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TJPB | Prova Oral ÁREA A | PONTO 4 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS www.cursonotarium.com @cursonotarium 1 ÁREA A PONTO 10 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS Registro de Títulos e Documentos: atribuições; escrituração; ordem do serviço; publicidade; conservação; responsabilidade; Livros e Classificadores; transcrição e averbação; notificações; cancelamento; princípios informativos; Registro Civil das Pessoas Jurídicas: escrituração; matrícula de Jornais, Oficinas, Impressoras, Empresas de Radiodifusão e Agências de Notícia; registro de associações, fundações, partidos políticos e sociedades Registro de Títulos e Documentos: atribuições; escrituração; ordem do serviço; publicidade; conservação; responsabilidade; Livros e Classificadores; transcrição e averbação; notificações; cancelamento; princípios informativos. 1. Quais são os princípios aplicáveis ao RTD? è Autenticidade, Prioridade, Legalidade, Territorialidade, Rogação/Instância, Publicidade, Continuidade, Concentração. Autenticidade: ato se presume verdadeiro até que se prove o contrário. Prioridade: o título/documento deve ser registrado com prioridade em relação a outro apresentado posteriormente. Legalidade: o Oficial tem o dever de qualificar o título/documento apresentado para registro e sua qualificação deve sempre estar fundamentada na lei. Territorialidade: limita a atuação do oficial dentro da circunscrição para a qual lhe foi outorgada a delegação. Rogação/Instância: o Oficial só pratica o ato se for provocado. Só poderá agir de ofício excepcionalmente. Publicidade: a publicidade registral destina-se a dar cognoscibilidade a todos os membros da comunidade do conteúdo dos registros. Continuidade: conformidade do ato apresentado com os anteriores já registrados na serventia. Concentração: possibilidade da realização de buscas concentradas em nome de determinada pessoa em todos os títulos/documentos registrados. è CNPB, art. 685, Parágrafo Único: São princípios informadores do registro de títulos e documentos, dentre outros gerais de Direito Público, os da segurança jurídica, legalidade, territorialidade, compatibilidade, preponderância e finalidade.

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ÁREA A PONTO 10

REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS

Registro de Títulos e Documentos: atribuições; escrituração; ordem do serviço; publicidade; conservação; responsabilidade; Livros e Classificadores; transcrição e averbação; notificações; cancelamento; princípios informativos; Registro Civil das Pessoas Jurídicas: escrituração; matrícula de Jornais, Oficinas, Impressoras, Empresas de Radiodifusão e Agências de Notícia; registro de associações, fundações, partidos políticos e sociedades Registro de Títulos e Documentos: atribuições; escrituração; ordem do serviço; publicidade; conservação; responsabilidade; Livros e Classificadores; transcrição e averbação; notificações; cancelamento; princípios informativos. 1. Quais são os princípios aplicáveis ao RTD? è Autenticidade, Prioridade, Legalidade, Territorialidade, Rogação/Instância, Publicidade, Continuidade, Concentração.

• Autenticidade: ato se presume verdadeiro até que se prove o contrário. • Prioridade: o título/documento deve ser registrado com prioridade em relação

a outro apresentado posteriormente. • Legalidade: o Oficial tem o dever de qualificar o título/documento

apresentado para registro e sua qualificação deve sempre estar fundamentada na lei.

• Territorialidade: limita a atuação do oficial dentro da circunscrição para a qual lhe foi outorgada a delegação.

• Rogação/Instância: o Oficial só pratica o ato se for provocado. Só poderá agir de ofício excepcionalmente.

• Publicidade: a publicidade registral destina-se a dar cognoscibilidade a todos os membros da comunidade do conteúdo dos registros.

• Continuidade: conformidade do ato apresentado com os anteriores já registrados na serventia.

• Concentração: possibilidade da realização de buscas concentradas em nome de determinada pessoa em todos os títulos/documentos registrados.

è CNPB, art. 685, Parágrafo Único: São princípios informadores do registro de títulos e documentos, dentre outros gerais de Direito Público, os da segurança jurídica, legalidade, territorialidade, compatibilidade, preponderância e finalidade.

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2. Como ocorre o acesso às informações do registro no RTD? è A publicidade dá-se de forma indireta. É materializada por meio de certidão. Não há acesso do público aos livros da serventia. Qualquer pessoa interessada pode requerer certidão do registro sem informar ao oficial ou ao funcionário o motivo ou interesse do pedido. 3. Qual a função primordial do Registro de Títulos e Documentos? è A função primordial do Registro de Títulos e Documentos é dar publicidade a títulos, documentos e instrumentos privados. 4. O que é o Registro de Títulos e Documentos? è O RTD é o serviço de organização técnica e administrativa cuja finalidade é assegurar a autenticidade, segurança, publicidade e eficácia dos atos e negócios jurídicos, constituindo ou declarando direitos e obrigações, para prova de sua existência e data. O RTD tem atribuição ampla e subsidiária. Pode ele recepcionar todo e qualquer documento que não for atribuído a outro ofício (competência residual do RTD) ou para o qual inexista órgão de registro público competente (competência supletiva do RTD). è Art. 685. O registro de títulos e documentos, no âmbito de suas atribuições, é o serviço de organização técnica e administrativa que tem por finalidade assegurar a autenticidade, segurança, publicidade e eficácia dos atos e negócios jurídicos, constituindo ou declarando direitos e obrigações, para prova de sua existência e data, além da conservação perpétua de seu conteúdo. 5. Quais são as principais atribuições do Registro de Títulos e Documentos? è As principais atribuições do Registro de Títulos e Documentos são: 1) Transcrição de títulos/documentos privados; 2) Registro de títulos/documentos para que surtam efeitos em relação a terceiros; 3) Averbação à margem do registro de ocorrências que o alterem; 4) Realização de notificações; e 5) Cancelamento dos registros/averbações. 6. Cite três hipóteses de títulos sujeitos a registro no RTD para surtir efeitos em

relação a terceiros. è (LRP) Art. 129. Estão sujeitos a registro, no Registro de Títulos e Documentos, para surtir efeitos em relação a terceiros: 1º) os contratos de locação de prédios, sem prejuízo do disposto do artigo 167, I, nº 3;

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2º) os documentos decorrentes de depósitos, ou de cauções feitos em garantia de cumprimento de obrigações contratuais, ainda que em separado dos respectivos instrumentos; 3º) as cartas de fiança, em geral, feitas por instrumento particular, seja qual for a natureza do compromisso por elas abonado; 4º) os contratos de locação de serviços não atribuídos a outras repartições; 5º) os contratos de compra e venda em prestações, com reserva de domínio ou não, qualquer que seja a forma de que se revistam, os de alienação ou de promessas de venda referentes a bens móveis e os de alienação fiduciária; 6º) todos os documentos de procedência estrangeira, acompanhados das respectivas traduções, para produzirem efeitos em repartições da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou em qualquer instância, juízo ou tribunal; 7º) as quitações, recibos e contratos de compra e venda de automóveis, bem como o penhor destes, qualquer que seja a forma que revistam; 8º) os atos administrativos expedidos para cumprimento de decisões judiciais, sem trânsito em julgado, pelas quais for determinada a entrega, pelas alfândegas e mesas de renda, de bens e mercadorias procedentes do exterior; 9º) os instrumentos de cessão de direitos e de créditos, de sub-rogação e de dação em pagamento. 7. O que é competência residual? è A competência residual é aquela que permite a realização do registro de títulos e documentos, desde que não sejam de competência de outro registro público. è Art. 127. No Registro de Títulos e Documentos será feita a transcrição: (Renumerado do art. 128 pela Lei nº 6.216, de 1975). [...] Parágrafo único. Caberá ao Registro de Títulos e Documentos a realização de quaisquer registros não atribuídos expressamente a outro ofício. 8. É possível a realização de registros de títulos de competência de outras serven-

tias? è Será possível a realização de registro de títulos de competência de outras serventias, desde que para fins de mera conservação. Essa informação deverá constar do requerimento, do registro e da anotação no título. è (CNPB) Art. 686. A requerimento dos interessados, os Ofícios de Registro de Títulos e Documentos registrarão todos os documentos de curso legal no país, observada sua competência registral. § 1º. O interessado será informado, quando do requerimento, que o registro para fins de conservação não produzirá efeitos atribuídos a outros Ofícios de Registro, apondo-se no ato a seguinte observação: “Registro para conservação Lei 6.015/1973, art. 127, VII”.

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9. Para que serve o registro facultativo? è O registro facultativo exclusivamente para fins de mera conservação, tanto de documentos em papel como de documentos eletrônicos, terá apenas a finalidade de arquivamento, bem como de autenticação da data, da existência e do conteúdo do documento ou do conjunto de documentos, não gerando publicidade nem eficácia em face de terceiros, circunstância que deve ser previamente esclarecida ao interessado, sendo vedada qualquer indicação que possa ensejar dúvida sobre a natureza do registro ou confusão com a eficácia decorrente do registro para fins de publicidade e/ou eficácia contra terceiros. è Art. 127. No Registro de Títulos e Documentos será feita a transcrição: (Renumerado do art. 128 pela Lei nº 6.216, de 1975). [...] VII - facultativo, de quaisquer documentos, para sua conservação. 10. O contrato de locação precisa estar registrado no RI para ser registrado no RTD? è A lei de registros públicos não traz a exigência de que o contrato de locação seja anteriormente registrado no RTD. Dessa forma, poderá ser registrado no RTD, independentemente de registro no RI. 11. O penhor veicular é registrado no RTD? è Sim. O penhor veicular deve ser registrado no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor e anotado no certificado de propriedade. Esse registro é constitutivo. è (CC) Art. 1.462. Constitui-se o penhor, a que se refere o artigo antecedente, mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, e anotado no certificado de propriedade. 12. O penhor rural é registrado no RTD? è Não. O penhor rural deve ser registrado no registro de imóveis. Só caberá ao RTD o registro do penhor comum sobre coisas móveis ou de contrato de penhor de animais, excetuado o penhor pecuário. è (LRP) Art. 127. No Registro de Títulos e Documentos será feita a transcrição: (Renumerado do art. 128 pela Lei nº 6.216, de 1975). [...] II - do penhor comum sobre coisas móveis;

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[...] IV - do contrato de penhor de animais, não compreendido nas disposições do art. 10 da Lei nº 492, de 30-8-1934; [...] 13. O penhor industrial é registrado no RTD? è Não. O penhor industrial deve ser registrado no Registro de Imóveis. è Dica 1: Excetuado o penhor veicular, os penhores especiais (industrial, rural,) serão registrados no Registro de Imóveis. è Dica 2: O registro do penhor de direitos é constitutivo. è (LRP) Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos. (Renumerado do art. 168 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975). I - o registro: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975). [...] 4) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles; [...] 15) dos contratos de penhor rural; (CC) Art. 1.452. Constitui-se o penhor de direito mediante instrumento público ou particular, registrado no Registro de Títulos e Documentos. 14. As Cédulas de Crédito Bancárias são registradas no RTD? è A Cédula de Crédito Bancário não depende de registro, mas as garantias reais, por ela constituídas, sim. Dessa forma, caso verse sobre a constituição de garantias sujeitas a registro no RTD (a exemplo de um penhor de direitos), deverá ser levada a registro. è(Lei 10.931/2004) Art. 42. A validade e eficácia da Cédula de Crédito Bancário não dependem de registro, mas as garantias reais, por ela constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros, aos registros ou averbações previstos na legislação aplicável, com as alterações introduzidas por esta Lei. 15. É possível o registro de declaração de união estável no RTD? èArt. 687. Os instrumentos particulares declaratórios de união estável e da respectiva dissolução poderão ser registrados no Ofício de Registro de Títulos e Documentos do domicílio dos conviventes, para fazer prova das obrigações convencionais e para validade contra terceiros.

