química orgânica iv (2) - continuação

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Carga Formal Calculando as Cargas Formais (exercício. pg. 11 e 12) C O O O 2 O: EVL = 6 CF = 6 - 6 = 0 EV = 6 O: EVL = 6 CF = 6 – 7 = - 1 EV = -7 C: EVL = 4 CF = 4 – 4 = 0 EV = 4 CFT = 2 (-1) + 0 + 0 = -2

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Page 1: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Carga Formal• Calculando as Cargas Formais (exercício. pg. 11 e 12)

C

O

O O

2O: EVL = 6 CF = 6 - 6 = 0

EV = 6

O: EVL = 6 CF = 6 – 7 = -1EV = -7

C: EVL = 4 CF = 4 – 4 = 0EV = 4

CFT = 2 (-1) + 0 + 0 = -2

Page 2: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Carga Formal• As estruturas de Lewis e a carga formal auxiliam na CONSTRUÇÃO da

estrutura molecular correta.

• Exemplo do ácido nítrico (HNO3).

• Fórmula molecular correta: HONO2

Page 3: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

• Em teoria somente os elementos do 2º PERÍODO podem ter no MÁXIMO 4 LIGAÇÕES.

Page 4: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

•Os elementos do 2º PERÍODO só possuem orbitais s e p.

Page 5: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

• Distribuição Eletrônica dos elementos do 2º PERÍODO.

Li (3) 1s², 2s¹ Be (4) 1s², 2s²B (5) 1s², 2s², 2p1

C (6) 1s², 2s², 2p²N (7) 1s², 2s², 2p³O (8) 1s², 2s², 2p4

F (9) 1s², 2s², 2p5

Page 6: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

• Exemplo do trifluoreto de boro (BF3).

Algumas moléculas muito reativas possuem átomos com MENOS de 8 na CV.

Page 7: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

• A partir do 3º PERÍODO os elementos podem ter MAIS de 4 LIGAÇÕES.

Page 8: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

•Os elementos a partir do 3º PERÍODO possuem orbitais s, p e d.

Page 9: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

• Distribuição Eletrônica de alguns elementos do 3º PERÍODO.

P (15)1s², 2s², 2p6, 3s2, 3d3

S (16)1s², 2s², 2p6, 3s2, 3d4

Exceções à Regra do Octeto

• Distribuição Eletrônica de alguns elementos do 3º PERÍODO.

P (15)1s², 2s², 2p6, 3s2, 3d3

S (16)1s², 2s², 2p6, 3s2, 3d4

Page 10: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Exceções à Regra do Octeto

• Exemplo do PCl5 e SF6.

Algumas moléculas com átomos que possuem orbitais d possuem MAIS de 8 na CV.

Page 11: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Ressonância ou Efeito Mesomérico

• Problema: Estruturas Lewis Localização ARTIFICIAL de elétrons.

• Exemplo do Íon Carbonato (CO32-)

3 estruturas de Lewis EQUIVALENTES podem ser escritas.

• Cargas formais IGUAIS para os mesmo átomos das diferentes estruturas.

C

O

O OC

O

O

OC

O O

O

1 2 3

Page 12: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Ressonância ou Efeito Mesomérico

• Características importantes de cada estrutura:

• 1a: Cada átomo - configuração de GÁS NOBRE.

• 2a: Converter uma estrutura para a outra apenas TROCANDO as posições dos elétrons.

••

••••

••••

1 2

becomes becomes

3

CO

O

O

CO O

O

C

O

O O

Page 13: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Ressonância ou Efeito Mesomérico

Estudos de raios X:

−Todas as ligações C-O do íon carbonato têm o mesmo comprimento: 1,28 Å;

−Ligações C-O: mais curtas do que ligações C-O simples (1,43 Å);

−Ligações C-O: mais compridas do que ligações C=O duplas (1,20 Å);

A calculated electrostatic potential map for carbonate dianion:

Page 14: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Ressonância ou Efeito Mesomérico

• Não são IDÊNTICAS mas são EQUIVALENTES.

• Separadas NENHUMA delas fornece dados IMPORTANTES sobre o carbonato.

