recurso contra desaprovação ctas 2008 paracuru

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ, CONSELHEIRO FRANCISCO DE PAULA ROCHA AGUIAR. -i Re f. Proc.2008.PRU.PCS 10156109 — Prestação de Contas Anual de Gestão da Prefeitura Municipal de t , Paracuru do Exercício Financeiro de 2008 Responsável: José Ribamar Barroso Batista Foi Relator: Auditor David Santos Matos TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICIPIOS No.PROTOCOLO'á 5630/13 ROCESS01;2000.PRU.P 53.10156109 RECURSO DE RECONSIDERACAO 2006 ENTRADA 14/03/2013 FLSr, 1 PREFEITURA MUNICIPAL PARACURU JOSE RIBAMAR BARROSO BATISTA JOSÉ RIBAMAR BARROSO BATISTA, qualificado nos autos do processo referenciado em epígrafe como Gestor da Prefeitura Municipal de Paracuru, (CE), no exercício financeiro de 2008, inconformado com a decisão pela irregularidade das Contas de Gestão desta Unidade Gestora prolatada no Acórdão N,120:i l 5712013 ..de 08 de janeiro de 2013, da la Câmara desse Egrégio Tribunal de Contas, VEM, com o máximo respeito, esteado nos artigos 32, inciso II e 33, da Lei Estadual n.° 12,160 de 04 de agosto de 1993, c/c o art.105 do Regimento Interno dessa nobre Corte de Contas, com guarda do prazo ofertado pelo Ofício n.° 1965/2013/SEC, de 23 de Janeiro de 2013, recebido em 08/02113, atendidos os pressupostos básicos de cabimento, INTERPOR o presente RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO com a finalidade de alcançar uma reavaliação da decisão acima citada com a consequente reversão do julgamento, aduzindo para tanto os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos: 1. PRELIMINARMENTE 1,1 A Prestação de Contas Anual de Gestão do exercício financeiro de 2008, da Prefeitura Municipal de Paracuru, foi encaminhada a essa colenda Corte de Contas em 29 de abril de 2009, e protocolizada sob o N. ° 10156/09. ATENC.3¡‘ - *, LAÇÃO DECLARADA DE DOCu ESTA SUJEITO A VERIFICAÇÃO nERIG4 POR PARTE DO SETOR TÉCMCO TC,M. 0:3 ( C.rn ek\

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Page 1: Recurso contra desaprovação ctas 2008 paracuru

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO

ESTADO DO CEARÁ, CONSELHEIRO FRANCISCO DE PAULA ROCHA AGUIAR. -i

Re f. Proc.2008.PRU.PCS 10156109 — Prestação de Contas Anual de Gestão da Prefeitura Municipal de t

,

Paracuru do Exercício Financeiro de 2008 Responsável: José Ribamar Barroso Batista

Foi Relator: Auditor David Santos Matos

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICIPIOS

No.PROTOCOLO'á 5630/13

ROCESS01;2000.PRU.P53.10156109

RECURSO DE RECONSIDERACAO 2006

ENTRADA 14/03/2013 FLSr, 1

PREFEITURA MUNICIPAL PARACURU JOSE RIBAMAR BARROSO BATISTA

JOSÉ RIBAMAR BARROSO BATISTA, qualificado nos autos do processo referenciado em epígrafe como Gestor da Prefeitura Municipal de Paracuru,

(CE), no exercício financeiro de 2008, inconformado com a decisão pela irregularidade das Contas de Gestão desta

Unidade Gestora prolatada no Acórdão N,120:il 5712013 ..de 08 de janeiro de 2013, da la Câmara desse Egrégio Tribunal de

Contas, VEM, com o máximo respeito, esteado nos artigos 32, inciso II e 33, da Lei Estadual n.° 12,160 de 04 de agosto

de 1993, c/c o art.105 do Regimento Interno dessa nobre Corte de Contas, com guarda do prazo ofertado pelo Ofício n.°

1965/2013/SEC, de 23 de Janeiro de 2013, recebido em 08/02113, atendidos os pressupostos básicos de cabimento,

INTERPOR o presente

RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO

com a finalidade de alcançar uma reavaliação da decisão acima citada com a consequente reversão do julgamento,

aduzindo para tanto os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos:

1. PRELIMINARMENTE

1,1 A Prestação de Contas Anual de Gestão do exercício financeiro de 2008, da Prefeitura Municipal de Paracuru, foi

encaminhada a essa colenda Corte de Contas em 29 de abril de 2009, e protocolizada sob o N. ° 10156/09.