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16. É obrigatório o registro de contrato de alienação fiduciária e arrendamento mer-cantil de veículo no RTD?

è O contrato de alienação fiduciária e arrendamento mercantil de veículo no RTD é facultativo e deve ser realizado no RTD do domicílio das partes. è(CNPB) Art. 700. É facultativo o registro de contrato de alienação fiduciária e de arrendamento mercantil de veículo por Oficial de Registro de Títulos e Documentos, consoante os termos do Provimento nº 27/2012, do Conselho Nacional de Justiça. (Provimento nº 27/2012-CNJ) Art. 1º. É facultativo o registro de contrato de alienação fiduciária e de arrendamento mercantil de veículo por Oficial de Registro de Títulos e Documentos; Art. 2º. É vedada a celebração de convênios, acordos, termos de cooperação ou outras espécies de contratos entre Oficiais de Registro de Títulos e Documentos e repartições de trânsito, destinados à prática de ato de qualquer natureza para licenciamento de veículos, nesses incluídos a disponibilização, o acesso e o uso de qualquer meio para a comunicação (inclusive eletrônica feita por Intranet, Internet ou sistema similar) visando noticiar a realização de registro ou averbação em Registro de Títulos e Documentos. Art. 3º. O Oficial de Registro de Títulos e Documentos do domicílio das partes contratantes é o competente para o registro, facultativo, de contrato de alienação fiduciária e de arrendamento mercantil de veículo, para conservação ou eficácia. (STJ) SÚMULA N. 92. A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no. Certificado de Registro do veículo automotor. (EREsp 875634, DJe 09/11/2009, Ministro Luiz Fux) [...] 1. O registro do contrato de alienação fiduciária no Cartório de Títulos e Documentos, previsto no inciso 5º do art. 129 da Lei de Registros Públicos, não revela (Lei nº 6.015/73) condição para a transferência da propriedade do bem, senão, procedimento tendente a emprestar publicidade e, a fortiori, efeito erga omnes ao ato translatício, evitando prejuízos jurídicos ao terceiro de boa-fé. 17. O RTD possui competência para autenticação de microfilmes? É possível auten-

ticar a cópia de microfilme autenticado? è O Registro de Títulos e Documentos possui competência legal para autenticação de microfilmes. No entanto, só poderá realizar a autenticação de microfilmes produzidos por empresas regularmente cadastradas no Arquivo Nacional. Ainda, é possível que o Ofício de Registro de Títulos e Documentos autentique as cópias em papel extraídas de microfilmes autenticados, desde que realizadas na mesma serventia.

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No entanto, para a expedição de certidões dos microfilmes, sujeita-se as regras do Decreto 1.799/96. è(CNPB) Art. 724. Para a autenticação de microfilmes, nos termos da Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, o interessado deverá apresentar ao Ofício de Registro de Títulos e Documentos competente: I – requerimento que contenha a qualificação completa do interessado e a identificação da mídia; II – filme original de câmara e rolo cópia, ou filmes simultâneos em prata, podendo, se for cópia, ser esta diazóica ou produzida por outro processo que assegure a durabilidade e permanência das imagens; III – termos de abertura e encerramento assinados pelo responsável pela produção do microfilme, e termos de correção ou emenda, se houver, também assinados pelo responsável; e IV – certificado de garantia do serviço de microfilmagem, quando executado por empresa especializada. [...] Art. 728. O Ofício de Registro de Títulos e Documentos que efetuar a autenticação de microfilmes autenticará também as cópias em papel extraídas dos microfilmes autenticados, a fim de produzir efeitos perante terceiros, em juízo ou fora dele, bem como fornecerá certidões dos termos registrados. (Decreto nº 1.799/1996) Art. 15. A microfilmagem de documentos poderá ser feita por empresas e cartórios habilitados nos termos deste Decreto. Parágrafo único. Para exercer a atividade de microfilmagem de documentos, as empresas e cartórios a que se refere este artigo, além da legislação a que estão sujeitos, deverão requerer registro no Ministério da Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por este será exercida quanto ao cumprimento do disposto no presente Decreto. Art. 16. As empresas e os cartórios que se dedicarem a microfilmagem de documentos de terceiros, fornecerão, obrigatoriamente, um documento de garantia, declarando: I - que a microfilmagem foi executada de acordo com o disposto neste Decreto; II - que se responsabilizam pelo padrão de qualidade do serviço executado; III - que o usuário passa a ser responsável pelo manuseio e conservação das microformas. (Portaria nº 293/2018 – MJ) Art. 2º Estão obrigados a obter o registro junto ao Arquivo Nacional as empresas e os cartórios que procedam ao exercício a atividade de microfilmagem de documentos. Parágrafo único. Os órgãos públicos que executam microfilmagem de documentos para terceiros estão sujeitos à inscrição referida no caput deste artigo. Art. 3º O mencionado registro será provisório, tornando-se definitivo após um ano, caso não haja irregularidade por parte da pessoa jurídica cadastrada.

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Art. 4º O pedido de registro deverá ser direcionado ao Arquivo Nacional, instruído com requerimento e documentação exigida, por meio de protocolo junto ao Arquivo Nacional. 18. Quais são os livros do RTD? E quantas folhas possuem? è O RTD possui os seguintes livros: 1) Livro A – Protocolo; 2) Livro B – Registro Integral; 3) Livro C – Registro por resumo ou extrato; 4) Livro D – Indicador Pessoal. Todos com 300 (trezentas) folhas. è(CNPB) Art. 689. O Ofício de Registro de Títulos e Documentos terá os seguintes livros: I – Livro “A” – Protocolo; II – Livro “B” – Registro integral; III – Livro “C” – Registro por resumo ou extrato; IV – Livro “D” – Indicador pessoal. § 1º. Os livros físicos serão em folhas soltas ou encadernados, com 300 (trezentas) folhas, numeradas e rubricadas, devendo conter termo de abertura e de encerramento, que poderão ser escriturados mediante processo mecânico ou informatizado, desde que atendam a todas as exigências da Lei dos Registros Públicos. 19. Há livro protocolo no RTD? è Sim. No livro protocolo do RTD, deverão ser protocolizados na ordem de sua apresentação os títulos/documentos apresentados para registro/averbação. è(CNPB) Art. 689. O Ofício de Registro de Títulos e Documentos terá os seguintes livros: I – Livro “A” – Protocolo; è Dica: observe que o artigo 738, das Normas da Paraíba permitem que o Livro Protocolo do RTD seja utilizado também para o RCPJ. 20. Quais colunas deve possuir o protocolo? è O livro protocolo deverá conter as colunas com número de ordem, data, natureza do título, nome do apresentante e a coluna de anotações, registros e averbações dos atos praticados. è (CNPB) Art. 691. Os apontamentos lançados no Livro “A” conterão: I – o número de ordem, contínuo até o infinito; II – dia e mês;

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III – natureza do título; IV – nome do apresentante, completo ou abreviado; V – anotações, registros e averbações dos atos praticados. § 1º. Os documentos serão protocolizados no Livro “A” na ordem de sua apresentação, podendo ser microfilmados ou digitalizados em seguida para registro no livro apropriado. § 2º. Após o registro ou averbação, será feita no protocolo remissão à página do livro em que tenha sido lançado e ao número de ordem do registro. 21. Qual a diferença na forma de escrituração dos Livros B e C? è Os registros no RTD podem ser feitos de forma integral (transcrição) ou resumida (por extrato). A transcrição consiste na inteira trasladação dos documentos. Por sua vez, o registro resumido conterá as principais informações do título/documento, devendo atender os requisitos do art. 143, da LRP. Para o registro resumido de documentos em língua estrangeira, deverão sempre estar traduzidos. A utilização de registro integral (transcrição) dispensa a apresentação de requerimento escrito das partes. è (LRP) Art. 142. O registro integral dos documentos consistirá na trasladação dos mesmos, com a mesma ortografia e pontuação, com referência às entrelinhas ou quaisquer acréscimos, alterações, defeitos ou vícios que tiver o original apresentado, e, bem assim, com menção precisa aos seus característicos exteriores e às formalidades legais, podendo a transcrição dos documentos mercantis, quando levados a registro, ser feita na mesma disposição gráfica em que estiverem escritos, se o interessado assim o desejar. § 1º Feita a trasladação, na última linha, de maneira a não ficar espaço em branco, será conferida e realizado o seu encerramento, depois do que o oficial, seu substituto legal ou escrevente designado pelo oficial e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não esteja afastado, assinará o seu nome por inteiro. § 2º Tratando-se de documento impresso, idêntico a outro já anteriormente registrado na íntegra, no mesmo livro, poderá o registro limitar-se a consignar o nome das partes contratantes, as características do objeto e demais dados constantes dos claros preenchidos, fazendo-se remissão, quanto ao mais, àquele já registrado. Art. 143. O registro resumido consistirá na declaração da natureza do título, do documento ou papel, valor, prazo, lugar em que tenha sido feito, nome e condição jurídica das partes, nomes das testemunhas, data da assinatura e do reconhecimento de firma por tabelião, se houver, o nome deste, o do apresentante, o número de ordem e a data do protocolo, e da averbação, a importância e a qualidade do imposto pago, depois do que será datado e rubricado pelo oficial ou servidores referidos no artigo 142, § 1°.

