4 fisiopatologia da pele

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Centro Universitário Augusto Motta Centro de Ciências da Saúde Prof.Dr.Sergio Silva FCM / UERJ Fisiopatologia da Pele 1

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Fisiopatologia

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  • Centro Universitrio Augusto Motta Centro de Cincias da Sade

    Prof.Dr.Sergio Silva FCM / UERJ Fisiopatologia da Pele 1

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 2 Doenas cutneas

    Introduo a PatologiaA Patologia o estudo ( logos ) do sofrimento ( pathos ), envolve a cincia bsica e a prtica clnica, que dedica-se ao estudo das alteraes estruturais e funcionais nas clulas, tecidos e rgos que levam as doenas.

    A Patologia tenta explicar os porqus e as causa dos sinais e sintomas manifestados por pacientes e tambm fornecer fundamentos slidos para a assistncia clnica e o tratamento.

    Patologia significa o estudo das causas estruturais e funcionais das doenas humanas. Os aspectos das doenas que formam o cerne da patologia so:

    a Causa (etiologia ) b - Os mecanismos de seu desenvolvimento (patogenia), b - As alteraes estruturais induzidas nas clulas e nos tecidos (alteraes morfolgicas), c - As conseqncias funcionais das alteraes morfolgicas (significado clinico).

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 3 INFLAMAO AGUDA E CRNICA CARACTERISTICAS GERAIS DA INFLAMAO A inflamao uma resposta do tecido vivo vascularizado leso. desencanada por infeces microbianas, agentes fsicos, substncias qumicas, tecidos necrticos ou reaes imunes. A inflamao deve conter e isolar a leso, destruir os microrganismos invasores e as toxinas inativas e preparar o tecido para o reparo. Apesar de ser fundamentalmente um mecanismo de defesa, a inflamao pode ser prejudicial, por reaes de hipersensibilidade potencialmente fatais ou lesionar o rgo de uma maneira progressiva e permanente com uma inflamao crnica e fibrose subseqente . A resposta inflamatria em geral caracterizada por: Dois componentes principais: uma reao vascular e uma reao celular. Efeitos produzidos pelos mediadores bioqumicos do processo inflamatrio. A inflamao termina quando o agente agressor eliminado e os mediadores secretados so destrudos; mecanismos antiinflamatrios ativos tambm esto envolvidos.

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 4 A inflamao pode ser aguda ou crnica:A inflamao aguda: inicia-se rapidamente (em alguns segundos ou minutos) e tem uma durao relativamente curta (alguns minutos e alguns dias); envolve a exsudao de lquido (edema) e migrao de clula polimorfonuclear (neutrfilo).Inflamao crnica: tem uma instalao maior (dias) e uma durao maior (semanas a anos); envolve linfcitos e macrfagos e induz a proliferao de vasos sangneos ( angiogenese ) e fibrose.H quatro sinais clnicos clssicos de inflamao (mais proeminentes na inflamao aguda): Calor Rubor Edema Dor

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 5 INFLAMAO AGUDA Resposta inflamatria imediata e inespecfica do organismo diante da agresso.A inflamao aguda dita imediata por se desenvolver no instante da ao do agente lesivo, e inespecfica por ser sempre qualitativamente a mesma, independentemente da causa que a provoque. Dois padres morfolgicos de inflamao: uma inflamao aguda, com predominncia de neutrfilos e necrose; uma inflamao crnica, com clulas gigantes (CG), linfcitos (L) e grande quantidade de fibroblastos (F), indicativos da predominncia da fase produtivo-reparativa. O critrio de agudo ou crnico pode ser morfolgico ou cronolgico. Edema Excesso de lquido no interstcio ou nas cavidades serosas; ele pode ser um exsudato ou um transudato.Exsudato Lquido inflamatrio extravascular que possui alta concentrao de protenas e fragmentos celulares.Exsudao Extravasamento de lquido, protenas e clulas sangneas do sistema vascular para o tecido intersticial ou cavidades corporais.Pus Exsudato purulento inflamatrio rico em neutrfilos e fragmentos de clulas.Transudato Lquido com pequeno teor protico essencialmente um ultrafiltrado do plasma sangneo que resulta de presses lquidas elevadas ou foras osmticas diminudas no plasma.

