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A CTAS DA /4. AREUNIA.O -DA- REALIZADA COM A PRIMEIRA EGREjA BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO, NOS DIAS 16.20",:DE JANEIRO, INCLUSO TO. :: :: RIOS E ESTATISTICAS ::.:: de Escolas Dominicaes e Mocidade Caixa 352 - Rio de Janeiro

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Page 1: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

A CTAS DA /4. AREUNIA.O

-DA-

REALIZADA COM A PRIMEIRA EGREjA BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO, NOS DIAS 16.20",:DE JANEIRO, INCLUSO ~ELA TO. :: :: RIOS E ESTATISTICAS ::.::

~~nta de Escolas Dominicaes e Mocidade .~~p1!~-='

Caixa 352 - Rio de Janeiro

Page 2: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

DIRECTORIA DA CONVENÇÃO

PRESIDENTE

Pastor Manoe) Avelino de Souza.

10 VICE-PRESIDENTE

Pastor Antonio Ernesto da Silva.

2°· VICE-PRESIDENTE

Pastor W. B. Bagby.

3° -VICE -PRESIDENTE

A. B. Christie.

1 ~ SECRETARIO

Pastor H. E. Cockell.

20 SECRETARIO

Pastor Açhilles Barbosa.

THESOUREIRO

Pastor J. Souza Marques.

Page 3: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

JUNTAS E COMMISSÕES PERMANENTES

JUNTAS

JUNTA DE MISSOES NACION.AES

1925 - S. L. Ginsburg, k B. Deter, F. F. So.ren, Mano.el/Av.elino. de So.uza e lsmall Go.nçalves. i

19?6 - T. C. BagJby, S. A. de So.uza, Almir Gonçalves, E. A. Jackso.n e Henrique Ro.drigues.

1927 - W. B. Bagby, Anto.nio. Ernesto.. Leo.bino. Guimarães, J. F. Lessa e J., Souza Marques.

MISSõES ESTRANGEIRAS

1925 - .Jo.sé Menezes, M. G. White, T. R. Teixeira. 1926 - W. C. Taylo.r, A. Alves. Jo.ão. Maia. 1927 - C. Dario.. L., L. Johnso.n e Severo. M. Pazo..

ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE

1925 - O. P. Maddo.x, J . .J. Co.wsert, F. F. So.ren, R. B. Stanto.n e J. F.' Lessa. 1926 - L. M~ Reno., Carlo.s Barbo.sa, H. H. Muirhead, Ricardo Pitro.wsky e

L. M. Bratcher. 1927 -' A. B. Deter. A. B. Langston, A. B. Christie, W. C. Taylor e M. G.

Wlúte. COLLEGIO E SEMINARI.Q DO RIO

1926 -' L. M. Bratcher, dr. Miranda Pinto., Fernando. Drummond, A. B. Deter e E. Ã. Jackson. . ,

1928 -:- J. R. Allen, L. M. Reno., D. F.Cro.sland, S. L. Ginsburg ~ W. B. Sherwo.o.d.

1930 - F. F. So.ren, W H. 'Berry. Paul C. Porter, A. B. Christie e H. E. Cockell.

COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE S. PAULO

José Gresenberg, R. B. Stanto.n, T. C. Bagby, O. P. Maddox, Pedro. Gomes, A. B. Deter, S. L. Watso.n. O: T. Piers e W. B. Bagby.

EDUCAÇÃO

F. F. Soren, A. B. Langsto.n,J. W. Shepard, F. W. Taylor. M. G. White, L. M. Reno., A. L. Dunstan, W H. Berry, Alfredo. Reis, F A. R. Morgan, E. A. Ingram, José Pinto, H. H. Muirhead, W. C. Taylor e Carlos Barbo.sa.

COLLEGIO E SEMI'NARIO EM PERNAMBUCO

L. L. Johnso.n, M. G. White, Octavio Lima, W. C. Taylor. John Mein, Tho.maz L. Co.sta, A. E. Hayes, Miss Essie FulIer; ,4ugusto. Santiago.

COMMISSÕES , .. /

Commissão de Local e Prégador da Proxima Reunião. Convencional: Fer-nando. Drummond, W. B. Bagby e CarIos Barbo.sa.

Commissão de Estatutos: W. C. Taylo.r, Jo.sé Nigro e Achilles Barbo.sa. Commlssão da Grande Campainha: Arito.nio Mesquita. Albrahão. de Oliveira

e Emygdio, B. Alves. . Commissão de Programma: Almir Gonçalves, S. L. Watso.n,. Francisco

Nascimento., S:L. Ginsburg e M. G. White.

Page 4: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

A' MEMORIA DO REV. DR. J. J. TAYLOR

I

o dr. J. J. Taylor nafceu n&s Estados Unidos em }.9 de novembro de 1855 e foi consagrado ao santo .ministerio em abril de 1883. Duran­te oito' annos trabalhou em sua patria exercendo o pastorado e o professorado. Fez-se depois missionario ao Brasil, desembarcando 'no Rio de Janeiro, acompanhado de sua. esposa ~m segundas nupcias) e de um filho de seu primeiro consorcio, em 16 de agosto de 1891. Vieram na mesma occasião mais duas famílias missionarias, as dos drs. Entzminger e Downi~g. Durante pouco mais de meia duzia de annos, exerceu as suas actividades no Rio de Janeiro, já pastorean­do a P Egreja Baptista do Rio, já d,irigindo um pequeno seminario do qual o a'ctual pastor Soren foi um dos alumnos. isto na sua pro­pria residencia, na rua do Bispo. Transferiu-se depois para S. Pau­lo, onde trabalhou o resto do tempo da sua, vida, excepção de um pequeno intervallo, em que elle fez parte do Seminario do Rio. Em S. Paulo organizou e pastoreou por bastante tempo ,a Igreja Baptista da Liberdade, e trabalhou com outras igrejas, e em todo o trabalho do Campo. Por bastantes annos foi redactor da. nossa Revista Dom. de Adultos; traduziu para o português as magnificas ohras de Broadus, "Harmonia dos Evangelhos" e "Prepara.~ão e Pregação de Ser-mões" aquella já editada pela nossa Casa, e esta a .ser editada pela Imprensa: Methodista, segundo um contracto existente. Era um profundo conhe­cedor da Biblia., que expunha com notavel clareza e originalidade. Havia bastantes annos que eUe soffria duramente ele rheumatismo complicado, mas não obstante nunca cessava de trabalhar. Emquan­t.o de visita á sua patria, em bu~ca de descanso. e melhora., recebeu a chamada do Senhor. Seu fallecimento deu-se em Little Rock, Ark., em 15 de janeiro de 1924. Nos Estados Unidos deixou a sua e~posa, viuva, um filho do primeiro matrimonio já casado, uma filha do se­gundo matrimonio, tambem -casada. No Brasil deixou duas filhas ca­sadas em S. Paulo, sendo uma a esposa do dr. R. B. Stanton, e um filho no Rio, casado, o sr. James Taylor, representante de uma casa norte -americana.

Page 5: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

A' MEMORIA DO REV. F. M. EDWARDS

o rev. F •. M; . Edwards fallecJm em .8, Paula em 11 de Dezembro. de 1924, deixando., a lA 'lgreJà d~uel~a cidade, ,da' qual- erá pastO.r, alliviada do. pesadó. onus que. lhe acarretara a co-nstrucçãO. do. seu magnifico tem pio, e estabelécida em b3.ses·solidas para "um lapido avanço. I' coni.,ó 'Secretario CO.rrespondente do' C~mpo P.aulista~o. clu:'go que exe~ceu· por ba~~ntes annos, fod"o princtpaÚnstru'm~nto no avanço descomiiJ.unal'da càus&. !baptlsta no. Estado. .1~~de:r ,do Br~~iI. Trà'balhQU :d~:can,te dé~es~te. 'ann~s ço~omisSionario'no,.Bl'asil, 'com um zelo e dedicação . inexcedivel.'· Era iCasado com:, a ex~a. "I;lra.,"d. lIe­lett!1 Edwar.ds e nãQ·t~íid~.·:,fii.hos,:viviam umpara."~ O.lltr~ .... em Jaços de'affeiçãO.' santa e' invejaveL Não temos, infelizmente, á mão, outros d'ados biographidQs dest~' çonsagra(io" ,0 l?r~ifo do. Senhor' e . amado . irmão.:Ma,s .que. importa, se,o registro da·' Sua vi~á-, está 'corrEicta':e meticulosamente. feito no livro 'da' etetniÇl~de! O que', delle todos sabemos é um exemplo permanente a inspirar-nos. .

Page 6: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

HOMENAGEM DA

DECIIA QUARTA CONVE'NÇÃO A' Memoria dos batalhadores da fé que o

Senhor chamou á recompensa eterna.

J. J. TAYLOR, fallecido em 15 de Janeiro de 1924-

MANUEL CORRÊA, fallecido em 13 de Janeiro de 1924.

ADOZINO NETTO, fallecido em Julho de 1924 .

. ~. BELMIRO BAZILIO DE SOUZA, fallecido em De­zembro de 1924.

F M. EDWARDS, fallecido em 11 de Dezembro de 1924.

MANOEL MONTEIRO DA SILVA, fallecido em 1924.

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ESTATUTOS DA

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEffiA PREA,MBULO - Esta Convenção tem por fim executar a von­

tade das igrej as cooperando com ellas no sentido de executar a von­tade de Christo na terra, com o especial fim de levar avante as causas de evangelizàção e educação, Q estreitar as relações das igrejas repre­sentadas, como tambem anima-las no trabalho sacrosanto do divino Mestre, tendo para o seu governo os seguintes artigos:

Art. 1. 11 - Esta Convenção denominar-se-á CONVENÇÃO BAPTISTA

BRASILEIRA. Art. 2.° - O fim desta Convenção será o de tratar dos interesses

geraes do reino de Ghristo na terra, e especiall:meIllte da evangelização e educação christã.

Paragrapho unico. - A relação desta Convenção para com as igrejas r~presentadas nella será puramente- de conselho, e em sentido algum legisl:ativa, nem executiva, a não ser no sentido de executar a vontade das igrejas. A Convenção, portanto, poderá fazer recommen­dações ás igrejas e dellas pedir auxilio, porém, não obriga-las em coisa alguma. Assim fica intacta a soberania de cada igreja. Em re­sumo, a Convenção é a serva das igrejas, nella representadas.

Art. 3.° - A Convenção se comporá de mensageiros eleitos por igrejas baptistas regulares.

§ 1.0 - Igrejas Baptistas regulares são as que aeceitam as Sa­gradas Escripfuras como sua unica regra de fé e de pratic,a, reconhe­cem como fiel a exposição de doutrinas, intitulada: Declaração de Fé das Iyr.ejas Baptistas ao Brasi~ e estão em harmonia com as demais igrejas que adoptam a mesma regra de fé e de pratica.

§ 2.° - Cada igreja terá direito de eleger um mensageiro, e mais um na proporção de cada 50$000 que contribuir para a Convenção ou para qualquer das suas Juntas.

§ 3.° - À eleição de cada mensageiro á Convenção lhe será offi­cialmente communicada por carta credencial ,da igreja ,que o eleger.

§ 4.' - A Convenção terá o direito de regular a f6rma das cartas credenciaes.

§ 5.° - Uma igreja, a que se refere o art. 3.°, poderá eleger men­sageiros de qualquer sexo.

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10 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

§ 6.'" - Nenhum mensageiro poderá representar mais de uma igreja

Art. 4.° - O anno financeiro da Convenção começará em 1.- de Ja­neiro, e terminará em 31 de Dezembro.

§ 1.0 - Todo o dinheiro "destinado a qualquer Junta da Convenção deverá ser entregue ao respectivo thesoureiro, pelo menos 30 dias antes da Convenção, quando deve ser apresentado o relatorio finan-ceiro. (

§ 2.- - Qual'qUer dinheiro .contribuido depois .do prazo referido no art. 4.°, § 1.0, será levado ao credito do anno seguinte.

Art. 5.° - A Directoria da Convenção se comporá dos membros seguintes: 1 ,Presidente, 3 Vice-presidentes, 2 Thesoureiros (1.0 e 2.°) e 2 Secretarlos (1;0 e 2.°).·

§ '1.0 - Esta Directoria tem o mandato de uma Convenção á outra. § 2. 0 ~ O presidente da Convenção ,é, membro, ex-officio, de

cada Junta sob a direcção da Convenção. Art.6.' - A Convenção elegerá as seguintes Juntas: Missões Es­

trangeiras, Missões Nacionaes, Escolas Dominicaes e Mocidade Ba­ptista, Educação, Collegio e Seminario do Rio, Collegio Americano do R~cifc, Seminal'io Baptista do Recife, Collegio Baptista Brasileiro em São Paulo, e tantas outras quantas forem considéradas necessarias ao des~nvolvimento do seu trabalho.

§ 1.0 - A Convenção, para ,boa ordem dos séus trabalhos, poderá nomear para as Juntas, irm'ãos ausentes. '

§ 2.° - Cada Junta eleita pela Convenção constará de 9 membros, J?o minimo, podendo esse ÍlUmero ser augmentado pela ConvençãC! s~­gundo as necessfdades do trabalho aos cuidados das mesmas Juntas, sendo r~novadas pelo terço, pel~ Convenç'ão ,em suas assembléas re­gulares. Tambem cada Convenção ou Associação dos ,diversos .cam­pos tem o dire~to ~ de el~ger: um membro ,para c.~da .J\lnta ~a ,Conreri-çãp, além dos IDen~ibJ,1a4osacima·. . '

§.~ 3." --:-o.adà j~~ta. terá a. sp.a'. VI"-o-pria Dire,ctoria, I eleita por: si mesma, na súa prirp.,eira, re'\lniã.o;á exc~pção dQ Secretario "Ger~l .d~

cada Junta, qu~, será :el~jto pela ço~v~n~ão, a qual. constará dos ,8e-: guinte~ m-e.m'Pr.O~.,:pod~ndo" a junta,eleger; thesoureiroao secretario g~ral :·1 ;Pr~sid.en~e,.1 Yice:-zPres,~~entej j The~lOureiro,.1. Secretar.io .de, Registro e 1 Secretario Geral, sendo.vogaes .QS outros m;erpbros.

:-',.§ 4.° -.Um:terço dos membros-activ:<!s de:.qualquer Junta forma­rá ,o ·quorum .para sessão lega:L. . .' .' §·5.Q

.- A.cada: uma, 'dessas Juntas seráentr"egue,. dUrante o inter­valIa da Convenção, a completa direcção de todos os seus negQcios; dos q~a.e~ ~s~.iv~r ,e~a~reg:~d~, pireCQão, ~s.saq~e phede~er~á Constjtuição da Convenção. . -. .

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ESTATUTOS 11

§ 6.° - Cada JUlita terá o direito de eleger dentre os seus Yogaes, alguns ou todos, para substituírem quaesquer vagas que se derem na sua directoria a!'tiva.

§ 7.° __ Estas Juntas deverão formular as regras internas de seu governo, de aecordo com a presente Constituição.

§ 8. 0 - O Thesoureiro de cada Junta prestará -contas fielmente de

todo o dinheiro recebido e gasto, á mesma Junta, em suas sessões, ou sempre que a mesma Junta desejar. ..

§ 9.° - Qualquer das Juntas poderá, quando as circumstancias o requeiram, se tornar pessôa juridica.

§ 10." - As Juntas publicarão annualmente o seu relatorio espi­ritual e financeiro.

§ 11.0 ~ Cada Junta fixará o salario dos seus empregados, não podendo nenhum de seus membros occupar cargo de remuneração na directoria ou no trabalho da Junta.

Art. 7.° - Em cada reunião annual, a Convenção elegerá para cada Junta um Secretario Geral, como official executivo que será respon­savel á Junta durante o interregno da Convenção, e que poderá ser dispensado pela Junta, se fôr necessario, pelos voLos de dois terços dos seus membros. Em caso de exoneração ou de morte, a Junta fica autorizada a eleger um Secretario ad-hoc, que ficará no trabalho da Junta até a primeira reunião da Convenção. Os deveres do Secretario Geral são os· inherentes ao cargo e outros que a Junta prescreva. Elle deve consultar a autoridade e pedir a approvação da Junta para todos os negocios que quizer fazer ~m .nome da Junta.

Art. 8.° - A Convenção el.egerá em sessão. uma Commissão de Exame de Contas, que examinará as contas da thesouraria 'da Con­\venção, bem como das Juntas, e dará parecer numa das sessões da mesma Convenção, isto é, do mesmo anno.

Art. 9.' - O Thesoureiro da Convenção prestará contas á primei­ra Convenção que se reunir depois do fim do anno financeiro.

Art. 10.0 - Os Thesoureiros da Convenção e das Juntas não po­

derão fazer uso do dinheiro confiado á sua guarda, nem mesmo tem­porariamente, e só poderão despender por ordem e para os fins que a Convenção e as Juhtas se acham constituidas.

Art. 11,- - Os Secretarios Geraes das Juntas manterão relações por correspondencia com todas as pessôas·e organizações, segundo o interesse das mesmas Juntas, e guardarão cópias de taes correspon­dencias.

Art. f2°. - Os Secretarios de Registro da Convenção e das suas Juntas farão registro claro de 'tudo que se dér durante as sessões, la­vrando actas de tudo, as quaes serão lidas e consideradas na sessão seguinte.

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12 CONVENCÃO BAPTISTA 'BRASILEIRA

Art. 13.0 - As igrejas repres~ntadas nesta ConvenQão e coope­

rando com ella terão o direitO' de espeoifioar os fins para os quaes as suas contribuições devem ser a~ioadas; não havendo, 'porém, espeoi­ficação alguma, a Convenção dará ás contribuições o desti!l0 que lhe parecer melhor.

Art. 14.° - Esta Convenção reunir-se-á.:le anno em anno. '§ 1.0 - O Presidente, com approvação de 3 Juntas, poderá, em

qualquer oocasião, oonvooar uma reunião extraordinaria; ou, a pedido de 3 Juntas, deverá em .qualquer occasião convocoar uma sessão ex­traordinaria

§ 2. U - Para transooção de negoc,ios na Convenção, será necessario

pelo menos a presença de um terço dos mensageiros enviados. § 3.° - A Directoria da Convenção poderá, a pedido de 3 Juntas,

transferir o tempo. e mudar o lugar da' reunião da mesma Convenção, quando fôr inoonveniente, por força maior, realizar-se no lugar e tempo já antes determinados.

Art. 15.° - A Convenção poderá negar o direito de votar ou to­mar parte nas SUatS 4leliberações, a qualquer mensageiro que não obe­decer ao sel1 regulamento, ou ,que se t.ornar IÍmpedimento ao seu tra­b3l1h'O.

Art. 16." - Qualquer emenda á presente Constituição que se jul­gar necessaria, poderá ser feita, porém COIl) a approvação de dois ter­ços dos mensageiros presentes na occa.sião da votação, salvo depois do penultimo dia da Convenção, quando nenhuma emenda poderá ser feita.

Art. 17.° - A vontade da maioria dos mensageiros presentes e vo­tando será considerada a vontade da Convenção.

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LISTA DOS MENSAGEIROS

AMAZONAS

Igreja de MurerÚzinho. - ManoeI Gomes dos Santos. Igreja de Itacoatiára - Pastor Emyg.dio B. Alves.

PARA'

Igreja de Belém - Dr. Manuel Tertuliano Cerqueira.

MARANHÃO

1& Igreja de S. Luiz - Eduardo H. Crouch e Ura Geo1rgia Crouch. 2a Igreja de S. Luiz - AnacIeto Martins Yellozo.

MATTO GROSSO

Igreja de Corumbá - Antonio Augusto de Figueiredo. Igreja de Campo Grande - W. B. Sherwood e ManoeI Alves de Fi­

gueiredo.

GOYAZ

Igreja Crystallina - Carlos Mohn e Arlindo Aguiar.

CAMPO PARAHYBANO

Igreja de Parahyba - José Maria do Nascimento. Igreja de Guarabira - E. G. Wilcox. Igreja de Palrahyba - Francisco. de Azevedo.

,ALAGOAS

Igreja de Maceió - Dr. John Mein, ApoUonio Falcão, Gen. M. dos San­tos e Carmina Santos.

Igreja de Rio Largo - Justino d'Oliveira dos Santos.

SERGIPE

Igreja de Salgado - Pastor Carlos F. Stapp.

PERNAMBUCO

Igreja de Gravatá - José Vidal de Freitas, Luiz José Gonçalves, Laura Gonçalves e José de Britto.

IgreJa da Torre (Capital) - Hilario Hermínio Coêlho e Severino Alves Marinho. '

Igreja da Rua ImperiaJ (capital) - Pastor dr. Antonio Mesqúita, An­tonio Bernardo, Severino Sera;phim do Monte e Severina do Monte.

Igreja da Victoria - Albertino Amaro de LYra.

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14 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Igreja de Afogados (capital) - Severino Vasconéellos, Maria Augusta. João da Silva, Maria B. da Silva e João Claudino.

Igreja de Caruarú - Pastor Eloy Correia d'Oliveira. Igreja do Monteiro - Pedro Benjamin. Igreja Capunga - Dr. H. H. Muirhead, José MariannoLustosa, Arnaldo

Poggi, Aureo Cooper, Josépha Silva 'e Essie Fuller. Igreja da Va,rzea (Recife) - ROdolpho Francisco Alves e Sebastião de

Freitas. Igreja de Limoeiro - Pastor Manoel Olym;pio Cavalcantt Igreja de IIheitas - Dr. L. L. Johnson. Igreja de Olinda - Dr. w~ C. Taylor e Luiz A. de Santana. Igreja..-de Concordia - Dr. Orlando do Rego Fa.lcão e d. Paulina White. 18 Igreja do Recife - ·Dr. Adrião O. Bernardo, Isaura Silva e Miner-

vino . Silva. Igreja de Arruda - Dicomedes Góes e Elisa Gomes. Igr,eja de Zumby - Severino Baptista, José Alves Ribeiro e d. Blanche

Bice. Igreja Oit.o Casa Amarella - Dr. John L. Bice. Igreja de Morenos - Pastor Djalma Cunha.

BAHIA

Igreja do Salvador (capital) Thomaz L. 'Cos~, d. Sarah F. Costa, João Rodrigues F. Maia., d. Regina Machado F. Maiá, João Gutemberg e Leandro Santanna.

1" Igreja da Bahia - Pastor C. C. Duclerc e José Antonio dos Santos. Igreja Dois de· Julho (capital) - D. Kate C. White, d. Jordelina Pinho,

Paulo Alves da Silva,. Igreja de Caldeirão - João Martins d'Almeida. Igreja da Cruz do Cosme - M. G. White, Carlos Barbosa e Chrispiniano

Doria. Igreja de Plataforma - Arlindo Rodrigues d'Oliveira. Igreja de Jaguaquára-J. A. Tumblin, d. Francisca Tumblin e Emygdlo

de Miranda. Igreja Tres Morros - André Angelo Santanna. Igreja de Olhos d'Agua - José Freyre. Igreja de Bomfim - Pastor José Felix Pereira.

CAMPO VICTORIENSE

Igreja de Victoria - L. M. Reno,' d. Alice M. Reno, Almir S. Gonçal­ves, d. Maria Marçal, Miss Edith West, Alberto Stange Junior e Alves Drummond.

Igreja de Rio Novo - Pastor Zeferino C. Netto, Fernando Drummond e Luiz B. d'Almeida.

Igreja do Alegre· - JoSé Felix de Lima. Igreja do Castello - Pastor Victc.rino Moreira e Octavio Lopes da

Cunha. MINAS

Igreja de Bello Horizonte - Pastor Casimiro G. d'Oliveira, O. P. Maddox, J. R. Allen, dr. ,V E. Entzminger, d.· Amelia Entzminger Paulo

. Maddox, Kathleen Maddox, Miss Jennie Lou 'Swearinger e Ottis Maddox. Igreja de 'Espera Feliz - Pastor Hygino T. de Souza. Igreja de Divinopol is - Pastot H. E. Cockell.

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LISTA DE MENSAGEIROS

Igreja emJPôa Vista dos Mattos - D. F. Crosland. Igreja em Sarandy - Achilles Barbosa.

15

Igreja em M irahy - Alpheu de Meno. José Ma.rtins Monteiro e José Barroso Luit'Z. .

CAMPO FLUMINENSE

Igreja de Pureza. - Lino Francisco de Paula. " Igreja de Cezario Alvim - Avelino Oliveira Quintanilha. d. Joaquina

Ferreira Quintanilha e d. Etelvina P. Andrade. Igreja Capim Angola - Pamphilio Barreto. Igreja de Parahyba dQ Sul - Antonio Gomes Vieira da Cruz. Igreja de Corrego do Vianna - Jorge Souza Mello e Manoel JORé

Ferreira. Igreja de Bôa Ventura - Pastor Virgilio Faria, Arthur Venancio Ri­

beiro e Jósué Azevedo. Igreja de Conceição de, Macabú - Pastor Manoel de Brito e Ademillo

Brito. Igreja de Nativid.ade do Carangola - Pastor Florentino Ff>rreira,

d. Irene P Ferreira, Manoel Lu~_anna, Liberto Alves e Antonio Angelo. Igreja de Campos - Fidelis Morales Bentancôr e .Joaquim F. Lessa. Igreja de Nova Iguassú - Pastor Uba.ldino F. de Souza, Luiz de Assis,

Antonio Gomes Carvalho, Alfredo Joaquim Pacheco, Elias Eugenio da Cunha, Paulo S. Hermann, Manoel Antunes e LydÍ'a S. Hermann.

Igreja de Alto Moa-cabú - Cyriaco José Freire. Igreja do Sanoa - Francisco Lopes Gonçalves. Igreja de Aperibé - Gabriel Luz Motta. Igreja de Murundú - Pastor Antonio Morales Bentancôr. Igreja de S. Gonçalo - Leobino da R.· Guimarães, Aurelio de Oliveira

e Isabel Avellar. Igreja de EntreM Rios. - Pedro Mineiro de Sá, Antonio Pereira da Fon-

seca, Alberto de Oliveira, d. Julia de Oliveira e Joaquim Marlanno Pereira. Igreja de California - Bertholino Gomes dos Santos . .Igreja de Macuco - Pastor Joaquim Coelho dos Santos. Igreja de S. Luiz (municipio de Campos) - José Oardolso da Silva. Igreja de Ernesto Machado - Pastor Alberto PorteIla e José Barroso. Igreja de S. Fidel is - Pastor Benedicto Borges e Talitha da Silva

Portella.

Igreja de Igreja de Igreja de Igreja de Igreja de Igreja de Igreja de

Friburgo - Dr. José Nigro, Pastor Antonio Charles. Taquaruçú - Pastor Candido Ignacio da Silva. Correntezas - Vivaldo Pinto d3.. ·Silveira. Cantagallo - :q. Leonor Barros. Padua. - Pastor Octavio D. Costa e d. Maria Silveira Costa. Bôa Esperança - Manoel Furtado de Mello. PorteUa - Pa.stor Erodice Queiroz.

Igreja de Vieira Braga - Agostinho Ignacio ~ereira. Igreja de Ni.ctheroy - Pastor Manoel Avelino de Souza, A. B. Christie,

E. A. Jackson, Ismail Gonçalves, Bernardino Loureiro dos Santos, ManoeI

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16 CONVENÇÃO BAPTI~TA BRASILEIRA

Antunes Parreira, Ildefons-ú Silveira, d. Eva de Souza, d. Maria Alcantara, d. Maria P,arreira e Dionysio dos Santos. ...

DISTRICTO FEDERAL

1a Egreja Baptista do Rio - Theodoro R. Teixeira, Hidualpo A. Gomes Leal, dr. F. de Miranda Pinto, Guilherme Horacio de Souza, João Alves de Magalhães, dr. R. J. Inke, dr. J. W. Shepard, Rhella Shepard, João Pa.ulo Pinheiro, Mrs. Edith Ayers Allen, Jovelina Alves, Miss Ruth Randall, dr. F. F. Soren, Jane Filson Soren, Hermenegildo Juliol de 8ant'Anna, Er­nesto Galdino Torres, Miss Bernice Nee!, Agostinho Alves, José Antonio Villaça, Miss Minnie Landrum, José Martins dos Santos, Ros,alvo de Quei­roz Costa, Francisca Filson Soren, João F. Soren, Alzira Teixeira de Souza, Nehemias Fabiano Soares. João Galdino Monteiro, Francisco de Medeiros Simas, Maria Flores Teixeira, Henriqueta T. de Magalhães, Noemia Tor­res, dr.n Estephania Soares, Gil Bacellar, João Dórea, dr. A. V. da Fonseca, José de Miranda Pintol, Anselmo Cardoso de Araujo, dr. a Laura da Fonse­ca, Juvencio Dantas, Annibal Fabiano Soares, Carolina da Silva Oliv.eira, Emília Ferreira Jorge, Laur,a. Rosalina Monteiro, Carlota Goulart de Al­meida, Julio Sampaio, Honorio Cardoso Martins, Castorina Adelia Soares, Victor Starwiasky, Maria Gesteira, Maria Amelia Daltro Santos e Edna Magalhães.

Igreja Baptista do Engenho de Dentro - Pa:stor R. Pitrowsky, Angelo Manzolillo, Julião Passos, Demetric Carvalhaes, Joaquim A. da Silva, Julio S. K. de Moraes, DanIel do CarnlO, Antonio L. de Menezes, Domingos F. do Amparo, Sebastião J. Ribeiro, João B. Pares, João G. Uflbieta, Maria Siqueira, Maria, Passos, Ermelinda Lyra, Eugenia da Silva, Amelia Adiala, Annita Urbieta, Manoel Carvalho, Nestor Carvalho e Carlos de Carvalho.

Igreja Baptista da Ilha do Governador - Pastor "Americo L. Senna, Franklin Pinto da Rocha, Mario Eugenio da Silva e Carlos de Lemos.

Igreja Baptista de Catumby - Dr. C. A. Baker, Benedicto José Alves, Martinho José da Silveira, Gladstone de MelIo, Agostinho J. de Castro, Thereza de Jesus, Gumercindo C. Silva, Hilda Martins, Luiz Alves Mar­tins, Enedina Villas B5as. Alice d'Almeida e Helena Baptista.

Igreja Baptista de Madu'reira - Justiniano Portugal, Agostinho R. Gonçalves, Perminio Alves de SaBes, Faustino Rodolpho Gomes e Hildamil C . Teixeira.

Igreja Baptista de Laranjeiras - Pastor Fr,ancisco Nascimento, Ma­theus Paulo Guedes, Americo Thomaz de Souza, Hostilio de Mello, João Joaquim Silva, Provencio Francisco da Silva, Silvino Ferreira de Souza, Joaquim Machado de Azevedo, Aristides Pereira dos Santos, Margarida Saboya, Leocadia Machado de Azevedo e Josepha Guedes Pereira da Silva.

Igreja Baptista de S. Christovam - Pastor dr. A. B. Langston. An­tonio Freitas,- M.a.rio M. Pinto, Walfrides Trindade, J. J. Cowsert, Pyta­goras Ribeiro, Amaro Ribeiro, Mrs. A. B. Langstoll, Mrs. Mario M. Pinto, Sebastião A. de Souza, Carlos Faria, Syndah Campos. Antoninha Portu­gal, Ezequiel Nascimento, Daniel de Souza, Luiz dos s.antos, Albertina P. de Souza e Mrs. Cowsert.

Igreja Baptista de Bom Successo - José Maria da Rocha, Cypriano João dos Sa:ntos, Gervilio Coutinho, Alcides Teixeira, Florentino Machado, Maria de Souza Marques e Maria de Lourdes B. Pereira.

Igreja Baptista da Tijuca - Pastor A. R. Crabtree, Nahor Costa, An­tonio Marques, José Quintino Silva, Joaquim Mariano Gomes, Delcio Costa,

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LISTA DE MENSAGEIROS 17

ClaUdio José de Mello, Adelaide Cardoso, SyÍvina Martins e Elvira Vieira e Silvll.

Igreja Baptista .do Meyer - Pastores dr. S. L, Watson e Antonio E. da Silva, José F. Sepulveda, José H. da Silva, Theodulo D. Nunes, dr. T. B. Stover, Alfredo L. S. Bastos, Francisco A. de Azevedo, Luiz Alves, Luiz Barbosa, Octavio Calazans, Frederico Link, d. Anna Watson, Maria A. Silva, Mrs. T. B. Stover, Yazinha. Alves, Julia M. de Amorim, Arvilla Falcão, Etelvina G. Barbosa.

Igreja Baptista de Jockey Club - Flavio B. Souza, J. F. Farias, Leo­poldo Alves Feitosa, Juvenal Ferreira, Carlos Penna, l\1rs. Kate de Souza e d. Ermelinda Carvalho.

