recensão, o conceito de deus na teologia fundamental

7/23/2019 Recenso, O conceito de Deus na Teologia Fundamental

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DUQUE, Joo, O conceito de Deus na Teologia Fundamental, DIDASKALIA, 27/2

(2008), 229-246.

O conceito de Deus na Teologia Fundamental, assim se intitula o artigo assinado

pelo Professor Doutor Joo Duque, docente da Faculdade de Teologia de Braga, e

publicado no segundo fascculo de 2008 da reista Didas!alia"

#alaguardada a distin$o entre conte%do da f& 'fides quae creditur(, e sua

formalidade 'fides qua creditur(, embora recon)e$a e sublin)e a lin)a t&nue que as separa,

o autor reflecte sobre o conceito de Deus e suas consequ*ncias para a Teologia

Fundamental" Desta forma, seguindo declaradamente +pticas recentes da Teologia

Fundamental, pretende traer para o seio desta aquela que tradicionalmente & uma questo

deriada da filosofia e mais pr+-ima da Teologia Dogm.tica" Para tal, desenole a sua

refle-o a partir de quatro pontos/ acerca da possibilidade de um conceito de Deus acerca

da erdade desse conceito acerca da sua origem e acerca do seu conte%do" 1o final, no

eplogo, mostra como os pontos anteriores constituem elementos b.sicos em qualquer

Teologia Fundamental3 'p" 240("

5 possibilidade de pensar e dier Deus implica directamente a possibilidade da

Teologia/ sem aquela, esta no & possel" Portanto, a primeira questo da Teologia

Fundamental & a questo da pr+pria possibilidade do conceito de Deus 6 enquanto

pensamento e enquanto palara3 'p" 247(" 1este sentido, o nosso autor considera

determinante, para a teologia do s&culo , o contributo de 9ber)ard J:ngel, que, na sua

obraDeus como mistrio do mundo, identifica os limites do conceito de Deus auto;

impostos pela modernidade" 9laborando o conceito de Deus entre ess*ncia e e-ist*ncia e

fundamentando o pensamento no eu penso3 cartesiano, a modernidade desencadeou um

processo que culminou na impossibilidade de pensar Deus/ se para Fic)te a eid*ncia da

e-ist*ncia de Deus implica a impossibilidade de pensar a sua ess*ncia, para Feuerbac) s+

se pode pensar a sua ess*ncia 'produto supremo do pensamento( mas para 1ietsc)e Deus

& impens.el, porque ultrapassa os limites do pens.el" Perante este problema, J:ngel

prop


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e-terior, que apela para a alteridade, & a palara, no do )omem, mas de Deus que interpela

o pr+prio )omem" 5ssim sendo, a questo da pensabilidade de Deus relaciona;se

intrinsecamente com a questo da sua diibilidade" 1o dier do autor/

'=( a pensabilidade de Deus na palara pressup


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factualidade" 5ssim sendo, a supera$o passa pela rao )ist+rica que, segundo a tese de

Peter Cofmann, & capa de con@ugar ambos os modelos, na medida em que parte do

princpio de que toda a racionalidade possui uma )ist+ria e toda a )ist+ria possui uma

racionalidade3 'p" 24(" Por&m, no se trata de compreender o conceito de Deus como

simples elabora$o conte-tual, pois a sua abordagem, sendo transcendental 6 tal como

sugere Cans@:rgen EereGen 6 no se pode limitar a uma afirma$o particular" 1este

sentido, di;nos o autor/

De facto, a origem )ist+rica do conceito de Deus no inalida que esse conceito

e-i@a certa forma de transcendentalidade e certa forma de ob@ectiidade/ Deus & origem e

fim de toda a realidade, sendo o seu sentido, e &, enquanto tal, um ser pessoal que

corresponde ao seu conceito 6 porque, primeiro, o conceito l)e corresponde no & simples

nome de um sentido particular, sub@ectio ou colectio, nem simples ndice de uma

pro@ec$o da e-peri*ncia sub@ectia" ?as, sendo transcendentalmente uniersal e

ob@ectiamente outro, em rela$o H e-peri*ncia )umana, a sua uniersalidade e

ob@ectiidade no so dadas a priori, por um processo dial&ctico;conceptual" '=( 5

uniersalidade e ob@ectiidade de Deus, que e-igem um discurso transcendental e

ob@ectio, so elaboradas, a posteriori, a partir da reela$o )ist+rica do seu conceito"

Porque o Deus reelado na )ist+ria da sala$o 6 centralmente, em Jesus Aristo 6 & o Deus

erdadeiro, ento & uniersal e incondicionalmente Deus, na sua diferen$a em rela$o ao

mundo e aos )umanos3 'p" 248("

#endo o conceito de Deus cristo deriado da sua reela$o, central em Jesus

Aristo, a Teologia Fundamental parte necessariamente da pr+pria racionalidade )ist+rica

que deria desse processo reelador" Todaia, no l)e basta o conceito de Deus em

abstracto, mas o conte%do desse conceito reelado 'quarto ponto(" 1este sentido, o autor

real$a como ao monotesmo bblico, sendo simultaneamente concreto e uniersal,

corresponde a categoria de universale concretum. I simultaneamente concreto e uniersal,

uma e que brota da e-peri*ncia particular de Deus na )ist+ria, ao mesmo tempo que o

poo de srael, nessa e-peri*ncia, compreende que o Deus da 5lian$a & o %nico Deus"


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Por&m, tal uniersalidade nem & abstracta nem & pantesta, isto que pressup


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meramente particular e concreta N( por fim, o conte%do do conceito cristo de Deus

'Trindade( imp

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