questões e exercícios para as lições de introdução à economia · 2012-08-13 · ......

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Questões e Exercícios para as Lições de Introdução à Economia João Sousa Andrade www2.fe.uc.pt/~jasa Apresentação.................................................................................................................. 3 Breve Apresentação da Utilização dos Métodos Quantitativos na Análise Económica 4 Introdução ao Problema da Escassez e da Escolha ..................................................... 13 As Grandes Correntes do Pensamento Económico ..................................................... 16 Os Sistemas Económicos ............................................................................................. 20 Circuito Económico e Contabilidade Nacional .......................................................... 23 O Comportamento dos Agentes Económicos: as Famílias e as Unidades de Produção28 A Presença do Estado na Vida Económica.................................................................. 41 Os Mercados e os Preços na Economia ....................................................................... 45 A Moeda, o Crédito e o Financiamento ...................................................................... 54 O Nível Global e as Flutuações da Actividade Económica ......................................... 58 O Crescimento Económico.......................................................................................... 66 Análise Macroeconómica de Pequenas Economias Abertas ....................................... 73 O Espaço Económico Mundial .................................................................................... 85 Os Preços e a Inflação .................................................................................................. 90

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Questões e Exercícios

para as

Lições de Introdução à Economia

João Sousa Andrade

www2.fe.uc.pt/~jasa

Apresentação.................................................................................................................. 3

Breve Apresentação da Utilização dos Métodos Quantitativos na Análise Económica 4

Introdução ao Problema da Escassez e da Escolha ..................................................... 13

As Grandes Correntes do Pensamento Económico..................................................... 16

Os Sistemas Económicos ............................................................................................. 20

Circuito Económico e Contabilidade Nacional.......................................................... 23

O Comportamento dos Agentes Económicos: as Famílias e as Unidades de Produção28

A Presença do Estado na Vida Económica.................................................................. 41

Os Mercados e os Preços na Economia ....................................................................... 45

A Moeda, o Crédito e o Financiamento ...................................................................... 54

O Nível Global e as Flutuações da Actividade Económica ......................................... 58

O Crescimento Económico.......................................................................................... 66

Análise Macroeconómica de Pequenas Economias Abertas ....................................... 73

O Espaço Económico Mundial.................................................................................... 85

Os Preços e a Inflação.................................................................................................. 90

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Introdução à Economia - Caderno Prático __________________________________________________________________________________

C.P. - 3

Apresentação

Estes apontamentos destinam-se a seguir o livro de Introdução à Econo-

mia, editado na Minerva (Coimbra, 1998), e são constituídos por um conjunto de

questões e exercícios que procuram abarcar todos os capítulos. O estudante fica a dis-

por com estes textos de um instrumento de trabalho que tem por finalidade permi-

tir-lhe uma melhor compreensão das matérias leccionadas.

Gerou-se por vezes o sentimento de que todas aquelas questões e exercícios

deveriam ser resolvidos nas aulas práticas. O que é verdadeiramente impraticável. E

para que a ideia se não venha a desenvolver novamente num futuro, mais exercícios

temos vindo a acrescentar.

Cada ponto do programa que aqui consta é acompanhado da identificação

dos objectivos fundamentais a serem prosseguidos pelas questões e exercícios a eles

referidos.

Em cada ano lectivo, e desde o início das aulas, chamamos a atenção do estu-

dante para a grande utilidade em se ir ambientando com a utilização de computado-

res pessoais. Com alguns dos exercícios práticos da cadeira de Introdução à Econo-

mia, por sinal os de maior complexidade de cálculo, procuramos demonstrar tal ne-

cessidade. Não poderemos ultrapassar os limites impostos por somas, multiplicações e

divisões, e não muito complexas, se não utilizarmos computadores pessoais.

A indicação “EKA” seguida de um número, significa que o exercício se encon-

tra resolvido com o programa Mercury1 e que tem aquele número no caderno designa-

do por «Exercícios Resolvidos com Utilização do Programa Mercury».

Para além destes dois cadernos de acompanhamento do livro Introdução à

Economia, existe ainda um outro que utiliza o programa Mathematica.

1 “EKA” era a extensão utilizada pelo programa “Eureka”, antecessor do programa “Mercury”, para os seus ficheiros.

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Breve Apresentação da Utilização dos Métodos Quantitativos

na Análise Económica

Fontes de dados estatísticos. Séries cronológicas e dados cross-section. Mediana e mé-dia(s). Utilidade dos gráficos. Índices: simples e orçamentais. Preços implícitos. Rendimentos nominais e reais. Deflacionadores.

1. Suponha que pretende apresentar a um seu colega estrangeiro alguns valores

característicos da economia e da sociedade portuguesa e europeia, que fontes e

publicações utilizaria? Faça uma lista de endereços da internet onde pode encon-

trar alguma dessa informação estatística.

2. Represente num gráfico o valor da produção da economia portuguesa (o Produto

Interno Bruto) per capita e para uma outra qualquer economia para um período de

alguns anos. Que diferenças entre uma e outra série encontrou? Experimente

utilizar dois gráficos, um com valores chamados a preços correntes e o outro com

valores chamados a preços constantes. Comente as diferenças encontradas nestas

duas séries.

3. Para o primeiro e último ano que utilizou acima, faça dois gráficos onde: Y -

seja o P.I.B. per capita dos países para os quais possui informação estatística; X -

seja a população. Comente cada gráfico. Que diferenças encontrou?

4. Em 2. e 3. trabalhou com séries cronológicas e com valores cross-section, identifique-

os.

5. Como faria para ilustrar numa economia um período de forte crescimento eco-

nómico.

6. (EKA1) Suponha a evolução da seguinte série e calcule:

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C.P. - 5

Período (t) Valor 1 100 2 120 3 132 4 264 5 277.2

a) a média aritmética das taxas de crescimento;

b) a média geométrica das taxas de crescimento;

c) a taxa de crescimento médio entre o período 1 e o período 4 e entre o perío-

do 1 e o período 5.

7. No Gráfico em baixo procure distinguir:

a) a tendência de evolução da série;

b) as flutuações em cada ano e no período;

c) dois ou mais sub-períodos;

d) os pontos que deve comparar para ilustrar a evolução.

Produção Indistrial - Índice Total1980:1/1998:12

1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 199840

50

60

70

80

90

100

110

120

8. (EKA2) Construa um índice simples com base nos valores do ano de 1990 (base

100=1990) do Consumo Final Privado a preços correntes e do Consumo Final Privado

a preços constantes de 1985. Comente a evolução das novas séries em termos de

tendência e de flutuações.

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C.P. - 6

9. Calcule as taxas de crescimento anual do Consumo Final Privado a preços de 1990

depois de 1986.

10. No quadro em baixo indicamos os valores do produto para os países da área do

Euro e um índice de preços implícitos no produto. Os primeiros valores estão

dados em milhares de milhões de dólares norte-americanos (USD).

a. Calcule para os últimos anos a taxa de variação anual dos preços

b. Faça um gráfico com os valores do PIB a preços correntes

c. Diga por que motivo podemos dizer que o índice de preços implícitos

tem por base o ano de 1990

d. Calcule para o período posterior a 1990 a série do PIB a preços de

1990

e. Faça um gráfico com estes últimos valores e compare-o com o obtido

em b)

f. Qual a taxa média de crescimentos dos valores desta última série de

1986 a 1997 e de 1990 a 1998, em valores anuais

[Experimente usar uma folha de cálculo para fazer as suas contas.] PIB Pi PIB Pi PIB Pi 1986:01 4007295 82,4 1990:02 5612381 99,5 1994:03 6984598 117,7 1986:02 4099544 83,3 1990:03 5687445 100,8 1994:04 7100742 118,6 1986:03 4169562 84,1 1990:04 5733819 101,6 1995:01 7195358 119,6 1986:04 4232282 84,8 1991:01 5876238 103,4 1995:02 7293266 120,7 1987:01 4258793 85,6 1991:02 5986854 105,1 1995:03 7377512 121,7 1987:02 4365699 86,4 1991:03 6076733 106,4 1995:04 7442250 122,5 1987:03 4439769 87 1991:04 6183168 107,8 1996:01 7547258 123,4 1987:04 4545950 88 1992:01 6289077 108,9 1996:02 7603436 123,9 1988:01 4627256 88,8 1992:02 6339614 110 1996:03 7691647 124,5 1988:02 4716530 89,8 1992:03 6391407 110,9 1996:04 7754499 125 1988:03 4822784 90,8 1992:04 6422556 111,8 1997:01 7828474 125,6 1988:04 4943970 92 1993:01 6452184 113 1997:02 7955450 126,1 1989:01 5047577 93,2 1993:02 6520771 114,1 1997:03 8071681 126,9 1989:02 5127635 94,1 1993:03 6596436 114,9 1997:04 8153221 127,3 1989:03 5224374 95,3 1993:04 6683384 115,7 1998:01 8245383 127,9 1989:04 5353800 96,7 1994:01 6789138 116,6 1998:02 8327862 128,4 1990:01 5523764 98,2 1994:02 6889203 117,1 1998:03 8421798 129

11. O quadro em baixo apresenta o número de habitações terminadas no ano indi-

cado. Compare a evolução para os anos disponíveis através de taxas de variação

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homólogas. Trata-se de uma variável fluxo ou stock? Construa um índice com

base em 1995=100.0. [Experimente usar uma folha de cálculo para fazer as suas contas.]

1990:01 4662 1992:01 5543 1994:01 7163 1996:01 7296 1998:01 8318 1990:02 4662 1992:02 4778 1994:02 5462 1996:02 7436 1998:02 8093 1990:03 6266 1992:03 6269 1994:03 7124 1996:03 8647 1990:04 6501 1992:04 5951 1994:04 7913 1996:04 8866 1991:01 5126 1993:01 5346 1995:01 7939 1997:01 7434 1991:02 5097 1993:02 5166 1995:02 7548 1997:02 8149 1991:03 6175 1993:03 6858 1995:03 8777 1997:03 9626 1991:04 5980 1993:04 5841 1995:04 9395 1997:04 9376

12. Suponha a seguinte produção de cimento, em milhares de Toneladas, de dois

países, A e B:

Anos País A País B 1993 101 398172 1994 111 437989 1995 139 547486 1996 142 558436 1997 153 603111 1998 176 693578

a) Procure representar a evolução comparada da produção de cimento naque-

les dois países.

i) Utilize um gráfico com valores simples

ii) Faça um gráfico com os valores em índices (base

1993=100)

13. Considere a seguinte evolução em toneladas do peixe negociado em lota de um

dado porto:

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1997 1998 Janeiro 8.5 8.6 Fevereiro 7.9 7.7 Março 9.3 8.3 Abril 10.1 9.1 Maio 11.5 12 Junho 12.2 11.8 Julho 12.1 12.3 Agosto 12.4 11.6 Setembro 11.8 10.9 Outubro 10.3 11.0 Novembro 9.1 10.1 Dezembro 8.7 8.9

a) Procure retratar aquela evolução através de um gráfico.

b) Obtenha os valores da produção em índice:

c) com base 100 em Fevereiro de 1994

d) com base 100 em Agosto de 1993

e) Obtenha os valores das médias trimestrais.

f) Obtenha índices trimestrais com base no valor médio de 1993 (=100)

14. Suponha que o índice de produção (1992=100) de um dado bem foi o seguinte:

1989 77,5 1994 103,1 1990 89,2 1995 107,2 1991 98,0 1996 109,8 1992 100,0 1997 112,4 1993 101,5 1998 112,8

a) Calcule as quantidades produzidas sabendo que a produção em 1994 foi de

1010 Toneladas.

b) Construa de novo o índice com base em 1989.

15. (EKA3) Suponha dois gráficos que apresentam um recta com inclinação positiva.

O primeiro tem o eixo das ordenadas em valores normais e o segundo em loga-

ritmos. Como interpreta os valores nos dois gráficos em termos de taxas de cres-

cimento?

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16. Admitamos que uma empresa produz dois tipos de sabonetes e que a sua produ-

ção e respectivo preço de mercado tiveram a seguinte evolução:

Ano Sabonete A Sabonete B Unidades Esc. Unidades Esc. 1995 1 250 000 15 970 000 60.0 1996 1 318 000 17.5 985 000 68.0 1997 1 189 000 16.0 1 070 000 70.0 1998 1 020 000 18.5 1 112 000 78.5

Através de índices (1991=100) retrate:

I. a evolução da produção de A e de B

II. a evolução da produção total

III. a evolução do preço de A e de B

IV. a evolução do preço médio dos sabonetes produzidos

17. (EKA4) Conhece o índice de Laspeyres, de Paasche e de Fisher? Qual o utilizado nos

índices de preços dos bens de consumo adquiridos pelas famílias? Comente a uti-

lização daqueles três índices.

18. Calcule os preços implícitos no Consumo Final Privado e no P.I.B. de 1990 a

1998. Compare as duas séries obtidas e procure explicar os valores diferentes.

19. (EKA5) Tome as seguintes séries:

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ANOS A B C

1977 27.3 59.5 58.1 1978 22.1 69.3 66.6 1979 24.2 80.4 79.6 1980 16.6 100.0 100.0 1981 20.0 121.7 128.1 1982 22.4 143.5 160.1 1983 25.5 169.1 196.1 1984 29.3 199.7 218.4 1985 19.3 240.5 268.9

Com os seguintes significados: A: variação percentual do índice de preços no consumidor, para o Continente (Total sem habitação). B: índice de remunerações médias na Indústria Transformadora (1980=100). C: idem para a Construção.

Tendo em conta os resultados que também obteve em 14. acima, proponha

uma evolução dos salários reais para o período de 1978 a 1985. Comente os resulta-

dos que apresentar.

20. (EKA6) Suponha que empresta por um ano a um seu colega cinco mil escudos

(5000 Esc.) à taxa de juro de 6%.

a. Quanto receberá do seu colega no final do ano?

b. Como a taxa de inflação foi de 15% quanto recebeu em termos de po-

der de compra constante (à data do empréstimo)?

c. Qual a taxa de juro que deveria ter aplicado para que o seu ganho real

(ou custo da renúncia ao consumo presente) tivesse sido de 3%.

21. (EKA7) Suponha que o Governo nos seus documentos oficiais sobre política eco-

nómica revela as seguintes taxas de inflação esperadas para os próximos três anos:

3%, 2% e 1%. Mas as taxas de inflação efectivas acabam por ser: 4%, 3,5% e 2,5%.

O estudante fez um contrato de empréstimo de dinheiro por três anos à taxa de

6%.

a) Calcule a taxa de juro real prevista para o empréstimo à data da sua

realização.

b) Calcule a taxa efectiva no final da operação. Calcule também a taxa

esperada no final do segundo ano para o período integral do contrato.

c) Comente os possíveis resultados de situações deste género.

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22. Tendo em conta os valores anuais do quadro seguinte:

Milhões de contos 1992 1993 1994 Cons. Privado a p. Correntes 8346.9 8887.7 9367.7 Cons. Privado a p. ano anterior 8321.8 8887.7 PIB a p. Correntes 13031.9 13760.0 14605.5 PIB a p. ano anterior 12879.8 13896.6

Calcule os deflacionadores do PIB e do Consumo Privado para 1993 e 1994.

23. Tenha em conta os valores abaixo indicados. Exponha a evolução dos salários

reais na nossa economia. Tenha em conta diferentes formas de avaliar o poder de

compra do salário.

Variação (%) 1990 1991 1992 1993 1994 Salários s/Sect. Público Administ. 13.7 14.4 11.2 7.3 5.1 Salários no Sector Privado 13.7 14.4 11.1 7.5 5.2 Salários na Indústria 13.8 14.4 10.7 7.6 5.2 Salários nos Serviços 13.6 14.5 11.9 7.4 5.0 IPC, var. homóloga Dez. a Dez. 13.7 9.6 8.4 6.4 4.0 Taxa Câmbio Efectiva -2.7 0.7 3.2 -6.0 -4.1 Deflacion. do Consumo Privado 13.8 12.1 9.0 6.8 5.4 Deflacion. do PIB 14.5 14.0 13.0 6.5 5.1

24. No quadro em baixo tem as duas primeiras colunas com os valores em escudos do

salário mínimo “Geral” e as duas seguintes com os valores do salário mínimo

aplicado ao “Serviço Doméstico”, para vários anos, em Escudos. Escolha os valo-

res correctos.

