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Anno IV Quarta-feira 30 de Maio de 1877 ¦ fi:-'. ¦¦-fi-fi fi- '"fifi CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA CORTE E NICTHEROY De hoje até o fim do anno lOgOOO Numero avulso 40 rs. SãgEB N. 132 -*_,-_? CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA PARA AS PROVÍNCIAS De hoj e até o fim do anno llgOÜO Numero avulso 40 rs. ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E DA INDUSTRIA " '¦&£$ COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Rão de -Janeiro ESCRIPTORIO E REDACÇÃO RÜA DO OUVIDOR N. 8, ESBBBBfe Summario OjFOTUBO DAS ESTRADAS DE FERRO NO "BRASIL. Breves considerações sobre as seccas do Norte pelo Dr. Bezerra de Menezes. Chronica parlamentar. a guerra do oriente. Exterior.—Correspondência de Pariz Noticias. Avisos. Tribunaes . Ineditoriaes. Commercio. Folhetins. Currente Calamo .— Os noivos, por Manzoni. O futuro «da s estradas de ferr-» no BraziS O titulo deste artigo é demasiado pom- poso para corresponder ao assumpto de que nosvamof oecupar. Mas elle serve para definir desde já, embora genericamente, o apreço em que temos o projecto ultimamente apresen- tado k câmara dos deputados por um dos seus mais illustrados membros, o Sr. Dr. Ferreira Vianna. Esse projecto servio dc estímulo ao convite dirigido pelo Sr. engenheiro Mello Barreto a todas as classes sociaes ue se interessam pelo porvir das om- prezas de viação, e portanto pelo engran- decimento, pelo progresso do nosso paiz, afim de que em uma reunião solemne. se •consultasse a opinião sobre elle Essa reunião effectuou-se hontem á noite no edificio das escolas publicas da freguezia de S. José, e attendendo-se á paralysia moral, que parece ser a enfer- midade dos espíritos, nesta época e no nosso paiz, pareceu-nos ella numerosa e eonspieua. Na supposição de que, como represen- tante da imprensa, tínhamos o dever de as.sistii* a essa reunião, nesse único ca- racter ousamos comparecer. E ousamol-o, vencendo ainstinetiva re- pugnancia que nos inspiram todas as reuniões publicas e deliberantes no nosso paiz, onde todo ajuntamento parece ser illicito, ou polo menos degenera em uma desordenada expansão de idéas dispara- tadas e de sentimentos importunos na sua manifestação. Falta-nos evidentemente esse sexto sentido de todas as sociedades organisa- das—o instineto da reunião. O regimen deliberativo parece ser anti- nomico com a nossa natureza tropical. Eéum facto attestado por milhares de exemplos, a começar pelo nosso parla- mento, que o melhor meio de nadaprodu- zireni de bom e de sensato é reunirem-se muitas pessoas para discutir qualquer assumpto que não dispense o —senso commum. Da illustração e do critério dos cava- lheiros que compuseram a reunião de liontem, esperamos que não nos attri- buam o intuito de ofiender a sua suscep tibilidade ; mas hão de permittir-hos a franqueza de lhes dizermos que se reuni- ram para nada fazer. Nomeou-se é certo uma commissãò e espera-se delia proximamente um pare- cer que hade ser, certamente, luminoso. Mas, com certeza, a illustrada commis- são designada para tão honrosa tarefa, não achou na discussão havida elemento de inspiração ou de critério, para produ- zir um parecer conscienciosò, ou redigir uma representação aos- poderes do Es~ tado. representação prestigiosa, pela fonto de que devia emanar e pela idéa que deve exprimir. Desde que se iniciou o debate e a não ser o risco de incorrer em uma descor- tezia, tivemos o desejo de retirar-nos. Porque sentimos qne estávamos ãeslo- cados e quasi na attitude.de um mirone impertinente attrahido pela curiosidade. Daremos a explicação do nosso senti- mento, porque em assumptos que inte- ressam á collecíividade social, a fran- queza por parte da imprensa é um dos elementos da verdade a que a opinião, aspira. Observámos com estranhesa, que trans-* •juzia do aspecto geral da reunião, um espirito de classe e de cathegoria pro- fissional, que nos acanhou profunda- mente. Si o convite publico se houvesse res. tringido aos directores e empreiteiros de estradas de ferro é claro que não hou- veram os ido., poi*que não temos a honra de pertencer á essa cathegoria. Si se houvesse restringido aos enge- nheiros ou capitalistas, também não houvéramos ido por que não temos a for- tuna de ser nem uma nem outra cousa. Em resumo, si comparecemos foi sómente pelas seguintes razões : Para dar testemunho da nossa home- nagem á reunião, como um salutar mo- vimento da opinião publica em prol de uma idéa útil, para manifestar, por essa fQrma,a adhesão de um órgão da imprensa brazileira á idéa geral do projecto apre- sentado ao corpo legislativo pelo Sr. de- putado Ferreira Vianna, idéa que nos parece de grande alcance para o futuro das estradas de ferro no nosso paiz, desde que estudada o meditada se mostre ella, pela discussão, bastante perfeita para attingir o alvo que visa. bastar-lhe-ia o vicio fundamental de não ter sido concebido pelo cérebro de um membro do poder executivo, para que elle seja profundamente repugnante ao governo e esteja previamente condem- nado ao cárcere perpetuo no limbo das commissões que sobre elle tem de dar parecer. Em taes condicções a iniciativa popular despertada para amparar a idéa do pro- jecto tinha para nós uma justificativa a de fazer sentir aos poderes do estado que a opinião publica se inclinava a oppôr ao velho systema da restrieção e da tutella governamental o novo systema da iniciativa particular alentada pelo influxo da liberdade e robustecidã pela consciência da sua própria responsabi- lidade. Si não nos enganamos, o projecto de Sr. Ferreira Vianna ferio com grande perspicácia dous pontos essenciaes no assumpto de que tratou. Esses dous pontes são os seguintes: A necessidade da mobilisação dos ca- pitaes empatados em obras reprodueti- vas e de retribuição segura, e a necessi- dade ainda mais importante de rodear de todas as garantias o capital confiado ás grandes emprezas de viacção, que até aqui, pela natureza de sua instituição legal, acham-se embargadas e opprimidas pelo pezo de um privilegio negativo que importa a sua immobilisação e a sua morte. Em outros termos : a faculdade que se procura conceder ás emprezas das vias devíamos: embora o assumpto seja de tal importância que não dispensa úm debate amplo e reflectido Falta-nos para isso o tempo e mais do que o tempo—a competência. Qualquer, porém, que seja o respeito que nos inspira a alta capacidade do autor do projecto, pedimos-lhe licença para dizer-lhe que apezar de tudo o seu plano nos parece incompleto. Vê-se delle que o illustrado Sr. Ferrei- ra Vianna preoecupou-se seriamente em rodear de todas as garantias precisas ao capital e ao prestador do capital. Não acreditamos, porém, na efficacia da sua idéa para atrahir os capitães de que carecemos para desenvolver as nossas vias férreas, sem que antes, por um regimen econômico diverso daquelle que se preconisa, tenhamos mudado a natureza do nosso actual regimen^admi- nistrativo e decapitado a apólice, que é o inimigo natural e temeroso de todas as emprezas industriaes no nosso paiz e a remora fatal do nosso progresso. Breves c-msides-ações sobre a seeea nof Morte, pelo Dr. Bezerra de Me- mezes. _III O Ceará nunca teve o bafejo do poder que tudo pôde no Brasil; e apezar disso e, talvez, por isso, tem se elevado ás alturas das primeiras provincias do im- perio. isso lhe devia valer as svmpathias -,--....-dos pjderes da nação,- quantoniais que, ferreas'para poderem, a troco do capital -SftfL^ communhão, está animar . . ¦ æOaquelle esforço pouco commum á nossa sollicitado para a sua mais fecunda re- producção,5 hypothecar as suas obras, a sua propriedade e as suas rendas corno garantia ao prestador do capital, servirá de base, no nosso entender, para estimu- lar a confiança dos capitalistas e acabar de uma vez com a especulação aventu- reira ou indiscreta que tem sido até aqui o principal elemento do descrédito e da ruina das emprezas. FOLHETIM CURRENTE CALAMO A ultima vez que tive a honra de dis er-etear comtigo, fiquei na promessa de ap-plicar-te o meu episódio ingênuo, logo que a tua imprensa se confessasse farta cie .discutir um certo assumpto. Eesa occasião chegou, amigo ílumi- nenss. Suecedeu á tua imprensa, o que lhe suecede sempre :—callou-se, reco- lheu-ee ao ninho eom as suas compara- cões bicudas e os seus conceitos alados, convjeaeida talvez de que havia repre- sentado sobejamente o papel de morcego. A ingrata, porém, diisse-nos adeusjus-' tamente no melhor da interessante pole-' mica, qiaando todos íihhaxhos reser- vado os nossos appetites o o somno, para depois da colação do eeijt© assumpto, que teimo em não nomear, nara render jus- tiça á tua perspicácia. Que decepção !.. que desgraça !... ficarmos tu e eu sem sabermos bem, si devíamos chamal-o a elle... a éító,-pàraí lhe dizermos em tom carieioso; vem né-né... ti-ti. .. nfilw-nho. .. toma doce: e lhe fazermos «mas cócegas -.amorosas. Ou, si devíamos convidal-o a elle e aos outros, que com elle estiveram no theatro de Mavorte, para lhes dizermos a todos ém toada exclamativa ? « Heroes! victorias desta mãipa- tria, que vos deu á luz .' que vós ali- manta( sobretudo: que vos alimenta) aos fecundos seios, i'eplectos sempre á j ¦nossa custa.' vinde ãahi e tomae Id... » ] e muito mais cousas deste jaez, sempre ao estrondo do hymno da nossa indepen- dencia nacional de e alguns foguetes de lagrimas, como signal do nosso enterne- cimento e para gloria delles. Afim de nos consolarmos de mais esse (.esastre, proponho, fluminense amigo, que lique cada wm de nós com a sua opi- A illustre reunião, perdoe-nos ella este discurso, talvez extemporoneo, não eom- prehendeubem nem qual era o seu objee- tivo real nem a delicadeza e tacto eom que devia proceder em um assumpto melindroso. Não dissimulemos a verdade. O regimen do projecto do Sr. Ferreira Vianna é profundamente antinomieo a todo o nosso regimen administrativo. E" um projecto de emancipação para o elemento servil das industrias e da ini- ciativa individual, pensamento generoso que ainda não subio, na forma de eva- poração popular, até condensar-se nas altas regiões donde nos pôde vir por emquanto, o rocio fecundante que deve favorecer a germinação das emprezas. E quando o projecto não significasse, como eile significa aos nossos olhos, uma verdadeira revolução no systema orga- nicò das nossas instituições tutelares, nião; e quc ambos murmuremos á nossa memória : oLá„indiscreta, temeuidado . . o passado—passado. ..nem mesmo ó bom, lembrar similhante caso, chiton 1. . . Assim: lograremos objeetivo duplo: vingarmos-nos da peça qxie nos pregou a imprensa; e conjürarnios a guerra civil, que sobre nós vinha á unha de cavallo, para provai-nos, ao certo, quem possue mais garrafas vasias para vender, si elle ou si elles. Na presumpção dc que o teu bom senso nos irmana nesse parecer prudente, solli- eito-te o favor de te aproximàrès um pou- co mais. afim de encaixar-te a carapuça do mou conto. Não ha duvida que carecemos urgen- temente de uma legislação especial que estimule o espirito creador das empre- sas úteis e attraia o eapital europeu ou. nacional. Mas é preciso ao mesmo tempo que tenhamos a coragem de assignalar, fóra dessa, a outra causa efficiente do mal- logro de tantas tentativas generosas. Essa causa é a seguinte (resmungue contra nós quem quizer)—a ausência espirito de probidade industrial e mer- cantil, sem o que nem são possíveis as emprezas, nem nenhum capitalista será tão beoeio que entregue os seus capitães na esperança de alentadas porcentagens nominaes. A confiança é,a única base segura para as transacções, assim como a boa o único alliciente efficaz para o capital, depois do estudo e das demonstrações tèchnicas e estatísticas que garantam a viabilidade de qualquer projecto de me- lhóramènta material. As considerações que nos acòdiram á penna levaram-nos mais longe do que pouco raça e á nossa gente. O Ceará nada pede porque está acos- tumado a vencer todas as difficuldades, a vencer a própria natureza, por si só, por seu único esforço. Mas o governo deve ponderar a magni- tude da empreza e a força hercúlea que precisa empregar aquelle povo para che- gar ao seu ãesiãeratum. O governo deve considerar: que tanto mais rápido fôr o desenvolvimento da- quella provincia, quanto mais depressa resultaraopara o paiz vantagens reaes, que elle nao auferiria ; nao pelo lado da renda publica e da riqueza que ella representa, como pelo do estimulo que o facto deve produzir nos outros povos do imperio. 0 pai deve distribuir seus cuidados e haveres igualmente por seus filhos; mas, se dentre elles algum se distingue por suas qualidades moraes e per seu amor ao. trabalho, é razoável que esse obtenha mais algum favor, até porque, é com elle que mais deve contar para e ajudar nos encargos que lhe pesam. O Ceará é um filho distincto da nação; que nao lhe estende a mao pedindo, pre- ferencias; que construe elle preprío os fundamentos de sua futura grandeza. Mas tern muito que lutar para chegar a seu destino : e muito ganharia a nação, se, a favor de algum auxilio seu, se acce- lerasse a marcha daquelle sorprendente progresso. Nao é aos descuidados e iner- tes que se deve estender máo protectora. E nem o que precisa o Ceará, para des- affrontar-se dos óbices que lhe tolhem o passo, é causa que defraude suas irmãs. Provincia creadora e agrícola ao mesmo tempo; tendo os centros -de sua maior industria muito distantes dos portos de mar; comprehende-se : que o grande des- envolvimento dessas importantíssimas industrias depende principalmente de meios fáceis e baratos de ti*ansporte, e de portos francos e seguros de exportação. Os importantes centros da Ibiapaba, do Cariri, do Baturité, que sao os princi- pães da provincia pelo lado da industria agrícola, exportam seus generos em cos- tas de cavallos. Sabe o governo a magnitude do com- mercio que "faz, o interposto da capi- tal; e portanto calculará elle quanto não avultaria mais esse commercio de impor- Na bíblica sentença com que encerrou o seu tocante discurso, o meu illustrado •vizinho patenteou a causa que o impei- lira a tentar contra a existência da ar- vore formosa, que guardava a porta do mou jardim pequeno, eom a impassibiíi- dade da sentinella moscovita. Foi a inveja, fluminense. amigo, a inveja ! um feio e negro sentimento, que tu, catholico e apostólico romano, lido em cousas de catheeísmos, pratico co- nhecedor dos sete peeeados mortaes, não eonseguiste ainda, com ramos de buxo bento, varrer da alma immaterial, com que a tua igreja houve per bem mimosear o teu e o meu organismo. Foi a inveja !.. 7 uai peccado de que tu padeees, èm gráo quasi ineuravel. Fatal moiestia essa, amigo, de que tem resultado o aniqnilamento do teu espirito de justiça e equidade ;-.e que ameaça «lí- minar, de vez, o teú bonri senso critico. Um pujante cérebro, que a esta hora e, pasto vil dos immundos* vermes do sepul- cíiro, deixou dito nas primeiras paginas de um livro que, um nome repetido tres ve- zes, 6ntre nós, importa a condemnação daquelle1 que o traz. Maior verdade do que essa não houve l ninguém ainda que ousasse transmittir-te. E, do feito, quem quizer experimentar a tortura de Nessus, arranje uni nome e illustre-o.. . Como um frango esfaimado, tomas o nome do desgraçado na conta de grãos de milho e o engoles lettra a lettra. de trago, sem receios de engasgamento. Isto explica-se por uma qualidade de que, com prejuizo de tuas"filhas e es- posa, conservas ainda o bastante., pai*a teu uso próprio e abuso contra os outros. Não preciso referir-me á tua vai- dade e fazer publico que fdahi procede toda a tua inveja. Redomoinha nos teus miolos a pre- sumpeãò de que és o primeiro entre os primeiros: o mais bonito, o mais intel- ligente, o mais espirituoso, o mais ele- gãnte, o mais- erudito, o mais sympa- thico Neste presupposto, a natureza, que é uma grande mestra de meninos tolos, poe-te em frente de um menino mais bo- nito do que tu. Tu o examinas com olhar prevenido; e do svmile, que dahi resulta, em tudo desfavorável á tua figura, con- clues que, o sujeito é menos sympathieo do que tu qualidade aliás muito mais apreciável do qxte a belleza. Encontras-te em debate litterario com um adversário mais intelligente. Conse- gues fazer mais duas citações do que elle. Tomas da palavra, ao te despedires do. teu antagonista, e lhe preceituas em tom de conselho que, a intelligenciapor •si é prenda commum, nada vale : o estudo sim, é a grande luz das almas. Ws, pedante: e porque leste meia duzia de romances de Jules Verne, consideras- te tão sábio como o Dr. Fausto. Encon-- trás um contendor que, em vez de ler sciencia fácil, afferrou-se ás obras dos grandes mestres. Sofíres a vergonha da derrota. Sahes dahi com Os que te acom- panharam ; &, depois do tempo suffieiente para restabeleceres o sangue frio, qüe perdeste na questão, dizes que. para tação e exportação; quanto não seria mais proveitoso aos lavradores c ren- doso ao Estado; se, em vez do tranporte animal, atravéz de longas distancias, e f>or caminhos péssimos, o que difficulta, imita, e encarece o producção, houvesse o transporte a vapor. E, por igual, se a capital, ao menos, tivesse um porto regular. Duas, pois, são as necessidades urgen- tes daquella importante provincia—um porto seguro e franco na capital e estra- das de ferro econômicas que liguem aquelle centro commercial aos princi- pães centros agrícolas da mesma pro- vincia. A cidade da Fortaleza faz longo commercio com o estrangeiro, e maior fará quando tiver estradas férreas para o centro. Pois bem; essa importante cidade com- mercial do imperio, cabeça de uma pro- vincia que de dia em dia, conquista um lugar distincto entre as demais, não tem um abrigo para os navios que a pro- curam. Esses navios, que ousadamente de- mandam aquelle ponto da nossa costa, lançam ferro em uma pequena enseada, chamada hyperbolicamente porto, onde o mar bate com fúria, levantando ondas, como em costa bra via. Estou certo que a provincia, assim como tem vencido outras difficuldades ao seu progresso, logrará por si mesmo, vencer mais esta. Mas até quanto não perderá na sua industria e em seu commercio, e quanto não perderá com ella a nação brazileira? Si ha despezas produetivas, nenhuma sel-o-ha mais do que a que se fizer com aquelle melhoramento. E* um empréstimo a curto prazo e a grande juro; porque na marcha que leva a provincia, e pela qual, no periodo de 1815 a 1868, sua renda geral elevou-se, de cerca de 123:000$ a 2.0 -0:000$, é obvio que o Estado terá em outro igual periodo o dobro daquella renda. O Ceará, desde que fez a revolução no seu systema de trabalho, ainda não es- tacionou; caminha sempre, e mais rápido será o seu andamento si, ás suas forças, se adjuntar um sopro do poder central. Dote-a o governo com o porto da capi- tal e eom tres únicas estradas ferrea? a de Baturité, em andamento por ini- ciativa particular; a da capital ao Cariri, pelo valle do Jaguaribe—e a de Ibiapaba para o porto do Acaracú. Faça-lhe este simples favor, e a pro- vincia se collocará em condições taes., que em pouco tempo terá levado a ri- queza a todos os pontos de sua superfície, sem mais nenhum outro sacrifício do Estado. Sei: que as condições financeiras do paiz não dão para a prompta execução de todo este plano, que embora nao -Sflja gigantesco, é comtudo dispendioso. Sei disso ; mas não é preciso que o Es- tado faça tudo o que se requer; nem que faça toda a despeza que semelhante plano reclama. Minhas idéas sobre esta matéria são sufficientemente conhecidas. A iniciativa particular é a minha gran- de alavanca de progresso. Mas como a iniciativa particular, entre nôs, ainda não se levantou pujante.; e nem se levantará emquanto estiver ahi a tremenda barreira levantada pelo gover- no com a lei de 1860, é preciso que o mes- mo governo a açule eficazmente. Garanta a provincia 8 1/2 % sobre ca- pitai necessário para aquellas estradas e para o porto da capital ; e endosse o go verno geral aquella garantia, dando por sua parte, a de outros 3 1/2 %, que nem faltarão particulares que tomem á si aquellas emprezas ; nem faltarão capitães estrangeiros para realisal-as. O facto de emprezas nossas subvencio- nadas, ou com juro garantido pelo gover- no, não encontrarem capitães fóra do paiz, nao infirma a minha asseveração. O estrangeiro confia na garantia do" go- verno do Brazil ; no que elle não confia é na administração nossa das emprezas para que lhe pedem capitães. Sejam as companhias estrangeiras ; fi- quem livres da paternal tutela do nosso governo; tenham o juro garantido de 7 %; e nada embaraçará o embarque de seus capitães. E quanto despenderão em juros annual- mente o thesouro geral e o provincial, com as tres estradas indicadas; visto que o porto é natural que se prefira fazer directamente? saber é bastante estudar—cousa acces- sivel até ásmediocridades. E's apresentado a um pobre diabo mais feio do que tu tres vezes e meia, po- rém muito mais sympathieo, incompara- velmente. Fechas-te comtigo mesmo : e, no fim de duas horas, resolves na roda de uns amigos, muito parecidos comtigo no physico e no moral, que, a sympathia é palavra inventada para nos salvar da grosseria de dizermos positivamente a outrem que.elle é feio e... horrendo. Et ejetera, et coetera, et cajtera... Estes quatro pequenos quadros, que ligeiramente esboçamos do'natural, pro- vam que a intelligencia, a erudicção, a sympathia e a belleza, que rebaixaste, por partes.nos outros, ficam valendo nada em ti, por que afinal, a lógica não quer saber si tu foste formado de barro diffe- rente do nosso e da argilla clos.Srs. reis. O diabo da tua inveja, amigo"fluminen- se, leva-te aos maiores desatinos, princi- palmente quando em nenhuma qualidade podes te comparar ao teu próximo. Imagina um cidadão modesto, que, pe- los talentos, pela illustração, pela hom- bridade de _caracter, f> se collocou a testa da corpoiaçao de qué fazes parte. Tu que és advogado, que és medico, que és en- genheiro, que tens »m pergaminho,que encheu-te das velleidades de seres illus- trado e talentoso, cobres do teu capello doutorai e resolves que, ò cidadão álludi- do não possue aptidões para dirigir o gru, po em que és sabió.... official. Trata-se de um generalque cobriu-se glorias, vingando a dignidade nacio- nal, em um campo de batalha. O , povo, que com o seu olhar agrade-, cido,não havia ainda medido o seu vulto homerico,espera-o; e no fim de sete, oito, ou qiiinze annòs* abràça-o, beija-lhe ás mãos e dá-lhe vivas. * O que fazes tu? Murmuras que a ho- menagem é falsa, que nella não se rte- frangem as espontaneidades do senti- mento popular... que, finalmente, os lo- guetes, abanda de musica, o coreto, a illuminaçaoeu e tu mesmo, que an- damos pelas ruas, fomos pagos pelo cli- nheiro do Club Politico de que o feste- jado faz parte. E, quando de tal intriga não surte ef- feito, tu agarras de um capitão do matto qualquer, emprestas-lhe meia duzia de acções heróicas contra dous quilombolas e exclamas pezaroso : - E, *ho entanto, este povo, que tem escravos, não o vido- riou.... a elle, que nos escravos resti- tuiu-lhes dinheiro e descnnço. Si o individuo é jornalista, é orador, é poeta, é... qualquer cousa, que pre- sarias exageradamente em ti, tu, si não consegues deprimil-o pedindo ao estran- geiro termos superiores de comparação, fazes uma arenga, em que mettesos pés pelas mãose conclues que, um jornalista, um orador, um poeta, qualquer cousa, emfim, sobem ao valor extraordinário de—0. .fi, A estrada do Cariri poderá ter à exten- çao de 380 á 400 kilometros, cujo Custo, attenta á vantajosa disposição solo, nao pôde exceder de r2:0O0-000#0Uf>. A da Ibiapaba poderá ter 180 kilonie- tros, de 5.000:0000 de custo. E a do Baturité, terá 120 kilometros, de 4.0 ;0:000g de custo. Ao todo, 700 kilometros, calculado com exagero; custando, também pelo alto: 21.000:000^000. Temos, então, que o encargo annual da provincia e do Estado será de 1,47) o.)0í.; digamos 1,5):::00;.>#; isto na hypothese de não haver um real de renda liquida. Mesmo, porém, nessa hypothese pçr- guntarei: Quando se gastam milhares do contos por anno com subvenção^ á companhias estrangeiras de navegação, e com cabos submarinos, de proveito muito menos sensível para o paiz, não valerá a pena correr-se o risco de gastar-se arai uai- mente 1,5)0 contos com emprezas que; pelo menos, vão renderão paiz, indirec- tamente, sommas muito superiores, r-uaes as que resultam do augmento da "pro- ducção e do seu correspondente no eom- mercio ? O Estado não está no caso de um par- ticular, que não mette em linha de couta de suas vantagens, em emprezas que commette, os benefícios que dellas aurore o publico, sómente contando a renda material que arrecada. O Estado attende menos ao lucro ma- terial que aufere, do que ás vantagens quedo dispendio que faz colhe o pu- blico. Será sempre digno de louvor o governo que, em matéria de melhoramentos pu- blicos, deixou de parte o calculo das cifras da receita, para attender ás vantagens que devem resultar de taes melhoramentos. Será sempre abençoado o governo que alongando a vista, quebrar as cadeias que tolhem a marcha de um grande povo, como é o cearense, pelas sendas do pro- gresso, que tão corajosamente tem tri- lhado, confiado no seu gênio e em sua inflexível vontade. Se eu fosse ministro, não queria, para eternisar minha memória, mais do que colloear um povo tal em posição de afirontar o futuro, tendo-se assenhoreado de todas as forças que lhe garantissem, bom resultado de seus esforços. Nem aquelle povo, nem o paiz inteiro, esqueceriam jamais ó meu nome, quando,. . depois de atravessar as misérias da vida, chegasse o tempo de verdadeiro descanço! Meu querido Ceará.—Estais mui longe e aquelles que se lembram de ti e sonham eom tuas grandezas, são mui pequenos e mui fracos. Os nossos grandes homens olham em torno de si; vêm até a altura de- suas cabeças e ambicionam as - gio.-.- 7- rias do momento. Trabalha, pois, para diante, como tens trabalhado ató aqui; porque auxilio deves esperar d'Aquelle que sempre ajuda aos que trabalham. Não desanimes com o abandono em qne te deixam. Teu braço de ferro não é da- quelles que descahem diante das diffi- culdades. Esforço e coragem; e maior será tua . gloria; e maior quinhão de gloria ca- berá aos que se prezam de serem teus filhos. Rio de Janeiro, 18 de Maio de 1877. Dr. A. Bezerra de Menezes. ¦fifi-fifi-.-.^ifirsis&sBk fififiifiã .-4KJ '¦•'•' í*1*ts3bBÍ fifi-fifiSíW^m ERRATA No artigo hontem publicado escaparam os seguintes erros: Em lugar de zona comprehendida pelo S. Francisco e Parahyba lèa-se ? zona comprehendida pelo S. Francisco e Parnahyba. Em lugar de Nem foi outro o alvitre lembrado por Leyps para remover as seccas da «rgelia; alvitre que teve exe- cuçao por causa da guerra da Prússia lêa-se : Nem foi outro o alvitre de Lesseps, alvitre que não teve execução, etc. Em lugar de—Duas represesas trariam tres grandes vantagens, etc. lêa-se : Essas represas trariam tres grandes van- tagens, etc. Em lugar de Preservam-se as attri- buições de cada vm lêa-se : Prescr vam-se as attribuições de cada um. Em lugar de arborisar e alargar a zona comprehendida pelo S. Francisco ò Parahyba lêa-se : arborisar e alagar a zona comprehendida pelo S. Francisco e Parnahyba. re- *'. * "¦'."*.. r_ Atua inveja, amigo fluminense, é uma insensata. Com o fim de fazer-te grande aos olhos da multidão, obriga-te a destruir quem pela superioridade desvia de ti as atten- ções de todos. Imitas o meu visinho. Lanças sobre os méritos do desgraçado todas as escorias que envillecem ; tentas crestar-lhe as grandes faeuldades.que lhe ornamentam a alma, por meio de üma cri- tica urénte, cuja responsabilidade tensa prudência de não assumir. E, no entanto, a\inveja pódé chegar mesmo a ser uma virtude excellente. Confesso: eu sou invejoso. Invejo o progresso da França, dos Estados-Uni- dos, da Suissa, em todas as suas variadas modalidades, a favor da nossa pátria. Invejo para mim a tua instrucção, o teu talento, as tuas qualidades boas. Longe, porém, de destruir-te, prefiro conservar-te intacto, ter-te bem junto a mim, privar comtigo, porque, na tua companhia,eu posso melhor estudar-te e, por conseqüência, conhecer o segredo de igualar-me a ti, naquillo que adquiriste pelo esforce e pela direcção intelligente. da tua vontade. Si no próximo, a quem invejamos, virmos um inimigo que cumpre matar, ai ! de nós !... matamos a civilisaçâo. Si te apraz assassinar essa formosa filha do estimulo, que é a inveja bem comprehendida, faze a caridade de prevenir-me com antecedência... - Si te convém amal-a, para merecer-lhe o doce nome de esposo; então muito bem, vae ao Sr. Serafim José Alves e compra um Manual de Civiliãaãe e um Compêndio ãe Lógica. Estuda-os, sobre as suas paginas me- dita profundamente, acompanha mesmo com elles, sobre tudo com o compêndio de civiliãaãe, para o leres a quem contra os seus preceitos peccar.. Exemplifiquemos: Um amigo meu commette uma proeza, pela qual o elogiaram muito: !—o que não te agradou, porquanto sois e elle officiaes do mesmo officio. Amanhã eu, que ando a procura de opportunidade para tirar pendências com-, tigo., encontro-te em um lugar serio,.. parto para cima de ti e interrogo-te: Porque não tirou hontem o chapéo ao meu- amigo, na occasião em que toãos se ãescobriram diante delle ? O senhor è um malcreaão, não é ?... Em vez de responderes de modo a que descubram que, estás mordido pelas gio- rias do meu amigo, tu pushas do teu manualzinho de civilidade e lês a pagina que-diz respeito ao adagio popular : Quem muito quer saber, mèxirico quer fazer. 7tuyenal% r 7 mm ¦ '¦; - ¦ m -fi fifi. :¦-;- fi- \fi] í^fe-^^w '¦fik'- mm '¦¦mm 111 fi&ÊÊÈ® ¦'®WS r'WSÊÊ S**^^b3 fifififi fi.fi>"-."?¦:fifi.'-'.-'- ¦¦'¦fifiyfi'' ¦•:':::. ¦fifi" fi,.::-:: SxSSÊ&ieSH??!'"•-¦'¦' 7-:..-?v"-_- -*,i*-}¦¦¦¦'-*:¦,-. -A'-*'_i."_,-_¦-*>'¦¦ 7 ¦ .'77 ¦ ** JL**:-h" .* :fi- fi-fifi.fi-". '¦'""';!'7 i».J.Í 77 fifi~fir'fi-:-- -"fifi".- 7. 'v-v-Vr-J-vW/Vr-:^.; ¦ ¦'¦'.'..: ¦ "'¦ ¦':¦" "". '-fi''-: £-&&£_£ 'fifi:

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Page 1: Rão de -Janeiro ¦fifi-fifi-.-.^ifirsis&sBk fififiifiãmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00132.pdfAnno IV Quarta-feira 30 de Maio de 1877 ¦ fi:-'. ¦¦-fi-fi fi- '"fifi CONDIÇÕES

Anno IV Quarta-feira 30 de Maio de 1877¦

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CONDIÇÕES DA ASSIGNATURACORTE E NICTHEROY

De hoje até o fim do anno lOgOOO

Numero avulso 40 rs.

Sãg EB

N. 132-*_,-_?

CONDIÇÕES DA ASSIGNATURAPARA AS PROVÍNCIAS

De hoj e até o fim do anno llgOÜO

Numero avulso 40 rs.ÓRGÃO DOS INTERESSES DO COMMERCIO, DA LAVOURA E DA INDUSTRIA

" '¦&£$

COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Rão de -Janeiro ESCRIPTORIO E REDACÇÃO — RÜA DO OUVIDOR N. 8,ESBBBBfe

SummarioOjFOTUBO DAS ESTRADAS DE FERRO NO

"BRASIL.

Breves considerações sobre as seccasdo Norte pelo Dr. Bezerra de Menezes.

Chronica parlamentar.a guerra do oriente.Exterior.—Correspondência de ParizNoticias.Avisos.Tribunaes .Ineditoriaes.Commercio.Folhetins. — Currente Calamo .— Os

noivos, por Manzoni.

O futuro «da s estradas de ferr-»no BraziS

O titulo deste artigo é demasiado pom-poso para corresponder ao assumpto deque nosvamof oecupar.

Mas elle serve para definir desde já,embora genericamente, o apreço em quetemos o projecto ultimamente apresen-tado k câmara dos deputados por um dosseus mais illustrados membros, o Sr. Dr.Ferreira Vianna.

Esse projecto servio dc estímulo aoconvite dirigido pelo Sr. engenheiroMello Barreto a todas as classes sociaes

ue se interessam pelo porvir das om-prezas de viação, e portanto pelo engran-decimento, pelo progresso do nosso paiz,afim de que em uma reunião solemne. se•consultasse a opinião sobre elle

Essa reunião effectuou-se hontem ánoite no edificio das escolas publicas dafreguezia de S. José, e attendendo-se áparalysia moral, que parece ser a enfer-midade dos espíritos, nesta época e nonosso paiz, pareceu-nos ella numerosa eeonspieua.

Na supposição de que, como represen-tante da imprensa, tínhamos o dever deas.sistii* a essa reunião, nesse único ca-racter ousamos comparecer.

E ousamol-o, vencendo ainstinetiva re-

pugnancia que nos inspiram todas asreuniões publicas e deliberantes no nossopaiz, onde todo ajuntamento parece serillicito, ou polo menos degenera em umadesordenada expansão de idéas dispara-tadas e de sentimentos importunos nasua manifestação.

Falta-nos evidentemente esse sextosentido de todas as sociedades organisa-das—o instineto da reunião.

O regimen deliberativo parece ser anti-nomico com a nossa natureza tropical.

Eéum facto attestado por milhares deexemplos, a começar pelo nosso parla-mento, que o melhor meio de nadaprodu-zireni de bom e de sensato é reunirem-semuitas pessoas para discutir qualquerassumpto que não dispense o —senso

commum.

Da illustração e do critério dos cava-lheiros que compuseram a reunião deliontem, esperamos que não nos attri-buam o intuito de ofiender a sua susceptibilidade ; mas hão de permittir-hos afranqueza de lhes dizermos que se reuni-ram para nada fazer.

Nomeou-se é certo uma commissãò eespera-se delia proximamente um pare-cer que hade ser, certamente, luminoso.

Mas, com certeza, a illustrada commis-são designada para tão honrosa tarefa,não achou na discussão havida elementode inspiração ou de critério, para produ-zir um parecer conscienciosò, ou redigiruma representação aos- poderes do Es~tado. representação prestigiosa, pelafonto de que devia emanar e pela idéaque deve exprimir.

Desde que se iniciou o debate e a nãoser o risco de incorrer em uma descor-tezia, tivemos o desejo de retirar-nos.

Porque sentimos qne estávamos ãeslo-cados e quasi na attitude.de um mironeimpertinente attrahido pela curiosidade.

Daremos a explicação do nosso senti-mento, porque em assumptos que inte-ressam á collecíividade social, a fran-queza por parte da imprensa é um doselementos da verdade a que a opinião,aspira.

Observámos com estranhesa, que trans-*•juzia do aspecto geral da reunião, umespirito de classe e de cathegoria pro-fissional, que nos acanhou profunda-mente.

Si o convite publico se houvesse res.tringido aos directores e empreiteiros deestradas de ferro é claro que lá não hou-veram os ido., poi*que não temos a honrade pertencer á essa cathegoria.

Si se houvesse restringido aos enge-nheiros ou capitalistas, também lá nãohouvéramos ido por que não temos a for-tuna de ser nem uma nem outra cousa.

Em resumo, si lá comparecemos foisómente pelas seguintes razões :

Para dar testemunho da nossa home-nagem á reunião, como um salutar mo-vimento da opinião publica em prol deuma idéa útil, para manifestar, por essafQrma,a adhesão de um órgão da imprensabrazileira á idéa geral do projecto apre-sentado ao corpo legislativo pelo Sr. de-putado Ferreira Vianna, idéa que nosparece de grande alcance para o futurodas estradas de ferro no nosso paiz,desde que estudada o meditada se mostre

ella, pela discussão, bastante perfeitapara attingir o alvo que visa.

bastar-lhe-ia o vicio fundamental de nãoter sido concebido pelo cérebro de ummembro do poder executivo, para queelle seja profundamente repugnante aogoverno e esteja previamente condem-nado ao cárcere perpetuo no limbo dascommissões que sobre elle tem de darparecer.

Em taes condicções a iniciativa populardespertada para amparar a idéa do pro-jecto só tinha para nós uma justificativa— a de fazer sentir aos poderes do estadoque a opinião publica se inclinava aoppôr ao velho systema da restrieção eda tutella governamental o novo systemada iniciativa particular alentada peloinfluxo da liberdade e robustecidã pelaconsciência da sua própria responsabi-lidade.

Si não nos enganamos, o projecto deSr. Ferreira Vianna ferio com grandeperspicácia dous pontos essenciaes noassumpto de que tratou.

Esses dous pontes são os seguintes:A necessidade da mobilisação dos ca-

pitaes empatados em obras reprodueti-vas e de retribuição segura, e a necessi-dade ainda mais importante de rodear detodas as garantias o capital confiado ásgrandes emprezas de viacção, que atéaqui, pela natureza de sua instituiçãolegal, acham-se embargadas e opprimidaspelo pezo de um privilegio negativo queimporta a sua immobilisação e a suamorte.