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(CNPB) Art. 695. O registro integral consiste na inteira trasladação dos documentos, por meio datilográfico, cópia reprográfica, microfilme ou digitalização, com igual ortografia e pontuação, referência às entrelinhas, acréscimos, alterações, defeitos ou vícios existentes no original apresentado e menção às suas características exteriores e às formalidades legais. § 1º. Uma vez adotada pelo oficial de registro a transcrição do documento por um dos meios previstos no caput deste artigo, fica dispensada a exigência de requerimento escrito das partes para o registro integral. [...] Art. 696. O registro resumido mencionará: I – a declaração da natureza do título, documento ou papel; II – o valor; III – o prazo; IV – o lugar de formalização; V – o nome e a condição jurídica das partes; VI – o nome das testemunhas, se houver; VII – a data da assinatura; VIII – a data do reconhecimento de firma, se houver, com indicação do tabelionato, data e autor deste ato notarial; IX – o nome do apresentante; X – o número de ordem e a data do protocolo; XI – a averbação; XII – o valor e a qualidade do imposto pago; XIII – a assinatura do oficial de registro, seu substituto ou escrevente autorizado. 22. Qual a postura do Oficial do RTD diante de um título apresentado para registro

integral com erros de ortografia e pontuação? è O Oficial de Registro deverá realizar o registro com a mesma ortografia e pontuação, ainda que com erros, sendo lhe vedado realizar qualquer espécie de correção. è (LRP) Art. 142. O registro integral dos documentos consistirá na trasladação dos mesmos, com a mesma ortografia e pontuação, com referência às entrelinhas ou quaisquer acréscimos, alterações, defeitos ou vícios que tiver o original apresentado, e, bem assim, com menção precisa aos seus característicos exteriores e às formalidades legais, podendo a transcrição dos documentos mercantis, quando levados a registro, ser feita na mesma disposição gráfica em que estiverem escritos, se o interessado assim o desejar. (Renumerado do art. 143 pela Lei nº 6.216, de 1975).

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23. O contrato de penhor deve ser registrado de que forma? è A Lei de Registros Públicos enumera requisitos para o registro resumido do contrato de penhor. No entanto, não exclui a possibilidade que o registro seja feito de forma integral. è Art. 144. O registro de contratos de penhor, caução e parceria será feito com declaração do nome, profissão e domicílio do credor e do devedor, valor da dívida, juros, penas, vencimento e especificações dos objetos apenhados, pessoa em poder de quem ficam, espécie do título, condições do contrato, data e número de ordem. (Renumerado do art. 145 pela Lei nº 6.216, de 1975). 24. Os livros do RTD podem ser feitos por meio de microfilmagem? è De acordo com as diretrizes gerais para o Sistema de Registro Eletrônico de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas (SRDPJ), os Livros de Registro do RTD poderão ser escriturados por meio de microfilmagem. è(CNPB) Art. 723-D. Os livros do registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas serão escriturados e mantidos segundo a Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, podendo, para este fim, ser adotados os sistemas de computação, microfilmagem, disco óptico e outros meios de reprodução, nos termos do art. 41 da Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 1994, e conforme as normas desta Corregedoria Geral de Justiça, sem prejuízo da escrituração eletrônica em repositórios registrais eletrônicos. (Provimento 48/2016 – CNJ) Art. 6º Os livros do registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas serão escriturados e mantidos segundo a Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, podendo, para este fim, ser adotados os sistemas de computação, microfilmagem, disco óptico e outros meios de reprodução, nos termos do art. 41 da Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 1994, e conforme as normas editadas pelas Corregedorias Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, sem prejuízo da escrituração eletrônica em repositórios registrais eletrônicos. 25. O que é e para que serve o indicador pessoal? è O indicador pessoal é o Livro da serventia que funciona como “índice” dos registros/averbações realizados. Conterá a indicação do nome de todas as pessoas que figurarem nos livros de registro e será dividido alfabeticamente, podendo ser escriturado em meio eletrônico.

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è (CNPB) Art. 694. O Livro “D” será dividido alfabeticamente para a indicação do nome de todas as pessoas que figurarem nos livros de registro, ativa ou passivamente, individual ou coletivamente. § 1º. O Livro “D” poderá ser escriturado em meio eletrônico, por meio de sistema que permita realizar cópias de segurança e confira maior agilidade às buscas. § 2º. Na escrituração do Livro “D”, é facultada a adoção de sistema de fichas, seja em papel ou microficha, e a substituição do fichário pela sua microfilmagem, ou a elaboração de índice mediante processamento informatizado. 26. O indicador pessoal pode ser exclusivamente eletrônico? è O indicador pessoal poderá ser exclusivamente eletrônico desde que utilizado sistema informatizado que realize cópias de segurança e permita a realização de buscas de forma agilizada. 27. Os anexos, contratos e termos vinculados a instrumento principal apresentado

para registro integram o registro integral? è Não. Os anexos, contratos e termos vinculados a instrumento principal deverão ser averbados à margem do registro. è (CNPB) Art. 697. Os contratos ou termos de garantia vinculados a instrumento con-tratual principal serão averbados no registro deste. Parágrafo único. Caso o instrumento contratual principal não tenha sido levado a re-gistro, os instrumentos de garantia serão objeto de atos de registro independentes. Art. 698. Apresentado para registro título ou documento acompanhado de instrumen-tos que venham a complementá-lo, alterá-lo ou afetá-lo, será o principal registrado e cada um dos demais averbado em seguida. 28. Qual o prazo para apresentação a registro dos títulos no RTD? è Para que os efeitos retroajam à data de sua assinatura, os títulos/documentos devem ser apresentados para registro na circunscrição do domicílio das partes dentro do prazo de 20 (vinte) dias daquela. è (LRP) Art. 130. Dentro do prazo de vinte dias da data da sua assinatura pelas partes, todos os atos enumerados nos arts. 127 e 129, serão registrados no domicílio das partes contratantes e, quando residam estas em circunscrições territoriais diversas,

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far-se-á o registro em todas elas. (Renumerado do art. 131 pela Lei nº 6.216, de 1975). Parágrafo único. Os registros de documentos apresentados, depois de findo o prazo, produzirão efeitos a partir da data da apresentação. 29. O senhor é Oficial do RTD de João Pessoa e recebe um título para registro em sua

serventia juntamente com os emolumentos devidos para o ato. Quais providên-cias o senhor tomaria?

è Com a apresentação do título para registro, deverá ser realizado o seu protocolo no Livro A - Protocolo e posteriormente realizada a sua qualificação no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Caso negativa, deverá ser expedida nota devolutiva com os fundamentos da sua devolução. Em caso de qualificação positiva, deverá ser realizado o registro integral no Livro B ou registro resumido no Livro C dentro do prazo máximo de 15 (quinze) dias e após o registro, deverão ser feitas as anotações do registro no protocolo e no título registrado que deverá conter em todas as suas folhas identificação do Ofício de Registro e a assinatura ou rubrica do responsável pelo ato, facultado o emprego de chancela mecânica que contenha as mesmas informações. è(CNPB) Art. 703. Feito o registro no livro próprio, será lavrada declaração no corpo do título ou documento e consignados o número de ordem e a data do procedimento no livro correspondente. Parágrafo único. Sendo impossível sua lavratura no corpo do título ou documento, a declaração de registro será feita em folha avulsa a ser anexada ao título ou documento registrado. Art. 704. As folhas dos títulos ou documentos registrados e das certidões fornecidas conterão a identificação do Ofício de Registro e a assinatura ou rubrica do responsável pelo ato, facultado o emprego de chancela mecânica que contenha as mesmas informações. Art. 705. Os oficiais de registro procederão ao exame dos títulos ou documentos no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Após o protocolo do título ou documento, o registro efetivado deverá ser devolvido ao apresentante no prazo máximo de 15 (quinze) dias, ressalvada a necessidade de notificações. 30. O Oficial de RTD emite DOI? è O Oficial de RTD deverá emitir declaração de operações imobiliárias sempre que forem realizados registros cujo conteúdo dos títulos verse sobre operação imobiliária

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de aquisição ou alienação, ainda que o registro seja realizado para fins de mera conservação. è (IN RFB 1.112/2010) Art. 2º A declaração deverá ser apresentada sempre que ocorrer operação imobiliária de aquisição ou alienação, realizada por pessoa física ou jurídica, independentemente de seu valor, cujos documentos sejam lavrados, anotados, averbados, matriculados ou registrados no respectivo cartório. § 1º Deverá ser emitida uma declaração para cada imóvel alienado ou adquirido. § 2º O valor da operação imobiliária será o informado pelas partes ou, na ausência deste, o valor que servir de base para o cálculo do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) ou para o cálculo do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD). § 3º O preenchimento da DOI deverá ser feito: [...] III - pelo Serventuário da Justiça titular ou designado para o Cartório de Registro de Títulos e Documentos, quando promover registro de documentos que envolvam alienações de imóveis celebradas por instrumento particular, fazendo constar do respectivo documento a expressão "EMITIDA A DOI". 31. Quais as formalidades para registro de um documento de procedência estran-

geira? è Para que o registro produza efeitos legais no País, os documentos de procedência estrangeira deverão ser apresentados para registro devidamente legalizado ou apostilado e com tradução juramentada. Essa formalidade também é obrigatória para os casos de registro resumido. è(CNPB)Art. 163. Para produzirem efeitos em repartições da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, aí incluídas as serventias notariais e registrais, todos os documentos de procedência estrangeira devem observar as seguintes disposições: [...] III – para produzir efeitos legais no Brasil, os documentos emitidos em países estrangeiros devem, assim como suas respectivas traduções, ser registrados no Ofício de Registro de Títulos e Documentos, nos termos do item 6º, do art. 129, da Lei nº 6.015/73. Parágrafo único. Não podem ser realizados comunicações, avisos, intimações ou notificações extrajudiciais em língua estrangeira, mesmo que conste do documento também uma versão do texto em língua portuguesa, salvo se acompanhados de tradução efetuada por tradutor juramentado, na forma do inciso II do caput deste artigo. Art. 164. O procedimento previsto no artigo anterior não se aplica aos instrumentos lavrados em Embaixada ou Consulado Brasileiro no exterior.