Igreja Baptista de Ricardo de Albl,lquerque - Pastor dr. W. E. Allen, João Marinho Ribeiro, EugeniQ Custodio Sobrinho e Carlos Rodrigues da Silva.

Igreja Baptista de Pi lares - Pastor Reynaldo Purim, Manoel da Silva Pinho, Rodolpho Cunha Junior, Silvino Carlos dos Santos, Tertuliano da Costa Rodrigues, Cecilia Camargo, Etelvina Guima.rães e Cicero Gospeller.

Igreja Baptista de Realengo - João Baptista Nascimento, Umbelina Lope's, José dos Santos, Emilia dos Santos e Augusto dos Santos.

Igreja Baptista de Jacarépaguá - Pastor dr. Salomão L. Ginsburg, d. Emma M. Ginsburg, Boracio de Jesus, Henrique Canongia, Aristides V. da Costa, Antonio ·José Pacheco, Levy de Moraes, Americo da Silva Sa­nos, Francisco de Oliveira, Nestor' Mattoso, Gracinda Gomes, Palmyra Alves d'Oliveira e Juliana Pinto de Moraes. .

Igreja Baptista de Campo Grande - Bernardino da Silva. Igreja Baptista de Oswaldo Cruz - Pastor J. Souza Marques, João

Alvarez Gonça.lves, Genezio Pereira de Azevedo, d. Brigida Ramôa e Ruth de Campos Mello.

Igreja Baptista da Penha - Pastor Florentino Rodrigues da Silva, Marcellino Leobino de Meira, José Marat de Carvalho, João Ferna.ndes de Freitas e Emilia Trigúeira da Silva.

SÃO PAULO

Igreja de Agua Limpa - Pastor Axel Frederico Anderson. Igreja da Lalpa (capital) - Pastor dr. Willia,m B: Bagby. Igreja de Rio Claro - Pastor Henrique H. Penno. Igreja de' Assis - Pastor Carlos A. de Mendonça. Igreja' de Baurú - Manoel Guimarães e Octaviano Cordeiro. 1a Igreja de S. Paulo - Dr. Pa.ulo. C. Porter, Mrs. Lucia Rodwell, Miss

Lucia Rodwell e Luiz de Assis.

Igreja de Ribeirão Preto - Pastor Antonio de Oliveira. Igreja de 'Santos - Silas Botelho.

PARANA'

Igreja de Ponta Grossa - Pastor Abrahão J. de Oliveira. Igreja de Curityba - Dr. W. H. Berry, dr. A. B. Detere Carlos Vieira.

Igreja de Paranaguá - Dionísio dos Santos.

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DEClMA QUARTA REUNIÃO DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

REUNIDA NOS DJAS 16-20 DE JANEIRO DE 1925, COM A 111 EGREJA BAPTISTA 1;)0 RIO DE JANEIRO

ACTA. DA 111 SESS.~O, realizada ás dezenove horas e quarenta minutos do dia 16 ãe Janeiro de 1925, sendo aberta por um culto de­vocionál dirigido pelo pastor Ricardo Pitrow,~ky, fazendo um ligeiro commentarioe applicação da passagem dos israelitas pelo Mar Ver­melho. Assumindo a presidencia, o i~mão presidente Orlando R. Fal­cão ,declarou aberta a sessão e convidou o secretario para declinar o resultado total Cio arrolamento dos mensageiros. O secretario jnfor­mou estarem já arrolados trezr.nlos e ses.senta e cinco (.365). Foi pro­posto que estes e outros que posteriormente apresentarão as -suas cre­dehciaes, componham a Convenção; o que foi approvado, por unanimi­dade de votos.

Em seguida passou-se á eleição da nova directoria. Foi proposto e apoiado que sómente a eleição do presidente fossr. feita por escru­tinio secreto e a do's demais officiaes, por acclamação. Foram indica­'fios os nomes dos irmãos H. H. r\ruirhead, Manoél Avelino de Souza, Dr. W. B. Bagby, V. F . .soren e Antonio Ernesto da Silva. ,Apuradas as cédulas, verificou-se o seguinte resultado: Manoel Avelino de 'Sou­ta. 157 votos; Dr. W B. Bagby, 62'; Antonio E. Silva, 61; F. F. Soren 26; H. H. Muirhead, 12, e Adrião O. Bernardo, 4. Por proposta do Dr. W. B. Bagby" propost.a esta apoiada, foi tornada unanime a eleição do irmão Manoel Avelino de Souza para presidente. Antes de se proseguir ila el~ição e de dar posse ao presidente eleito-, usou da palavra o pre:'" sidente da gestão findi, 'Para apresentar as suas despedidas do cargo, .) que fez com palavras repassadas do sentimento christão, agrade­eendo a confiança qu~ mereceu e concitando os irmãos em Convenção a se unirem num verdadeiro esforço ,pelo crescimento da Causa do Mestre e de sacrificio proprio em prol do Ev,angelh.o. Dada a posse ao presidenf e eleito, irmão Manoel Avelino de Souz~, este dirigiu-nos em oracão; e, agradecendo a ponsideração que lhe foi dispensada' na sua escolha para este espinhoso cargo, pediu que os irmãos cooperassem uns com os outr03 no' amor christão, para que Jesus Senhor Nosso fosse glorificado. Continuan'do-se à eleição da direcloria, por accla­mação foi este .0 resultado: 10 Vice-Presidente, Antonio Erneslo da Silva; 2° dito, Dr. 'V. B. Baghy; 3° idem, A .. B. Christie; 1° Secretario. H. E. Cockell; 2° dito, Achilles ·Barbo~a; 10 Thesoureiro, J. Souza Mar­Q.ues; e 20 dito, L. L. Jobnson.

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ACTAS 19

Foi dada a palavra ao irmão F. F. Soren para dar as boas-vin­da,s aos convencionaes. Interpretando os sent.imentos da sua Igreja e dos irmãos do n'istricto Federal, em palavras repassadas de verda­deira sym,pathia, expoz a alegria e amor com que os mesmos acolhiam os mensageiros em amplexo }raternal e concluiu pedindo que todos puzessemos os interesses de Jesus e da sua Causa acima dos nossos interesses e sentiment'os particulares.

O irmão presidente nomeou a Commissão para :\'omeação de Comtnissões de Pareceres, composta dos irmãos A. B. Chri~tie, Zeferino G. Netto, D. F. Crosland, F. F Soren e Tertuliano Cerqueira.

Foi dada a palavra ao iI'\mão Almir Gonçalves para responder ás saudações de boas-vindas, em substituição do irmão paslor Mun­guba Sobrinho (ausente). Em ligeiras, mas sineeras palavras, o ora­dor interpret.ou com felicidade os senl imentos fi'al proaes e dI" amor christão dos convencionaes para com os irmãos que os hospcrlavam.

Usou da ,palavra o irmão Achilles Barbosa para fazpr o S(>rmão Convenctonal. Fal.ou sobre a origem e obra dos lJaptisl as, aI ravés rios seculos; e, fazendo uma resenha historica. enalteceu o valor e a obra gloriosa dos nossos avoeng'os, e concluiu apresentando as nossas op­port.unidades acl uaes na pat.ria e além-mar e concitando-nos a um maior esforço pela ovangelização. Foi proposto e apoiado que psI e di s­curso fosse ,pU!blicado n'O Jornal Baptista r em 1'olhel.o.

Houve proposta do irmão Antonio Ernesto da Silva, }J 1'.0]1 os ta esta apoiada, que: 1°, se consignasse cm acta um voto de pesar pelo fallecimento do mui querido irmão missionario F :M. Edwards; 2°, S(~

dedicasse uma folha marginada de luto, das nossas Actas, para o seu retrato; 3°, que sr escrevesse uma carta de pcsames á irmã, d. Helena Edwards, viuva do pranteado irmão. Teve volo unanime.

O irmão secretario fez ·a leitura de dois Lelegrammas de sauda­ções, um da Associaçãà Christã de Moços desta capital e outro dos. Christãos Baptistas no Alto Madeira. Foram lidas duas cartas de sau­dações, uma da Igreja Baptista de Sapucaia, Estado do Rio, e outra dos irmãos Albert W. Luper e exma. esposa, saudando a Convençãe, em' nome da Missão Baptista Portuguesa, c da The BapList Missionary Association of Texas.

Foi proposto que os irmãos visitantes: missionario em Portu­gal, Antonio Mauricio, e o Dr. J. F. Love', Secretario da Junla Pnl

Richmond, fossem convidados a tomar' assento ,na Convenção como membros de honra.

A Commissão de Nomeação de Commissões de Pareceres apre­sen{o~ o seu relatorio provisorio, ficando .para apresentar esse rela­torio completo ~a primeira reunião de amanhã.

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CONV~NÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

° presidente procedeu á leftura do programma) provisorio para 'a sas-são de 8 horas do dia' 17, submeUendo-o á deliberação da casa; Por proposta apoiada e votó' unanime, f:oi adoptado.

r Nada .'mais havendo a tratar foi encerrada a sessão por proposta e o~açãó.

, H. E. CockeU, 10 Secretario.

ACTA :DA 2" SESSÃO, realizada aos dezesete 'dias doO mês de Jà­no iro de 1925, ás oito _horas e trinta miimtos.

O irmãoJ. F. Lessa dirigiu o culto devocional,. lendo o .psalmo . - ,. 11:6.

toO presidente OCCUpOU a cadeira e em seguida deu a palavra ao irmão relator da Commissão de :\omeação deCommissões para dar pareceres, afim de ..ap-resentar o seu relatorio, 8endo approvado com'o está e que é o seguinte: ",

PARECER DA COMMISSÃO DE NOMEAÇÃO DE COMMISS.OES

DE P;ARECE·RES

Commissão de Renovacão das Juntas: D. F. Crosland, Theodoro R. Teixeira, S. L.- Watson, R. B. Stanton, H. H. Muirhead, A. B. Christie e F. F. Boren.

Commissão de Missões Estrangeiras: Orlando .Falcão, Thomaz L. Costa e Tertuliano de Cerqueira. . .

Commissão de Missões Nacionaes: Ismail Gonçalves, S. L. Gins­burg e Zeferino N etto.

Commissão de· Educação: J. W. Shepard, L. M. Reno e Ant~nio Ernesto da Silva.

Commissão de Escolas Dominicaes e Mocidade: Ricardo PitrowskY, John Mein, O. P. Ma.ddox, T. B. Stover e J. Lessa.

Commissão de Local· e Prégador da proxima Reun~ão Convenoio­nal: Fernando Drummond, W. B. Bagby e Carlos Barbosa.

Commissão de Estatutos:' W. C. Taylor, José Nigro e Aeh1l1ea Barbosa.

Commissão da Grande Campanha: Antonio Mesquita, Abrahão de Oliveira e Emygdio B.. Alves.

Commissão de Necrologia: E. A. Jackson, Adrião Bernardo e F. de Miranda Pinto:

Comrriissão de Programma: Almir Gonçalves. S. L. Watson, Francisco Nascimento, S. L.Ginsburg e M. G. White.

Commissão de Neg9cios Extraordinarios: C. A. Bake~, Albet:to Portella. e Caserríiro de Oliveira.

A C~'PlmiBsão:

A. B. Christie, Zeferino C. Netto, D. F. Crosland) F. F. Soren, Tertuliano Cerqueira.

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AC.TAS 91

: O \irmão Coronel Antonio Ernesto da Silva pediu .apalavra afim de resignar os ca'rgos que occupa como membro das Juntas do Collegio cm .S. Paulo e do CoHeg'io e Seminario do Rio.

Foi entregue á Cornmissão de Nomeação de Commissões, com a jnclusã-o do irmãú S. L. \Vatson, a eSGolha de uma Gommissão afim de dar parecer sobre a:-; Bases da C.ooperação entre as Junta da Con­venção Baptista Brasileira e a Junta de Missões em Richmond.

O irmão Ismail Gonçalves teve a. palavra para falal' sobre as \lissões Nacionaes, como representante da Junta. Em ligeiras pala­\TaS enalteceu as opporlunidades actuaes e insistiu numa maior e mais perfeita evangelizaçãú do Brasil, com particularidade dos nossos selvicolas;e leu o 1'e1aJtori'0 dos trrubalhos da Junta. (Annexo n. 1.)

Na falt1;l do irmão Menandro Martins teve a palavra o irmão Dr. Antonio Mesquita para apresentar o relato rio financeiro da Junta de Missões Estrangeiras. (Annexo ll. 2.)

Usando da palavra, o irmão Thomaz L. Costa leu ~ Casa o seu -relatorio da gestão de 22 de Outubro de 1924 (qúando assumiu a the­souraria) até 16 de Janeiro de 1925. (Annexo n. 3.)

O irmão presidente deu a palavra ao irmão. S. E.. Watson para falar sobre o trabalho da Junta de ~ Escolas Dominicaes e Mocidade. Baptista. Limitou-se eIle a apresentar o relatorio dessa Junta, fazen­do a1lguns commewtarios bem ponderados. (Annexo n. 4.)

Teve a palavra o irmão A. B. Langston para falar sobre a Edu-· cação Christã. Em um bem estudado e ponderado discurso apresentou o valor da Educação Chri!?tã.

<ü Dr. Shepard, usou da palavra ... para falar sobre o Collegio e Se­minario do Rio, salientando alguns dos resultados visiveis desta insti­tuição, na preparação de . moços e moças para o trabalho. Considerou alguns pontos, ainda que ligeirwmente, do relatorio referente ao anno de 1921. (A:nnexo n. 5.)

O irmão H. H. Muirhead, usando ~a palavra, apresentou o rela­torio do Collegio e Seminario de Recife e falou sobre algumas diffi­cuIdades e outras prosperidades da insl ituição, salientandó a percen­tagem de professores christãos do cor-po docC'llt.e e Lambeni ó numero de ailumnos convertidos. (Annexo n. 6.)

Na ausencia do irt;não Paulo C. Porter, q.ue devia falar sobre o CollegioBaptistade S. Paulo, falou o irmão Dr. W. B. Bagby, enalte­

. cendo as vantagens deste Collegioe os grandes beneficio-s que vem dispensando durante os annos da sua existencia.

I Dada a palavra aos representantes das Sociedades Biblica!;, usou da' mesma o irmão Rev. Alexandre Telford, que falou em nome da So­ciedade Biblica Britannica e EstraI!.geira. Saudando a Convenção, entre outras cousas; f-ez a declaração de que os baptistas foram os seus maiores freguezes dl,lrante 1924, o que quer dizer que foram os

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22 éONVENéÃO BAPTISTA, BRASILEittA

baptistas que distribuíram o maior numero de exemplares das Escri­pturas na parte do país servida pela Sociedade. Mencionando o tra­balho esforçado do "Campo Victoriense, concitou os irmãos a imitarem esse esforço .. O irmão'presiliente agradeceu em nome da Convenção.

Dada" a palavra ao Dr. J. F. Love, foi, proposto e apoiado que o irmão Salomão L. Ginsburg se:t:visse de interprete. O Dr. ,Love fa­iou sobre a Biblia na Russia, trabalho em que tomou parte saliente a Sociedade Britannica. Grande quantidade de bíblias e porções das Eseripturas foram apprehendidas na Alfandega da Russia. Ultima­mente, nos dias da sua viagem para cá, recebeu a noticia de que estas caixas foram entregues pelas autoridades, e uma vez retiradas da Al­fandega, as Eseripturas tiveram enorme procura. Declarou que tem conseguido despertar mais interesse entre o povo de Deus, relatando o facto a que assistiu na reunião passada desta Convenção, quando, attendendo ao seu convite, se levantaram 1,9 irmãos, que declararam terem. sido convertidos s6mente pela leitura da Palavra de Deus, sem terem ouvido uma prégação; e outros muitos se levantaram para tes­temunhar o seu -conhecimento de outros muito~ que foram levados ao Salvador e á sua salvação pela mesma maneira. Falou-nos mais so­bre a reunião de oração, que se effectua diariamente no seu escripto­rio na séde da .Junta de Missões Estrangeiras em Richmond, quando tadas as machinas de escrever e pennas cessam de trabalhar e todas as pessõas se entregam á oração a favor das aLma's e dos trabalhos evangelicos em toda a parte. Estes seus auxiliares penhoraram-lhe a sua p~avra de que continuariam a orar diariamente pela sua viagem e os trabalhos. Outros muito-s se comprometteram a orar por elle eos nossos trabalhos convencionaes. Concluiu ~audaÍ1do a Convenção em nome da Junta ae Missões em Richmond, em nome dos baptistas do sul dos Estados Unidos, que verdadeiramente amam a Causa de Jesus, e em seuproprio nome. O irmão presidente agradeceu.

Dada a palavra ao irmão Antonio Mauricio, este saudou a Con­vençãoem nome da Convenção Baptista PodQguêsa e de todas as igre­jas em Portugal, apresentando as expressões de reconhecimento e gratidão dos mesmos irmãos pelo trabalho que esta Convenção tem feito pela evangelização de Portugal.

A Commissão nomeada para fazer indiçação da Commissão para dar parecer sobre as Bases de Cooperaç.ão entre as Juntas da Conven­ç.ão e a Junta em Richmo~d, desobrigando-se da incumbencia, indi­cou os nomes dos irmãosS. L. Watson, H. H. Muirhead, Antonio Mes­quita, J. W. Shepard, J. Lessa, Casimiro d'Oliveira, F. F. Soren, L. M. Reno e Abrahão J. d'Oliveira. Por proposta apoiada foi nomeada esta commissão. '

O irmão presidente leu o !programma para' a reunião da tarde, que ficou adoptadO por proposta e votounaulme. Foi proposto o eu ..

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·ÀCTAS 23

cerramento dos trabalhos até ás treze horas e trinta minutos, o que teve lugar com o~ação.

H. E. Cockell,

10 Secretario.

ACTA DA ga' SESSÃO, realizada aos dezesete dias do mês de Ja­neiro de 1925, ás treze horas e cincoenta minutos.

O irmão J. F. Lessa dirigiu o culto devocional.··O irmão ,A. B. Christie, na ausencia do irmão presidente e dos outros vice-presi­denteis, assumiu a pl'esidencia, dando abertura á sessão. O secretario procedeu á leitura da acta da· ia sessão, sendo approvada por pro.­posta.

Houve proposta apoiada que fosse lido o parecer da Commissão de ~iissões Nacionaes, mesmo não estando assignado pelo relator. O irmão Salomão L. Ginsburg, membro da Commissão, apresenfou o pa­recer á Convenção, que é o seguinte:

MISSõES NACIONAES Prezados Irmãos:

Com relação á proposta feita pelo pastor da Primeira Igreja Baptista de Alagôas, para que o Campo GoyaIw voltasse a ser cultivado pela Junta das Missões Nacionaes, os 'abaixo assignados. membros desta Junta, reunidos em sessão especial, declaram o seguinte:

1. Que o Campo Goyano foi entregue áos cuidados da Missão Baptista do Sul, porque á Junta faltaram os necessarios recursos para : satisfazer ás necessidades cada vez mais crescentes da C:msa do Senhor em Goyaz;

2. Que a concentração dos esforçols da Junta na evangeliza­ção dos indigenas foi feita para conseguir a harmonia de vistas e o esforço unanime de todos os elementos baptistas, tanto: os do Norte como os do Sul, visto esse ser um trabalho que affecta tanto ao Norte quanto ao Sul;

3. Tambem preponderou nesta resolução da Junta o facto de que as tribus de indigenas que povoam o vasto; interior, jamais obtiveram os necessarios cuidados" espirituaes; e ·que, o tratamento que têm recebido por pa,rte dos dirigentes da religião romana tem sido e ainda é o mais dolol'oso e triste passiveI;

3. Que a passagem do trabalho em Goyaz da Junta Nacional para a Missão Baptista. do Sul, foi realizada com o consentimento, após amadurecido estudo, d,QIS membros da Missão e da Junta, de Richmond.

4. Que o e·stado actual do trabalho em Goyaz é tal que pa.ra a Junta assumir de novo a responsabilidade delle necessitará não menos de dois contos de réis mensaes, quantia esta muitol difficil, senão impossivel, deIla angariar antes de uma propaganda intensa e persistente;

5. Acontece tambem que o trabalho em ,prol dos indlgenas está bem encaminhado. Não só na Ilha do Bananal temos uma porta aberta, porém tambem no Amazonas, nos rios Atuman, Nha-

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24 .éÓNVENCÃÓ BAPTISTA BRASILEIRA

mundá e Andirá, no campo _do trabalho de Itacoatiára, onde exis­tem tribus de indigenas anciosas pelo evangelho e onde um obreiro da Junta poderá ·fazer um excellente serviço. Tambem no rio Ma­deira,' a tribu dosParintintins, uma das mais necessitadas do Evan-', gelho; acaba de abrir' as suas aldeias ao' Evangelho e á civil'ização, conforme nos r.elatam os irmãos revs. Emygdio e Manoel Gomes dos Santos;

Os' abaixo assignados, pois, recommendam 1 ó Que se mude a séde da Junta parà o Rio de Janeiro. 2. Que se inicie quanto antes o trabalho entre os indigenas

do Amazonas, onde' temos umá. porta amplamente aberta. 3. Com. relação ás despezas, a Junta julga nece~s1tar pelo

menos a quantia de do,is contos de réis mensaes. A Junta almeja o apoio de todos os irmãos e as orações de

todos quantos, amam a causa do Mestre no Brasil. '" Rio, 20/1/25.

IsmaH jGonoalves.

W. B. Bagby, A. B. Deter, Salomão L Ginsburg.

Almir S. Gonçalves,

F. F. Soren,

J. F. Lessa.

Usou da palavra o irmão Salomão para abrir a discussão do 'pa­recer. Diversos irmãos falaram sobre o assumpto, que foi discutido com interesse e animação, sendo trocadas francamente idéas e pontos de vista. Foi proposto e apoiado ql.le o Cam1po Goyano fosse reentre­gue á Junta de Missões Nacionaes.

1 Houve proposta apoiada que esta

proposta ficasse sobre a mesa para ulterior deliberação. Foi proposto que o parecer fosse entregue novamente á Commissão para ser estu­dado _ e corrigido, e depois apresentado em occasião orpportun).t á Con-vellçao. I

Foi dada a palavra ao irmão Dr. José N igro para apresentar o parecer da Commissão, nomeada na ultima reumao da Convenção, para apresentar planos sobre "O amparo aos pastores invalidos". O citado irmão apresentou o resultado dos seus esforços, que ; revelou muito trabalho e empenho em bem cumprir a intmmbencia. Foi pro­posto e apoiado que fosse acceito o parecer com tddas as SUgg~stões. Para estudar os estatutos e bases apresentadas para a fundação desta Associação, foi proposta a nomeação .de uma Commissão de cinco membros. Apoiada a proposta, teve a seguir voto unanime. Fiéou o presidente ,de nome a-la em sessão proxima.

A Commissão para apresentar parecer sobre os Estalutos da Convenção pediu permissão. para apresentar um' parecer parcial nesta s,essã01 ficando para da~ parecer completo em sessão opportuna. Dada a palavra .ao irmão r~lator, apresentou o mesmo o seguinte parecer ~

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ACTAS 65 ~~~~---------------------------------------~

DA CONVENÇAO

Esta commissão deseja recommendar, por ora, apenas uma emenda urgente nos Estatutos. Se o artigo 16° não fôr emendado hoje, não, poderá haver emenda alguma durante esta Convenção.

Portanto, recommendamos que o referido artigo seja emen­dado do seguinte modo: Onde se lê "salvo depois dü segundo dia ", leia-se: "salvo depois do penultimo dia."

Pedimos que a Convenção autorize a Commissão de Program­ma para indicar uma hora da noite de segunda-feira. 19 d~ andan. te. para dar o parecer completo desta commissão.'

w. C. Taylor. A. Barbosa. José Nigro.

Por proposta apoiaria foi o parecer rupprovado. Houve proposta apoiada para que o irmão Ant.onio :\lanricio fa­

lasse á Convenção hoje. á noite, envez fIe amanhã,. O irmão }lr('~i­fle'nte leu o programrna provisuriu para a sessão da noite, que foi ap­provado por proposta e H)to unanime. Foi proposto o eneOI'ramenlo da sessão, que teve lugar com oração.

H. E. Cockell, 10 Secretario.

ACTAS DA 48 SESS.~O, l'ealiz.ada aos dezesete dias do mês de Janeiro de 1925, ás dezenove horàs e quinze minutos. O pastor Ricar­do Pitrowsky dirigiu o culto devocional. O irmão presidente declarou aberta a sessão. Convidou o visit.ante. ve,lerano Rev. Hippolyto dé Campos, para fazer qualquer saudação á Convenção. O respeitavel ir­mão, usando da palavra, referiu-se aos laços de amizade chrislã que o ligam intimamente aos baptistas e terminou·, saudando a Convenção com palavras repassaLlas de verdadeiro amol'o O irmão presid'ente agradeceu em nome da Convenção.

O irmão presidente nomeou a Commissão para estudar e dar parecer sobre o "Projecto de Estatutos e organização de um plano de amparo e ,protecção aos pastores invalidos", .composta dos irmãos: Rjcardo Pi.trowsky, Dr. F. Miranda Pint.o, Dr. José ~igro, Casimiro Gomes dg Oliveira e Carlos Barbosa.

Foi dada a palavra ao irmão Dr. W B. Bagby para falar sobre o thema: "As Victorias dos Principios Baptistas na America do Sul", o que fez dando-nos um apanhado resumido da historia dos baptistas na America do Sul, que encheu os nossos corações de gratidão a Deus e nos proporcionou maior animo para as lu! as na Causa Santa de Jesus.

Em seguida foi dada a palavra ao irmão missionario Antonio Mauricio para fazer o seu discurso á Convenção, o qual apresentou

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dÔNVENCÃÓ BAPTISTA BRASILEURA

um historico do trwbalho baptista nas pl'aga~ lusitanas. Proposto e apoiado que o di-scurso do Dr. J. F. Lave seja prom:mciado amanhã á noite.

Foi proposto e apoiado que fosse reconhecida e recebida pela Convenção a Igreja Baptista da Lapa (suburbio de S. Paulo).

Foi ap:provado o programma para os trabalhos espirituaes do dia 18. Foi proposto o encerramento da se.ssão ás vinte e duas horas.

I

H. E. CockeU, 10 Secretario.

ACTA dos trabalhoE do dia dezoito de Janeiro de 1925. (Reunião informe.) O dia 18 fói consagrado aO:3 trabalhos espirituaes, confor­me reza o programma. Usaram o tempo da manhã os irmãos: T. B. Stover, que falou sobre A Escola Dominical Modelo"; apresentou o "Padrão de Excellencia", fazendo uma ç.1ara exposição do mesmo. Teve a pl:!Javra o irmão A. B. LangSM1h para prégar um sermão dou­trinario. Falou elle em torno do texto: "Gloriar-me sómente na Cruz de Christo".

De noite falaram diversos irmãos, e p'or ultimo falou o Dr. J. F. Love sobre o empolgante assumpto: "OsPrincLpios Baptislás como uma Força Mundial'.', o que fez com a sua reconhecida facilidade e de um modo felicissimo.

() irmão presidente leu o programma para os trabalhos da ma­nhã do dia 19. Submettido á vontade da Convenção, foi adoptada por proposta e voto unanirne. Encerrado:3 os trabalhos co.m oração.

H. E. Cockell, 10 Secretario.

ACTA da 5& sessão, realizada ás oito horas·e trinta minutos do dia dezenove de/Janeiro de 1925.

O irmão Ricardo PHrowsky dirigiu o culto dcvocional. D irmão presidente declarou aberta a- sessão e 'convidou o irmão secretario a lêr as Mt&S das sessões 2", 3" e 4a e a das fe-uniões espiriLuaes do dia 18. Foram todas approvadas com ligeiras emendas, por propostas apoiadas. O irmão 10 secretario pediu que o segundo secretariasse a sessão, emquanto elle arrurpava as actas. O irmão secretario leu uma carta do Sr. Herbent S. Harris, Secretario Geral da União das Escolas Dorriinicaes do Brasil.

Foi dada a palavra ao irmão Thomaz L. da Costa, para apresen­tar o parecer sobre "Missões Estrangeiras" o qual é o seguinte:

PARECER DA COMMISSÃO SOBRE MISSõ~S ESTRANGEIRAS

Considerando o magnifico trabalho realizado em Portugal pelos nossos dignos miss-ionarios Ânto;Q.io Mauricio e s·ua exma. oonsortei

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ACTAS 21

Considerando as prementes necessidades do éampo portuguez; Considerando o dever que nossa Junta tem de attender a essas

necessidades e appel1os; . . Considerando que Deus tem collocado: os baptistas brasileiros

em posição de poderem prestar relevantes serviços ao traball).o de missões em Portugal;

Considerando que trabalho tão abençoado sOlbre ser um dever, é uma. inspiração e um In.fio de unificar mais e mais a nossa obr~ baptista,

A vossa commissão respeitosamente submette o seguinte á vossa apreciação:

1. Que se oonsigne em acta um voto de louvor aos nossos missionarias em Portugal, pelo beno desempenho de sua tarefa.

2. Que se intensifique nas igreja.s e pela imprensa a campa­nha em pról das missões em Portugal, para que sejam levantados os meios para supprir as urgentes necessidades/ apresentadas pelo irmão Antonio Mauricio, sendo o minimo a levantar 4: 200$000 por mês.

3. Que os appellos de nossa Junta ás igrejas sejam sempre recebidos com sympathia e promptidão para. que ella possa ter toda liberdade de acção nos !3eus planols para o desenvolvimento do trabalho em Portugal.

4. Que a séde da Junta seja transferida para a Bahia.; 5. Que na renovação do terço da Junta sejam eleitos irmãos

residentes' na Bahia, afim de que elIa possa reunir o quorum necessario ás suas sessões;

6. Que a Junta seja autorizada a eleger novos irmãos em substituição aos que por qualquer circumstancia não puderem con­tinuar como membros, afim de que o seu tra.balho não venha a soffrer solução de continuidade;

7. Que as senhoras sejam convidadas a cooperar largamente neste glorioso trabalho de missões, não só com suas fervorosas orações, mas com as suas contribuições por intermedio tias 80cie­da:des de senhoras.

8. Que o dia de missões seja o,bservado com mais regulari­dade e uniformidade, deixando que a Junta determine a dia espe­cial.

9. Que a denominação seja. 'bem infarmad.·l pela Junta e pelos missionarias da mesma de todo o movimento do trabalho.

10. Que a Junta em cooperação com os nOSS08 missionarias em Portugal seja autorizada a estudar com oração.E' toda a reflexão si o nosso trabalho missionario em Portugal deve continuar na base em que se acha actualmente em rela.ção ao trabalhai da Junta de Texas e a tomar resoluções a respeito, si julgar prudente e necessario.

Respeitosamente, A Commissão,

Orlando Falcão, Relator. Thomaz L. Costa, M. Tertuliano Cerqueira.

Foi acceito para discussão ponto por ponto. O irmão presidente .lembrou á Convenção a .conveniencia de que as discussões sobre as-

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28 CONVENQÃO BAPTISTA BRASILEIRA

sumpto de tão vital importancia fossem feitas com enthusiasmo e con­vi-cção, IJlas em termos eortezes e fóra do terreno pessoal. O primeiro ponto foi approvado sem discussão. ° 2° ponto foi diseutido com ani­mação e interesse. O -irmãb missioúario 'Antqnio Maurüüo foi convi­dado a dec~arar as necessidades mais urgentes de' Portugal. Elle então leu uma carta do venerando irmão de Portugal Joseph Jones. (Annexo fi. 7.) Apresentou a carta de Portugal, semelhantn á da terra de Jesus. Declarou que actualmente o trabalho( tem urgente necessidade de tres trabalhador,es e que, ao menos um, devia seguir immediata­mente. Declarou que as igrejas portuguêsas contribuíram cinco con­tos mais .que a Junta de Missões Estrangeiras.~ F.oi adoptado este ponto por proposta apoiada, com addição da decliração de serem ne­cessarios no mínimo quatro contos c duzentos mil réis mensaes (4 :200$000). Foi considerado o 4° ponlo do pareuer. Foi proposto e

,apoiada pa.ra ser acceito Icomo está. ° 7° foi discutido, sendo ápre.sen­fada a seguinte emenda: envez de "por intermedio das sociedades de senhoras", ser "por intermedio das suas igr,ejas' Fo\ acceito por voto unanime. Foi acceita sem :"emellda a ultima redacção do 2° paragrapho do parecer. Foi resolv~do adoptar-se o 8° ponto -CôID um pequeno ad­ditamento: "deixando que a Junta determine o dia especial:'. Neste momento foi proposto, apoiado e app,rovado unanimemente que os Se­cretarias Correspondentes das Juntas que gozam de "Dia Especial" perante as nossas igrejas, para promoverem os seus interesses com­binem entre si sobre a conveniencia de mant.er ou mudar as datas prefixadas, attendendo ao interesse de todas.