ATENC.3¡‘-*, LAÇÃO DECLARADA DE DOCu

ESTA SUJEITO A VERIFICAÇÃO

nERIG4 POR PARTE DO SETOR TÉCMCO

TC,M. 0:3 ( C.rn

ek\

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1.2 Em 18 de março de 2010, protocolizada sob o N. ° 6127/10 foi ofertada a DEFESA - (Justificativa Inicial) - das

impropriedades arguidas na Informação Inicial N. ° 1493712009, recebida em 03/03/10. 1.3 Em 12 de abril de 2010 solicitei a juntada ao processo de prestação de contas, de documentação relativa G.F.F Fonseca

ao Termo

de Contrato entre o Município de Paracuru através da Secretaria de Turismo e a e mpresa Opção Eventos —

para a realização do Natal de Luz 2008.

1.4 Em 18 de maio de 2012 a 8.a Inspetoria emitiu a Informação Complementar N. ° 6558/2012, relativa à análise das

razões expostas na Justificativa Inicial, peça processual protocolizada sob o N. 6127/10, como também do Termo de Contrato com a empresa Opção Eventos — G.F.F. Fonseca, peça processual 8244/10, Desta Informação não fui notificado.

1.5 Em 19 de julho de 2012 o Ministério Público de Contas junto a essa egrégia Corte de Contas emitiinc

u o iso III,

Parecer da Lei

N.°

538412012 de 19 de julho, no sentido de que as contas sejam julgadas irregulares na forma

Estadual N.° 12.160193, com as cominações sugeridas e / ou recomendações. 1.6 0 Relatório que integra a Acórdão N. ° 57/2013 cita ainda a Informação Co

92 mplementar Aditiva N. ° 14912012, que

dorme à fl. 599/602 dos autos, emitida em atendendo a despacho do Relator. Desta Informação também nada me foi

notificado.

2. DA TEMPESTIVIDADE

Urge, preliminarmente, patentear a tempestividade do inconformismo.

Recebida a intimação pessoal em 08 de Fevereiro de 2013, tem-se que o prazo de 30 dias ofertado para apresentação

deste recurso expirar-se-ia por completo no dia 14 de março de 2013.

Sendo certo que a protocolização do presente inconformismo não ultrapassou o termo ad quem antes aludido, flagrante

é a sua tempestividade.

3. DAS IRREGULARIDADES QUE SUSCITARAM A DESAPROVA AO DAS CONTAS

EXCELENTISSIMO SENHOR PRESIDENTE:

O nobre Relator, Auditor DAVID SANTOS MATOS, em consonância com o Parecer N. ° 558412012 do MPC, ao

propor o seu Voto pelo julgamento das Contas como irregulares na forma da alínea b, do inciso III do art. 13 da Lei

Estadual n. ° 12.160/93, o fez pelas falhas consideradas IRREGULARES pela 8 a Inspetoria, mesmo que sanadas na

fase complementar, descritas nos subitens 4.1, 4.2, 4.3, 4,4, no Item 6, alíneas a), d),e), subitens 6.1 e 6.2 das Razões

da Proposta de Voto, com aplicação de multa á responsável no valor de R$ 19.366,662 , e cometimento, em tese, de

da

ato de improbidade administrativa, com fulcro do art.10, caput e inciso VIII, da Lei Federal 8429192, bem como

existência de indícios do cometimento do crime previsto no art. 89 da Lei Federal N. ° 8.666193.

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4. RAZÕES DO RECURSO

Veja-se, Excelência, com a devida vênia do entendimento do nobre Relator, que o acórdão ora recorrido não

deve prevalecer, em face do conteúdo probatório já existente nos autos e dos argumentos ora desposados, amparados

pelos documentos ora anexos.

