levantamento do potencial medicinal das plantas produzidas

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (1-26), 2014 ISSN 18088597 LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS E DISPENSADAS NA PASTORAL DA SAÚDE DE ITAPURANGA/GO Sílvia Matias Pereira 1 ; Thaís Weslaine Ferreira de Almeida 1 ; Astenisa dos Santos Ferreira Dias 2 ; Claudio Tavares Pinheiro 3 ; Valéria Rodrigues de Sousa 4 ; Gabrielle Rodrigues Cunha Silva 5 ; Carla Rosane Mendanha da Cunha 5 . 1 Acadêmica do curso de Ciências Biológicas da UEG- Campus Itapuranga Goiás; 2 Professora de estágio do Curso de Ciências Biológicas da UEG- Campus Itapuranga; 3 Coordenador do curso de História da UEG- Campus Itapuranga. 4 Professora 5 Co-orientadora, coordenadora do curso de Ciências Biológicas da UEG Campus Itapuranga. 6 Orientadora, professora do curso de Ciências Biológicas da UEG Campus Itapuranga, Faculdade Montes Belos e Secretária de Saúde do Governo do Distrito Federal. RESUMO O uso de plantas medicinais é uma tradição antiga realizada com frequência pelas diferentes sociedades. No município de Itapuranga observou-se que esta prática é muito comum entre os indivíduos, a qual segundo eles exerce resultados positivos no tratamento de diversas enfermidades. Assim, o presente estudo visa avaliar as plantas medicinais fornecidas pela Pastoral da Saúde do município, de modo a verificar não apenas seu potencial curativo, seus efeitos adversos, com intuito de auxiliar a população no uso racional destes fármacos bem como sua empregabilidade no SUS. Foi realizado um levantamento do número de casos notificados nos últimos cinco anos de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Após, houve uma entrevista com a coordenadora da Pastoral da Saúde, para ser realizado o levantamento das plantas medicinais produzidas e dispensadas pela instituição. Por fim, foi elaborada uma tabela instrutiva das plantas medicinais fornecidas pela Pastoral e as principais do bioma cerrado, com a finalidade de informar a população e ser utilizada como material de apoio pelos voluntários e beneficiados pela instituição em pesquisa. Verificou-se que poucas doenças são notificadas pela Secretaria Municipal de Saúde, o que torna esse sistema ineficaz, os agravos comuns não são relatados, portanto, não constatou inicialmente uma correlação entre as plantas medicinais produzidas e dispensadas pela Pastoral. No entanto, observou-se 36 fórmulas farmacêuticas, sendo 16 (44%) multicompostos, dentre eles garrafada para gota, depurativo do sangue, xarope antialérgico e outros, e 20 (56%) compostos isolados com efeito biológico comprovado na Farmacopeia da 1ª e 5ª edição, como o barbatimão, ipê-roxo, angico, cana de macaco, jatobá e sucupira. Analisando os dados, muitas dessas fórmulas farmacêuticas, possuem efeito colateral se não administradas na dosagem correta, portanto, é necessário o uso racional de medicamentos para que ocorra o efeito desejado, ao contrário, podem ocorrer danos à saúde. Palavras-chave: Flora medicinal; Pastoral da Saúde; Plantas medicinais; Cerrado e Fitoterapia.

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Page 1: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (1-26), 2014 ISSN 18088597

LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS E

DISPENSADAS NA PASTORAL DA SAÚDE DE ITAPURANGA/GO

Sílvia Matias Pereira1; Thaís Weslaine Ferreira de Almeida1; Astenisa dos Santos Ferreira

Dias2; Claudio Tavares Pinheiro3; Valéria Rodrigues de Sousa4; Gabrielle Rodrigues Cunha

Silva5; Carla Rosane Mendanha da Cunha5.

1 Acadêmica do curso de Ciências Biológicas da UEG- Campus Itapuranga Goiás; 2 Professora de estágio do Curso de Ciências Biológicas da UEG- Campus Itapuranga; 3 Coordenador do curso de História da UEG- Campus Itapuranga. 4 Professora 5 Co-orientadora, coordenadora do curso de Ciências Biológicas da UEG – Campus Itapuranga. 6 Orientadora, professora do curso de Ciências Biológicas da UEG – Campus Itapuranga,

Faculdade Montes Belos e Secretária de Saúde do Governo do Distrito Federal.