Foram acceitos os dois ultimas pontos sem emenda$-. Foram suspensàs .os trabalhos até ás .- quatorze horas. Houvr

oração. Achilles Ba7'bosa~

2° Secretario.

ACTA DA 6a SESSÃO, realizada aos dezenove dias do mês de Janeiro de 1925, ás 14 horas.

O oulto devocional foi dirigido pelo irmão Joaquim Coelho dos Santos. O irmão secretario leu á Convenção um telegramma de sau­dação da Igreja de Macuco (Uabuna-Bahia). Foram lidas cartas das Igrejas de Agua Limpa e Santa Rita do Gloria, em Minas. .

A Gommissão para dar parecer sobre as Bases para Cooperação entre as Juntas da Convenção e a Junta em Richmond apresentou um bem estudado e desenvolvido parecer, que é o seguinte:

BASES DE COOPERAÇÃO DESTA CONVENÇÃO E DA JUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS DA CONVENÇ-ÃO BAPTISTA DO SUL DOS ESTADOS UNIDOS.

Tendo revisto, não só em sU'b-commfssão como em sessão ple­naria, a questão de planos de coperação efficlentes e acceftaveJs

.....

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ACTAS 29

por esta Convenção e a Junta de Missões Estrangeiras da Conven­ção Baptista do Sul, dos Estados Unidos, a Convenção Baptista Brasileira, resolve:

Estamos plenamente convencidos de que não ha difficuldades insuperaveis para uma cooperação harmonica entre a Convenção Ba.ptista Brasileira e as igreja.~ que elIa representa de um lado, e é.. Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Baptista do Sul dos Estados Unidos de outro. Quaesquer erros que se tenham commet­tido e quaesquer mal-entendidos que consequentemente se tenham levantado, nós mesmos temos tido parte nelles, mas é natural que esses mal-entendidos se dêm em um trabalho grande e crescente e não devem ser attribuidos a um desejo ou designio, por parte de qualquer de nós, de ser deshonesto ou injusto para com outrem. Pass'ando em revista a historia do nosso longo periodo de commu­nhão deliciosa e de cooperação com a Junta America,na e seus mis­sioll'arios, somos obrigados a registrar o nosso reconhecimento da devoção desinteressada dos mesmos aos nossos proprios interesses e aos do nos'8O pai,s, Esta revista abrange os mêses recentes desta historia de cooperação, com todos os seus tristes incidentes e mal­entendidos.

O Secretario Correspondente da Junta Americana expoz franca € plenamente á Commissão a atitude, actos e sentimentos da mes­ma Junta em relalção a nós, e respondeu cabalmente, sem rodelas ,ou evasivas a todas as perguntas que lhe fizeram, e comquanto a ,Junta não pretenda. eximir-se ou eximir OS seus missionarios de ,erros, estamos plenamente convencidos de que a Junta se tem es­forçado para alcançar um entendimento, e um accordo pleno e satis­fatorio com todas as nossas igrejas e com o nosso povo, e tem procurado seguir um curso de modo a attender aos interesses e aspirações das igrejas brasileiras, e a promover em favor delIas maiores contribuições das igrejas baptistas do Sul dos Est~dos Unidos. A evidencia e o espirito exhibidos nesta investigação con.., vencem-nos de que a, Junta Americana tem seguido um curso, através de todas estas dolorosas experiencia,s, de todo conforme á pratica commum e espirita dos baptistas, e se alguns de nós ou ou­tros bons irmãos têm julgado mal a Jmlta nestas quest&es, é por­que nós e elles não temos bem comprehendido todos os factos. Es­tamos satisfeitos em registrar esta conclusão a que este exame nos levou; e exprimimos a crença e a esperança de que os mal-enten­didos que se têm interposto entre n.ós, e que· nos têm levado a esta investigação, concorram para uma benção maior sobre todos nós e para que mais fortes se tornem os laços que tão longo tempo nos têm unido aos nossos irmãos baptistas norte-americanos. '

Achamos tam:bem que os principias e o modo de agir que a Junta applica ao seu trabalho no Brasil, são os mesmos que a.pplica a todos os campos vastos e numerosos em que ella opera e em que tem recebido riquissimas manifestações das bençãos de Deus e está conseguindo resultados mara.vilhosos.

Approvamos. pois, os seguintes principios geraes de cooperação entre esta Convenção e a Junta Americana, e os recommendamos ás noss'as Igreja.s Baptistas Brasileiras: .

1. A Autonomia das Igrejas - A cooperação destas duas or-. ganizações, - a Convenção Baptista Brasileira e a Junta de Mis­sões Estrangeiras de Richmond, - precisa necessariamente basear­se ,em Ulll- principio baptista geralmente acceito, a saber: - a -'

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30 - CO~V:~~C~9 BAPTISTA BRASILEIRA

autonomia das -igrejas. Nem esta Convenção nem a Junta- Ameriean'8 póde a.rbitraTiarnente forçar as igrejas a fazerem qualquer coisa. A coparticipação das igrejas nos planos communs desta -Convenção e da Junta Americana é de livre acceitação por parte das mesmas igrejas; isto é plena e francamente .reconheci'do por todQs que en­tram neste convenio.

2. A Autonomia das Juntas. Este convenio visa a cooperação de todas as Juntas desta Convenção com os planos -desta mesma Con­venção. Precli:a ficar bem entendido, sem duvida, que as Juntas Bra­sileiras ea Junta Americana. são organiza.ções creadas para servirem as mesmas igrejas, respectivamente no Brasil e nos Estados Unidos, e que a autonomia das Juntas está dentro de funcções que lhes são designadas na sua creação. Nem a Junta Americana nem nenhuma Junta desta - Convenção é um'3. creação propria, independente de limitações. Comtudo, o principio que --reconhecemos é este: que a.s Juntas Brasileiras e as Juntas da Convenção do Sul dos Estados Unidos são, no limite de suas attribuições, inteiramente autonomas.

3. Convenção Baptista Brasileira. Do mesmo modo que as Juntas, as Convenções, dentro dos limites que lhes são fixados, são corpos autonomos. cujo fim é executar a vontade das igrejàs, e estão sujeitas ás igrejas. Isto se applica tanto á ConvençãO' Ba­ptista Brasileira, quanto á Convenção Baptista do Sul dos Esta.dos Unidos.

4. Cooperação. Procurando planos de cooperação entre esta Convenção e a Convenção Baptista do Sul dos Estados Unidos -de um lado, e entre as Juntas desta Convenção e a Junta Americana do outro, é necess-ario que tomemos em consideração as defini­ções dadas acima. como a expressão da autonomia das varias or­ganizações dentro da vida denominacional. Cada uma destas organizações precisa, afim de promover coopevação cordial, reco­nhecer estes principios, que devem ser applicados em pé de igual­dade a ca.da uma da~ unidades cooperativas; isto é, não deve havervi'Ülação alguma destes principios em nossos planos ou em nossas actividades, quer sejam tratados pela Convenção Brasi­leira, Juntas e Igrejas Brasjleiras, ou tratados pela Junta Ameri­'cana, ou pela Convenção Baptista do Sul dos Estados Unidos.

Cada um deve respeitar a autonomia propria e legitima do outro. PIOr consequencia, 'a,venturamo-nos a suggerir a applica­ção destes principios em pontos onde essas definiç.ões de auto­nomIa precisem ser. cuidadosamente estudados e respeitados, a menos que uma ou outra das Convenções ou das Juntas no exer­ciCio da sua autonomia não infrinja ,a autonomia da outra.

A:::: igrej:is, na sua cooperação, permanecem de plena posse da sua legitima autonomia. Por exemplo, _as igrejas têm o direito rl~ chamar os seus proprios pastores e administrar os seus

_negocias locaes por votação expressa da maioria dos seus mem­bros. Nenhum individuo ou -organização se acha revestido de auto-

--rid&<ie para interferir em taes questões. A cooperação, comtudo, como a não cooperação, exige o exercicio do prmchlio de volun­táríecÍade que governa uma, igreja baptista. Uma Igreja tem tanto direito de exercer a cooperação e entrar em communhão de servi­ço com outras Igrejas, com Juntas estaduaes e Convenções, como ~em,de -declinar. Sem duvida alguma, cooperação é em si me:::1P.~,

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31

um principio ensinado pelas Escrlpturas. As affirmações e nega­~ões de ·uma igreja por si sós declaram a sua indellendencia e o seu direito de seguir o curso que bem lhe pare~a.

Além disto, quando Igreja.s, Juntas ou Convenç.õe.s, entram em cooperação com outras Igrejas, Juntas e Convenções, precisam não sómente garantir a sua propria liberdade e autonomia, mas talll'bem de respeitar a liberd'ade e autonomia das demais com as quaes cooperam.

Tambem estas Juntas e ConvenGões devem reconhecer que outras Juntas e Convenções, como ellas proprias, são creações das igrejas e têm o seu proposito determinado e suas acções limitadas dentro da esphera prescripta pelas igrejas.

Applicando.,se este principio, ver-8e-á que nenhuma Junta ou Convenção Brasileira póde tocar na esphera ou prerogativa, per­tencentes ás Convenções e Juntas brasileiras. A Convenção Ba­ptista Brasileira tem Juntas que el1a mesma governa e que são responsaveis perante ella 8egundo os regulamentos que ena esta­belece; e a Junta Americana tem agentes que são responsaveis perante elIa sómente, e além dos quaes não póde ir a sua autori-dade, mas deve chegar até este ponto. '

Na cooperação que esta Convenção gosa com a Convenção do Sul dos Estados Unidos, e que as Juntas d'esta Convenção gosam com a Junta Americana, ha coisas em que cada uma destas Juntas condescende com o fim de cooperar, mas condescende voluntaria­mente; emquantoque ha outras coisas que nem as Juntas Brasi­leiras nem a Junta da Convenção Baptist1a do Sul dos Estados Unidos pÓde ceder. por ca.usa doa.s reRponsabilidades que têm pe­rante os seus constituintes, responsabilidades estas que não podem ser delegadas e não podem ir além do controle dessas Juntas e da possibilidade de uma mordomia fiel exercida por essas Juntas pa,ra com as Igrejas que eUas serv·em. Por exemplo, o dinheiro que as Juntas destas Convenções levantam nas igrejas do Brasil, é uma questão entre estas Juntas Brasileiras e as Igrejas Brasi­leiras. E ·esta Convenção respons'a.biliza estas Juntas pelo emprego deste dinheiro, e não póde permittir que a administração vá além do seu controle. Da mesma maneira a Junta American':t. como uma creação da Convenção Baptista, do Sul dos Estados Unidos, precisa administrar seus fundos por meio de agencias que lhe sejam responsaveis, afim de que ella por sua vez possa dar devidas contas á Convenção de que ena. é mandataria.

Não devem, pois, ser recebidas com suspeição ou desagrado as exigencias de qualquer Junta, no exerCicio de suas attribuições, que. só têm como causa o dever que ella tem de exercer. fielmente -a sua mordomia. E' necessario frisar que o Aiinheiro não compra qualquer direito ou prerogativa sobre igreja ou individuo, e ne­nhum baptista de v'erdade alguma vez pretendeu que o fizesse. Por outro lado, nenhum baptista de verdade ou agencia baptista póde pretender controlar dinheiro pelo qual outro baptista ou agencia baptista é responsavel. Isto é. uma creação das igrejas ou de uma Convenção não ousará assumir prero~tivas além das que lhe foram tra.çadas, e ir além de seus limites na distribuição fiel do dinheiro, ficando assim incapacitada de prestar contas desse

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tiinheiro âquelles a quem é peculiarmente responsavel. A autono- -mia das Igrejas e Convençc)es Baptistas Brasileiras, que prohibe que uma Junta ou Convenção Norte-Americana as governe de qual­quer maneira, ou as faça responsaveis, implica que 8. Convenção ou Junta Americana deve conservar a administra~ão financeira nos campos missionarios deba.ixo do governo daquelles que por acaso possam ser chamados D. prestar contas da sua mordomia, sem infringir esta autonomia. Isto -não quer dizer que negamos ã autoridade das nOssas igrejas brasileiras· se reclamarmos para aquella Junta o direito de administrar odinhetro contribuido pelas igrejas norte-'americanas, do qual precisa prestar contas perante a Convenção que as representa.

Examinemos cuid,adosamente estes princípios fundamentaes e veremos que elles se applicam tão bem aqui quanto l~; e são tão necesssarios á nossa propria autonomia como á autonomia das agencias norte-americanas.

Muitos pormenores ha. sem duvida, no avanço dO trabalh() no Brasil, e na direcção d·as muitas instituioões que servem a esta

I Convenção, debaixo de condições e circumstancias um tanto va­riaveis, aos ,quaes estes principios terão de ser applicadoB, por­menores estes em que este relatorio não pretende toçar. Por mui­tas annos têm estado em operação pl'anos para a maioria das nossas escolas. As condições em que a Junta Americana nos quer auxiliar a promover algumas destas escolas, já foram estudadas pela Junta Americana e estão sendo executadas pelas escolas. Em alguns casos, embora - poucos, principalmente em algumas ;das nossas escolas menores, póde surgir a necessidade de uma defi­nição mais explicita de planos para conducta destas escolas. Não achamos, porém, que o relataria desta. Convenção precise ir além, destes principios com taes suggestões para sua applicaçã'O como temos feito. Mantemos a esperança de que nossos irmãos ficarão satisfeitos com o pronunciamento inequivoco desta Convenção sobre os principios baptistas a que nos temos referido no ineio do nosso mal-entendido, e que, uma vez satisfeitos relativamente a estas questões, elles applicarão aproprio espirito christão, bem como estes principias referidos,' a qualquer questão particular que possa attrahir a attenção, na direcção destas escolas. Exprlmirilos confiança semelhante na. Junta Americana e' nos seus missionarios.

Queremos que a emphase principal deste acto da Convenção Baptista Brasileira recaia no espirito e não na letra, nas nossas relações de cooperação. Os mesmos princ.ipios baptistas não pode­rão ser postos em 'boa ordem de 'Operação sem o oleo do am5r christão e do espirita de Christo nos individuos que compõem a 'nossa irmandade. Imploramos, pois, que os nossos irmãos, a quem nós como \..ma Conyenção representamos, se exercitem diligente. mente em muita Ol~ação e medita,ção' para fazerem todas as coisas ele um modo digno dos que tomaram <> nome do Senhor que todos nós adoramo,s. Enviamos, pois, esta declaração desta Convenção a todas as igrejas baptistas do Brasil, com uma oração fervorosa para que a mais intima communhão christã exista em nossas igrejas, entre nossas igrejas, os membros de nossas igrejas e en­tre. os balltistas brasileiros e missionarios por toda a parte, e que poSsa haver em um tal espirito e conr,n1,ln~~0! uma. nova actividade

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ACT'AS 33

pa.ra redempção d'o Brasil que produza opimos e abundantes fru­tos, para nosso goso e para a gloria de Nosso Senhor.

(Assignados)

S~ L. Watson, Relator. A. J. Oliveira. Casimiro G. Oliveira, F. F. Soren. H. -H. Muirhead, Loren M. Reno. J. Lessa. A. N. Mesquita, J. W. Shepard.

.~ ...

o irmão Djalma Cunha, pedindo a palavra, quiz apresentar ou­tro parecer. Considerado fóra de ordem, foi proposto e apoiado que lhe fosse dada opportumdade de apreseúlar o seu documenlo, finda a discussão do parecer da Commissão. Foi proposto, alJoiado e deli­berado por voto unanime que fosse acceito para discussão, ponto por ponto. O irmã9 relator foi convidado a apresentar os diversos pontos para a discussão. O 10 ponto é A ~\utonomia das Igrejas" Depois de disculido, foi proposto .e apoiado que fosse adoptado, tendo voto una­nime. O 2° ponto é "A Autunomia da.s Juntas" -, suas limitações são estabelecidas pelas Igrejas uu Convenção, que as crearam. Tanto as Juntas brasileiras como as dos Estados Unidos, são nomearias pelas respectivas Convenções. Houve franca e livre discussão deste ponto, muitos irmãos eXiternando as suas opiniõês a respeito. Sendo proposto e apoiado que fosse adoptado, teve voto unanime.

Foi proposto o eneerramento da sessão até ás 19 horas e 30 mi­nutos, quando se continuará a discussão.

H. E. Cockell"

i o Secretario.

ACTA DA 7a SESS.~O, realizada ás dezesele horas e trinla mi­nutos do dia 19 de Janeiro de 1925.

Foi realizado o culto devocional. O irmão presidente declara abertos eis trabalhos.

O relator da Commissão de parecer sobre "Bc;tses de Coopera­ção ", .continuando a apresentar ns pontos do relatoria, leu o 3° ponto, a saber: a soberania da Conven~'ão Brasileira. Foi proposto e apoiado que 'seja acceito, o que se verificou. pela votação commutn. Passou-se então á consideraçã-o' do ~o topico: a base de ... coopéraçaÇ} das Juntas .\rhericana e Brasileiras. Depois de diversas e animadas discussõe;;; so­bre o ponto, foi o mesmo' apprQvado sem emenda.

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34 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Foi dada a palavra ao irmão Djalma Cunha para ler o seu tra­balho, que éoseguinle:

BASE OE COOPERAÇÃQ

Meus irmãos: Presado irmão Presidente:

Desde 1922. os batistas. infelizmente, estão divididOS em duas correntes divergentes que engrossam á medida que o tempo trans­corre. com prejuiso da causa que nos é comum; divergencias essas de metodos e de sistémas, que têm tcmado tal vulto, a ponto de nos traser o dr. J. F. Loye, cuja visita recebemos com tanta maior ale­gria, quanto mais confiança no seu critério, ponderação e espirita de justiça.

Representantes .de uma das correntes, vimos apresentar em traçqs ligeiros o nosso ponto de vista, afim de que esta convenção ao tomar conhecimento do parecêr da Commissão encarregada de estabelecer uma base de cooperação,' possa deliberar com pleno conhecimento de causa, e da maneira que melhor consulte o desen­vo~vimento do ~eino do Mestre, por amor de Quem estamos prontos a sacrificar todas as nossas preoccupa.ções pessoaes, mas para honra de Quem, havemos de sêr fieis aos principios que julga­mos necessarios á Causa do evangelho no Brasil.

Infelizmente, a Commissão não procurou ouvir os grupos em divergencia, preferindo elaborar uma base que poderá sêr muito bôa'e justa, mas que não representa um accordo de partes adversas, que não contém concessões reci:procas e que, por isso, corre o risco de sêr ineficaz, por excessivamente vaga e teórica.

Apressamo-nos, portanto, a vir expontaneamente declarar que estamos de acordo com a formula de coperação, proposta pela comissão; isto é, que as instituições educacionaes custeadas pela Junta de' Richmond sejam administradas por uma comissão de quinze (15) membros, dos quais seis representantes da Convenção Batista Brasileira e nove (9) representantes daque1la Junta, ou ainda melhor por batistas brasileiros e estadunidenses, unidos pelos laços do fim común e sob a egide da confiança mutua e do mutuo respeito. Aceitamos agradecidos esta prova de confiança e estamos de acordo em eleger, em nome da Junta de Richmond, os missionarias que devem compor as comissões àdmiIiistrativas Cónvindo acrescentar, que estamos de pleno acordo que as Jun~ ias Regionaes ou Estaduais, apresentem anualmeJólte seu orçamen­to á respectiva missão, declarando qual o auxilio esperado da Junta de Richmond para fins de evangelização, auxilio esse que poderá vlr por intermedio da missão para a Junta Estaduail ou R:e,gional.

Entretanto, pedimo-s vénia para juntar ~ essa base as nossas condIções:

1. . Que haja· apenas quatro (4) juntas: Missões Extrangei­ras, Missões Na.ciómiis, Publicações & Propaganda e Beneficencia.

2. Que em vês de juntas' administrativas, sejam ComiRsões ~nisrativ.as. -

a. Que -a Convenção Batista Brasileira se reuna de 3 em 3:"aJlOs.

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ACTAS 35

4. Que cada uma dessas Juntas tenha em cada Campo um representante eleito pelas respectivas Convenções Regionaes ou Estaduais.

5. Que se elejam Comissões administrativas para o Colégio e Seminario do Rio, Colégio e Seminario do Recife e Colégio Batista Brasileiro de S. Paulo, de acordo com a Base de Coope­raçiW.

6. Que para o Seminario Batista Brasileiro dÇ) Recife, se faça. plano identico ao estabelecido para as relações com a Junta de Richmond, isto é, que tambem essa instituição seja administra­da por uma comissão composta de quinze (15) membros, dos quais seis (6) representantes da Convenção Batista Brasileira e nove (9) da Convenção Batista Regional.

7. Que com os elementos das comissões adminisrativa.s seja constituida, com séde no Rio, uma Comissão Central de Educa­ção para traçar e superintender o programa educacional dos batista.s. sendo considerados membros ex-oficio, os directores de todas as instituições de educação.

8. Que o numero de mensageiros á Convenção Batista Brasi­leira fique limitadO a cinco (5), afim de não provocar um des­equilibrio injusto na representa.ção de varios campos.

9. Que as conv·ocações extraordinarias e as mudanças de lugar e tempo da Convenção B. Brásileira sejam autorisadas por três (3) das quatro (4) juntas executivas.

10. Que se adóte como critério para a escolha do local para a Convenção a facilidade dos transportes.

11. Que o " Jornal Baptista." seja entregue a um corpo de re­datares nacionais, directamente responsavel á Junta de publica­ções, que manterã,o relações puramente comerciais com a Casa PUblicadora e emquanto assim conviér.

12. Que haja confraternização das Igrejas do Norte do Brasil.

Protestamos defender oralmente os varios artigos desta Mensagem.

Rio de Janeiro, 19 de Janeiro de 1925.

Djalma Cunha, Relator. Ad rião O. Bernardo.

Depois de lido, foi proposto e apoiado que a petição apresen­tada fosse entregue á mesma commissão que apresentou o documento de cooperação das Juntas. Foi, por votação unanime, acceita a pro­posta com a seguinte emenda: que fizessem tambem parle da com­missão os irmãos DjalmaCunha e Salomão L. Ginsburg.

O irmão presidente apresentou a continuação do programma provisorio, sendo proposto e apoiado qUf~ o mesmo fosse adoptado para o proseguimento dos trabalhos. Foi proposto o encerramento desta sessão.

Ackilles .flarbosa, 2° Secretario.

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, CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

ACTA DA 8& SEBSÃO, realizada ás oito 11Ol'as .e cincoenta mi-\ . .

nuto's do .dia ta de Jan(~iro de 1925.

O culto devocional foi dirigido pelo irmão O. P :!\lac1dox. O ir­mão presidente deu como abpl'tos os trabalhos convencionaes. O ir­mão secretario pl'oeeueu á leitura das act.as das soss5l'S 58, 68 e 7ft

,

sendo todas approvadas por proposlas apoiadas. Foram lidos á Con­venção dois tel~grammas de saudações de Ilhéos, um ct-a Secrelaria Correspondente da Convenção Baptist.a Sul Bahiana e "outro do pastor Deraldo em nome das .Igrejas de Ponlal, IlhéÜis, Itabuna e Ribeirão das Canôas. O irmão A. B. Deter apresentou uma carta do pastor Car­lo's Leimann. obl't'iro do Campo de Paraná, que pastoreia dez igrejas e adoeceu quando devia vir á Convenção; pediu as orações dos irmãos em favor do doente.

O irmão Salomão leu o relalorio da Commissão ('ncul'rf'gada do memorial ao Dr. Z. C. Taylor. (Annexo n. 8.)

Houve prOlposta para 'lue o reJaLorio fosse 'approvado e que a Commissão cOntinuasse sendo autorizada 'a levanta']' o llpeessario para pagar o que falta das despezas .

. . Foi informado á Convenção que a Junta em HichrnoI1d provi­rienciou quanto á retirada da pedra do Memorial da Alfandega e o 'ransporte do mesmo até o .local; e que a pedra já está sobre a se­pultura do saudoso missionario. Não obstante a Junta de Richmond tomar com o maior prazer a inc·umbencia e satisfazer as despezas ne­ce-ssarias. em attenção á memoria do seuze-Ioso missionario, a dita rjommissão fÓi autorizada a solicitar das igrejas e baptistas brasilei­:'os mais offerLas para indemnizar a ,Junta da despeza feita, por ser mais honroso para nós brasileiros.

A Commissão Geral das Senhoras disl ribuill o sen relatorio im­pn>sso. A relatora não esteve ,presente para apresentar o parecer.

O irmão Ricardo Pitrowsky deu yerbalmente um relatorio da Grande Campanha, dizendo que era bastante imperfeito, Entretanto, disse que, pelos relatorios que recebeu de alguns campos, podia affil'­mar que I) alvo foi m.uito ultrapassado. Foi proposto que a Commls-3ão continuasse e compillasse um relatorio comp.leto, auxiliada pela càoperação dos campos, ~esignando nesse relatorio os diversos fins e Hnportancias, ·devendo ser publicado n'O Jornal Baptista. Foi appro­vado por voto unanime .. Houve proposta apoiada para que se prosiga com o programma, ouvindo os pareceres das commissões.

Tratando-se do parecer da Commissão sobre lugar e prégador,. a Commissão informou não ter ·recebido até o presente convife algum. Foi .proposto e apoiado que' a questão de lugar ficasse entregue á Mesa da Convenção. :\ Cómmissão dará parecer sobre prégador em '~essão da tarde,

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horas.

ACTAs 37

Proposto e apoiado que os trabalhos sejam suspensos até 13

H. E. COtckell, 10 Secretario.

ACTA DA 9& SESS.~O, realiza:da aos \'inte dias do mês de Janei­ro 'de 1925, ás 13 horas e 40 minutos.

Culto dirigido pelo irmão João Martins Almeida. O presidente declarou aberta a sessão. O irmão secretario leu a acta da 8& sessão. que foi approvada por proposta apôiada e voto unanime.

Foi apresentado o seguinte parecer da CÜ'I!J.Il1issão sobre os tra­balhos da Junt.a de Escolas Dominicaes e Moe·i(lade:

PARECER SOBRE OS TRABALHOS DA JUNTA DE E. D. E MOCIDADE

A commissão nomeada para dar parecer sobre os trabalhos da \Junta das E. D. e Mocidade; desobrigando-se da sua. incumbéncia., deseja em primeiro logar exprimir a sua satisfação pela maior effi­ciencia que se tem patenteado nos diversos ramos affectos a esta J~nta, especialmente na litteratura da E. D. e Mocidade, e na Casa Publicadora Baptista. Quanto ao mais recommendamos:

1. Que o Secretario Geral desta .Junta continue a ser o nosso irmão S. L. Watson.

2. Que esta Junta intensifique mais a publicação e venda de livros uteis e de toda a. litteratura da nossa denominação. (Reco­nhecemo,s, na verdade, que esta recommendação depende em grande parte de um bom equipamento para bôa encadernação dos livros .. Sabemos tambem que circumstancias diversas têm impe­dido a Junta de introduzir este melhoramento no seu departa­mento commercial, isto é, a Casa Publicadora Baptista. Cremos, porém, que interpretamos o sentimento geral do povo. de Deus em dizer que anceiamos por este. melhoramento, reconhecendo-o como uma das maiores necessidades para a causa em geral).

8. Que a Junta estude o melhor meio, e o ponha em execução, de publicar um livro de bons sermões, para auxilio aos nossos ir­mã.os obreiros, muitos dos quaes quasi não têm outra fonte de ins­trucção e orientação, fóra da Bi'blia, para. o estudo dos seus ser­mões.

f. Que a Convenção recommende aos diversos campos dO Bra­sil para que promovam institutos na.s igrejas ou districtos, durante o anno, para instruir os obreiros nas igrejas nos trabalhos da E. D., na U.1VI. B. ou sobre outros assum ptos que se prendam ao trabalho das igrejas;

5. Que os pastores ou evangelistas das igrejas façam todo o possivel para esta.belecerem classes normaes permanentes, tanto da E.D. como da U.M.B.~;

6.· Que as igrejas adoptem para si e suas organizações inter­nas, como sejam: a E. D., a U.1VI. B., a União de Senhoras, etc., os livros do secretario, ,ou d'e registro, cadernetas, etc., que ha na Casa Publicadora Baptista. (Fazemos esta. recommendação para unifor.

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:38 bÔN.VENCÃÓ BAPTiSTA ~ BRA.§ILEIRÁ ~------------------ ----------------~~~~

mização do, nosso trabalho em geral; e desta maneira será IDaiS

facil obtermos as estatisticas, o que até a·gora tem sido quasi iJn­possivel.)

7. Que suggiramos ás Convenções Estadoaes que organizem convenções estadoaes de Mocidade e de Escolas Dominicaes, logo que lhes· for possivel.

8. Que a Junta continue no esforço de achar um homem que possa tomar a responsabilidade da redacção do "Jornal Ba­ptista".

R. Pitrowsky, relator. John Mein, O. P. Maddox, T. B. Stover.

Foi proposto e apoiado que o parecer fosse accei-to para dis­cussão ponto por ponto. Todos. os pontos foram approVJados sem qualquer emeIlda.

Proposto e apoiado que a Convenção nomeie o 'Secretario Cor­respondente da Junta de Missões Estrangeiras ; teve voto unan~me.

Houve proposta apoiada que fosse Secretario Correspondente e The­soureiro o irmão Thomaz L. Costa, o que foi ap.provado por voto una­nime.

O relator da Gommissão de Parecer sobre Necrologia 'apresen­tou o seu trabalho, que é o seguinte:

PARECER DA COMMISS,ÃO DE NECROLOGIA

A Commissão deseja fazer um relatorio completo do rol da­quelles O'breiros denodados que desde a ultima Convenção depuze­ram as armas e agora dormem no Senhor, de fórma a servir de estimulo a maior consagração áJquelles que ainda permanecem nas fileiras. No curto praso que lhe é concedido, porém, acha-se sériamente embaraçada para reunir os dados. Para facilitar o tra­balho na proxima Convenção, recommenda que, com as cartas cre­denciaes, venha uma relação dos obreiros fallecidos, com as infor­mações resumidas quanto ao serviço que cada um prestou á causa. Deus dá descanço aos seus obreiros, mas a sua obra avança. Com­tudo, não podemos deixar de sentir a lacuna nas fileiras dos luta­dores, cujos nomes nos foram fornecidos. Apresentamos na ordem do seu fallecimento:

J. J. Taylor, nascido em 19 de novembro de 1855, no Estado de Ala;bama. Formou-s~ no Howard College e no Seminario de Louisv1lle. Serviu no pastorado de diversas igrejas e como profes­sor dO Onachita College. Veiu para o Brasil em 1891; trabalhou no Rio depois, e em 1899 fundou o trabalho baptista no Estado de São Paulo; ensinou algum tempo no Seminario no Rio e mais. tarde vol­tou a S. Paulo, onde foi pastor da Igr-eja da Liberdade. Seus flUí­mos annos no Brasil foram :oassados em Ribeirão Preto, São Paulo, e seu ultimo trabalho foi o preparo das lições da Esc. Dom. Falle­ceu em Little Rock, E. U. da A.

Manuel Corrêa, diacono da Igreja de Ilhétas, Pern. Falleceu no dia. 13 ele Janeiro de 1924.

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Ado.zino Netto, membro da Igr. de Cachoeiros de Macahé. Era estudante considerado e applieado no Collegio de Campos e vindo para o Seminario do Rio, grangeou logo a sympathia dos professo­res e dos seus collegas pelas suas altas qualidades. Era muito con­siderado pelas igrejas como- bom orador, e ultimamente oecupou o cargo de evangelista da Igreja de Nictheroy, na ausencia do seu pastor. Falleceu no Hospital Evangelico, nos primeiros dias de julho de 1924,. dando nas ultimas horas lindo testemunho- da sua fé. Sua morte foi muito sentida por todos que o conheciam e houve grande acompanhamento dos seus restos mortaes ao cemiterio.

Belmiro. BazilÍo de Souza, natutal de Parahyba do Sul, Est~do do Rio, onde era membro a.ctivo, tornando-se companheiro inse­paravel do evangelista Joaquim Mariano. Foi sempre muito dedi­cado á oração e leitura da Biblia e seu testemunho foi tal que ob­teve para si o nome de "pacificador". Foi consagrado dia cano e depois, em 1923, serviu como evangelista na Igreja da Entre Rios. Fallee~lU de febre typhoide em dezembro de 19~4.