1— Da Informa ão Com lementar N. ° 6558/2012 -Irre ularidades Que Permaneceram A s Os a Justificativa Inicial

Item 4. DAS GESTÕES ADMINISTRATIVA, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Subitem 4.1 da Informa ão Inicial fl 04 - Des • esa Or amentária Fixada Atualizada

Concluída a análise da Justificativa Inicial, peça processual protocolizada nessa colenda Corte de Contas sob o

N.° 6127/10, a 8' Inspetoria da Diretoria de Fiscalização emitiu a INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR N.° 6558/2012, de

18 de maio de 2012, da qual somente após o recebimento do Acordão ora atacado tive conhecimento através do sítio

do TCM na Internet. Nessa informação complementar, relativamente a este subitem, afirma-se que " o ar umento

utilizado •ela Defesa não ,rocedem. A Secretaria de Infra-Estrutura dita incluída nas Des•esas Fixadas no Anexo XII

não fora considerada no montante de R$ 17.224.619 94 dezessete milhões duzentos e vinte e uatro mil seiscentos e

dezenove reais e noventa e quatro centavos. Dessa forma ratifica-se a falha a ontada na inicial."

Senhor Presidente, Senhores Conselheiros.

O quadro 4.1. Despesa Orçamentária Fixada Atualizada, fls. 04 da Informação Inicial, mostra na coluna DESPESA

FIXADA SIM o valor de R$ 8.272.087,48 (oito milhões, duzentos e setenta e dois mil, oitenta e sete reais e quarenta e

oito centavos). Na coluna DESPESA FIXADA ATUALIZADA PCS ANEXO XII está escrito o valor de R$ 17.224.619,94

(dezessete milhões, duzentos e vinte e quatro mil, seiscentos e dezenove reais e noventa e quatro centavos). Este valor

engloba todos os Órgãos que, de modo aceito por essa egrégia Corte de Contas, compõem o que se convencionou

chamar de Prefeitura, pelo fato de estarem sob a responsabilidade direta do Prefeito Municipal, que apresenta a

Prestação de Contas de Gestão Anual de modo globalizado. Entretanto, nos balancetes da despesa orçamentária se

apresentam com suas dotações individualizadas, como se pode comprovar nos balancetes do mês de dezembro de

2008. Tais valores são confirmados no Balanço Orçamentário do Exercício exigido pelo Tribunal, para cada Unidade

Gestora.

Ora,o_qlw se afirmou na Justificativa Inici foi que o valor tomado pelo Tribunal como o registrado pelo SIM não

continha a despesa fixada para a Secretaria de Infra-Estrutura, portanto, inexistia a divergência apontada com relação

ao valor total demonstrado no Anexo XII da PCS. É evidente que o valor tomado do SIM está incorreto. Era só adicionar

Page 4: Recurso contra desaprovação ctas 2008 paracuru

ao valor apurado no SIM o valor da despesa autorizada para a Secretaria de Infra-Estrutura, e se chegaria ao valor real

da despesa efetivamente autorizada demonstrada no Anexo XII da PCS da Prefeitura, como está devidamente

explicitado na Justificativa Inicial, fl 03.

Destarte, a diferença inexiste. O Balanço Orçamentário está correto, o que se comprovará com o exame da

documentação especifica e dos balancetes pertinentes. A Secretaria de Infra-Estrutura não fora considerada no

demonstrativo do SIM, e, não, no montante de R$ 17.224.619,94 (dezessete milhões, duzentos e vinte e quatro mil,

seiscentos e dezenove reais e noventa e quatro centavos), do qual faz parte.

Subitem 4.2 da Informação Inicial, fl. 04 - Despesa orçamentária empenhada

A numeração do item obedece à mesma da Informação Inicial. No caso em tablado, a Informação Complementar

diz que a Defesa não procede. A Inspetoria afirma que: "A Secretaria de Infra-Estrutura, dita incluída nas Despesas

Fixadas no anexo XII, não fora especificada nas Despesas Orçamentárias constantes do Anexo XIII, logo não tendo

sido considerada no montante de R$ 16.941.963,44. Dessa forma, ratifica-se a falha apontada na inicial."

Embora a situação da despesa empenhada na Informação Inicial se apresente relacionada aos Anexos XII e XIII,

fls.05/06, o que se afirma é que, incluindo-se no demonstrativo do Tribunal o valor empenhado da Secretaria de Infra-

Estrutura, o valor da despesa empenhada de R$ 16.941.963,44 será confirmado. De fato, se ao valor das Notas de

Empenho registradas no SIM que é de R$ 8.122.269,41, adicionar-se o de R$ 8.819.694,03, valor da despesa

empenhada da Secretaria de Infra-Estrutura, resultará o valor de R$ 16.941.963,44 (dezesseis milhões, novecentos e

quarenta e um mil, novecentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos), que é o valor da despesa

empenhada da Prefeitura.