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele INFLAMAO AGUDA A inflamao aguda possui trs componentes principais que contribuem para os sinais clnicos:Alteraes no calibre vascular que levam a um aumento no fluxo sangneo (calor e rubor)Alteraes estruturais na microcirculao que permitem que protenas plasmticas e leuccitos deixem a circulao para produzirem exsudatos inflamatrios (edema)Migrao dos leuccitos da microcirculao e acmulo no local de leso (edema e dor) Alteraes Vasculares A vasodilatao causa aumento no fluxo sangneo para a rea das leses e portanto aumenta a presso hidrosttica. Aumento na permeabilidade vascular causa exsudao de lquido rico em protenas e diminui a presso osmtica do plasma . A combinao do aumento da presso hidrosttica com a diminuio da presso osmtica acarreta sada de lquido e formao de edema. Estase ocorre quando a perda de lquido resulta uma concentrao de hemcias e aumento da viscosidade sangnea, deixando o fluxo sangneo mais lento.6

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 7 MEDIADORES QUMICOS DA INFLAMAO

    As fontes vasculares e celulares das inflamaes so mediadas por vrias molculas derivadas do plasma ou de clulas e so desencadeadas por produtos microbianos.A maioria dos mediadores age ligando-se a receptores especficos, embora alguns possuam atividade enzimtica direta (p.ex., proteases) e outros causem dano oxidativo (p.ex., metablitos do oxignio-radicais livres).Os mediadores podem formar uma cascata capaz de gerar ampliao e regulao para estimular a liberao de outros fatores estimulantes.Uma vez gerados, a maioria desses mediadores tem uma meia-vida curta, deterioram-se rapidamente, so inativados por enzimas ou so inibidos por inibidores.Existe um sistema de verificao e de equilbrio na regulao da ao do mediador, pois a maioria dos mediadores tem o potencial para causar efeitos danosos.

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 8 MEDIADORES QUMICOS DA INFLAMAO Aminas Vasoativas A histamina e serotonina, armazenadas nas clulas , esto entre os primeiros mediadores liberados durante a inflamao; elas causam vasodilatao e aumento da permeabilidade vascular. So encontradas nos mastcitos, nos basfilos e nas plaquetas do sangue. A liberao dos mastcitos causada por agentes fsicos (p.ex., trauma, calor), reaes imunolgicas envolvendo a IgE (reao alergica), citocinas (p.ex., IL-1 e IL-18) e fatores liberadores de histamina derivados de leuccitos. Sistemas das CininasOs cininognios, protenas plasmticas, so clivados por proteaes especficas, chamadas calicrenas, que geram a bradicinina, um nonapeptdeo vasoativo que causa a dilatao de vasos sangneos, aumenta a permeabilidade vascular, e dor. Citocinas e QuimiocinasAs citocinas so protenas produzidas principalmente por linfcitos e macrfagos ativados e por clulas do endotlio. As quimiocinas so citocinas que estimulam o movimento dos leuccitos (quimiotaxia). Fator de Necrose Tumoral ( TNF ) e Interleucina ( IL )So as duas principais citocinas que participam do processo inflamatrio; so produzidas principalmente pelos macrfagos ativados. Suas aes mais importantes na inflamao so seus efeitos no endotlio, nos leuccitos, e a induo de reaes sistmicas da fase aguda.A secreo estimulada por endotoxina, complexos imunes, toxinas, leso fsica e vrios tipos de estmulos inflamatrios.

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 9 INFLAMAO CRNICA

    A inflamao crnica um processo prolongado (semanas ou meses) no qual a inflamao ativa, a destruio tecidual e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente. A inflamao crnica pode ocorrer: Aps a inflamao aguda, porque o estmulo persiste ou a cicatrizao foi interrompida. De surtos repetidos de inflamao aguda Mais comumente como uma resposta de baixo espectro, sem inflamao aguda prvia devido a: 1-Infeces persistentes por microrganismos (p.ex. BK , Vrus) de baixa toxicidade, mas que evocam uma reao imunolgica. 2-Exposio prolongada a agentes exgenos potencialmente txicos (p.ex. formol). 3-Reaes imunolgicas, particularmente aquela que se autoperpetua nos tecidos (p.ex. doenas auto-imunes).