F. M. Edwards, nascidà no Estado de Miss. em 1877. Formou-se" na Universidade de Baylor e no Seminario de Louisville. Veiu para o Brasil em 1907 e ficou residindo na cidade de São Paulo, onde fez um grande trabalho evangelistieo e pastoral. Foi pastor da P Egreja nesta ciàade e Seer. Corro da Junta Estadual durante muitos annos. Representou os baptistas do Brasil na reunião da Alliança Mundial, que se reuniu em Stockholmo, Sueeia. A maior parte do seu. trabalho foi feita no Estado de São Paulo, mas duran­te alguns mezes trabalhou no Campo Bahiano. Este irmão primeiro conquistou para os principios baptista,s e depois effectuou seu ca­samento com Miss Helen Eustis. Na occasião da sua morte pessoas de todas as classes disseram: "Foi o nosso melhor amigo." Fal. leceu em 11 de dezembro de 1924, na cidade de São Paulo. Logo depois de a,nnunciar que a Igreja estava livre de divida e de pedir para ena que Deus lhe désse um pastor dedicado, teve o aecesso de que veiu a fallecer depois.

Manoel Monteiro da Silva, membro da Igreja em S. Vicente. Foi evangelista da Igreja do Alto Maeabú, Sanna, Cachoeiras de Maeahé, Salto e Murundú. FaUeceu em melado de 1924 em S. Vi. cente, Estado do Rio, onde trabalhava.

A Commissão: E. A. Jackson. F. de Miranda Pinto. Carlos Barbota.

Foi -proposta e apoiada à acôeitação e publicação do mesmo. com toda3 as informações. Foi proposto e apoiado que seja dedicada lJma pagina das nossas Actas impressas á memoria do amado irmão Dr. J. J. Taylor. Foi lembrado o nome do dedicado irmão evangelista Ma­noel Monteiro, da Igreja de S. Vicente, Estado do Rio.

O irmão Shepard leu o pareoer sobre Educação, que é o se­guint.e:

PARECER SOBRE EOUCAÇÃO

A Commissão escolhida para allresentar o parecer sobre a educação deseja, lembrar aos irmãos da Convenção 08 trabalho':!

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feitos pela Junta de Educação durante os annos subsequentes á sua organização em 1907. Nos primeiros annos da sua existencia esta Junta. apresentou relatorios cuidadosamente elaborados com o plano geral de educação baptista, que têm constituido a base do desenvolvimento desta causa até o tempo actual. Este mesmo plano geral tem si'do commentado e rea.ffirmado em todas· as Con­venções Baptistas subsequentes á' sua primeira apresentação em 1907. Na sessão da Convenção 'reunida no Rio·de·Janeiro em junho de 192( a Junta apresentou um' relatorio elabora,de qUA exigiu muito trabalho, dando JiIlelhor orientação pedagogi,ca nas activida·, des pedagogicas dos baptistas.

Na sessão da Junta, na nlesma occasião. foram adoptados .os Programmas de, Énsino para os cursos primarios, 'médios e com­plementares, programmas esses que tinham sido confeccionados cuidadosamente durante tres annes de collaboração pelo corpo do·cente dos cursos elementares do Collegio no Rio de Janeiro. Este programma, que contem muitos elementos de methodos sug­gestivos, destinava-se para servir a todos os collegios.

Recommendamos, pois, agora: 1. Que.a Junta de Educação seja organizada de representan­

tes das diversas instituições baptistas, preferivelmnete dos seus directores, tendo tambem sua sMe no Rio de Janeiro.

2. Que esta Junta seja incumbida de, traçar o plano geral de educação baptista e de dar uma orientação harmonica a todas as instituições, de aecordo com as modernas conquistas pedago­gicas.

3. Que esta Junta promova a diffusão ampla dos cursos pri­marios,o estwbelecimento dos cursos mé'dios ,nos principaes cen­tros, e do curso superior na Capital Fed,eral e no Recife, ligados por uma perfeita sereação no ensino ministrado.

4. Que esta Convenção se manifeste sobre a conveniencia da confecção de com pendias e pl'ogrammas de ensino para uso de todas as escolas, trabalho a. se.r feito por duas commissões techni­cas a -serem escolhidas pela Junta.

A Commissão, J. W. Shepard. L. M. Reno. Antonio Ernesto da Silva.

Foi proposto que o parecer fosse acceito para discussão ponte por' ponto. Todos os pontos foram ,adoptados por propostas apOiadas.

ü irmão Ricardo Pitrowsky, em nome do irmão S. L. Watson, relator da Commissão de Parecer sobre a Convenção Baptista da Ame­rica Latina, disse não, LAr podido reUI~ir a Commissão, razão por que não pôde apresentar r'ela/orio; pediu a escolha de outro relator. Sendo proposto o irmão Ricardo Pitrowsky par'a o substituir, foi a proposta apoiada e leve voto unanime.

Foi proposto e apoiado que fosse entregue á Mesa da Conven­ção a escolha do, prégador para a proxima reunião da Convenção, pro­posta que,' ~poiada, teve voto unanime.

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ACTAS 4i

o relator da Commissão de Estatistica, em virtude da falta e falhas das estatisticas, pediu permissão para apresentar o seu rela­toriO nas Actas da Convenção. Foi proposto f' apoiado qnr ll1(' fosse concedido. O mesmo irmão Salomão leu (I parf'cer sobre A Historia dos Baptistas no Brasil" que é o seguinte:

PARECER DA COMMISSÃO DE HISTORIA DOS BAPTISTAS

Apesar d,e ter a Convenção de 1922 approvado que cada campo assumisse a responsabilidade de escrever a propria historia, nenhum manuscripto chegou - ás mãos desta commissão. Sabemos, entretanto, que no Recife, Bahia, Campos, Santos, e talvez outro,s lagares, está sendo preparada a historia local, convindo que o movimento se generalise, para que a commissão possa compilar a Historia dos Baptistas no Bra.sil.

A commissão é de parecer que para cumprimento de seu man­dato, é de conveniencia:

1. Que a Convenção transforme em "commissão perma­nente" a commissão de Historia dos Baptistas, fundindo-a com a commissão de Estatistica.

2. Que a sua séde seja a Capital Federal, devendo todos os documentos ser archivados, em cofre, na Bibliotheca do Seminario Baptista do Rio, cujo bibliothecario será membro ex-officio, se já não féJr effectivo, desta commissão, e ficará responsavel pelo seu archivo.

3 . Que fique a citada commissão autorizada a preparar uma revista historica, mensal ou bimensal, afim de ir dando publici­dade aos trabalhos recebidos e fazer uma activa propaganda de seus fins.

4. Que se recommende ás igrejas a confecção de relatarias annuaes, com os principaes dados estatisticos e historicos, que devem ser transcriptos nas actas das igrejas e remettidos a esta Commissão.

5. Que se peça. ao dr. W. B. Bagby a confecção de aponta­mentos historicos sobre os primeiros tempos do trabalho baptista no Brasil.

A Commissão:

Salomão L.,. Ginsburg, reuttor. SlIas Botelho. J. Lessa.

Foi proposto e apoiado que seja acceito para discussão ponto por ponto. Todos os pontos foram adoptados por propostas apoiadas. e votos unanimes.

O irmão presidente convidou o Dr. \\Tolmer, dignissimo dire­ctor do Hospital Evangelicn do Rio. a dizCl' qualquer palavra. Saudou elle a, Convenção em nome do Corpo Administrativo, do qual fazem parte diversos baptistas. Referiu-se a alguns incidentes do Hospital, como fosse o tratâmento de pessõas de to(los os credos, inclusive ir­mãs de càridade e orphams de asy1r .. ~ cat.holicos romanos.

A, Commissão para dar parecer sobre a Renovação dos mem­bros das Juntas apresentou o seu parecer, que é o seguinte:

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42 CONVENÇÃO BAPTISTA BRAÉHLElRA

PARECER DA COMMISSÃO DE RENOVAÇÃO DAS JUNTAS

Junta de Missões Nacionaes

1925 - S. L. Ginsburg~ A. B. Deter, F. F. Soren, ManoeI Avelino de Souza e Ismail Gonçalves.

1926 - T. C. Bagby, S. A. de Souza, Almir Gonçalves, E. A . . Jackson e Henrique Rodrigues.

1927 - W. B. Bagby, Antonio Ernesto, Leobino Guimarães, J. F. Lessa e Souza Marques.

Missões Estrangeiras

1925 - José Menezes, M. G. White, T. R. Teixeira. 1926 - W. C. Taylor, A. Alves, João Maia. 1927 - C. Da.rio, L. L. Johnson e Severo M. Pazo.

Escolas Dominicaes e Mocidade

1925 - O. P. Maddox, J. J Cowsert, F Ii' Soren, R. B. Stanton e J. F.Lessa.

1926 - L. M. Reno, Carlos Barbosa, H. H. Muirhead, Ricardo Pitrowsky e L. M. Bratcher.

1927 - A. B. Deter, A. B. Langston, A. B. Christie, W. C. Taylor e M. G. White.

Educação

F F Soren, A. B. Langston, J. W Shepard, F W Taylor, M. G. White, L. M. R~, A. ·L. Dunstan, W H. Berry, Alfredo J. dos Reis, F. A. R. Morgan, E. A. Ingram, José M. Pinto, H. H. Muirhead. W. C. Taylor, Carlos Barbosa.

Collegio e Seminario do Rio

1926 - L. M. Bratcher, dr. Mira.nda Pinto, Fernando Drummond, A. B. Deter e E. A. Jackson.

1928 - J. R. Allen, L. M. Reno, D. F. Crosland, S. L. Ginsburg e W. B. Sherwood.

1930 - F. F. Soren, W. H. Berry, Paul C. Porter, A. B. Christie e H. E. Cockell.

Collegio Baptista Brasileiro de São Paulo

José Gresenberg, R. B. Stanton, T. C. Bagby, O. P. Maddox, Pedro Gomes, A. B. Deter, S. L. Watson, O. T. Piers e W. B. Bagby

Collegio e Seminario em Pernambuco

L. L. Johnson, M. G. White, Octavio Lima, V\r. C. Taylor, John Mein, Thomaz L. Costa, A. E. Hayes, Miss Essie Fuller, Augusto Santiago.

(Nota: Está completa esta Junta, segundo a deliberação da 10· sessão.) .

A nomeação foi fe·ita para cad.a Junta separadamente. Papa. a Junta de Educação, a representação do Collcgio em Pernambuco ficou para o director indicar os outros dois, isto .por proposta apoiada e voto unanime.

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AéTÁS 43 \

Não estando prompLo o relatorio sobre Missões Nacionaes, ficou para a sessão da noite. i<""oi proposto o encerramento desta sessão até ás dezenove hor~s e~l ponlo. Houve oração.

H. E. Cockell, 10 Secretario.

ACTA DA 1011 SESSÃO, realizada aos vint.e clias do mês de Ja­neiro de 1925, ás dezesete horas,

Realizou-se o culto devocional. A pedido cantou um solo a irmã senhorinha Stella Ginsburg. O -secretario leu a acta da 911 sessão, sen­do approvada com pequenas emendas, por proposta apoiada e voto unanime.

O relator da Commissão para dar parecer .sobre Missões Naeio­naes apresentou o seu relato rio. Foi proposto e apuiadu que o parecer fosse approvado çonforme está corrigido. o que teve valo unanime.

O a'ssumpto designado para a hora "Trabalho da Junt.a das Es­colas Domi~icaes e Mocidade Baptista" foi apL'esentado: A) Departa­mento de Livros. O re.lat.or dessa secção do par/:'crl' apresentou o seu relatorio. B) Departamento das Escolas Dominicaes e 1\1oeidade Ba­ptista. O r,elator desta secção apresentou o seu parecer do assumpto geral. C) Departamento dos poriodicos: "O Jornal Baptista'" por Theo­doro Teixeira; "Outra Literatura" pelo irmão Achilles Barbosa.

Houve uma pausa para tirar a photogra'Phia da Convenção. O irmão thesoureiro da Convenção, professor J. Souza Marques, apre­sentou o seu relaLurio financeiro, das impor,Lancias recebidas. Foi proposto e apoiado que esle relatorio parcial fosse acoeito condicio­nalmente, para ser completado e depois publicado nas Actas desta reunião da Convenção.

O ,Secretario Corres'pondente e Thesoureiro da Junta de l\1 i5-sões Estrangeiras solicitou a cooperação de todos os convencionaes e suas respectivas igrej,as. Fez appello para uma collecta esvecial. :f'oi-lhe concedida a permissão. O Dr. Loye falou alguma cousa sobre a sua experiencia neste sentido.

O rela.tor da Commissão 'para dar parecer sobre o documento dos irmãos do Norte, . apre'sentado pelo irmão Djalma CUIlha, apre­seIÜou o documento de concordata, resultado do cuidadoso ei:ltudo da mesma commissão, que é o se~uinte:

RELATORIO DA COMMISSÁO SOBRE BASES PARA COOPERAÇÃO

Vossa Commissão, á qual foi a;presentado o Mamodal trazido perante a Convenção pelo irmão Djalma Cunha. assignado por elle e pelos irmãos Adrião O. Bernardo, Antonio Ernesto da Silva e SUas Botelho, intitulado .. Ba",e de Cooperação ", deu a este rela­torio cuidadosa attenção. A Commissão, nas 'suas discussões, não Bómente teve o auxilio dos irmãos Djalma Cunha e Salomão L .

. Ginebur;, Que pela Conven~a.o foram ~ccrescentados á commlssão

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44 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

original sobre Cooperação, como tambem <> dos irmãos Adrião O. Bernardo Antonio Ernesto da Silva e SUas Botelho. Devemos dizer que' o Dr. J. F. Love tambem assistiu a'os trabalhos da Com­missão e contribuiu grandemente para a.s resoluções deste Parecer.

A vossa Commissão relata o seguinte: 1. Sentimo-nos satisfeitos em r.elatar á Convenção que tive­

mos bastantes evidencias da presença do Espirito de Christo nas nossas deliberaçõef'\, e comquallto a discussão fosoo franca e todas as questões contidas no documento a que nos referimos tivessem a nossa maior consideração, houve perfeita coIl1lnunhão e união entre todos os Baptistas "do Brasil. Talvez não possamos commu­nicar a este relatorio o espirito que prevaleceu em nossas sessões, mas, por meio delle, enviamos a todos os irmãos e igrejas, que ach:::.ram por bem' assistir e representar-se nesta Convenção, nos­sas saudações, e apresentamos este relatorio como uma demonstra­ção de nosso amôr mutuo. como, incentivo a amôr e communhão entre eUes mesmos.

2. O relatorio que a Conv:enção já adoptou por voto quasi unanime, e que trata de certos princlpios fundamentaes na vida organizada baptista, tor,na desnecessario que este relatorio inclua qualquer nova declaração delles.

3. Demais disto, descobrimos em nossas deliberações que muitos pormenores relativos á applicação destes principios ao tra­balho e instituições desta Convenção, terão de ser postos em pra­tica mais tarde, de sorte que uma. definição exacta Dara 8steg easos não procuramos tentar aqui. Cremos, porém, que a~ definições que a.qui damos e suggerimos,proval'-se-ão um bom auxilio aos que estão encarregados do trabalho minucioso, a uma cooperação har­monica de todas as nossas fCJ.rças em todo o trabalho da Convenção.

4. Além dtst~, algumas coisas contidas no Memorial que nos apresentaram, foram no decorrer das nossas conferencias elimina­das, com approvação de todos os presentes. Não encheremos, pois, este relatorio com eIlas, mas limitar-nos-emos a uma declaração dos 'pontos em que concordanws nas questões que ficaram para nossa consideração depois das eliminações a que nos referimos.

Vimos agora relatar á Convenção alguns itens em que nós todos concordamos, e recommenda-los á Convenção para adopção, con­servando-nos promptos, porém, para responder a quaesquer per­guntas que por acaso queiram :liazer á Commissão.

Escolas - No Memorial que nos foi trazido, os irmãos que o escreveram exprimiram-se favoraveis á 'administração das insti­tuições educativas desta Convenção, por commissões compostas de quinze membros, dos quaes fossem seis representantes dà Convenção Ba'ptista Brasileira, e ~ove da Junta Americana, etc. Neste ponto viu a Commissão qu~ as escolas são presentemente administradas por Juntas com proporç1}es que variam quanto ao numero de membros brasileiros e missionarios, e crê que deve ser delineado para todos os Collegios desta Convenção um plano tão uniforme quanto possivel; e ond-e não fôr possivel haver uni­formidade, deve-se dar uma definição para cada' Collegio, de modo que a Convenção possa saber exactamente como cada COllegio é dirigido. Recommendamos, pois, que, tomand'O a proporção acima de irmãos brasileiros e missions.rios, como uma especie de guia. se reconheçam ou criem Juntas para todos os COllegios da Con­yenção, sendo comprehell'dido por nós e pela Convenção que onde

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ACTAS 45

não fôr achado praticavel observar-se a proI>orção acima f'ssa proporção de brasileiros e missionarios possa vari':!r de lim modo ou de outro. e segundo a necessidade creada pelas CircU11ul tFmciaR locaes ou quaesquer outras. E recommendamos ainda mais que esta. questã,o de definição de membros de Juntas para as Escolas seja apresentada á Junta de Educação desta Convenção, e quP

com esta apresentação a Junta de Educação seja tambem encar­regada de qU3esquer passos necessarios para melhor coordena­ção do nosso prcgramma educativo, e da relação dessas institui­ç:5es para com a Convenção e a Junta Americana. ficando com­prehendido que o" controle" da Conv.enção sobre os Col1egios deve ser exercido por meio dessas Junt:ls.

Auxilio ás Igrejas - Suggerimos que. quando uma igreja de­sejar obter o auxilio da Junta Americana, sem de fórma alguma comprometter' a sua autonomia ou independencia., que ella faça o pedido 'ao Secretario da Convenção Estadual ou Regicmal por uma fórma que haverá especial para tal fÍJll1, e na qU3..l a igreja decla­rará claramente a quantia que deseja. especificando c objectivo para o qual pede, a proporção da quantia total qtie: será contri­buida pelos seus proprios membros, e o que ella espera receber de outras fontes, indicando quaes essas fontes e que p-oporlJão pede d3. Junta Americana.

Os factos acima mencionados devem ser apresentados por alguem escolhido pela Igreja á Missão ou á Commissão Executiva da Missão. a qual por SU3 vez discutirá livrement.e com os repre­sentantes da Igreja, fazendo e recebendo suggert6es, fazendo e respondendo perguntas; mas no caso em que se considerar mais sabio ou mais conveniente, .os pedidos podem ser feito's a uma Junta competellte da. Convenção Regional ou Nacional, e depois ser transmittidos á Missão na qual a Igreja que faz o pedido es­teja. situa;da; e o mesmo será trànsmittido á Junta Americana pelo secretario da Missão, com os accordos e rec,:·mmendações que existirem de ambas as partes.

No caso àe appropriações de terrenos em que se proponham erigir templos, ou appropriações para templos em terrenos que já tenham sido adquiridos, a Junta Americana seguirá o costume adoptado pelas suas propria.s Juntas de Missões nos Estados Unidos, e fará um contracto com a Igreja que ella auxilia a obter terreno ou edificio; o dinheiro que a Junta Americana empregar em terreno ou edificio reverterá par9,. a mesma Junta em easo que a Igreja aSSIm auxiliada deixe de existir, ou deixe de existir como uma Igreja Ba;ptista Missionaria. Este accordo é para o interesse do trabalho e de outras igrejas do Campo Missionaria. Se por acaso houver exemplo de uma igreja perder o direito a uma appro­priação, esse dinheiro deve, sem ser devolvido aos Estados Unidos, ir para uma outra igreja ou serviço evangelico no Campo, P \OS ir­mãos brasileiros, e não os americanos, gozarão o b~neficio delle. Ernquanto uma igreja assim ajudada pela JunÍ3. Americana pre­servar a sua identidade como uma Igreja Baptista Missionaria, este contracto de maneira alguma affectará a sua indepe!ldellcia.

Evangelismo. \' Suggerimos que haja uma Commissão ou Junta nomeada pela Convenção Bqptista Regional ou Estadual s:)bre as actividades evangelisticas nesse Campo. Esta Commissao ou Junta póde, segurrdo opção da Convenção, compôro-se inteiramente de irmãos brasileiros ou parte de irmãos bras.ileíros e de mis:,;ionariOE!

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46 CONVENOÃO BAPTISTA BRASILEIRA

membros de igrejas ,brasileiras, os quaes naturalmente, por con­seguinte, poderão ser chamados membros elegi veis de commissões com 'seus irmãos brasileircs. Esta Commissão dev'erá tomar em consideração as necessidades do Campo, fazer recommendações ás igrejas quanto ás quantias que ellas devem levantar para o trabalho evangelistico da. Convenção, e fazer recommendações á Missão quanto á quantia que essa Missão deverá pedir á Junta Americana para appropriar para o trabalho evangelistico dentro dos limites da Convenção Estadual ou Regional.

A Missão tomará em consideração esses pedidos, neste caso como nos casos de pedidos das igrejas; conferenciará com a Commissão de Evangelismo e fará recommendações á Junta Ame­ricana segundo ella achar que a Junta Americana está em condi­ções de fazer· em taes circumstancias, incluindo n~s suas consi­derações as necessidades que forem apresentadas, e a provavel capacidade da Junta Americana. satisfazer a essas necessi'dades.

O thesoureiro da Missão entregará essas appro.priações que fore,!;U feitas pela Junta Americana directamente aos evangelistas, indiVidualmente, ou ao thesoureiro da Commissão Brasileira de Evangelização, segundo accordo feito entre a Commissão Brasi­leira e a Missão.

O thes'sureiro da Missão e o thesoureiro da Commissão Brasi­leira deverão exigir um recibo em fórma préviamente combinada, para cada pagamento, e esses recibos servirão como sahidas de Caixa. por occ'asião do exame dos livros da Missão.

Nós recommendamos que os seguintes itens contidos no Me­morial que nos foi entregue, sejam referidos á Commissão sobre Modificações dos Estatutos:'

"8. Que o numero de mensageiros á Convenção Baptista Bra­sileira fique limitado a cinco (5), de cada igreja, afim de não pro­voca.r um desequllibrio injusto na representação de varios campos."

"9. Que as convocações extraordinarias e as mudanças de lugar e tempo da Convenção Baptista Brasileira sejam autorizadas p.or tres (3) da.s quatro (4) Juntas executivas, excepto as dos col­legios. "

Considerando a undecima recommendação do Memorial a nós sWbmettido, a qual élllA seguinte: "Que o "Jornal Baptista" seja entregue a um corpo de redactores nacionaes, directamente r68-ponsavel á Junta. de Publicações, que manterá relações puramente commerciaes com a Casa Publicadora."... os irmãos que apre­sentaram o· dito Mémorial retiraram a estipulação de que o reda­ctOT responsavel fosse unicamente um brasileiro, deixando assim a Commissão livre para eleger brnsileiro ou americano. Então a Commissão concordou que esta secção seja referida á Mesa da Convenção, e que estes irmãos deverão considerar a recommenda­ção dOo Memorial a,nós submettido, incluindo, tambem, nas suas responsabilidades o pro!Jlema de 'manutenção financeira do Jornal, e trazer o seu relatqrio á proxima Convenção, c()ll1 as recommen­dações a respeitá que a sua mais madura. ponderação ditar, tendo estudado todos os factos.

Com relação ao Semi:aario Baptista Brasileiro, que é mencio­nado no Memorial sobre que damos aqui o nosso rela.torio, temos a dizer o seguinte:

Não. desejamos fazer uma recJmmendação arbitraria no to­cante a esta escola, mas exprimimos a esp'erança daCommissão

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A.CTAS 47 -------------------------------- ----------------~--------------

de que os planos para união que têm occupado a attenção da vossa Commissão e da Convencão durante estes dias possam, dentro de breve tempo, trazer como um dos seus abençoados frutos a ce-s­sa.ção da duplicata no trabalho educativo em Pernambuco; e a união de esforço neste ramo de trabalho, como em todos os outros, de modo a. reservarem-se para os fins mais importantes os di­nheiros que se forem appropriando para os Baptistas Brasileiros, para a salvação e educação do povo,

A recommendação final do Memorial de que trata a vossa Commissão, é que "Haja fraternização entre as Igrejas do Norte do Brasil." A este pedido, aliás muito proprio, a vossa Commissão dá o mais sincero amen, e recommenda ás igreja.s, não sómente do Norte, mas de todo o Brasil, que procurem até o maximo da sua capacidade, e com orações incessantes, a direcção e approvação do Espirito Santo, e procurem tambem diligentemente extender esse amen ás nossas igrejas.

Finalmente, vossa Commissão recommenda que o Parecer approvado hontem e este Memorial que agora vos submettemos, se fôr acceito pela Convenção, juntamelrte com uma declar:l<)ão feita á Commissão pelo Secretario Correspondente da Junta Ame­ricana ( .. ) e que foi pedida para publicação, seja impresso pela Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade em fórma attrehente, e que este documento seja collocado nas mãos do maior numero possivel de membros das nessas igrejas 'bapt'istas.

Recommendamos ainda, e imploramos, que esta Convenção faça soar por todas as igrejas est3!S evidencias da. 'nossa frater­nidade em Christo, e o nosso desejo de harmonia e união entre os nossos irmãos em oração, e que os mensl.geiros desta Convenção convoquem reuniões especiaes de oração nas suas respectivas igrejas, para que esta união possa ser perfeitamente sellar1~!., e que com esta uniã,o cada vez mais crescente possa. haver maiores bençãos de Deus sobre as igrejas; que haja. uma revivificação do Christiani~mo do -Novo Testamento e, consequentemente, con­versões de peccadores em toda a nossa terra.

(Assignadosl

S. L. Watson, Relator. F. F. Soren. Abraháo de Oliveira. J. 'W. Shepard. A. N. Mesquita. Salo.mão L. Ginsburg. J. F. Lessa. H. H. Muirhead. Casimiro G. Oliveira. Djalma Cunha. Loren M. Reno,

r*) Por falta. absoluta de tempo, o illustre Secretario da Jtmta Americana não pôde escrever esta declaração, mas prometteu ex­primir por carta os mesmos conceitos, carta essa que será logo publicada no "Jornal Baptista", e appenS3. ás Actas da Convenção, se chegar em tempo para isso. Nota da Redacção.

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4~8 ____________ C_O_N_V_E_N_Ç_A_-_O __ B_A_P_T_I_S_T_A __ B_RA __ S_I_L_E_IR __ A __________ ___

Foi proposto e apoiado que f'O::lSll acceito este parecer sem dis­~ussã(), sendo approvado por vot.o unallime.

Foi proposto que a Conv.enção ,regisl rasse cm acla um voto de ()l'ofundo agradecimento ao Dr. Love pelo sim concurso nos TlOSSO:-i

'~l'ahalhos, e principalmente na solução des,t·e problema; tc";e votu ilIlanime. ,Foi proposto e apoiado que fosse l'egi;stI~ado um votu ue ;;incera gratidão á Commissão, que não mediu esforços ou ~acrit"icios

para cumprir fielmente com a incumbencia que recebeu. A Commissão de Paref'er para Renovação das Juntas teve a pa­

.ayra para completar o seu re1atorio, apre5entando os seguintes IlO­

me~ para as instituições em Pernambuco: L. L. Johnson. M. G. Whit(~" Octavio Lima, \V !C. Taylor, John :\lein, Thoma-z L. Costa, A. E. Hayes. \li~s Essic Fuller c Augusto Santiago. Por proposta apoiada foi no­J1cada esta Junta.

Foi prOpDsto c apoiado um voto ele louvor ao irmão presidente, ~elo seu trabalho prestado á Convenção, Foi proposto e a-poiado que seja registrado em acta, um voto de louvor pelos serviços prestados !leIo Secretario. Proposto c apoiado que seja transmiti ido um tele­;;ramma á esposa e filhos do Dr. Lave, por inlermedio do Dr. Ray. agradecendo o sacrifício que fizeram, deixando-o vir até nós paJ'a no:;;

auxiliar. Proposto e apoia'do que sejam escriptas duas ('artas, uma á .Junta ·em Richmond c outra á exma. familia do Dr. Love, agradecen­do a contribuição que prestaram na harmonização, pela vinda dellp. \'oto de louvor foi propost.o á Pr.imeira Egreja do Hio pela hospeda­gem da Convenção. Proposto que esl a acta seja approvarla sem a IpÍ­

iura, teve yoto unanime. Proposto (' apoiado o encerramento do:-, lra­nalho~ da Convenção até á proxima reunião.

H. E. Coclcell.

10 Secretario.

Page 47: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

UM ADEUS DOS ALTOS MARES

Estas linhas são escriptas do Western W orld a dezoito horas de partida do Rio, estando eu de regresso á minha cidade, em Richmond, Va., Estados Unidos. Escrevo porque sinto o desejo ardente de dar um saudoso adeus aos meus irmãos brasileiros, protestar-lhes o meu amôr christão e cer­tifica-los de que as minhas anciosas orações a Deus são para que o accordo a que se chegou na Convenção do Rio sej a fielmente executado na .letra e no espirito, e ·que redunde para a gloria das igrejas de Christo e sua maior utilidade no Brasil.

A-Iém disso, desejo, pel'O Jornal Baptista, manifestar­vos, queridos irmãos baptistas brasileiros, o meu profundo reconhecimento pelas manifestações de carinho e bondade de que me cercastes durante os poucos dias que permaneci entre vós. As manifestações da vossa bondade e amôr frater­nal, eu as senti antes de chegar e as sinto depois de partir. Levo com migo, para a minha terra e para o meu trabalho, as mais gratas recordações do vosso trato fraternal e chris­tão. A todos envio daqui o meu profundo agradecimento, acompanhado do mais forte desejo de ,que o Senhor vos abençôe rica e abundantemente.

Considero as nossas reuniões no Rio como um triumpho da graça de Deus em seus filhos, e attribuo aos meus irmãos brasileiros uma grandissima parte no successo obtido, huma­namente falando. A vossa cortezia, paciencia e sincero desejo de paz, de um bom entendimento e da .unificação de todos os baptistas no Brasil, eram indicios evidentes do Espirito de Christo em vós, que deixaram funda impressão em mim, e cada vez fortificam mais a minha confiança de que as bases da paz, as quaes a Convenção enthusiastica e alegremente approvou, serão fielmente observadas, e que as esperanças e orações de nós todos se realizarão, traduzindo-se não só­mente em uma doce comn1unhão fraternal entre vós, como em uma mais cordial cooperação entre a Junta de Missões Estrangeiras de Richmond e vós, berncomo em uma nova éra de evangelização' e espiritualidade entre os servos do Senhor no Brasil.

Aventuro-me a pedir que todos aquelles que participa­ram da Convenção no Rio jurem a si m:3mos, perante Deus,

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4S B CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIR.A

continuar a viver aquellas horas de \elevado aInôr e comnlU­nhão christã que ali se viveram, e se esforcem por fazer par­ticipantes dessas bençãos a todos aquellés COIn os quaes en­trarenI ·em contacto, e que nãotivermn a ventura de assistir á Convenção. Tenho conlO certo que Deus esteve na Conven­ção Xacional de 1925. Sua presehça foi tão Inanifesta naquel­la reunião como te1n sido a miIn nas Inelhores experiencias da minha vida. Se qualquer coisa eu fizesse para prejudicar ou estorvar a operação dos accordos a que se chegou llaquella Convenção, conlO que sentiria estar peccando contra o Espi­rito Santo, e recearia que a sua paz ia ser tirada do Ineu pro­prio coração, mas estou persuadido a fazer Inelhores coisas ·a vosso respeito, queridos irrnãos brasileiros e Inissionarios. Tenho a convicção de que cada un1 de vós se esforçou since­ramente para trazer a paz a Sião e está disposto a pratica-la e préga-Ia. agora quando as bases dessa paz estão estabele­delas, cordial e ll1utuanIente acceitas. Em vossas novas a::-U­"idades podeis contar eOIl1 o auxilio das Ininhas orações (liarias.

X o n1eio da Ininha alegria penso dos Inilhões de bra­sileiros ainda não s'alvos, e dessa terra futurosa, tendo Chris­to por Senhor e fieis ehrislãos conlO cidadãos, destinada a um logar proelnincnte na fanlilia elas nações. O Brasil é unI dos campos missionados inais sazonados hoje eIn toda a terra; mas necessita de hOIlIe1B que, pela sua vida individual e collectivfl, leste111unhenl o que ha de 1nelhor eIn nossa crença christã evangelica, afinl de poderem por esse m~io ser conquistados os milhões de brasileiros para Christo, como seU unico Salvador, RedenIptor, :\leslre e Senhor. Seria luna grande tragedia se as 111aSSaS de brasileiros não fossem salvas justanIentc quando ellas estavanI n1eSlno no ponto de se decidir.