••

••••

••••

1 2

becomes becomes

3

CO

O

O

CO O

O

C

O

O O

Page 15: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Ressonância ou Efeito Mesomérico

Então como podemos representar o carbonato?

TEORIA DA RESSONÂNCIA

Page 16: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

A teoria afirma que:

Sempre que uma molécula / um íon puder ser representado por duas ou mais estruturas de Lewis que diferem apenas nas posições dos elétrons:

Page 17: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

E conclui que:

1. Nenhum dos contribuintes de ressonância será uma representação correta para a molécula ou íon.

2. Representação da molécula por um híbrido (média) dessas estruturas.

3. As estruturas de ressonância não são estruturas para a molécula / o íon real; só existem em teoria.

C

O2/3

2/3 O O2/3 C

O

O OC

O

O

OC

O O

O

1 2 3

Page 18: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Sendo assim:

1. Nenhum dos contribuintes de ressonância pode ser isolado.

2. Nenhum contribuintes de ressonância representa adequadamente a molécula ou íon.

3. Na teoria de ressonância consideramos o íon carbonato, que é, uma espécie química real, como tendo uma estrutura que é um HÍBRIDO das 3 estruturas de ressonância hipotéticas.

Page 19: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Híbrido de Ressonância do Benzeno

Page 20: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Resumo das Regras de Ressonância

1. As estruturas de ressonância existem apenas em teoria;

2. Ao escrever as estruturas de ressonância só nos é permitido mover elétrons ( não é permitido mover átomos);

Page 21: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Resumo das Regras de Ressonância

3. Todas as estruturas devem ser estruturas de Lewis apropriadas;

Page 22: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Resumo das Regras de Ressonância

4. A energia da molécula real é mais baixa do que a energia que pode ser prevista para qualquer estrutura contribuinte;

5. Estruturas de Ressonância equivalentes contribuem igualmente para o híbrido e um sistema descrito por elas tem uma energia de estabilização grande;

Page 23: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Resumo das Regras de Ressonância

6. Quanto mais estável uma estrutura (quando analisada isoladamente), maior é a contribuição para o híbrido;

a) Separação de carga diminui a estabilidade da estrutura de ressonância (menor contribuição para o híbrido);

Page 24: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Resumo das Regras de Ressonância

b) As estruturas nas quais todos os átomos têm um nível de valência de elétrons completo (gás nobre) são especialmente estáveis e contribuem muito para o híbrido;

Page 25: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Teoria da Ressonância

Resumo das Regras de Ressonância

c) Os contribuintes de ressonância com carga negativa em átomos altamente eletronegativos são mais estáveis do que aqueles com carga negativa em átomos menos eletronegativos.

Page 26: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Mecânica Quântica

Em 1926 NOVA teoria da estrutura atômica e molecular

Broglie (1923) – Que o elétron possui PROPRIEDADES de uma ONDA, como as partículas.

Schrödinger(Teoria da MECÂNICA ONDULATÓRIA)

Heisenberg(Teoria da MECÂNICA QUÂNTICA)

Page 27: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Mecânica Quântica

Schrödinger (Teoria da MECÂNICA ONDULATÓRIA)

Que o MOVIMENTO dos elétrons é descrito em termos que levam em consideração a natureza de ONDA do elétrons.

Converteu um cálculo matemático para a ENERGIA de um sistema com 1 PRÓTON e 1 ELÉTRON na expressão chamada EQUAÇÃO DE ONDA.

ÁTOMO DE HIDROGÊNIO

Page 28: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Mecânica Quântica

EQUAÇÃO DE ONDAHE

Possui várias SOLUÇÕES chamadas FUNÇÕES DE ONDA (.

Cada função de onda corresponde a um SUBNÍVEL (orbital) onde no máximo 2 ELÉTRONS podem ocupar. E cada subnível corresponde a uma ENERGIA particular.

Orbital: É a região do ESPAÇO onde há a maior probabilidade de se encontrar um elétron.

Page 29: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Mecânica Quântica

Uma equação de onde é uma ferramenta para calcular 2 propriedades importantes:

a) Energia associada com o estado do elétron.

b) Probabilidade relativa de um elétron ocupar lugares específicos.