A Informação Inicial mostra o mesmo valor de R$ 16.941.963,44 (dezesseis milhões, novecentos e quarenta e um

mil, novecentos e sessenta e três reais e quarenta e quatro centavos) tanto para o Balanço Orçamentário como para o

Balanço Financeiro.

Ora, o Balanço Orçamentário mostra os valores fixado, empenhado e o saldo das dotações disponível na data

considerada. Já o Balanço Financeiro mostra o total da despesa orçamentária empenhada em contrapartida com os

Restos a Pagar inscritos no exercício. A diferença apontada no quadro 4.2 Despesa Orçamentária empenhada se

refere á Despesa Empenhada Até a Data da Secretaria de Infra-Estrutura, que foi de R$ 8.819.694,03 (oito milhões,

oitocentos e dezenove mil, seiscentos e noventa e quatro reais e três centavos). Portanto o Balanço Orçamentário está

correto, fechando com o Movimento da Despesa Registrada Empenhada no exercício.

Já relativamente ao Anexo 13 Balanço Financeiro, o total da despesa inscrita é igual ao valor efetivamente pago no

exercício, que foi de R$ 15.350.608,35 (quinze milhões, trezentos e cinquenta mil, seiscentos e oito reais e trinta e cinco

centavos), somado ao valor dos Restos a Pagar inscritos em 31 de dezembro que foi de R$ 1.591.355,09 (um milhão

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quinhentos e noventa e um mil, trezentos e cinquenta e cinco reais e nove centavos). Portanto, os valores mostrados na

PCS estão corretos.

Subitem 4.3 da Informação Inicial, fl. 05 - Despesa Orçamentária Paga

Relativamente a este subitem a Informação Inicial informa uma despesa paga conforme o Anexo XIII de R$

15.350.608,35 (quinze milhões, trezentos e cinquenta mil, seiscentos e oito reais e trinta e cinco centavos), com uma

diferença para maior em relação ao SIM de R$ 7.327.765,94 (sete milhões, trezentos e vinte e sete mil, setecentos e

sessenta e cinco reais e noventa e quatro centavos). Folha 5 da Inicial.

Na defesa prévia, utilizando o quadro demonstrativo da Informação Inicial, a intenção era esclarecer o seguinte: que

a diferença de R$ 7.327.765,94 correspondia a despesa orçamentária paga pela Secretaria de Infra-Estrutura, e, tal

valor somado ao valor registrado no SIM, R$ 8.022.842,41 resultaria no valor de R$ 15.350.608,35 (quinze milhões,

trezentos e cinquenta mil, seiscentos e oito reais e trinta e cinco centavos) demonstrado no quadro 4.3 da Informação

Inicial. Portanto, inexistia qualquer diferença. Mostrava, ainda, que o TCM apresentava relativamente ao valor tomado

do SIM uma diferença a maior de R$ 25,00 (vinte e cinco reais), correspondente a anulação de despesa paga pela

Secretaria de Finanças. Na Informação Complementar 6558/2012 a Inspetoria diz que o argumento da Defesa não procede. E, afirma que "A

Secretaria de Infra-Estrutura, dita incluída nas Despesas Fixadas no Anexo Xll,não fora especificada nas Despesas

Orçamentárias constantes do Anexo XIII, bem como não há comprovação legal do valor em questão. Dessa forma

ratifica-se a falha apontada na Inicial."

Reexaminando o assunto em foco à luz do Balanço Financeiro do exercício de 2008, de todas as unidades que

compõem a Prestação de Contas Anual da Prefeitura, encontra-se um total de Despesas inscrito da ordem de R$

16.941.963,44(dezesseis milhões, novecentos e quarenta e um mil, novecentos e sessenta e três reais e quarenta e

quatro centavos) com uma contrapartida de Restos a Pagar da ordem de R$ 1.591.355,09 (um milhão, quinhentos e

noventa e um mil, trezentos e cinquenta e cinco reais e nove centavos).