Alé1n disso o typo de denOlninação haptista que existirá no futuro será em grande parte determinado pela vida, ensi­no e serviço dos haptistas no presente. Sejamos, pois, queridos amigos, sobrios e circunIspectos, por,que a nossa conducla é vigiada por outros.

Com muitos dos innãos brasileiros que eu já conhecera da minha primeira visi ta, eu desejava confabular, n1as infe­lizmente o pouco telnpo não permittiu. TambeIn desejava múito percorrer a fanIosa cidade do Rio e apreciar as suas bellezas, mas tambem não pude. Desejava falar com nIuHos missionarios d~ nossa Junta, alguns dos quaes linhaln impor­tantes I)~gocios a tratar commigo ou 11lensagens de amôr a m,andar por mim aos seus queridos parentes na patria lon-

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CONVENÇÃ o BAPTISTA BRASILEIRA

gingua (qu.e .'as~ esperarão certaluellte allciosos), mas tam­henl disto ·fui. privado. O dever iIupunha-nle, desde a nlinhn chegada até á minha partida: "Uma sô coisa tenho a fazer, (' essa procurarei fazer." Eu sei {Iue os lnissionarios lue descul­parão, porque todos elles am'anl os seus irlnãos brasileiros tanto quanto eu e desejavanl, sobretudo, que a paz entre to­dos os baptistas se restaurasse'. De facto parece que todos tillh~nl ulna preoccupaç"âo luaxima, na Convenção ~acional de 1925, que era chegar a unI entendiInenfo geral e ohter li

restauração da confiança e do aluôr fraternal na inllandade baptista no Brasil; e todos se mostravalu dispostos a sacrifi­car tudo o luais em prol deste grande objectivo.

Finalnlente, inllãos, durante os nlonlentos ,que estive en­tre vós e COIUVOSCO colla.borei, representei não sómente os nIeus proprios sentinlen tos, 111as talubem, da lnelhor lnaneira que eu podia fazer, os sentiInentos e espirito da Junta de ~/Iissões Estrangeiras de RichnIond. Eu desejaria ter podido representar a Junta melhor, nIas· enl minha collaboração com ella tenho aprendido que ella alna os seus irnlãos hra­sileiros -e que os baptistas do Sul· dos Estados Cnidos, qlH'

ella representa, sentenl profundo interesse elU toda a vida dos seus irmãos no Brasil, pelos quaes constantelnente oram. ~enhunl 11lenIbro da Junta alguma vez recebeu siquer um dollar pelos seus serviços na Junta. Alguns delles têln por luuitos annos dado gratuitall1ente e de muito boa vontade grande parte do seu tempo aos trabalhos da Junta. Uns são prégadores, outros são homens de grandes negocias e respon­~ahilidades, mas estão sempre promptos a acudir á minha challlada .quarido os interesses do Brasil e de outro Call1pO Iilissionario reclall1aln a reunião da Junta. Elles consagranl o seu telupo, a sua vida e nluito dos seus proprios recursos a este trabalho sel11 fito em qualiquer retribuição nlaterial. Consideram-se fartamente recompensados com o bom suc­cesso da causa de Deus nos call1pos Iuissionarios enl que a Junta trabalha. Ena se alegrará imlllensalnente COln o resta­helecimento da paz entre os innãos haptistas no Brasil. -

E que a paz de Deus, que ,excede Lodo o entendinlento. guarde os vossos corações e sentimen10s elll Christo J psus (Phil. 4 :7-9). '

.T. F, LOYE.

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48D OONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

DECISION OF THE FOREIGN MISSION BOARD

"That cordial approval be given to the two papers which were adopted by the Brazilian National Convention, in session in Rio de Janeiro, J ano 16-20, the titles of such papersbeing, Basis for the cooperation of this Convention and the Foreign Mission Board of The Southern J3aptist Convention, and Report of Commitee on Basis for c6operation; assurançe be given to all our Brazilian Baptist brethren in the North and South Brazil Missions and to all Missionaries in these missions that the Board greatly desires pea.ce and fellowship among them; that we are gratified that a hasis and plans of coopera­tion acceptable to all of them have been agreed upon; and that we will pray for alI our Baptist people in Brazil to the end that by cordial cooporation multitudes may be brough to Christ and life and service in Brazil may b,e greatly enriched

. in spiritual value."

DECISÃO DA JUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS

"Que cordial approvação seja dada aos dois documentos que foram adoptados pela Convenção Nacional Brasileira, em sessão no Rio de Janeiro, janeiro 16-20, os titulos dos quaes são: Base de Cooperação desta Convenção com a Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Baptista do Sul, e Parecer da Commissão sobre Bases de Cooperação; sej a assegurado a todos os nossos irmãos Baptistas Brasileiros nas missões do Norte e do Sul do Brasil e a todos os missionarios nestas mis­sões, que a Junta grandemente deseja paz e fraternidade entre .elles; que estamos satisfeitos q'ue uma base e planos de cooperação, acceitaveis a todos, foram combinados (assenta­dm;); e que oraremos por todo o nosso povo Baptista no Bra­sil, afim de que, por cordial cooperação, multidões sejam tra· zidas a Christo e vida e serviço no Brasil sejam immensamente enriquecidos no valor espiritual."

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ANNEXO N. 1

RELATORIO DA JUNTA DE MISSõES NACIONAES

Quando no principio deste anno tive o insigne privilegio de assistir a uma reunião da Junta das Missões Nacionaes, em S. Paulo, longe estava de mim, imaginar que me veria na obrigação de arcar com as responsabilidades de Sec. Corr.­Thesoureiro da mesma Junta. Desde então' até o presente o meu trabalho tem-se limitado exclusivamente a receber as generosas offertas que vêm entrando paulatinamente para os cofres da thesouraria. Falar do trabalho da Junta no inter­regno da convenção passada á presente, é para mim tarefa demasiadamente difficil. O que se tem feito nesse tempo, melhor do que eu sabem os irmãos. Direi, entretanto, alguma coisa para não fugir á regra. De accordo com os planos da mesma Junia apresentados na ultima convenção, o trabalho em Goyaz passou a ser sustentado pela Junta de Richmond, sob a direcção do incansavel irmão rev. Salomão' Ginsburg. Com essa transferencia ficou a Junta desobrigada de qualquer compromisso financeiro. O trabalho em Goyaz resentia-se de algumas falhas ·que poderiam ser suppridas desde que houvesse maiores recursos, falhas essas que poderiam ser aUendidas logo que o .trabalho passasse a ser feito sob a responsabilidade de uma organização que dispuzesse' de meios sufficientes. Ficando a Junta sem o trabalho em Goyaz era mistér procuràr o que fazer, pois não poderia ficar esta­cionada. A sua razão de existir está no facto de ainda ser preciso muito esforço para evangelizar este colosso que é o Brasil. E se ha uma raça que necessite ser salv.a por e para Christo, esta é a dos indigenas. Haviamos, portanto, chegado á opportunidade de iniciar a ohra. A tarefa se mostrava mui­tissimo difficil com os obstaculos que surgiam de todos os la'dos. Não obstante as difficuldades que se nos antepunham não deveriamos retiuar. A obra exigia demasiada coragem para enfrenta-la, mas estavamos certos de que á nossa frente estava o verdadeiro capitão, Christo Jesus, a nos estimular a proseguir.

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50 CONVENÇÃO BAPTISTA ,:BRASILEIRA

Deparou-se-nos nesse tempo o obreiro talhado para tão alto empreendimento, o consagrado irmão pastor Benedicto Propheta, que com ardor e coragem fuetteú mãos ii' obra~O que foi a sua memoravel viagem aos sertões dé Goyaz, dil-o meI,hor do que as minhas palavras, o seu relatorio lido pe­r.atfte a Junta rennida, publ~cado no Jornal Baptisla e Ligora' enfeixado em folheto ,"e distripuido' largamente' entre as igrejas. Mereceu francos encomiQs o seu heroico tentanlen, e quando esperavamos' que iriamos prqseguir, eis-nos força­dos a paralysar porque o irmão Propheta, por circumstan­cias, alheias á sua vontade, resignava seu logar ,e não nos foi ~ossivel achar outra pessoa, para continuar essa obra que exigia muito sacrificio e abnegação. Assim, pois, tem perma­li'ecido alguns mes~s ag'uardando a Convenção para que .~lgumacoisa seja resolvida a respeito. , Achamos que o traba]ho entre os selvicolas não se fará

sem que planos maduramente traçados e ventilados sejam postos em pratica. E' necessario não só achar os obreiros <'como tambem prover os recursos. Um plano para ser viavel é necessario que a parte financeira sej a enéarada devida­mente. O nosso desejo sincero e ardente é que num futuro muÜo breve vej amos a realidade desta obra que deverá constituir o justo orgulho dos baptistas brasileiros.

Concluindo estas, toscas linhas escriptas desconnexa­mente, julgamos ter feito o ·melhor que podiamos, pois não julgamos ter feito um relatorio, mas simplesmente a apresen­tacão dos factos mais importantes occorridos neste tempo.

". Que m)Tiades de bençams sej am derramadas sobre a Junta, das Missões Nacionaes e mui particularmente sobre aquelle que deverá assumir as funcções que agora tão incom­~etentement~ exerço.

RELATaRIa FINANCEIRO DE 1 DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO. DE

Saldo recebido do Dr. Salomão,

1924

Gin~burg em Janeiro, 924 __ --Campo FederaL_ -- -- -- -- --'--

" Fluminense __ . __ __ --" Victoriense __ ,__ __ --" Paulistano ___ ~ _____ .... " Mineiro __________ --" Pernambucano " Bahiano

TraRsporte

762$500 1:463$000

838$100 816$000 607$000 581$000 368$300 226$400

5:662$300

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R~LATORIO DA' JUNTA. DE MISSõES NACIONAES 51

Transporte " Paraense _ _ __ ~_ __ " Rio G. do SuL~ _____ ,-o __

" Goyano __________ -;-}' __

5:662$300 146$400 114$000 105$000

" Mattogrossense ____ ~_. ~_ . 91$000 " ., Sergipano__ _ __ ...__ _,- __ " Alagoano:.....: __ ~ ___ '. __ ~_

!, Maranhens~_._ __ _._ __ __ " Amazonense __ ~ ______ _

Avulsos ___________________ _

70$000 32$500 25$200 10$000

186$200

6":442$600 Despezas:

Despezas com correspondencias., tachygraphia, "etc .. em 192H ______ -_ -- --' __ - ___ -- -_

Pago ao pastor Benedicto Propheta ____ - __ _ Telegrammas ____________ í ___________ _

Viagem de membros da Junta a S. Paulo ___ _ Despezas com selIos, bilhetes postaes, etc. ___ _ Pago ao Dr. M. G. White, saldo a si favor com

despezas nar viagem do pa~tor Benedicto Propheta _____ -:- __________ -:; ___ -;-

Pago á Casa Publicadora Baptista:

Conta atrazada __ -- -- -- -­Confecção do folheto: "Uma Viagem Mellloravel" e remessa

291$200

532$000

100$000 720$000 22$000

267$500 4$000

554$480

823$200

2:491~180 Total recebido ___ _

" despendido __ 6 :L142$600 2:491$180

Saldo - S.E.O. 3:951$420

ISMAIL S. GONÇALVES,

Secr.-Corr.-Thes.

Rio, 31-XII -1924.

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ANNEXO N. 2

JUNTA- DE MISSõES ESTRANGEIRAS

BALANOET,E ENTRADAS Saldo em caixa em 31 de Maio de 1922, 6on­

forme () relatorio apresentado á Conven-ção Nacional 232$580

Offenta's geraes, conforme a relação' - annexa, feitas de 1 de ,Junho de 1922 até 31 de Outubro de 1924 25 :,640$690 25 :873$270

SAHIDAS

Remessas ao missionario para sustento do ,trabalho

1)espezas diversas Restituído ao irmão João Jorge de Oliveira,

-quantia que havia entr.ado como uma of­ferta do Campo Federal em 15 de Maio de 1922 . ~

Remettido ao missionario para . fins de ex­tensão, offerta es·pecial do Campo Victo-

_~ riense . Remettido ao missionario para o Ckristão

Baptista, offerta especial do Campo Vi-ctoriense ,.

Adiantamentos por conta de aproprmçoes a Uquidar {:Rs. 520$000 que o irmão João

_ Jorge deve entregar ao irmão Mauricio e 12$900 .que~ a Casa Pliblica!dora pagou por conta dealgnem em Portugal e 'que eu não pude apurar até agora)

Remettido ao missionario para o Templo em Vizeu, offertas especiaes das igrejas e de diversos irmãos, conforme o relatorio já p-q,bUca.do

Saldo em Caixa nesta data, 31-10-1924 -Recife, 8de J-aneir,o de 1925. -'!

22:505$120 417$610

400$000

880$000

44$250

532$900

1:093$25~25:87S$1S0 $140-

Me·naruJ,'l'o Martins.

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RELATORIO---DA JUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS 53

Offertas recebidas por ~enandro Martins para Missões Estran-: geiras de 1 de Junho de 1922 até 31 ,de' Outubro de 1924. conform~

consta do caixa da Junta:

Do Oampo Federal Do Pernambucano Do Mineiro Do Flumin~nse

Do Do

Paulistano . Bahiano

Do Victoriense Do Amazonen,se Do Alagoano Do Paranáense Do Mattogrossense Do Piauhyense Do Parahybàno Do Sergipano Do Maranhense Do Parárnsp Do Goyano De diversos ayulsos De offertas das igrejas para a

pIo em Vizeu construcção do' Tem-

5:473$470 3:192$220 3:085$000 2:885$600 :2 :414$400 2 :175$,800 1 :438$250 1:066$500

768$500 660$000 422$300 200$000 165$500 160$200 135$200' 92$000 65$000

147$500

1:093$250'

Rs. 25 :640$690

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ANNEXO N. 3

JUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS

RelatOrio do Thesoureiro da Junta de MiSiSões EstraI).geiras, correspon­dente ao periodo de 22 de Outubro de 1924 a 16 de Janeiro de 1925, para ser apreséntado á Convenção Baptista Brasileira:

ENTRADAS:

Campo Bahiano Federal Pernambucano PaulÍst.a . FlUminense Espirito Santens'e Mineiro Alagoano Amazonense l'faranhense Sergipano Sul Rio Grandense Goyano Parahybano Paráense MaUogrossense

Offerta da -Convenção Districtal (Bahia)­do Campo Regional (Pernambuco) de diversos por intermedio da Casa Pu­blicadora Baptistá, para a viagem do Rev. A. Mauricio

Importancias recebidas pela Casa Publicadora Baptis­ta, no periodo anormal da Junta, até 20-10-24.

Emprestimo tomado; em Recife em Novembro p. p .. Emprestimo tomado em S. Paulo em Novembro p. p.

2 :418$300 1:346$000 1:145$700 1:131$500 1:093$000 1:023$000

635$700 483$660 214$500 65$500 50$000 45$OOÔ 40$000 38$500 30$000 20$000 48$000 30$700

930$500

5:755$150 2:000$000 3:000$000

-,-----21:544$710

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RELATORIO DA JUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS 55

SAHIDAS:

Dinheiro remettido J~ pago ao Rev. A. Mauricio Pago por diversas despezas conforme o livro caixa Pago aos prestamistas as quantias emprestadas em

Novembro Importancias remettidas e pagas no periodo anormal

da Junta, até 20-1.0-24, pela Casa P. Baptista Saldo para 1.925

Rio, 16 de Janeiro de 1925.

4:703$900 , ·432$400:

5:000$000

·5 :7-55$150 5:653$260

21 :544$71.0

Thomaz' L. Costa, Thesoureiro.

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ANNEXO N. 4

RELATORIO, DA

JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE BAPTISTA

S. L. WATSON - SEC'RETARIO GERAL

Desde a ultima Convenção, realizada nesta mesma egreja ha mais de 2 anno~, até á presente data. as mais ~icas bençams do Senhor da seara têm repousado .sobl'e a Junta de Escolas Dominicaes e Moci-dade Baptista. e pela graça de Deus o trabalho que lhe foi entregue por esta magna assembléa tem r)r{J~redido a largos pass03, pelo qual somos muitissimo -gratos ao ~\ltissimo. Financeira111ente ,falando, esta Junta não tem debito a regisll'ar, senão alguns contos de réis em conta COI'­

rente; mas, se· não' tem debito. lambem não tem grande saldo a seu credito. -"isto- todo o lucro que o balanço accusa, ser 'dinheiro empatado em. capital na Casa Publicadora. isto é, .na livraria e no material em stock nas officinas. Quanto aos resultadôs conseguidos nos diversos depar! amentos. O~ seu:, respectivos relatorios, mais adiante, vos mos­trarão algo a este respeito. Só na eternidade é que se poderão averi­gUaI' 03 resultados í'spirituaes conseguidos durante o periodo' do nosso . . . , relatorio.

Como se sabe, na ultima Convenção foram fundidas em uma só as Junta3 çle Publicações da Escola Dominical e Mocidade com o novo nome. de Junta de Escolas Dominicacs e Mocidade. A .Tunta nomeada para dirigir os Leabalhos das Escolas Dominicaes r Mocidade, das Uniões de Mocidade BaptisLae das Publicações, inclusive a propagan­da por meio de literatut'a periodica e permanente, tem se esforçado para eumprir fielmente o mandato da Convenção Brasileira. Em uma t:eunião desta Junt.a, realizada nos fins do anno de 1922, foi definida a sua esphera de actívidade, resultando desta discussão a divisão dos seus trabalhos em quatro Departamentos, a saber: o Departamento de Livros. o Departamento de Escolas Dominicaes e Mocidade, o Departa-

. mento de' Redacção de' Literatura Periodica e finalmente a "Casa Pu­blicadora Baptista".

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RELATORIO DA JUNTA DE ESC. DOM. E MOCIDADE 57

o Departamento das Escolas Dominicaes e Mocidade foi encar­regado de promover 'os interesses geraes das Escolas Dominicaes e das Uniões da Mocidade Bapti·sta. Foi tambem incumbi~o de fazer proje­ctos para construcção de templos adequados aos trabklhos das Egrejas Baptistas no dia de hoje, e que facilitem o trabalho da Escola Domi­nical bem organizada nos seus diversos departamentos e aulas, e para a Mocidade e Sociedades de Senhoras e outras organizações dentro do seio da. Egreja.

O Departamento de Redacção de Literatura Periodica ficou in­cumbido de preparar a literatura desta natureza, abrangendo o Jornal Baptista, as Revistas da Escola Dominical e Mocidade e outras publi­c'ações que fossem necessarias para o futuro.

O Departamento chamado a ."Casa Publicadora Baptista" é a parte commercial da junta, e tem aos seus cuidados a livraria, as offi­cinas, o escriptorio, a propaganda e a distribuição tanto da literatura periodica como a permanente.

Para podermos executar, mesmo em escala um tanto acanhada, este programma acima delineado, tem sido necessario recebermos grandes quantias da Junta Americana. Sem esta cooperação financeira teria sido impossivel desenyolvermos este tão importante ramo do tra­balho da denominação bap! iSla_ A experiencia tem nos mostrado que certas phases da organizaç,ão sempre têm produzido um deficit, outras estão chp-gando a ~obr"ir as suas despezas e ainda a deixar saldo. No periodo que estamos revendo agora, mostra que estes lucros contra­balançam mais ou menos os deficits, e que o lucro geral accusado no balanço é o capital/fornecido pela citada Junta. Convem notar, entre­tanto, que sem este capital os lucros se não poderiam produzir. De modo que damos graças a Deus pelo auxilio dos nossos amigos ameri­canos e registramos aqui a nossa eterna gratidã? por esta franca cooperação.

l\' os meíados do anno findo embarcou para a America, em goso de férias, o irmão Rites, comp.etente director da Casa Publicadora Ba­ptista. Ao Secretario Geral logo' foi confiada a chefia deste Departa­mento. Além deste cargo de director da Casa, o Secretario Geral tam­bem tem a direcção do Departamento de Redacção de Literatura Pe­riodica. O Dr. W. E. Entzminger, o mais antigo na Casa Publicadora, é muito estimado por todos e é o director do Departamento de Livros.

Do Departamento de Escolas Dominicaes e Mocidade é director o irmão T. B. Stover.

Não podemos deixar de fazer· constar neste relatorio o nosso preito de homenagem á memoria de um membro da nossa Junta, o saudoso' amigo e irmão F: M. Edwards," que falleceu em S. Paulo no mês de Dezembro p. p. Que Deus conforte a viuva e a todos que sen-

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58 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

tiram este golpe, e que Deus fevante, não um, mas muitos para 1~'Ja­rem avante o trâbalho que este vinha· fazendo.

Quanto á efficiencia geral dos diversos departamentos desta, Junta, cremos não errar dizendo que é mais satisfatoria do que nunca. E' justo llotar que uma instituição. que cresce tão rapidàmente como· os trabalhôs desta Junta se têm desenvolvido, tem que contar com al­guns defeitos, ou por outra, algumas fa.lhas, que vão sendo -corrigidas na medida em que se revelam. Estas lacunas se criam por si mesmas. e, quando apparecem, a direcção tem por obrigação resolveI-as conve­nientemente. A's vezes a conveniencia exige perdas desta natureza, para não causar .maiores prejuizos por outro lado. Todavia podemos affirmar sem medo de errar que a Junta de ESGolas Dominicaes e Mo­cidade ·está hoje fazendo o essencial para satisfazer ás justas exigen­cias da crescente denominação baptista. Havemos de ver mais adiante alguns melhoramentos que esta Junta ha de fazer num futuro não, muito remoto. Portanto, pedimos a todo's deseulpas das nossas faltas, e dos que porventura sintam em si que merecemos a sua critica es­peramos a sua complacencia, lembrando-lhes o facto que esta organi­zação está fazendo o essencial, e que as falhas e lacunas serão passa­geiras .

. \ relação entre a Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade e as demais organizações denominacionaes. tem por base a cooperação num só nive! de igualdade ,entre todas. Esta Junta procura desempenhar­se das, sUas proprias obrigações e permanecer n'o stm proprio terreno. Dest'arte coopera com os estabelecimentos de ensino em fazer gratui­tamente propaganda deste, e exec.,!1tando os seus trabalhos commerciaes por preços razoaveis. Igualmente, por meio d'O Jornal Baptista, faz a propaganda de Missões Nacionaes e Estrangeiras, esforçando-se para crear amôr ao proximo e o espirito de contribuir para a salvação dos povos brasileiro e português. Da mesma maneira não se tem immis­cuido nos trabalhos estaduaes, mas tem offerecido ás organizações dos diversos Estados a sua cooperação naquillo que pUder ser utH, como por exemplo na colportagem, e em offerecer graUs, para distri­buição, literatura até os limites das nossas forças finánceiras.

Sem mais delongas vamos apresentar os relatorios dos diversos 'departamentos, escriptos p.elos seus respectivos directores:

DEPARTAMENTO DE UVROS DIRECTOR - w. E. ENTZMINGER

Durante os ultimos seis annos o director deste departamento \ tem estado a ,braços com a sua ,saude um tanto alterada, facto que o tem· impossibilitado de se désobrigar dos seus compromissos de modo tão satisfatorio comp seria de desejar.

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RELATORIO DA JUNTA DE 'ESC. DOM. E MOCIDADE 59

Entretanto, desde que assumiu o seu' posto de honra, ha mais de 'tres annas, até á presente data, elle se tem esforçado, na medida de suas fo~ças enfraquecidas, /para a execução de seu programma. Com o auxilio di:vino esses esforços têm sido coroados de um exilo pelo menos digno de menção, como patenteia a seguinte lista de livros que lêm sahido publicados desde a ultima reunião da Convenção, em Ju­nho d_e 1922.

L Livros editados pelo' director deste departamento:

Heroes e Martyres da Ob1'a Jl'issionaria, da autoria de Juan C. Varetto e traducção do espanhol por Almir S. Gonçalves. Obra de 228 paginas.

O que Crêm os Baptistas, uma exposição das crenças baptistas pelo Dr. O. C. S. Wallace, traduzido do inglês pelo Sr. R. Pitrowsky. Obra de 264 paginas.

O Cantor Ghrístão, 1sa edição, radicalmente reformada, em col­laboração com M. A. de Souza e R. PitrO\vsky. A collecção, contendo 578 hymnos, acha-se publicâda com a letra e tam­bem com a letra e a musica, preenchendo deste feito uma longa aspiração dos Baptistas de possqirem o seu proprio hymnario completo. :

O Bapt'isuJo Infantil, sob seu aspecto historico, da autoria do Dr. W. J. McGlothlin, c traducção de \V E. EnLzininger, obra de 160 paginas.

O Palco Evangelico, uma collecção de recitativos, exerclClOS e hymnos para festas nas egrejas e collegios evangelicos, com­pilação de D. A,melia C. Entzminger. Obra dé 275 paginas.

II. Livros publicados sob a responsabilidade deste departamento.

mas não editados pelo seu director:

Exposição das Epistolas Pastoraes, sendo da ta Timotheo, a Tito, e a 2a a Timotheo, da autoria do Dr. B. H. Carro lI, e tradu­cção de D. Alina Muirhead. Obra de -161 paginas.

A Bíblia, e como chegou, até ,nós, da autoria de João JIein. Obra, de 64 paginas.

Autobiographia de J. Hudson Taylor, o fundador da MiSsão do Interior da China, a que se acha appenso um supplemento, fornecendo dadüs sobre 'o trabalho da mesma Missão, tradu­zido do periodico espanhol El Evangelista. Obra de 150 pa­ginas.

Oraç'ão, da autoria de James H. MacConkey, traduzido do inglês. Obra de 116 paginas.

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60 CONVENQÃO BAPTISTA BRASILEIRA

III. Livros que· se acham no prelo:

Os Adventistas do 7° Dia, da autoria de R. Pitrowsky. A Biblia, Período por Período, da a~toria do Dr. J, B .. Tidwell,

traducção de F;. A. R. Morgan. Obra de 160 paginas. Estudos no ~Yovo Testamento, da autoria do Dr. A. T. Robertson,

tl'aducção de T. R. T. Obra de 296 paginas. Coma Traze?' Homens a Christo, a 3& edição do livro do Dr. R. A.

Torrey, revista e augmentada, e éliyidida em duas partes, sendo a primeira de materia preparada pelo director deste departamento e a segunda do trabalho do })1'. Torrf'y.

Prelecções sobre Homilctica, da autoria do Dr. J. W. She.pard.

IV Livros em preparação pelo director do departamento:

A. Pratica da Oração, 2a edição, revisla e augmentada. O Ministerio do Espü'ito -Santo, na vida particülar e na Egreja. A Vida, ou o que significa a existencia para a Mocidade. 4 Pessôa de Christo, traduzido do inglês. A Explanação do Apo~alypse, traduzido do inglês.

RELATO RI O DO DEPARTAMENTO DE ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE BAPTISTA

DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

:\0 correr da Convenção ~acional que sr reuniu em 1922. como todos já sabe~as antigas tres Juntas, de Escolas Dominicaes, da União da :\Iocidade e da Casa Publicadora Baptj~ta, foram fundidas em uma só Junla com o nome de Junta de Escolas Dominicaes e .l/ocidcule Baptista. Segundo o plano delineado então, essa Junta foi organizada com o Secretario Correspondente e os dirigentes dos diversos depar­tamentos, um delles sendo justamente o de Escolas Dominicaes e Mo­oidade, cujo trabalho relatamos agora.

O tr.abalho entregue a esl e departamenlu (~ de fazer propaganda em prol do melhoramento (' progrf'SSO de todas as phases duma Escola Dominical e da Uniãu da Mocidade. A base do Christianismo acha-se na Bíblia, e a Biblia é a fonle de todo o ensinftmento em nossas Esco­las Dominicaes; portanto, se quisermos uma denominação bem firme na fé, teremos de cuidar do crescimento das Escolas Dominicaes em toda parte. Chamando sempre a attenção á summa importancia da Es­cola Dominical como agente para o bem na causa do Senhor, animan­do as escolas acluaes a organizar outras e encorajando as recem-orga­nizadas e as fracas, estamos nos esfo.rçando para dar impeto ao ínovi-

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RELATORIO DA JUNTA DE ESC. DOM. E MOCIDADE 61

mento progréssivo e educativo que permeia todos os circulos baptis­tas. O maior serviço, porém, emprehendido por este departamento é o treinamento e a preparação dos officiaes e professores para melhor

,cumprirem com .os deveres dos cargos que lhes são entregues pelas egrejas. O interesse manifeStado tanto na Escola Dominical como na U. M. B. é geral. Cada Estado em que ha trabalho baptista organizado teHf a sua JU!lta de Escolas Dominicaes e Mocidade, ou se não tem uma Junta encarregada deste trabalho, possue ao menos um secreta­rio correspondente para promover o mesmo.

o CURSO NORMAL

O Curso Normal de Treinamento para os officiaes e professores das Escolas Dominicaes foi iniciado com a traducção do Novo Manual Normal que foi adoptado em 1918. Esse e mais sete outros livros com­põem o Curso Normal, que offerece aos nossos officiaes e professores os elementos de organização, de administração e de pedagogia, indis-, pensaveis á escola efficiente. Não ha curso tão resumido que tenha tanta materia. O proprio Novo Manual ~ormal dedica doze capitulas á administração e ao ensino; mais seis occupam-se com um lindo tra­tado da psychologia do alumno desde o principiante até o adulto, em­quanto que a ultima divisão do livro dedica-se a um breve, mas in­comparavel esboço da hist.oria da Biblia, findando com alguns capi­tulos doutrinarios. Os nomes dos outros sete livros indicam o con­teúdo deIles: O Coração do Velho Testamento, Estudos sobre o Novo Testamento, O que Crêm os Baptistas, um, livro doutrinaria; Como Ga­nhar Vidas rpara Christo, estudo do evangelismo; Palestras conlJ a Clas­se Normal,e em ulUmo logar ,dois, ou Igrejas do Novo Te'stamento, ou Breve Historia dos Baptistas, que contém alguma coisa da historia dos BapUsLas desde o advento de Jesus Christo.

F~eram-se mudanças neste curso desde a ultima Convenção, a3 quaes se devem notar àqui. O terceiro livro A Vida de Christo foi substituído por Estudos sobre o Novo Testamento; o quarto livro Dou­trinas de fYossa Fé, por O que Crêm os Baptistas; e o oitavo Breve Historia dos Baptistas fica electivo. emquanto que I(Jrejas do ;Yovo Testamento é o subsifituto escolhido.

As pessoas que est.udarem o l'iovo Manual Normal e fizerem o exame receberão um diploma, e as pessoas que completarem o estudo de outro qualquer dos sete livros receberão um sello para collocar no diploma. O que completar o curso inteiro receberá o seIlo azul, que é a marca de maior distincção conferida pela Junta.

Até agora podemos dizer que 'existem diplomados, pelo menos, em 17 Estados. As nossas estatisticas não são completas, mas, a .S8-

guir, damos os dados dos referidos Estados:

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.. /"~ ..... ". ,"s,' c:"

CONVENÇ_~O BA:i=>TIST A ~RASILEIRA

CAMPO I .~ 1 i-1 (~,~ '/ :§.~ I~' ~ ~'I ~ ll~· ~'

u- ~ '" ('lj ~ =[ ..... ~ ~ r:t.:E I ~ z ~ ~ ~ "'5 ~ ~ ~ ~ ~ ,'/:.1 j o' ~ 'J3 ~ ~ ;z;::

,U r-o 1l .~ 0' .. '" .... El ~ u ~ ('lj' .-

O o :> ;no z o o ~,"'O, ~? ~ ti ~ &:i

==========~~==~======~==========~~===========~=~rn~~===

Alagoas ...•. '11 36 1 . I,". t 2 .ll' '. I,"

Amazonas ... 4

g~h~ed~;~i:~1 ~~ 51 I 72 11

: 6 II 6~ I 4~ Campo flu-

minense ... : .2 i I I' 'I Maranhão ... \ 1 I 9 I 8 \ M. Geraes ... , 20 9·j 13 I 7

~:~:h;b~"N:1 ~ ! ' ~ Paraná ....... ~ 2 1 1 _ Pernambuco I 78 18 11 16 PiauhY ...... '.1 4 R. G. Norte 1 S.Paulo ...... , 17 E. Santo ..... 1 39

13 20

13 2

16

8 13

8 20

. I 56

2

14

14

13 5

I"~ 18

8

6

8 8

Esperamos que no anno yindouro os diversos campos nos en­viem relatarias mais animadores do que os que ora temos em mão.