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(LRP) Art. 148. Os títulos, documentos e papéis escritos em língua estrangeira, uma vez adotados os caracteres comuns, poderão ser registrados no original, para o efeito da sua conservação ou perpetuidade. Para produzirem efeitos legais no País e para valerem contra terceiros, deverão, entretanto, ser vertidos em vernáculo e registrada a tradução, o que, também, se observará em relação às procurações lavradas em língua estrangeira. (Renumerado do art. 149 pela Lei nº 6.216, de 1975). Parágrafo único. Para o registro resumido, os títulos, documentos ou papéis em língua estrangeira, deverão ser sempre traduzidos. 32. É possível registrar títulos em língua estrangeira desacompanhados de tradu-

ção? è Os títulos em língua estrangeira poderão ser apresentados sem tradução para registro, desde que para fins de mera conservação e desde que o documento adote caracteres comuns (alfabeto latino). Do contrário, a tradução também será obrigatória. 33. O oficial do RTD pode recusar o registro de um título? è O Oficial do RTD poderá recusar o registro do título quando: 1) Não possuir competência legal para o registro; 2) A qualificação for negativa, devendo expedir nota devolutiva com a fundamentação; e 3) Houver indícios de falsificação do título ou outros que dificultem a verificação de sua legalidade. 34. Qual deve ser a postura do Oficial quando apresentados títulos suspeitos de fal-

sificação? è O Oficial de Registro deverá expedir nota devolutiva fundamentada solicitando a apresentação de documentos adicionais para garantia da segurança jurídica ou deverá recusar o registro, podendo o interessado suscitar dúvida em ambos os casos. è (LRP) Art. 156. O oficial deverá recusar registro a título e a documento que não se revistam das formalidades legais. (Renumerado do art. 157 pela Lei nº 6.216, de 1975). Parágrafo único. Se tiver suspeita de falsificação, poderá o oficial sobrestar no registro, depois de protocolado o documento, até notificar o apresentante dessa circunstância; se este insistir, o registro será feito com essa nota, podendo o oficial, entretanto, submeter a dúvida ao Juiz competente, ou notificar o signatário para assistir ao registro, mencionando também as alegações pelo último aduzidas.

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(CNPB) Art. 702. Havendo indícios de falsificação ou outros que dificultem a verificação da legalidade do documento, o oficial de registro poderá, mediante nota devolutiva fundamentada, exigir novos documentos para garantir a segurança jurídica ou recusar o registro, hipóteses em que poderá ser suscitada dúvida a pedido do interessado. 35. O Oficial do RTD tem responsabilidade pela anulação de registro/averbação re-

alizado? è(LRP) Art. 157. O oficial, salvo quando agir de má-fé, devidamente comprovada, não será responsável pelos danos decorrentes da anulação do registro, ou da averbação, por vício intrínseco ou extrínseco do documento, título ou papel, mas, tão-somente, pelos erros ou vícios no processo de registro. 36. Qual o prazo de qualificação e registro no RTD? è No RTD, a qualificação deverá ser feita no prazo de 5 (cinco) dias e o registro no prazo de 15 (quinze) dias, ressalvada a necessidade de notificações. è(CNPB) Art. 705. Os oficiais de registro procederão ao exame dos títulos ou documentos no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Após o protocolo do título ou documento, o registro efetivado deverá ser devolvido ao apresentante no prazo máximo de 15 (quinze) dias, ressalvada a necessidade de notificações. 37. É necessário o reconhecimento de firma dos subscritores do título para registro? è Excetuado o caso de procuração, a Lei de Registros Públicos e as Normas de Serviço da Paraíba não exigem o reconhecimento de firma para a realização dos registros de títulos e documentos no RTD. è (LRP) Art. 158. As procurações deverão trazer reconhecidas as firmas dos outorgantes. (Renumerado do art. 159 pela Lei nº 6.216, de 1975). 38. Existe prioridade no RTD? Há exceção? è (LRP) Art. 151. O lançamento dos registros e das averbações nos livros respectivos será feito, também seguidamente, na ordem de prioridade do seu apontamento no protocolo, quando não for obstado por ordem de autoridade judiciária competente, ou por dúvida superveniente; neste caso, seguir-se-ão os registros ou averbações dos imediatos, sem prejuízo da data autenticada pelo competente apontamento.

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39. Como se dá a publicidade dos Registros do RTD? è A publicidade dos Livros do RTD dá-se de forma indireta. O acesso pelo interessado às informações do registro é feito por meio de certidão que poderá ser em inteiro teor, em resumo ou em relatório, conforme quesitos. 40. Qual o valor que uma certidão do RTD possui? è A certidão de registro integral expedida pelo Oficial do RTD possui o mesmo valor probante do original, nos termos do art. 161, da LRP. è (LRP) Art. 161. As certidões do registro integral de títulos terão o mesmo valor probante dos originais, ressalvado o incidente de falsidade destes, oportunamente levantado em juízo. (Renumerado do art. 162 pela Lei nº 6.216, de 1975). § 1º O apresentante do título para registro integral poderá também deixá-lo arquivado em cartório ou a sua fotocópia, autenticada pelo oficial, circunstâncias que serão declaradas no registro e nas certidões. 41. Como funciona o procedimento de registro de Arquivo Morto? è As normas do Estado da Paraíba permitem a realização de um registro sob único número de ordem que abranja todo o conteúdo conjunto de documentos de arquivo morto, ainda que em microfilme; ou de livros empresariais/fiscais para fins de conservação. Uma vez efetivado o registro, a mídia eletrônica e todos os documentos apresentados são devolvidos ao apresentando, sendo o registro certificado em meio eletrônico, caso não seja possível a certificação nos próprios documentos devido a seu volume. è Art. 717. Os documentos de arquivos mortos apresentados para registro unicamente para fins de conservação poderão ser registrados mediante a apresentação de: I – requerimento de registro para fins de conservação contendo a qualificação completa do apresentante; II – mídia digital contendo a imagem do índice e de todos os documentos a serem registrados, com assinatura eletrônica do representante da pessoa titular dos documentos e da empresa especializada que tenha realizado o serviço de classificação, indexação e digitalização, se for o caso, a qual também deverá inserir no contexto termo de responsabilidade subscrito, relativo ao serviço realizado. § 1º. Serão registrados, juntamente com o conjunto de documentos de arquivo morto, o requerimento, todos os fotogramas que acompanhem o arquivo, o índice e o certificado de garantia do serviço executado por empresa especializada, se for o caso.

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§ 2º. Efetivado o registro, a mídia eletrônica e todos os documentos apresentados serão devolvidos ao apresentante. § 3º. O registro será certificado em meio eletrônico na mídia a ser devolvida ao apresentante, mediante uso de assinatura digital em conformidade com os requisitos da ICP-Brasil, caso não seja possível a certificação nos próprios documentos devido a seu volume. 42. A realização de Registro para Conservação exige alguma formalidade adicional

pelo Oficial de Registro? è A indicação que o registro para fins de conservação não produz efeitos atribuídos a outros Ofícios de Registro deverá ser informada ao interessado, quando do requerimento. Deverá também constar no ato e nas certidões expedidas a observação “Registro para conservação. Lei 6.015/1973, art. 127, VII”. è (CNPB) Art. 686. A requerimento dos interessados, os Ofícios de Registro de Títulos e Documentos registrarão todos os documentos de curso legal no país, observada sua competência registral. § 1º. O interessado será informado, quando do requerimento, que o registro para fins de conservação não produzirá efeitos atribuídos a outros Ofícios de Registro, apondo-se no ato a seguinte observação: “Registro para conservação Lei 6.015/1973, art. 127, VII”. 43. É possível o registro para fins de conservação de títulos sujeitos a registro obri-

gatório no RTD em outra circunscrição? è Para que seja possível o registro de documentos para fins de conservação, mas que são sujeitos a registro no RTD para produção de efeitos, as Normas do Estado da Paraíba exigem anterior registro na serventia competente. è (CNPB) Art. 695. [...] § 2º. O registro deverá ser realizado no domicílio das partes para surtir os efeitos jurídicos previstos na Lei dos Registros Públicos. § 3º. Caso as partes assim queiram, poderão, após o registro em seu domicílio, nos termos do § 2º deste artigo, registrar o documento em outro local para conservação naquela comarca. 44. Tratando-se de RTD, o que é uma notificação? è A notificação extrajudicial é um instrumento de se fazer prova de recebimento ou de se ter dado conhecimento, de maneira incontestável, do conteúdo ou teor de qualquer ato jurídico levado a registro ou averbação, fazendo-se, dessa maneira,

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inequívoca constatação de que o notificado recebeu o documento que lhe foi enviado, dele tomando ciência de todo o conteúdo, e provando-se, quando necessário, qual foi o teor de que tomou conhecimento. Pelo processo de notificação, também poderão ser feitos avisos, denúncias e notificações, quando não for exigida a intervenção judicial. è (LRP) Art. 160. O oficial será obrigado, quando o apresentante o requerer, a notificar do registro ou da averbação os demais interessados que figurarem no título, documento, o papel apresentado, e a quaisquer terceiros que lhes sejam indicados, podendo requisitar dos oficiais de registro em outros Municípios, as notificações necessárias. Por esse processo, também, poderão ser feitos avisos, denúncias e notificações, quando não for exigida a intervenção judicial. (Renumerado do art. 161 pela Lei nº 6.216, de 1975). § 1º Os certificados de notificação ou da entrega de registros serão lavrados nas colunas das anotações, no livro competente, à margem dos respectivos registros. § 2º O serviço das notificações e demais diligências poderá ser realizado por escreventes designados pelo oficial e autorizados pelo Juiz competente. 45. Qual deve ser a postura do Oficial de RTD diante de um pedido de notificação

direcionado a outro município? è De acordo com as Normas do Estado da Paraíba, o Oficial de Registro deverá requisitar a realização da notificação pelo RTD do domicílio do destinatário, quando solicitado a notificar fora da comarca de sua competência. è (CNPB) Art. 708. As notificações serão feitas pelo oficial de registro ou por auxiliares por ele indicados, com menção da data e da hora em que for realizada. § 1º. As notificações extrajudiciais serão efetivadas pelos oficiais de registro de títulos e documentos das comarcas onde residirem ou tiverem sede, sucursal ou agência os respectivos destinatários. § 2º. O Oficial do Registro de Títulos e Documentos, quando solicitado a notificar fora da comarca de sua competência, deverá requisitar do Oficial do Registro de Títulos e Documentos do domicílio do destinatário a realização da notificação solicitada. 46. O candidato recebe uma carta de notificação de cobrança de débito no valor de

quinze milhões? Esse documento tem conteúdo financeiro para fins de registro? è Não. As normas do Estado da Paraíba consideram as cartas de notificação documento sem conteúdo financeiro.