Em outros termos : a faculdade que seprocura conceder ás emprezas das vias

devíamos: embora o assumpto seja detal importância que não dispensa úmdebate amplo e reflectido

Falta-nos para isso o tempo e mais doque o tempo—a competência.

Qualquer, porém, que seja o respeitoque nos inspira a alta capacidade doautor do projecto, pedimos-lhe licençapara dizer-lhe que apezar de tudo o seuplano nos parece incompleto.

Vê-se delle que o illustrado Sr. Ferrei-ra Vianna preoecupou-se seriamente emrodear de todas as garantias precisas aocapital e ao prestador do capital.

Não acreditamos, porém, na efficaciada sua idéa para atrahir os capitães deque carecemos para desenvolver as nossasvias férreas, sem que antes, por umregimen econômico diverso daquelleque se preconisa, tenhamos mudado anatureza do nosso actual regimen^admi-nistrativo e decapitado a apólice, que é oinimigo natural e temeroso de todas asemprezas industriaes no nosso paiz ea remora fatal do nosso progresso.

Breves c-msides-ações sobre a seeeanof Morte, pelo Dr. Bezerra de Me-mezes.

IIIO Ceará nunca teve o bafejo do poder

que tudo pôde no Brasil; e apezar dissoe, talvez, por isso, tem se elevado ásalturas das primeiras provincias do im-perio.

Só isso lhe devia valer as svmpathias-,--. ...- dos pjderes da nação,- quantoniais que,

ferreas'para poderem, a troco do capital ?° -SftfL^ communhão, está animar. . ¦ aquelle esforço pouco commum á nossa

sollicitado para a sua mais fecunda re-producção,5 hypothecar as suas obras, asua propriedade e as suas rendas cornogarantia ao prestador do capital, serviráde base, no nosso entender, para estimu-lar a confiança dos capitalistas e acabarde uma vez com a especulação aventu-reira ou indiscreta que tem sido até aquio principal elemento do descrédito e daruina das emprezas.

FOLHETIMCURRENTE CALAMOA ultima vez que tive a honra de dis

er-etear comtigo, fiquei na promessa deap-plicar-te o meu episódio ingênuo, logoque a tua imprensa se confessasse fartacie .discutir um certo assumpto.

Eesa occasião chegou, amigo ílumi-nenss. Suecedeu á tua imprensa, o quelhe suecede sempre :—callou-se, reco-lheu-ee ao ninho eom as suas compara-cões bicudas e os seus conceitos alados,convjeaeida talvez de que já havia repre-sentado sobejamente o papel de morcego.

A ingrata, porém, diisse-nos adeusjus-'tamente no melhor da interessante pole-'mica, qiaando todos já íihhaxhos reser-vado os nossos appetites o o somno, paradepois da colação do eeijt© assumpto, queteimo em não nomear, nara render jus-tiça á tua perspicácia.

Que decepção !.. que desgraça !...ficarmos tu e eu sem sabermos bem, sidevíamos chamal-o a elle... sá a éító,-pàraílhe dizermos em tom carieioso; vem cáné-né... ti-ti. .. nfilw-nho. .. toma doce:e lhe fazermos «mas cócegas -.amorosas.

Ou, si devíamos convidal-o a elle e aosoutros, que com elle estiveram no theatrode Mavorte, para lhes dizermos a todosém toada exclamativa ?

« — Heroes! victorias desta mãipa-tria, que vos deu á luz .' que vós ali-

manta( sobretudo: que vos alimenta)aos fecundos seios, i'eplectos sempre á j¦nossa custa.' vinde ãahi e tomae Id... » ]e muito mais cousas deste jaez, sempreao estrondo do hymno da nossa indepen-dencia nacional de e alguns foguetes delagrimas, como signal do nosso enterne-cimento e para gloria delles.

Afim de nos consolarmos de mais esse(.esastre, proponho, fluminense amigo,que lique cada wm de nós com a sua opi-

A illustre reunião, perdoe-nos ella estediscurso, talvez extemporoneo, não eom-prehendeubem nem qual era o seu objee-tivo real nem a delicadeza e tacto eomque devia proceder em um assumptomelindroso.

Não dissimulemos a verdade.O regimen do projecto do Sr. Ferreira

Vianna é profundamente antinomieo atodo o nosso regimen administrativo.

E" um projecto de emancipação para oelemento servil das industrias e da ini-ciativa individual, pensamento generosoque ainda não subio, na forma de eva-poração popular, até condensar-se nasaltas regiões donde só nos pôde vir poremquanto, o rocio fecundante que devefavorecer a germinação das emprezas.

E quando o projecto não significasse,como eile significa aos nossos olhos, umaverdadeira revolução no systema orga-nicò das nossas instituições tutelares,

nião; e quc ambos murmuremos á nossamemória : oLá„indiscreta, temeuidado . .o passado—passado. ..nem mesmo ó bom,lembrar similhante caso, chiton 1. . .Assim: lograremos objeetivo duplo:vingarmos-nos da peça qxie nos pregou aimprensa; e conjürarnios a guerra civil,que sobre nós já vinha á unha de cavallo,para provai-nos, ao certo, quem possuemais garrafas vasias para vender, si elleou si elles.

Na presumpção dc que o teu bom sensonos irmana nesse parecer prudente, solli-eito-te o favor de te aproximàrès um pou-co mais. afim de encaixar-te a carapuçado mou conto.

Não ha duvida que carecemos urgen-temente de uma legislação especial queestimule o espirito creador das empre-sas úteis e attraia o eapital europeu ou.nacional.

Mas é preciso ao mesmo tempo quetenhamos a coragem de assignalar, fóradessa, a outra causa efficiente do mal-logro de tantas tentativas generosas.

Essa causa é a seguinte (resmunguecontra nós quem quizer)—a ausência d©espirito de probidade industrial e mer-cantil, sem o que nem são possíveis asemprezas, nem nenhum capitalista serátão beoeio que entregue os seus capitãesna esperança de alentadas porcentagensnominaes.

A confiança é,a única base segura paraas transacções, assim como a boa fé oúnico alliciente efficaz para o capital,depois do estudo e das demonstraçõestèchnicas e estatísticas que garantam aviabilidade de qualquer projecto de me-lhóramènta material.

As considerações que nos acòdiram ápenna levaram-nos mais longe do que

poucoraça e á nossa gente.O Ceará nada pede porque está acos-tumado a vencer todas as difficuldades,a vencer a própria natureza, por si só,por seu único esforço.

Mas o governo deve ponderar a magni-tude da empreza e a força hercúlea queprecisa empregar aquelle povo para che-gar ao seu ãesiãeratum.

O governo deve considerar: que tantomais rápido fôr o desenvolvimento da-quella provincia, quanto mais depressaresultaraopara o paiz vantagens reaes,que elle nao auferiria ; nao só pelo ladoda renda publica e da riqueza que ellarepresenta, como pelo do estimulo que ofacto deve produzir nos outros povos doimperio.

0 pai deve distribuir seus cuidados ehaveres igualmente por seus filhos; mas,se dentre elles algum se distingue porsuas qualidades moraes e per seu amorao. trabalho, é razoável que esse obtenhamais algum favor, até porque, é com elleque mais deve contar para e ajudar nosencargos que lhe pesam.O Ceará é um filho distincto da nação;que nao lhe estende a mao pedindo, pre-ferencias; que construe elle preprío osfundamentos de sua futura grandeza.Mas tern muito que lutar para chegara seu destino : e muito ganharia a nação,se, a favor de algum auxilio seu, se acce-lerasse a marcha daquelle sorprendenteprogresso. Nao é aos descuidados e iner-tes que se deve estender máo protectora.E nem o que precisa o Ceará, para des-affrontar-se dos óbices que lhe tolhem opasso, é causa que defraude suas irmãs.

Provincia creadora e agrícola ao mesmotempo; tendo os centros -de sua maiorindustria muito distantes dos portos demar; comprehende-se : que o grande des-envolvimento dessas importantíssimasindustrias depende principalmente demeios fáceis e baratos de ti*ansporte, e deportos francos e seguros de exportação.

Os importantes centros — da Ibiapaba,do Cariri, do Baturité, que sao os princi-pães da provincia pelo lado da industriaagrícola, exportam seus generos em cos-tas de cavallos.

Sabe o governo a magnitude do com-mercio que

"faz, só o interposto da capi-

tal; e portanto calculará elle quanto nãoavultaria mais esse commercio de impor-

Na bíblica sentença com que encerrouo seu tocante discurso, o meu illustrado•vizinho patenteou a causa que o impei-lira a tentar contra a existência da ar-vore formosa, que guardava a porta domou jardim pequeno, eom a impassibiíi-dade da sentinella moscovita.

Foi a inveja, fluminense. amigo, ainveja ! um feio e negro sentimento, quetu, catholico e apostólico romano, lidoem cousas de catheeísmos, pratico co-nhecedor dos sete peeeados mortaes, nãoeonseguiste ainda, com ramos de buxobento, varrer da alma immaterial, comque a tua igreja houve per bem mimosearo teu e o meu organismo.

Foi a inveja !.. 7 uai peccado de que tupadeees, èm gráo quasi ineuravel.

Fatal moiestia essa, amigo, de que temresultado o aniqnilamento do teu espiritode justiça e equidade ;-.e que ameaça «lí-minar, de vez, o teú bonri senso critico.

Um pujante cérebro, que a esta hora e,pasto vil dos immundos* vermes do sepul-cíiro, deixou dito nas primeiras paginas deum livro que, um nome repetido tres ve-zes, 6ntre nós, importa a condemnaçãodaquelle1 que o traz.

Maior verdade do que essa não houve l

ninguém ainda que ousasse transmittir-te.E, do feito, quem quizer experimentar

a tortura de Nessus, arranje uni nome eillustre-o.. .

Como um frango esfaimado, tú tomaso nome do desgraçado na conta de grãosde milho e o engoles lettra a lettra. detrago, sem receios de engasgamento.

Isto explica-se por uma qualidade deque, com prejuizo de tuas"filhas e es-posa, conservas ainda o bastante., pai*ateu uso próprio e abuso contra os outros.

Não preciso dé referir-me á tua vai-dade e fazer publico que fdahi procedetoda a tua inveja.

Redomoinha nos teus miolos a pre-sumpeãò de que és o primeiro entre osprimeiros: o mais bonito, o mais intel-ligente, o mais espirituoso, o mais ele-gãnte, o mais- erudito, o mais sympa-thico

Neste presupposto, a natureza, que éuma grande mestra de meninos tolos,poe-te em frente de um menino mais bo-nito do que tu. Tu o examinas com olharprevenido; e do svmile, que dahi resulta,em tudo desfavorável á tua figura, con-clues que, o sujeito é menos sympathieodo que tu • qualidade aliás muito maisapreciável do qxte a belleza.

Encontras-te em debate litterario comum adversário mais intelligente. Conse-gues fazer mais duas citações do queelle. Tomas da palavra, ao te despediresdo. teu antagonista, e lhe preceituas emtom de conselho que, a intelligenciapor•si só é prenda commum, nada vale : oestudo sim, é a grande luz das almas.

Ws, pedante: e porque leste meia duziade romances de Jules Verne, consideras-te tão sábio como o Dr. Fausto. Encon--trás um contendor que, em vez de lersciencia fácil, afferrou-se ás obras dosgrandes mestres. Sofíres a vergonha daderrota. Sahes dahi com Os que te acom-panharam ; &, depois do tempo suffieientepara restabeleceres o sangue frio, qüeperdeste na questão, dizes que. para

tação e exportação; quanto não seriamais proveitoso aos lavradores c ren-doso ao Estado; se, em vez do tranporteanimal, atravéz de longas distancias, e

f>or caminhos péssimos, o que difficulta,

imita, e encarece o producção, houvesseo transporte a vapor.

E, por igual, se a capital, ao menos,tivesse um porto regular.

Duas, pois, são as necessidades urgen-tes daquella importante provincia—umporto seguro e franco na capital e estra-das de ferro econômicas que liguemaquelle centro commercial aos princi-pães centros agrícolas da mesma pro-vincia.

A cidade da Fortaleza já faz longocommercio com o estrangeiro, e maiorfará quando tiver estradas férreas parao centro.

Pois bem; essa importante cidade com-mercial do imperio, cabeça de uma pro-vincia que de dia em dia, conquista umlugar distincto entre as demais, não temum abrigo para os navios que a pro-curam.

Esses navios, que ousadamente de-mandam aquelle ponto da nossa costa,lançam ferro em uma pequena enseada,chamada hyperbolicamente porto, ondeo mar bate com fúria, levantando ondas,como em costa bra via.

Estou certo que a provincia, assimcomo tem vencido outras difficuldades aoseu progresso, logrará por si mesmo,vencer mais esta.

Mas até lá quanto não perderá na suaindustria e em seu commercio, e quantonão perderá com ella a nação brazileira?

Si ha despezas produetivas, nenhumasel-o-ha mais do que a que se fizer comaquelle melhoramento.

E* um empréstimo a curto prazo e agrande juro; porque na marcha que levaa provincia, e pela qual, só no periodode 1815 a 1868, sua renda geral elevou-se,de cerca de 123:000$ a 2.0 -0:000$, é obvioque o Estado terá em outro igual periodoo dobro daquella renda.

O Ceará, desde que fez a revolução noseu systema de trabalho, ainda não es-tacionou; caminha sempre, e mais rápidoserá o seu andamento si, ás suas forças,se adjuntar um sopro do poder central.

Dote-a o governo com o porto da capi-tal e eom tres únicas estradas ferrea? —a de Baturité, já em andamento por ini-ciativa particular; a da capital ao Cariri,pelo valle do Jaguaribe—e a de Ibiapabapara o porto do Acaracú.

Faça-lhe este simples favor, e a pro-vincia se collocará em condições taes.,que em pouco tempo terá levado a ri-queza a todos os pontos de sua superfície,sem mais nenhum outro sacrifício doEstado.

Sei: que as condições financeiras dopaiz não dão para a prompta execuçãode todo este plano, que embora nao -Sfljagigantesco, é comtudo dispendioso.

Sei disso ; mas não é preciso que o Es-tado faça já tudo o que se requer; nemque faça toda a despeza que semelhanteplano reclama.

Minhas idéas sobre esta matéria já sãosufficientemente conhecidas.

A iniciativa particular é a minha gran-de alavanca de progresso.Mas como a iniciativa particular, entre

nôs, ainda não se levantou pujante.; enem se levantará emquanto estiver ahi atremenda barreira levantada pelo gover-no com a lei de 1860, é preciso que o mes-mo governo a açule eficazmente.

Garanta a provincia 8 1/2 % sobre ca-pitai necessário para aquellas estradas epara o porto da capital ; e endosse o governo geral aquella garantia, dando porsua parte, a de outros 3 1/2 %, que nemfaltarão particulares que tomem á siaquellas emprezas ; nem faltarão capitãesestrangeiros para realisal-as.

O facto de emprezas nossas subvencio-nadas, ou com juro garantido pelo gover-no, não encontrarem capitães fóra dopaiz, nao infirma a minha asseveração.

O estrangeiro confia na garantia do" go-verno do Brazil ; no que elle não confiaé na administração nossa das emprezaspara que lhe pedem capitães.

Sejam as companhias estrangeiras ; fi-quem livres da paternal tutela do nossogoverno; tenham o juro garantido de7 %; e nada embaraçará o embarque deseus capitães.

E quanto despenderão em juros annual-mente o thesouro geral e o provincial,com as tres estradas indicadas; visto queo porto é natural que se prefira fazerdirectamente?

saber é bastante estudar—cousa acces-sivel até ásmediocridades.

— E's apresentado a um pobre diabomais feio do que tu tres vezes e meia, po-rém muito mais sympathieo, incompara-velmente. Fechas-te comtigo mesmo : e,no fim de duas horas, resolves na rodade uns amigos, muito parecidos comtigono physico e no moral, que, a sympathiaé palavra inventada para nos salvar dagrosseria de dizermos positivamente aoutrem que.elle é feio e... horrendo.

Et ejetera, et coetera, et cajtera...Estes quatro pequenos quadros, queligeiramente esboçamos do'natural, pro-vam que a intelligencia, a erudicção, a

sympathia e a belleza, que rebaixaste,por partes.nos outros, ficam valendo nadaem ti, por que afinal, a lógica não quersaber si tu foste formado de barro diffe-rente do nosso e da argilla clos.Srs. reis.

O diabo da tua inveja, amigo"fluminen-se, leva-te aos maiores desatinos, princi-palmente quando em nenhuma qualidadepodes te comparar ao teu próximo.Imagina um cidadão modesto, que, pe-los talentos, pela illustração, pela hom-bridade de _caracter, f> se collocou a testada corpoiaçao de qué fazes parte. Tu queés advogado, que és medico, que és en-genheiro, que tens »m pergaminho,queencheu-te das velleidades de seres illus-trado e talentoso, cobres té do teu capellodoutorai e resolves que, ò cidadão álludi-do não possue aptidões para dirigir o gru,po em que és sabió.... official.

Trata-se de um generalque cobriu-sedé glorias, vingando a dignidade nacio-nal, em um campo de batalha.

O , povo, que com o seu olhar agrade-,cido,não havia ainda medido o seu vultohomerico,espera-o; e no fim de sete, oito,ou qiiinze annòs* abràça-o, beija-lhe ásmãos e dá-lhe vivas.

*O que fazes tu? Murmuras que a ho-

menagem é falsa, que nella não se rte-frangem as espontaneidades do senti-mento popular... que, finalmente, os lo-guetes, abanda de musica, o coreto, ailluminaçao eu e tu mesmo, que an-damos pelas ruas, fomos pagos pelo cli-nheiro do Club Politico de que o feste-jado faz parte.

E, quando de tal intriga não surte ef-feito, tu agarras de um capitão do mattoqualquer, emprestas-lhe meia duzia deacções heróicas contra dous quilombolase exclamas pezaroso : - E,

*ho entanto,

este povo, que tem escravos, não o vido-riou.... a elle, que nos escravos resti-tuiu-lhes dinheiro e descnnço.

Si o individuo é jornalista, é orador,é poeta, é... qualquer cousa, que pre-sarias exageradamente em ti, tu, si nãoconsegues deprimil-o pedindo ao estran-geiro termos superiores de comparação,fazes uma arenga, em que mettesos péspelas mãose conclues que, um jornalista,um orador, um poeta, qualquer cousa,emfim, sobem ao valor extraordináriode—0.

.fi, A estrada do Cariri poderá ter à exten-çao de 380 á 400 kilometros, cujo Custo,attenta á vantajosa disposição dò solo,nao pôde exceder de r2:0O0-000#0Uf>.

A da Ibiapaba poderá ter 180 kilonie-tros, de 5.000:0000 de custo.

E a do Baturité, terá 120 kilometros,de 4.0 ;0:000g de custo.Ao todo, 700 kilometros, calculado comexagero; custando, também pelo alto:

21.000:000^000.Temos, então, que o encargo annual da

provincia e do Estado será de 1,47) o.)0í.;digamos 1,5):::00;.>#; isto na hypothese denão haver um real de renda liquida.

Mesmo, porém, nessa hypothese pçr-guntarei:

Quando se gastam milhares do contospor anno com subvenção^ á companhiasestrangeiras de navegação, e com cabossubmarinos, de proveito muito menossensível para o paiz, não valerá a penacorrer-se o risco de gastar-se arai uai-mente 1,5)0 contos com emprezas que;pelo menos, vão renderão paiz, indirec-tamente, sommas muito superiores, r-uaesas que resultam do augmento da

"pro-ducção e do seu correspondente no eom-mercio ?