Anos Geral S. Doméstico 1992 44500 52000 38000 25000 1993 49000 47400 41000 45000 1994 49300 54000 50000 43000 1995 52000 56000 45700 54000 1966 54600 56580 49000 56800 1997 56700 58000 51450 59000 1998 58900 62000 54100 61000 1999 61300 70000 56900 69500

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25. Considere os valores dos salários mínimos em euros, para um conjunto de países

europeus:

Países euros Entrada em vigor Bélgica 1074 1/10/97 Espanha 416 1/1/99 França 1049 1/7/99 Grã-Bretanha 920 1/4/99 Grécia 458 1/1/99 Holanda 1078 1/7/99 Irlanda 958 1/4/00 Luxemburgo 1162 1/1/99 Portugal 306 1/1/99

Tomando o valor 100 para Portugal construa os valores associados para os outros

países.

26. Suponha que para um dado produto temos as seguintes indicações em termos do

valor da sua produção a preços correntes e a preços do ano anterior

Período Q nominal Q preços ano anterior 1 100 98 2 110 105 3 125 123 4 130 129

a) Calcule a evolução do produto nominal

b) Calcule a evolução do produto a preços do ano anterior

26. Tome os valores constantes dos quadro em baixo

Período Preços Quantidade 1 1 100 2 1,1 105 3 0,8 110,25 4 1 115,76 5 1,05 121,55

a) Calcule o valor do produto a preços do ano anterior

b) Obtenha a taxa de variação do produto em termos dos preços so ano anteri-

or e em termos dos valores conhecidos da sua quantidade

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c) Compare os valores obtidos em b) e comente-os.

27. Que diferenças existem entre o cálculo do produto real a preços de um ano base e

o a preços do ano anterior. Dê um exemplo que possa esclarecer tais diferenças.

Introdução ao Problema da Escassez e da Escolha

O problema central da escassez. Bens e necessidades. A fronteira de possibilidades de produção (FPP). Deslocamentos da curva: - avanços tecnológicos diversos; - aumento do stock de capital: - aumento da força de trabalho. O dilema da escolha na produção. A FPP e os custos de oportunidade. A lei dos custos crescentes.

1. Comente a seguinte observação: um bem económico é algo de material enquanto um

serviço não.

2. Comente a afirmação: fumar é uma necessidade.

3. Como define o conceito de escassez?

4. Porque se motivo se apresentam aos economistas as escolhas alternativas como im-

portantes?

5. Dê uma classificação de factores de produção.

6. (EKA8) Sabe o que procura representar a curva da fronteira das possibilidades de pro-

dução?

7. (EKA9) Suponha que numa economia se produzem dois bens: "Roupa" e "Co-

mida". A utilização de todos os recursos disponíveis durante uma semana, con-

duz, entre outras, às seguintes alternativas de produção:

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Alternativas Roupa Comida A 0 9 B 3 7 C 5 4 D 6 2 E 7 0

a) Represente num gráfico aquelas possibilidades de produção (X: "Roupa, Y:

"Comida"). Como designa a curva que obteve?

b) Dê exemplos de como é possível aumentar a produção de "Roupa" e "Comi-

da" sem alterar as dotações de factores.

c) Como se reflecte na curva que acabou de fazer o problema da escassez?

d) Comente o facto de a produção efectiva ser de 3 unidades de "Roupa" e de 5

unidades de "Comida".

e) A curva da FPP representa combinações máximas ou médias de produção?

f) De quanto decresce a produção de "Roupa" quando a produção de "Comi-

da" passa de:

i) 2 unidades para 7

ii) 2 unidades para 9?

g) Suponha que em dado período a curva FPP registou um deslocamento para

a direita. Imagine três possíveis deslocamentos. Quais as explicações possíveis

para cada um destes casos?

h) Suponha agora que o deslocamento não foi para a direita mas sim para a es-

querda.

8. Suponha uma qualquer situação numa daquelas curvas. Como designa o custo de

produção de mais uma unidade de "Roupa" em termos da quantidade de "Co-

mida" que poderia ter sido obtida?

9. Considere a partir de agora que o bem "Roupa" é substituído por "Armas", con-

tinuando a verificar-se aquelas cinco alternativas de produção apontadas acima

(7). Tenha em conta para o primeiro período o rearmamento alemão e a redu-

ção da elevada taxa de desemprego alemã. Procure representar num gráfico o

que deve ter acontecido

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C.P. - 15

i) nos países "Aliados" e

ii) na Alemanha de 1933 a 1939 e de 1939 a 1945.

10. Voltemos à nossa produção de "Roupa" e "Comida". Indique qual o custo de

oportunidade de uma unidade de "Roupa" na situação A e C? Que lei traduz este

comportamento?

11. (EKA10) Suponha que numa dada economia e em dado momento os custos de

oportunidade de uma unidade de "Roupa" são constantes em termos de "Comi-

da".

a) Represente graficamente a FPP nesta economia.

b) Comente a hipótese aqui considerada de custos de oportunidade constantes.

12. (EKA11) Considere agora que em dado momento e numa dada economia aque-

les custos de oportunidade são decrescentes. Responda às alíneas a) e b) de 11..

13. Os valores da produção e do capital físico de uma dada empresa são variáveis

stock ou fluxo? Justifique.

14. Como classifica as seguintes variáveis (fluxo ou stock)?

a) O salário de um funcionário público;

b) O número de funcionários da Faculdade de Economia;

c) Os direitos de autor dos "Beatles"?

15. Suponha que representou num gráfico a evolução temporal de uma variável stock

(A) e de uma variável fluxo (B). Tome dois pontos correspondentes a dois momen-

tos de tempo diferentes e comente o significado de "A" e "B" entre esses dois pon-

tos.

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C.P. - 16

As Grandes Correntes do Pensamento Económico

O surgimento das primeiras ideias no desenvolvimento do pensamento económico. A evolução do pensamento por Escolas. A caracterização das Escolas pelo seu tempo de desenvolvimento. Os temas característicos das diferentes Escolas.

1. Quais os primeiros temas da análise económica que mereceram reflexão aos filó-

sofos antigos? Sabe explicar porquê?

2. Que entende por escolas do pensamento económico?

3. Faz alguma ideia da economia e da sociedade do tempo de Quesnay? Que escola

formou este médico francês?

4. Como justifica o aparecimento das ideias daquele autor? Aos olhos de hoje qual o

contributo mais importante de Quesnay? Sabe o que era o seu Tableau Economique?

5. Explique a afirmação de Mercier de la Riviere: "adicionar não é multiplicar".

6. Quais as duas ideias fundamentais em Maximes générales du gouvernement (Quesnay) ?

Sabe explicar porque foi necessário insistir nessas ideias? Essa insistência deu al-

guns frutos no seu tempo?

7. Quais as diferenças fundamentais entre a França de Quesnay e a Inglaterra de A.

Smith e D. Ricardo? Em seu entender essas diferenças eram importantes?

8. Qual o principal móbil que para A. Smith dominava o comportamento dos ho-

mens em sociedade?

9. Qual a origem da riqueza para A. Smith? (Compare com o pensamento dos auto-

res fisiocratas).

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C.P. - 17

10. Porque motivo terá o economista interesse em distinguir o valor de uso do valor

de troca? Qual o fundamento do valor de troca (em A. Smith)?

11. Qual a preocupação fundamental de Malthus? Quais os "mecanismos desejáveis"

defendidos por este autor?

12. O pessimismo daquele autor encontrou fundamento na evolução das nossas soci-

edades?

13. A teoria do valor (trabalho) era a mesma em A. Smith e em D. Ricardo?

14. Qual o fundamento da renda em D. Ricardo?

15. No exemplo dado nas lições das aulas teóricas suponha que os salários são de 20

quintais (acima portanto do sistema de subsistência) e que a produção das terras A, B e

C é de 1500, 1000 e 900 quintais por ano. Descreva a evolução da taxa de lucro e

da renda nesta economia.

16. Em que consistia o estado estacionário de Ricardo?

17. a) Descreva como Ricardo apresentava a evolução da economia para um estado esta-

cionário? (resuma o essencial dos seus argumentos)

c) Quais os fundamentos últimos do estado estacionário de Ricardo?

18. Exponha brevemente o raciocínio de Ricardo para defender a livre importação de

cereais?

19. Que motivos levaram Ricardo a tomar posição contrária à de Malthus sobre a ques-

tão do proteccionismo?

20. Encontra exemplos modernos dessa polémica?

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C.P. - 18

21. O que são "factores de produção" para J.-B. Say? Diga sucintamente o que signi-

fica a lei dos mercados (loi des débouchés)?

22. Porque razão se falou a propósito dos autores neo-clássicos em revolução marginal?

23. Contraponha (de forma o mais sucinta possível) a teoria do valor trabalho à teoria

do valor utilidade.

24. Sabe porque se chama ao modelo de Walras, modelo de equilíbrio geral?

25. Conhece alguns argumentos de contestação à ideia da livre iniciativa como caracte-

rística da sociedade capitalista.

26. Faz alguma ideia das razões que levaram Keynes a insistir na necessidade de inter-

venção do Estado na economia?

27. Quais as ideias fundamentais que caracterizam a escola clássica quando comparada

com os princípios da Revolução Marginalista?

28. Qual o papel reservado ao indivíduo e ao Estado pela escola clássica?

29. Que entende por conciliação automática dos interesses individuais?

30. Caracterize o rendimento associado a cada uma das diferentes classes sociais.

31. Porque motivo, em Ricardo, o lucro varia em sentido inverso ao do salário?

32. Diga de forma muito sucinta o que podemos entender por classe em si e classe para

si.

33. Distinga o conceito de forças produtivas do conceito de relações de produção.

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C.P. - 19

34. Defina mercadoria.

35. Como se forma o valor das mercadorias de acordo com Marx?

36. Distinga trabalho concreto de trabalho abstracto.

37. Que entendia Marx por valor da força de trabalho?

38. Que entendia o mesmo autor por exército industrial de reserva?

39. Quais as diferentes formas que o capital toma no seu processo de valorização?

40. Porque razão falava Marx em exploração? Como define mais- valia?

41. Distinga os processos de mais-valia absoluta e mais-valia relativa.

42. O que são preços de produção? O que os distingue do valor das mercadorias?

43. Diga o que é a composição orgânica do capital e discuta a sua importância no cálculo

da taxa de lucro.

44. Exponha sucintamente o problema conhecido como a questão da transformação.

45. Para cada economista, no quadro abaixo, indique qual o seu período de vida.

Economista A Economista B A ou B? A ou B? David Ricardo Adam Smith 1723-90 1772-823 William Jevons François Quesnay 1694-774 1835-82 Carl Menger Milton Friedman 1912-... 1840-921 Léon Walras John M. Keynes 1883-946 1834-910 J.-B. Say Alfred Marshall 1842-924 1767-832 Karl Marx Paul Samuelson 1915-... 1818-83

46. Conhece algumas correntes de pensamento económico que tenham aparecido

nos últimos anos?

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Os Sistemas Económicos

A presença no mundo actual de diferentes combinações de organizações da activi-dade económica. Principais características dos sistemas económicos. Oposição vs. complementaridade entre mercado e planificação. Os problemas dos sistemas de eco-nomia centralizada.

1. Como caracteriza em traços gerais o sistema económico capitalista?

2. Conhece o significado genérico de equilíbrio geral e óptimo individual quando se

trata do capitalismo concorrencial?

3. Quais as causas que são normalmente apontadas para a concentração de em-

presas?

4. Descreva os diferentes tipos de concentração que conhece, a) do ponto de vista

económico; b) do ponto de vista jurídico.

5. No seu entender a concentração de empresas é maior em períodos de crise? Por-

quê?

6. Aponte alguns efeitos positivos (e negativos) para a economia que resultam da

concentração de empresas.

7. Sabe o que é um monopólio? Enumere algumas razões para o surgimento de

monopólios nas economias capitalistas.

8. Dê exemplos de empresas na economia portuguesa que sejam monopólios.

9. Porque razão se diz que o monopólio pode ser perigoso para a economia capita-

lista?

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C.P. - 21

10. Sabe o que se procura designar por intervencionismo estatal na economia? Dê alguns

exemplos do intervencionismo estatal na economia portuguesa.

11. Que entende por movimento de internacionalização das economias.

12. Sabe o que são empresas multinacionais? De alguns exemplos.

13. Aponte algumas das razões para o desenvolvimento destas empresas.

14. Aponte efeitos positivos e negativos da acção destas empresas.

15. Distinga fases diferentes de evolução das economias capitalistas.

16. Quais as principais formas de propriedade dos meios de produção em economias

socialistas?

17. Qual o papel reservado à planificação em economias socialistas?

18. Aponte de forma sucinta as fases que caracterizavam a elaboração do plano na

economia da (então) União Soviética.

19. Na sua opinião o mercado desempenhava algum papel em economias socialistas?

20. Aponte algumas medidas gerais de reforma de que tenha conhecimento nos paí-

ses de economia planificada.

21. O que era o Comecon e que objectivos se propunha atingir?

22. Que entende por Terceiro Mundo?

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C.P. - 22

23. A pressão demográfica é um factor importante em todos esses países? Procure

identificar onde a incidência desse problema é mais grave.

24. O dualismo é um fenómeno dessas economias. Aponte as suas diferentes dimensões

acompanhando a sua resposta com exemplos.

25. Em sua opinião este grupo de países formam um grupo homogéneo? Proponha

uma divisão desse vasto grupo de países. Que critério adoptou? Porquê?

26. Já ouviu falar do problema da dívida externa destes países? Aponte alguns pro-

blemas relacionados com a dívida externa e as exportações destes países.

27. Exponha em traços gerais o que para si é a problemática da ajuda aos países sub-

desenvolvidos. Distinga ajuda alimentar da ajuda à formação de capital.

28. Distinga as formas de circulação da informação nas economias de sistema capita-

lista e socialista.

29. Como se faz a circulação de informação nas economias capitalistas actuais?

30. Ordene as maiores empresas de siderurgia mundiais, e diga qual o seu país de

origem: Usinor-Sacilor, Posco, Nippon Steel, e British Steel.

31. Diga em qual destas economias se obteve um maior volume de pescado: Peru,

Chile, Estados Unidos, Coreia do Sul, Tailândia, Índia, Indonésia, China e Japão

e C. E. I..

32. Qual a sua opinião sobre a seguinte afirmação: “os países europeus devem fechar

as suas fronteiras aos indivíduos oriundos de economias menos desenvolvidas de-

vido às taxas de crescimento destas populações e ao facto de as ditaduras, que ca-

racterizam alguns destes países empurrarem uma parte razoável das suas popula-

ções para o exterior !”

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C.P. - 23

33. Em sua opinião, a situação dos direitos das mulheres e dos homens está relacio-

nada com a evolução da população nos países menos desenvolvidos?

34. Se tivesse de controlar os fluxos migratórios que faria para os fluxos do norte de

África para a Europa? E de Portugal para o resto da Europa?

Circuito Económico e Contabilidade Nacional

Visão das actividades económicas em termos de circuito. Relacionamento dos agen-tes pelas operações: - relacionamento em termos de equilíbrio ou, - desequilíbrio. Contas Nacionais. Significado. Conceitos pós 1976. Circuito económico e Leontief. A interdependência das actividades. Procura e produção.

1. Represente o circuito económico com as seguintes actividades:

a. emprego e produção, actividade do Estado, formação de capital e pou-

pança;

b. o mesmo que em a) e ainda: relações com o exterior;

c. sugira uma quantificação das diferentes operações apresentadas em a) e

b) de forma que a poupança das famílias seja positiva e a das empresas

negativa.

2. Considere esta mesma folha de papel. Suponha que lhe custou 5$00. Decom-

ponha este valor nas suas diferentes componentes de acordo com o método dos

valores finais e do valor acrescentado.

