Blowupat que ponto a fotografia realmente uma reproduo fiel da realidade , mulher compara a foto aumentada a uma das pinturas abstratas do artistao que enxergamos na figura na verdade o que queremos ver, no filme no fica claro se o personagem realmente presenciou um assassinato ou no, mostra a subjetividade na hora de analisar fotos e isso pode ser aplicado a toda forma de representaao visual

viagem a lua o autor deixa bem claro que seu filme fantasioso e os recursos utilizados para criar o filme mostram que realmente so somente reprodues e algo planejado.atravs de recursos visuais, sem contar com a cor, que na poca ainda no era utilizada nos filmes, o autor passa as emoes para o publico e a historia que quer contar de forma que pode ser entendidaapesar de no conter muitos detalhes, esse tipo de cinema estimula a imaginao do expectador que pode imaginar os cenrios de forma mais detalhada e realista por conta pr rpria enquanto mantm a histria que o autor gostaria de transmitir.

Faculdade de Arquitetura e UrbanismoAUH 2302 - Histria da Arte e suas TcnicasBruna Tiery Teruya 8960441

Resenha dos filmes Blowup, Viagem lua e A inveno de Hugo CabretPara representar auxiliar na representao atravs de imagens, foram criados diversos mtodos e aparatos que criaram leis e frmulas para a construo de desenhos e pinturas. A cmara obscura auxiliava o artista a passar para o papel aquilo que se via na realidade, porm de um ponto de vista fixo e de certa forma, racionalizado. J com a criao da fotografia, o processo de passagem do tridimensional para o bidimensional era realizado pela prpria mquina, e o processo de representaes passa a ser cada vez menos subjetivo. Na produo cinematogrfica, no s o processo de criao da imagem feita por intermdio de mquinas, mas tambm para ver o filme necessrio um aparelho.Apesar de a representao intermediada por mquinas parecer muito fiel realidade, apenas uma representao. No filme Blowup, de Michelangelo Antonioni, podemos ver os limites da fotografia como representante da realidade. Na tentativa de ver o que afligia a mulher que viu no parque, o fotgrafo vai ampliando cada vez mais a imagem, e pensa ver uma mo com um revlver e um corpo escondidos ao fundo das fotos. Cada vez que ele aumentava as fotos, a qualidade da imagem ia diminuindo,ficando mais granulada, e consequentemente, os contornos ficavam cada vez mais indefinidos. Embora o fotgrafo conseguisse ver a imagem de um corpo na ampliao, quando o mostra mulher de seu amigo, ela no consegue distinguir nenhuma imagem e at a compara a uma das pinturas abstratas de seu marido. Ao olhar para as imagens granuladas e imprecisas, o fotgrafo v a imagem de um corpo e uma mo com um revlver possivelmente porque ele procura um sentido nas fotos, alguma indicao sobre o segredo da mulher que encontrou. Ao chegar concluso de que realmente viu um assassinato, o homem volta cena do crime e encontra o corpo. Porm quando volta no dia seguinte para tirar uma foto do morto, o corpo no est mais l. Com isso, Antonioni leva o pblico a refletir se o que o personagem v nas fotos a realidade ou no.No filme de Georges Mlis, Viagem Lua, apresentado um mundo fantasioso, onde homens fazem uma viagem ao satlite e l encontram criaturas hostis. Ao contrrio de Blowup, onde h a procura de um significado concreto em imagens distorcidas da realidade, em Viagem Lua, o expectador v um mundo fantasioso construdo a partir de cenrios e figurinos reais. O recurso do filme explorado no para reproduzir cenas reais que podem ser vistas normalmente, mas para criar um universo diferente que ganha vida dessa forma. Utilizando efeitos como bombas de fumaa e encaixe de cenas para criar as iluses de monstros virando fumaa, entre outras, a estria contada, sem tentar se assimilar realidade, mas deixando explcito que fruto da imaginao humana. Sendo um filme mudo, os atores utilizam de uma linguagem corporal bem mais expressiva, para poder transmitir ao expectador a ao de forma puramente visual, sem o auxlio de som. Embora uma das verses desse filme ter sido colorida mo, a verso preto e branco consegue contar a narrativa perfeitamente bem.Em A Inveno de Hugo Cabret, os filmes de Mlis so citados, alm de o prprio aparecer na estria em sua poca aps a fama. O filme mostra os bastidores dos filmes de Mlis, como eram feitos os cenrios e os efeitos especiais. Durante o filme, as cmeras so posicionadas de diversas formas, fugindo da perspectiva fixa que aparece em Viagem Lua. O filme foge da perspectiva baseada em pontos de fuga e linha do horizonte. Ele se inicia com uma viso de cima da cidade de Paris e vai se aproximando da estao de trem. Durante o filme chega-se at a esquecer que houve um planejamento e uma cmera para captar essas cenas, porm quando Mlis vai contar sua histria, ele olha diretamente para a cmera e temos a impresso de que ele est se dirigindo a no somente a Hugo, mas para todos aqueles que assistem o filme. Embora o filme tenha qualidade de imagem e som alta, ele utiliza de recursos corporais exagerados, assim como nos filmes de Mlis. Podemos ver claramente isso na cena em que a caixa com desenhos cai e os papis voam por toda a sala, mostrando os diversos trabalhos claramente, e tambm na cena da locomotiva, onde o maquinista se mexe freneticamente para mostrar seu desespero.Cada filme mostra um aspecto diferente do cinema como imagem, e como a viso das pessoas muda de acordo com a poca. Hoje em dia temos fotos com qualidade que vai melhorando cada vez mais com a criao de novas tecnologias, mas uma crtica recorrente sociedade de hoje que olhamos somente pela janela quando poderamos sair pela porta. Cada vez mais tomamos como verdade aquilo que vemos atravs das fotos e ficamos satisfeitos como se estivssemos visto o original. As pessoas esto se esquecendo de que a imagem foi criada para representar, e no substituir a realidade.