O Estado não está no caso de um par-ticular, que não mette em linha de coutade suas vantagens, em emprezas quecommette, os benefícios que dellas auroreo publico, sómente contando a rendamaterial que arrecada.

O Estado attende menos ao lucro ma-terial que aufere, do que ás vantagensquedo dispendio que faz colhe o pu-blico.

Será sempre digno de louvor o governoque, em matéria de melhoramentos pu-blicos, deixou de parte o calculo dascifras da receita, para só attender ásvantagens que devem resultar de taesmelhoramentos.

Será sempre abençoado o governo quealongando a vista, quebrar as cadeiasque tolhem a marcha de um grande povo,como é o cearense, pelas sendas do pro-gresso, que tão corajosamente tem tri-lhado, confiado só no seu gênio e em suainflexível vontade.

Se eu fosse ministro, não queria, paraeternisar minha memória, mais do quecolloear um povo tal em posição deafirontar o futuro, tendo-se assenhoreadode todas as forças que lhe garantissem,bom resultado de seus esforços.

Nem aquelle povo, nem o paiz inteiro,esqueceriam jamais ó meu nome, quando,. .depois de atravessar as misérias da vida,chegasse o tempo de verdadeiro descanço!

Meu querido Ceará.—Estais mui longee aquelles que se lembram de ti e sonhameom tuas grandezas, são mui pequenose mui fracos.

Os nossos grandes homens só olhamem torno de si; só vêm até a altura de-suas cabeças e sà ambicionam as - gio.-.- 7-rias do momento.

Trabalha, pois, para diante, como tenstrabalhado ató aqui; porque auxilio sódeves esperar d'Aquelle que sempre ajudaaos que trabalham.

Não desanimes com o abandono em qnete deixam. Teu braço de ferro não é da-quelles que descahem diante das diffi-culdades.

Esforço e coragem; e maior será tua .gloria; e maior quinhão de gloria ca-berá aos que se prezam de serem teusfilhos.

Rio de Janeiro, 18 de Maio de 1877.Dr. A. Bezerra de Menezes.

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ERRATANo artigo hontem publicado escaparam

os seguintes erros:Em lugar de — zona comprehendida

pelo S. Francisco e Parahyba — lèa-se ?zona comprehendida pelo S. Francisco eParnahyba.

Em lugar de — Nem foi outro o alvitrelembrado por Leyps para remover asseccas da «rgelia; alvitre que teve exe-cuçao por causa da guerra da Prússia —lêa-se : Nem foi outro o alvitre de Lesseps,alvitre que não teve execução, etc.

Em lugar de—Duas represesas trariamtres grandes vantagens, etc. — lêa-se :Essas represas trariam tres grandes van-tagens, etc.

Em lugar de — Preservam-se as attri-buições de cada vm — lêa-se : Prescrvam-se as attribuições de cada um.

Em lugar de — arborisar e alargar azona comprehendida pelo S. Francisco òParahyba — lêa-se : arborisar e alagar azona comprehendida pelo S. Francisco eParnahyba.

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Atua inveja, amigo fluminense, é umainsensata.

Com o fim de fazer-te grande aos olhosda multidão, obriga-te a destruir quempela superioridade desvia de ti as atten-ções de todos.

Imitas o meu visinho.Lanças sobre os méritos do desgraçado

todas as escorias que envillecem ; tentascrestar-lhe as grandes faeuldades.que lheornamentam a alma, por meio de üma cri-tica urénte, cuja responsabilidade tensaprudência de não assumir.

E, no entanto, a\inveja pódé chegarmesmo a ser uma virtude excellente.

Confesso: eu sou invejoso. Invejo oprogresso da França, dos Estados-Uni-dos, da Suissa, em todas as suas variadasmodalidades, a favor da nossa pátria.

Invejo para mim a tua instrucção, oteu talento, as tuas qualidades boas.

Longe, porém, de destruir-te, prefiroconservar-te intacto, ter-te bem junto amim, privar comtigo, porque, na tuacompanhia,eu posso melhor estudar-te e,por conseqüência, conhecer o segredo deigualar-me a ti, naquillo que adquiristepelo esforce e pela direcção intelligente.da tua vontade.

Si no próximo, a quem invejamos,virmos um inimigo que cumpre matar,ai ! de nós !... matamos a civilisaçâo.

Si te apraz assassinar essa formosa— filha do estimulo, — que é a invejabem comprehendida, faze a caridade deprevenir-me com antecedência... -

Si te convém amal-a, para merecer-lheo doce nome de esposo; então muitobem, vae ao Sr. Serafim José Alves ecompra um Manual de Civiliãaãe e umCompêndio ãe Lógica.

Estuda-os, sobre as suas paginas me-dita profundamente, acompanha mesmocom elles, sobre tudo com o compêndiode civiliãaãe, para o leres a quem contraos seus preceitos peccar..Exemplifiquemos:

Um amigo meu commette uma proeza,pela qual o elogiaram muito: !—o quenão te agradou, porquanto sois tú e elleofficiaes do mesmo officio.

Amanhã eu, que ando a procura deopportunidade para tirar pendências com-,tigo., encontro-te em um lugar serio,..parto para cima de ti e interrogo-te:Porque não tirou hontem o chapéo aomeu- amigo, na occasião em que toãos seãescobriram diante delle ? O senhor èum malcreaão, não é ?...

Em vez de responderes de modo a quedescubram que, estás mordido pelas gio-rias do meu amigo, tu pushas do teumanualzinho de civilidade e lês a paginaque-diz respeito ao adagio popular :Quem muito quer saber, mèxirico quer

fazer.7tuyenal%

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X.XX-

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O GLOBO —Bio, Quarta-feira 30 de Maio de 1877

CÍarpnica parlamentar

SENADO

Votadais as matérias designadas paraordem dò dia de hontem1 e as que ficaramencerradas levantou-se a sessão.

,'xraai'a dos deputadosDepòis de approvada a acta e lido o

expediente,- continua a discussão do ça-a-ecer du commissão de commercio e in--düstria, concedendo privilegio a T. Nit-tisbip para introduzir um systema de•calçadas de madeira.

Ora ô Sr. Cezario Alvim respondendoao Sr. I'. de S. Domingos. . ¦_

Sobre um projecto da commissão demarinha è guerra, autorizando atransfe-rénciáde um officiaí de um corpo para•outro, falia apresentando uma restricção

A artilharia das fortalezas turcas è damais aperfeiçoada.

CSiega a 250,000 homens orusso que invadiu a Roumania.

exercito

Bivide-se este exercitocorpos. Gada um compõe-sevisões de infantaria, umae uma de artilharia.

em quatro.. de duas di-de cavallaria

o Sr ü.parecei

OrçaiO Sr.

idéas dsaçíio jgistcad

j.uz, e o Sr. Thomaz defende o

Khalll-Pachá insistebardeamento de Odessa,Hobart-Pachá.

pelo nao bom-ao contrario de

nto da justiça :florencio ãe Abreu.—Defende as

•scola liberal quanto á organi-iiciaria. Lè uma relação de ma-

, nomeados pelo gabinete 7 deMarco, em que é exceessivo o excesso dashômeáções conservadoras sobre os libe-raes'—Ó<:cupa-se com assumptos de suaprovincia-. _ „ ,

O Sr s-iverino Ribeiro.—Defende osprincipios da escola conservadora quantoa organisacão judiciaria e responde a ai-guns í opi-os do discurso precedente.

O Sr Ministro ãa marinha—-Vemdaia opinião do governo sobre as emendasdo S'; Audrade Figueira. Umas lhes pa-rec-v" aceitáveis, outras nao, em resumo,não tem fundamento para emittir juízopositivo sobre a matéria. .™0

Sr dósè ãe Alencar: —"Depois deouvir o ministro só colheu um desenganoe um renióquè; S. Ex. mostrou mais deuma vez que o governo nãs esta dispostoafazer economias.

O orador analysa a anomalia do pre-sente debate, ediz que a opposição estacombníondo um ministro em eüigie.

O orador passa a analysar a viaa mi-násterialdo ex-ministro da justiça. _

Este pareee querer seguir a doctrmaaos que sustentam que um rei constitu-cional .-.-.rece do viajar as sete partidasdo mundo. S. Ex. quer viajar pelas setepaLembra á câmara o apólogo produzidopelos amigos do ex-ministro dajustiça ediz q ue o apólogo é verdadeiro, mas quefoi esquecido um personagem: alem docamello e da pulga ha um príncipe quemonta no camello. t«„„

Ignora qual a razão de alta políticaaue motivou a passagem do ex-ministroda justiça para a pasta de estrangeiros.

Estando a hora adiantada o oradorlimita-se a fazer alguma observações so-bre a secretaria da justiça. Aponta ospro-x-'-ssosdo descrédito do funceionalis-mo

"entre nós. Pede ao ministro para ir

acabando com os empregados desneces-sarios, não de repente, seria umamiqui-dade. mas gradualmente.

A iliscussão fica adiada pela hora.

A Áustria protestou em S. Petersburgoe Jassy, contra a collocação de torpedosno Danúbio, como sendo attentatono daneutralidade do rio.

servir-se o Papa : o direito de asylo queresulta da inviolabilidade do Vaticano. _

O cardeaP Ledochoski, arcebispo deTours, reside em Roma,desde que foi con-demnado na Prússia; acaba de ser presoseu representante na diocese ; consta queprocedendo-se a uma devassa em suaresidência, foram encontrados papeiscompromettedores, os quaes provam queo cardeal, refugiado agora em Roma, nãoé somente criminoso por desobediênciaao Estado, mas por haver perpetrado de-licto grave bastante para dar lugar a umaextradicção. A chancellaria papal, avi-sada em tempo, aconselhou ao cardealque se fosse pôr em lugar seguro no Va-ticano, e actualmente o cardeal reside nopalácio do papa de onde jióde desafiar atodos os governos do mundo.

E não está livre o papa iPie IX soffre da sciatica; sua palavra

é ainda clara e até ás vezes forte; dizmissa todas as manhãs; mas vê-se obri-

Fm nomeado commandante do exer-cito russo do Norte o general Tadtleben.

Os russos collocaram baterias na em-bocadura do Dniester, perto de Akerman.

A Servia contractou um empréstimode 12 milhões com o banco francez Uniãodo Commercio.

S©.««»0 árabes corriam a marchasforcadas em soecorro de Mouktar-Pachã,o defensor de Kars.

x>t de Tunis poz á disposição^do""""

de cavallaria.sultão Y'8'.xThomens de infantaria e 5,000

Foa-nin chamados ás armas todos osmusulmanos da Bosnia e Herzegovina,de 16 a 60 annos de idade-.

CorrespoHide-aeâa especial para o« Globo »

Pariz, 10 de Abril de 1877

Summario.— O jubileu do papa.--0 papamais livre do que o rei de Itália.—Moléstia do papa.—O tratamento adop-tado.

p. g._ o Imperador D. Pedro II emPariz.—Ignorância e leviandade daim-prensa parisiense acerca dos homensedas cousas do Brazil.— Um soberanophiloscpho.

Cnsrra do OrienteDanúbio

gado a apoiar-se a dous jovens abbadesque lhe fazem as vezes de muletas; omesmo faz quando quer receber alguémom pé. Para ir de um a outro aposento ócarregado em uma cadeira pelos mesmoshussares que nos dias de cerimonia car-regam a famosa cadeira gestatoria.

Esta ultima não é, fica entendido, daque serve o papa em seus aposentos; acadeira gestatoria exige, para ser carre-gada, 12 homens robustos; a cadeira deque serve-se o papa em seus aposentostem a fôrma de uma liteira descoberta,e é carregada por 4 hussares.

Como prova da robusta saude do Santopadre apresentam muitos a actividadeque elle demonstra. Sempre recepções,sempre discursos, ou allocuçoes ; é umorador inexgotavel. Os médicos e quemandam que elle seja assim activo, re-commendam-lhe que nao durma muito,que lute contra a somnolencia e ao mes-mo tempo qué coma a fartar; esta ultimaprescripeão é seguida ao pé da letra; opapa come, e principalmente, frangos egateaux e bebe velho vinho Bordeaux.

Grande desejo mostram os médicos deque empregue o velho esforços para andarseu bocado todos os dias : o exercicio,porém, lhe é doloroso e arranca-lhe gri-tos ; prefere, elle, por isso, andar de ca-dèirinhá. Correu o boato de haver secca-do um cauterio que o Papa chamava asua fonte e trazia aberto na perna direita,facto esse que se considerava como an-nunciando fim próximo; nao é exacto ofacto: a fonte, como lhe chama o Papa.continua aberta e funeciona ainda.

Eis o que ha de real sobre a saude dePio IX, que pôde viver ainda muitotempo, mas que a mais ligeira crise pôdetambem levar desta para melhor.

p. ¦> .— Chega amanhã a Pariz o ira-perador dn BnV/il. Jase oecupam os jor-nãos r.oín a viXín iinperiál. O Figaroconsagra a, Sua Magestade um artigo quelhes envio ern sua integra. E' mais umaprova da leviandade e ignorância comque a maior parte dõs jornalistas fran-cezes falia dos homens e das cousas doBrazil.

Por espaço de dez annos oscillou. maiconsolidado, o throno; mas chegando amaioridade em 1841, o imperador empa-nhou com: mão robusta o sceptro, e pelasreformas qúe iniciou e pelos progressosqúe soube realizar, por suas idéas libe-raes e generosas, adquiriu* dentro empouco tempo força moral tal, que hoje óo idolo dé seu povo, e causa inveja até áRepublica Americana, onde um partido,que de dia em dia avulta, já começa aclamar bèm alto pela imprensa, que Seabula a fôrma republicana com o_ seuespectaculo de violências, delapidaçoes eescândalos, e institua-se uma monarchiahereditária, que garanta aos Estados-Unidos e aos interesses immensos quealli se agitam, a tranquillidade estável,a segurança inquebrantavel de que so-mente goza o afortunado Brazil, em meiodas continuas e febris perturbações doNovo Mundo;

O império de D. Pedro, iminensamentemaior que a França, abrange quasi quea terça parte da America Meridional. E*um colosso, e si toda essa vastidão enor-me, maravilhosamente fértil, fosse tãopovoada como é extensa, o Brazil, comas suas minas de ouro e diamantes, seriao mais magnifico Estado do globo.

As famosas minas de diamàtitès sóforam descobertas em 1728. Querem saberqual era até então o principal artigo deexportação para a Europa ? Papagaios!E o Brazil é, com effeito, a pátria porexcellencia dos papagaios ; ha dessa avenada menos de umas duzentas espécies,de magnifica plumagem, e ainda nojo opapagaio é ramo importantíssimo decommercio no Brazil.

Já que falíamos en^aves: querem sabercomo os nossos aldeoes francezes, poucofamiliarisados com a lingua portugueza,e com um pendor natural aos nomes,que são a imagem pittoresca das cousas,chamam o imperador do Brazil ? Ouvi-oeu com estes ouvidos, no Sul. quando haquatro annos o herdeiro de Bragançavisitou aquella parte da França :

—Aquelle nomem que alli está, dizia umvinhateiro ao visinho, chama-se D. Per-ãreau.

Em Berlin, conversou com o pnneroede Bismarck e o feld-marechal de Moltkca Constantinopla. chegou no .dia seguintemesmo das trágicas, revoluções do paia-cio qúe ensangüentaram o serraino etaoprofundamente modificaram o império ;no Cairo e no Alto Nilo estudou cu-riosamente as assombrosas rumas _ daépoca dos Pharaós ; na Sicilia, viu Mes-sina, Palermo, Syraeusa, Catana e o Etaa;na peninsula, Roma, Perusa, Assis, * lo-rença, Sienne e o lago de Como.

Por toda a parte mostrou-se observa-dor sagaz dos factos, e discipulo apaixo-nado da sciencia: passando em Berlim,horas e horas no museu Hohenzoliern, noaquário microscópico, no hospicio He-dwig, no deposito central das bombas,na igreja do Claustro; examinando emRoma, com a paciência de um sábio, asantigüidades todas; visitando em Perusaa universidade, a bibliotheca San-Severo,os tumuli dos Volscos, e dahi dirigin-do-se pai-a Assis, onde orou ajoelhadoao túmulo de S. Francisco ; não deixandoem Florença, as galerias do palácio Pitti.a não ser para assistir aos cursos daacademia de bellas artes, ás sessões dasociedade de anthropoiogia, ou para irao observatório de Arcetri acompanharas phases de um eclipse da lua.

Pediu tambem que lhe apresentassem opoeta Maffei, cujas bellas traducçoes dospoetas inglezes e germânicos deu mostrasde querer possuir.

Como se ve, este imperador do Brazil everdadeiramente o Pedro Grande daAmerica do Sul; faz honra á sua coroa, epela profunda calma em que vive longedelle o seu Império, pela estima que lheconsagram seus subditos, advooa victo-riosamente a causa das instituições tute-lares que com tanta nobreza representa.Felizes os povos cujos destinos sao assimassignalcdos por tão solida paz, e cujossoberanos podem tao á vontade corrermundo I

ssszaanKsxanaa: mèaaaam

Noticias

serbaixo devadeado

Widdin, pôde oem dous lugares.

pert--.a e

deentre RoutschoukTurtukai, onde °a e Silistria,

margem va-laelia é muito baixa.

© outro é entre Braila e Toulteha,muito distineto da base de operações dosturcos.

S"a-a muito fraca a resistência que nodeitado Danúbio apresentará aos russoso exercito turco.

A passagem do Danúbio neste ultimoponto será um acontecimento militar,Pela primeira vez na Europa, um exer-cito atravessará um rio caudaloso, sob ofogo de monitores.

Atravessado o Danúbio, os russos to-marão a estrada de Dobrutscha, em di-recção ao quadrilátero turco.

a quadrilátero turco é formado daSilistria, Routschouk, na margem direitadj Danúbio, Varna, no mar Negro eChoúmla, fortaleza de primeira ordem.

OfTerece difficuldades o cerco de Si-listria, oue dista 200 kilometros, porpéssimos caminhos, do lugar de ondetem de vir todo o material para o cerco.

S«i> o ponto de vista da organizaçãoe instrucção, é superior o exercito russo.

Toco neste incidente por parecer-meesta scena a imagem do espectaculo quepresenciamos diariamente na França.

Tão isolado está o partido clerical naFrança em meio da democracia francezacomo" esse individuo de quem lhes falleiem meio da assembléa do circo.

O suffragio universal tão enérgica-mente se pronuncia contra esse partidocomo pronunciou-se o povo .da conferen-cia contra o grosseiro perturbador.

A pretexto de tomar alguns dias dedescanso, o Sr. Jules Simon, presidentedo gabinete francez, partio para a Itália.A respeito desta viagem do ministrocorre o boato muito acreditado de terella alguma relação com a futura eleiçãodo papa.

Digo eleição futura e nao próxima, porquanto Pio IX não passa nem melhor,nem peior do que dantes.