3. O critério de residência dos factores é importante em Contabilidade Nacional? Por-

quê?

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C.P. - 24

4. Sabe definir Produto Interno Bruto? Distinga produto interno de produto nacional. O que

faz distinguir bruto de líquido? Distinga produto a custo de factores de produto a preços

de mercado.

5. Se pretender calcular as despesas reais orçamentadas pelo Estado, qual o índice

de preços que acha mais conveniente utilizar, I.P.C., P.I. do PIB, P.I. do Consu-

mo Público?

6. Como calcula o produto:

- do Comércio

- das Administrações Públicas

- da actividade bancária?

7. Sabe o que são actividades imputadas em Contabilidade Nacional? Dê um exem-

plo.

8. Distinga genericamente as diferentes ópticas de cálculo do produto.

9. Diga como obtêm o agregado P.I.B. a preços de mercado de acordo com as três

ópticas (rendimento, produção e despesa)?

10. Calcule o P.I.B.cf e o P.I.B.pm sabendo que:

Rubricas A B Remunerações dos residentes recebidas do resto do mundo 1 000 1 800 Remunerações pagas pelos residentes 10 000 15 000 Impostos à produção e importação 5 000 4 000 Excedente bruto de exploração 8 000 11 000 Subsídios de exploração 1 200 1 500

Sugestão: tente começar pela óptica do rendimento.

11. Com base nos seguintes valores:

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C.P. - 25

Rubricas A B Despesa Interna 1300 2500 Impostos à importação 100 150 Total do VAB a preços de aquisição 1200 1800

Calcule o P.I.B.pm e a diferença entre Exportações e as Importações.

12. Como pode passar do P.I.B. ao Produto Nacional e ao Rendimento Nacional?

Exemplifique com os valores de dois anos.

13. Considere os seguintes dados referentes a uma economia hipotética, para os perí-

odos assinalados, em unidades monetárias:

Consumo Privado(1985)= 580 Saldo B. Comercial(1986)= -55

Consumo Colectivo(1986)= 332 PIBpm(1986)= 1000

Rend. Líquidos do Exterior(1986)= 20 Amortizações(1986)= 10

Impostos Indirectos-Subsídios(1986)= 50

Sabendo que o Consumo Privado apresentou a seguinte evolução (em índices):

1984 - 95, 1985 - 100 e 1986 - 106.

1. Calcule para 1986:

a) a Formação Bruta de Capital

b) o Rendimento Nacional

c) a Despesa Interna e a Despesa Nacional

2. Sabendo que o PIBpm(1989)= 1125, calcule a taxa de crescimento

médio do período 1986-1989.

14. Preencha as casa em branco no quadro em baixo referente a uma dada econo-

mia:

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Excedente Bruto de Exploração PIPpm 1 000 Impostos ligados à produção 150 VAB 900 Subsídios de exploração 80 PIBcf Impostos ligados à importação Remunerações 600

15. Distinga Ramo de Sector de actividade económica. Dê um exemplo com uma Refi-

naria de Petróleo.

16. Faça a leitura em linha e depois em coluna da Matriz de Produção Nacional a

Preços de Produção de 1977.

(un: mil contos)

I / O Agric I Lig I Quím I Pes Serv SOMA Proc Fin OUTPUT Agric 3951 60042 4846 79 4614 73532 43587 117119 I Ligeira 13972 77197 1782 2666 22333 117950 282959 400909 I Química 3970 13289 15261 1901 12371 46792 26153 72945 I Pesada 2621 18350 2205 20077 16157 59410 54317 113727 Serviços 8241 53706 11438 12772 83341 169498 300953 470451 SOMA 32755 222584 35532 3 7495 138816 467182 707969 1175151 Importaç 6042 41104 10197 42163 16712 116218 84634 200852 Imp Indir 1838 10529 1976 3239 6132 23714 34084 57798 Rem Trab 20164 92807 14527 29588 188625 345711 345711 Rend P&E 56320 33885 10713 1242 120160 222326 222326 TOTAL 117119 400909 72945 113727 470445 1175151 826687 2001838

17. Defina e calcule os coeficientes técnicos da referida matriz. Interprete dois desses

coeficientes.

18. Qual o significado atribuído a complementaridade na matriz dos coeficientes técni-

cos? Dê um exemplo.

19. Distinga produto interno de produção bruta na matriz de fluxos.

20. (EKA12) A matriz de coeficientes técnicos que a seguir apresentamos resultou da

agregação dos três sectores da industria que constavam da matriz anterior:

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C.P. - 27

Agricultura Indústria Serviços Agricultura 0.0337 0.1106 0.0098 Indústria 0.1756 0.2599 0.1081 Serviços 0.0704 0.1326 0.1771

a) Sabendo que as produções brutas foram de 117119, 587581 e 470451 mil

contos preencha o quadro dos consumos intermédios.

b) Porque razão o coeficiente a13 é inferior ao coeficiente a12? Que significado

atribui ao facto de o maior valor daqueles coeficientes ser a22?

c) Proponha uma alteração dos coeficientes técnicos acima de forma a expressar

uma economia:

i) onde o consumo de produtos agrícolas por parte da Indústria passou

a ser mais elevado;

ii) onde os Serviços ocupam um lugar mais importante como consumi-

dores da produção agrícola, dos próprios Serviços e finalmente da In-

dústria, admitindo ainda uma redução do peso do seu VA na produção

bruta.

21. Se está seguro de que compreendeu a lógica da construção de uma matriz de

input/output, então não terá dificuldade em completar o que falta ao seguinte

quadro de fluxos:

I II Soma P. Final TOTAL I 100 800 1110 II 80 1000 1080 5000 Soma I.I.- Subsíd 15 VAB 700 2000 Importação 215 2670 2885 TOTAL

22. Procure explicitar as maiores diferenças nos coeficientes técnicos que encontra

nos quadros de 1980 a 1989. Avance com alguma interpretação para o que cons-

tatou.

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C.P. - 28

23. Faça agora o mesmo que em 22. mas para os coeficientes da matriz inversa de

Leontief, para os mesmo anos.

O Comportamento dos Agentes Económicos: as Famílias e as

Unidades de Produção

A utilidade total e a utilidade marginal. Utilidade marginal decrescente e satisfação máxima. Curvas de indiferença e comportamento individual. As curvas da procura individuais e do mercado. Efeito rendimento e efeito substituição. Deslocamento das curvas da procura. Consumo poupança e investimento. Propensão média e marginal ao consumo e à poupança. Preços e quantidades oferecidas. Equilíbrio parcial. Custos das unidades de produção no curto prazo. Comportamento de cus-tos médios e marginais. Custos das unidades de produção no longo prazo. Econo-mias internas e externas. Custos de oportunidade nas decisões das empresas.

1. (EKA13) Suponha que as utilidades totais associadas com o consumo de 1, 2, 3 e

4 unidades do bem A são respectivamente 10, 14.5, 18 e 21. Quais os valores atri-

buídos às correspondentes utilidades marginais?

2. (EKA14) A utilidade total atribuída ao consumo de 5 unidades de um bem A é de

21 e a utilidade atribuída a cada nova unidade que consome é sucessivamente de

2.4, 2.3, 2.1, 1.9, 1.7 e -2.4. Faça o gráfico com a curva da utilidade total e co-

mente-o. A partir da curva da utilidade total esclareça o significado de utilidade

marginal.

3. (EKA15) Represente num gráfico uma curva de preferência, de uma dado agen-

te, por dois bens, A e B. Represente ainda uma curva de restrição orçamental que

conduza à verificação de equilíbrio do referido agente.

a) Suponha agora que o rendimento do agente aumentou 20%.

b) Suponha por outro lado que o preço de A duplicou (não considere a hipó-

tese avançada em a))

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C.P. - 29

4. Um dado agente económico apresenta os seguintes desejos de compra, em face

dos preços, de três bens (A, B e C):

A B C

Preço Quant. Preço Quant. Preço Quant. 10 0 2 100 3.5 100 20 0 3 90 4 50 30 5 4 60 4.5 10 40 10 5 30 5 9 50 30 6 5 5.5 8

Represente graficamente, para cada bem, os planos de compra deste agente.

5. Um agente económico ordenou da seguinte maneira as suas preferências e indife-

rença quanto ao consumo de dois bens A e B.

Preferência 1 Preferência 2

A B A B 50 10 60 20 30 20 50 30 25 30 30 45 10 50 20 55

5 70 15 60

Como designa as curvas que traduzem aquele comportamento?

6. Considere uma economia com três consumidores do bem A. Nessa economia é a

seguinte a relação entre preço e quantidade procurada desse bem A:

Preço Ag. X Ag. Y Ag. Z

10 10 0 0 9 25 0 2 7 40 0 4 6 50 5 6 5 60 6 9 4 80 7 12 3 100 9 16

Represente graficamente a curva da procura total.

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C.P. - 30

7. Porque razão é a curva da procura decrescente e não crescente?

8. Suponha dois bens A e B. Considere as seguintes relações entre quantidades pro-

curadas e preços.

Classifique os bens A e B em cada um daqueles possíveis casos [a), b) e c)].

9. Dê exemplos de bens substitutos e bens complementares.

10. (EKA16) Suponha uma dada relação entre o preço de um bem A e a quantidade

procurada desse bem. Aponte alguns factores que levem a alterar aquela relação.

Nesta altura a hipótese ceteris paribus diz-lhe alguma coisa?

11. Retome o exercício 6. e suponha:

a) o rendimento do agente X diminui 50%

b) o rendimento do agente Y aumentou 50%

c) a) e b) em conjunto.

Represente graficamente as consequências de a), b) e c).

12. (EKA17) Suponha que o consumo de dois bens (A e B) absorve 80% do rendi-

mento de um dado agente económico. Suponha que o preço de mercado do bem

A duplicou. Exponha graficamente as consequências, desse aumento sobre a pro-

cura de A e de B.

13. Em 12. considere agora que o preço de mercado de B passou para metade.

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C.P. - 31

14. Identifique os efeitos que acabou por considerar em 12. e 13.. Para considerar

esses efeitos necessita da hipótese avançada (em 12.) de que o consumo daqueles

bens constitui uma parte substancial do rendimento de um agente económico?

15. Considere a representação seguinte da procura de um bem por parte de um indi-

víduo.

Represente a nova curva da procura quando se registar:

a) aumento do rendimento do indivíduo;

b) aumento do preço de mercado de todos os outros bens que consome;

c) aumento da sua preferência por um bem substituto de A;

d) aumento do preço de um bem substituto de A.

16. Regresse ao exercício 5. Suponha que o preço de A é de 10 u.m. e o de B de 20

u.m.. Suponha ainda que o rendimento do agente é de 1100 u.m.. A escolha de

10 unidades de A e de 50 de B, é racional? Porquê?

17. Suponha que o quadro seguinte caracteriza o comportamento de um dado agente

quanto ao consumo de dois bens, A e B.

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C.P. - 32

Utilidade To-tal

Ut. Margi-nal

N. A B A B 1 70 70 100 2 135 95 3 195 90 4 250 82 5 300 442 75 6 507 45 7 562 40 8 607 35 9 639 30

10 659 20 11 664 10 12 ----- 2 ----

a) Preencha as restantes casas do quadro apresentado.

b) Suponha que o preço de A é de 1 u.m. e o de B de 2 u.m..

i) o agente em questão seria racional ao escolher

1. 3 unidades de A e 4 unidades de B?

2. 4 unidades de A e 5 unidades de B?

3. 3 unidades de A e 3 unidades de B?

4. 5 unidades de A e 5 unidades de B?

5. 9 unidades de A e 8 unidades de B?

ii) Nos casos afirmativos indique também o montante da despesa respectiva.

c) Suponha agora que o preço de A era de 2 u.m. e o de B de 3 u.m..

iii) Quais as quantidades de A e de B que deixariam satisfeito o agente se

apenas se tratasse de consumir estes dois bens. Diga também qual o valor da

utilidade total associado a esse(s) montante(s).

iv) Se o seu orçamento fosse de 75 u.m. qual a situação de óptimo do consu-

midor?

18. Considere a seguinte curva da procura de um bem por parte de um agente eco-

nómico:

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C.P. - 33

Quando o preço de mercado do bem passa de 2 u.m para 3 u.m..

a) A utilidade total que o agente retira das compras deste bem aumenta ou di-

minui?

b) E a utilidade marginal? Porquê?

c) Se pensássemos em termos, não do agente aqui tomado mas, do mercado,

que se lhe oferecia dizer sobre o excedente do consumidor?

19. Distinga, dando pelo menos um exemplo, bem inferior de bem normal.

20. Supondo que A é um bem normal, importante nas despesas de um dado agente

económico, e B um bem inferior:

a) Comente (e corrija se for caso disso) a seguinte afirmação: “o aumento do

preço de A leva a aumentar a procura de B e a reduzir a procura de A !”

b) Identifique a presença de um efeito substituição e de um efeito rendimento

na observação feita em a).

21. (EKA18) Suponha que uma família (numerosa) tem de despesas fixas por mês 40

000 Esc. e que para além disso gasta em consumo 80% do seu rendimento

disponível mensal.

22. Para os rendimentos disponíveis seguintes: (Esc.) 40000, 60000, 80000 e 100000

a) Construa a curva do consumo desta família;

b) Nesse mesmo gráfico represente os valores da poupança dessa família;

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C.P. - 34

c) Ainda para essa família calcule a propensão média a consumir e a propen-

são marginal a consumir;

d) Qual a relação entre propensão marginal a consumir e a propensão mar-

ginal a poupar? Faça o mesmo raciocínio para a propensão média a consu-

mir e a poupar.

23. Que acontece à curva obtida acima quando:

a) O rendimento disponível passa para 150 000 Esc.;

b) Os impostos aumentarem, mantendo-se o rendimento bruto;

c) Nascerem mais filhos;

d) As despesas fixas passarem para 15 000 Esc.;

e) A gasolina subir de preço, sendo o automóvel da famílias imprescindível e

perseguido por ecologistas;

f) A família antecipar um crescimento substancial dos seus rendimentos futu-

ros;

g) O filho mais velho acertar no Totoloto.

24. Represente uma curva de Consumo com propensão média a consumir decres-

cente e uma outra com propensão média a consumir constante. Dê exemplos de

tipos de consumo que poderão ser representados por aquelas curvas.

25. (EKA19) Considere as seguintes curvas A e B para uma dada economia.

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C.P. - 35

a) Comente o comportamento de uma daquelas curvas quanto à propensão

marginal e média a consumir.

b) Que acontecimentos poderão ter levado ao deslocamento de A para B?

26. Comente as seguintes afirmações:

- a moeda entesourada com vista a uma compra futura é poupança !

- a compra de acções ou de obrigações é de facto um consumo, embora se tra-

te de um consumo de títulos de crédito !

27. Em seu entender a curva da oferta de um bem traduz o comportamento dos

agentes que pretendem vender tendo em conta as preferências dos que preten-

dem comprar esse bem?

28. Defina curva de oferta de um dado bem. Compare essa definição com a da curva

da procura.

29. Porque razão a curva da oferta é sempre crescente? Não poderá ser horizontal ou

mesmo decrescente? Justifique a sua resposta.

30. Considere que a curva da oferta do bem A se desloca para a direita. Que motivos

podem ter levado a esse deslocamento?

31. Suponha que os seguintes preços e quantidades representam o comportamento de

um dado agente quanto a um bem:

P: 10 12 14 16 18 20 22 (u.m.)

Q: 100 100 100 100 100 100 120 (u. físicas)

Trata-se da procura ou da oferta?

32. Defina isoquanta. Represente uma isoquanta quando está em presença de fac-

tores complementares e quando está em presença de factores substituíveis.