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 10 EdemaEdema refere-se a um acmulo anormal de lquido no compartimento extra-celular intersticial ou nas cavidades corporais devido ao aumento da presso hidrosttica, diminuio da presso coloidosmtica, aumento da permeabilidade vascular(inflamaes) e diminuio da drenagem linftica e reteno de sdio. constitudo de uma soluo aquosa de sais e do sangue e sua composio varia conforme a causa do edema. Quando o lquido se acumula no corpo inteiro diz-se que um edema generalizado. Podemos dizer que quando um edema se forma sinal de doena, que pode ser cardaca , heptica , desnutrio grave , obstruo venosa ou linftica.O edema pode ser mole ou transudato, sendo constitudo apenas por gua.Pode tambm ser edema duro ou exudato, sendo constitudo de gua e protenas , sendo geralmente inflamatrio e ter dor, calor e rubor.

    Sistema Linftico

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 11 Linfedema .

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 12 Edema Existem alguns medicamentos que tambm so capazes de causar edema, dentre elas: antidepressivos; antihipertensivos; hormnios; antiinflamatrios no esterides e uso prolongado de diurticos .

    O tratamento feito de acordo com o tipo de edema e sua causa. Dentre os tratamento disponveis podemos citar:Os exerccios miolinfocinticos, as bandagens e meias constituem em um dos pilares mais importantes sendo imprescindveis tanto na reduo do membro como na manuteno, a termoterapia que estimula a contrao dos linfagions, as drogas linfocinticas, os cuidados higinicos que se tornam importantes na preveno de infeces, a pressoterapia, drenagem linftica e venosa .

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele 13 Edema

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele

    14Introduo a Patologia Adaptaes ocorrem quando estresses fisiolgicos ou patolgicos induzem um novo estado que altera a clula, porm preserva sua viabilidade em resposta a estmulos externos.

    Essas alteraes so: 1 - Hiperplasia (aumento no nmero de clulas); 2 - Hipertrofia (aumento no tamanho de cada clula); 3 - Atrofia (reduo no tamanho das clulas); 4 - Metaplasia (mudana de um tipo de clula madura para outro).

    Quando os limites das clulas so ultrapassados na sua capacidade, ocorre a leso celular.

    A leso celular pode ser reversvel at um certo ponto, caso persista pode ocorrer leso irreversvel e morte celular.

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele15Introduo a Patologia METAPLASIA - Adaptao Reversvel - Um tipo celular adulto substitudo por outro tipo celular adulto - Substituio adaptativa de clulas sensveis ao estresse por clulas capazes de suportar ambientes adversos - Associao com Hiperplasia - Reprogramao gentica de clula indiferenciada (Reserva)METAPLASIA EPITELIAL - Mais freqente - Substituio do tipo Epitelial - Relao com Cncer Associada a alteraes da epiderme como leso pr cancergena da pele. Exs.: Metaplasia Escamosa da Traquia e Brnquios nos Fumantes Relao com o cncer do pulmo

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele16NEOPLASIAS Oncologia = Estudo dos tumores ou Neoplasmas Cncer = Neoplasia MalignaDEFINAO: "Uma neoplasia uma massa anormal de tecido, cujo crescimento excede o dos tecidos normais e no est coordenado com esses crescimentos, persistindo da mesma maneira excessiva aps o trmino do estmulo que evocou a mudana". Crescimento progressivo, sem propsito, indiferente aos tecidos vizinhos, de forma autnoma, no relacionado s necessidades do organismo, competindo com as clulas e tecidos normais , dependendo do organismo (Nutrio, Vascularizao).TAXA DE CRESCIMENTOBenignos - Geralmente lentoCnceres - Geralmente rpidoN. de Mitoses (Proliferao) Mitoses Atpicas Diferenciao Funcional TUMORES MALIGNOSEPITELIAIS - Carcinomas Ex.: Cncer da Epiderme = Carcinoma de Pele

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele NEOPLASIAS

    Um ponto importante desse novo tecido no local, com caractersticas prprias, que as clulas que o compem esto alteradas geneticamente .

    Isso indica que a clula-me, estando alterada geneticamente, passar essa alterao para as clulas-filhas. Esse fato, aliado ao desconhecimento do mecanismo completo de formao das neoplasias e de sua etiologia, fazem destas um grupo de patologias de cura difcil e de inmeros investimentos em pesquisa no mundo inteiro.

    As pesquisas envolvendo a etiologias das neoplasias abordam uma possvel origem a partir da alterao direta do DNA.

    Isso implica que o agente agressor foi de tal ordem que suplantou os mecanismos de reparao do DNA naturalmente disponveis.