Continua a dar audiências publicas,conversa com todos os estrangeiros quelhe são apresentados, e que actualmentesão muitos em Roma; prepara-se paracelebrar o seu jubileu episcopal, que co-meça a 5 de Maio, festa de Pio V, cujonome o cardeal Mastai escolheu passan-do a ser papa, e prolongar-se-ha seminterrupção até 3 de Junho, quinquages-simo anniversario de sua sagração comobispo de Fermo na bazilica romana deS. Pedro, onde celebrar-se-ha a ceremoniacommemorativa com a maior pompa esolemnidade. Por espaço de um mez m-teiro sueceder-se-hao as visitas dos es-trangeiros, cujo zelo por certo excitará aallocução pontifícia; será mez de grossareceita para o dinheiro de S. Pedro.

Durante esse tempoPioIXfará o papelde martyr perante um publico crédulobastante, para nao notar que as lamenta-ções e queixas contra o governo italianosão precisamente a prova da indepen-dencia de que goza o Santo Padre.

Dos privilégios de que o investe a leide garantias, um ha do qual acaba de

FQLHETI

UM SOBERANO PHILOSOPHO

Está a chegar a esta capital um visi-tante coroado, que vem terminar emPariz, onde aliás pouco tenciona demo-rar-se, o seu longo percurso atravez deuma parte da Africa,da Ásia e da Europa.

Visita-nos o imperador do Brazil, umdos principes mais intelligentes e sym-pathicos do globo, europeu de sangue epor sympathia, amigo particular daFrança por laços de estreito parentescoe pelo parentesco mais profundo aindadas inclinações do espirito e dos affectosdo coração.

D Pedro ainda nao fez cincoenta edous annos. Sua barba, que elle usa in-teira, e seus cabellos, agora é que come-çam a ficar grisalhos. E' de estatura ele-vada e de aspecto robusto, com umabella cabeça varonil, expressiva e impo-nente. Seu olhar, cheio de luz, reflecteintelligencia; o todo de sua physiono-mia é um mixto de lhaneza e bondade.Tem a voz máscula e melliflua e falia umfrancez fácil e puro. Si, para darmosuma idéa physica de sua pessoa, quizes-semos comparal-o com um typo conhe-cido da sociedade pariziense, citaríamoso conde de Niewerkerke, o antigo supe-rintendente das bellas-artes, que comelle se parece sem chegar á semelhança

O Imperador é muito instruido e temgosto particular pelas sciencias e pelaarcheologia. E' apaixonado pelos velhosmonumentos e é capaz de andar cem le-guas para visitar umas ruinas celebresou as esculpturas dp uma cathedral go-thica- O seu fraco é viajar e ha dez annosque pertence á Sociedade de Geographiade Pariz.

O imperador foi, póde-se dizer, quemlevantou o seu império e firmou o thronono qual reinarão em paz seus descen-dentes. Filho de um principe mediocre-mente popular e contestado, teve na ida-de de seis annos, de arcar com o pesoda coroa abdicada por seu pai em Abrilde 1831, depois de rotas as relações comPortugal e de proclamada a indepen-dencia.

O imperador não viaja só ; acompa-nha-o a imperatriz, princeza italiana,filha de Francisco I, rei de Nápoles, oque redunda em dizer-se, princeza da casade Bourbon. A imperatriz Thereza contatres annos mais que seu marido, a quemdeu unicamente duas filhas, a maisvelha das quaes, a princeza imperial,nascida em 1848, casou com o conded'Eu, Gastão de Orleans, filho primo-genito do duque de Nemours.- Já em18 to a princeza Franeisca, irmã do^ im-perador, casara com o principe do .om-ville. De fôrma que, encontrando emPariz os duques de Nemours e de Alen-con, um pai, irmão o outro, de seu genro,o principe de Joinville, seu cunhado, orei Francisco II, seu primo, que resideem Saint-Mandé, D. Pedro acha-se real-mente em familia.

Nascendo no palácio de Neully emAbril de 1812, muito moço, porém, con-demnado ao exilio, cedo revelou o conded'Eu admiráveis aptidões militares.Tendo feito estudos especiaes na Ingla-terra, foi servir na America e em Outu-bro do 1864, esposou, no Rio de Janeiro,a princeza Izabel, herdeira da coroa.O conde d'Eu está, portanto, destinado aser o principe Alberto dessa outra Vi-ctoria, e já mostrou-se digno de sua po-sição regia pelos eminentes serviços quelhe deve a pátria adoptiva.

Havia já cinco annos que sustentava oBrazil eom o Paraguay uma guerra mor-tifera, levantando o presidente Lopez,pela habilidade que desenvolvia na luta,reaes perigos á monarchia; já desanima-dos se achavam os brazileiros, por sue-cessivas derrotas, quando tomou o com-mando das tropas O conde d'Eu e emuma brilhante campanha, na qual deuprovas de muita sciencia strategica e es-forçada audácia, desbaratou o exercitode Lopez, tomou-lhe todas as praças for-tificadas, e gloriosamente para o Brazilconquistou a paz durável por que tantoanhelava elle. Como justa recompensade seus feitos, recebeu o conde d'Eu, comas acclamações do povo, a dignidade demarechal, sendo que é elle o mais moçode todos que dessa dignidade se achaminvestidos no mundo civilisado.

Ha 7 ou 8 mezes que 'o imperador e a

imperatriz estão ausentes de seu Estados,e é o conde d'Eu quem governa, dandooceasião de apreciar-se desde já a ma-dureza de sua razão politica e a amem-dadé de seu caracter. Dizem que tem elleo ouvido algum tanto duro ; melhor será,pois que está livre de ouvir muitas san-dices, e, com o espirito atilado que pos-sue, bastam-lhe os olhos para compre-hender perfeitamente tudo quanto inte-ressa ao seu papel de rei.

Por portaria do ministerio da agri-cultura de 20 do corrente, obteve tresmezes de licença, com vencimentos, naforma da lei, o bacharel Augusto Belin,engenheiro de 1» classe do prolongamen-to da estrada de ferro D. Pedro II, paratratar de sua saude.

Por portaria da mesma data foramconcedidos dous mezes de licença, comos respectivos vencimentos, para tratarde sua saude, ao praticante da directo-ria geral dos correios Josó FernandesRodrigues.

• Ao thesoureiro da commissão centralcearense foram entregues as seguintesquantias ; pelo Sr. Dr. Antônio ÇfrreadeMacedo, subscripçao promovida pelomesmo em Vassouras 50ÔJ?;. pela commis-são composta dos Srs. commendadorManoel José de Souza, Silvio Romero eLuiz de Chaves Mello, em Paraty 3o6#pela Exma. Sra. D. Mana José de Abreu'Albernaz,

produeto do concerto, pelamesma senhora promovido no Passeio rn-blico 223#; pela commissão composta dosSrs. Cyro P. A. Velloso, Antonio Izidor»de Castro e Honorio da P; Lobo ltíüSAi),

gelo Sr, Dr. Antônio Pereira dos Santos

aminha50ít: pelo Sr. Dr. Silverio deAndrade Silva 5$; o Sr. Dr. JoaquimManoel de Macedo offertou 30 exempla-res do seu insigne romance A Baronezaão Amor para o seu produeto ser appa-cado ás victimas da secca; acham-se adisposição do publico na rua da Quitandan. 67 pelo preço que quizerem offertar.

O ffurriea do corpo de policia que daquifoi a Portugal acompanhando o reuNheco,que assassinou ao capitão dabarcaportugueza Clauãina, depois de ter cum-prido a sua commissão entregando asjustiças de Portugal o referido réu, es-tevo hospedado ém um excellente hotelde Lisboa, por conta do governo portu-guez, que o gratificou alem disso comvinte libras e pagou-lhe passagem de Iaclasse para regressar ao paiz,

O Sr. J. Barcellos acaba de publicarum pequeno opusculo contendo os Pon-tos de Geographia Physica (prova es-cripta) adoptados pelo novo programmade exames preparatórios. r

O produeto da venda deste opusculo edestinado ás victimas da secca

Esperamos que a edicção se esgote.

O illustrado Sr. Dr. Moncorvo acabade publicar em opusculo os seus impor-tantes artigos publicados no ProgressoAleãieo e relativos ao emprego do chio-rato de potassa na diarrhéa das crianças.

Acompanham o opusculo varias obser-vações. » _

São sempre úteis as publicações destegênero e é justiça reconhecer que o Sr.Dr. Moncorvo é dos que mais trabalhampelo progresso da sua nobre sciencia.

frr

Easa 20 de Maio concedeu-se pelo minis-terio da justiça üm anno de licença aoofficiaí do registro geral das hypothecasda corte. José Gomes de Oliveira.

Nomeou-se a José Maria de Oliveira,para servir durante o impedimento domesmo serventuário.

RectifLcação.—A prorogação de licençaconcedida em 18 do corrente, ao bacharelAutonio Cândido de Azambuja, 9o juizsubstituto da corte, foi sem ordenado, enão com este, como por erro typogra-phico publicou o Diário Oficial n. 123,de 29'

RIO DA PRATAO Senegal adianta-nos datas do Rio da

Prata até 24 do corronte mez.Poucas e pouco interessantes sao as

noticias da Republica Argentina e doEstado Oriental.

A linha telegraphica que deve uniraRepublica Argentina com a da Boliviajá chegou a Humatuaca, pequena povoa-ção da provincia do Jujuy, ao norte dacapital,

Causava sensação a noticia de que naparada do dia 25 de Maio, anniversarioda independência argentina, seriam asforças commandadas pelo general Mitre.

Stífè tr. í"^3?jilPftw rr 7>SESCRIPTA EM ITALIjVMO POR

UEXANBRE HANZONI

"\ OS NOIVOS .

XI

Se deixas cahir outro, pedaço de bruto,por vida de... disse a mai rangendo osdelitos.

Eu não os deixo cahir, respondeu orapaz. Se elles cahem, como heide euremedial-o? _. .

A tua fortuna, replicou a mai, e teieu as mãos oecupadas; e como ao dizeristo moveu os braços, como se quizessedar no pobre filho, entornou mais fan-nha que a precisa para fazer os douspães, que então o rapaz deixara cahir. -

Vamos, vamos, disse o homem, vol-taremos atraz para os apanhar ^e se naodeixal-os ficar, que não faltarão outrospobres que os apanhem. Ha tanto tempoque estamos a morrer de fome 1 Agoraque ha alguma abundância, gozemosdelia em santa paz.

Chegava, entretanto, gente de tora, eapproximando-se á mulher um dos quevipham, lhe perguntou aonde ia bus-car-se o pão; e estando elles a uns dezpassos de distancia, disse a mulher res-mun°-and©: « estes velhacos de forastei-ros virão limpar todos os fornos e arma-zens, e nada deixarão para nós.

Cala-te, mulher, disse o marido: 3 aque ha abundância deixa que todos a des-fruetem. ,'

Por estas e outras cousas semelhantes,que Lòurenço viu, começou a conhecerque se achava n'uma cidade sublevadá,e este era um dia de rebatinha, isto e,em que cada um pegava no que queria

ü. waàmmWomBcsam

segundo a sua vontade e força, dandoem paga empurrões e pancadas. Pormais que desejemos que o nosso aldeaofaca bom papel na historia, nao pode-môs deixar de dizer, que o seu primeirosentimento foi de complacência.

Devia tão pouco ao estado ordináriodas cousas, que se inclinava a approvãrtudo o que podesse contribuir a mudal-o,fosse como fosse.

Por outra parte, como não era homemde luzes superiores ás_do seu século,vivia na absurda opinião de que os pf-deiros tinham a culpa da escassez do pão:conseguintemente julgava justo qualquermeio, que se empregasse para lhes tiraro alimento, que no seu conceito ellesnegavam á fome de toda uma povoaçào.

Todavia teneionou nao metter-se nobarulho, e alegrou-se de ir dirigido a umfrade capuchinho, que lhe proporcionariaum asylo seguro.

Com esta idéa e olhando para os novosconquistadores, que se iam apresentandocarregados de despojos, andou depressao caminho que lhe restava para chegarao convento. .„ , .

Onde agora se vê um magnífico paláciocom um lindo pórtico, havia então, eexistia ainda nao ha muitos annos, umapraça em cuja extremidade estavam aigreja e o convento dos Capuchinhos,com quatro frondosos alamos diante daporta. . ~

Felicitamos, e nao sem inveja, a poiçaodos nossos leitores que não viram ascousas naquelle estado, porque isto querdizer que são mui moços, e por falta detempo lerão deixado de fazer nao poucosdisparates. ,

Chegou-se Lòurenço a porta, metteuno seio o meio pão que lhe restava, tirouda algibeira a carta e puxou pela cam-páinha. Abriu o padre" porteiro a gra-dezinha, assomou-se a ella e perguntouquem era. , _

Um forasteiro,respondeu Lòurenço,que traz uma carta de consideração dopadre frei Christovão para o padre freiBoaventura. ix. £-'

Entregue-ma, disse o porteiro, met-tendo a mão pela grade.;

. A-an-amesava-se um manifesto do Dr.Del Valle, renunciando a sua cândida-tura ao cargo de governador de Buenos-Ayres.

Apresentaram-se candidatos ao cargodo governador de Comentes o Dr. Derquiha pouco ministro da republica no Para-guay e o Dr. Manoel Lagrana deputadoao Congresso Nacional.

Do Estado Oriental e do Paraguay,são as noticias pouco importantes.

A Sociedade Paladinos da Scienciapromove a realisação de um espectaculono theatro de S. Pedro de Alcântara, embeueficio da das victimas secca ao nortee ao sul do Império.

M«je deve ser instalada a associaçãointitulada Grêmio Litterario,

Foram despachados os seguintes re- .querimentos :

Pelo ministerio da justiça :Bacharel João Climaco Lobato.—Ao pre-sidente da provincia a quem compote ac-ceitar as desistências, para informar.

José Gomes do Oliveira.—Sim, maspor um anno somente.

Pelo da marinha iOctaviano Teixeira Coelho,—Nao tem

lugar. xxCapitão-tenente Antonio Ferreira de

Oliveira.—Ao quartel general para in-formar. , . Xx -x,

Officiaí de fazenda Demetno CândidoTourinho de Pinho.— Informe a conta-doria.

Eduardo de Moraes Tibáo.—Ao Sr. Dr.cirurgião mór para informar. __

Officiaí de fazenda Antonio Galvão deFontoura,-Não tem lugar porque estapromovido desde 1868.

João Miguel Pereira.—Ao quartel-ge-neral para informar. ;

Guardião Joaquim Serra.—A' vista dainformação não tem lugar o que pede.

Custodio José da Costa Guimarães,—Não ha necessidade. .

Francisco de Almeida.—A'contadoriapara informar.

Pelo de agricultura.Adrien Lebre & Irmão.— Compareçam

na secção de contabilidade.

O Sr. deputado Theodoro, declarou queé defeituosa a organisacão judiciaria quotemos.

Quasi todos os representantes da naçãoacham-se de accordo nisto e no entretantonada se faz para melhorar este estado decousas !

Confessa mais que lhe cabe responsa-bilidade pela actual lei, mas que quandofoi ella feita não tinha a força moral queimpõe.

Convém lembrar que naquella oceasiãoera S. Ex. ministro.

D. Pedro acaba de percorrer suecessi-vãmente a Prússia, a Turquia, a parteoecidental da Ásia, o Egypto, a Sicilia ea Itália.

^ai além. Diz : « a lei de 3 de Dezem-bro de 1841 é a de maior importânciahistórica e politica, que temos em nossascollecções. »

Então pedia a lógica que S. Ex. nãoconcorresse para ser ella reformada ?

Não, senhor, nao, respondeu Lou-renço, devo entregal'-a om mao própria.

Não está no convento, exclamou oporteiro.Deixe-me Vm. entrar, e esperareipor elle.

podeis esperal-o na igreja, respon-deu o frade, e nao vos fará mal que entre-tranto rezeis alguma cousa; por agoranão se permitte entrar no convento : edizendo isto, fechou a grade.

Ficou Lòurenço como um tolo, com asua carta na mão": deu dez a doze passosna direcção da igreja para seguir o conse-lho do padre porteiro ; porém, quiz antesir'vêr mais alguma cousa do barulho.

Atravessou com effeito a praça, collo-cou-se no passeio da rua com os braçoscruzados, e parou olhando á esquerdapara o interior da cidade, onde era maiora bulha. Este motim attrahio o nossocurioso, que disse então comsigo : vamosum pouco mais adiante. Tirou outra; vezdo seio o meio pao, e comendo-o mui de-vagar, se dirigiu para o tal sitio.

Entretanto que lá chega, contaremosnós resumidamente as causas e o prin-cipio deste turm.-.lto.

XII

A infeliz colheita daquella anno Fnãoera já a primoira,; pois tambem a doantecedente fóra escassissima, e só como auxilio das reservos, que se conserva-vam dos tempos mais abundantes, é qnese pôde a muito custo supprir a falta esustentar mais bem oú mal a povoação,até ao. verão de 1628, a que pertence anossa historia. Porém, aó chegar a dese-jada epocha da colheita dos cereaes,. vio-se que ainda era mais miserável que aanterior, tanto pelos grandes temporaes(eisto não só no ducado de Milão, mastambem em grande parte do paiz ch*-cumvisinho), quanto por culpa dos ho-mens; pois os estragos e destroços cau-sados pela guerra, de que fizemes menção,eram taes, que ao . passarem as tropaspelas comarcas contíguas, ficavam oscampos-maisx incultos, e abandonados,do què era costume,* desamparando os

lavradores as suas fazendas, os qnaes,em lugar de acudirem com o seu tra-balho ao sustento próprio, e ao alheio,viam-se pi-ecisados a ir pèdil-o de portaem porta pelo amor' de Deus. Disse maisão que era-costume, porque os insuppor-taveis tributos impostos sem ordem es-tabelecida, e arrebatados com uma rapa-cidade nao menos ruinosa; a conduetahabitual das tropas estacionarias, mesmoem tempos pacificos, comparada nos tris-tes documentos daquella idade com a deum exercito inimigo; e outras causasassaz extensas para se relatarem aqui ti-nham ido dando lentamente lugar, algunsannos antes,em todo o ducado de Milão,áfatal penúria, que tanto o opprimia : as-sim; as particulares circumstancias deque falíamos agora^ podem reputar-secomo uma exacerbação repentina de umamoléstia chronica, e antiga. Jvpenas seacabou de recolher aquella tao mesqui-nha porção de frutos, logo as provisõespara o exercito, e a desordem que sempreas acompanha, a reduzio a tal extrenio,que começou a experimentar-se a escas-sez, e após ella o seu tão doloroso comoseguro resultado, a carestia.

Porém quando esta chega a certo pontolevanta-se sempre (pelo menos assim otemos visto até agora ; e se isto suecedehoje depois de tantos, e tão judiciososescriptos sobre esta matéria, que suece-deria então?); digo que se levanta, eacredita o rumor entre o povo de que naoé a escassez que a motiva. Esquecem-seas gentes de que a temeram e vaticinaram ; e suppoem desde logo que hatodo o grão, que se precisa, e que o maldimana de se não vender o sufficientepara o consumo ; supposições todas in-fundadas, mas que lisonjeam ao mesmotempo a cólera e a esperança ; attribue-sea carestia aos negociantes de cei*eàes,verdadeiros ou imaginários ; aos proprie-tarios de terras, que © não vendem todon'um dia; aos padeiros que o compram :n'uma palavra, a quantos pelo seu tra-fico neste artigo se suppõe que oçcultamgrandes reservas destes gêneros.

(Continua.)