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C.P. - 36

33. Suponha as seguintes combinações de factores X e Y para a produção de um

dado bem Z:

A (Qz=10) B (Qz=15) C (Qz=20)

X Y X Y X Y I 10 150 10 200 10 250 II 20 77 20 90 20 120 III 30 40 30 50 30 75 IV 40 15 40 20 40 30 V 50 5 50 10 50 15 VI 60 1 60 5 60 10

Suponha também que o preço de X é de 2 u.m. e o de Y de 3 u.m..

a) Situe-se na combinação B (30 de X e 50 de Y). Calcule a taxa marginal de

substituição. Interprete os resultados que obteve;

b) Supondo que essa unidade de produção deseja produzir 15 unidades de Z.

Produzir Z com a utilização de 40 unidades de X e 20 u. de Y é racional?

Porquê? (Compare com BV e BVI);

c) Suponha agora que a unidade de produção tem um orçamento de 145

u.m.. De entre as seguintes combinações (BIV), (AIV) ou (CV), qual escolhe-

ria?

d) Considere agora uma redução do preço do bem Y de 3 u.m. para 1 u.m..

Qual a combinação mais favorável para produzir 15 u. de Z? Que alterações

se registaram na produção como resultado daquela mudança de preço?

34. Numa dada unidade de produção, se mantivermos constante o consumo de todos

os factores de produção à excepção do factor V, obtemos os seguintes valores (co-

luna Hip. A) para a produção do bem Z:

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C.P. - 37

Cons V Produção Hip. A Produção Hip. B 1 10 8 2 30 27 3 60 60 4 100 110 5 150 170 6 170 260 7 180 360 8 185 410 9 190 440

10 192.5 460 11 193 470 12 193.1 475 13 193 470 14 185 450

a) Represente a função de produção em causa (Hip. A);

b) Calcule o produto médio do factor V e o seu produto marginal (Hip. A);

c) Suponha que o consumo de outros factores aumentou e em seguida man-

teve-se constante, e que a coluna Hip. B resume agora os novos valores da

produção. Faça o mesmo que em b) para esta nova situação;

d) Suponha que se situa em Hip. A, produzindo 100 unidades de Z. Suponha

que agora passou a consumir 5 unidades de V e a produzir 170 unidades de

Z. Como identifica a lei dos rendimentos decrescentes?

e) Faça o mesmo que em d) mas partindo da produção de 190 unidades de Z

e passando do consumo de 9 unidades de V para 10 unidades com o aumen-

to da produção para 460 unidades de Z.

35. (EKA20) Suponha a seguinte relação entre um factor de produção (variável) X e

o output a que dá origem (Y):

Y(1)= 53 - 1.17 X2 + 25.7 X

a) Represente aquela função de X=0 a X=15.

b) Obtenha a fórmula do produto médio de X e também do produto margi-

nal deste factor.

c) Suponha que o consumo de outros factores de produção aumentou e que

aquela relação entre Y e X vem agora:

Y(2) = 55 - 1.3 X2 + 28 X

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C.P. - 38

como explicita agora a lei dos rendimentos decrescentes?

36. (EKA21) Suponha a seguinte representação do mercado para o bem A:

a) Comente as seguintes observações:

- ao preço de oito u.m. a oferta excede a procura e o preço aumenta;

- para preços superiores a 10 u.m. a oferta vai satisfazer a procura;

- ao preço de 15 u.m. não se venderá nenhuma unidade de bem A porque a

oferta é superior à procura.

b) Se em dada altura o preço do bem A for de 5 u.m., acha que é possível

que se venham a transaccionar 100 unidades ao preço de 10 u.m.?

37. Quais as influências na curva da oferta de um bem de:

a) Aumento dos custos de produção;

b) Avanços tecnológicos na sua produção;

c) Acréscimo de impostos sobre a actividade de produção;

d) Acréscimo da taxa do IVA;

e) Redução substancial no número de empresas produtoras do bem.

38. (EKA22) Considere que o mercado de um dado bem está em equilíbrio. Quais as

consequências nesse mercado de:

a) Um deslocamento da curva da oferta para a direita;

b) Um deslocamento da curva da procura para a direita;

c) Um deslocamento da curva da oferta para a esquerda;

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C.P. - 39

e) Um deslocamento da curva da procura para a esquerda.

39. Suponha que o bem B é complementar de A e que C é um bem substituto de A.

Quais as consequências sobre as quantidades vendidas de A de:

a) Subida do preço do bem B?

b) Descida do preço do bem C?

40. Comente a seguinte observação: “um crescimento simultâneo da oferta e da pro-

cura é logicamente impossível !” .

41. Comente a afirmação: “as despesas com a promoção publicitária de um bem não

fazem parte do custo total desse bem !”.

42. Apresente uma definição de custos fixos e de custos variáveis.

43. Comente a seguinte afirmação: “os encargos de uma empresa com um em-

préstimo obrigacionista não fazem parte dos custos fixos porque deixariam de ser

pagos no caso de a empresa falir !”.

44. Diga se fazem parte dos custos fixos ou dos custos variáveis, o pagamento:

a) Dos vencimentos do quadros superiores administrativos;

b) Das horas extraordinárias dos operários;

c) Do seguro contra incêndio das instalações fabris;

d) Das matérias-primas importadas legalmente;

e) Das matérias-primas compradas no mercado negro.

45. Suponha as seguintes informações sobre os custos da produção do bem A:

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C.P. - 40

Produto Custo Total Custo Médio Acesc. C T Custo Marg. 0 1000 2 1200 600 200 100 4 1400 350 200 100 6 1600 200 100 8 1800

10 2010 12 2230 220 14 2490 16 2810 175.625 18 3250 20 4050

a) Preencha convenientemente o quadro acima;

b) Qual o montante dos custos fixos ali considerados?

c) Compare o comportamento dos custos fixos médios com o comportamen-

to dos custos variáveis médios;

d) A curva dos custos médios é sempre crescente ou sempre decrescente? Jus-

tifique a sua resposta;

e) Para o produto até 10 unidades o custo variável médio é o mesmo que o

custo marginal? Em seu entender isso deve-se ao facto de o custo variável

médio ser constante até esse nível de produção?

f) Faça a representação gráfica do custo marginal, do custo médio e do custo

variável médio. Comente o gráfico obtido.

46. Os custos que acabámos de estudar são custos de curto prazo ou de longo prazo?

47. Em geral, as instalações e o restante equipamento das unidades de produção são

considerados constantes ou variáveis por forma a responderem à procura?

48. Quando as unidades de produção procuram maximizar o lucro escolhendo para

tal a dimensão das instalações e o equipamento apropriado, estamos na situação

de curto ou de longo prazo?

49. Na construção da curva do custo médio de longo prazo supomos que a empresa

conhece o custo médio mais baixo de cada nível do produto associado a dife-

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C.P. - 41

rentes dimensões da produção e independentemente das variações futuras da sua

própria dimensão e de alterações futuras nos preços dos inputs. Faça um gráfico

representando esta nova curva e a curva de curto prazo. Comente o comporta-

mento das curvas presentes nesse gráfico.

50. Na construção daquela curva de longo prazo podemos supor que a empresa des-

conhece a curva do custo médio associado às diversas dimensões que ela própria

poderá tomar?

51. Se estivermos num período de forte crescimento dos preços com (a) alterações dos

preços relativos [(b) ausência de alterações de preços relativos] pode construir a

curva dos custos de longo prazo? Comente a sua resposta (em a) e b)).

52. Na curva dos custos médios de longo prazo procure identificar a zona de ren-

dimentos de escala crescentes com a zona de rendimentos de escala decrescentes.

53. As curvas de oferta de curto prazo são idênticas às curvas de oferta de longo pra-

zo?

54. Dê exemplos de economias externas. Comente os exemplos que deu.

55. Porque razão os custos de oportunidade devem ser tomados em consideração no estu-

do dos custos das empresas. Procure dar um exemplo.

A Presença do Estado na Vida Económica

O papel do Estado. Intervenção do Estado na economia capitalista. Actuação eco-nómica e financeira regular do Estado. Diferenças na importância da sua interven-ção regular.

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C.P. - 42

1. Na sua opinião as ideias e os movimentos sociais poderão influenciar o papel eco-

nómico atribuído ao Estado nas sociedades capitalistas? Dê um exemplo (constru-

ído por si) de cada um daqueles casos.

2. Tenha em conta o Quadro abaixo (Quadro II.17 e II.23 do Relatório do Banco

de Portugal para 1984 e 1985, respectivamente). Diga quais dos seguintes factores

poderão ter contribuído para aquelas diferentes evoluções:

- influência de eleições nos comportamentos dos Governos

- diferente incidência dos custos da energia

- tendência para crescente liberalização de preços

- políticas diferentes de rendimentos

- má situação económica e financeira de empresas públicas

- evolução diferente da inflação no exterior e na nossa economia

Procure justificar as suas respostas.

I.P.C. - % variação -

Total s/hab Preços Administrados

Preços não Administrados

1981 20.0 23.8 19.0 1982 22.4 25.0 21.7 1983 25.5 32.4 23.7 1984 29.3 29.0 29.4 1985 19.3 23.4 18.1

3. De acordo com os objectivos atribuídos aos Planos na C.R.P., que o tipo de Esta-

do que caracterizam?

4. Diga o que se entende por Lei de Wagner. Aponte algumas razões para que a Lei de

Wagner tenha resistido à evolução dos tempos?

5. Defina bens colectivos e dê exemplos. Aplique a estes exemplos aquelas carac-

terísticas.

6. Aponte duas razões, relevantes do ponto de vista económico, para que o Estado

intervenha na economia.

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C.P. - 43

7. Aponte dois exemplos de exterioridades e dê exemplos de como os custos e proveitos

privados se poderão aproximar dos custos e proveitos sociais.

8. A imposição em Londres, no Século XIX, de construir paredes separadoras das

casas em pedra, e não em madeira, parece-lhe uma intromissão indevida do Es-

tado na liberdade individual?

9. Diz-se, por vezes, que o Estado também intervém na economia devido à insta-

bilidade das economias capitalistas. Que se pretende caracterizar com esse concei-

to de estabilidade?

10. Explique, exemplificando, como podem os Impostos actuar sobre a utilização dos

recursos e a repartição dos rendimentos na economia?

11. Faça o mesmo que em 9. para as Despesas.

12. O que é o Orçamento do Estado? Que pretende o Governo, em geral, obter com o

Orçamento?

13. No seu entender porque razão é o Orçamento do Estado tão importante para a

actividade económica em geral?

14. Sabe qual o significado das regras de unicidade e universalidade no que respeita ao

Orçamento do Estado?

15. Distinga Orçamento de Exercício de Orçamento de Gerência.

16. Quais as dificuldades associadas a uma definição de Orçamento Ordinário (ou

Extraordinário)?

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C.P. - 44

17. Defina Despesas Correntes e Despesas de Capital, Receitas Correntes e de Capi-

tal. Dê exemplos.

18. Porque razão se fala na imputação anual dos consumos de bens de capital às

Despesas Correntes na elaboração do Orçamento de Capital?

19. Como calcula a Poupança Corrente do Estado? Terá essa poupança sido negativa

ou positiva em Portugal nos últimos anos? E nos Estados Unidos?

20. Quando fala em Saldo Orçamental refere-se a quê?

Consulte as Contas Nacionais e as Contas das Administrações Públicas para os últimos anos. Tem à sua disposição as publicações estatísticas adequadas na Biblioteca.

21. Quais os Impostos mais importantes nas Receitas do Estado, os Directos ou os

Indirectos?

22. A participação dos Juros da Dívida Pública nas Despesas Orçamentais é inferior

ou superior a 25%?

23. A rubrica Consumo Colectivo inclui os Vencimentos dos funcionários públicos?

24. Indique alguns países cuja participação do Consumo Colectivo no P.I.B. é mais ele-

vada (menos elevada) que em Portugal.

25. A evolução do valor real do V.A.B. das Administrações Públicas traduz uma pro-

dução (real) mais elevada dos bens produzidos por estas?

26. Tendo em atenção os indicadores mínimos acordados em Maastricht, diga se os

valores abaixo indicados, e que respeitam à economia portuguesa, os respeitam

ou não:

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C.P. - 45

Rácios face ao PIB (%) 1993 1994 1995 Défice Orçamental 6.9 5.7 5.2 Dívida Bruta do SPA 67.7 70.0 71.4

27. Conhece as restrições posteriormente impostas aos saldos e à dívida pública no

Pacto de Estabilidade e Crescimento?

Os Mercados e os Preços na Economia

O mercado como representação das economias capitalistas. A organização da activi-dade económica e o mercado. Mercado e sistema de informação. Mercado e liber-dade de escolha. Equilíbrio do produtor. Deslocamento das curvas de oferta e procu-ra e equilíbrio. Estabilidade do equilíbrio. Mercados com fraca elasticidade da pro-cura. Preços máximos e mínimos. Equilíbrio de longo prazo. Limitações à concor-rência: do monopólio simples ao oligopólio.

1. Comente: "numa economia de mercado apenas os vendedores são livres de actu-

ar, os compradores são obrigados a consumir o que está disponível".

2. Defina mercado de concorrência pura e perfeita .

3. Descreva como a tripla questão de O Quê, Como, e Para Quem, é solucionada num

mercado de concorrência pura e perfeita.

4. Porque forma circulam as informações acerca das preferências dos consumidores

e dos produtores? Justifique.

5. As informações que circulam não poderiam mais facilmente ser registadas em po-

tentes computadores ao dispor de todos? Comente ainda a afirmação:

A informação passaria a circular de forma mais eficaz deste modo! Apenas

teríamos de escolher o gabinete do "procurador da informação"!

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C.P. - 46

6. No mercado de concorrência pura e perfeita o preço de 1 Kg. de batatas pode ser

superior ao salário horário de um Secretário de Estado da Cultura?

7. Suponha que na produção de um bem existe um número reduzido de produtores.

De que forma a tripla questão atrás referida poderá ser afectada?

8. Num mercado de concorrência pura e perfeita uma unidade de produção escolhe

a quantidade de produto a vender e os inputs necessários, ou apenas estes últimos?

Ou não escolhe nada daquilo porque apenas pode escolher o preço?

9. Suponha que podemos classificar os comportamentos da procura e da oferta em

dois grupos de agentes com as seguintes características:

Quantidades Preço Oferta Procura

A B A B 1 5 6 25 10

1.5 6 7 20 10 2 7 9 15 10

2.5 8 12 10 10 3 9 16 5 10

3.5 10 21 0 10

a) Construa a curva da procura e da oferta global.

b) Qual o preço de equilíbrio?

c) Classifique o comportamento de oferta B, em termos de elasticidade, rela-

tivamente a A.

d) Classifique o comportamento da procura A e B.

10. (EKA23) Suponha que podemos representar a procura e a oferta de um dado

bem através das duas seguintes funções:

Q = -13.P + 520

Q = 13.P - 130

Qual o preço de equilíbrio e a quantidade transaccionada no mercado desse

bem?

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C.P. - 47

Considere agora que devido a algumas alterações de ordem económica que

afectaram o comportamento dos consumidores (aproveite para sugerir quais)

a nova função da procura do bem vem dada por:

Q = -13.P + 600

Qual o novo preço e quantidade de equilíbrio?

11. (EKA24) Considere dois comportamentos da procura de um mesmo bem assim

representados:

1

1.22

Q 10 0.3.P

Q 100.P−

= −

=

a) Deduza a função procura global.

b) Qual o valor da elasticidade em cada uma daquelas três funções para P =

0.2; 1.2 e 3.

12. (EKA25) Represente um mercado por uma função da procura e uma função da

oferta com elasticidades constantes.

13. (EKA26) Suponha que dado mercado pode ser representado pelas seguintes fun-

ções procura e oferta:

Q P

Q Pt t

t t

= −= − +

−12 130

13 5201.

.

Qual o preço de equilíbrio nesse mercado? O equilíbrio é estável nesse mer-

cado? (Considere que em t=1 o preço é de 30 u.m.).

14. Considere as seguintes funções:

Q P

Q Pt t

t

= ⋅ −= − ⋅ +

−13 130

13 5201

Q P

Q Pt t

t

= ⋅ −= − ⋅ +

−13 130

10 5201

a) Qual o preço de equilíbrio compatível com aquelas funções de oferta e

procura?

b) Suponha uma situação inicial de equilíbrio e que o preço passou a ser

igual a 30 u.m.. Discuta a existência de estabilidade nesses dois mercados.