É óbvio que naquele total está contido o valor da despesa paga pela Secretaria de Infra-Estrutura, que é exatamente

de R$ 7.327.790,94 (sete milhões, trezentos e vinte e sete mil, setecentos e noventa reais e noventa e quatro

centavos). Vejam-se os demonstrativos anexos.

Portanto inexiste qualquer diferença. Os valores demonstrados estão corretos.

Subitem 4.4 da Informação Inicial, fls. 04105 - Despesa Empenhada a Pagar

A Informação Inicial N. ° 14937/2009, paginas 5/6, apresenta um quadro dos valores registrados no SIM referentes a

Despesa Empenhada, R$ 8.122.209,41 (oito milhões, cento e vinte e dois mil, duzentos e nove reais e quarenta e um

A

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centavos), Despesa Paga, R$ 8.022.642,41 (oito milhões, vinte e sois mil, seiscentos e quarenta e dois reais e quarenta

e um centavos) e Despesa Empenhada a Pagar no valor de R$ 99.427,00 (noventa e nove mil quatrocentos e vinte e

sete reais) , respectivamente.

Logo abaixo, comparando os valores acima com a despesa empenhada a pagar posicionada no Anexo XIII da

Prestação de Contas, mostra a seguinte situação:

Despesa Empenhada a Pagar:

Valor do Anexo XIII (fl. 06) R$ 1.591.355,09

Valor SIM R$ 99.427,00

Diferença R$ 1.491.928,09

Como já demonstramos na Justificativa Prévia, peça protocolizada nesse egrégio Tribunal sob o N. ° 6127/10, ao

valor apurado no SIM, R$ 99.427,00 acrescente-se o valor de R$ 25,00 (vinte e cinco reais), estorno de pagamento feito

pela Secretaria de Finanças. A este resultado, R$ 99.452,00, some-se o valor de R$ 1.491.903,09 (um milhão,

quatrocentos e noventa e um mil, novecentos e três reais), despesa empenhada a pagar da Secretaria de Infra-

Estrutura, e teremos o valor de R$ 1.591.355,09 (um milhão quinhentos e noventa e um mil, trezentos e cinquenta e

cinco reais e nove centavos), valor a pagar da Prefeitura Municipal de Paracuru.

Portanto, inexiste a diferença arguida.

Item 6.0 DAS LICITAÇÕES

a) Os processos de licitação referente aos credores Raul Gomes Serafim Pedro Eudes Pinto e AUDICON —

Contabilidade e Processamento e Francisco Cordeiro da Silva ainda não foram enviados, permanecendo a falha quanto

à omissão dos referidos certames. Ferimento do Art.37, inciso XXI da CF e art.2° da Lei 8666/93

b) Permanece a omissão na identificação do SIM dos procedimentos licitatórios dos credores PAPEL CENTER,

(oito) processos e PETROBAS, (11) processos;

c) Continua sem respaldo legal o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pago a AFA — Consultoria e Assessoria

S/C, LTDA. uma vez que o valor licitado é de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), e foram pagos R$ 30.000,00

(trinta mil reais). O aditivo não foi enviado.

DEFESA/JUSTIFICATIVA

Letra a) Os procedimentos licitatórios foram devidamente realizados. Solicitadas cópias a atual Comissão

Permanente de Licitações do Município de Paracuru, após o recebimento, tais cópias serão encaminhadas a essa

egrégia Corte de Contas.

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Letra b) Como afirmado na Justificativa Inicial, os empenhos de despesa fazem referência aos processos de

licitação. Passados mais de quatro anos das ocorrências, manterei contato com o Setor de Informática do TCM

para, se possível, regularizar tais registros. A realização dos processos foi devidamente comprovada pelo Tribunal.

Letra c) Uma cópia do aditivo foi novamente solicitada ao setor responsável pela guarda dos processos

licitatórios e pelo arquivo dos contratos resultantes, para encaminhamento a essa colenda Corte de Contas.

Item 7. DOS CONTRATOS

Verificada a regularidade do Contrato, permanece a ausência de registro do contrato da empresa OPÇÃO

EVENTOS —GFFFONSECA no valor de R$ 91.400,00 (noventa e um mil e quatrocentos reais), junto ao SIM.

DEFESA / JUSTIFICATIVA

Como na Letra b) do Item anterior.

Item 11. DAS NOTAS FISCAIS.

Continua a ausência da Nota Fiscal no valor de R$126,50 (cento e vinte e seis reais e cinquenta centavos) 'credor

Restaurante Fórmula 1.