Psíj?s o dia 9 de Junho prepara se oespectaculo offerecido aos alumnos daEscola Polytechnica pelo Club Drama-tico Nltheróyense.

a reunião de hontem, celebrada, aconvite do Sr. engenheiro Mello Barreto,ficou organisada a mesa directora dostrabalhos-da reunião do seguinte modo :

Presidente o Sr. engenheiro F. Pe-reira Passó^S-r^Xi^^ -*--,,

Secretários os Srs." engenheiro MelloBarreto e Dr. Ângelo Thomaz do Amaral.

Sobre o assumpto da reunião fallaramos Srs: Mello Barreto, Ramos de Quei-roz, Ferro Cardoso, Bezerra de Menezes,Siqueira Queiroz, Velho da Silva eNeryFerreira e outros cavalheiros cujos no-mes nos escapam.

Concordou-se em nomear uma_ com-missão para redigir a representação queem favor do projecto do Sr. FerreiraVianna deve ser apresentada ao corpolegislativo.

Para essa commissão foram nomeadosos Srs. : Mello Barreto, Bezerra í de Me-nezes e Ângelo do Amaral.

A segunda reunião deve ter lugar nodia 1° do próximo mez de Junho,

SegEiado o mesmo senhor, as autori-dades policiaes aqui mesmo na corte,usam de expedientes simulados para en-cobrirem ou justificarem o excesso a quesão obrigados muitas vezes por esta ouaquella razão.

Isto aqui na corte 1Faça-se idéa do que não acontecerá no

interior. x52' ã falta de uniformidade da nossa

jurisprudência, que attribue S. Ex. aanarchia judiciaria existente.

Ha sete annos a despeza com o minis-terio da justiça era de 4.028:162p30, eagora é de 6.7Ú4:033#193.

Augmentou de um terço em sete annos.Segundo o Sr. Andrade Figueira, é esse

o frueto das reformas entre nós.E S. Ex. tem razão

© Sr. commendador Rafael Ascoly offe-receu-se para fazer todos os gastos ne-cessarios para o espectaculo que o ClubDramático Nictheroyense offereceu aosalumnos da Escola

"Polytechnica em be-neficio das victimas da secca,

Hoje effectuam-se os seguintes lei-lões : pelo Sr. Roberto Grey, de 2 prédiosá rua de S. Carlos ns. 58 A, e 5á B, ásportas dos mesmos prédios ás 5 horasda tarde ; pelo Sr. M, S. Pinto, da cha-cara da rua de S. Clemente n. 79 ás 41/2horas da tarde ; pelo Sr. Amaral Pinto,de louça, porcelana, vidros e crystaes narua do Cattete n- 117, ás 11 horas emponto.; pelo Sr. Enéas Pontes, de jóias,relógios, pêndulas etc,úrua dá Assem-bléa n. 119, ás 11 horas da manhã; pelo-Sr. Silva Braga, de 2 prédios da rua daLapa n. 73 e rua do Cáes da Lapa n. 24,ás-5 horas da tarde. >

Em 1868 haviam 257 juizes de direito ehoje ha 419.

Mas o que fazer se é preciso empregar asdúzias de bacharéis que sahern todos osannos de S. Paulo e Pernambuco ?

Eíatemle o Sr. Andrade Figueira, quese pôde economizar 800:000$ na parte dajustiça

Naturalmente não apresenta S. Ex.emenda alguma a este respeito á vista doque suecedeu com as apresentadas ao or-çamento do império.

Declarou, o Sr Theodoro Machadoque .0 áeficit certo é de 9,279:061#232.Vamos assignalando os differentes alga-rismos. porque o ãeficit é entre nós uraasphynge—decifra ou eu te devoro.

O que o nobre deputado acha indis-pensavel é que todos tenhamos juizo.

Lá isso é exacto -

Domingos achao código crimi-

í> Sr. barão de S(com toda a râzao) que v ~~-.0~ ?,-.-..»nal não deve servir para o preto çaptlVò-epara o proletário, mas tambem para osJacys (synonimo de presidente de pro-vincia), causa do descrédito de nossas ins-tituições e do alto íunecionalismo en-tre nós.

Os pensionistas e aposentados eus-tain ao thesouro 2,290:o©S00D.

No anno próximo a verba será maior lE'um consolo l

Unna despeza que se pôde cortar semprejuizo algum ao serviço publico, eCom vantagem para o thesouro, é a de>

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A 24 do corrente visitou o bispo diõçe-sano de Si Panló, a villa de Mogy- uum vantagem para u íiicouui«,,c <Guassú, onde ministrou o sacramento 1194:7208," feita coma Casa da. Moedadaehrismaa 600 pessóasv Para tiúé sérvé esta. repartição^

MlltólxSlIiíviSl^Va-Vl^St-'-.; .'X ¦ ' *;"'•'. XX - -. .';-¦¦ BSfiSl íivr.tí«*í l::-:--X.;V-:x'-;-.'v"-X..-X*''TX.:xV-V

íjõaísgsiy-* -*\írí: ' ¦'•¦¦.

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Page 3: Rão de -Janeiro ¦fifi-fifi-.-.^ifirsis&sBk fififiifiãmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00132.pdfAnno IV Quarta-feira 30 de Maio de 1877 ¦ fi:-'. ¦¦-fi-fi fi- '"fifi CONDIÇÕES

Niío seria mais conveniente vender-seesses próprios nacionaes, para cujo cos-teio ou conservação pede o governo naproposta 197:8668000 ?

Alguns estão emprestados, e outrosalugados por baixo preço a figurões poli-ticos e a amigos do governo perpetuo.Mas quem falia nisso ?

K«;*alisa-se na quinta-feira, 31 do cor-rento, ás 10 horas da manhã, em pre-sença da mesa e junta e no Hospital daMisericórdia, a abertura de duas enfer-marias para o tratamento de doentes dosexo feminino e uma sala de materni-dade.

Sãó estas as primeiras enfermariasque a irmandade da Misericórdia fezconstruir no novo edificio para o jim in-dicadó, attendendo ás más condições emque se. achavam acommodados os doen-les «.aquelle sexo, no velho hospital.

A cerimonia é publica.

O Gabinete Portuguez de Leitura dacidade da Bahia enviou-nos o seu relato-rio .-.presentado á assembléa geral ordi-naria. da sociedade em 6 de Maio do cor-ren.-! anno. Deixji ver esse trabalho quetão iiül instituição progride. O numerode seus sócios é de 504,e o total das obrasdo 3,033 em 4,320 volumes. O cargo debibliothecario é exercido pelo Sr. ManoelJoaquim Lino, e a actual direcção com-põe-se dos seguintes cavalheiros : JoséPereira da Motta, presidente; José daRocha Camões, secretario ; Manoel Mar-tin* Barboza de Mendonça Oliveira, tbe-zóureiró; Manoel Correia de Almeida,Domingos Mendonça de Athayde, ManoelJosé Luiz Brandão e Manoel Henriquedo Azevedo';

. Esereve-rK^nes de Mogy-Mirim :« Depois das ultimas chuvas começa-

mo:, á soffrer rigoroso inverno.« Nao consta, porém, que tenha havido

geada prejudicial. »

Jk al£.m.Ieg» r ende uhontem

A recebedoriaA mesa provincial

83:556818032:8728467

1:0338913

,5-si'y da curte.—Aberta a sessão foiStubmetlido pela segunda vez a julga-mento Serafim Antônio de Carvalho, por-tuguez, de 24 annos, solteiro, ganhador,sabendo ler e escrevei*. E' aceusado peloroubo commettido na charutaria n. 12 dapraça D. Pedro II, na madrugada de 10para 11 de Dezembro de 1875.

Compôz-se o conselho dos Srs. CarlosAmérico dos Reis, Pedro Justo Gomes daSilva, João Mendes da Cosia, AntônioGomes Lins, João José de Oliveira Costa,Josó Maria Bomtempo Sobrinho, Aveli-no Alvares de Sá, Luiz Xavier Marins,João Henrique da Conceiçno, CândidoJosé de Siqueira Campello, Fernando deSouza Barros e Joaquim Teixeira Leitão.

Defendido pelo Dr. Alexandre Fontes,foi condemnado a 4 \\2 annos de prisãocom trabalho, multa de 12 l*[2 % do valorroubado- e nas custas, gráo médio doart. 269 do codigo criminal.

Hoje serão julgados Virgílio Victorinode Faria por offensas physicas leves, Ma-noel José Rodrigues, Antônio Cabral Mi-quelino e Domingos José Ferreira por ho-micidio.

Desenvolve-se a gatunice de ummodo prodigioso. Julio Molino foi á lojan. 133 da rua da Carioca e pedio pedraspreciosas para escolher. Emquanto viravae revirava-as einpalmeu algumas. Foiprezo. ,

Manoel Teixeira Ribeiro, foi levado ápolicia aceusado por José Gomes cie lhehaver furtado 508000.

Foi preso José Antônio da Silva porter ido pedir á loja de louça n 19, darua da Ajuda, vasos dourados para levara amostra, em nome de certos nego-ciantes. Era falso o pedido.

Sa igreja de S. Francisco de Paula serezará uma missa, ás 8 1/2 horas, poralma do major Francisco Pereira daSilva e Manoel Marques Baptista deLeão, na da Conceição por Alfredo daSilva Pires ; na de SanfÂnna, por Do-mingos Vieira cios Santos ; na de SantaRita, por D. Luiza Bernarda Osório. .

A â£-a*eji-i do Santíssimo Sacramentoda antiga Sé estará aberta hoje e amanhãpara ser vista pelos irmãos e devotos,havendo no ultimo dia illuminação.

íl? b-íwaiS n. 14 da Companhia Flumi-nenseia em disparada pela rua de S. Pe-dro, ás 11 1/2 da manhã de hontem, lan-cou por terra alguns animaes de carga,esmagando os pés de um e ferindo aoutro. O cocheiro queria retardar a mar-cha, mas o recebedor (que tinha a chapan.15) dava ordem para seguir depressa eassim foram levando tudo diante de si.

ItecRlíemos a Revista do Rio ãe Ja-neiro de 20 de Maio, que agradecemos.

WmBSÊBSBMSÊUSB

m ÜJSfi

Rio de Janeiro, 29 de Maio de 1877.

Cotações ofíiciaès

Apólices.—Geraes de 6 % a rr.rl*:0238*-p0 1:02d80 SO

Acções.—Ferro-Carril de Por-to-Alegre 58000

Idem, Companhia de SegurosPrevidente 58000

Letras hypotiiecarias. —DoBanco do Brazil com 6 cou-pons cortados 78 1/2 %

Presidente, .7. A. A. Souto.Secretario. Alfredo ãe Barros.

Pia hora «'liSciaü da B-sJsa

VENDERAM-SE7:3008 do apólices geraes de 6 % (pe-

quonas), a 1:023,$; S0 ditas de 1:0.101., al:025#f; 8 letras hypotbecarias do Bancodo Brazil, 172 acções do Ferro Carril dePorto-Alegre e 100 ditas da CompanhiaPrevidente, ás cotações officiaes.

APRESENTARAM-SEVendedores Compraáores

APÓLICES GERAES

Dc 6 1.0258003 l:í-238000Emp. 18ô8. 1:1008000 1:0858000

METAES ,;:

Sob. 108330 108300

LETRAS HYFOTHECARIAS

B. do Brazil f (© coup.)... 80 °/<>

Belmira, 23

Foram presos, por estarem em desor-dem na rua de Theophilo Ottoni, JoséCoelho Borges e o preto Luiz Antônio;Domingos José de Andrade Dias, porandar batendo pelas portas das casas darua de S. José, às 2 horas da madrugada;Francisco Luiz Nunes, por estar espan-cando a um menor e querer tomar-lhe obonet.

Na praça da Constituição, João CarlosMunicie, por andar com uma espingarda.

Na de Vinte e Oito de Setembro, o Sr.Manoel de Souza, querendo apartar abriga de dous, foi ferido na mão por Pe-dro Pereira, que estava com um canivete.

Gl-ieos. Sepultarám-se nos differentescemitérios públicos desta capital, nó dia26 do corrente, as seguintes pessoaslivres : «

Maria Arminda Piedade Menezes, 18annos, casada, fluminense. — Hypoemaintertropical

Luiz Manoel da Silva, 43 annos, ca-sado, fluminense.—Tuberculos mesen-tericos

João, ingênuo, filho demezes, fluminense.—Idem.

Amélia Leles Coelho, 15 annos, sol-teira, fluminense.—Idem.

José Caboclo, 19 annos, solteiro, pa-raense,—Tuberculos pulmonares.Francisca Rosa Martins, 38 annos,viuva fluminense.—Idem.

Leonor Rosa da Costa, 13 annos, sol-teira, fluminense.—Idem

Rita Maria Moreira, (32 annos, casada,fluminense —Myelite.

Antônio Moreira de Souza, 25 annos,solteiro, fluminense,—Athretismo.

Joaquim Ribeito de Freitas Vianna,70 annos., casado, fluminense.—Anemia.

Anna Antonia Guimarães, 2) annos,solteira, fluminense.—Lymphatite perni-ciosa.

Maria do Carmo, 21 annos, solteiro, flu-minense.—Paralysia geral.Catharina Joanna, 40 annos, solteira,fluminense.— Degenerescencia do figado.

Rita, filha de Bernardino José de Si-queira, 1 anno, fluminense.— Bronchopneumonia.

Guilherme, filho de Guilherme A. Mi-rolly,2 lp2 mezes.fluminense.—Athrepsia.

Belmiro, filho de Manoel José GomesGuimarães, 5 annos, fluminense.—Des-motynho.

Alexandrina, filha de Manoel CabralLopes, 4 annos.— Meningo encephalite.

Zabelino Ferreira, 33 annos, solteiro,italiano.—Queimaduras.

Maria, 45 annos, solteira, africana.—Dysenteria."Antônio

Pinto da Costa, 3S annos, sol-teiro, portuguez.—Acesso pernicioso.

José Bento das Neves, 55 annos, ca-sado, portuguez.—Bronchite asthmatica.

Manoel, filho de Manoel Cardoso, 2annos.—Fraqueza congenial.

Manoel, filho de José Braga Muniz,7 dias.—Tétano umbelical.

Venancia, filha de Henriqueta MariaGuilhermina, 8 dias.—Tétano dos recém-nascidos.

Dous lètos: um filho de Maria Faus-tina de Oliveira Souza e um filho deDomisia da Silva Mattos.

Sepultaram-se mais 2 escravos, tendofallecido: 1 de tuberculos pulmonares e1 de hepatite.

No numero dos 27 cadáveres sepultadosnos cemitérios públicos, estão incluidos6 de pessoas indigentes, cujos enterrosse fizeram grátis.

Dia 27.—Leocadia Joaquina de Maga-lhães Garcez, Si_ annos, viuva, rio-gran-dense.—Congestão cerebral.

Joaquim, filho de José Antônio Pereirada Silva, 15 mezes, Fluminense.—Bron-chite capillar.

Luiz, filho de Luiz Alves Pereira Ma-chado, fluminense.—Falleceu ao nascer.

João, filho de Francisca, 11\2 anno, flu-minense. —Mesenterite.

Santiago Noiray, 31 annos, italiano.—Perfuração do intestino.

Carolina Pinto Babo, 21 annos, sol-teira, fluminense. — Tuberculos pulmo-nares.

Felippa, 7 annos, fluminense —Idem.Bernardo de Oliveira, 22 annos, sol-

teiro, fluminense.—Idem.Carlos Vieira, 40 annos, solteiro, por-tuguez.—Idem.Custodio dos Santos"Garcia, 25 annos,

solteiro, portuguez.—Idem.José Joaquim Pereira, 20 annos, soltei-

ro, portuguez.—Idem.Florindo Gago das Dores, 75 annos,

solteiro, fluminense.—Rheumatismo.Joaquim Ferreira, 75 annos, solteiro,

fluminense.—Cachexia palustre.Marechal de Campo José Antônio de

Oliveira Lobo, 7o annos, viuvo, flumi-nense.—Amollecimento cerebral.

Thereza Maria Ribeiro Mattos Gui-marães, 07 annos, solteira, flnminense.—Cachexia cénil.

Catharina, 37 annos, solteira, pernam-bucana.—Marasmo.

Mariana da Conceição, 62 annos, sol-teira, maranhense —Idem.

Rosa Maria do Carmo, 23 annos, sol-teira, paranaense. — Variola confluente.

Oscar Lendol; 20 annos, solteiro, sueco.—Febre perniciosa.

ACEÕES DE BANCOS

Industrial. 1668000COMPANHIAS DE SEGUROS .

Fidelidade... 1238000

ESTRADAS DE FERRO

Leopoldina.. 1398300 [ CARRIS DE FERRO •

Locomotora. 13õ$000 | ......... 115S009S. Christov.. 232800) 225800)

DIVERSAS COMPANHIAS

Ind. Flum... 698000

O GLOBO —Rio, Quarta-feira 30 de Maio de 1877

Fura da Bolsa

O mercado de cambio conservou-sefirme, sem alteração nas taxas.

Sobre Londres houve transacções me-nos que regulares a 21 d., papel bancário;24 1/8 e 24 3/16 d., particular; e sobreFrança a 400 rs. por franco, bancário;393, 3*54, 395 e 398 rs., particular.

Negociaram-se 4,000 soberanos a 108320e 20 letras hypotbecarias do Banco doBrazil, com 6 còupons cortados, a 76 %.

As vendas de café foram regulares.

IMPORTAÇÃOEntradas de vários gêneros

E.F.D.P.II. Cab. B.ãèntro.Café :

Dia 28... K. 72.918 208.346 27.390Desde l.o» 4.529.964 2.987.862 1.298.160Idem 1876 » 5.67S.433 1.589.490 755.176

^sUfe a" «' a A- A-- A yy *-yy y«'"'¦: '--

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Silvestre Corrêa de Carvalho, 60 annos,portuguez—Febre typhoide. V

Avelino, filho de João José Raymundo,10 mezes, flnminense.—Bronchite aguda.

Amélia, filha dé Manoel Francisco Soa-res, 2 1\2 annos, fluminense. — Anginadiphterica.

Carlota. filha de Frederico Brunner, 14mezes,fluminense.—Catarrho suffocante.

Sebastiana. filha de João Rodrigues deSouza, lümezes.fluminense.—Eclampsia.

Maria, filha de Hilário Franciseo Pe-reira, 18 mezes, fluminense.—Entero co-lite.

Joaquim , filho de Joaquim PereiraMonteiro, 15 dias, fluminense.—^Fraquesacongenial.

Manoel, filho de Maria Joaquina, 4dias, fluminense.— Hemorrhagiâ menin-geana.

Miguel, ingênuo, filha de Luiza, 21dias, fluminense.—Inviabilidade.

Um exposto encontrado morto na roda.Sepultaram-se mais 4 escravos tendo

falleeido : 1 de febre perniciosa, 1 de insuf-ficiencia mitral, 1 de tuberculos pulmo-nares e 1 de meningo encephalite.

No numero dos 31 cadáveres sepul-tados nos. cemitérios públicos, estão in-cluidos 11 de pessoas indigentes, cujosenterros se fizeram grátis.

O movimento do hospital da Santa Casade Mizericordia e enfermarias annexas nodia 25 de Maio de 1877 foi o seguinte :

ExistiamEntraramSahiramFallecèramExistem.