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è (CNPB) Art. 708 [...] § 3º. As cartas de notificação são consideradas documentos sem conteúdo financeiro. 47. As diligências de notificação podem ser praticadas em qualquer horário?? è As diligências de notificação devem ser praticadas de segunda a sábado, excetuado os feriados no horário compreendido entre 6 e 20 horas, podendo ser concluídas após esse horário aquelas que foram iniciadas antes das 20 horas. è (CNPB) Art. 710. As diligências notificatórias poderão ocorrer diariamente, exceto aos domingos e feriados, no horário compreendido entre as 6 (seis) e as 20 (vinte) horas. Parágrafo Único. Serão, todavia, concluídas depois das 20 (vinte) horas as diligências iniciadas antes deste horário. 48. É possível anexar objetos a notificações?? è Não é admitida a anexação de objetos de qualquer espécie. As notificações restringem-se à entrega de títulos ou documentos registrados. è (CNPB) Art. 711. As notificações restringem-se à entrega de títulos ou documentos registrados, não se admitindo, para entrega ao destinatário, a anexação de objetos de qualquer espécie ou outros documentos originais. 49. Qual o prazo para finalização das diligências de notificações?? è A primeira diligência deverá ser realizada em até 10 (dez) dias da apresentação da carta de notificação. Após a realização de 3 (três) tentativas em dias e horários alternados, e decorridos 30 (trinta) dias, deverá ser certificado o resultado dos atos realizados. è (CNPB) Art. 712. A primeira diligência não excederá o prazo máximo de 10 (dez) dias da data da apresentação da carta de notificação ao Ofício de Registro, e, decorridos 30 (trinta) dias e tendo sido realizadas no mínimo 3 (três) tentativas de notificar o destinatário, será certificado o resultado dos atos realizados. § 1º. As diligências para notificar cada destinatário deverão ser efetuadas em dias e horários alternados, observado o prazo de 30 (trinta) dias fixado no caput deste artigo. § 2º. Se o requerente indicar novo endereço do destinatário, deverá apresentar nova carta de notificação.

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§ 3º. Na ausência contumaz do destinatário da notificação, o Ofício de Registro poderá convocá-lo por memorando, para comparecer à sede da serventia no prazo de 48 horas, a fim de tomar conhecimento e dar ciência do(s) documento(s) que lhe for(am) dirigido(s), sem prejuízo do cumprimento dos prazos previstos no caput. § 4º. Na impossibilidade de atender a convocação para comparecimento ao Ofício de Registro, conforme previsto no parágrafo anterior, o destinatário poderá autorizar por escrito, através de instrumento próprio, uma 50. Um registro ou averbação do RTD pode ser cancelado? è O registro poderá ser cancelado diante de sentença ou de documento autêntico de quitação/exoneração do título registrado. è (LRP) Art. 164. O cancelamento poderá ser feito em virtude de sentença ou de documento autêntico de quitação ou de exoneração do título registrado. 51. Como ocorre a operacionalização de um cancelamento? è Em regra, por meio de uma averbação. Quando não houver espaço à margem do registro, será feito novo registro, com as devidas remissões. è (LRP) Art. 165. Apresentado qualquer dos documentos referidos no artigo anterior, o oficial certificará, na coluna das averbações do livro respectivo, o cancelamento e a razão dele, mencionando-se o documento que o autorizou, datando e assinando a certidão, de tudo fazendo referência nas anotações do protocolo. (Renumerado do art. 166 pela Lei nº 6.216, de 1975). Parágrafo único. Quando não for suficiente o espaço da coluna das averbações, será feito novo registro, com referências recíprocas, na coluna própria. Registro Civil das Pessoas Jurídicas: escrituração; matrícula de Jornais, Oficinas, Impressoras, Empresas de Radiodifusão e Agências de Notícia; registro de associações, fundações, partidos políticos e sociedades. 52. Quais são os Livros do REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è O REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS possui a previsão legal de dois livros: O Livro A para inscrição dos contratos/atos constitutivos/estatutos das Pessoas Jurídicas sujeitas registro no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS (associações, sociedades simples, fundações de direito privado, organizações religiosas, partidos políticos, EIRELI simples) e o Livro B para a matrícula das oficinas impressoras, jornais, periódicos, empresas de radiodifusão e agência de notícias.

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Adicionalmente, as Normas do Estado da Paraíba trazem a previsão do Livro de Protocolo para apontamento dos títulos apresentados para registro. Por fim, haverá também índice, pela ordem cronológica e alfabética, de todos os registros e arquivamentos realizados. è (CNPB) Art. 735. Nos Ofícios de Registro Civil das Pessoas Jurídicas serão utilizados os seguintes livros: I – Livro de Protocolo, facultativo, com 300 (trezentas) folhas, para apontamento de todos os títulos apresentados a registro; II – Livro “A”, com 300 (trezentas) folhas, para os registros dos contratos, atos constitutivos, estatuto ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, fundações, associações de utilidade pública, sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, salvo as anônimas, bem como dos partidos políticos; III – Livro “B”, com 150 (cento e cinquenta) folhas, para matrícula das oficinas impressoras, jornais, periódicos, empresas de radiodifusão e agências de notícias. Art. 737. O oficial de registro deverá manter índice de prontuário de todos os registros e arquivamentos, no meio físico ou digital, a fim de facilitar a busca e a emissão de certidões. 53. Quantas folhas possuem os Livros do REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è O Livro A e o Livro de Protocolo (facultativo ou utilizado o mesmo que o RTD) possuem 300 (trezentas) folhas. Já o Livro B, possui 150 (cento e cinquenta) folhas. 54. Há protocolo no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è A Lei de Registros Públicos não menciona expressamente a existência de Livro Protocolo no RCJP. No entanto, as Normas do Estado da Paraíba trazem a previsão do Livro de Protocolo no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. Esse livro será facultativo, pois também poderá ser utilizado o Livro Protocolo do RTD para apontamento dos títulos. è Dica: observe que o artigo 738, das Normas da Paraíba permitem que o Livro Protocolo do RTD seja utilizado também para o REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. 55. Diferencie a finalidade do Livro A e B. è O Livro A é destinado a inscrição das Pessoas Jurídicas sujeitas a registro no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS (associações, sociedades simples, fundações de direito privado, organizações religiosas, partidos políticos, EIRELI simples). Nele,

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haverá o registro dos atos constitutivos/contratos/estatutos e averbação de todos os atos que alterem ou afetem a pessoa jurídica e de seus livros fiscais. Destaca-se que, somente a partir do registro no Livro A, haverá a existência legal da Pessoa Jurídica. Por sua vez, o Livro B tem como finalidade receber a matrícula de jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias os quais são considerados clandestinos quando não realizado o registro. è(CNPB) Art. 734. Compete ao oficial do registro civil das pessoas jurídicas: I – efetuar o registro dos contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos das associações, fundações de direito privado, organizações religiosas, partidos políticos, sociedades simples e empresas individuais de responsabilidade limitada de natureza simples que tiverem suas sedes e filiais no âmbito territorial de sua atuação; II – averbar nos respectivos registros todos os atos que alterem ou afetem a pessoa jurídica; III – averbar livros de pessoas jurídicas registradas no Ofício de Registro, arquivando fotocópias dos respectivos termos de abertura e de encerramento; IV – registrar jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias; [...] Art. 735. Nos Ofícios de Registro Civil das Pessoas Jurídicas serão utilizados os seguintes livros: I – Livro de Protocolo, facultativo, com 300 (trezentas) folhas, para apontamento de todos os títulos apresentados a registro; II – Livro “A”, com 300 (trezentas) folhas, para os registros dos contratos, atos constitutivos, estatuto ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, fundações, associações de utilidade pública, sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, salvo as anônimas, bem como dos partidos políticos; III – Livro “B”, com 150 (cento e cinquenta) folhas, para matrícula das oficinas impressoras, jornais, periódicos, empresas de radiodifusão e agências de notícias. 56. Os livros fiscais podem ser registrados/averbados? è Os livros fiscais podem ser objeto de averbação no Registro Civil de Pessoas Jurídicas que os seus atos constitutivos estiverem registrados. è(CNPB) Art. 734. Compete ao oficial do registro civil das pessoas jurídicas: III – averbar livros de pessoas jurídicas registradas no Ofício de Registro, arquivando fotocópias dos respectivos termos de abertura e de encerramento; [...] Art. 746. É vedado ao oficial de registro civil das pessoas jurídicas: I – o registro e a averbação de quaisquer atos relativos às pessoas jurídicas cujos atos constitutivos não estejam registrados naquela serventia ou não tenham sede na circunscrição para a qual o oficial tenha recebido a delegação;

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57. O princípio da continuidade e anterioridade são aplicáveis ao REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS?

è Os princípios da continuidade e anterioridade possuem incidência no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. Pela aplicação desses princípios, não poderá haver averbação sem registro anterior que lhe dê suporte, bem como não poderá haver averbação sem a anterior averbação que lhe dê suporte. Assim, por exemplo, não é possível a averbação da segunda alteração estatutária sem que a primeira esteja averbada no registro. è Art. 731. Os oficiais de registro civil das pessoas jurídicas adotarão boas práticas procedimentais e aquelas determinadas pela Corregedoria-Geral de Justiça, observando-se os princípios da continuidade e da anterioridade, necessários à segurança jurídica dos atos que alterem ou afetem as pessoas jurídicas. 58. Com a criação de uma nova comarca com circunscrição territorial, a quem per-

tence a competência para averbações? è As Normas do Estado da Paraíba impõem a vedação à prática de averbações pelo serviço anterior, a partir da instalação de nova serventia competente. Dessa forma, as averbações deverão ser feitas no novo serviço. è Art. 733. Caso a alteração de sede da pessoa jurídica ocorra devido a desmembramento de comarcas, a partir da data da instalação da nova serventia fica o Ofício de Registro de origem proibido de realizar averbações relativas às pessoas jurídicas que tenham passado a pertencer à nova circunscrição. 59. Qual o momento do nascimento da Pessoa Jurídica? è A existência legal da pessoa jurídica começa a partir da inscrição de seu ato constitutivo no registro competente. è (CC) Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 60. Partidos políticos são registrados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è Sim. Os partidos políticos devem ser registrados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS de sua sede. Além disso, os registros de atas/documentos de diretório partidário devem ser registrados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS da circunscrição correspondente.