INSTITUTOS

Durante os dois armas passados realizaram-se muitos institutos nos diversos campos deste grande país. Alguns maiores e outros me­nores, porém todos esforçando-se para conseguirem o melhor' preparo dos oHiciaes e professores da E. D. Cremos que o maior numero effe­ctuou-se na Capital Federal, que foi de 17, sendo 'I no primeiro anno e 10 no segundo; tambem é digno de menção um instituto realizado em connexão com a Convenção das E. D. na Báhia, que teve 'lugar na capital ·do Estado, hayendo grande numero de pessoas que receberam diplomas e se11os. _-\.lgum tempo depois, em Recife, realizou-se um outro, que ápresentou o melhor movimentodeconcorrencia e o mais animado da historia da Convenção de E. D. em Pernambuco. Antes, houve outro entre os obreiros do Campo Alagoano, que tambem bateu

. os 'f'eC o'f'ds de-todos os annosanteriores., O insUtu'to de S. Paulo, o ul­timo de 1924, alcançou resultados além da expectativa dos obreiros do mesmo campo. Tambem no prjncipio do anno findo, em connexão com a Escola de Verão, organizar~.am-se umas classes para estudo do purso Normal e tambem do :l\'ovo Manuai} da U. M. B.; estas classes· findar:am com muita animação. ~ão podem passar despercebidas as classes ensi­nadaJannualmenfe em nossos. sem·inarios. -cullegios, ,Chautauqu~, as

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_ RELATORIO DA .JUNTA. DE ESC. DOM. E- MOCIDADE 63

quaes deram bom -resultado entre Os jovens -obreiros. Merecem consi­deração os insti~utos de propaganda e inspiração realizados nas egre­jas dos diversos campos, e mui especialmente no Campo Fluminense, que teIl) -feito grandes campanhas nesse sentido com o fim de desper­tar o interesse e mesmo cons>truir alicerces para os institutos de "er­dadeiro estudo dos livros r-equeridos pelo Curso Normal:

ESTATISTICAS

Esta phase de trabalho representa um dos ramos em que temos fallútdo. Enviámos -fórmulas em branco, acompanhadas de uma cir­c'ular, a todas as E. D. e Uniões da Mocidade de que Unhámos o ende­reço, mas não conseguimos o resultado desejado, por não haver coope­ração por parte de mais de metade. Algumas não receberam, nem re­clamaram outra fórmula, embora enviassemos uma segunda circular reclamando a remessa dos relatorios. Outras não n'as entenderam, apesar de fazermos explicações por meio do orgam Qfficial da deno­minação, o Jornal Baptista. Ainda outras negligenciaram, não dando a devida attenção ao pedido. D'ora avante "amos procurar informações com os secretarios esl aduaes das E. D.

Este meio fracassou, em grande parte, porque os secretarias das E. D. não tinham livl'os apropriados para guardar os relatorias e as estatist.icas de suas proprias escolas; porém, agora, com Q Livro do Secreta'rio, que combina exactamente com a Cadei'neta do P/'o(essor, esperamos evitar essas desculpas. Não podemos dar uma informação exacta quanto ao numero de E. n.; sabemos, no entanto, que em 1923 funccionaram 345 esçolas com 19.534 alumnos. Este numero com cer­teza cresceu. muito, tanto em escolas como em alumnos. Temos com­municados .. de 3 Escolas Modelo, se-ndo que existem outras mais. Quan­Lo ao nume-ro de Uniões da Mocidade não sabemos nem podemos esti­mar inl elligenl emente, excevto no Districto Vederal, onde existem 15.

UNlôES DA MOCIDADE BAPTISTA

Como dissemos acima, não temos estatística das U. :\1. B., senão em parte, mas podemos dizer. sem medo de errar, que o interesse neste trabalho bemdii o cresce numa proporção muito animadora por todo o Campo Baptista no Brasil.

A Convençã0 das r. M. B. no Districto Federal está organizada -ha dois annos e_ realizou a segunda assembléa em sete.mbro do anno p. p_, com um crescimento bem notavel sobre a primeira. Tambem em abril do mesmo anno 'roi iniciado o movimento entre a mocidade junto á Convenção das E. D. na Bahia. Na ultima Convenção Fluminense os pastores e obreiro-s, ü.i.terpretando o -desejo dos moços naquelle campo,

.J

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64 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

\

organizaram 'a Convenção das U. M. B. Fluminense. Parece-nos tam-bem que ha alguns annos já' se iniciou este trabalho nos Estados de S. Pa.ulo, Pernambuco e Espirito Santo, os quaes muito têm pro-gredido. -

o CURSO DE ESTUDO

No principio do anno de 1923 a nossa Junta de E. D. e Mocidade adaptou como base de um Curso de Estudo para a n'ossa mocidade o Novo Manual da U. M. B., que foi .traduzido e adaptado ás necessidàdes de jovens crentes. Este livro saiu das offiicnas em janeiro de 1924, ten-

o do tido boa acceitação pelos moços que já o estudaram em varios ins­titutos e elasses especiaes organizadas nas Uniões, obtendo, depois de concluir em o seu estudo e prestarem exame, um diploma com lugares para se110s de outros livros projec-taaos, dos quaes um está em preparo, sahhi(,lo a lume este anno.

São. 119 as pessoas que já obtiveram o diploma, havendo algumas que 'já o estudaram segunda vez, .tend{) assim direito ao primeiro seIlo. Para nós é um' progresso muito substancial e animador, e esperamos ainda coisas maiores e melhores, das Uniões durante o anno fluente. Uma outra indicação do crescimento da U. M. B. mostra-se na pro­cura da Revista da Mocidade, que está sendo usada cada vez mais pelos unionistas. Esta revista segue o plano esboçado no Manual, dando qua­tro topicos, a saber: um devocional, um doutrinaria, um bíblico ou biographico e um missionaria.

NOVO MATERIAL

Ha muita falta de material parâ os obreiros, tanto da E. D. como da Mocidade. Temo-nos esforçado em, preparar as c,oisas mais neces­sarias logo no principio, mas não é passiveI fazer tudo num anno ou dois. Não obstante, temos conseguido alguma coisa. Os tres livros do Curso Normal da E. D. que estavam em preparo no tempo da ultima Convenção já se encontram nas mãos dos obreiros. .

Recebemos muitas reclamações pela falta dum livro para o se­cretarjo da E. D.; po~tanto, fizemos '0 Livro do Secretario e a nova Caderneta para Professores, que se relacionam perfeitamente.

Tambem o Noyo Manual da U. M. B., a que nos referimos na se .. cção "O CURSO DE ESTUDO", foi preparado neste periodo.

Os Padrões de Excellencia para E. D. e U. M. B., mencionados nos respectivos ~lanuaes, já foram impressos de maneira a serem usa­dos como cartões parielaes. Do mesmo modo já estão em uso os certi­ficados entregues pelo professor a quem estudar qualquer livro do Curso, que, sendo enviados a este departamento, .serão trocados por um se110,' para o diploma. Está p:cestes a sahir o Livro do Secretario da U. M. B. Os enveloppes para relatorios individuaes, dos unionistas, os

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RELATORIO DA JUNI:A -DE ESC. DOM. E MOCIDADE 65

cartões para as~ignalar as leituras diariase os c,artazes para relato­rios de grupos já se acham á disposição dos obreiros.

PROPAGANDA

Cab~ - a este departamento fazer propaganda em prol de todas as phases do trabalho das E. D. e Mocidade, principalmente sobre '0

melhor treinamento dos professores e tambem dos jovens obreiros, e .que tem sido feito por intermedio-d'O Jornal' Baptista, por meio de car>tas-circu1ares, folhetos e jornaes dos diversos campos; porém os melhores resultados foram obtidos pelas visitas do nosso Director ás Convenções estaduaes, ás Convenções de E. D. e Mocidade, ás igrejas

. e principalmente pela sua c?operação, ensinándo nos institutos e dando orientação sobre as organizações da Escola Modelo.

COISAS EM PROJECTO

Não queremos gabar as coisas feitas nem as que vamos fazer; devemos, BO entanto, mencionar algumas necessidades no correr 00 nosso trabalho. A Junta já autorizou o Director a preparar para o nosso uso as Lições Graduadas, ql,le estão sendo usadas por uma gran­de parte dos Baptistas do mundo, o que decerto será tratado no rela­torio da litératura desta Junta, que tambem renov?u o pedido aos Sra. Dr. A: B. Langston e Pastor Joaquim Lessa para completarem a sérié de lições evangelisticas, autoriza-das anteriormenté. Ha necessidade de UI[l' curso além do Curso Normal, para os que. já completaram este; portanto, teremos de project:y- um curso de post-graduação. Preten­demos aperfeiçoar o material para o DepartamenLó do Lar, Rol .do Ber­ço, e iambem mandar imprimir versiculos das Escripturas pára 08

prinCipiantes; um folheto contendo as leituras diarias de accordo com _ o plano do Novo Manual, da U. M. B., que é completar o Curso de Lel­turas Diarias e distinctivg.8 para as. Uniões da Mocidade.

CONCLUSÃO

Assim, temos mostrado, em parte; o trabalho feito e esboçado alguns planos para o desenvolvimento .futuro. Sentimos não ter apre .. sentado um relatorio absolutamente perfeito, devido não só á nossa

... inexperiencia, como tambem á falta de cooperação por part.e de alguns obreiro~ que, parece, não deram a devida attenção.

Mas o trabalho em todo o logar está crescendo e o interesse de todos se mostra cada vez mais patente; os professores e officiaes das E. D. estão recoIftJ.ecendo as grandes opportunidades que têm para an­gariar almas para Christo e os jovens das nossas U. M. a. se tornam' mais zelosos na tarefa que se propuzeram realizar. Estamos muiLo ani­mados e esperamo's grandes coisas para o proximo anno conven­cional.

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" I

CONVE..~ÇÃO BAPTISTA. .BRASILEIRA

DEPARTAMENTOPE LITERATURA PERIODICA S. L. WATSON - DIRECTOR-INTERIN.O

O "JORNAL BAPTISTA"

Com ,o '1° numero desLe anno o Jornal Baptista entrou no 25° anno da sua existencia. Este semanario é devéras·o amago dos traba­lpos desta Junta. Foi para crear .-o Orgam Official da denominação que ha mais de 24 annos lançaram-se os alicerces do que os baptistas hoje ppssuem aos cuidados da Junta de Escolas Dominicaese Mocidade, e até hoj.e permanece o Jornal desempenhando o seu papel de generà­lissimo entré as demais phases do trabalho. Tambem é opportuno ob­servar . que esta instituição não poderia existir sem o seu orgam de propaganda,visto ser elle o-coração do organismo todo, e que a tudo' dá vida.

O Jornal Baptista é que faz a propaganda dos educandarios pela denominação, das Missões X'acionaes e Estrangeiras e da Educação em .geral. O Jornal é o noticiario que s.e~'ve para. consolidar as egrejas ba­ptistas no Brasil numa sõ familia. O Jornal Baptista faz a propaganda dos diversos d.epartamentos desta Junta. Elle coopera tambem com os ~emais jornaes estaduaes e regionaes e de nenhum destes tem o me­nor vestigio de ciumes, antes''!'az votos pela prosperidade e utifidade de todos, não cubiçando ~ccupar o terreno que não lhe cabe.

Despidos .de toda a jactancia, confessamos humildemente que o Jornal, Baptista 'éo leader responsavel, em grande parte, pela orienta­ção dà vida da denominação. 'P9r isto o Jornal tem que ser conserva­dor e' ao mesmo tempo progresSista, isto é, tem que se bater pela con­servação das instituições e organizações da Convenção Baptista Brasi­leira. Tem tambem por- obrigação, orientar a denominação em ques­tões e problemas que se apresentam de tempos' a tempos. Nestas ques­tões que e~volvem outras Juntas da Convenção, Juntas estas que estão no mesmo pé de igualdade com a nossa, e que não nos compete a nós a sua solução. Temos a obrigação de p~blfcar qualquer pronuncia­mento das mesmas; é lambem o nosso dever. defender os justos inte­resses dos estabelecimentos' da Convenção Naéional, e vindo agora, apresentar o nosso relatorio, nada temos que receiar ás mãos da Con­venção, que julgará como lhe parecer justo e fará as suas recommen­dações para o futuro.

O Jornal Baptista sempre finda o anno financ~iro com um de­ficit, que este anno importou em pouco mais de 17 :000$000 (dezeseie contos de réis); si fossem acorescentados a este deficit os. vencimen­tos aos seus redactores, e não são poucos' os . que cooperam neste tra­balho, o saldo devedor seria muito maior. Eis ahi, portanto, a ,prova

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RELATORIO DA JUNTA DE ESC. 'DOM. E MOCIDADE 67

da oonvÉmienoia mutua d'O Jornal Baptista ficar ligado com esta Junta, qu~ tem de outras fontes uma receita para cobrir este deficit, em­quanto ,o Jornal presta os seus serviços de propaganda, oomo fioou acima indicado. .. .

O programma d'O Jornal Baptista para o co~rente anno tem au­gmeI1-tado as suas diversas secções; tem oonseguido a cooperação de um bom numero de oollaboradores das diversas parteS do país e tem tornado as suas paginas cada vez mais attrahentes, e apresenta sema­nalmente um saboroso banquete aos seus .leitores. E si fôr passiveI, . eUe deverá sahir durante todo o anno com 16 :paginas ou mais. O pa­pel ,empregado na sua oonfeoçãQ é de bôa qualidade. Augmenteu-se <?

preço das assignaturas, de 8$000 para 10$000, mas nem assim ha espe­ranças de terminar o anno com menor def.icit do que este agora apre­sentado.

O "concurso" promovido' para angariar novas assignaturas tem produzido .0 resultado, quasi attingindo o alvo de 1.000 novas assigna­turas. A tiragem actualmente é de 4.000 mais 0\1 menos. No ultimo re­lataria oonstaque a edição era de 5.000. Havia, porém, muitas assigna­turas em duplicata e muitas outras em grande atrazo, de modo que fi­oou dest'arte a tiragem reduzida a 3.200 exemplares.

LITERATURA DAS ESCOLAS DOMINICAE6

Para as Esoolas Dominioaes a Casa publica a Reyista para Adul­tos, redigida pelo irmão R. B. Stanton; a Revista para Jovens, redigida pelo irmão Almir S. Gonçalves; O Guia da Infancia, redigido por D. Alice M. Reno; Joias de Christo, redigida por D. Kate White, e Pontos Salientes, por H C. Moore, traduzido pelo irrnáoMario de Mi­randa Pinto e com notas pedagogioas por uma senhora, livro este em formato portatil, que serve muito bem, como se diz no seu frontespi­cio, de companheiro do professor. Este livrinho merece uma palavra pa~a recommenda-Io ao,s officiaes e professores das Escolas Domini­caes em tod~ parte. O àlumno tambem que quizer todas as lições do anno encadernadas em um só volume, tem neste livro o seu des1'dera­tum. Si as revistas accusam um sal-do credor de 2 :000$000 (dois con­tos de réis) e pouco, este lucro é todo absorvido por este livrinho para o professor e o alumno que quer apparelhar-se como obreiro prepa· rado para toda a boa obrá.

Dentro de poue.as annos, senão de mês.es, será neoessario crear mais uma revista e haver alguma modificação na redacção das já existentes, para se adaptarem mais adequadamente ás idades dos alumnos nos' diversos departamentos da Esco.J.a Dominical, organizada e graduada ae accordo oom o Novo Manual Normal.

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68 CONVENÇÃO BAPTISTA BR~SILEIRA

A REVISTA DA MOCIDADE

o seu red~ctor éo Sr. T. B. Stover, 'director do Departamento de Escolas Dominica,es e Mocidade. Ultimamente o numero de suas pagi­nas tem sido augmentado e a sua apparencia tem( 'Sido admiravelmente melhorada. A sua accEiitação tambem tem sido maior, sendo ás vezes a sua procura maior ,do que a suaAirag'em. Damos os nossos parabens á Mocidade Baptista pelo seu desenvolvimento e zelo no seu treina­mento.

A respeito da Revista de &nhoras, cumpre-nos dizer que' a sua redacção cabe ã Commissão Central da União Geral' de Senhoras. Mas de bom grado a Casa publica não só esta revista como tod~ a literatu­ra da Uniã'o Geral.

A CASA PUBUCADORA BAPTISTA 'DO ,BRASIL

(MEMORIA A J. S.CARROLL)

S. L. WATSON - DIRECTOR-INTERINO

OFFICINAS

Desde a ultima Convenção não tem havido grande modificação na phase mecanicado nosso trabalho. O almoxarifado tem sido orga­nIzado, tendo o seu inventario permanente. P.ara isso se installaram 'prateleiras de- feitio convenient~. Esta org~nizaçãQ do materiàl em deposito tornou-se necessaria devido ao grandeaugmento de variedade e quantidade dos materiaes em stock. Comparando o valor do material ora exis'tente no deposito com o de 1921, vemos que tem mais do dobro actualmente do que então; o valor desta conta sendo de mais de 61 :000$000 (sessenta eum contos de réis). 9utro melh,Ç)ramento ,na orgánização. das officinas é a installação de um systema para deter­minar' os\ custos dos tr~ba~hos' executados e inventariar em qualquer época os trabalhos em andamento. Permitte-se aqui, por meio' de um parenthesis, dizer que o valor dos trabalhos em andamento no fim. do anno, na occ~sião do ~alanço geral, .era .de mr,is de 15 :000$000 (quinze contos de réls) , quantIa esta que nao flgura no balanço, porque em annos anteriores 'não figurava. Talvez o léigo não possa apr:eeiar a ne­cessidade de um systema destes, de. determinar os custos, mas os que entendem desta arte sa~em dar-:-lhe o. seu justo valor.

O producto das officinas no. anno firido~ isto é, o valor bruto dos trabalhos feitos dura~te o annó findo, montou em 292 :863$310, n~-

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RELATORIO DA JUNTA DE ESC. DOM. E MOCIDADE 69

tando-se, entretanto, que uma parte de alguns destes trabalhos tinha sido executada ·no anno anterior. Osystema de custos tem por base contar as de9pezas' fixas e correntes, inclusive as geraes e as -directas. nos diveI"sosdepartamentos das officinas, e então cobrar sobre este custo total, 10 % de lucro. Dahi podemos ver que as officinas rende­ram um lucro bem regular, que voltou para (}S cofres da instituição para augmentar os fundos para distribuição gl1atuita de literatura evangelica.

LIVRARIA

Notamos em primeiro logar o valor do stock existente, que é pouco mais de 200 :000$000 (duzentos contos de réis) e ha 3 annos o valor do stock de então era de pouco menos de 40: 000$000 (quarenta contos de réis). Dahise "Vê que existe em stock material de 5 vezes do valor daquelle quando a Convenção aqui se reuniu em 1922. Notamos tambem que o lucro augmentou mais de 8 vezes, aUingindo' no anno findo a mais de 40: 000$000 ' (quarenta contos de réis), que reverte tambem para a disseminação das J30as Novas pelos cantos e recanto., do Brasil. •

Este augmento de stock provém de duas fontes: Primeiro, esta­mos constantemente produzindo novas obras, como registrou acima o relatorio do Departamento de Livro\.). Tambem o stock de folhetos conserva-se sempre repleto. EJIl segundo lagar, acahamos de comprar grande stock de livros que a Imprensa Methodista t~nha na sua livra­ria aqui na Capital até ha pouco tempo. Embora se achem entre as obras deste stock alguns livros puramente pedo-baptistas, existem muitos mais de valor geral que podem ser muito bem vendidos em qualquer livraria evangelica. Quanto ao local da nossa livraria, os mensageiros para esta Convenção, com certeza, já notaram que não ha comparação entre a nossa pasa actual e a de 1922. Então a Casa oc­cupava um 10 andar, quasi inaccessivel; e agora occupa a loja toda, um quarto no 10 andar e o segundo andar todo do predio á rua S. José 22. Ha ires annos a Casa não tinha armações adequadas a uma livraria; actualrpente estamos installando uma armação propria para exposição da literatura da Casa. Esperamos ainda a compra d~ balcões envidra­çados, .que attrahem o publico e que melhor expõem ao menos as amostras da literatura evangelica. Grande é o nosso regosijo ao poder­mos estar junto a uma importante arteria da grande Capital, offere­eendo á venda as Sagradàs Escripturas e uma literatura adequada para evan~elizacão da nossa patria.

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70 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

o ESCRIPTORIO

Um bom e efficjente escriptorio é -o pivot de~ um estabeleci­mento prospero que satisfaz os seus freguezes~ A contabilidade ' da Casa Publicadora actualmente está sendo mais bem feita do qu~ nun­ca. 'Os livros são examinados mensalmente por um guarda-livros di~ plomadoe todas as contas 'correntes são conferidas pelo pessoal -does­ci'iptorio. -A gerencia da Casa promptifica-se a 'ajustar qualquer du-s -,' v ida- que porventura se' dê na sua escrjpturação. As queixas de ,que se ouve a respeito da administração da Casa, -muitas vezes são prove­nientes de enganos dos freguezes, e outras vezes de relaxamento - nos Correios, e ás vezes, mas relativamente poucas, dos erros dapropria " Casa. Cumpre-nos, 'todavia, chamar a attenção dos nossos caros am~­gos . que muito difficil seria organizar, um pessoal mais habilitado e traquejado para este trabalho dQ que, o actual' da Ca'sa J?ublicadora, que de verdade se creou no proprio escriptorio da instituição.

A PROPAGANDA

o fim para que foi organizada a Casa Publicadora é este' mesmo, o dé -fazer a propaganda dó Evangelho de saJvaçãopela fé. Durante o

"correr do anno findo, a Casa distribuiu -gratuitamente literaturadé . ' . toda a sorte no valor de não menos de 20 :000$000 (vinte contos de réis)" e al~m desta importaIicia 'concedeu aos revendedores o desconto de 25 %~ Não nos é pOBsivel .distribuir Biblias e Novos Testame'ntos, gratuitamente, em' grande escala, porque não temos verba sufficiente para isto; entretanto, a Casa distribuiu no anno de .1924. mais de 33.000

I Biblias e Porções. O total de paginas de literatura espalhada por toda a parte monta em 10.000.000 de paginas majs ou menos, que é uma média de uma pagjna para cada tres brasileiros.

Esta phase do trabalho da Casa, nofuLuro ha de exigir maiores esforços da parte ,de:, tod'Os os -crentes para a:' distribuição das Boas Novas. Não nos faltam os ineios. para pôr um exemplar das Sagradas Escripturas ou uma porção da palavra de Deus nas mãos de todos na nossa queridá patril:t'. Por exemplo, uma s6 classe de uns 15 membros, constituida de moças, distribuiu, no anno de f 924, mais de 4.000 folhe­tos: si todas as classes de todas as Eseolas Dominicaes fizessem a mes­ma cóisa, poderiam distribuir nunca menos de f 0 .. 000.000 de folhetos., Uma §6 companhia . .fabricante ,de pílulas faz a distribuição de 1.000;000 d~ folhetÇ>s em propaganda do sou remedio, e ella não tem espalhadas por toda a p~rte aggremiaçõesq:ue auxiliem: no seu trabalho. Por, que l'azãd então.;é que mais de 25.000.baptistas não podem dar, por meio dapagipa 'i~pressa, a pal'avra de peus aos que perecem nas trey,as es~ pirituaes? ! ..,'

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RELATORIO DA JUNTA DE> ESC .. DOM. E MOCIDADE 71

Conclusão

NOSSOS AÜXILlARES PRINCIPAES

Sem a cooperação de todos que trabalham nesta instituição não teria sido possiv~l apresentar um relatorio satisfatorio. Pois a estes ~ devida toda a honra pelo bom exíto de que nós nos orgulhamos, 'e, si' melhor não fizemos, a falta muitas vezes não édelles e sim do respon­savel geral. Actp.almente o Sr. Flavio de .. Souza é o ·chefe das OfficinaS\' O Sr. Ismail Gonçalves é o chefe do Escriptorio. O Sr. Mario de Mi­randa Pi;nto é o' Secretario no Departamento da Redacção. de Litera- ( tura Periodica. O Sr. Neutel Bastos é o Secretario do Director do De .... partamento de ESGolas Dominicaes e Mocidade e, final\Ilente, o Srl Theodoro R. Teixeira é praticamente o redactor d'O Jornal B ap!tiis ta. O Secretario Geral da Junta não tem palavras> adequadas á expressão verdadeira da sua gratidão para com estes irmãos pela sua coopera-· ção no trabalho que vêm fazendo. Seria talvez enfadonho mencionar os nomes de mais de 50 outros auxiliares que trabalham denodada­mente para o bom exito de todas as actividades desta Junta.

Sabemos que precisamos de tratar da distribuição da nossa li­teratura em maior escala. Como ficou dito acima, temos em stock li­vros e folhetos no valor de nada menos de 200 :000$000 (duzentos con­tos de réis). Estes livros, folhetos, folhas avulsas, textós parietaes, etc .. eLc., exisi em no total de 30.262.060 pagina~, e dahi se YÔ que um dos maiores problemas diante da denominação, e não só da Casa Pu­blicadora, é o da distribuição da nossa literatur,a.

Precisamos tambem de educar os nossos devedores a satisfaze­rem os suus compromissos com a Casa, visto o balanço g,eral em 31 de Dezembru do anno p. p. mostrar a somma total de saldos de"edores em mais 'de 106 :000$000 (cento e sei~ contos de réis); todaYia, estes algarismos decresceram, em 3 annos, 30 :000$000 (trinta contos de réis) ~ais ou menos.

Ainda estamos lutando para conseguirmos QS machinismos n8-cessarias para o departamento de encadernação nas officin{!s, e outros para podermos nós mesmos fazer os clichés afim de enriquecermos a nossa literatura por meio de economias, augmentando bastante a sua variedade e quantidade.

Finalmente depara-se-nos o problema, talvez o maior, o de alo­jamento dos diversos Departamentos dos trabalhos da Junta de ESoo­las Dominicaes e Mocidade. A casa em que se acham installadas as of­ficinas, além de ser uma residencia que difficilmente se adapta aos fins da arte graphica, é muito velha e tem muitas divisões: cantos~ corredores, quartos, escadas para hospedar ratos e bichos de toda a sorte. O ·deposito para os materiaes é uma construoção de madeira ve-

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I.

'12 CONVENÇÃO \BAPTISTA BRASILEmA

lha que está' ficando ,pôdre. O assoalho é de madeira, não tendo por baixo o concreto que às .oonstrucções modern~s exigem.

Tratando-se das offioinas, devemos notar que, para os seus tra­balhos, são necessarios diversos liquidos altamente' in'flammaveis, como gazolina, kerosene, gaz, além de enormes . quantidades de papel, etc., que -emfim flldo que está ahi nas offic1nas apre~enta um perigo de.. Togo devéras assustador. O predio á rua S. José -22 serve-nós por em­'quanto, mas por muito tempo não será sufficiente para alojar todos os eseriptorios e gabinetes dosdiverso~ directores. ~\lém. disto o prazo do contracto findará em pouco mais de, 3 annos. A'té então estes magnos problemas de alojamento dos diversos departamentos da Junta de Es­colas Dominicaes e Mocidade devem ser resolvidos. Para isto pedimos encarecidamente a cooperação e oração de todos os baptistas no Brasil.

BALANÇO DA CAS~\ PUBLICADORA BAPTISTA EM 31 DE DEZEM­

BRO DE 1924

Immoveis Machinismos Typos e Cavalletes Moveis e Utensílios Caixa CjCorrentes •. Livraria Material em Deposito Material Construcção Contracto da Casa Automovel

Capital

CICorrentes

4

Activo

PtuBivo

. ., l

243:i28$680 121:295$910 35:700$760 41 : 431$390 11 :868$190

106:627$410 200:726$210 61:846$680 48:034$740 2:912$600

17:879$430 3:151$050

895:203$050

883:987$440

11 :215$610

895:203$050·

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RELATORIO DA JUNTA DE ESC. DOM. E .MOCIDADE 73

DEMONSTRAÇÃO DA CONTA DE LUCROS- E PERDAS

Jornal Baptista Despezas Geraes Contracto da Casa Automovel Systema de Calcular Cozinha

Debito

Lucros que passam para a CICapital

Livraria Officinas Literatura Material em Deposito Juros de Descontos Junta Americana

Credito

DECLARAÇÃO I

17:161$420 7:362$000

19:244$500 7:732$100 4:523$000

429$000 150:787$900

207:239$920

42:702$370 63:079$630

2:165$340 30:059$710

243$100 68:989$770

... 207:239$920

Americo L. Senna, guarda-livros diplomado pela Academia de CÕinmer­cio a~ Rio de Janeiro, declaro que conferi da Casa Publicadora Baptista os livros seguintes: Borrador, Diario, Caixa, Notas, Recibos e Facturas do movimento de Dezembro de 1924; e verifiquei o Balancete Annual: achei 08 lançamentos em ordem chronoló'gica e as respectivas sommas de Entra­das e Sahidas de dinheiros perfeitamente exactas.

Rio de Janeiro, 15 de Janeiro de 1925. AMERICO .L. SENNA.

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ANNEXO N. 5

RELA TORIO DO COLLEGIO E SEMINARIO BAPTISTA DO RIO

DIRECTO'R, J. W. SHEPARD

A marcha dos annos. pela benção de Deus, sempre traz para o nosso Collegio e Seminario na Capital Federal um augmento de vida e de actividades. Pelo Prospecto Geral dessa instituição, que acaba de sahir do prelo, pode-se averiguar que ella tem um augmento conside­ravel no Corpo Docente e Discente, uma organização mais elaborada dos departamentos e cursos, um desenvolvimento nos seus planos .. ·e ideaes. Em 1919 a matricula de alumnos attingira 446, em 192~ ma­triculámos 650 e depois o numero subiu ao alto de 800, aitingindo' os limites da capacidade dos internatos e 'excedendo especialmente nos edifícios principaes, á rua Dr. José Hygino 350 e Conde de Bomfirn 743. a lotação e' espaço necessarios para a boa organização das aulas.

ORGANIZAÇÃO Essa instituição não é mais o Oollegio e Seminario do Rio. EUa

tem .outros rámos de organização que competem com o Seminario e Collegio para o primeiro logar na ordem de desenvolvimento rapido. Depois da fundação do COllegio e Seminario em 1907, duas instituições coordenadas sob a mesma administração e Junta, foi estabelecida a Es­cola Normal e Collegio para o Sexo Feqlinino em 1913. Essas duas instituições rivalizam-se com o Collegio e Seminario no seu pro­grésso substancial e no seu serviço efficienLe. Mais tarde, em 1919, a Junta. reconhecendo a- grande opportunidade em chamar pessoas da alta SOCIedade e ,preparaI-as para a vida commercial, 'lllWIOU o seu Ourso Commercial, que acaba de· apresentar uma turma de cincojo­vens na lista de formatura deste estabelecimento do anno lectivop. p. Na' mesma época foi fundada uma Escola de Linguagem Portuguêsa parapr~pal~ar devidamente os novos' missionaríosque vêm .iniciar as sUas actividades no Sul do Brasil. Além destas novas phases de activi­dades na instituição acabámos de' dar inicio em 1923-1924 á Escola de Verão, qUe abrange diversas phase-sou cursos -das instituições ouesco­las aoimareferidas, sendp organizadas eínNova Friburgo e j~O, lempa

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RELATORIO DO ÇOLLEGIO E SEMINARIO DO RIO 75

do Verão, principalmente para edificar o preparo dos obreiros, pasto­res, evangelistas e pro.fessores que se acham alistados em serviços activos dos quaes elles, difficilmente, se possam afastar por. mais que poucas semanas em seguida.

I. OS COLLEGIOS .Predios. O Collegio occupa quatro grandes predios, e acaba de

.,..,alugar mais. um devido ao facto que não tem espaço para organizar devidamente os seus cursos. A instituição tem mais os dois predios do Seminario, um. dos quaes. serve de refeitorio commum para todos os alumnos do internato par'a o Sexo Masculino. Além destes predios se acha em processo de construcção o grande pr.edio para a Escola Nor­mal e Escola de Applicação.

Terrenos. E' causa de eterna gratidão a Deus por nos haver dado terrenos tão maravilhosamente adaptados ás necessidades da nossa instituição. ·Ha poucos que sabem avaliar esta dadiva de Deus para a causa dos baptistas no Brasil. Não ha na bella cidade do Rio um local tão bom para os nossos fins. Devemos ser agradecidos.