1258242210

1250

7.m 17,f> 64,220." 19,5 67,10l.t 20,5 68,904.t 20,4 6S,70

Meteorologia.—Imperial Observato-rio Astronomieo, 25 de Maio.Hor. Tii. cent. TIi. Fah. Bar. a O. P. A.

m763,775 11,55760,3-22 12,80764,400 12,63763,404 12,94

Céo, limpo e azulado com pequenoscirrus dispersos pelo alto. Serras e mon-tes levemente nublados e nevoados ehorizonte limpo. Sopra N E brando pelamanhã e S S E fraco á tarde.

dia 29Hor. Th. cent. Th. Fah. Bar. a <f>. P. A.

m7.m 17,8 64,01 763,775 12,25

lO.m 20,2 68,36 764,462 12,49l.t 21,4 70,52 763,840 12,944.t 21,3 70,34 762,345 13,08

Densa nevoa geral pela manhã, queencobria tudo, e depois céu limpo e azu-lado, com ligeiros cirrus pelo alto. Serrase montes nublados e nevoados, e hori-zonte levemente encineirado. Soprou NO.brando pela manhã e SSE. regular átarde.

AvisosSSiMiotheea de 35,i>*'s'eü"*.>s { 5Ber-

nambuco).— A commissão encarregadade agenciar donativos para a bibliothecapublica da villa de Barreiros, em Per-nambuco, creada por iniciativa cio juizmunicipal, bacharel Aquilino GomesPorto, roga aqueiles cavalheiros a quemse dirigio nesta côrte pedindo-lhes o seuconcurso, o especial obséquio de envia-rem as suas offertas para concluir-se ocatalogo da mesma bibliotheca. (-Companhia c--nsa-i.no de pão. —

Continua a ser distribuído todos os diasno escriptorio desta companhia, á rui;Gonçalves dias n. 36, o pão que a pesocerto e preços reduzidos tem ella de for-necer. (.

Aos ESilliares Bra-fautínus, no sa-lao da rua do Rosário ns. 03 e 95, proxi-mo á dos O uri ves.— Este estabelecimentodo Sr. J. A. Pereira Filho (guarda livros),rivalisa com os melhores do Império,sendo superior em fabrico dos bilhares eseus àccessorios, e na sua collocação es-paçosos ; na simplicidade e gosto da de-coração, e sobretudo — no fresco que segoza no salão, pois nem sempre os esta-belecimentos desta natureza são, comoeste, montados em prédio feito especial-mente para isto. Como auxiliar, encon-tra-se neste estabelecimento : café, lunch,e bebidas, só de primeira qualidade, tudopor preços, se nao inferiores, iguaes aosde qualquer outra casa. Nestas condiçõeso Sr. Pereira Fsilho torna-se digno da pro-tecr-ao de todos, e tambem pela fé comque empregou as suas economias de 24annos cie trabalhos.

© advogado, Francisco de Salles****ereia*a íPacJ-ccí).—Faz uma conferen-cia publica no theatro de S. Pedro de Al-cantara, no dia 3 de Junho, a 1 hora datarde, em favor das victimas da seccada provincia do Ceará. Não se faz con-vites especiaes, ficando ao arbitrio detodos o obolo de sua generosidade e phi-lantropia.

Fumo :Dia 23... K.Desde 1." »Idem 1876 »

Toucinho :Dia 23... K.Desde Io. »Idem 1876.»

AguardenteDia 28... P.Desde 1°. »Idem 1876 »

303200:560276.467

6.5991S3.907260.046

1343

23.64-*.208.517

29.32")118.58024.848

151.0S1

687

5.336

EXPORTAÇÃOE*-i3>ur«a«;ões despachadas no

dia 29

Calháo — Galera americana Invencible,1,483 tons., consig. Thomas Hudson :segue em lastro.

BarbadÕes — Barca ingleza Glen.ga.rff,56Z> tons , consig. Henrique Harper :segue em lastro.

Despachos de exportação modia 29

New-York —- No vapor inglez Laplace,J. S. Zenha & C, 167 saccas de assucarno valor de 2:6183920; Phipps, Irmãos& C, 500 saccas* de café no valor de18:600^1000.

Havre — No vapor francez Portena, J.Fry & C, Sõ saccas de café no valor de1:530?*. ÜOt).

Movimento do portoSAHIDAS NO DIA 29

Pernambuco—Barca portugueza Alegria,345 tons.,f m. Manoel A, Cardia,equip. 11 : e. vários gêneros.

Secretaria do Club dos Politicos,rua Sete de Setembro h. 74,> sobrado.

0 Club dos Politicos encerra breve-mente, na sua secretariado quadro dossócios installadores;

O Club: dos Politicos. tem os seusestatutos impressos em folheto.

Hotel União, em Juiz de Fora.— Adireetoria da companhia União & Indus-tria recebe propostas para o arrenda-mento deste importante hotel.

O Dr. Alfredo Vaidetaro mudouprovisoriamente a sua residência para arua D. Mariana n. 10.

A' Ia Ville de Paris.— Este impor-tante estabelecimento de roupas finaspara homens e meninos,mudon-se do n.35da rua do Ouvidor para o n 41, onde es-pera continuar a mercer a preferencia deseus amigos e freguezes, e do respeitávelpublico, assegurando-lhes vender porpreços moderadíssimos.

Tribunaes28 de Maio de 1877.

Tribunal da Relação da CôrtePRESIDENTE O SR. CONSELHEIRO TRAVAS-

SOS, SECRETARIO O SR. DR. ESPOZEL

JULGAMENTOS

Aggravos ãe petição.—-N. 639.—Corte.—Ag. Franciseo José Polônio. Ag. Ma-rietta Vital Polônio. — Negaram provi-mento.

N. 610. — Corte. — Ag. Miguel MariaFerreira Ornellas. Ag. Francisco de Sou-za Carvalho. — Não tomaram- conheci-mento do aggravo por não ser caso delle.

N. 611.—Côrte.—Ag. Manoel JoaquimPinto Pacca. Ags. José Antônio de Oli-veira Moraes & O

N. 613.—Corte.—Ag. Aureliano Diasda Costa Cabral. Ag. Antônio Joaquimde Santa Barbara.

N 614.—Côrte.—Ag. João Mariano dosSantos. Ag. Bento Mathias da Rocha.

N. 615.— Côrte. — Ag. Rosa RicardaMonteiro. Ag. Alexandre José CorrêaVillaça.

N. 616.—Côrte.—Ags. A. P de Almeida& C. Ag. Antônio José da Costa Vianna.—Negaram provimento.

Recursos ãe qualificação.—N. 135.—Capivary.—R. o juizo. R. a junta muni-cipal de Capivary. — Negaram provi-mento.

Appellações crimes.—N. 456.—Côrte.—Ap. Antônio José Lomba de Abreu. Ap.Joaquim Gonçalves Duarte.— Confima-ram a sentença appellada.

N. 486.—Côrte—Ap, o juizo. Ap. Vi-cente José do Rosário. Julgaram proce-dentes as razões do juiz de direito ^paramandar a causa a novo jury. Não votouo Sr. Andrade Pinto por impedido.

Appellações eiveis.—N. 1,138—Côrte.—Ap. Raymundo José Nunes, Ap. Adrianodes Reis Caldeira. — Desprezaram osembargos.

N. 970.—Villa do Iguassú.—Ap. padreAntônio Joaquim Rabello. Aps." o tenentecoronel Franciseo José Soares, sua mu-lher e outros. — Desprezaram os embar-gos.

N- 1,229.—Côrte.—Ap. D. EugeniaMaria de Souza Ap Mathias José Pi-menta. — Reformaram a sentença paraannullar o processo.

N. 1,164.—Côrte.—Ap. Paulo Villar.Ap. a baroneza de Kaut. — Confirmarama sentença appellada.

Não se venceu a nullidade do processocontra o voto do Sr. Aquino e Castro.N. 1,013.—Côrte—Aps. João da Silva

Machado Braga, por si e como tutor deseus filhos, Ap. o Dr. Fernando Fran-cisco da Costa Ferraz.—Derprezaram osembargos

N. 853. — Côrte — Ap. Bento PereiraFernandes do Carmo. Ap. Manoel Fran-ciseo Fraga.—Não se vencendo a dili-gencia requerida pelo embargante con-tra o voto do Sr. Aquino e Castro, des-prezaram os embargos.

N. 1,324.— Macahé.— Ap. o barão daPovoa de :Varzim. Ap. Antônio Gonçal-ves do Rego Vianna.— Confirmaram a

N. 1,182.— Côrte.—Ap. Manoel Fran-cisco da Silva Moreira. Ap. AdolphoMartins de Souza. — Não tomaram conhecimento dos embargos, por seremapresentados fôra de tempo contra ovoto do

"Sr. Castro Menezes.

Appellações commerciaes. —N. 1.281.Côrte. —Apps. os administradores damassa fallida de Guilherme Holland & C.Apps. Manoel de Almeida Cardoso e suafilha. — Reformaram a sentença parajulgar improcedente a acção.

N. 1.248, — Côrte. — App. José PintoCoelho. App Joaquim Corrêa Sampaio.Confirmaram a sentença.

N. 1,154 —Côrte. —Ap. José AntônioVieira Veiga, 2» Ap. José Ribeiro Gas-parinho. — Desprezaram os embargos.

N. 1,351 — Corte.—Ap. José JoaquimMoreira da Silva. Aps. os administrado-

Montevidéo e escalas — Paquete RioGrande, comm. capitão^ de fragata.Alvim ; passags., o capitão de fragata,Dionisio Manhães Barreto, 1» tenenteAntônio da Silva Froes Junior, 2o te-nente Henrique José Pedro ValladaoGarrocho. tenente Joaquim Cardosode Aguiar, tenente José V. de Santiago,alferes Henrique José de Magalhães,alferes Manoel Marques de Souza e 1criado, Dr. Alfredo Paulo de Freitas,alferes Paulo Nunes de Siqueira, Dr.Plácido de Amarante, padre HerminioBoccardo, Guilherme Felippe Kieger esua familia, José Dias Braga e suafamilia, Francisco Pereira Vidal Juniore sua familia, José Frederico Sepíam-berg, Dr. Antônio Eleuterio de Ca-margo e 1 criado, A. Carlos RodriguesLima,A. Amancio Nogueira de Oliveira.Manoel José dos Santos, Antônio Pedroda Silva Carvalho, Lourenco Franco daRocha, Joao Baner, D. Alcida Brande-lina de Seixas e 1 filho, D. Maria Mar-celina, Jeronymo Pereira Gomes, com-mendador Philadelpho de Souza Cas-tro, Guilherme Lorena, José AntônioRodrigues, João Antônio da Costa Bas-tos, 15 praças do exercito ; os portu-guezes João Pinto da Silva, CarolinaAugusta dos Santos e 1 filho menor; osfrancezes Pierre Noel Delavaure e suamulher ; o americano Joseph J. Green,í-escravo a entregar, e 99 immigrantesde diversas nações.

Rio Doce.;— Pat. Linhares, 72 tons., m.Porfirio José dos Santos, equip. 6 c.vários gêneros ; passag. Joaquim Tho-maz do Amorim.

Aracaju.—Barc. ali. Alice, 183 tons.,m.J. W. Breekwolot, equip. 5: em lastrode pedra.

S. Thomaz — Lugar americano FredeEügene. 469 tons., m. L. S. Haitt,equi. 9: em lastro de pedra.Mangaratiba — Escuna Villa dó Prados37 tons., m. Antônio Maria Pereira,equip. 7; c. sal e gêneros.

res da massa fallida de Manoel José Do-niingues Machad©.—Converteram o jul-gamento em diligencia, mandando ho-mear o curador á l ide da menor interes-sada e ser ouvido ò Sr. conselheiro pro-Curador da coroa.

N. 1,239.—Côrte—Ap. Manoel Antôniode Magalhães Calvet.. Aps. FerreiraSouza . & C.—Não sè vencendo a dili-gencia, reformaram a sentença parajulgar procedente a acção contra o votodo Sr. Castro Menezes.

N. 1,075. l.°s Aps. Fiorita & Tavolara.2.os Aps_E. J. Albert & C. Aps. os mes-inos.—Nao conheceram dos embargospor. serem apresentados fora de tempo,contra o voto do Sr. Andrade Pinto.

N. 1,192.— Côrte. — Ap. Cazimiro Ro-drigues Bacellar. Aps Soares Quartim,Torres & C.— Conhecendo da appella-ção, reformaram a sentença para julgarnelia a decisão arbitrai e desçam osautos á 1" instância para seguir acausa seus termos.

IneditoriaesO padre Joã» 3"*Sa*moel

Alguém que tiver lido um escripto as-signado por José Leão, e publicado hojeno Jornal do Commercio ; alguém quevencendo natural repugnância não tiverrecuado em meio daquelle amontoado detorpezas—me fará por certo ajustiça decrer que não posso nem devo levantar asinjurias, no terreno em que se apresentouseu infeliz signatário...

José Leão —è um pobre moço da mi-nha provincia que aqui veio para seguirseus estudos, o que_ não podendo fazerpor motivos que nao vem a propósitoreferir, deixou-se abandonar á essa vidaindefinivel do bohemio, a qual tantasvezes estraga os caracteres,arrancando-lhes atéo ultimo resíduo de moralidade,

Agora vejo com magoa que José Leão,talvez em desespero de causa, atira-se adetrahir nomes conhecidos, no intuitode chamar sobre o seu uma nomeadaqualquer.

O plano é claro. .. e deverei eu, e po-derei eu, contribuir com uma pedra paraa elevação de tão nefando pedestal ?Não o farei, por certo; julguem-me os

homens de bem.Seja-me, entretanto, permittido levan-

tar uma questão que pôde mudar a faceda polemica, tornando-a possivel peloapparecimento de um contendor.

O Sr. Dr. Gomes da Silva, deputadopolo Rio Grande do Norte, patrono docanãiâato, e que nao pôde mais disfarçarser meu inimigo pessoal—foi-me indicadopor opiniões autorisadas como o inspira-dor, ou patrocinador, dos que naquellaprovincia buscam improficuamente inu-tilisar-me.

Si S. Ex., tomando publicamente umaposição definida,vier cobrir com seu nomeos ataques quasi-anonymos que hoje mesao dirigidos — então com S. Ex. me en-tenderei e de modo cabal e completo

Si, porém, o ódio de S. Ex. nào vai atóo esquecimento completo dos escrúpulosda honra e conseguintemente até a ele-vaçao da injuria como arma de cava-lheiro—e si, portanto, nào é S. Ex. ofluido invisível que anima os movimen-tos do infeliz signatário do escripto dehoje—então nada terei a ver com este,deixando-o tranquillo na sua empreitadade celebridade á custa da reputaçãoalheia.

Appellando para a honra do Sr. Dr.Gomes da Silva e provocando o pronun-ciamento de S. Ex., espero por elle paratomar em conta o escripto de José Leãoou deixal-o cahido em seu natural re-ceptaculo.

Padre João Manoel.Rio, 29 de Abril de 1S77.

S. «Foão do PrincipeNo Jornal do Commercio de 28 do cor-

rente, deparei com a menos pensada cor-respondencia do Sr. Dr. Breves Junior,dirigida ao Exm. Sr. vice-presidente daprovincia, dando por obstada a relutânciada posse da nova câmara deste municipioo ser o Sr. Constantino de Paula Rolim,vereador da mesma, conjunetamente com-migo, que diz S. S. ser nosso sobrinhocarnal e por isso incompatíveis nossasfuneçoes: apresso-me pois a declarar,como já fiz, officialmente a S. Ex. o Sr.vice-presidente, que não é exacto queseja o Si\ Rolim meu sobrinho carnalcomo assevera o Sr. Dr. Breves, a menosque ignore S S. o que querdizer essegráo de parentesco (o que nao é crime)que, entretanto, quando assim fosse, temo Sr. Rolim, aliás da parcialidade deS. S., servido comigo na mesma câmarafinda, e presidida por S. S. ; sem essaobjecção de que so agora se lembrou.,quando tem S. S. servido com seu irmaòo Sr. José Ferreira de Castilho, sem quealguém jamais nisso tenha tocado.

Luiz José de Sá Cherem.Maio, 23 de 1SS7.

'

ENTRADAS NO DIA 29

Havre e escalas—27 ds., (3 1/2 da Bahia),vapor fran. Ville de Bahia, comm. L.Bugoult, c. vários gêneros a AugustoLeuba & C.; passags.: Izidoro Carva-lho de Souza, Lino Olympio de Moura,Augusto de Sá Lima, Marcelino Cal-deira de Souza, Carlota Joaquina Cer-queira de Lima e 2 criados, Dr. JoséMaria Metello, Dr. Luciano de MoraesSarmento, Rita Maria da Silva, Joãoda Silva, Frederico Lutz, os portugue-zes Antônio Soeiro da Silva SantaMaria, José Izidoro Rodrigues Rama-malho, José Ribeiro da Silva, o allemãoFelix Bloch, o~suisso Rudolf John Kfe-rèthofer, o italiano Ângelo Bertolo,mais 10 passageiros de 3.a classe de di-versas nacionalidades, 3 em transito eimmigrantes italianos.

Jersey—45 ds. patacho inglês Dawn, 154tons., m. P. J. Callas, equip. 7 : c. ba-

• calháo a Ed. Johnston & C.Rio da Prata por Santos—5 ds 22 hs.

do ultimo, vapor dinamaquez Noras-tjemen,8'27tons.,m.Dresde, equip. 37:c. vários gêneros a Ed. Johnston & C.

—3 ds., paquete francez Senegal, comm.G. Grou, passags, Carlos Gomes Pé-reira, Estevão Aguiar Gemine, Cus-todio Carlos Araújo; os francezes Louis

«j. Zoferriére, Adele GoUsset, Marie Du-bois, Lelie Delis, G. Emile, EdoüardCyprien e 1 filho, Aimé

* Hugohnier,

Francois Prapin e sua mulher, ClaraRita Costa Louiz, Henry Guilleminot;os italianos Francesco de Lorenzo, Bar-tholome Cadomastòri, Gataldi Cario,Manoel Delpiani, Albert R., Emilio deGorgi, Pietro Beltrano, sua mulher e1 filho, Luiz Verruti, Antônio Sehia-vetti, APédro Pinto e sua mulher;, oshespanhoes Rosalino Gomes, Juan Ca-gais, Alexandre Castello y Põvedono,Manoel Rodrigues; o suisso BohrenChristian; os portuguezes Francisco

, Sebastião Moreira de CarvalhOi. Luiz

S. João do Principe

PASSA TRES

Aos Exms. Srs. presidente da provinciae juiz de direito da comarca

Chamamos a attenção destas illustra-dás e dignas autoridades para os verda-deiros crimes que tem-se dado neste mu-nicipio, e ultimamente nesta freguezia,que os réos condemnados pela falsidadedos actos da eleição ultima, fizeram aindaparte no dia 23 do corrente da mezaeleitoral para a eleição de juizes de pazdesta freguezia, poi* imposição do Pachá,que quer ter a velleidade de antepor asua tresloucada vontade á lei do paiz.

Por essa causa, um dos réos, teve umataque que quasi que foi fazer compa-nhia ao defunto seu companheiro nameza e em tudo ao delegado.

Era mais uma victima do Pachá quese reunia a essas.Pedimos providencias sobro esse facto,

que encerra um novo crime, previsto pelocodigo criminal, porque não contamoscom a justiça representada pelo promotorpublico, avista de ter opinado pela absol-vição daquelles réos n'um processo, cr jas-provas e.,tão acima de toda a evidencia,e que por ellas foram pronunciados pelomuito digno Dr. juiz municipal, e sus-tentada a pronuncia pelo recto e distinetoDr. juiz de direito , cujo nome é umagarantia de justiça para esta comarca.