    Em termos genticos, os genes alterados e ditos promotores das neoplasias so denominados de oncogenes.

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  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele NEOPLASIAS

    Os agentes neoplsicos podem ser divididos em:

    AGENTES FSICOS1-Energia radiante: representadas pela radiao ultra-violeta e pelo raio X. Provocaram danos diretos estrutura do DNA.

    2-Energia trmica: principalmente exposies constantes ao calor ou queimaduras, envolvendo principalmente leses em pele. A constante exposio ao calor implica um alto grau de renovao celular, principalmente do epitlio cutneo, o que faz com que a clula se multiplique constantemente, aumentando a probabilidade de mutaes.

    Ex: Carcinoma epidermide (neoplasia maligna epitelial) em lbio inferior muito comum em pases tropicais, acredita-se devido grande exposio sol e fragilidade do revestimento cutneo e mucoso dessa regio labial.

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  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele NEOPLASIAS da PELE // TUMORES EPITELIAIS MALGNOS

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    So leses vegetativas da pele , de consistncia slida , elevada , podendo ser penduculada ou adquirindo morfologia de variado aspecto ; que apresentam como caracterstica principal :

    Ausncia de simetria da leso , Variao na pigmentao da leso , Ausncia de pelos, Bordas da leso pouco definida ,Leso ulcerada que no cicatriza e Presena de leses satlites.

    Estas caracteristicas , quando presentes , so indicativas de Malignidade.O principal exemplo o melanoma , que de rpida evoluo e altamente metastatico.

  • Centro de Cincias da Sade Fisiopatologia da Pele NEOPLASIAS da PELE // TUMORES EPITELIAIS MALGNOS

    20- MelanomaCaractersticas do Melanoma:

    A: Assimetria: uma metade diferente da outra;

    B: Bordas irregulares: contorno mal definido;

    C: Cor varivel: vrias cores (preta, castanha, avermelhada ou azul) numa mesma leso;

    D: Dimetro: maior que 6 milmetros.

  • Centro de Cincias da Sade Dermatoses Tumorais Malgnas TUMORES EPITELIAIS MALGNOS . 21 - Carcinoma Basocelular.

    O Carcinoma Basocelular , Epitelioma Basocelular, ou Basilioma o mais benigno dos tumores malignos da pele. constitudo por clulas que se assemelham s clulas basais da epiderme. a mais freqente das neoplasias epiteliais. Ocorre geralmente em indivduos acima de 40 anos. So fatores agravantes: exposio luz solar e pele clara. raro em negro. Outras causas desencadeantes so prvias irradiaes radioterpicas e absoro de compostos de arsnico. A localizao preferencial nos dois teros superiores da face, acima de uma linha passando pelos lbulos das orelhas e comissuras lbias. menos comum em outras reas da face, do tronco e extremidades. No ocorre nas palmas, plantas e mucosas. No incio, uma ppula rsea-perlada, que cresce progressivamente para um ndulo.

  • Centro de Cincias da Sade Dermatoses Tumorais Malgnas TUMORES EPITELIAIS MALGNOS . 22 - Carcinoma Basocelular.

  • Centro de Cincias da Sade Dermatoses Tumorais Malgnas TUMORES EPITELIAIS MALGNOS . 23 - Melanoma O melanoma um tipo de cncer que tem origem nos melancitos e tem predominncia em adultos brancos. Embora s represente 4% dos tipos de cncer de pele, o melanoma o mais grave devido sua alta possibilidade de metstase para todo o corpo.Aproximadamente 20% dos melanomas se originam de uma pinta, conhecida como nevus. Pessoas que nasceram com os chamados nevus gigantes escuros, com mais de 5 cm de largura, ou que tm grande quantidade de pintas acastanhadas ou enegrecidas no corpo tm mais risco de apresentarem melanoma. Portanto, devemos redobrar os cuidados com a exposio ao sol e observar com freqncia alguma modificao que possa ocorrer nestas leses.