Page 30: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Mecânica Quântica

Quando um valor da equação de onde é calculado para um determinado ponto no espaço o resultado pode ser:

Positivo (+)Neutro (0)Negativo (-)

Esse sinais são chamados de SINAIS DE FASE que são característicos de todas as funções de ondas.

Page 31: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Segundo Born (1926): O 2 em três dimensões geram as

formas dos familiares orbitais atômicos (OA): s, p,, d e f, os quais usamos como modelos para estrutura atômica.

Somente os orbitais s e p são importantes na química orgânica.

O 2 é a PROBABILIDADE de em uma localização específica do espaço. Chamada DENSIDADE DE PROBABILIDADE DO ELÉTRON.

Quanto mais nodos tiver um orbital maior será sua ENERGIA.

Page 32: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Page 33: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Page 34: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

IMPORTANTE:

• Sinal da função de onda carga elétrica.

• (-) ou (+) não implicam probabilidade de encontrar elétrons

• Y2 (probabilidade) é sempre positivo.

• (-) ou (+) se torna importante: combinação de orbitais atômicos para orbitais moleculares (formação de ligações covalentes)

• Todos os orbitais podem acomodar dois elétrons.

• Quanto maior o número de nós, maior a energia do orbital.

• Energia de elétrons nos orbitais: 1s < 2s < 2p.

• Os elétrons nos três orbitais 2p têm energia igual: orbitais de energia igual são chamados orbitais degenerados.

Page 35: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Configuração eletrônica de qualquer átomo nos primeiros períodos da tabela periódica:

Regras aplicadas:

Princípio da edificação (aufbau): Os orbitais são preenchidos de forma que aqueles de mais baixa energia são preenchidos primeiramente.

Page 36: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Configuração eletrônica de qualquer átomo nos primeiros períodos da tabela periódica:

Regras aplicadas:

Princípio da exclusão de Pauli: Um máximo de dois elétrons pode ser colocado em cada orbital, mas apenas quando os spins dos elétrons são emparelhados.

Regra de Hund: Orbitais degenerados (mesma energia): adiciona-se um elétron em cada com spins desemparelhado até que cada orbital contenha um elétron. Depois se adiciona um segundo elétron a cada orbital degenerado de forma que os spins estejam emparelhados.

Page 37: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Page 38: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Page 39: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Atômicos

Page 40: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Moleculares

Importância dos OA é o seu uso para entender como os átomos se combinam para formar moléculas.

Page 41: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Moleculares

Problema nesse modelo, pois Considera os életrons como ESTÁTICOS entre os átomos.

Princípio da Incerteza de Heisenberg: Não há como definir ao mesmo tempo a POSIÇÃO e o VELOCIDADE do élétron.

Através da mecânica quântica descreve-se o elétron em termos de probabilidade, pois não fixa a posição do mesmo.

Page 42: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Moleculares

Explicação quântica é que 2 OA (1s do H) se aproximam e se combinam para forma uma nova função de onda chamada ORBITAL MOLECULAR (OM), onde os elétrons estão livre entre ambos os núcleos.

Os elétrons não pertecem à núcleos individuais e sim a ambos os núcleos.

O OM criado pode conter no máximo 2 elétrons.

O nº de OM resultantes é sempre igual ao nº de OA que se combinam.

Page 43: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Moleculares

OAs podem ser combinados pela ADIÇÃO ou pela SUBTRAÇÃO;

ADIÇÃO (Orbital Molecular Ligante)

Page 44: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Moleculares

SUBTRAÇÃO (Orbital Molecular Antiligante)

Page 45: Química Orgânica IV (2) - Continuação

Orbitais Moleculares

Combinação Linear de Orbitais Atômicos (CLOA) - É a combinação linear das funções de ondas de cada OA para produzir OM.

1.Os elétrons são colocados nos orbitais moleculares da mesma forma que eles foram colocados nos orbitais atômicos.2.•Combinação de dois orbitais atômicos 1s fornece dois orbitais molec e *molec.3.•Energia (molec) < Energia (*molec)4.No estado fundamental o molec contem os dois elétrons (estado eletrônico mais baixo ou estado fundamental)