O processo de falsidade do official dejustiça desta freguezia, amigo intimo ecollega do Pachá, dorme o somno dos-innocentes, em poder daquelle promotor,ha muitos mezes ! ! ...

Reina uma verdadeira anarchia nestapromotoria -.-funciona o promotor na com-marca, e neste freguezia o aãjuncto porsua conta e risco combina em fiançasincompetentes e outros actos ! !...

São factos reaes e de provas incon-cussas ; e para o que, peçam informaçõesas authoridades competentes, ou nos con-testem com documentos.

A velha câmara continua sem presi-dente e em completa rebellião com o go-verno da provincia, conforme as publi-cações no Jornal ão Commercio de 21 o25 do corrente.

Os officios para ella, não tiram-se docorreio, por não quererem desde o por-teiro até o presidente, que é um incog-nito, cujo nome ninguém sabe,anão se-rem os da turba do Nhô Quinquim II...

A delegacia de policia acha-se no mesmoestado: não ha proprietário nem supplen-tes, e os officios amontoam-se tambem nocorreio 1!... Reina a desordem e a anar-chia neste termo, e com especialidadenesta freguezia; e não ha autoridadesque as façam cessar.

Nomeie S. Ex. o Sr. presidente da pro-vincia um delegado militar para estemunicipio, afim de ver se melhoram estascousas e reaparece a confiança no espiritopublico agitado por estes factos e outrosque relataremos.

Amigo ãa orãem.Passa Tres, 26 de Maio de 1877.

Satyra inédita

Facit inãignatio versusJuvenal.

Qne vaidades, bom Deus e que loucuraVao por todo este mundo de mistura lCada louco a exhibir sua maniaOstentada entre nós como á porfia lCá nesta nova Athenas brazileiraDiogeaes formigam de maneira,Que se encontram ás dúzias tão ralés,Que a gente os vai levando á pontapés rNenhum vive na pipa recolhido,Porém muitos a trazem no sentidoProcurando ostentar nome e grandezaPara enganai* a humana singelezaArlequins do poder bem conhecidosCom ouropeis campeam delambidosFazendo da politica nm negocioLisonjeam o rei vivendo em ócio,E opprimindo o mísero operárioTiram-lhe o suor, sangue e salário.Desgraçado o mortal que nesta idadeHeróe quer ser e ter celebridade !Só Piron acertou, teve juizoFazendo p'ra seu tum'lo este concisoEpitáfio de justa nomeada :—Aqui jaz Piron que não foi nada.—Embora com orgulho elle o dicesseFracos humanos vosso fim é esse !Que multidão de reis foi adoradaNo pó do olvido agora sepultada!A terra viu passar seu throno e império,E ninguém lhes conhece o cemitério.Babilônia com seus jardins suspensosOnde estão prodígios taes, e immensos?O tum'lo d'Alexandre deritBbadoCom sua Capital jaz ignorado 1De César já sumio-se a rica lousaE Chopotó quer ser alguma cousa !

Juvenal-mirim.

Antônio Carvalho|Cardoso, 2 irmãs de .caridade francezas, e mais 184 passa-geiros em transito.

Buenos-Ayres 10 ds., pat. hesp. Inãia,170 tons., m. Salvador Sala, equip. 11:c. carne a José Romaguera.

10 ds., pat. port. Fausto, 218 tons.,m. José Crestobal Valverde, equp. 8:c. carne a Souza Irmão & Rocha.

Itabapoana — 8 ds., patacho Caminha,120 tons., m. José Rodrigues de Aze-vedo, equip 6: c. madeira a LeonIrinao & C.

Rio de S. João —2 ds., hiate SantaMaria, 55 tons., m. Epiíanio José deOliveira Valença, equip 6; c. madeirae café a Antônio José Duarte & C.3ds., hiate paquete Ostrense, 45 tons.,m. Joaquim Netto Braz, equip. 6^ c.madeira^ e café a Domingos José LopesGuimarães.8 ds.. hiate Alfredo, 7S tons., m. Leo-

.poldino Gonçalves dos Santos, equip.6: c. madeira e café a Antônio JoséDuarte & C, passags Josó de SouzaBastos.

Santos —18 hs., paquete Ceará, comm.J. P. G. Alcophorado, passags Theo-

Eliilò da Silva, Francisco Quirino-

«essa Salmon, Domingos José Soares,Estelirto Antônio Dias,- Izidoro Picão,Vicente Ferreira da Silva Cabral e uaifilho, Germano Francisco da Gosta o

. sua familia, Eduardo Augusto Bran-dão, Manoel Teixeira Alves, D: BerthaHass; os hespanhoes José Millas Bel-lezeo e Leonardo Torres Arriosas ;o francez Rietschel Eugene; os italia-nos Camera Giovanni Andréa, Fran-cisco Vanni e sua familia ; o allemãoJames Williams'-Cooper.; o sueco Dr.Carlos Roth; os portuguezes João An-tonio Malhehos.e 1 filho.

Arribado—10 ds., sumaca Amvaro, 4âtons., m. João Paula .Cordeiro, equip.

; S: ç. vários gêneros a Carregai & Bas-* tos; sahio da Laguna a 19 do corrente,arribou a e&te-porto por causa do máo.tempo.

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Page 4: Rão de -Janeiro ¦fifi-fifi-.-.^ifirsis&sBk fififiifiãmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1877_00132.pdfAnno IV Quarta-feira 30 de Maio de 1877 ¦ fi:-'. ¦¦-fi-fi fi- '"fifi CONDIÇÕES

". ¦ '.-. i .".-.."':•.-..-... .:'- . -..-.-. .

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Ô GLOBO — Rio5 Quarta-feira 30 de Maio de 1877¦- "'. ¦*,-' -¦¦¦.-¦: «,*-A'.'.'' yn^yy^^:y:¦:-¦¦'. ¦¦¦.¦'¦ :y:y- *\. "¦¦¦.- -. .¦¦¦'. >:; ¦-*

¦¦¦¦'- . —^—^——^M——

S. João do Prineipe

S. JOSÉ DO BOM JABDIM

Ao governo provineial

Exm. Sr. presidente da provincia, pe-dimos a V. Ex. enérgicas e decididasprovidencias mandando impossar a nova«amara, visto que os officios de V. Ex.estão no correio, havendo ordens do4° vice-presidente da velha câmara paranão serem tirados; onde iremos pararcom tantos desrespeitos e ousadia ? é pre-ciso, excellentissimo senhor, fazer valersuas ordens. Assim espera

O admirado.

Agua Florida de Murray e Lanman

Na verdade é cousa mais que agradávelo podermos contribuir, ou achar um novoe delicado meio de deleitavel prazer parao gentil e bello sexo. Lanman & Kemppor sem duvida alguma conseguiram essedesejado fim, introduzindo a Agua Flori-da de Murray & Lanman { cujo artigo hamais de vinte annos tem sido o constantefavorito para o toucador em toda Americahespanhola) ao conhecimento das senho-

as deste paiz. Nao são. pois, só as se-nhoras que se sentem reconhecidas eobrigadas para com aquella firma empre-hendedora, pois que, si o artigo em quês-tão outorga e dá ao lenço de fina cambraianma fragrancia deliciosa e summamenterefrigerante, e ás faces uma alvura doce ejuvenil, ella igualmente possue a raraefficacia e virtude de fazer remover a ar-dencia causada depois de fazer a barba,assim como dissipa o máu gosto, depois,de se haver gosado as bellas fumaças déuin eharuto. Dissolvida em agua, serveella de grande proveito para a conserva-ção dos dentes e gengivas, dando ao pala-dar um gosto suave e agradável. Afim,pois, de se poder conseguir o desfrute detodas essas vantagens, indispensável setorna o possuir-se a real e preciosa AguaFlorida de Murray & Lanman, e nenhu-ma outra mais.

Declarações

Ensaios AeatlemieosHoje (30) ha assembléa geral;Pede-se o

comparecimento dos Srs. sócios para tra-tar-se de interesses da sociedade.-— O 2.°secretario, Oliveira Penna.

&lir^lit v\vrí*5ii «*

Sociedade de ISenefileencia tios Ar-tistas de Consârrneçã» Riaval

BUA DA SAÚDE N. 64 (SOBRADO)

De ordem do Illm. Sr. presidente con-vido aos Srs. sócios quites á reunirem-«e em assembléa geral no dia 31 do cor-rente, às 10 horas da manhã, de confor-1midade com o § 1° art. 22 dos estatutos ; Jpara ouvirem a leitura do relatório e a'.'do balanço geral. Maio 2S de 1877.—O1« secretario, José Josephino da Silva. (.

Banco Mercantil de Santos4« CHAMADA DK CAPITÃES

Os Srs. accionistas do Banco Mercantilde Santos são convidados a realisar, dodia 20 a 30 de Junho próximo futuro, a 4*»chamada de_ capitães á razão de 10 % ou20#, por acçao.

As entradas das acções, registradas nes-ta praça, deverão ser realizadas na the-souraria do Banco, e as das acções regis-tradas na praça do Rio de Janeiro, nathesouraria do Banco Industrial e Mer-cantil do Rio de Janeiro.

©s Srs. accionistas, no acto de realisa-rem as entradas, deverão apresontar ascautelas que representam as chamadasanteriores, afim de serem substituídas poracções do Banco, de conformidade com oart. 5*» # lo dos novos estatutos.

Santos, IS de Maio de 1877. — PeloBanco Mercantil de Santos, C. E. Corbert,sub-gerente.

Motel UniãoEM JUIZ DE FORA

A Directoria da Companhia União eIndustria até o dia 27 de Junho próximofuturo,recebe propostas para contratar oarrendamento do hotel união,vasto esta-belecimento situado na cidade de Juiz deFora, próximo a estação do Rio Novocom muitos aposentos confortáveis, sa-lões para leitura, piano e bilhar, banhei-ros com agua quente e fria, e bonitosjardins e parques.

Aos Srs! pretendentes se darão todosos esclarecimentos no referido hotel emJuiz de Fora, ou no escriptorio central árua do Visconde de Inhaúma n. 40, paraonde devem ser dirigidas todas as pro-postas em cartas fechadas, as quaesserão abertas a 28 do referido mez aomeio dia.

Rio de Janeiro, 26 de Maio de 1877.—Joaquim ãe Mello Franco, Director se-cretario. {^

Sociedade Briizileira EnsaiosILsítterarios

BTJA DO HOSPÍCIO "N. 174

Convido os Srs. sócios para reunirem-se em asssembléa geral extraordinária,quarta-feira 3( > do corrente, ás 7 horas danoite. — O presidente, J. H. de OliveiraGomes Braga.

Real JJompannia de Paquetes aor de Sottthamptoa v v

O PAQUETE A VAPOR

ELRFesperado aqui AMANHÃ, sahirá para

Montevidéo e Buenos-Avresdepois da indispensável demora.Recebe-se carga no dia 1 de Junho.Para fretes, passagens e mais informa-

ções, trata-se na agencia.49 Rua Primeiro de Março 49

E. W. MAY, agente.

N.B. — A bagagem dos Srs. passagei-ros pôde ser segurada no escriptorio daagencia.

de paquetes allemâes entre Ham-burgo e a America do Sul

O PAQUETE AEI.EMÃO

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AMANHÃ para a

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Intendencia da guerra.FERRAMENTAS DIVEKSAS E CARVÃO

Esta repartição recebe propostas nodia 2 de Janeiro vindouro, até ás 11horas da manhã, para o fornecimento deferramentas diversas e carvão, duranteo 2° semestre do corrente anno.

As pessoas que pretenderem contrataresses fornecimentos,queiram procurar osrespectivos impressos na sala do conse-lho de compras, onde devem previamenteapresentar as competentes habilitações,na fôrma do regulamento e mais ordensem vigor; Previne-se que as propostasdevem ser em duplicata e assignadaspelo próprio proponente, quo deveracomparecer ou fazer-se representar com-petentemente na oceasião da sessão, e termuito em vista as disposições do mesmoregulamento.

Secretaria da intendencia da guerra,23 de Maio de 1877.— O secretario, F. deP. Cavalcanti ãe Albuquerque.

COMPANHIA TRANSATLÂNTICAsaca constantemente sobre os seus

bem conhecidos agentes emS. M5GUEE

TERCEIRAFATÍAE

26 Rua do Visconde de Inhaúma 2$

Sociedade Concórdia FlnniinciaseRUA DA PRAINHA N. 188

De ordem do Illm. Sr. Presidente con-vido aos Srs. sócios quites de suas entra-das a reunirem-se em assembléa geral nodia 30 do corrente, ás 6 horas da tarde,para elegerem a nova administração. —O 1° secretario, J. F. Lúcio ãas Chagas.

Loteria 664aO resto dos bilhetes da 15> loteria a

favor do Monte-pio dos servidores doEstado continua a vender-se no escripto-rio do thesoureiro, á rua da Quitandan. 144; a roda anda sexta-feira 1» deJunho, em a Santa Casa da Misericórdia.

Rio de Janeiro, 29 de Maio de 1877.—O thesoureiro, Saturnino Ferreira ãaVeiga.

VicenteLisboa

HamburgoEste vapor não recebe passageiros.Para fretes, e carga trata-se c om os

consignatarios

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Estas famosas e incomparaveis pilulas purificam O SANGUE, obram suave-mente, mas com efficacia, sobre O FIGADO E O ESTÔMAGO, dando tom, energiae vigor a estes grandes mananciaes da vida. Ellas curam as doenças próprias dosexo feminino em. todas as idades, ao passo que reduzido a pó, este medicamentoconstitue um remédio summamente apropriado para as crianças. O emigrado, omilitar e o marinheiro reconhecem em todos os climas o valor das pilulas Holloway.

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PRECAUÇÕES CONTRA IS MIMOSASFALSIFICAÇÕES FEITAS

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C, de Nova York, manipulame com asupposta marca de patentemuitos negociantes ; sem escru-dos ditos Droguistas por mui infi-publico como se foram as minhas

quando aliás aquellas suas compo-

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Companhia Franceza de Navegaçãoa Vapor

? O VAPOR

ILLEDEBAHIAsahirá para

SANTOSamanhã,, ao meio-ti ia.

Para fretes e passagens, trata-se com

Os Droguistas J. F. Henry, Cnrran &vendem sob o nome de aHobvay & C—assim — umas falsas pilulas quepulo nem consciência, obtendo-asmos preços, ti atam de vender aoverdadeiras Pilulas e Únguento.

sições nenhuma efficacia e valor tem,Rogo, pois, muito encarecidamente a todas as pessoas, residentes no império do

Brasil, a cujas mãos este meu aviso possa chegar, e principalmente ás mães defamilia e outras senhoras, que se dignem prestar-me todo o auxilio que lhes sejapossivel, para que façam publica a fraude usada em Nova York, prevenindo todosos seus amigos, para nao serem enganados comprando aquellas composições debaixodo titulo de « Pilulas e Únguento de Holloway » , que levem algum rotule de NovaYork.

Antes de effectuar-se a compra deve examinar-se com muita attenção o rotuloou letreiro contido nos frascos ou caixas, certificando-se cada pessoa se elles temaseguinte declaração : 533, Oxford Stree, London, porque anão a conterem este mani-festa uma descarada falsificação.

Cada frasco ou vidro das Pilulas e Únguento levam o sello do thesouro inglez,com as palavras «Hollo\vay's Pills and Ointment», London, nelles gravadas. Norotulo está declarada a direcçao, -533, Oxford Street, London, local em que única-mente se fabricam.

Roga-se ás pessoas que forem enganadas pelos vendedores das falsas pilulas edo talão únguento, que me communiqueni as particularidades, afim de que eu im-mediatamente possa perseguir os falsificadores, retribuindo liberalmente as pessoasque me descobrirem a falsificação, pelo seu trabalho e incommodo, comprometten-do-me a nao divulgar seus nomes.

AssignadoThomas Holioway.

Londres, 15 de Março de 1S76.

ps consignatarios Augusto Leuba & C.48 RÍJA »A ALFÂNDEGA 48

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Ouvidor n. 84 com janellas para a rua.Tem gaz, está forrado a papel esteirado.

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interessantíssima galeria de 391 dos mais bellos quadros a oleo, na sua quasi tota-lidade originaes.

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preços de venda para facilitar a todos a acqúisição de um bello quadro a oleo, semduvida o melhor ornamento de uni salão ou saía, o que quanto mais antigo, maisprecioso se torna °

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9José de Souza Lima, commissario de

cafó, partecipa aos seus freguezes e ami-gos, que mudou-se para ú rua Munici-pai n. 17. .)

REDACÇÃO do Direito, mud©u-separa a rüa Nova do Ouvidor n 22.

ADVOGADO João d© Monte, mudou

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Ferrol"Gijon (Asturias).Grado Idem).Infesto »Idem|.Llanes (Idem;.Luarca (Idem).Lage (Galicia).Lugo.Leon.iMUuGrid.Malaga.Mandonedo.Muras.Nova.

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Martha).Oviedo.Padron.Poia de Lena.Poia de Labrana,Poia de Siera.Ponte Vedra.Pravra (Asturias).Puente-areas.Puente deume.líivadeo.Rivadesella.

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com-o Sr. H. David, corretor * * ' "**" " **ii.-^lo andar «JB'EüTOi

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Acautele-se o publico contra grosseiras e fraudulen-tas imitações.O ligitimo Opodeldne de Gaiaeo traz a marca re-

gistrada do inventor, e vende-se uaicainesiie no labora-torio da

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não sentirem frio, é comprar umchálinho de lã de malha, moder-no por 8j?0QQ

se livrar de alguma constipação, écomprar uma capinha de lá,comborlas, por S,''000

se livrar de uma carga de defluxona sahida de algum baile,é com-prar uma sahida de baile por.. 10fl030

evitar alguma carga de tosse quetanto prejudica os pulmões, écomprar um paletó de casimira * •de còr ricamente enfeitado, porItyí ¥0 A... 160000Para nao apanhar humidade nos pésé comprar níeias de lã.E para se livrarem de muitas outras

cousas, assim como sezões, etc, é com-prar flanellas^baetas, cobertores e muitasfazendas de la, por preços baratissimos,que encontrarão na casa do autor destesremédios :

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Precisa-se de uma, com urgência, pa-gando-se generosamente. Ahnunciem poresta folha para ser procurada.]

Esta officina, montada com todo o material necessário, encarrega-se de todos,i gabamos, taes como: livros, facturas,, conhecimentos, recibos, avulsos detheatro, ^etc, etc, garantmdo-se perfeição no trabalho e|os

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po, rusto redondo, imberbe, olhos peque-nos e. tém falta de um dente na frente ; foivestido de roupa de algodão, chapéo delebre, levou uma faca de cabo de prata,sabe ferrarèé tocador de tropa. Estecrioulo foi comprado a Custodio de SouzaPinto, que o trouxe da provincia de Goyaz;gratifica-se com á quantia acima a quemo apprehender e leval-o á seu senhoracima indicado, ou apresentai o no Riode Janeiro aos Srs. Ranios & O;, á tra^vessa de Santa Rita n. 30. (*:

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Typ. do Globo rua do Ouvidor n. 84.

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