    Caractersticas do Melanoma:A: Assimetria: uma metade diferente da outra;B: Bordas irregulares: contorno mal definido;C: Cor varivel: vrias cores (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul) numa mesma leso;

  • Centro de Cincias da Sade Dermatoses Tumorais Malgnas TUMORES EPITELIAIS MALGNOS . 24 - Melanoma EpidemiologiaAletalidade do melanoma elevada, porm sua incidncia baixa e as maiores taxas estimadas em homens e mulheres que encontram-se na regio Sul.O melanoma menos freqente do que os outros tumores de pele (basocelular e espinocelular).Tem-se observado um expressivo crescimento na incidncia deste tumor em populaes de cor de pele branca.Quando os melanomas so detectados em estgio muito inicial so curveis.Nos pases desenvolvidos, a sobrevida mdia estimada em cinco anos de 73%, enquanto que, para os pases em desenvolvimento, a sobrevida mdia de 56%.

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    25 ENVELHECIMENTO CELULAR

    Com o envelhecimento, ocorrem alteraes fisiolgicas e estruturais em praticamente todos os rgos do corpo. O envelhecimento individual afetado por fatores genticos, dieta, condies sociais e a ocorrncia de doenas relacionadas ao envelhecimento, como a aterosclerose, o diabetes e a osteoartrite. Alm disso, as alteraes celulares induzidas pelo envelhecimento, que refletem efeitos cumulativos de leses celulares e moleculares que so importantes no envelhecimento do organismo.

    Alteraes Morfolgicas e FuncionaisVrias alteraes morfolgicas e funcionais ocorrem com o envelhecimento celular:

    Funes Metablicas ReduzidasGerao de ATP das mitocndrias reduzidaSntese de protenas estruturais, enzimticas e regulatrias reduzida.Menor capacidade de captar nutrientesMaior leso ao DNA e reparo reduzido

    Alteraes MorfolgicasNcleos irregulares e anormalmente lobuladosMitocndrias pleomrficas com vacolosReduo e distoro do aparelho de Golgi

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    26 ENVELHECIMENTO CELULAR

    Mecanismo de envelhecimento celularH trs processos inter-relacionados que provavelmente so responsveis pelo envelhecimento celular:senescncia replicativa, i.e., as clulas tm uma capacidade limitada de replicao; genes que influenciam o processo de envelhecimento; (iii) acmulo progressivo de leso gentica e metablica devido contnua influncia exgena.

    Senescncia ReplicativaTelmeros Genes que Influenciam o Processo do Envelhecimento Acmulo de Danos Genticos e MetablicosO envelhecimento celular pode resultar do equilbrio que existe entre o dano devido a eventos metablicos que ocorrem na clula e as respostas moleculares que podem repar-los.As respostas protetoras contrabalanam o dano progressivo das clulas. Esses sistemas incluem:Mecanismos de defesa antioxidantes. A reduo nos mecanismos de defesa antioxidantes correlaciona-se com uma diminuio da vida.Reconhecimento e reparo do DNA danificado.

  • A Pele e o Idoso A pele o espelho que reflete as modificaes do envelhecimento verificadas em todos os nossos sistemas orgnicos; a nica diferena que este um rgo que conseguimos visualizar diretamente. O processo de envelhecimento traz consigo uma lenta atrofia das estruturas cutneas. A pele envelhecida perde elasticidade, enruga e fica frouxa. Entre 70 e 80 anos, tem aspecto fino como um papiro, frouxo, ressecado e encarquilhado.

    A camada externa da epiderme, o estrato crneo, fica mais fina e achatada. Com isso, produtos qumicos conseguem penetrar com mais facilidade no corpo. O enrugamento ocorre em virtude do achatamento e adelgaamento da derme subjacente. Ocorre, tambm, perda de elastina, colgeno e gordura subcutnea bem como uma reduo do tono muscular.A perda de colgeno aumenta o risco de leses por lacerao e avulso.

    As glndulas sudorparas e sebceas diminuem em nmero e funo, deixando a pele seca. A reduo da resposta das glndulas sudorparas s necessidades termorreguladoras tambm impe ao idoso um risco maior de intermao. A vascularidade da pele diminui e a fragilidade vascular aumenta; um pequeno trauma pode produzir reas com manchas vermelhas escuras ou prpura senil.

    A exposio ao sol e, em grau um pouco menor, o tabagismo acentuam ainda mais as modificaes cutneas do envelhecimento. Aparecem rugas grosseiras, reduo da elasticidade, atrofia, uma colorao irregular e manchada, mais alteraes pigmentares e uma textura amarelada e parecida com a do couro. As leses crnicas provocadas pelo sol ficam ainda mais acentuadas em pessoas plidas ou de pele clara.

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