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C.P. - 48

15. De entre as duas curvas de procura seguintes qual escolheria para representar a

procura de produtos agrícolas em geral?

16. Considere as seguintes Figuras que traduzem diferentes situações de mercado.

Qual delas poderá traduzir a Lei de King?

17. (EKA27) Traduza de forma analítica a Lei de King .

18. (EKA28) Suponha que o mercado de um produto agrícola pode ser representado

pelas duas seguintes funções:

Q P

Q P

= ⋅

= ⋅ −

100

2300

0 009

1 8

.

.

a) Qual o preço e a quantidade de equilíbrio?

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C.P. - 49

b) Considere que o Governo fixou o preço mínimo daquele bem em 15 u.m..

Que razões poderão ter levado o Governo a adoptar tal atitude? Quais as

consequências da fixação do preço a esse nível?

c) Suponha que depois de fixação desse preço, devido à redução do preço re-

lativo dos outros produtos agrícolas, a função que traduz o novo comporta-

mento da oferta é a seguinte:

Q P= ⋅130 0 009,

Comente a nova situação no mercado do referido produto agrícola. Encon-

tra algumas semelhanças com a realidade portuguesa e europeias? Quais?

19. Suponha que a Figura em baixo traduz a situação de um dado mercado.

O Governo procurando baixar o preço de mercado que era de 14 u.m., fixa

um preço máximo de 10 u.m..

a) Quais as consequências de tal medida. No imediato e no longo prazo?

b) Acha possível que se negocei em "mercado negro" aquele bem ao preço de

18 u.m.? E de 30 u.m.?

c) Dê exemplos de mercados em que por vezes esta actuação dos Governos

existe.

20. a) Preencha as casas em branco no Quadro em baixo:

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C.P. - 50

Quantidade CFT CVT CT CM Cm 10 100 ... 161 ... ... 15 ... ... 212.5 ... ... 20 ... ... 260 ... ... 25 ... ... 312.5 ... ... 30 ... ... 420 ... ... 35 ... ... 595 ... ... 40 ... ... 960 ... ...

CFT: custos fixos totais; CVT: custos variáveis totais; CT: custos totais; CM: custos médios; Cm: custos marginais.

b) Suponha que o preço do bem é de 10.5 u.m.. Construa mais duas colunas

com as receitas totais e com os lucros. Faça o mesmo para o preço de 35

u.m..

c) Represente num gráfico os lucros associados às diferentes quantidades para

cada um daqueles preços. Comente os resultados obtidos.

d) Suponha que o preço passa de 12.5 u.m. para 21.5 u.m.. Comente a actu-

ação do produtor face a esta variação de preço.

e) Suponha agora que o preço é de 9 u.m.. Qual a actuação do produtor?

f) Em face do resultado obtido na questão anterior, comente a seguinte afir-

mação: "o objectivo do produtor é a obtenção do lucro máximo".

21. Considere a seguinte situação de custos:

Qual a situação correspondente ao equilíbrio de longo prazo (co,Qo) ou

(c1,Q1)? Alguma daquelas situações corresponde ao equilíbrio de curto pra-

zo? Justifique as suas respostas.

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C.P. - 51

22. Considere duas unidades de produção, A e B, cujos custos estão representados

nas Figuras em baixo.

Comente a situação das unidades de produção A e B do ponto de vista

da dimensão quando o preço de mercado é:

a) de P0

b) de P1.

23. (EKA29) Suponha um mercado de concorrência pura e perfeita e uma dada uni-

dade de produção. Para esta unidade de produção considere a seguinte função de

custos variáveis:

lnCV = + +. . . . .2 005 22Q Q

e suponha ainda que os custos fixos são de montante igual a 8 u.m..

a) Deduza a função de custos médios e procure representar graficamente tal

função.

b) Faça o mesmo que em a) para os custos marginais.

c) Determine o valor da produção correspondente ao equilíbrio de longo pra-

zo.

d) Suponha que o preço de mercado é de 5 u.m.. Qual a oferta da empresa?

Qual o lucro por unidade produzida?

24. Para si, o estudo dos mercados de concorrência pura e perfeita é importante por-

que a realidade dos mercados corresponde a essa situação?

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C.P. - 52

25. Comente: "o equilíbrio de longo prazo é sempre atingido desde que a liberdade

de produzir dado bem seja limitada, senão nunca poderá ser atingido".

26. Quais as diferenças entre mercado de concorrência pura e perfeita e a situação de

monopólio:

a) do ponto de vista dos compradores?

b) do ponto de vista dos produtores?

27. Que significa para si a expressão monopólio natural?

28. Aponte algumas das razões para a existência de monopólios.

29. (EKA30) Considere que uma dada unidade de produção apresenta os seus custos

(totais) definidos pela seguinte função:

lnC = + ⋅ +0 01 0 0003 0 32. . . .Q Q

e que a curva da procura do seu bem vem dada por:

P Q= ⋅ −3200 0 619.

a) Caracterize a situação de mercado onde actua esta unidade de produção.

b) Obtenha a função de custos marginais e a função de receitas marginais.

c) Determine a quantidade a produzir.

d) Determine o preço de mercado e o lucro por unidade produzida.

e) Obtenha também o preço correspondente aos custos marginais da produ-

ção da unidade de produção.

f) Qual a situação de preço e quantidade correspondente ao equilíbrio de

longo prazo?

30. (EKA31) Suponhamos uma unidade de produção que terá o seguinte compor-

tamento de custos:

lnC( ) . . .Q Q Q= + ⋅ + ⋅0 01 0 00035 0 322

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C.P. - 53

A sua localização, país A, B ou C, dependerá do lucro por unidade a produ-

zir.

Admitamos os seguintes comportamentos dos consumidores naqueles países:

A: P

B: P

C: P

= ⋅

= ⋅

= ⋅

3000

1000

1200

0 62

0 03

0 89

Q

Q

Q

.

.

.

a) Qual o lucro por unidade produzida em cada um daqueles países?

b) Qual o mercado escolhido?

c) Quais os preços que caracterizam cada um daqueles mercados? Justifique

as diferenças entre aqueles preços.

31. (EKA32) Suponha que duas unidades de produção (de bens quase substitutos)

apresentam o mesmo comportamento de custos:

lnC = + ⋅ + ⋅0 01 0 00025 0 42. . .Q Q

e que defrontam os seguintes comportamentos dos seus consumidores:

P Q

P QA

B

= ⋅

= ⋅

3000

1000

0 62

0 03

.

.

a) Em que tipo de mercado actuam?

b) Qual a produção de uma e outra unidade de produção e os preços que

praticam?

c) Por diversos motivos (quais?) o comportamento dos consumidores do bem

produzido pela segunda unidade de produção passou a ser o seguinte:

P QB = ⋅ −500 0 03.

i) Qual a nova produção desta unidade de produção?

ii) Que preço passou a praticar?

iii) Os seus lucros unitários aumentaram ou diminuíram?

32. a) Em sua opinião uma unidade de produção, num mercado de concorrência

pura e perfeita, tem interesse na diferenciação do seu produto?

b) Como acha que poderá consegui-lo?

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C.P. - 54

c) Descreva graficamente as duas situações, de não diferenciação e de diferen-

ciação.

33. Quais as diferenças que em seu entender existem entre a situação discutida acima

e a de monopólio puro?

34. Que entende por oligopólio? Distinga oligopólio de concorrência monopolística.

35. Quais as explicações avançadas para justificar uma curva de oferta num mercado

oligopolista do seguinte tipo:

36. Que entende por Cartel ? Apresente alguns traços característicos do seu com-

portamento.

A Moeda, o Crédito e o Financiamento

A dimensão social do bem moeda. As funções da moeda. As diferentes formas de mo-eda. A velocidade de circulação da moeda. Os conceitos de procura e oferta de moeda e de mercado do crédito. O financiamento da economia e os procedimentos da políti-ca monetária.

1. Exponha as funções da moeda. Descreva o que entende por cada uma das fun-

ções.

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C.P. - 55

2. Quais as características do bem moeda. Aplique essas características a uma nota

do Banco de Portugal e a uma outra do Banco de Inglaterra.

3. Que características devem ter as "senhas de refeição" para poderem ser conside-

radas como moeda?

4. Que entende por moeda metálica?

5. E por moeda de corpo inteiro? E por moeda representativa?

6. Que significado atribui às expressões monometalismo e bimetalismo ?

7. Sabe quais as razões que levaram o bimetalismo a ser de difícil aplicação?

8. Acha que "cartas de jogar" tenham sido usadas como moeda num forte militar

isolado na América do Norte, no Século passado? Porque razão os produtores de

tabaco de alguns Estados dos E.U.A. pretendiam um padrão-tabaco e rejeitavam

o padrão-ouro ?

9. Já ouviu falar em hiper-inflações . Que significado atribui a esses fenómenos?

10. Fale do que conhece das divergências entre as posições do Currency Principle e do

Banking Principle .

11. Distinga "notas de banco convertíveis" e "notas de banco inconvertíveis". As ac-

tuais são de que tipo?

12. Que entende por moeda escritural? Dê exemplos de como esta moeda circula.

13. Caracterize o conceito liquidez.

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C.P. - 56

14. Que designam os economistas por massa monetária? E por disponibilidades mo-

netárias e quase-moeda?

15. O princípio vigente na lei portuguesa é o da banca universal. Sabe o que quer

dizer essa expressão?

16. Distinga "Depósitos à Ordem" de "Depósitos a Prazo e de Poupança"

17. Distinga velocidade de circulação-transacções da moeda de velocidade de cir-

culação-rendimento da moeda?

18. Calcule a velocidade de circulação-rendimento da moeda para dois países eu-

ropeus. Compare os valores obtidos?

18. (EKA33) Numa dada economia a velocidade de circulação da moeda tem o se-

guinte comportamento:

V i p= ⋅ ⋅4 2 0 12 0 15. . .

a) Interprete aquela função em termos de comportamentos dos agentes eco-

nómicos.

b) Tendo em atenção a equação das trocas deduza a expressão de M.

c) Comente: "a mesma quantidade de moeda é compatível com uma situação

de taxa de inflação mais baixa e taxa de juro mais baixa". Justifique a sua

resposta.

19. As variáveis M e T são da mesma natureza (stock ou fluxo )?

20. Que significado atribui ao conceito de oferta de moeda? Como se processa nas

nossas economias a criação de moeda.

21. Como é alimentada a oferta de moeda? Exemplifique através de uma criação

permanente e através de uma criação temporária.

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C.P. - 57

22. Sabe o que é uma operação de crédito? Em que se distingue uma operação de

crédito de um banco de um outro qualquer agente?

23. Defina multiplicador de crédito. Distinga valor efectivo do multiplicador de valor

potencial do multiplicador. De que dependerá o valor efectivo deste multipli-

cador?

24. Procure dar uma classificação das operações de crédito.

25. Quais as operações de crédito são mais características dos bancos: operações de

curto e médio prazo ou de longo prazo?

26. O crédito às famílias é mais importante que o crédito às empresas? Procure justi-

ficar a sua resposta. Responda tendo em conta os respectivos níveis e a importân-

cia de cada um no processo de criação do produto.

27. Tem alguma ideia do que se pretende caracterizar com a expressão mercado fi-

nanceiro?

28. Apresente e classifique algumas operações do mercado financeiro.

29. Sabe o que é uma Bolsa de Valores? Que negócios acha que são lá efectuados?

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C.P. - 58

O Nível Global e as Flutuações da Actividade Económica

Despesa e Oferta Global. Taxa de Juro. Clássicos e Keynesianos. Equilíbrio e desequi-líbrio ex ante. Poupança e investimento. Multiplicador: visão estática e dinâmica. Estado e Exterior no modelo macroeconómico. Investimento: do comportamento microeconómico ao comportamento macroeconómico. Equilíbrio no mercado de bens (IS). Procura de moeda activa e inactiva. Os motivos para detenção de moeda. Equilíbrio monetário (LM). Equilíbrio Global.

1. Quais as principais diferenças entre a análise microeconómica e a análise ma-

croeconómica?

2. Que papel apresenta a igualdade da poupança e do investimento no chamado

modelo “clássico”?

3. Como pode a taxa de juro ser influenciada pela preferência temporal dos agentes

económicos? A estrutura etária da população poderá ter alguma influência sobre

a preferência temporal numa economia nacional?

4. Qual o papel da taxa de juro na determinação do nível de poupança?

5. Dê algumas características económicas da época em que Keynes escreveu a sua

“Teoria geral”. Na sua opinião a que ficou a dever-se a importância desta obra?

6. Porque razão não era satisfatória a posição da análise económica em meados dos

anos trinta?

7. Poderá ser dito que Keynes introduz realismo na sua análise das economias ca-

pitalistas?

8. Como caracterizava Keynes os autores “clássicos”?

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C.P. - 59

9. Exponha o papel da flexibilidade de preços e quantidades para os autores “clássi-

cos”.

10. Qual o significado, na análise “clássica”, de equilíbrio no mercado real? Que pre-

ços são aí determinados?

11. Qual a importância da teoria quantitativa da moeda na análise “clássica”?

12. Diga o que entende por moeda neutra.

13. Já ouviu falar em análise dicotómica e análise integrada. Distinga-as.

14. Defina a composição da oferta global e da despesa global no modelo keynesiano

simples.

15. (EKA34) Suponha uma economia com apenas consumo privado e investimento

(autónomo). Considere a seguinte função consumo, C=0.8 Y + 100, e que o in-

vestimento se eleva a 300 u.m.. Supondo que a oferta ex ante é de: i) 1 500, ii) 3

000, e iii) 2 000. Comente as situações i), ii) e iii).

16. Na economia descrita em 15. discuta o comportamento do investimento e da

poupança. Se afinal o investimento tem de ser igual à poupança, em equilíbrio, o

que distingue esta maneira de analisar os comportamentos da economia da ma-

neira de ver “clássica”?

17. (EKA35) Sabendo que C = 0.8 Y + 20 e admitindo que a oferta global é apenas

formada por Consumo e Investimento, de quanto deve ser a procura e a oferta

global para que a economia se encontre numa situação de equilíbrio.

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C.P. - 60

18. Mostre num quadro com as seguintes colunas: ∆I, ∆Y, ∆C e ∆S, e por vagas su-

cessivas, o resultado de um acréscimo (permanente) de 100 u.m. do Investimento.

Suponha que a função consumo toma a seguinte forma:

a) C = 0.6 Y + 10

b) C = 0.8 Y + 30

Comente as diferenças que obteve.

19. No caso de b), da questão anterior, suponha que por altura da segunda vaga o

Investimento se reduziu de 100 u.m.. Comente o novo resultado que obteve e

compare-o com o anterior.

20. (EKA36) Suponha a presença do Estado. Admitindo que o comportamento de

consumo se traduz por C = 0.8 (Y-T) + 25 e que o Investimento é de 250 u.m.,

a) qual o nível de rendimento de equilíbrio, quando

i) T = G = 0;

ii) T = G = 50;

iii) T = 50 e G = 80; e

iv) T = 80 e G = 50

b) Explique a razão para os diferentes resultado que obteve.

21. (EKA37) Considere uma economia caracterizada por:

C = .8 (Y-T) + 100 I = 300

G = 500 T = 200

X = 500 M = 600

a) Qual a oferta global de equilíbrio?

b) Qual a oferta global de equilíbrio quando:

i) ∆I = 100 ii) ∆G = 100 iii) ∆T = 100

iv) ∆X = 100 v) ∆M = 100 vi) ∆G = ∆T = 100

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C.P. - 61

22. Defina taxa de rendimento interno de um investimento.

23. (EKA38) (a) Aplicando o montante de 1 000 u.m. durante sete anos à taxa anual

de 13.5%, qual o valor final da aplicação? (b) Suponha agora uma aplicação fi-

nanceira no montante de 2 500 u.m., que lhe rende durante quatro anos 500

u.m. por ano (fim de ano) e cujo reembolso de capital é feito no final do quarto

ano. Qual a taxa de juro desta operação? (c) Considere o seguinte quadro de des-

pesas e receitas que caracterizam um dado investimento:

Anos 0 1 2 3 4 5 6

Despesas 10 000 200 250 250 250 250 300

Receitas 500 750 7 000 7 000 6 000

Qual a taxa de rentabilidade interna deste investimento?