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è(Lei 9.096/1995) Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a 101 (cento e um), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados, e será acompanhado de: (Redação dada pela Lei nº 13.877, de 2019) I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido; II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto; III - relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência. § 1º O requerimento indicará o nome e a função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do partido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 13.877, de 2019) § 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo certidão de inteiro teor. § 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, o partido promove a obtenção do apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º e realiza os atos necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. [...] Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas, para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral. [...] § 2º Os registros de atas e demais documentos de órgãos de direção nacional, estadual, distrital e municipal devem ser realizados no cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas da circunscrição do respectivo diretório partidário. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019) è Dica: até o ano de 2019, todos os atos dos Partidos Políticos eram registrados na Capital Federal. Em uma eventual arguição, apesar da época da vigência da Lei, recomenda-se fazer a contextualização e citar a Lei 13.877, de 27/09/2019. 61. É necessário o registro do Estatuto no TSE para o registro dos atos constitutivos

no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è Não. O registro do Estatuto no TSE ocorrerá somente após a aquisição da personalidade jurídica que ocorre com o registro no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. è(Lei 9.096/1995) Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

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(CF/88) Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: [...] § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 62. É possível o registro de Sociedades no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è Sim. O registro de sociedade simples e de sociedade simples unipessoal limitada deverá ser realizado no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS, ainda que adote um dos tipos de sociedade empresária. è (CC) Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. (CNPB) Art. 734. Compete ao oficial do registro civil das pessoas jurídicas: I – efetuar o registro dos contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos das associações, fundações de direito privado, organizações religiosas, partidos políticos, sociedades simples e empresas individuais de responsabilidade limitada de natureza simples que tiverem suas sedes e filiais no âmbito territorial de sua atuação; 63. O registro da EIRELI pertence ao REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è Deverão ser registradas no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS as Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada de natureza simples. 64. Os atos constitutivos precisam ser visados por advogados para o registro no RE-

GISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? Há exceção? è Em regra, os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas devem estar visados por advogado para que ocorra o registro. Trata-se de requisito de validade sem o qual são considerados nulos. No entanto, tal exigência não é aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte. è (Lei 8.906/94) Art. 1º São atividades privativas de advocacia: [...] § 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.

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(LC 123/2006) Art. 9o O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de governo ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos titulares, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) [...] § 2o Não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte o disposto no § 2o do art. 1o da Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994. 65. Sociedade de Advogados são registradas no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDI-

CAS? è Não. É vedado o registro de sociedades, ainda que de natureza simples, cujo objeto inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. O seu registro deverá ocorrer no Conselho Seccional da OAB onde se instalar. è (Lei 8.906/94) Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) § 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. § 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. § 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. § 4o A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016) 66. Qual a qualificação do Oficial do REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è A qualificação do Oficial de RCPJ incidirá em aspectos formais e materiais. Deverá ser analisada a legitimidade do requerente que deverá ser representante legal da Pessoa Jurídica, obedecida a continuidade e anterioridade, o qual requererá o registro/averbação por meio de requerimento escrito com firma reconhecida.

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Ainda, o registro/averbação pretendido deverá cumprir os requisitos legais de formalidade tais como: i) requisitos para os atos constitutivos; ii) formalidades de convocação; iii) quórum para deliberação; iv) qualificação dos fundadores e/ou diretoria; v) bem como quaisquer formalidades adicionais que sejam trazidas pela Lei (a exemplo de anuência/autorização do Ministério Público ou exigência prévia em registro em órgão de classe para associações sujeitas a fiscalização de conselho regional) ou pelos atos constitutivos da pessoa jurídica. 67. O REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS tem competência para autenticação

de Livro contábeis? è O Oficial de RCPJ possui competência para averbar os livros das pessoas jurídicas registradas, arquivando fotocópias dos termos de abertura e de encerramento. è (CNPB) Art. 734. Compete ao oficial do registro civil das pessoas jurídicas: [...] III – averbar livros de pessoas jurídicas registradas no Ofício de Registro, arquivando fotocópias dos respectivos termos de abertura e de encerramento; 68. Os sindicatos e cooperativas são registrados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JU-

RÍDICAS? è Os sindicatos são registrados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS, pois possuem natureza jurídica associativa. Por sua vez, as cooperativas devem ser registradas na junta comercial, ainda que lhe sejam aplicáveis às regras previstas para as sociedades simples è (Lei 5.764/1971) Art. 18. Verificada, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de entrada em seu protocolo, pelo respectivo órgão executivo federal de controle ou órgão local para isso credenciado, a existência de condições de funcionamento da cooperativa em constituição, bem como a regularidade da documentação apresentada, o órgão controlador devolverá, devidamente autenticadas, 2 (duas) vias à cooperativa, acompanhadas de documento dirigido à Junta Comercial do Estado, onde a entidade estiver sediada, comunicando a aprovação do ato constitutivo da requerente. (Código Civil) Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro ( art. 967 ); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. è (LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: teoria e prática. 10ª ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2019, p. 458) “Sindicatos e cooperativas são formas de associações. A Constituição inclui, expressamente, as cooperativas entre as

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associações. Nesse sentido, dispõe o art. 5.0, XVIII: "A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento". A cooperativa é a associação sob a forma de sociedade com número aberto de membros, que tem por objetivo estimular a poupança, a aquisição e a economia de seus associados, mediante atividade econômica comum. Trata-se de uma forma de organização da atividade econômica, tendo por finalidade a produção agrícola, industrial ou mercantil. Ao contrário da associação e do sindicado, a cooperativa não é inscrita no Registro Civil de Pessoas Jurídicas: o órgão competente para o registro é o Registro Público de Empresas Mercantis e atividades afins ou, seja, a Junta Comercial (art. 18 da Lei n. 5.764 de 1971). O sindicato, por sua vez, é uma associação constituída para a defesa dos interesses de pessoas que exercem a mesma profissão ou o mesmo gênero de atividades. A associação profissional está regida, de modo geral, pelas mesmas regras de organização das demais associações, embora sua criação seja disciplinada por lei especial.” è Dica: Há uma certa polêmica a respeito do órgão responsável pelo registro das Cooperativas. Isso, pois a Cooperativa foi enquadrada pelo Código Civil como sociedade simples o que atrairia o registro no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. Dessa forma, alguns Estados trazem a previsão de registro das cooperativas no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. No entanto, as Normas do Estado da Paraíba são omissas a esse respeito. Não mencionam expressamente, tampouco vedam. Para fins de prova, recomenda-se que seja seguido o posicionamento do Prof. Luiz Guilherme Loureiro, pois a sua doutrina é recorrentemente utilizada/citada pela Banca IESES. 69. O registro de sindicatos no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS subordina-se

a registro no MTE? Há controle da unicidade sindical por parte do Oficial de Re-gistro?

è Não. A existência legal dos sindicatos inicia com o seu registro no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. O registro no MTE ocorrerá em momento posterior a quem competirá também o controle da unicidade sindical, não devendo o Oficial realizar qualquer espécie de controle nesse sentido. è (REsp 381.118/MG) Constitucional. Sindicato. Personalidade Jurídica após o Registro Civil no Cartório. Registro no Ministério do Trabalho não essencial mais sim aquele é que prevalece para todos os fins. Precedentes. – Recurso especial interposto

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contra v.acórdão que, ao julgar a ação, na qual servidores públicos pleiteiam o reajuste de 11,98%, declarou o Sindicato recorrente carecedor de ação, ao argumento de não ter capacidade postulatória, por ausência de registro no Ministério do Trabalho. A assertiva de que o registro no Ministério do Trabalho tem preferência e é mais importante não tem amparo face à nova ordem constitucional. A partir da vigência da Constituição Federal de 1988, as entidades sindicais tornam-se pessoas jurídicas, desde sua inscrição e registro no Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas, não conferindo o simples arquivamento no Ministério do Trabalho e da Previdência Social, às entidades sindicais nenhum efeito constitutivo, mas, sim, simples catálogo, para efeito estatístico e controle da política governamental para o setor, sem qualquer conseqüência jurídica. Precedentes das 1ª. Turma e 1ª. Seção desta Corte Superior. Recurso provido, com retorno dos autos ao egrégio Tribunal a quo para prosseguir no julgamento da apelação e da remessa oficial quanto aos demais aspectos. (REsp 373.472/MG) Administrativo e Processo Civil. Sindicato. Personalidade Jurídica. Representatividade. Registro no Ministério do Trabalho e Emprego. 1. O Sindicato adquire personalidade jurídica com o registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, sendo mera formalidade a exigência do registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego-MTE. 2. Representatividade que fica restrita às categorias constantes dos estatutos registrados no cartório competente. 3. Recurso especial provido. 70. Quais os requisitos para o registro de Organizações Religiosas no RCPJ? è Além da apresentação dos atos constitutivos e documentos complementares (ata de fundação, convocação, lista de fundadores e respectiva qualificação), o Estatuto das organizações religiosas deverá conter os mesmos requisitos das associações comportadas as adaptações e temperamentos tendo em vista a função ou finalidade perseguida pela organização religiosa. è (LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: teoria e prática. 10ª ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2019, p. 430) “A organização religiosa é uma entidade similar à associação com a diferença da finalidade perseguida, que é de ordem espiritual. Nesse sentido, observa Arnaldo Rizzardo que a forma livre de constituição das organizações não dispensa a observância de requisitos mínimos, que são os das associações, pela semelhança de natureza.' De fato, o Código Civil, é pouco prolixo ao tratar da organização religiosa. A ausência de regramento específico para as organizações religiosas, o que impõe, pela semelhança e proximidade, a aplicação por analogia das regras relativas à associação, ao menos no que tange à estrutura, já que as funções das duas entidades são diversas. Destarte, para que possa ser inscrito no RCPJ, o estatuto da organização religiosa deve conter os mesmos requisitos da associação (arts. 54 a 61): 1) órgão deliberativo, com