Uma fotocópia da Nota Fiscal segue anexa. A imagem está ou pouco desbotada.

Item 16 DO CONFRONTO DO BALANÇO GERAL COM OS QUADROS COMPARATIVOS DO SIM

Na peça de defesa prévia afirmei que as divergências apontadas na inicial tinham sido devidamente esclarecidas,

pelos demonstrativos nela ofertados. Entretanto, sem maiores comentários, a Inspetoria manteve sua opinião inicial,

ratificando os valores expostos na Informação Inicial N. ° 14.937/2009.

Senhor Presidente, Senhores Conselheiros,

Resta sobejamente confirmado o que foi exposto em nossa defesa prévia. Todas as diferenças apontadas na

Informação Inicial, quanto os valores da Despesa Fixada Atualizada, Da Despesa Empenhada, Da Despesa Paga e da

Despesa Empenhada a Pagar foram totalmente rechaçadas e ou esclarecidas. Os Balanços Financeiro e Orçamentário

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estão em consonância com os demonstrativos do movimento das despesas orçamentárias, do movimento financeiro e

do movimento de liquidações de despesa, ora anexos.

Certamente os dados não foram corretamente informados, ou outros fatores concorreram para esse desencontro de

informações. Como uma Secretaria com um movimento financeiro no exercício de R$ 7.327.790,94 (sete milhões,

trezentos e vinte e sete mil, setecentos e noventa reais e noventa e quatro centavos) poderia não ter sido informada ao

SIM durante todo o exercício financeiro de 2008 ?. Observe-se que no ITEM 1.0 — DA DESCENTRALIZAÇÃO

ORGANIZACIONAL E ADMINISTRAÇÃO DA UNIDADE GESTORA, outras Secretarias como de Educação , de Saúde

e de Desenvolvimento Social foram citadas como componentes da Unidade Prefeitura, sem pertencerem ao bloco,

como não se admitir a Secretaria de Infra-Estrutura, que realmente pertence ao mesmo?. O fato é que a Secretaria de

Infra-Estrutura teve a sua Gestão de responsabilidade do Prefeito Municipal e sua Prestação de Contas de Gestão

anual integrou a PCS da Prefeitura de Paracuru, como ficou comprovado pelas demonstrações da nossa Justificativa

Inicial. É certo que os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial mostram os resultados do exercício financeiro de

2008. As divergências com os registros do SIM não autorizam a afirmar-se que os Balanços e Demonstrativos que

compõem e integram a Prestação de Contas Anual, estejam errados e ou prejudicados. Afinal, o que o Relatório

Técnico afirma é uma discordância com os dados do SIM, o que pode e deve ser devidamente apurado. Não tenho

dúvida em afirmar que, salvo motivo devidamente comprovado e fortuito, a Prestação de Contas de Gestão da

Prefeitura, quanto aos registros de natureza orçamentária, contábil, financeira e patrimonial esta devidamente correta,

espelhando com fidelidade os resultados gerais do exercido.

5. DO PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS junto ao TCM

Instado a se pronunciar sobre o assunto em tela o Ministério Público de Contas, através do PARECER n.°

5584 19 de 20 de Julho de 2012, assim opinou, verbis:

"Ex positis, e por tudo que dos autos consta, esta representante do MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS junto a

esta colenda CORTE, emite o presente parecer no sentido de que sejam julgadas IRREGULARES as mencionadas

contas, na forma do art.13, inciso III, da Lei Estadual n° 12.160/93, com as cominações sugeridas.

Ressalte-se que o presente parecer se encontra supedaneado na veracidade presumida das informações técnicas e

documentos acostados aos autos.

É o parecer, salvo melhor juizo, que submetemos à apreciação dos Doutos julgadores.

Procuradoria de Contas, Fortaleza 19 de julho de 2012.