24. (EKA39) Considere que uma economia se caracteriza pelos seguintes compor-

tamentos:

C = 20 + 0.8 Y e I = 100 - 100 r

a) Defina e determine: - a procura global; - a oferta global; e - o nível de

poupança e de investimento. Para tal considere os seguintes valores da taxa

de juro (r): 9%, 10%, 13%, 20% e 40%. Comente os diferentes resultados a

que chegou.

b) Faça o mesmo para a função investimento: I = 100 - 70 r. Explique as di-

ferenças nos resultados obtidos.

25. (EKA40) Faça o mesmo que no exercício anterior (24.), mas para:

C = 100 + 0.8 Y e I = 14.1 r-1.77

Supondo os seguintes valores da taxa de juro (r): 10%, 3%, 8%, 20%, 30% e

35%. Comente os resultados que obteve.

26. Exponha os motivos que levam os agentes a deter moeda.

a) Distinguindo o comportamento das famílias do das empresas.

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C.P. - 62

b) Distinguindo o comportamento de entesouramento do desentesouramento.

27. Como define moeda activa? Que factores poderão fazer variar esta quantidade de

moeda? Distinga os diferentes responsáveis por essa criação.

28. A procura de moeda inactiva é ou não dependente da taxa de juro? Porquê?

29. Construa a curva da procura de moeda por motivo especulação quando todos os

agentes na economia antecipam uma taxa de juro normal de 4%. Esta última

taxa é de curto ou de longo prazo?

30. Deduza a curva LM quando a procura de moeda vem dada por:

a) L = 0.25 Y - 10 r

b) L = 0.50 Y - 10 r

c) L = 0.50 Y - 20 r

Comente as diferenças entre as curvas que acabou de obter.

31. (EKA41) Tome as seguintes funções que traduzem comportamentos monetários

numa economia:

M1 = 0.32 Y0.9 - motivo transacção

M2 = 12 Y0.08 - motivo precaução

M3 = 0.12 r-2.85 - motivo especulação

a) defina procura global de moeda

b) Que valor toma a procura de moeda quando o rendimento é de 1 000

u.m. e a taxa de juro toma os seguintes valores: 3%, 5%, 10% e 25%. Co-

mente os diferentes resultados que obteve.

c) Quais os valores da taxa de juro para uma oferta de moeda igual a 900

u.m., 790 u.m. e 750 u.m.. Comente os resultados obtidos.

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C.P. - 63

32. (EKA42) Suponha que a procura de moeda vem dada por L = 0.25 Y - 10 r.

Quando a oferta de moeda é igual a 100 u.m. e a taxa de juro é igual a 10%, qual

o rendimento de equilíbrio? Qual o rendimento de equilíbrio quando a taxa de

juro é de 3%, 5% ou 20%? Comente os diferentes resultados que obteve.

33. (EKA43) Considere a seguinte função procura de moeda,

L Y r=

⋅ ⋅ −1

50114 0 2. .

a) Deduza a curva LM correspondente. Quando a oferta de moeda é de

1000 u.m., qual o nível de rendimento de equilíbrio para as seguintes taxas

de juro: 5%, 8%, 10% e 20%? Comente os resultados que acabou de obter.

b) Suponha um aumento da oferta de moeda de 5%. Para os níveis de ren-

dimento anteriores quais os valores da taxa de juro de equilíbrio? Comente,

comparando com os valores da alínea anterior.

c) O mesmo que em a) e b) para:

L Y r=

⋅ ⋅ −1

5098 0 2. .

34. (EKA44) Admita que uma economia possa ser representada pelos seguintes com-

portamentos:

C = 100 + .8 Y

I = 1.3 rα

L = 0.13 Yβ rγ

- defina e apresente a procura e a oferta global

- defina e apresente as condições de equilíbrio macroeconómico

Considerando que a oferta de moeda é de 800 u.m., e os seguintes va-

lores para aqueles parâmetros, α = -2.1, β = 1.2 e γ = -0.1, obtenha:

i) o montante do consumo e da poupança e investimento

ii) o valor da taxa de juro

iii) o montante da procura e da oferta global

35. Tome o seguinte gráfico:

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C.P. - 64

Suponha que as curvas A e B podem representar a oferta de pleno emprego.

Qual delas (A ou B) traduz o caso keynesiano?

36. Suponha que as curvas seguintes traduzem diferentes economias:

Considere variações das despesas autónomas e da quantidade de oferta moe-

da.

Discuta variações nas variáveis exógenas capazes de fazer deslocar o equilí-

brio para os valores de pleno emprego.

37. Considere o seguinte gráfico:

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C.P. - 65

Comente a situação do ponto de vista do equilíbrio e do desequilíbrio existente

nesta economia. Em seu entender como pode o equilíbrio ser atingido?

38. O valor do multiplicador a) do investimento

b) da oferta de moeda

varia com a maior ou menor elasticidade juro da procura de moeda e elasticidade

juro do investimento? Justifique a sua resposta.

39. Comente as diferenças entre os multiplicadores de emprego do investimento au-

tónomo nos casos de:

- economia fechada

- economia fechada mas com Estado

- o investimento ser apenas autónomo ou também depender da taxa de juro

40. Qual a situação mais favorável para um crescimento do rendimento a partir de

uma variação da oferta de moeda, uma elasticidade juro da procura de moeda

nula ou infinita? Porquê? Utilize um gráfico IS-LM para responder à sua questão.

41. Que diferenças aponta para o quantitativismo de preços e de rendimento?

42. Se a determinação de preços no longo prazo se fizer de acordo com as hipóteses

avançadas pela teoria quantitativa da moeda, que significado têm as políticas

monetárias conjunturais para elevação do nível de emprego?

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C.P. - 66

43. Suponha que é dada a seguinte definição de pleno emprego: "ponto onde a elasti-

cidade da oferta se torna nula". Distinga os aspectos psicológicos e de disponibili-

dade de factores associada a esta definição. É esta a definição que tomou para

classificar uma situação de "pleno emprego"?

O Crescimento Económico

Definição de crescimento económico. Crescimento e desenvolvimento económico. Modelos de representação do crescimento económico. Modelos de inspiração Keyne-siana e neo-clássica. Crescimento equilibrado. Progresso técnico. Crescimento endó-geno.

1. Porque razão se identifica “crescimento económico” com “crescimento con-

tinuado” das economias?

2. Suponha três economias, A, B e C, que durante quinze anos tiveram a seguinte

evolução do seu produto:

Economia Taxas de crescimento médio primeiros 5 anos últimos 10 anos A 1% 2,5% B 4,5% -2,2% C -1,5% 3,8%

Pode identificar em que casos podemos falar, sem dúvidas, de crescimento eco-

nómico? Já agora, qual das economias teve uma variação média do seu produto

mais elevada na totalidade do período?

3. Dê alguns exemplos em que sem dificuldade aceitamos que estamos perante cres-

cimento económico sem desenvolvimento económico.

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C.P. - 67

4. Parece-lhe correcto dizer que o crescimento económico é acompanhado pela me-

lhoria das condições de trabalho? Aponte algumas razões para a existência de tal

fenómeno.

5. As desigualdades no mundo, medidas pelo rendimento per capita, têm vindo a re-

duzir-se ou a aumentar? Qual a situação específica dos países africanos?

6. Compare as taxas médias de crescimento do produto nos últimos trinta a quaren-

ta anos das seguintes economias: Hong-Kong, Coreia do Sul, Marrocos, Zaire,

Japão, Alemanha, Suécia, Estados Unidos, Portugal e Espanha. Utilize as World

Tables publicadas pelo Banco Mundial e que estão disponíveis na Biblioteca.

7. Compare a evolução do produto de Portugal, Espanha, Grécia e Turquia, para

os seguintes períodos: 1960-69, 1970-1979, 1980-89 e 1990-(...).

8. Qual a década em que nasceu Domar? e Harrod? Qual deles nasceu antes de

Keynes?

9. Distinga antecipações de curto prazo de antecipações de longo prazo. Esclareça

porque razão não associa de forma imediata “prazo” com períodos de tempo.

10. 10. Que papel contraditório desempenha a propensão à poupança do pon-

to de vista:

i. - da formação da procura

ii. - da acumulação de capital?

11. Diga o que entende por crescimento equilibrado numa economia.

12. Apresente:

- a equação de equilíbrio do montante de capital e de poupança antecipada

- a equação do multiplicador (simples) keynesiano.

E deduza a condição de equilíbrio do modelo de crescimento de Harrod.

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C.P. - 68

13. Considere três economias, A, B e C, com as seguintes características:

A B C dC/dY .80 .90 .95 Kt=o 100 100 100 υ 2.5 2.5 2.5

Qual a taxa de crescimento do produto e qual o montante de capital que teria de

ser antecipado para t=1 naquelas três economias, para que o seu crescimento seja

equilibrado? Comente os resultados efectivos.

14. Considere a economia B. Admita que o crescimento do produto foi de 5%. Qual

o crescimento efectivo do investimento? Compare o crescimento efectivo do pro-

duto e do investimento com o necessário ao crescimento equilibrado dessa econo-

mia.

15. Faça justamente o mesmo para a economia A.

16. Que consequências advirão para o crescimento de uma economia quando se veri-

fica uma tendência para a queda da sua propensão a poupar? E um aumento? A

intervenção do Estado poderá desempenhar algum papel, num e noutro caso?

17. Distinga efeito de capacidade de efeito rendimento do investimento.

a) Que papel desempenham numa economia em situação de pleno-emprego?

b) E numa situação de sub-emprego?

18. Com base nas equações do efeito rendimento e capacidade do investimento de-

duza a equação de equilíbrio do modelo de Domar.

19. Que consequências prevê para uma economia em que se verifica uma tendência

para o crescimento da produtividade média do investimento?

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C.P. - 69

20. Porque razão ao equilíbrio no modelo de Harrod e de Domar nos referimos como

equilíbrio do “fio da navalha”?

21. Distinga o papel da poupança nos modelos de crescimento keynesiano e neo-

clássico.

22. Das três figuras com diferentes evoluções do stock de capital, qual a economia

que mais lhe chamou a atenção? Porquê?

23. Deduza a equação que nos diz que o investimento por trabalhador é função do

produto por trabalhador.

24. Na hipótese de o crescimento da população ser nulo, deduza a condição de equi-

líbrio para o nível do stock de capital por trabalhador e exponha os motivos por-

que essa situação de equilíbrio é estável.

25. (EKA45) Represente num gráfico as funções de produção do produto por tra-

balhador: y = k.4 e y=k.55. Compare-as.

26. (EKA46) Suponha uma economia, sem crescimento da população, cuja produção

pode ser representada por y=k.4, em que o capital tem a duração média de vinte

anos e a propensão a poupar é de 15%. Represente graficamente o equilíbrio do

produto e do montante de capital nesta economia. Admita que a duração média

do capital se reduz para quinze anos. Faça a correspondente representação gráfi-

ca e exponha como será eliminado o desequilíbrio assim criado.

27. (EKA47) Considere uma economia com população constante e com as seguintes

características:

y = k.4

s = 10%

duração média do capital = 15 anos.

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C.P. - 70

a) Calcule o montante de capital e do produto por trabalhador correspon-

dente à situação de equilíbrio.

b) Suponha a economia na situação anterior. Admita que a taxa de poupan-

ça passou para 20%. Quais os novos valores de equilíbrio do capital e do

produto. Compare-os com os anteriores e comente. Determine os valores

efectivos do capital e do produto ao fim de cinco e dez períodos. Comente o

processo de convergência para os novos valores de equilíbrio.

28. Que papel desempenha a poupança e a duração do capital num modelo como o

que estamos a considerar? Acompanhe a sua resposta com uma exposição gráfica.

29. Deduza a condição de equilíbrio do montante de capital numa economia com

crescimento da população.

30. (EKA48) Suponha uma economia com as seguintes características:

y = k.45

s = 10%

duração média do capital = dez anos

taxa de crescimento da população = 2%

Represente graficamente a condição de equilíbrio do valor do capital e do produ-

to por trabalhador.

31. (EKA49) Suponha agora uma economia com as seguintes características:

y = k.45

s = 10%

duração média do capital = quinze anos

axa de crescimento da população = 1.8%

a) Qual o montante de capital e de produto de equilíbrio?

b) Quais as consequências sobre o nível de rendimento se a taxa de cresci-

mento da população passasse para 3%? Comente os resultados que obteve.

c) Escolha valores da taxa de poupança e do crescimento da população com-

patíveis com um crescimento do produto de equilíbrio de 50%.

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C.P. - 71

32. Na sua opinião a evolução tecnológica tem influência sobre o crescimento do

produto? Porquê?

33. Tendo por base uma função do tipo Cobb-Douglas, exemplifique como pode o

progresso técnico e a formação dos trabalhadores serem representados. Admita

diferentes hipóteses de representação.

34. (EKA50) Suponha uma economia caracterizada pela seguinte função de produ-

ção: ( )Y K L B t K L( , ) ( ). .= ⋅ ⋅

0 4 0 6 , onde B t et( ) . /= ⋅102 20 . Considere que o valor de L

é de 10 unidades.

a) Caracterize a função que acabámos de apresentar.

b) Represente graficamente a função de produção Y K L( , )para os períodos

t=0 e t=8.

c) Para os mesmos períodos e supondo K=15 obtenha a taxa de variação mé-

dia do produto. Comente o resultado obtido.

35. (EKA51) Suponha uma economia caracterizada pela seguinte função de pro-

dução: ( )Y K L K C t L( , ) ( ). .= ⋅ ⋅0 35 0 65

, onde C t et( ) . /= ⋅1132 80 . Considere que o valor

de K é de 500 unidades.

a) Caracterize esta última função de produção.

b) Represente graficamente a função de produção Y K L( , ) para os períodos

t=0 e t=10.

c) Para os mesmos períodos e supondo L=750 obtenha a taxa de variação

média do produto. Comente o resultado obtido.

36. (EKA52) Suponha uma economia caracterizada pela seguinte função de pro-

dução:

( ) ( )Y K L B t K C t L( , ) ( ) ( ). .

= ⋅ ⋅ ⋅0 4 0 6

, com B t et( ) . /= ⋅102 20 e C t et( ) . /= ⋅1132 80 .

Considere que o valor de L é de 100 unidades.

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C.P. - 72

a) Caracterize esta última função de produção.

b) Represente graficamente a função de produção Y K L( , ) para os períodos

t=0 e t=5.

c) Para os mesmos períodos e supondo K=150 obtenha a taxa de variação

média do produto. Comente o resultado obtido.

37. Que pretendemos dizer com:

- progresso técnico poupador de trabalho

- progresso técnico poupador de capital

- progresso técnico neutro

no sentido que lhe deu Hicks?

38. Quando comparamos os níveis de rendimento de países ricos e pobres, ou as suas

taxas de crescimento do produto, somos levados a reduzir a importância da elas-

ticidade do produto relativamente ao trabalho. Explique porquê.

39. Proponha uma forma de representar a evolução tecnológica “produzida” na pró-

pria economia, recorrendo ainda à função de produção tipo Cobb-Douglas.

40. Esclareça convenientemente porquê a função de produção Cobb-Douglas pode ser

o reflexo da estabilidade de repartição dos rendimentos na economia.

41. Escreva as funções de produção Cobb-Douglas correspondentes a duas economias,

com estabilidade na repartição de rendimentos, onde a parte dos salários é de

50% e de 70% do produto, respectivamente.

42. Qual a razão apontada para que a incorporação do progresso técnico levasse à

redução do valor da elasticidade trabalho do volume de produção? A expressão

“crescimento endógeno” diz-lhe alguma coisa?