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sua forma de constituição e funcionamento; 2) competência e quóruns necessários do órgão deliberativo; 3) critérios para perda de mandato e renúncia dos membros da diretoria executiva; 4) critérios de admissão, demissão, direitos, deveres e exclusão de associado; 5) fontes de recursos para a manutenção; 6) informação sobre o fato de o estatuto ser reformável ou não e, quando for o caso, as condições para a reforma; 7) modos para a dissolução da entidade. [...] Desse modo, a aplicação por analogia das regras legais da associação à organização religiosa comporta adaptações e temperamentos tendo em vista a função ou finalidade perseguida pela organização religiosa. Com efeito, ao decidir recurso em processo de dúvida em registro de estatuto de organização religiosa (Sínodo de Bauru, ligado à Igreja Presbiteriana), o CSM/SP entendeu que deveria ser afastada a exigência do registrador no tocante à explicitação, no estatuto da entidade, dos critérios de exclusão, admissão, direitos e deveres dos membros de organização religiosa. De acordo com tal decisão, "parece adequado, neste ponto, fazer o temperamento das regras relativas às associações pois, aqui, não há como equiparar as situações, haja vista que a composição depende de fator externo". (CSM/SP, Apelação Cível n° 0018134-71.2014.8.26.0071, Voto n° 29.037, DJe de 26.01.2016 - SP).” 71. As Dioceses são registradas no RCPJ? è Sim. As Dioceses são espécies de organizações religiosas e devem ser registradas no RCPJ, em atenção ao artigo 114, I, da Lei de Registros Públicos. è (SILVA, Fernando Candido da. Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 2ª ed. Curitiba: Appris, 2019, p. 3783, versão kindle) “10.1.8 Diocese Conforme consta do manual do Instituto de Registro de Títulos e Documentos do Brasil (IRTDPJ Brasil), que inspirou a presente obra, As dioceses católicas são criadas por Edito Papal, que normalmente vem acompanhado por expediente em que consta a limitação territorial, sobre a qual o bispo nomeado por SS. O Papa exercerá as suas funções. As dioceses são constituídas por paróquias e para cada uma delas há a designação de um padre (pároco) que é representante da Igreja Católica, se subordinado ao bispo diocesano. Afastadas tais considerações pertinentes à Igreja, no ordenamento jurídico vigente é imperativo que as dioceses, bispados, cúrias etc. regularizem a respectiva personalidade jurídica, como entidade sem finalidade lucrativa, conforme dispõem o Código Civil e a Lei 6.015/1973. Portanto é necessária ata de fundação, na qual os membros presentes à assembleia (geralmente padres, bispos e demais membros da Igreja) aprovam um estatuto, devedno indicar quem será o seu representante legal. Em outras palavras, todos os elementos de qualificação registral positiva indicados deverão ser atendidos. Ressalta-se que a forma de consecução da atividade poderá ser livremente eleita pelos interessados, sendo pertinentes as formas associação e organização religiosas.

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Entendo que, em razão das características da Igreja Católica, o mais adequado seria o enquadramento como organização religiosa. Ocorre que o conceito de associação pressupõe a união de pessoas (artigo 53 do Código Civil), o que não se verifica no caso. Assim, a natureza jurídica de diocesese, arquidioceses e vicariatos é de organização religiosa, posto que formada por decisão de única pessoa, o papa. Dentre os estudantes ocorre erro comum de entender a Igreja Católica como Estado nacional, que no caso seria o Estado da Cidade do Vaticano. Outro lapso comum, partindo da falsa ideia de que a Igreja Católica constitui Estado nacional, é que as igrejas, dioceses e demais instituições eclesiásticas seriam consulados. A respeito desse ponto, o acordo firmado entre o Brasil e o Estado da Cidade do Vaticano (Decreto 7.107 de 11 de fevereiro de 2010) determina o estatuto jurídico da Santa Sé no Brasil, e dele decorre o reconhecimento da natureza jurídica de pessoa de direito privado particular às dioceses, arquidioceses, vicariatos e demais instituições eclesiásticas: Artigo 3º A República Federativa do Brasil reafirma a personalidade jurídica da Igreja Católica e de todas as Instituições Eclesiásticas que possuem tal personalidade em conformidade com o direito canônico, desde que não contrarie o sistema constitucional e as leis brasileiras, tais como Conferência Episcopal, Províncias Eclesiásticas, Arquidioceses, Dioceses, Prelazias Territoriais ou Pessoais, Vicariatos e Prefeituras Apostólicas, Administrações Apostólicas, Administrações Apostólicas Pessoais, Missões Sui Iuris, Ordinariado Militar e Ordinariados para os Fiéis de Outros Ritos, Paróquias, Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. § 1º. A Igreja Católica pode livremente criar, modificar ou extinguir todas as Instituições Eclesiásticas mencionadas no caput deste artigo. § 2º. A personalidade jurídica das Instituições Eclesiásticas será reconhecida pela República Federativa do Brasil mediante a inscrição no respectivo registro do ato de criação, nos termos da legislação brasileira, vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro do ato de criação, devendo também ser averbadas todas as alterações por que passar o ato. Portanto, igrejas, dioceses, arquidioceses, vicariatos e demais instituições eclesiásticas ligadas à Igreja Católica devem procurar o seu registro perante o Registro Civil de Pessoas Jurídicas em decorrência do artigo 114, inciso I, da Lei 6.015/1973.” 72. Quais são as pessoas jurídicas de direito privado? è De acordo com o artigo 44, do Código Civil, são pessoas jurídicas de direito privado: 1) as associações; 2) as sociedades; 3) as fundações; 4) as organizações religiosas; 5) os partidos políticos; e 6) as empresas individuais de responsabilidade limitada. Destaca-se que o registro de todas elas ocorre no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, desde que se trate no caso de 2 e 6 de Pessoa Jurídica de natureza simples e no caso de 3 de fundação de direito privado.

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è(CC) Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) è(Enunciado 143, do Conselho da Justiça Federal) “A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame pelo Judiciário da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos." è(LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: teoria e prática. 10ª ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2019, p. 410) As pessoas jurídicas de direito privado se dividem em dois grupos: As que perseguem o lucro, como as sociedades, aí incluída a Eresp, que é uma espécie de sociedade unipessoal. A sociedade ou companhia é um contrato em que duas ou mais pessoas estipulam contribuir com bens e serviços comuns com o objetivo de repartir entre si os benefícios da atividade exercida conjuntamente. As pessoas jurídicas que não tem por objeto o lucro. Estas se dividem basicamente em associações em sentido amplo e as fundações. As associações em sentido amplo compreendem as associações em sentido estrito, os sindicatos, as organizações religiosas e os partidos políticos. Com efeito, a associação em sentido amplo é qualquer agrupamento de indivíduos que persegue fins ideais ou não lucrativos: o que difere justamente é o fim perseguido, ou seja, a função social que cada uma delas exerce. A fundação, por sua vez, é uma organização, que não consiste em uma aliança de pessoas, mas sim em um conjunto de bens destinados a um dos fins previstos em lei, e que serão vistos oportunamente. 73. Quais as competências do Oficial do REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è(CNPB) Art. 734. Compete ao oficial do registro civil das pessoas jurídicas: I – efetuar o registro dos contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos das associações, fundações de direito privado, organizações religiosas, partidos políticos, sociedades simples e empresas individuais de responsabilidade limitada de natureza simples que tiverem suas sedes e filiais no âmbito territorial de sua atuação; II – averbar nos respectivos registros todos os atos que alterem ou afetem a pessoa jurídica; III – averbar livros de pessoas jurídicas registradas no Ofício de Registro, arquivando fotocópias dos respectivos termos de abertura e de encerramento;

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IV – registrar jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias; V – lavrar certidão do que lhe for requerido 74. É possível escriturar os livros em fichas? è Sim. A escrituração dos Livros A e B poderá ser realizada em fichas, para cada pessoa jurídica, escrituradas manual ou eletronicamente, sendo cada lançamento associado às imagens dos documentos gravados digitalmente ou em microfilme, disponíveis para impressão. è(CNPB) Art. 736. A transcrição dos Livros “A” e “B” poderá ser realizada em fichas, para cada pessoa jurídica, escrituradas manual ou eletronicamente, sendo cada lançamento associado às imagens dos documentos gravados digitalmente ou em microfilme, disponíveis para impressão. 75. O livro protocolo do REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS e do RTD são úni-

cos? è As Normas do Estado da Paraíba trazem a possibilidade de ser utilizado o mesmo Livro de Protocolo do RTD (Livro A - Protocolo) com única numeração de ordem. No entanto, há a previsão da adoção facultativa de Livro Protocolo próprio. è(CNPB) Art. 738. A escrituração do Livro de Protocolo, do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, poderá ser feita no mesmo Livro Protocolo do Registro de Títulos e Documentos, adotando numeração única, de forma sequencial e indefinida. 76. O Oficial de REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS realiza controle da denomi-

nação da pessoa jurídica? è Sim. O Oficial deverá impedir o registro de atos constitutivos ou de suas alterações que contenham denominações idênticas àquelas utilizadas por Pessoas Jurídicas anteriormente registradas na mesma serventia. Deverá também obstar o registro ou a alteração de atos constitutivos cuja nomenclatura apresente palavras que possam induzir a coletividade a erro quanto ao exercício das atividades desenvolvidas por entidades privadas tais como tribunal, cartório, registro, notário, tabelionato, ofício; bem como que utilizem nomenclatura idêntica ou semelhante a siglas ou denominações de órgãos públicos, da administração pública direta ou indireta, bem como de organismos internacionais, e aquelas consagradas em lei e atos regulamentares emanados do Poder Público. è Art. 746. É vedado ao oficial de registro civil das pessoas jurídicas:

