uma das palavras ou expressões mencionadas acima, admite o

pronome átono em próclise ou ênclise:Nada lhe contamos para não o aborrecer (ou para não aborrecê-lo).

80 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais

8.3. Mesócliseusa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presen-

te ou do pretérito do indicativo:quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações.Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.

Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes do futuro do presente ou do pretérito, uma das palavras ou expressões que provocam a próclise:

Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até termos confirmação do fato.Essa é a resposta que lhe enviaríamos (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele voltasse ao

assunto.Espera o Estado que a união lhe dará (e não *que ... dar-lhe-á) mais verbas.

8.4. Casos Especiaisa) é inviável a ênclise com o particípio:A inflação havia-se aproximado (nunca: *havia aproximado-se) de limites intoleráveis.Jamais nos tínhamos enfraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento constante?b) Colocação do pronome átono em locuções e combinações verbais.

Nas combinações de verbo pessoal (auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo:

Devemos-lhe dizer a verdade. ou:Nós lhe devemos dizer a verdade. ou, ainda:Devemos dizer-lhe a verdade.No caso, a próclise com o infinitivo é própria da linguagem oral, ou escrita informal: Devemos

lhe dizer. Evite-se esta colocação na redação oficial.Se, no caso mencionado, houver palavra que exige a próclise, só duas posições serão possí-

veis para o pronome átono: antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo (ênclise):Não lhe devemos dizer a verdade.Não devemos dizer-lhe a verdade.