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C.P. - 73

43. (EKA53) Considere duas economias, A e B, cuja produção se caracterizam pelas

seguintes funções de produção:

(A) ( )Y K L= ⋅0 35 0 65. .

(B) ( )Y A K L= ⋅ ⋅0 35 0 65. . , com A K L= ⋅ −0 55 0 55. . .

Considere para as duas economias um stock de capital de 1.5.

a) Caracterize aquelas duas funções de produção

b) Admita que em A, L=2.98 e que em B, L=1,5. Determine os respectivos

valores de produção (que são idênticos)

c) Suponha que o capital passou de 1.5 para 2.0, nas duas economias. Aten-

dendo aos valores anteriores de L determine os novos valores da produção.

d) Calcule o valor do stock de capital que a economia A deveria possuir para

produzir o mesmo nível de produto que a economia B.

e) Depois de efectuado o cálculo respeitante a d) transforme os valores da

produção até aqui obtidos em valores per capita

f) Comente os resultados em termos de produção global e de produção per ca-

pita.

Análise Macroeconómica de Pequenas Economias Abertas

Conceito e medida de economia aberta. Representação macroeconómica de uma pe-quena economia aberta. Balança comercial e elasticidades preços das importações. Efeitos rendimento de uma desvalorização cambial. Balança de pagamentos. Taxas de câmbio. Câmbios fixos e flexíveis. Políticas orçamentais, monetárias e comerciais em diferentes regimes cambiais.

1. Que significado atribui à afirmação “a economia A é mais aberta que a economia

B”.

2. Que indicadores acha mais apropriados para medir o grau de abertura de uma

economia?

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C.P. - 74

3. Em sua opinião qual das economias em cada grupo é mais aberta:

a) Paquistão e Índia b) Bélgica e Alemanha

c) Japão e China c) Brasil e Argentina

4. Comente a evolução do grau de abertura da economia portuguesa de 1950 a

1990 e em especial de 1977 a 1994.

5. Compare a evolução das importações e exportações da economia portuguesa nos

anos posteriores a 1986.

6. Defina taxa de câmbio ao “incerto”. Porque motivo a forma de indicar as taxas

de câmbio em Londres é ao “certo”.

7. No quadro em baixo, nas colunas A, temos um conjunto de iniciais que iden-

tificam diferentes moedas europeias, para além do dólar. Escolha os valores em

escudos, em Lisboa, nas colunas B, correspondentes àquelas moedas.

A B A B ATS 32.7 GBP 152.0 BEF 243.5 GRD 5.0 CHF 14.5 IEP 30.1 DEM 125.6 ITL 102.6 ESP 235.0 NLG .098 FIM 92.7 SEK 22.9 FRF 1.21 USD .67

8. Com base naqueles valores acima dê a cotação PTE/GBP e PTE/DEM. Como

designa este tipo de cotação?

9. Sabe qual a cotação do euro em escudos?

10. Represente num gráfico, com investimento, poupança e saldo da balança em or-

denadas e rendimento em abcissas, o equilíbrio de uma economia com a seguinte

representação:

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C.P. - 75

1. C = co + c.Y

2. Im = Imo + m.Y

3. B = X - Im

4. Y + Ym = C + I + X

(classifique cada uma daquelas equações)

Naquele mesmo gráfico suponha que:

a) a propensão marginal a consumir aumentou

b) as exportações aumentaram

c) a propensão marginal a importar diminuiu

d) o investimento aumentou

- exponha as consequências sobre o saldo da Balança e sobre o nível de rendi-

mento de equilíbrio.

11. (EKA54) Considere uma economia com as seguintes equações de comportamen-

to:

C = 100 + 0.8 Y

Im = 15 + 0.25 Y

e onde I = 1000 e X = 500.

a) Calcule o saldo da balança e o rendimento de equilíbrio

b) Represente graficamente o equilíbrio de rendimento desta economia

12. (EKA55) Admita que uma economia apresenta em dada altura as seguintes carac-

terísticas:

C = 100 + .8 Y

Im = 15 + 0.25 Y

X = 500 I = 1000

Suponha que em dada altura a propensão marginal a importar passou para 0.35.

a) Quais os valores de equilíbrio do saldo da balança e do rendimento, na-

quelas duas situações

b) Represente graficamente as duas situações de equilíbrio

c) Comente os diferentes resultados daquelas duas situações

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C.P. - 76

13. (EKA56) Suponha uma economia com as seguintes características:

C Y

Y

I

= + ⋅

= ⋅= =

100 0 85

0 915

1200 500

0 85

.

Im . .

X

a) Calcule o valor do saldo da balança e do rendimento de equilíbrio

b) Admitindo que as exportações sofreram uma aumento, passando para

800, e que a elasticidade rendimento das importações passou a ser de 0.95,

quais os novos valores de equilíbrio da balança e do rendimento.

c) Explique as diferenças entre os resultados obtidos em a) e b).

14. Exponha os mecanismos pelos quais uma desvalorização cambial pode afectar o

saldo da balança comercial de uma economia.

15. Conhece a condição do chamado teorema das elasticidades críticas?

16. Exponha algumas das razões que explicam a chamada curva em “J” da evolução

do saldo perante uma desvalorização.

17. Que entende por “pricing to market”. Que consequências provocam sobre a polí-

tica de redução do saldo da balança através da desvalorização da moeda nacio-

nal.

18. (EKA57) Suponha a economia correspondente a 12) a).

a) Suponha que a elasticidade rendimento das importações passou para 0.95.

Qual o montante das exportações que permitiria manter o nível de rendi-

mento anterior. Comente o resultado obtido.

b) Suponha que as exportações continuam a ser de 500 mas que o investi-

mento passou para 2000 unidades. Qual o valor da elasticidade rendimento

das importações compatível com a manutenção do rendimento ao nível do

obtido em 12) a).

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C.P. - 77

19. Quais os efeitos sobre o rendimento de equilíbrio de uma economia de uma vari-

ação da componente autónoma do consumo (ou do investimento) que se traduza

totalmente numa variação das importações? Faça as deduções algébricas adequa-

das.

20. (EKA58) Suponha que numa economia as funções de importação (avaliada em

dólares) e exportação são as seguintes:

X e PE

e Y

= ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅−

127

0 019

0 65 0 35

0 25 0 95

. '

Im . '

. .

. .

onde PE, índice da procura externa, tem o valor de 100.0, e’ é igual a 150.0 e o

nível de rendimento é de 1000.0.

a) Qual o valor

- da elasticidade taxa de cambio das importações?

- da elasticidade taxa de cambio das exportações?

- da elasticidade rendimento das importações?

b) Qual o saldo da balança?

c) Suponha que a taxa de câmbio se desvaloriza passando para 160.0. Qual o

valor do novo saldo da balança? Contava com este resultado? Porquê?

21. Exponha os mecanismos pelos quais uma desvalorização cambial pode afectar o

valor do rendimento de equilíbrio de uma economia.

22. Tendo em conta os efeitos da desvalorização sobre o saldo da balança deduza os

seus efeitos sobre o nível de rendimento de equilíbrio.

23. (EKA59) Tenha em conta uma economia cujas funções de importação (avaliada

em dólares) e de exportação são representadas por:

X e PE

e Y

= ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅−

127

0 019

0 69 0 35

0 25 0 95

. '

Im . '

. .

. .

A função consumo é dada por C Y= + ⋅100 0 85. .

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C.P. - 78

Suponha ainda que o índice de procura externa (PE) tem o valor de 100, a

taxa de câmbio (e’) o valor de 150, as despesas de investimento o valor de 1500 e

os gastos do Estado são de 500.

a) Determine o saldo da balança comercial e o valor do rendimento de equi-

líbrio

b) Suponha que se registou uma desvalorização da moeda nacional levando a

taxa de câmbio a ter o valor de 165. Determine os valores da balança e do

rendimento correspondentes ao novo nível de equilíbrio. Comente os resul-

tados com os que obteve em a).

c) Admita que para além da desvalorização o Governo aumentou em 10% o

montante total dos seus gastos. Obtenha para esta nova situação os valores

da balança e do rendimento de equilíbrio. Compare os resultados obtidos

com os que obteve em b) e em a).

24. (EKA60) Considere agora uma economia cujas funções de importação (avaliada

em dólares) e de exportação são representadas por:

X e PE

e Y

= ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅−

127

0 019

1 3 0 35

0 25 0 95

. '

Im . '

. .

. .

A função consumo é dada por C Y= + ⋅100 0 85. .

Suponha ainda que o índice de procura externa (PE) tem o valor de 100, a

taxa de câmbio (e’) o valor de 150, as despesas de investimento o valor de 1500 e

os gastos do Estado são de 500.

a) Determine o saldo da balança comercial e o valor do rendimento de equilí-

brio

b) Suponha que se registou uma desvalorização da moeda nacional levando a

taxa de câmbio a ter o valor de 165. Determine os valores da balança e do

rendimento correspondentes ao novo nível de equilíbrio. Comente os resul-

tados com os que obteve em a).

c) Admita que para além da desvalorização o Governo aumentou em 10% o

montante total dos seus gastos. Obtenha para esta nova situação os valores

da balança e do rendimento de equilíbrio. Compare os resultados obtidos

com os que obteve em b) e em a).

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C.P. - 79

d) Compare os resultados agora obtidos com os do exemplo anterior (22.).

Porque motivo os resultados são tão diferentes?

25. Comente: “quanto mais elevada a poupança de uma economia mais os efeitos de

uma desvalorização sobre o saldo da balança se fazem sentir !”. Exponha o seu

raciocínio (a)) de forma literária e (b)) de forma matemática.

26. Considere a seguinte balança de pagamentos:

Unidades Monetárias Débito Crédito Saldo Bens e Serviços 800 500 -300 Rendimentos do Trab e Capital 70 60 -10 Transferências Unilaterais 30 200 170 Operações de Investimento 450 550 100 Créditos Concedidos e Recebidos 390 410 20 Variação Haveres c.p. das OIM -140 Variação das Reservas Oficiais Líq 160

a) Indique o valor das Importações e das Exportações?

b) Sabe a que corresponde a rubrica “Transferências Unilaterias”?

c) Calcule o saldo da balança comercial, da balança de transacções correntes

e o vulgarmente designado como saldo da balança de pagamentos.

d) Como se regista na balança a entrada de divisas naquela economia?

27. Diga quais das seguintes afirmações são falsas ou verdadeiras:

Afirmação V F O saldo da balança de pagamentos dos EUA é positivo O saldo da b.de p.dos EUA é negativo sendo 25% do PNB O saldo da b.de p.dos EUA é negativo sendo 2.5% do PNB O saldo da balança comercial da Alemanha é negativo O saldo da balança comercial da França é positivo O saldo da balança comercial portuguesa foi positivo de 1960 a 1986 O saldo da balança comercial portuguesa é agora negativo O saldo da balança de pagamentos portuguesa é negativo

28. Dê um exemplo que possa ser considerado como resultado do risco de câmbio.

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C.P. - 80

29. Que entende por risco da taxa de juro? Exemplifique. Faça o mesmo para o risco

de liquidez e de contrapartida.

30. Supondo um mundo com ausência de qualquer tipo de risco haveria razões para

que as taxas de juro das diferentes economias fossem diferentes? Porquê?

31. Porque motivo não são as taxas de juro nominais das diferentes economias iguais?

32. Tendo em atenção a sua resposta em 30. esclareça se o mesmo se passa, ou não,

para as taxas de juro reais.

33. Porque motivo tomamos os títulos de dívida pública como tendo, do ponto de

vista exclusivamente interno, um risco nulo? Que tipo de risco estamos aqui a fa-

lar?

34. Os Estados Unidos e a Alemanha têm ou não capacidade para influenciar, atra-

vés da sua política, as taxas de juro mundiais e europeias? Conhece episódios des-

sa capacidade de influência?

35. Uma pequena economia aberta, como a portuguesa, pode influenciar, através da

política do seu banco central, as taxas de juro internacionais? Porquê?

36. Deduza a curva LM apropriada a uma economia aberta (LM*). Faça o mesmo

para a curva IS (IS*). Não se esqueça de precisar que tipo de indicação da taxa de

câmbio está a utilizar.

37. Distinga regime de câmbios fixos de regime de câmbios flexíveis.

38. Sabe quando se registou a passagem de câmbios fixos (ajustáveis) a câmbios flexí-

veis depois da segunda grande guerra? Faz alguma ideia das razões de tal altera-

ção?

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C.P. - 81

39. Suponha uma economia com câmbios flexíveis. Represente graficamente o equi-

líbrio (IS*/LM*) dos valores da taxa de câmbio e do rendimento.

40. Suponha agora:

a) uma redução dos impostos

b) um aumento dos gastos do Governo

c) um acréscimo na propensão à importação de bens do exterior

d) um aumento do poder concorrencial das nossas exportações

e faça as alterações adequadas na representação do equilíbrio da economia

comentando as alterações dos valores de equilíbrio que entretanto foi regis-

tando.

41. Suponha também que:

a) o banco central provoca o aumento da quantidade de moeda em circula-

ção

b) o banco central aumenta de forma drástica a taxa de reservas bancárias

c) as taxas de juro internacionais aumentaram

e faça as alterações adequadas na representação do equilíbrio da economia co-

mentando os novos valores de equilíbrio que obteve em cada caso.

42. Tendo em conta que o Governo de uma pequena economia aberta também tem

ao seu dispor uma série de medidas que dificultam as importações e facilitam as

exportações, seja por medidas de natureza administrativa ou de carácter mais

económico, como impostos e subsídios. Quais os efeitos, em regime de câmbios

flexíveis, dessas medidas proteccionistas?

43. Considere que estamos num regime de câmbios fixos. Obtenha, graficamente o

valor da taxa de câmbio (fixa) que corresponde ao equilíbrio macroeconómico.

Admita também que i) a taxa possa ter sido fixada a um nível demasiado elevado;

ou ii) que tenha sido fixada a um nível mais baixo que o de equilíbrio. Quais as

consequências previsíveis de tais erros. Distinga claramente os casos i) e ii).

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C.P. - 82

44. Represente a situação de equilíbrio IS*/LM* em regime de câmbios fixos. Supo-

nha agora:

a) um aumento dos impostos

b) uma redução dos gastos do Governo

c) uma diminuição da propensão à importação de bens do exterior

d) uma redução do poder concorrencial das nossas exportações

e faça as alterações adequadas na representação do equilíbrio da economia co-

mentando as alterações dos valores de equilíbrio que entretanto foi registando.

45. Suponha também que:

a) o banco central provoca uma redução da quantidade de moeda em circu-

lação

b) o banco central reduz a taxa de reservas bancárias

c) as taxas de juro internacionais diminuíram

e faça as alterações adequadas na representação do equilíbrio da economia

comentando os novos valores de equilíbrio que obteve em cada caso.

46. Quais os efeitos, em regime de câmbios fixos, de medidas comerciais protec-

cionistas?

47. Procure dar exemplos de medidas proteccionistas que não envolvam alterações de

impostos alfandegários. Distinga medidas para

a. produtos agrícolas e outros;

b. produtos alimentares e outros; e

c. serviços e outros.

48. Num regime de câmbios ancorados numa moeda internacional, e com respeito

pela livre cambismo, quais as políticas que poderão afectar positivamente o volu-

me de emprego?

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C.P. - 83

49. (EKA61) Suponha que uma economia que se caracteriza pelos seguintes com-

portamentos:

C Y

I r

Be

M r Y

= + ⋅

= ⋅

= ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅

300 0 80

80

4311

12

0 56

3 5

0 6 112

.

.

.

.

.

. .

onde ∂ é um parâmetro utilizado para representar o grau de proteccionismo (∂=1

representa a sua ausência). Admita ainda os seguintes valores para essa economia:

M = 1500; r = .10; G = 120 e ∂ = 1.0.

a) Calcule o valor da taxa de câmbio de equilíbrio, assim como os valores do

rendimento e do saldo da balança.

b) Suponha que i) os gastos do governo aumentaram 15%; ii) diminuíram

15%. Calcule os novos valores das variáveis macroeconómicas relevantes e

comente-os face aos valores que obteve em a).

c) Suponha que a oferta de moeda i) aumentou 20%; ii) diminuiu 15%.