Departamentos

Na· organização do CollegiO" como consta no novo Prospecto, todos os cursos primarios e complementares constituirão a Esco.la Mo­delo, que será a Escola de Applicação, organizada pedagogicamente para observação e participação de normalistas que vêm cursar as aulas da Escola Normal. O Collegio Junior, de quatro annos de cursos secundarios, comprehenderá todos os .preparaiorios para as matriculas lIas Escolas Superiores do paiz, bem como certas materias de uma cul­tura mais ampla, asquaes o alumno regular é obrigado a cursar. A Escola de Sci';ncias e Artes é organizada com tres annos de estudo ela­borado que abrange muitas ,materias que não se encontram na cur­l~icuJ.a dos irrstit.utos de ensino secundario do paiz. O alumno que com­pleta est e curso recebe o grau de Bacharel em Sciencias e Letras deste qOllegio. O curso de IJs/udos no Collegio para. o Sexo FeminÍ'1w' se acha adaptado, partieularmenLe. ás necessidades das alumnas. _.\ cultura do curso é egualmente aprofundada com a dos quatro cursos facultativos da Escola de Sciencias e Artes no Col.legio para o Sexo Masculi1w. A instrucção acríninistrad;' nesta Escola de Sciencias e . .\rtes ultrapassa a dos collegi08- ~ecundarios COl1generes em extensão bem 'eomo em· pro:... i'undidade, pOi:-; o horario para diversas. materias é quasi o duplo e o numero de materias que o alumno cursa em cada anno é bem menor. O numero de annos foi augmentado e o estudo aprofundado e intensi­ficado pela diminuição do numero de materias exigindo um estudo mais profundo de cada. .

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76 CONVENCÃO BAPTISTA ·BRASILEIRA

Corpo Docente A Junta continúa a seguir o 'plano sabio de collocar em ,primeiro

Iogar nos seus planos o Corpo Docente, procurando e ,contractando uni­camente professores dOs mais reconhecidos por suas habilitações, ex­periencia, pr'eparo technioo' e profissional. Actualmente a instituição tem setenta· e cinco professores na lista' dos docentes. Muitos destes professores figuram entre os mais reconhecidos educadores da Càpilal

. Federal. Diversos prqfessores norte-americanos de alta .êompetencia regem .certas cadeiras como, por exemplo, as de Ethica, Sociologia, Economia Politica, Inglez e Historia. ~

Admin~tração

A administração interna é organizada de modo efficiente, ha­vendo, além das organizações parcelladas em cada phase ou institui­ção separada, um Conselho Administrativo Interno, que unifica e har­mQniza os interesses das' diversas instituições no seu movimento in­t-erno. Esse Conse'lho é composto de todos os officiaes de administra­ção dos diversos departamentos da instituição composita. A Júnta Ad­mi~istr.ativa, composta de quinze membros eIejtos pela Convenção Ba­ptista Brasileira e a Junta de Missões em Richmond, Va., na propor­ção das contribuições respectivas de fontes norte-americanas e de fontes brasileiras, administra as instituições todas, assim assegurando uma unidade e orientação commum.

ESTATISTICA DAS MATRICULAS

SEDES I CURSOS I

Alumnos

i ·1

PRIMARIO I Complementar I SECUNDARIO I TOTAL i I ! José Hygino. ·f 283 37 172 492

Collde de Bomfim • 104 15 45 164

I Ba4dock Lobo. . 69 8 - I 77 II

TOTAiS: - I 456 I 60 ! 217 I 73,3 f OBSERVAÇÃO: Alumnos matriculados no Curso Commercial, ~6; no Curso

Especial de Preparatorios, 32; no Curso Normal, 42. O Professorado da Instituição nos· tres departamentos sobe a 75, distribuidos na seguinte ordem: Curso PriDUÍrio, 34; Curso Se.­cundarlo, 33; Curso de Musical 4; Artes DomesUcas~ 1; Instructor Milltar,l. '

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RELATORIO DO COLLEGIO E ~EMINARIO DO RIO 77

II. O SEMINARIO

Durante os annos de int!3rvallo entre a Convenção de 1922 e a presente, o Seminario tem feito um trabalho solido, havendo actual­mente um Corpo Docente maior do que em tempos anteriores a este periodo:

PREDIOS PROPRIOS.

Essa instituição se acha installada em edifícios proprios, á rua Dr. José Hygino 332, que occupa o sitio mais v~lho dos terrenos do Collegio. O edificio prinoipal é o Palacete Hacurussá, que, além de proporcionar salas para as aulas theologicas, serve tambem de' refei­tórío, temporariamente~ para todos os internos, tanto seminaristas como alumnos do ColIegio. Além deste predio o· Seminario oecnpa mais o edificio de dormitor.ios, situado perto deste.

RESUL TADOS.

E' incontestavel o facto que O' Seminario tem dado fructos di­gnos, que justificam todo o apoio da parte das egrejas. Varios pasto­res têm recebido seu preparo aqui e estão dando constantemente evi­dencias do valor dos seus cursos nessa instituição. Appellamos, pois, aos irmãos nas egrejas afim de rogarem ao Senhor da seara para mandar mais ceifeiros para sua seara. Mas o irmão que ore assim deve saber que, quando Deus apresentar o moço chamado por elIe para o ministerio, é dever nosso e de todos nós ajudar o chamado se eUe pre­cisar do nosso auxilio, para preparar-se por um curso de estudos con­venientes afim de poder fazer -com mais perfeição o trabalho do Mes­tre. Para o esforço unido em levantarmos o ministerio evangelico ba­ptista no Brasil exhorto-vos a vós todos. e a mim, pois o augmento da ~causa depende em grande parte do prégador devidamente preparado.

CLASISIFICAÇAO DOS ESTUDANTES.

5, Cursos Fundamentaes :

i.tI·Anno 2 2.° Anno 7 3.° Anno 12

Cursos Superiores:

1.° Anno 6

2.° Anno 7

3.° Anno 3 Aspirantes matriculados durante o anno 8

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18 CONVENÇÃO, BAPTISTA BRASILEIRA

CURSOS.

o Seminario proporciona aos aspirantes, para a vocação 'minis­terial, tres cursos, a sa'ber: o curso de dois annos para os pastores que não podem ,permanecer muito tempo no Seminario; o .curso de Gra­duado em Theologia, que é eguaI ao curso de Bacharel com a unica ~xeepção das linguas grega e hebraica, que só fazem parte deste; e o curso de Bacharel' em Theologia.

, O E A L.-

Almejamos o dia quando o Seminario terá o seu novo edificio, destinado a occupar a beBa elevação, sitio do' edifício Itacurussá, que é b mais belIo local em todo este bairro da Tijuca. Alli esperamos ver, em dias não muito distantes, queira Deus, duzentos seminaristas re­unidos nos estudos preparatorios á sua grande tarefa de evangelizar este vasto paiz. Qual é o sacrificio qtÍe o que"rido. leitor está prompto a fazer para realizarmos este grande ideal? Qual é a· cooperação que podemos esperar da sua parte? Não é impossivel realizarmos este ideal em breves' tempos.

CONDIÇCES DE MATRICULA.

A instituição está fazendo um grande esforço para cooperar com todos os campos e com todos o;s estudantes; pondo o preço do sustento do seminarista em bases admiravelmente modicas. O campo missiona­rio, ou a egreja que envia um estudante para o Seminario não paga nem a metade do que .paga o alumno pelo seu sus~ento. Elle recebe o ensino gratuitamente e metade ou mais da pensão .por intermedio de duas horas de .trabalho feito para a .instituição diariamente. Elle re­oebe tudq pela quantia diminuta de 45$000 mensaes, que é muito aquem do cústo do seu sustento. A instituição espera que os irmãos baptistas venham a comprehender o grande esforço que fazemos para sustentar o seminario, coope~andoliberalmente depois para ajudar os pretendentes 'ao estudo, afim de que haja um gr~nde numero de estu­dantes nas aulas do 'Seminaria e um numero sempre crescente de pastores pre,parado.s ,para assumirem os postos importantes de respon­sabilida'de pelos campos que Já estão brancos para a ceifa.

III. ESCOLA NORMAL

A nossa Escola Normal sempre vem vencencÍo as díffículdades e fazendo novas conquistas. A turma de formatura do anno atrazado deu pára a instrucção baptista dois moços de valor, que hOje estão no meio das actividades é dando conta do recado: a do anno passado, isto é, em

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RELATORIO DO COLLEGIO E SEMINARIO DO RIO '79

Novembro de 1924, contribuiu com seis moças doutadas e altamente preparadas para' o serviço do magisferio. Cinco das seis vão iniciar os seus trabalhes na Alma Mater em Março proximo, assumindo a regen­cia de cadeiras na Escola Modelo.

I'

NECEStiIDADE.

Não ha necessidade mais evidente nos trabalhos baptistas hoje que boas professoras crentes para tomarem os logares importantes de ensino nos collegios e escolas fundados em nossas egrejas. A causa ne­ees~ita da' instrucção das filhas d.os crentes. A Escola Dominical, ainda'

-que seja bem organizada, não satisfaz as necessidades da instrucção religiosa, para não. falar no ensino das mate rias fundamentaes, pri­marias. As nossas egrejas devem tomar mais a serio o trabalho de fundar escolas annexas. Sem tratar de instruir os filhos sob a in­fluencia do Evangelho o trabalho se evapora mais. A solidificação da causa depende de f~ndarmos mais escolas annexas e instruirmos os filhos dos crentes e juntament.e com elles os filhos de muitos amigos da nossa causa, que virão mais tarde se identificar completamente comnosco.

PREÇO.

o preço que temos a pagar para levantarmos a causa da instru­cção baptista é o de sacrificio e -cooperação com os pretendentes ao magis,terio ba.ptista que se apresentam, dando evidencias da sua digni­dade" do seu caracter e da sua aptidão.

Crear um corpo de professores e professoras baptistas é uma ta­refa tão digna como difficil. Quem não semeia não poderá ceifar. De­vemos coBocar a responsabilidade sobre os nossos hombros e leval-a de um modo digno, afim de que as pedras preciosas escondidas nos lares baptistas venham passar pelas mãos dos lapideiros. soffrendo o preparo, nece.ssario ,para brilharem depois no 'reino de Jesus aqui na terra.

FUTURO RISONHO.

A nossa~ Escola Normal tem uma grande missão, um vasto campo de actividades, a base firme de serviços validos já prestados á deno­minação, um,grande e glorioso idea~.

O Corpo Docente continúa a crescer, havendo já nove professo­res e professoras que regem as diversas cadeiras, proporcionando já o ensino technico em· mais de yinte' diversas materias pedagogicas, que

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80 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

I . >' •

constituem,' a base. da formatura de professores e professoras, habili-tados para leccionar em instituições primarias ou secundarias., '

CURSOS. , \

.A instituição ofrerece um curso qu'e-:-se adapta a preparar pro-féssora~ . para xHrigir Jardins de IInfancia, outro para profe~sores des-tinados ao inagister~o dos cursos primarios e' com'plementares e o ourso-alto· normal, que dá direito 'ao- diploma de . Bacharel e~ 'Sciéncia de- Educação, que é um grau que' ultrapassa o de Bachárel em Scien­cias e Letras, no .preparo que exige. E' de n.ot.ar que o Curso' Alto Nor­mal dessa instituição leva quatro annosmais que o curso de' norma-­lista da Escola Normal desta Capital. A differença' é.que o, noss,o pre­para professOres para leccionarem nos Collegios secundarios" emquan­to ~elle adapta as professoras ao ensino prim.ario unicamente.

MATRICULA.

A normalista paga a mesma coisa que o seminarista. O estudante na Escola Normal, seja moço, seja moça, paga a mesma coisa que o seminarista. Não deve serdifficil nessa base economica encher as salas de aula da nossa Escola Normaloom bons aspirantes ao magisterio na ~nstrucção baptista. Não ha falta de pessoas no seio da mocidade das nossas egrejas que se dariam bem no· magisterio. Mas é neeessario al­guem estimular essa mocidade para aproveitar as boas opportunida. des para fazer um bom serviço. Deus ajuda quem ajuda a si mesmo. O moço ou a moça que tem a vontade de fazer um bom esforço para entrar na carreira de estudante encontrará auxilio da parte de Deus e de seus servos. O que é necessario é a iniciativa de uma fé inabalavel 'e a convicção de que' Deus re~er o seu serviço.

NOVO ÉDIFICIO.

Actualmente a Escola Normal espera 'o grande e beIlo predio em processo de construcçãopara entrar em uma nova phase da su. vida. A Escola Modelo fieará installada nesse predio, qué terá muitossa­Iões grandes, onde ainstallação . será feita em condições ideaes. As pro(essoras ,que regem as cadeiras' dos' cursos preliminai'es e comple­mentares nesse edifício serãoescolbidas com espeCial, cuidado, afim de serem essas aulas uHlizadas para observaçAo dos. trabalhos pelas" nor­malistas; que assim aprenderão 'pór aproveitRI'e~ a experiencia e pe­riciade professoras bastante ·experimentadas. Esperamos/6ompleta~ este edificio dentro do anno lectivo 'de t 925. ;'

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RELATORIO DO COLLEGIO ·E SEMINARIO DO RIO bl

GARANTIAS.

Os Bacharels em Sciencia de Educação têm garantias absoluta':) desde o dia da sua formaLura, pois ha n;lais que uma duzia de pedidos, esperando cada t;lm delles antes de findarem seus cursos. No anno findo seis moças Sl' formaram, cinco das quaes ficaram contractadas immediatamente para os serviço.s desta instituição. Podíamos ter .co]­locado uma duzia em nosso collegio e mais uma dtlzia em outros co11e­gios baptistas, que carecem tan! o de bons professores e boas pro­fessoras.

IV. ESCOLA COMMERCIAL

o Curso Commercial, fundado ha cinco annos na nossa institui­ção, já deu uma boa turma de Dactylographos e Estenogra"hos para o meio commercia1. .\í o anno passado este departamento recebeu um accrescimo consideravrl de equipamento e com a entrega do novo edi­ficio para os cursos elementares. quanto ás suas aulas diurnas, ha de gozar outra vida em salões amplos, onde o trabalho e actividades da Escola poderão ser desenvolyídos sem restringimento.

AULAS NOCTURNAS.

o local cio Collegio Hàddock Lobo se ada,pl a muito melhor ás J1eces~idades das aulas noctlll'na~ e esperamos em época convenient e montar o curso noc·turno alIi em condições a satisfazer as necessidades· de grande numero de jOVelh que não podem cursar nas aulas diurnas.

IDEAL.

o ideal que visamos na Escola Commercía.l está sendo tocado de:ide o j empo quando começámos a receber bons alumnos do grando Interior do Brasil que \"I'm adquirir seu preparo debaixo das influen­cias beneficas do Evang'elho nos nossos Internatos. Estes cursos estão abertos para' ambo~ O~ sexos, como toQ,os os cursos deste estabeleci­mento, e o Collegio offerece grandes gar~ntia.s para todos aquelles que cursam estas aulas. pois p facil ·collocarmos os nossos alumnos que se formam nesses cursos bem no meio commercial degLa eidade.

\.

V .. EsCOLA PARA ,OBREIRAS

o Curso para preparar obrei"as foi fundado lIa pouco tempo; não tem atlrahido muito a attenção dos irmãos baptist.as a si até ago­ra. Era de desejar que as egrejas comprehendessem melhor a natureza e a fu~cção deste cur.~o.

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,82 , :OONVENCÃOBAPTisTA BRASILEIRA . ' .• "'. '. '. """,." ,,~ .' : 4. ~ • _", ,'. ". • " , • •

NECESSIDADE. ","" ; ... '\ :

P'

:~: ":,",, :Ehtre' as '$rlndes nee'essidàdes r;lo campo não ha' oútra .' mais pa­t~Ílte" que' a neéessUiade' parà ''Obreiras. nas' egrejas para tomarem" ini­'(fHit~va 'n~d~se!l-volviniento das' socied~d,éspara sen:hc.~as, li'niões '.da: irióêidade, sociedádes juvenis e das Escolas Dominieaes. Em' . muitas

. dâs nossas' -egrejas às' pesso'âs do sexo'iemiIiino não têm nem rudimen­tus' de :insir:ueção' e' 'não se.acham em co'ndições para fàier' serviço al­·guin. Este ''Curso, que aJunta do nossoCol1egioe Seminario fundou, 'Visa o preparo de.fi.l9.ra~. ~u~, ,mais tarde poderã~ ~azer este trabalho nas fegrejas.- , ,', .-' : .. ~; .:. ,: . ' ... }. '

NJ'TURI;:ZA DO CUR$O.

.... O : QUe o curso theologieoé para o aspirante ministerial no nosso Se~ina-rio este curso é para a moça que tema ambição santa para prepar-ar-se melhor .afim de poder servir a causa do Senhor. O curSQ versa em materias {lo ·estudo biblico. do estudo de methodos de tra­balho- nas egrejas e certas materias geraes que são fundamentaes em todQs' os cursos. ... ."';.

COOPERAÇAO •

. Sem a cooperação não se consegue nada Qa causa do Senhor. E' uecessario que a .moça em qu~lquer das nossas egrejas ·que ~eníe no sl\ coração () desejo de estudar para melhor desempenhar opápel,de SCl'ya do Senhor na egreja externasse esse sentimento na presença de ,possoas ,quc sc .,syimp~fJlizam para não, deixar d~ fazer a sua parte em ;C OQlleração. .

S~ o~ pae~ têm recursos e são bons,crentes deverão'recqnhecer Que não .{ioüeriam faúú' serviço' melhor para a sua filha e para a causa q'ue" e:itfregitl-a' ao" ~eÍ1hol: e41judal~a a começar a' vida de fé activa.

"susteiÍtandó-adurànte' algUns"mezes no estudo deste curso para obrei­ras até ellà poder demonstrar' claramente a sua aptidão para este tra­balho: glorwso:Deus proverá 0.8: pIeio.s depois para alia 'continuar seu~ estudos 'até c.ompletar o curso, ficando assim prompta para o serviço da su~'Vida. H.a·1miteos: pa~ qUé~ pedsainnão..valer a .pena tal sacrifi­cio, tkfrqueca filba mais : tarde. talvez. se casará e não virá utilizar-se do eit:udo.··que fez. Até"os 'paes-aprenderem que 'a mã~ de familia deve sei' \1mbáluarle da':caus~fütura na educação dos proprios 'rUhospor

'. rêr' 'feitO tal curso.dce.studos c' ;amá' fOI"La18Z3 da causa pela sua acti-,- .\0' . " ...... ... ';

vi~* ~.{}ader.~çana· es.reja, mesmo .~(}Udo ,.c~da .. o·tra,balho b~ d.e

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RELATORIO DO COLLEGIO E SEMINARIO. ·DO RIO 83

ficar sem ·vis~o e sem grande desenvolvimento. O ·éasameítlo é'· Uina condição de vida e ~ão é o fim priucipal da vida da bôa fil.ha que peus deu áquelles paes, qüe estão andando com um ideal tão aquem da crença evangelica que ,professam, mas que não entendem b~m. .

CONDIÇOES.

As condíções mais favoraveis possiveis se estabelecem por esta instituição para essas moças destinadas ao curso de obreiras, sendo ;as mesmas que prevalecem para os seminar~stas e normalistas, a exposi­ção das quaes foi feita acima.

CORPO DOCENTE.

o Corpo Docente dest.e curso é composto de professores do Col­legio da Escolal'jormal e especialmente do Seminario. O curso:sei:ú~ha bem organizado e o ensino que se adm~nistra .. é bom ~ sàliçlo.

VI. ESCOLA DE VERÃO

Entre as phases desta instituição, que interessam mais os ir­mãos baptistas por toda à' parte, uma das mais lffiporlàntes' éà·tla Escola de Verão.

O fim que yisa a Escola de Verão é ext.ender os privilegias das aulas dessa' instituição a· todos que querell; apró~·eilar a época das fé­rias para adquirir gradualmenll' e por cursos abreviados um preparo mais solido e uma orientação sempre melhor. A Junta do ilO3:3 II Colle­gio e Seminario quer trazer a instituição para 05 obreiros bapJislas de loda a categoria que se acham alistados no róI dos acliyos no serviço e que não se podem afastar por longos tempos do trabalho, afim de fazerem cursos na instituição.

PLANO.

Organizamos, pois, cursos de tres semanas ou seis semanas du­rante as férias para a conveniencia dos obreiros 'e com o fim de aju­daI-os na elevação de si proprios na escala de efficiencia no trabalho do·Senhor.

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-CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

NOVA FRIBURGO.

A séde da Escola de Vel~ão é Nova ~'riburgo. NQ tempo de verão ,0 clima dessa beIla cidade, sif.uada no ~eio das montanh,as, é muÜo favoravel para o estudo: O soceg'o dessa cidade. a pureza do ar das

. montanhas, a belleza inspiradora das paizagens e muitas outras con­dições contribuem para' tornar aquelle {'.entro de· grande valor para n

. progresso da instrucç.ão entre o~ dedicados obl'eiro~ que dl1rant c 0"

outros mezes do an.no se, acham no meio das actividades da evangeli­z.ação baptista.

CONDIÇOES DE MATRICULA.

As eondiçõe!' do estudo são extremament.e favoraveis. Cada obreiro paga por mez o preço modico de' 60$000, sendo este preço' in­clusivo de pensão. ensino, matricula, emfim tudo.

CURSOS.

A Escola de Verão proporciona cursos evangelisticos e outros para os pastores, evangelistas e 'outros obreiros; cursos pedagogicos para professores e professoras; cursos biblicos e de- methorios para obreiros e obreiras; e curso geraes para todos.'

CORPO DOCENTE.

o Corpo Docente se compõe de professores do Collegio e Semi­nario do Rio, de professores de outros... institutos baptistas de ensino (' de diversas outras pessoas que representam os interesses da Junta de Escolas Dominicaes, e Campos missionarios.

VII. DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO

Ha diver.sas phases de activicladl' do nu~~ü Uollegjo e ~mllillario' em que ba nat,ureza de extensão dos seus privilegios ao.; obreiros do:, campos _ e a muitas ,pessoas na~ fa~i1ias mais cultas não só dest.a Ca­pital, mas de Dutros lo~ares.

CHAUTAUQUA.

A Cbaut.auqua é um meio de dar visão aos Obl'eif'()!-' por l'Punil-o~ uma vez por anno âurante o período df~ dez dias ou mui!' Tla~ ~revt':;

férias de Junho, e no ·proprio local do Collsgio e Seminal' iu, adminis­trando-lhes um programma ilheio de inspiração que não sú informa mas tambem estimula mira grandes 'emprehendimentos no reino dt, Jesus. Essa série de reuniões abençoadas têm contribuído grandemenf f'

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ltELAT01Ub DÓ COLLElGlb E SÉMINARIO DO RIO St; -------para o desenvolvimento dos obreiros. sendo semI}re bem eoncorrida e enthusiasmada.

CURSOS'" POR CORRESPONDENCIA.

Desde muitos annos .esta instituição tem mantido aberta sua ma­Lricula para Cursos por COl'resIJondencia. O t{'abalho destes cursos tem 'soffl'ido por falta dê pes~oal Jmra pôr o plano, que é bom, em execução efficazmente. :\las, com o desén\rolvimellto .da organização do estabe.., lecimento, já nos achamos em condições mell~ores para fazer este- ser­viço. Estamos abrindo matricula este anno de 1925 para todos que querem fazer os cursos biblicos, theologicos, pedagogicos, e geraes. As condições de matricula no:s cursos geraes, como por exemplo de Por­tuguês, traz a despeza de professores que precizam fazer este traba­lho. Pará ficar um curso bem' feito e altamente serio e solido 'Cobra­mos O sufficiente para exécut aI-o sem prejuízo á instituição e tambem um preço modico que conta eom lucro para essa instituição.

O preço/é de 25$000 pela matricula e. 1;:)$000 'por trimestre adian­tadamente. Para este preço podemos mandar, além da materia do curso geral, mais uma materia dns outros cursos acima referidos, á escolha do pretendente.

OUTRAS PHASE8.

Ha diversas outras phases do departamento de extensão que ser­vem, principalmente, o local e não precisam ser mencionadas· nesse relatorio senão para revelar a diversidade das actividades no nosso Collegio e Seminario.

Algumas dessas phases são a Associação de Paes e Professores, Es­cola Elementar de Verão, Aulas Nocturnas, Prelecções Publicas de Ly­ceu e outras reuniões publicas como as da Sociedade Missionaria do Seminario.

REVISTA.

Ha muitos annos o Corpo Docente e a ~unta desta instituição têm alimentado a esperança de fundar uma Revista que pudesse servir de porta-voz do professorado dessa instituição ao povo brasileiro den­tro e f6ra das nossas" egrejas. Se fôr da vontade de Deus essa Revista começará, durante o presente anno, a sua vida. ElIa ha de explorar di­versos ramos de actividade intellectual, principalmente os de educa­ção, religião, .philosophia, sooio]ogia, exposição biblica, historia. lite­ratura e economia politira, p~ra buscar as mensagens' e interpre.taçõ~s de coisas velhas e novas afim de servir e py;omover um desenvolVI­mento intellectual, moral e religioso, seguindo' a orientação' deste instituto .. Os nossos pastores, evangelistas, professores, obreiros e lei.:·

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86 .oONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA

gQS .intelligentes· encontrarão nessa Revista comida e gymnastica in­telleotuaes para o seu desenvolvimento. A Revista levará tambem a mensagem desta instituição sobre os themas do m~is alto aloanoe para os inteUectuaes fóra dos circulos baptistas. Que Deus seja servidO· abençoar este plano .para servir a causa de instrucção. popular sob a orientação do Collegio e Seminario Baptista do Rio.

Necessidades e Planos

A primeira necessidade ~e uma instituição como esta é de ami­gos espirítuaes que cooperam com as suas orações fervorosas a Deu., para o seu bem. E' difficil uma instituição christã fazer progresso. Sem as orações dos crentes o Collegio e Seminario deixará de conse­guir os' seus justos fins. Pedimos, pois, as orações dos crentes em toda a parte para que est" instituição venha a attingir o seu alto ideal, quando uma verdadeira corrente de pessoas da mocidade inculta en­trará .pelas portas para sahi~em depois .polidas, instruídas para toda a boa obra. Outra necessidade é de cooperadores que estejam promptos para.se sacrificarem afim de ajudar a mocidade a aproveitar as op­portunidades que a instituição proporciona para um preparo solido e amplo~ Muitas vezes uma pessoa da mocidade só precisa de um pouco

. de ~stimulo para se collocar em caminho de preparar-se para o ser­viço da. vidâ. A's vezes uma palavra é sufficiente. Mas muitas vezes o moço que quer estudar para prégar o EvangelhO é pobre, e é necessa­rio alguem ajudaI-o afim de que não desfalleça no esforço para ganhar o preparo devido para a tarefa difficil. Não ha um meio de gastar o dinheirD · .. melhor que no preparo de um futuro prégador ou de uma futura professora. Que Deus levante muitos cooperadores no seio das nossas egrejas para ajudarem os candidatos ao minislerio e magiste­rio no esforço para ganharem preparo.

ESforço Proprio , o moço que não quer fazer um esforço para ganhar o seu pre­

paro, antes quer depender dos outros unicamente, não deve receber nosso apOio.

Estudantes

As instituições, o Seminario, a Escola Normal, o Collegio, a Es­cola. para Obreiras, emfim todas as Esc~las carecem de bons estudan­tes, que, podem, depois de PStssar alguns annos no estudo, tomar os seu.! logares na, vanguarda dos ~eader8 -&la no~sa clenomina9io na eyan ...

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RELATORIÓ, DO eÓI,.,LEGIO E SE~INA:RIO !.DO RIO .87

gelização' e 'instrucção -baplista. O Corpo Docente de :setenta, b~ns pro­fessores de diversas naciona.lidades riã-o pode fazer ~natlà '~-bem da causa sem que Deus levante muitos bons estudantes. Devemos rogar ao Senhor da Seara e depois ajudar aqueHes que' apparecem para que ad­quiram o seu preparo e comecem as suas carreiras no serviço da grande causa. '

Equipamento

1. T~mos grande necessidade do novo predio em processo .'de consfrucção. O edificio Judson Hall já está mais do que replet.o de alT'­las. Já no começ,o ,doanno lectivo de 1925 encontraremos grandB:; rlif~'

ficnldades em organizarmos as aulas naqu-elle -predio.

2. O Collegio para o Sexo Feminino tambem passou além d'a sua lola~,ão e acha-se em circumstancias difficeis para organizar os seus trabalhos ou receber mais alumnas internas. Ha urgente necess'idade de um edificio para dormitorios para aquelle Collegio.

3. O numero de alumnos vai augmentando de anno a anno, tra­zendo maiores necessidades de equipamento mat.erial mais elaborado. Já estamos precizando de mais uma ala do novo dormitorió, Ray-Hall, que, além de mais salões de dormitorios, proporcionava um granp,e re-, feitorio para o Internato para o Sexo Masculino.

4. O Seminario continúa a crescer solidamente e merece ser attendido no seu appello pelo novo edificio que vai 00cupar o sitio do Palacete' Itacurussá. Esperamos que breve venha o dia quando pode-, mos ver o bello edificio novo do Seminario coroando a elevação ma­ravilhosa que apresenta lindas vistas de ,todos os grandes bairros de Tijuca, S. Christovão, Andarahy e outros.

Relatorio Financeiro

o relatorio f.inanceiro annual do Collegio e Seminario fala por si mesmo. Durante esse anno ajudámos mais de cem estudantes, que reoeberam ensino gratuito e lambem meia pensão na base de serviços de economia feitos para a instituição. Essa despeza só montaria em mais de cem contos de téis. Pelo relataria se pode verificar que. eon­siderando o faoto agora cilado e mais o facto que a Junta em Rich­mond deu para as despezas correntes da instituição somente 91 :678$670, o Collegio e Seminario' paga com seus rendimentos pro­cedentes de cobranças com os a h'nub'Os , lodos os professores brasilei­ros, suas despezas; de interhatos, s'eus 'alugueis e mais despezas.

Page 90: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEHRA

R e I a t o r i o fi Dan [ e i r o '~ o a n D 9 ~ e 1 ~ l4

Joia Taxa Medica Dinheiro Seminario Ext. na _ Livraria ExL no Internato. Externat.o Feminino Internato ~lensalidades . E.;;rola oe Yerão Cultura Phy~i('a.

Luz e Gaz Aulas de Lingua~ Chacara Junta Americana, Equipamento :\turo Chautauqua. Diplomas

Saldo rjl~ 1923

Saldo para f 925.

RECEITA

Q:320$000 3:240$000

15:134$600 5:898$700 9:688$600 1:023$300

17:106$000 8:538$280

266:721$900 -í :355$800

108$000 1 :í22$900

400$000 248$000

91:678$670 42:573$100 12:000$000

5:0498000 695$000

492:20f$850 7:236$61-'!

499:438$464

tO :5t9$110

Internato G. Geraes Empregados Professores. Dinheiro a diversos. Aluguel Automovel Externato Feminino Internat.o Escola de Verão. Officinas. Equipamento Muro Light Propaganda. Propriedades. Hest ituições fei! as Impostos Seguros :Jfoveis Diplomas __ rnstrucção ~filitar. Aulas de Línguas Differença em Caixa Cultura Physica. Livraria Chautauqua. Bibliotheca Material Escolar Beneficencias. Casa Publicadora.

Sornma Balanço

A. CockellJ

Tbesoureiro.

DESPESAS

102:530$090 9:026$200

'I5:482$60n 135:337$500

15 :111$700 18:240$000 21:697$700 13:824$400 5:132$880 5:942~8011

8:634$750 33:909$900 f2:401$120 5:717$65\ 9:971$900

-13 :765$280 721$500

fi :710$800 1:330$900 2:213$360

978$000 t :H4$00n

400$000 2'0$000

2:892$100 8:323$410

157$200 10$000

117$500 211$800

1:692$310

488:919$354 10:519$HO

499:438$464

Rto de Janeiro, 3i de Dezembro de f 9~4.

Page 91: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

RELATORIO DÓ COLLÉGI0 E SEMiNARIO DO RIÓ 89

DEMONS'DRATrvO DO. }rOVIMENTO FINANCEIRO DO COLLEGIO

BAPTr~TA DURANTE O ANNO DE 1924

Saldo da caixa do anno de 1923 Movimento liquido das entradas da caixa Contas a serem recehidas

Saídas liquidas pela caixa Contas a serem pagas Credito de titulos do ele ~.' 5 Saldo bruto de balanço para 1925

Total

Saldo liquido em caixa para 19:2 5 Saldo bruto .a ser recebido

Total

ENTRADAS

7:236$614 492:201$850

17:157$900

516:596$364

SAlDAS

~488 :9Hl$354 12::174$180

4:801$450 10 :50'1$380

516:596$364

10 :519$110 4:783$720

15:303$830

Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 1924.