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I – o registro e a averbação de quaisquer atos relativos às pessoas jurídicas cujos atos constitutivos não estejam registrados naquela serventia ou não tenham sede na circunscrição para a qual o oficial tenha recebido a delegação; II – a averbação de alteração de sede em nova serventia sem que tenha sido previamente averbada à margem do registro original, verificada mediante comprovante da averbação acompanhado de certidão de inteiro teor contendo estatuto ou contrato social em vigor e última diretoria, quando houver; III – o registro na mesma serventia de sociedades simples, associações, organizações religiosas, sindicatos e fundações com idêntica denominação; IV – o registro ou a alteração de atos constitutivos de pessoas jurídicas privadas cuja nomenclatura apresente as palavras “tribunal”, “cartório”, “registro”, “notário”, “tabelionato” ou “ofício”, suas derivações ou quaisquer outras que possam induzir a coletividade a erro quanto ao exercício das atividades desenvolvidas por entidades privadas, confundindo-as com órgãos judiciais, serviços notariais e de registro ou entidades representativas dessas classes; V – o registro dos atos de pessoas jurídicas privadas com nome idêntico ou semelhante a outro já existente, ou que inclua ou reproduza em sua composição siglas ou denominações de órgãos públicos, da administração pública direta ou indireta, bem como de organismos internacionais, e aquelas consagradas em lei e atos regulamentares emanados do Poder Público; VI – o registro de estatuto de fundação privada ou pública de natureza privada, ou a averbação de sua alteração, sem a devida aprovação ou anuência do Ministério Público. 77. Quais documentos devem ser apresentados para o registro de atos constituti-

vos? è Deverá ser apresentado requerimento escrito do representante legal da pessoa jurídica acompanhado de duas vias do estatuto/compromisso/contrato com as firmas reconhecidas acompanhados do documento de identidade do signatário; e também, quando se tratar de entidades com fins não econômicos, do ato de convocação/convite, ata de fundação (quando for o caso), ata de eleição e posse da primeira diretoria com sua qualificação completa e lista de presença ou equivalente, se houver. è (CNPB) Art. 747. Para o registro, serão apresentadas duas vias do estatuto, compromisso ou contrato, com as firmas reconhecidas ou acompanhadas por documento de identidade dos signatários, ou outros documentos a pedido do interessado, e requerimento escrito do representante legal da pessoa jurídica. Parágrafo único. Na verificação da regularidade de cada registro de constituição ou alteração, o Oficial exigirá a declaração do titular ou administrador, firmada sob as

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penas da lei, de não estar impedido de exercer a atividade empresarial ou a administração mercantil, em virtude de condenação criminal. Art. 748. Para o registro de ato constitutivo de entidades com fins não econômicos serão apresentados: I – atos de convocação ou convite; II – ata de fundação; III – ata de eleição e posse da primeira diretoria, contendo qualificação completa dos membros e com mandato fixado; IV – lista de presença ou equivalente, se houver; V – requerimento escrito do representante legal da pessoa jurídica. § 1º. Quando a ata de eleição e posse da primeira diretoria não contiver a qualificação completa dos membros, esta informação deverá ser complementada mediante declaração subscrita pelo representante legal da entidade. § 2º. Quando da inscrição da pessoa jurídica, deverá ser apresentada a qualificação completa dos seus fundadores, a qual poderá estar em declaração à parte subscrita pelo representante legal da entidade. [...] Art. 752. Para a averbação de eleição de diretoria e outros órgãos de associações e demais entidades sem fins econômicos, serão apresentados: I – atos de convocação; II – ata de eleição e/ou ata de posse; III – lista de presença ou equivalente; IV – outros documentos exigidos pelo estatuto, se for o caso; e V – requerimento assinado pelo representante legal em exercício. Parágrafo único. No caso de alteração de um ou mais membros da diretoria, serão apresentados os documentos exigidos no respectivo estatuto. Art. 753. Para a averbação de alteração de estatuto e de aprovação ou alteração de regimento interno de associações e demais entidades sem fins econômicos, serão apresentados: I – atos de convocação; II – ata da assembleia; III – lista de presença ou equivalente; e IV – requerimento assinado pelo representante legal em exercício. 78. O Oficial de Registro deve analisar o objeto/finalidade constante dos atos cons-

titutivos apresentados a registro? è O Oficial dever analisar o objeto e a finalidade dos atos constitutivos das Pessoas Jurídicas apresentados a registro e deverá obstar o registro quanto o ato constitutivo conter objeto ou circunstâncias relevantes indicando destino ou atividades ilícitos,

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contrários, nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, à moral e aos bons costumes. è (CNPB) Art. 734. Compete ao oficial do registro civil das pessoas jurídicas: [...] § 1º. Não poderão ser registrados os atos constitutivos de pessoas jurídicas quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividades ilícitos, contrários, nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, à moral e aos bons costumes. § 2º. Ocorrendo qualquer dos motivos previstos no parágrafo anterior, o oficial de registro, de ofício ou por provocação de qualquer autoridade, sobrestará o processo de registro e suscitará dúvida. 79. Os atos praticados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS que envolvam fun-

dações possuem alguma exigência adicional? è A prática de atos de registro ou alteração dos atos constitutivos de fundações privadas fica sujeito a comprovação de anuência ou aprovação do Ministério Público, devendo o Oficial recusar o registro/averbação, caso não haja a respectiva apresentação. è (CNPB) Art. 750. Para registro dos atos constitutivos de fundações privadas e fundações públicas de natureza privada, toda a documentação deverá conter comprovação da anuência ou aprovação do Ministério Público. 80. Há indicadores no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS? è A Lei de Registros Públicos e as Normas do Estado da Paraíba impõem a existência de índices, pela ordem cronológica e alfabética, de todos os registros e arquivamentos realizados no REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS. Poderá ser utilizado para os índices sistema de fichas ou eletrônico. è (CNPB) Art. 755. Será arquivada, juntamente com seu respectivo requerimento, uma via de cada contrato, ato, publicação ou estatuto registrados ou averbados no Ofício de Registro, ou, ainda, outros documentos a pedido do interessado, identificados por período certo, digitalizados ou microfilmados, com índice em ordem cronológica e alfabética, sendo para tanto permitida a adoção do sistema de fichas ou eletrônico. Parágrafo único. O Ofício de Registro manterá índice nos mesmos termos do caput, em meio físico ou digital, para os registros e averbações lavrados. (LRP) Art. 118. Os oficiais farão índices, pela ordem cronológica e alfabética, de todos os registros e arquivamentos, podendo adotar o sistema de fichas, mas ficando

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sempre responsáveis por qualquer erro ou omissão. (Renumerado do art. 119 pela Lei nº 6.216, de 1975). 81. Quais são os requisitos do registro? è De acordo com o artigo 46, do Código CIvil, o registro deve conter: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. èArt. 46. O registro declarará: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. [...] Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005) [...] Art. 2.031. As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis anteriores, bem como os empresários, deverão se adaptar às disposições deste Código até 11 de janeiro de 2007. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às organizações religiosas nem aos partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) (LRP) Art. 120. O registro das sociedades, fundações e partidos políticos consistirá na declaração, feita em livro, pelo oficial, do número de ordem, da data da apresentação

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e da espécie do ato constitutivo, com as seguintes indicações: (Redação dada pela Lei nº 9.096, de 1995) I - a denominação, o fundo social, quando houver, os fins e a sede da associação ou fundação, bem como o tempo de sua duração; II - o modo por que se administra e representa a sociedade, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; III - se o estatuto, o contrato ou o compromisso é reformável, no tocante à administração, e de que modo; IV - se os membros respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; V - as condições de extinção da pessoa jurídica e nesse caso o destino do seu patrimônio; VI - os nomes dos fundadores ou instituidores e dos membros da diretoria, provisória ou definitiva, com indicação da nacionalidade, estado civil e profissão de cada um, bem como o nome e residência do apresentante dos exemplares. Parágrafo único. Para o registro dos partidos políticos, serão obedecidos, além dos requisitos deste artigo, os estabelecidos em lei específica. (Incluído pela Lei nº 9.096, de 1995) è Dica: o artigo 120 da Lei de Registros Públicos e o artigo 46 do Código Civil trazem o mesmo conteúdo para o registro. Diferentemente, o artigo 54 do Código Civil traz os requisitos de validade do Estatuto Social de Associações o que deve ser observado pelo Oficial de Registro no exercício de sua qualificação. Destaca-se que o art. 2.031 traz a obrigatoriedade de adequação dos atos constitutivos das associações, sociedades e fundações às disposições do Código Civil, com exceção das organizações religiosas e partidos políticos. 82. O que são jornais ou publicações periódicas clandestinas? è São considerados clandestinos os jornais ou outras publicações periódicas que não estejam matriculadas na forma da Lei de Registros Públicos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. A falta de matrícula ou averbação de suas alterações será objeto de multa de meio a dois salários mínimos da região, a ser imposta por sentença que fixará prazo para a sua efetivação, após representação feita pelo Oficial. è(LRP) Art. 124. A falta de matrícula das declarações, exigidas no artigo anterior, ou da averbação da alteração, será punida com multa que terá o valor de meio a dois salários mínimos da região. (Renumerado do art. 125 pela Lei nº 6.216, de 1975). § 1º A sentença que impuser a multa fixará prazo, não inferior a vinte dias, para matrícula ou alteração das declarações. § 2º A multa será aplicada pela autoridade judiciária em representação feita pelo oficial, e cobrada por processo executivo, mediante ação do órgão competente.

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§ 3º Se a matrícula ou alteração não for efetivada no prazo referido no § 1º deste artigo, o Juiz poderá impor nova multa, agravando-a de 50% (cinqüenta por cento) toda vez que seja ultrapassado de dez dias o prazo assinalado na sentença. Art. 125. Considera-se clandestino o jornal, ou outra publicação periódica, não matriculado nos termos do artigo 122 ou de cuja matrícula não constem os nomes e as qualificações do diretor ou redator e do proprietário. 83. Qual o prazo para averbação de alterações na matrícula de jornais, periódicos,

oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias? è A Lei de Registros Públicos traz o prazo de 8 (oito) dias para a averbação das alterações na matrícula de jornais/publicações periódicas realizada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. èArt. 123. O pedido de matrícula conterá as informações e será instruído com os documentos seguintes: (Renumerado do art. 124 pela Lei nº 6.216, de 1975). I - no caso de jornais ou outras publicações periódicas: II - nos casos de oficinas impressoras: III - no caso de empresas de radiodifusão: IV no caso de empresas noticiosas: § 1º As alterações em qualquer dessas declarações ou documentos deverão ser averbadas na matrícula, no prazo de oito dias.