Calcule os novos valores das variáveis macroeconómicas relevantes e

comente-os face aos valores que obteve em a).

d) Suponha que a taxa de juro i) passou para 15% (0.15); ii) baixou para

9.5% (0.95). Calcule os novos valores das variáveis macroeconómicas rele-

vantes e comente-os face aos valores que obteve em a).

e) Suponha finalmente que a política comercial se alterou levando i) a passar

o parâmetro ∂ para 1.15; ii) a reduzir o parâmetro ∂ para 0.85. Calcule os

novos valores das variáveis macroeconómicas relevantes e comente-os face

aos valores que obteve em a).

50. (EKA62) Suponha agora uma outra economia que se caracteriza pelos seguintes

comportamentos:

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C.P. - 84

C Y

I r

Be

M r Y

= + ⋅

= ⋅

= ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅

300 0 80

80

10517511

12

0 56

1 3

0 6 112

.

.

.

.

.

. .

Considere que em tudo o resto não se distingue da economia do exercício anteri-

or. Responda, adequado àquelas características acima, às alíneas de a) a e) do

exercício anterior. Compare os resultados acima obtidos com os que agora obte-

ve.

51. (EKA63) Tenha em conta que uma economia apresenta as seguintes funções de

comportamento:

C Y

I r

Be

M r Y

= + ⋅

= ⋅

= ⋅ ⋅

= ⋅ ⋅

300 0 80

80

10517511

12

0 56

1 3

0 6 112

.

.

.

.

.

. .

A taxa de juro tem o valor de 10% (0.10), os gastos do Governo montam a 120, e

parâmetro de proteccionismo (∂) tem o valor unitário. Tendo em conta que o re-

gime cambial é de câmbios fixos, e que o respectivo Governo fixou a taxa de

câmbio, em termos de dólares por cada 100 PTE, em 0.6666641683.

a) Calcule o valor da oferta de moeda, assim como os valores do rendimento

e do saldo da balança de equilíbrio.

b) Suponha que i) os gastos do governo aumentaram 25%; ii) diminuíram

25%. Calcule os novos valores das variáveis macroeconómicas relevantes e

comente-os face aos valores que obteve em a).

c) Suponha que a oferta de moeda i) aumentou 25%; ii) diminuiu 25%. Cal-

cule os novos valores das variáveis macroeconómicas relevantes e comente-os

face aos valores que obteve em a). Não se esqueça que o regime cambial é de

câmbios fixos.

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C.P. - 85

d) Suponha que a taxa de juro i) passou para 17.5% (0.175); ii) baixou para

2.5% (0.25). Calcule os novos valores das variáveis macroeconómicas rele-

vantes e comente-os face aos valores que obteve em a).

e) Suponha finalmente que a política comercial se alterou levando i) a passar

o parâmetro ∂ para 1.25; ii) a reduzir o parâmetro ∂ para 0.75. Calcule os

novos valores das variáveis macroeconómicas relevantes e comente-os face

aos valores que obteve em a).

f) Sabe identificar as razões porque os resultados que agora obteve são tão di-

ferentes dos que obteve no exercício 48).

O Espaço Económico Mundial

Organização internacional das trocas e dos pagamentos. Formas de integração das economias. Bretton Woods, F.M.I. e o período posterior a 1971. A União Europeia e o Sistema Monetário Europeu. A união económica e monetária europeia.

1. Que pretendemos designar por S.M.I.?

2. Sabe o que foi o G.A.T.T.? Teve alguma influência na liberalização do comércio

internacional?

3. Sabe se Portugal fez de imediato parte do G.A.T.T.? E da O.N.U.?

4. Quais os princípios gerais que caracterizaram o G.A.T.T.? Que papel desem-

penharam o que ficou conhecido por “rounds”?

5. Sabe qual foi o último “round”? Como foi designado? Quais os seus objectivos

principais? Que factores podem ser avançados para a longa duração dessas nego-

ciações? Que organização foi criada para continuar a actuar a nível internacional

no comércio mundial?

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C.P. - 86

6. É natural que o economista e o político tenham as mesmas ideias sobre os benefí-

cios do proteccionismo? Porquê?

7. Sabe o que significam as iniciais W.T.O.? Quando foi criada?

8. Faça a distinção entre “zona preferencial”, “associação de livre troca”, “união

alfandegária”, “mercado comum” e “união económica”.

9. Dê alguns exemplos de acordos de trocas preferenciais, indicando quais os países

envolvidos?

10. A formação de zonas de trocas preferenciais é criadora de maior riqueza a nível

internacional, ou pelo contrário apenas a redistribui por diferentes áreas geográ-

ficas?

11. Explique os benefícios de existência de uma moeda padrão internacional? Pode-

mos ver a sua origem como um processo de redução de custos de transacção?

12. Qual a moeda padrão nas trocas internacionais nos nossos dias?

13. Explique em que consiste a explicação do valor de uma moeda em termos da pa-

ridade do poder de compra (em termos absolutos).

14. E em termos da paridade de poder de compra relativa?

15. Como pode o valor de uma moeda ser afectado pelas diferenças das taxas de juro

internas e internacionais?

16. Comente o seguinte texto que foi publicado no “Público” de 15 de Agosto de

1996, p. 36:

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C.P. - 87

O BUNDESBANK, que há três semanas provocou os mercados financeiros com a divul-gação da sua intenção de reduzir as taxas de juros - o que não chegou a ocorrer -, vol-tou ontem a reafirmar o desejo da instituição em concretizar este objectivo. Apenas um dia após o banco central alemão divulgar como provável a redução das taxas de juro, o responsável pelo departamento económico do Bundesbank, Otmar Is-sing, defendeu uma baixa na cotação do marco nos mercados financeiros internacio-nais.

(Nota: na semana seguinte a esta notícia, o Bundesbank reduziu mesmo a sua taxa de cedência de fundos.)

17. Sabe quais as principais características do sistema monetário saído das reuniões

de Bretton Woods?

18. Que se pretende dizer por “século do esterlino”?

19. Comente a seguinte frase “os pagamentos multilaterais dispensam a utilização de

moeda internacional”.

20. Quais forma os maiores problemas, na ordem monetária internacional, que se

registaram entre as duas grandes guerras?

21. Em 1931 a Inglaterra suspende a obrigação de o Banco de Inglaterra vender ouro

em troca de Libras. Sabe explicar porquê?

22. Por vezes é feita referência aos problemas do padrão-ouro, no início dos anos

trinta, como sendo “a guerra bloco-ouro / bloco-dólar”. Porquê?

23. Quais as posições que mais se realçaram na Conferência de Bretton Woods?

24. Descreva o que conhece do plano White e do plano Keynes.

25. Que objectivos eram prioritários para o F.M.I., no contexto saído daquela Confe-

rência?

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C.P. - 88

26. Sabe em que consistiu a chamada “ajuda Marshall”? Qual a posição do Governo

português relativamente a tal “ajuda”?

27. A convertibilidade das principais moedas europeias em benefício dos não resi-

dentes data de 1960, 1940 ou 1930?

28. Descreva os acontecimentos mais interessantes ligados ao chamado “Pool do

Ouro”.

29. A convertibilidade em ouro do dólar é suspensa em 1981, 1971, 1961 ou 1951?

30. Conhece as medidas que foram tomadas em Dezembro de 1971, 1961, ou 1951,

por Pompidou e Nixon nos Açores?

31. Exponha algumas das consequências da Gerra do Kippour e da primeira crise do petró-

leo sobre os pagamentos internacionais.

32. O regime pós Bretton Woods foi um regime de câmbios flexíveis. Porquê?

33. Sabe quais os objectivos principais dos acordos do Plaza Hotel e do Louvre?

34. Exponha sucintamente os passos mais marcantes da evolução do Sistema Mo-

netário Europeu.

35. Quais as principais características do actual sistema monetário internacional?

36. A União Europeia está indiscutivelmente ligada ao Tratado assinado em Maas-

tricht porquê? Aquele Tratado foi assinado em 1981, 1991 ou 1994?

37. Quais as fases que foram definidas para se atingir a U.E.M.? (Aliás, que significa

U.E.M.?)

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C.P. - 89

38. Quais os critérios acordados para que as economias passem à chamada terceira

fase? Em quais a economia portuguesa apresenta dificuldades?

39. Qual o significado da cláusula “opting out”?

40. Defina “união económica e monetária”.

41. Exponha os benefícios daquela “união”. Exponha também as desvantagens.

42. Em que consistiu o ecu? E o euro?

43. Comente a seguinte observação: “o ecu foi sempre dependentente da cotação do

dólar”.

44. Comente: “a futura moeda europeia poderia ter sido emitida pelo Banco central

alemão”.

45. Que argumentos são em geral invocados pelos economistas quando:

- defendem a União Económica e Monetária Europeia

- criticam a União Económica e Monetária Europeia.

46. Já ouviu falar do “Pacto de Estabilidade e Crescimento”? Que compromissos fo-

ram aceites pelos países da U.E. nesse Pacto? A quem se aplicarão as medidas aí

acordadas?

47. Comente a seguinte notícia de alguns jornais em 29/9/99

Em 1998, de 60 países em desenvolvimento que alteraram as suas leis sobre o investimento estrangeiro, 94% fizeram-no no sentido da sua liberalização. As multinacionais foram as grandes beneficiadas. Aliás, em 1998 a produ-ção dessas empresas em mercados externos atingiu 11 biliões de dólares ul-trapassando os 7 biliões de dólares das exportações totais mundiais.

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Os Preços e a Inflação

Determinação geral de preços e suas variações. Tipos de inflação. Avaliação de custos e benefícios da inflação. Conceito de ilusão monetária. Consequências do excesso-procura global. O papel da curva de Phillips. Algumas explicações dos processos infla-cionistas.

1. Defina inflação em termos dos preços a que se aplica e da evolução desses preços.

2. Como explica que os economistas se oponham, em geral, à inflação reprimida?

3. Sabe o que mede o I.P.C.?

4. Distinga entre índice de preços no consumo, índice de preços a retalho, índice de

preços por grosso e índice de preços implícitos no produto.

5. Comente a frase: “a única coisa que devemos reter é o fenómeno da inflação: os

preços estão sempre a crescer!”

6. Como designa as situações inversas às da inflação, àquelas em que os preços, em

geral, caem de uma forma continuada?

7. Comente, em Portugal:

a. Os preços cresceram sempre, umas vezes mais outras menos

b. Apenas no século passado tivemos situações de queda de preços

c. Desde o início do século XX os preços cresceram a taxas crescentes.

8. Descreva de forma sucinta a evolução dos preços no período posterior à segunda

Grande Guerra em Portugal?

9. Podemos falar em inflação de salários, inflação de preços e inflação de lucros?

Distinga cada uma destas designações.

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C.P. - 91

10. Descreva de forma sucinta a evolução dos salários reais na nossa economia.

11. Faça o mesmo para os salários mínimos (veja o quadro publicada mais acima).

12. Distinga taxa de juro nominal de real. A inflação conduz, no muito curto prazo e

no curto e médio prazo à redução da taxa de juro real? Explique.

13. Apresente argumentos que defendem os benefícios da inflação.

14. Faça o mesmo para a crítica a esse benefícios e realce os seus custos.

15. Explique o que se entende por alteração de comportamentos gerados pela infla-

ção.

16. A dificuldade do cálculo e da incerteza aumentam nas situações de inflação? Diga

como se tal acontecer.

17. Suponha duas situações de inflação. Uma com taxa de 4% e outra de 30%. Ha-

vendo um erro de ¼ por parte das unidades de produção e dos sindicatos na an-

tecipação daqueles valores indique os ganhos e perdas de uns e outros que resul-

taram desse erro (para mais ou para menos). Comente os seus resultados.

18. Utilize o gráfico dos 45º para traduzir as situações de desvio inflacionista e de

desvio deflacionista.

19. Que entende por ilusão monetária dos trabalhadores?

20. Quais as consequência sobre o nível do produto e dos preços de existir ilusão mo-

netária dos trabalhadores quando

a. A inflação aumentou

b. A inflação diminuiu

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C.P. - 92

21. Sabe explicar as razões que levaram os economistas a aceitarem a ilusão monetá-

ria dos trabalhadores e não a das unidades de produção?

22. As ideias de Keynes sobre o excesso procura global (de How to Pay for the War)

também se aplicam em períodos de paz? Explique em que situações.

23. Que se pretendia explicar com a curva de Phillips?

24. Quais as hipóteses subjacentes àquela curva? Comente-as.

25. Os deslocamentos da curva de Phillips podem ficar a dever-se a várias circunstân-

cias. Quais?

26. A introdução de antecipações inflacionistas pode levar a gerar uma curva vertical

ou uma ligeiramente menos direita (empinada). Explique como e quais os funda-

mentos da escolha de uma ou outra hipótese.

27. Comente: “ainda que a curva de Phillips seja vertical é sempre possível associar

um nível de preços mais elevado com um menor nível da taxa de desemprego”.

28. Que fundamentos são utilizados pelos autores que admitem a formação de preços

como tratando-se da aplicação de uma taxa de margem aos custos?

29. Que pode levar os preços a alterarem-se nestas situações?

30. Que custos são em geral tomados por aqueles autores? Explique as razões que os

levaram a fazer essa selecção.

31. Comente: “uma economia com um sector monopolísta é um economia com in-

flação permanente devido à elevação do grau de monopólio!”.

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32. Esclareça quais as responsabilidades na inflação de um sector concorrencial, e

outro monopolísta, numa economia em que eles coexistam.

33. De que forma pode a estrutura de rendimentos numa economia ser um factor

que contribui para se gerarem e manterem processos inflacionistas. Dê exemplos

(inventados por si).

34. Sabe fazer uma distribuição geográfica das taxas de inflação no mundo? Tendo

de o fazer em que informação se basearia?

35. Consulte a informação disponível sobre a inflação na União Europeia. Ordene os

países por valores crescentes de inflação no último ano.

36. Tome os valores da taxa de inflação anual nos últimos doze meses disponíveis. Os

seus valores podem ser tomados como constantes, decrescentes ou crescentes?

37. O Banco de Portugal desdobrou o índice de preços no consumidor em duas com-

ponentes: bens transaccionáveis e bens não-transaccionáveis. Como evoluiu nos

últimos doze meses a taxa de inflação para aqueles dois grupos de países?

38. Que explicações dá ao facto de as taxas de inflação daqueles dois grupos de bens

serem diferentes? As diferenças poderão ser permanentes? Justifique.

39. Considere duas situações de evolução de um índice de preços numa economia, A

e B, para três anos. Como pode verificar a evolução da inflação é diferente nas

duas situações.

a. Comente a diferença.

b. Calcule a taxa de inflação, para os dois últimos anos em termos de

i. Taxa média anual

ii. Taxa anual homóloga

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C.P. - 94

Comente os resultados que obteve. Que generalização poderá fazer a

partir deste exemplo. Acha que a pode aplicar ao comportamento dos

políticos a propósito da inflação?

Mês Ano 1 Ano 2 Ano 3

Mês A B A B A B Jan 100,00 100,00 206,66 709,53 825,81 2687,32 Fev 103,50 120,50 226,29 812,41 953,81 2915,74 Mar 107,64 144,60 248,92 926,15 1106,42 3149,00 Abr 112,48 172,80 275,06 1051,18 1288,98 3385,18 Mai 118,11 205,63 305,32 1187,83 1508,10 3622,14 Jun 124,60 243,67 340,43 1336,31 1772,02 3857,58 Jul 132,08 287,53 381,28 1496,67 2090,99 4089,03

Ago 140,67 337,85 428,94 1668,79 2477,82 4313,93 Set 150,51 395,28 484,70 1852,35 2948,60 4529,63 Out 161,80 460,50 550,14 2046,85 3523,58 4733,46 Nov 174,74 534,18 627,16 2251,54 4228,30 4922,80 Dez 189,60 616,98 718,09 2465,43 5095,10 5095,10