Aristides Cockell,

Thesoureiro.

Page 92: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

90 CONVENOÃO BAPTIStA· BRASILEIRA

RELATORI<).·····ANNUAL

00 .MO;VIMENTO FINANCEIRO DO OEPART'AMENTO FEMININO DO

COLLEGIO BAPTISTA

REOEITA DESPESAS

Joia 3:540$000 Equipamento 9:315$884 Mensalidades. U2:293$000 Light. 4:389$595 Musica 9:862$100 G. Geraes 83$800 Automovel 770$000 Livraria 4 :446$/,00 Livraria 5:626$100 Differença creditada 17~000

Dinheiro 187$700 Internato. 54:303$820 Contas recebidas de Professores e Em-

1923 934$100 pregados. 40:420$000 Musica 8:637$000

133:213$000 Automovel 780$000 Impostos. 3:251$500

Saldo para 1925 6:716$301 Deficit de Dez. de 1923. 693$700

Somma 126:496$699 Balanço .i 6:716$301

133:213$000

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1924.

Concluindo o relatorio. composto muito ás pressas e, portanto. com grande imperfeição, recordamos agradecimentos pela cooperação de todos 08 bons professores e amigos, que tanto se esforçaram para que houvesse bom exito dos trabalhos durante este anno. Na minha ausencia o Dr. A. B. Langston desempenhou bem o papel de Director Interino e temos muitas razões para darmos graças ao bom Pae Celes­tial pelas abundantes riquezas da sua bondade durante o anno lectivo lindo.

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ANNEXO N. 6

RELATORIO DO COLLEGIO E SEMINARIO. DO RECIFE

ÁCONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Os trinta ,mêses decorridos. desde a ultima Convenção, registram um progresso gigantesco em lodas as phases do trabalho baptista do país, e especialmente no trabalho educacional. De certo, nenhuma instituição ha gosado de maiores bençãos celestiaes do que o Collegio e Seminario do Recife, educandario este que esl á servindo a todo o norte do país. TanLas teem sido as bençãos, que difficilmente pode­riamos enumera-las. A matricula total, excluindo as duplicatas, (os matriculados em mais de uma escola) atlingiu á bôa cifra de mais de 2.000, e as receitas, de todas as fontes, cerca de Rs. 800 :000$000. O nu­mero de seminaristas e alumnas da E. T. C. passou de 150.

Tambem houve augmenlo no patrimonio. Gastámos em concer­tos e equipamentos mais de 100 :000$000 e comprámos por 170 :000$000 mais duas magt;tificas chacaras adjacentes, com optimos predios que servirão de dormitorio ás moças. O patrimonio da instituição attin­giu a 2.000 :000$000.

Foram organizados: o Jardim da Infancia; a Escola de Musica, com 7 instructores formados nos melhores Conservatorios da Euro.pa. da America do Norte e do Brasil; a Escola Normal; a Escola Superior de Literatura, sob a direcção do dr. Luiz de França Pereira, presiden­te da Academia Pernambucana de Letras e autor de reputação inter­nacional; a Escola 'Superior de Sciencias, incluindo 3 annos de estu­dos em Chimica Industrial, especializando-se na canna de assucar, sob a direcção de professores formados nas melhores universidades da Europa e da America do Norte e do C. A. B.

O numero de professores tem augmentado bastante, sendo o nu­mero actual de 51. Mas, o que para nós é de maior valor, é que todos os professores do Collegio, com a exclusão de dois, dão todo o seu tem­po inteiramente á instituição.

Tambem a coeducação se tem tornado uma realidade. Reza o nosso prospecto: "Admittimos a coeducação porque a nossaexperien­CiB nos tem demonstrado as suas 'l'ossibilidad~s neste país. Presellt~ .•

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92 CONVENÇÃO BAPTISTA. BRASILEIRA

mente não nos achamos devidamente apparelhados para admittir grande numero de internas. Esperamos, porém, dentr; de pouco tempo ati,ender aos desejos 'e solicita~'õe~ daquelLes que são concordes com­nosco em acceitar que a \"erdadeü'a educação não é a que, procurando systematicament.e separar os jovens, destróe a bôa, honesta e intelli­gente camaradagem entre ell~s. Formando o seu espirito lado a lado, poderão ·o~ jóvens, sem c5forço p sem manei-ras fingidas. aprender qm' cada vez mais a humanidade exig,e a cooperação' de todos os seus mem­bros para a felicidade commum. O isolamento seria méra tolice. si não constituisse, ás vezes, requintada ri1aldade."

O que nos enche de maior orgulho é o desenvolvimento espiri­tual da Instituição durante os dnis ultimos annos. ~m 1924, além das classes theologicas, foram mantidas classes biblicas em todos os de­partamentos, desde o "Jardim da Infancia" até os cursos superiores. Todos os crentes e filhos de crentes, num total de 283, te em estudado nas aulas biblicas. Ou, para ser mais exacto, tem havido uma frequen­cia média de 51 % dos alumnos na escola" diurna, estudando nas au­las biblicas, que são facultativas para t.odos, menos para os crentes. Cerca de 30 alumnos e J professor fizeram profissão publica de sua fé em Christo, e 12 foram baptizados.

O seguinte relatorio parcial para o anno p. f. revela que os prQ­fessores e alumnos estão activos na Causa do Mestre:

Sermões prégados Outros discursos Escolas Dominicaes dirigidas Outras reuniões dirigidas

. Classes na E. D. ensinadas Visitas evangelisticas feitas

Livros vendidos : Tratados distribuidos Igrejas organizadas

Numero de decisões Profissões de fé

Baptizados Unidos com a igrej a por carta demissoria Unidos com a igreja por reconciliação Contribuições pelas igrejas dirigidas, 30: 138$200.

L251

291 174 456

493 1.494

183

12.669

3

212

203

168

56

11

No mês de Agosto 0., dr. A. B. Deter dirigiu uma série de confe­rencias evangelisticas no Collegio, que resultou no despertar-o de mui-

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RELATORIO nó COLLEGIO E SEMINARIO DO RECIFE 93

tos e na conveJ,'são de 15. O dito conferencista, numa carta escripta á nossa Junta de Richmond, teve a bondade de dizer que "O Collegio do Recife está pondo em pratica o programma religioso que os dire,ctores dos outros collegios falam cm fazer" Esta é a opinião de todos os que nos hão visitado nestes dois ultimos annos. Um Collegio missionaria, onde não se préga o Evangelho abertamente, está excusando-se da sua missão. Temos perdido alumnos por causa da propaganda do Evange­lho, mas nem por isso deixámos de fazer o nosso dever. Quasi a tota­lidade dos 200 internos, e uin bom numero de externos, durant.e 1924, foram matriculados nas diversas Escolas Dominicaes, e 70 tomaram parte activa nas Uniões da Mocidade da Igreja de Capunga.

ORGANIZAÇÃO

~em poucos comprehendem a organização do nosso educandario no RecIfe. E' um conjuncto de oito escolas, para a direcção das quaes pedimos, de conformidade com a recommendação da Junta de Rich­mond, seja nomeada por esta Convenção uma só junta administrativa, na mesma base em que é nomeada uma só junta para o Collegio 'e Se­minario. do Rio. Si pudessemos achar um nome geral para a institui­ção inteira seria melhor, pois as suas funcções e actiyidades são majs amplas que o~ seu nome actual indica; é mais que 'Collegio e Seminario. Ficaremos gratos áquelle que nos snggerir um nome adequado.

Eis a organização: I. COLLEGIO AMERICA.NO BAPTISTA, que abrange os seguin­

tes cursos, de doze annos: (1) Jardim da lnfancia, de dois annns. _\ cl'eação deste departa­

ment.o foi sempre um dos nossos sonhos. Antes do principio do anno p. IJ. não passava de sonho. por falta de uma professora. No fim de 1923, d. Josepha Silva, bacharel em Sciencias e Letras pelo Collegio. voltou da America do Norte, onde estudára numa das melhores escola~ ó curso completo de "Jardim da Infancia". E~te departamento tem tido uma acceitaç,ão extraordinaria pelos recifenses.

(2) CtU'so Primario, de três annos. Este curso está sob a com­petente direcção de d. Bertha Hunt e 4 prufessoras, todas titulada:: pela nossa Escola Normal. A matricula de 'Í 92i attingiu a 110. Para o anno funccionaráno seu proprio predio.

(3) Curso Medio, de -tr0s annos. E-ste. cUrso' 1'uncciona ·no seu pro­prio predio, com sàla~ ampla~. urrl corpo' docente- de oito profes&ôres. lodos diplomados pela Instituiç,ão, sob a habil direcção do professor Carlos Barbosa, que fez os seus estudos no C. A. B. e nus Estados Uni­dos da America do Norte. A matricula de 1924 attingiu a 291.

(4) Gymnasio. E' um curso de quatro annos, que inclue no seu programma os doze preparatoriós _.exigjslo$'. pelas.· Í.!l6uldades s:uperiores

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94 CONVENÇÃO' BAPTISTA BRASILElttA

do país. Este departamento está sob a direcção immooiatâ do dr.' R:· S. Jones, vice-presidente 'da, Instituição, auxiliado por seis lentes' com­petentes, que dedicam todo o seu tempo ao ensino. Provisoriamente occupa o predio das Escolas Commercial e Superior Literaria.

II. ACADEMIA COMMERCIAL, de quatro annos, com seis lentes sob a direcção provisoria do director do Gymnasio. A matricula de 1924 attingiu a 187. Esta escola já collocou no commercio do Recife mais de 200 moços e moças. Não ha casa bancaria ou commercial im­portante, nem repartição publica do Recife, que não conte entreoa seus empregados, um ou. mais alumnos desta escola.

III. COLLEGE (empregado no, sentido americano). A parte li­teraria, qué actualmente abrange um curso de dois annos, está sob a direcção do dr. Luiz de França Pereira, bacharel em direito e actual­mente presidente da Academia Pernambucana de Letras, e aulor de reputação internacional. O objectivo deste curso é dar uma cultura mais larga á~ humanidades e especialmente ás literaturas portuguêsa, inglêsa e francêsa. A. parte scientifica está sob a direcção dos drs. John L. Bice, da Universidade de'Texas, U. S. A., dr. Guilherme Gueis­ner, da Universidade de Vienna, 6 o bacharel Arnaldo Poggi. Esta es­cola offerece uIll curso de dois annos em Chimica e Physica, indus­trial e commercial, incluindo um curso completo na especialização da canna de assucar, o producl.o principal desta zona. Funcciona no seu proprio predio, com laboratori'o completo e amplo.

IV ESCOLA XORMAL. Depois da fundação do Collegio, h8 19 annos, sentia-se a necessidade de professores devidamente prepara­dos. Assim é que por muitos annos a Instituição vinha offerecendo um curso limitado que Yis~va o preparo de professores para as escolas pri­marias. O successo colhido neste curso, juntamente com a necessidade de professores para o curso medio, não só da nossa instituição, mas dos outros collegios já fundadus. e a serem fundados no norte do país, obrigaram-no:;: a transformar (} simples curso normal em Escola N~r­mal, que offel~ecp 5 annos de trahalho. Esta escola visa o prf'paro de p1"ores~oras para as escolas primal'ia~ e média~. Só augmentaremos este programma., si as circumstancias ]lOS obrigarem a faze-lo. Quando outros, melhores· apparelhados, puderem fornecer os professores de que as nossas escolas d~ norte carecem, de bom grado acceitaremos a sua cooperação, mas emquanto eonLinuarem a não poder f.ornecer nem o seu proprio prOfessorado, somos ob~igados a preencher a lacuna. Neste' primeiro ann" dez alumnos estudaram na escola. O corpo do­cente é composto de cinco instruétores. Além dos cinco annos de es­tudo. ós professores são obrigadOS a ter um anno de pratica antes de serem diplomados.

\" ESCOLA DE MUSICA. Eslaescola é tambem umagrandeevo­lução., Sa emeo annds começámos, ~m uma SÓ professora, que ensinava

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RELATORIO.DO C.OLLEGIO E SEMINARIO ;DO RECIFln 95

solfejo, piano:,. canto e violino. HOje. a escola conta no seu 'corpo do,.. cente seis ,professores e esperamos mais outro casal antes da abertura das aulas em Fevereiro. A' frente desta escola acha-se o maestro An­tonio:de Alcantara, que serve, na qualidade de secretario, de professor de solfejo :e director da orchestra. A' frente do Departamento de Canto acham-se as. eximias professoras D. Frau Elise Jehle; outrora' profes­sora do Conservatorio de Berlim, e D. Alyna Muirhead,alumna desta e de professores .celebresna' America do Norte; Sr. Aureo Bandeira, hoje reconhecido como o primeiro violinista de Pernambuco e que, formado pelo Conservatorio do Rio de Janeiro, está fazendo um optimo lrabalhocomo professor da nossa ·escola de musica. Consideramos como a maior acquisição, D. Maja Fausei, professora de. piano. Pia­nista, ex-aI um na do professor Max Von Paner, diplomada pelo conser­vatorio de StuttgarL (Wurttembergia), 4 annos foi professora do Insti­tuto "Paulimenstift", em Friedrichsnapen. Ex-professora da Duqueza de Wurttembergia.

A' frente da musica sacra acham-se os professores J. And"erson Lyle e D. AlynaMuirhead. A influencia deste departamento está sendo sentida em lodasas igrejas do norte, e com a chegada do ciasal Zim­meramn, esperado, em Janeiro, este departamento deve prestar gran­des serviços á causa. o estudo de musica é obrigatorio para os semi­naristase alumnas da E. T. C.

VI. O CQLLEGIO DA BIBLIA, cujo plano geral já .foi apresen­tado pelo dr. Taylor, nas seguintes palavras:

A Suprema emphase da nossa instituição tem sido sobre a edu­cação do jovem ministro de ehristo nas Escripturas. Ha oHo annos, nOSSO:-i seminaristas estudavam mais livros a respeito da Biblia do que as proprias paginas desta. Mas. com o desenvolvimento de um corpo docente adequado, não ~reso a tantas outras responsabilidades que não restasse tempo para séria interpretação da Biblia, mas somente para aproveitar estudos alheios, de segunda mão, num livro, o propi'io Seminario cbegou a fazer da Biblia seu texto por excellencia no ver­naculo e nas linguas originaes. Mantemos estes propositos c curso~

eomo outrora para os alumnos ~diantados." "Porém, a separação organica do Seminario do Collegio e a oc­

cupação consequent-e dO$ lentes do Seminario, quasiunieamente, no ensiíl(') d.e suasmaterias theologicas. deixaram os 'principiantes sem a devida instrucção bíblica. A reunião das instituições vem remediando esta falta, havendo este anno ensino biblico systematico, desde o de­part.amento primario até o Seminario. Tambem a experien(}ia ·deste anno nos levou mais um passo adiante, a bem dos ,principianLes.

'"Chcgámo8 á {'.Jnclusão de que a inexpel'iencia -dest-cs tOI>na :ue­éessal"ia a ap,plic~ão da Pá\asra dé"~us ás ·s~as iVidas::e'ÓónSci.elWw.s.

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· OONVENÇÃO BAPTISTA BRASlLEIltA

no, pr,incipio dei seus cursos e não depois de seus estudos. literarios. Porisso,.:deliberámos remover 'os seminaristas do ·meio ,dos dormito­,rios do OoUegio, para um .dormitorfo adequado· fóra do sitio do Colle­gio, ,e responsabilizar 'umafaroilia dentre 'ós professor.es para superin­tender o dormitorio.a ,disciplina e o trabalho religioso dos al~mnos. sob a direcção geral <do presidente e vice-presidente da Instituição.

"O plano que contemplamos dará uma' especie de três colanias ou nucleos de actividade· educativa: o dormitorio das moças, num pre­dio ideal para seus fins, sito na rua Pereira da Costa, antiga do Padre Inglê~, sendo a directora das trabalhadoras chrislãs D. Pa&lina White e os responsaveis pelo ct'ormitorioa familia Bice, oCol1egio ~mericano Baptista e escolas alliadas '(normal, commercial, scientifica, etc.), sob o immediato cuidado {}as familias Muirhead e Jones, e odormitorio dos seminar-istas, a· Livraria Baptista; a typographia, uma bibliotheca evangelica para o publico e as classes ,do Collegio da Biblia, sob a' res­ponsabilidade da familia Taylor. havendo para lodos os alumnos um refeitorio .commum, no centro, como sempre, sendo esLe' ,0 maior fa­ctor na economia, admüÍistnativa. Será associado comnosco na livra-

i ' ria,bibliotheca evangelica e typographia o irmão Luiz Santanna."

VII. ESCOLA DE TRABALHADORAS tCHRISTANS. Esta escoJa' visa o preparo de moças crentes para o trabalho nas igrejas e nas es­colas annexas. Q curso é de dois annos e consiste em estudos biblioos e pratioos esoolhido$ das materias offerecidas no Collegio da Biblia, e certas disoiplinas literarias.

VIII. O ponto culminante da nossa instituição é o SEMINARlO, que offere.ce dois cursos complet os, um de dois annos e outro de irê" annos, conferindo os gráus -respectivos de baoharel . em Theologia e mestre em Theologia. Para continuar o trabalho biblico, começado no Collegio da Bíblia, .pelo .qual lodos ·os seminaristas t,eem de passar. achou-se conveniente f.azer os estudos gymnasiaes e theologioos ao mesmo tempo, permittindo assim ao alumnocompleLar os cursos de bacharel em sciencias elelras e theologia ao mesmo tempo. Para obter o gráu de Mestre em· theologia, torna-se necessario mais um anno de estudo e a apresentação de uma the8e.

As aulas do SeminatiQ te em funocionado com toda a regulari­dade, durante os dois nH imor:; annos;"desde a uUJma Convenoão, ainda .que oom numero reduziPo"devido '.~ sabida 4e' alguns profess9res e alumnós no p1!incipio dê ül~3.:Felizmente,.. alguDsd~Les jáwoltttr"am . .e.outrQ8ioraín:;a6~eitos. ~j:).ara .o aimo, o numero, tanto d.e jpstruc.to­res oomo de Alunmos, ,se&ã '&ugmentado. o. " corpo d0gente actual ,é composto de 5 missionarias e 2 pastores brasileiros. Todos concluiram ,() seu preparo nos melhores seminarios dos Estados Unidos da Ame­rioa do No~ a. sab~r, em L9uisvi11e ê" Fort WQrth, , e teem demonstra-:dQ.a'~ua. e~~p~;t~i~~QIÍlo 1~,1J:~,8. . ii' ~J:" .. , ", "," , • ,

Page 99: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

RELATORIO DO COLLEGIO E .SEMINARIO DO RECIFE 97

FINANÇAS

o Collegio e Seminario continuam a fazer importantes contri­buições á denominação. Desde a ultima {J;onvenção a instituição tem I

con'lribuido em ensino e pensão em favor dos seminarist.as e alumnas da E. T. C. e outros crentes. e filhos de crentes .com a bôa somma 'rll' mais de 100 :000$000. A contribuição total feita pela jus! ituição 'du­rante os se~s 19 annos está calculada em mais de 600 :000$000. :\ão P. com espirito de jactancia nem de queixa que !lpresentamos uma parte bem insignificante d~ real serviço ·que a instituição tem prestado á de­nominação. Somos gratos a Deus pela opportunidf.de de servir á causa, e esperamos no futuro ,poder servi-la melhor. A-penas pedimos. o que parece justo, a gratitlão e a cooperação por parte de todos os baptista-s deste glorioso pàís.

BALAIVCETE PARA 1923

Deficit de 1922

na Ju~a de nichmond

Diversas Fon! es P('n~ão

Ensinu

.\luguel

Movimento da Livraria

Luz e Telephone '- S('uctaria (px'pedipnle)

Pl'opagal\(J~

Equipunll'nl u

CreadoR

~itio

Concerto;.;

:\1 iS('I'Jlant'u

ES('(da iI(' Tl'ahalhadnl'as Christal1s

Seminario

Contas a receber

COlltãs a pagar

Mercadoria exisfe~lt e

Saldo-.\.. '

"

, \

\

Entrada Sahida

3:917$081 45:000$000

-10:282$000 94:131$500 90 :~5t1:n;W

5ü :,868$750 95 :·G85$200

6 :079$9'80 878$980

18 :182$6-40 j7:989$100 3:317$280

803$900 4:860$000 9 :7:?1:i~750

I :771 ::;?OO

:1:054*?1r> • 7:688$900

11 : i fi\)~16n

2o:9!11$:!·H 19: 4IHi~H()O

28: 195$841 14:887$950

10:560$600 3:1:Ji$;)20

22:0Q5$840 23 :100$669

~ij.2 ;i46$-3~-5 312;246$395 "

Page 100: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

'CONVENÇÃO 'BAPTISTA BRASILEIRA

BALANCETE PARA 192i

... ~'-

Saldo de 1923 Da Junta de Richmond. para o Collegio

Diversas Fontes Pensão Ensino. ~luguel

.' .

Movimento da Livraria Luz e Telephone Secretaria (ex.pediente) Propaganda .. Equipamento Creados . Sitio Concertos Bilbllotheca _ _

Labora lor io Enfermaria Lucr~s e Perdas Mi scellanea

.,

na Junta· de Richmond para a E. T. C.

Escola de Trabalhadoras Çhristans

Seminario .. Da iJunta ele Richmond para o .8eminario Contas a -Receber.JJo '~ollegio \Iercadoria Existente na Livral'ia Stock .Existente na Typographia

. Contas a Receber, da Typographia Productos Chlmicos Exist. no Laboralorio

'Saldo ".

',; ... "

Entrada Sahida

23:100$669 22:000$000

9:423$000 119:053$600 10-1 : 460$645

63:424$800 106:312$000

3:026$i04 20$000 18 :H}1$800 17:122$000

4:774$763 1:157$700

16-:034$800 20:93-9$900 3:249$360 2:083$800 7:483$150 1:604$350 1 :546$190

282$500 6 :861$140 4:028$500

13:750$000 4:123$584 I -'1 : 5U~$25U

16:247$590 18:661$~O(}

18:333$326 8:955$600

20:278$000 633$000

9:468$957 932$650

22:631$883

350~852$680 350:852$680

Page 101: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

RELATOiUO DO cottEGIO É SEMiNARÍO nó RECIFE 99

ESTATISTICA

Distribuição por cursos dos alumnos" d~, 1923 :

Primario Medio Gymnasio Escola ,Commercial (Diurna) Escola ,Commercial (l\"octurna) Cursos Superiores Musica

Contados duas vezes por serem matriculados em dous cursos

TaLaI liquido

Distribuição por cursos dos alumnos de 1924:

Jardim da Infancia Primario Medio Gymnasio Academia Commercial· (Diurna) Academia Commercial (2\;octurna)'

Superior

Musica -Normal Escola de Trabalhadoras Chrislans

Seminario

Total de alumnos matriculados Duplicatas

Total liquido

140 297

66 88 99

32 .- 69

/91

110

.tiS 1

10 109

291 70

56

120

6

71

tO 20

15

718

778 94

684

Ap'provado pela Junta Administrativa em ·sessão de 5 de ~ovem­bro de 1924.

Page 102: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

ANNEXÓ NG

• 7 .

Yilla Nova de Gaya, 30 de Dezembro de 1924.

Prezado irmão Mauricio .

• Na vespera da sua viagem, perlia ao irmã'o de apresentar na Con-

venção das Igrejas do Brasil {) meu I f'stf'rnunho de apreço 'pelos valio­sos esfôrços das ~esmas. feitos até hoje, em / prol da evangelização de Portugal, ainda que esse meu testemunhQ seja de pouca importancia.

GlorIosa campanha, irmão! Que melhor :parte ,póde ter quem luta contra as trevas, a bem do Reino do nosso amado Mesf:re?

Sómente pedir{'i mais que eu, tendo 76 annos em Po.rtugal, pelos poooos dia~ que me restam de vida, ·possa ainda vêr que os irmãos no Brasil nunca se esquecem do clamor dos portuguêses, que pedem lhes dêem o Evangelho da graça dei nosso Senhor Jesus Christo, ajudando­nos sempre até que Portugal fique, semeado de Baptistas zelosos da honra de Jesus. .

Rogando que o Senhor da gloria acompanhe a Convenção em toda a sua obra e deliberações e Lambem pelo irmão, para que em tudo seja acompanhado da benção do Altissimo,

Sou, seu irmão na fé de Jesus,

Joseph lones.

Page 103: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

. .

ANNEXO N. 8 RELA TORJO DA COMMISSÃO ENCARREGADA DO

MEMORIAL AO DR. ZACHARIAS C. TAYLOR

A Commissão abaixo indicada, incumbida de levantar recursos para enviar aos Esta,dos Unidos da A.merica do ~ortf' um monumento feito de gra~ito brasileiro, para ser -collocado sobre o tumulo do nosso

. saudoso missionalLÍo Rev. Dr. Zacharias C. Taylor, como prova da nossa gratidão a este ob.reiro abnf'gado e dedicado que gastou a sua vida em prol da evangelização, vem relJ.iar-vos o seguinte:

-1. Que as contribuições em prol desta obra alcançaram a quan­tia de 2: 175$400, inclusive a somma recebida do thesoureiro da Con­venção de 1922, pat enteando assim à unh'ersalidade da psf ima em que era tido o obreiro denodado.

2. Que a pedra foi adquirida, preparada e enviada por interme­dio da Companhia Ex-presso Federal aos filhos do Dr. Z. C. T., em prineipi68 do mês de Abril de 1924.

3. Que a dita pedra chegou ao porto de Xova' Orleans, E. U. A. do N., onde foi detida .pela Alfandega, como sendo ;'obra de arte" su­jeita ao pagamenf o de sessenta e tantos dollars, além das despezas de armaienagem, que já devem montar a mais de cem dollars.

4. Que os filhos do saudoso missionario tudo têm fe'ito pa,ra re­tirar essa pedra da Alfandega, não o tendo conseguido até ao .presente, por falta dos necessarios recursos.

5. Que a Commissão, depois o'e ter pago as despezas da compra, prep'aro e despacho da pedra, tem em mãos da Junta Patrimonial a quantia de 350$000, que não dá para ,pagar essas despezas da Alfande­ga, o transporte de ~ova Orleans até o cemiterio de Waco, Téxas, etc.

6. A Commissão solicita mais ipstrucções sobre o que deve fazer nesta eIQ,ergencia, julgando de melhor alvitre pedir á nossa Junta em Richmonct' tomar a si a tarefa. garantindo o \pagamento de qualquer

. despeza que porventura venha a ter. 7. Com relação ás placas de bronze para serem collocadas na Pri­

meira Igreja Bapti-sta da Bahia e outra no Collegio Taylor-Egydio, a Commissão ainda não eogitou na realização çlesta [parte da sua incum-

bencia.

f '--

À' Commissão: Salomão L. Ginsbttrg, relator. C. C. Duclerc. (O Dr. J. N. Paranaguá está ausente.)

Page 104: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

CON\'tNÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

14& Reunião Geral

MOVIMENTO FINANCEIRO

RECEITA

1· Egreja Bapfista do Rio_.:. __________ ... _ Igreja do Realengo - D. F. _______ .... ___ _

.. do Zumby - Pernambuco __ __ _ __ _

.. 2 de JuÍho - Bahia. __ __ __ __ __ __ do S"alvadol' - Bahia __ -_________ _

" Taquarussú -- E. do Rio __ Correntezas - E. do Rio _____ _

" de Pilares - D. F. ________ :._ Curityba - Paraná ________ , __

" Serra. do Victorino - Bahia __ . ___ _ Olhos p'Agua - Bahia__ __ __ __ Santõ Antonio de Jesus- Bahia__ __

,. Jaguaquara"":"" Bahia__ __ __ __ __ __ " Agua Fria - Recife ___________ _

Santo Amaro - Recife__ __ __ " de Madureira - D. F. _________ _ " California - E. do Rio __ __ __ _ __ _ " Imbahú - E. do Rfo __ -- -- -- 1- --

Rio Novo - E. 8anto _________ :.. __ " de Castello - E. 8anto__ __ __ __ " Jacarépaguá - D. F. _________ _

São Christovam - D. F. __ __ " Ilha do Governador - D. F. __ " de Villa Christallina - Goyaz __ " Laranjeiras - D. Federal ___ _ " Corumbá - M. G. _________ _ " cà.mpo Grande - M. G. ____________ o

" Ipamery --- Goyaz _____________ _ .1a Igreja do. Parahyba - ParahYba do Norte Igreja de Guarahira - Parahyba do Norte __

" de Cantaga.11o - E. do Rio__ __ __ __ " São Lulz do' Maranhão, Maranhão __ " Nova 19uasstl - ·E. do &10 _______ _

2· Igreja Baptista do 1\faranhão - Maranhão Igreja de Duas Barras - E. do Rio ___ _

tf' de Natividade - E. do Rio _____ _ " de S. Domingos - E. do Rio __

Transporte._

200$000 6$000

253000 50$000 50$000 10$000 10$000 10$000 50$000 10$000 20$000 20$000

100$000 20$000 10$000 70$000 6$000

15$000 100$000

50$000 40$000 50$000 60$000 30$000 50$000 30$000 10$000 30$000 16$000 5$000 6$000 1~$000 20$000 20$000 5$000

10$000 10$000

1:232$000

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MOVIMENTO FINANCEIRO

Transporte__ __ __ __ Igreja de Liberdade - E. do Rio__ __ __

de Padua - E. do Rio _________ _ de Agua Clara - São Paulo _______ _

" de Conceição de Macabú - E. do RiG de Ilheitas - Pernambuco __ __ __ do Caldeirão ~ Bahia ____________ / do Meyer - D. F. - __________ _ de Varge!ll Alta - E. Santo ___ '_ de Maria Luiza - Páraná-______ _ Assunguy - Paraná-_ __ _~ __ de Serra Negra - Paraná • Haquy - Paraná - ________ _ de Plataforma - Bahia _____ _ de Morundú - E. do Rio _____ _ de Ricardo de Albuquerque - D. F. em Ba.rra' de Itabapuana - E. do Rio de Campos ~ E. do Rio _______ _ de Sarandy - Minas _________ _ de Corrego do Vianna - E. do Rio

Campo Sergipano __ - ______________ _ Igreja do Divinopolis - Minas _______ _

de Apparecida - E. do Rio _____ _ do Engenho de Dentro - D. F. ___ _ da Tijuca - D. F. _____ . ____ _ de "Nictheroy - E. do Rio __ -- -- --

DESPESAS

SeBos para correspondencia ___________ _ Despesas com a policia" Sàlvo-conductos, etc. Lancha para os men~ageiros ____ -- -- -- --Despesas com bagagem dos mensageiros __ -­Ditas com hospedagem do dr. Love (Taxi) __ Ditas idem idem no Hotel GloriL ___ -- -- --6 quadros do Rio de .Janeiro e films. etc. --7 telegrammas pagos ao Dr. Orlando Falcão -­Despesas com a recepção do Dr. A. Mauricio Despesas com a estatística ____ -- -- -- --1. 000 programmas da Convenção __ -- -- -- -­Impressão de fitas dá Convenção -- -- -- -­Hospedagem dos mensageiros· no Internato

Masculino ____ :_ -- -_ -- -- -- -- -- --Dito idi;lm no Internato Femini-no __ -- -- -- -­Despesa.s de recepção pelo irmão J. A.

Magalhães • ____ .. -- -- -- -- -- -- --Dito idem, ao mesmo irmão -- -- -- -- -- -­Balanço én~regue á Casa Public3.dora . para

public'à.gão das actas da Convenção -- --

1~tRl-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

1:232$000 5$000

10$000 50$000 10$000 20$000 10$000 50$000 15$000 13$300 20$000

6$000 15$000 10$000 10$000 20$000 20$000 10$000 20$000 11$000 50$000 30$000 5$000

100$000 50$000 50$000

1:842$300

10$000 27$500 35$000

125$000 33$000

219$500 47$700 54$900 25$000 40$000 90$000 58$000

371$000 106$000

10$600 8$300

...- 5~.0$800 "

1:842$300

10:-1

Page 106: A CTAS DA /4. AREUNIA.O

COMMISSÃO DE ESTA TIS TI CA

"-Não tendo esta Commissão recebido estatistica com-

pleta de todos os campos, reserva-se para fazer mais tarde a publicação da Estatistica geral, referente a 1924, em folheto, acompanhada dos nomes e endereços dos. pastores baptistas no Brasil.

Pela Commissãà,

s. L. GINSBURG, relator.

Fevereiro de 1925.