CLAUDIA PATRICIA RODRIGUES ALVES CRISTINO

Procuradora do MPC j. TCM

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6. DA INSUBSISTÊNCIA DAS MULTAS APLICADAS

Pela desconstituição das irregularidades apontadas nos Itens 4.1 e 4.2, e mais algumas apontadas aguardam a juntada dos respectivos processos licitatórios, excluindo o não registro de informações no SIM, as multas dever ser canceladas por inconsistentes. Ademais, Excelência, em nenhum dos casos acima apontados ocorreu ilegalidade de despesas ou irregularidades de contas, nem tampouco prejuízo ao erário, como observa a disposição emanada do art. 71, VIII da Constituição Federal, que dispõe, verbis:

"Art. 71 — omissis

VIII- aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidades de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;"

Ora, se não ficou caracterizado em momento algum, a existência de ilegalidade ou dano, certamente não deve prosperar a aplicação de tais multas!

Há que se apurar, in casu, o "princípio do prejuízo" e sua proporcionalidade, consoante o disposto no art. 71, VIII da CF, antes mencionado.

Se a multa é na proporção do prejuízo, deve, e é imperativo, que primeiro se apure e se demonstre o dano, para, em pôs, aplicar a sanção na mesma proporção do prejuízo causado.

Quanto a ausência de registro de informações no SIM, o parágrafo primeiro do art. 42 assim está redigido, verbis:

"§ 1 °. A inobservância do disposto neste artigo, implicará a proibição para realizar novos convênios e contratos com o Governo Estadual e na suspensão das transferências de receitas voluntárias do Estado para os municípios, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação vigente."

5. DA APLICAÇÃO DE NOTA DE IMPROBIDADE

O Art.10 da Lei Federal 8.429/92, nacionalmente conhecida como Lei de Improbidade Administrativa, assim dispõe:

"Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no Art. 1° desta lei, e notadamente:

(...)

VIII — frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente."

Não me parece que tenha ocorrida nenhuma das situações acima elencadas. 6. DOS INDÍCIOS DE COMETIMENTO DE CRIME PREVISTO NO ART.89 DA LEI 8.666193

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Este artigo está inserido na Seção III do Capitulo IV, que trata DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA

Page 10: Recurso contra desaprovação ctas 2008 paracuru

JUDICIAL — Dos Crimes e das Penas.

Sua redação é a seguinte:

"Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades

pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade.

Pena — detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público."

Como no caso anterior, tais fatos não ocorreram, como mostra um exame dos documentos que compõem a Prestação de Contas e outros solicitados por essa egrégia Corte de Contas.

7. RAZÕES QUE EXIGEM A APROVAÇÃO DAS CONTAS

Como se ver, Excelência, as falhas arguidas foram todas rechaçadas, não existiram, ou serão desconstituidas com a juntada dos documentos que ainda não me foram entregues pela Prefeitura.

Em todos os casos citados as impropriedades arguidas padecem da ausência da intencionalidade do agente, do dolo, e de prejuízo causado ao Erário.

8. DOS DOCUMENTOS ANEXOS

Nesta oportunidade seguem anexos os seguintes documentos:

1. Demonstrativos da Despesa — MOVIMENTO ORÇAMENTÁRIO, MOVIMENTO FINANCEIRO E MOVIMENTO DAS LIQUIDAÇÕES do Exercício de 2008, da Prefeitura Municipal de Paracuru;

2. Idem, idem, da Secretaria de Infra-Estrutura; 3. Balanços ORÇAMENTÁRIO, FINANCEIRO e PATRIMONIAL da Prefeitura do exercício de 2008; 4. Cópia da NOTA FISCAL 4620 emitida pelo Restaurante Fórmula 1 no valor de R$ 126,50; 5. Recibo correspondente à Nota Fiscal acima, de igual valor.

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Page 11: Recurso contra desaprovação ctas 2008 paracuru

9. DO PEDIDO

ANTE TODO O EXPOSTO,

e em face dos novos argumentos ora desposados, com supedâneo da documentação anexada, requer a reapreciação e a reforma da decisão prolatada no Acórdão n.° 57/2013, de 8 de janeiro, da 1a Câmara desse egrégio Tribunal de Contas, e, em consequência, prolatada nova decisão que reveja aquela contra a qual ora se interpõe o presente Recurso, com o julgamento das presentes contas como REGULARES, pois todas as supostas irregularidades arguidas foram devidamente contestadas, e, nenhuma "grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial" foi comprovada, nem dano algum foi causado ao erário municipal, no período de gestão em tablado.

N. Termos. Pede e espera Deferimento.

PARACURU, (CE), 13 de março de 21 3.

ff/

JOSÉ RIBAMAR BARROSO BATISTA

Recorrente

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