RESUMO

O uso de plantas medicinais é uma tradição antiga realizada com frequência pelas diferentes

sociedades. No município de Itapuranga observou-se que esta prática é muito comum entre

os indivíduos, a qual segundo eles exerce resultados positivos no tratamento de diversas

enfermidades. Assim, o presente estudo visa avaliar as plantas medicinais fornecidas pela

Pastoral da Saúde do município, de modo a verificar não apenas seu potencial curativo,

seus efeitos adversos, com intuito de auxiliar a população no uso racional destes fármacos

bem como sua empregabilidade no SUS. Foi realizado um levantamento do número de casos

notificados nos últimos cinco anos de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (SINAN). Após, houve uma entrevista com a coordenadora da Pastoral da Saúde,

para ser realizado o levantamento das plantas medicinais produzidas e dispensadas pela

instituição. Por fim, foi elaborada uma tabela instrutiva das plantas medicinais fornecidas

pela Pastoral e as principais do bioma cerrado, com a finalidade de informar a população

e ser utilizada como material de apoio pelos voluntários e beneficiados pela instituição

em pesquisa. Verificou-se que poucas doenças são notificadas pela Secretaria Municipal

de Saúde, o que torna esse sistema ineficaz, os agravos comuns não são relatados, portanto,

não constatou inicialmente uma correlação entre as plantas medicinais produzidas e

dispensadas pela Pastoral. No entanto, observou-se 36 fórmulas farmacêuticas, sendo 16

(44%) multicompostos, dentre eles garrafada para gota, depurativo do sangue, xarope

antialérgico e outros, e 20 (56%) compostos isolados com efeito biológico comprovado na

Farmacopeia da 1ª e 5ª edição, como o barbatimão, ipê-roxo, angico, cana de macaco,

jatobá e sucupira. Analisando os dados, muitas dessas fórmulas farmacêuticas, possuem

efeito colateral se não administradas na dosagem correta, portanto, é necessário o uso racional

de medicamentos para que ocorra o efeito desejado, ao contrário, podem ocorrer danos à

saúde.

Palavras-chave: Flora medicinal; Pastoral da Saúde; Plantas medicinais; Cerrado e

Fitoterapia.

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (2-26), 2014 ISSN 18088597

ABSTRACT

The use of medicinal plants is an ancient tradition often held by different societies. In the

municipality of Itapuranga we observed that this practice is very common among individuals,

which according to them has positive results in the treatment of various diseases. Thus, this

study aims to evaluate the medicinal plants provided by the Ministry of Health of the

municipality in order to not only verify its curative potential, but also its adverse effects, in

order to assist the population in the rational use of these drugs warning them about their benefits

and risks, and their possible implementation in the treatment of diseases of the Unified Health

System (SUS). In a survey of experimental data of the numbers of cases reported in the last five

years and the number of confirmed cases in accordance with the Information System for

Notifiable Diseases (SINAN) together with the City Health Department. Then, there was an

interview with the coordinator of the Health Ministry, the lifting of produced and dispensed by

the institution medicinal plants to be realized. Finally, it will be prepared an instructive table of

medicinal plants provided by the Ministry and the main cerrado biome, with the purpose of

informing the public and be used as collateral by the volunteers and beneficiaries of the research

institution. It was found that few diseases are notified by the Municipal Health Secretariat,

which makes this ineffective system, common diseases are not reported, therefore not initially

found a correlation between medicinal plants produced and dispensed by the Ministry.

However, we observed 36 pharmaceutical formulas, 16 (44%) multicompostos, including

garrafada for gout, blood cleanser, anti-allergy syrup and others, and 20 (56%) isolated

compounds with proven biological effect in the Pharmacopoeia of the 1st and 5th edition, as

the extracts, ipe purple, mimosa, monkey cane, jatoba and sucupira. Analyzing the data, many

of these pharmaceutical formulations, have no side effect if it is not administered in the correct

dose, so the rational use of drugs is needed for the desired effect, on the contrary there might

be damage.

Keywords: medicinal flora, Ministry of Health, herbal, herbal medicine and cerrado.

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (3-26), 2014 ISSN 18088597

1. INTRODUÇÃO

A utilização de plantas para

fins terapêuticos é uma prática antiga

realizada pela civilização humana no

decorrer de séculos, baseado em

descobertas ao acaso, onde eram

empregados produtos de origem mineral,

vegetal e animal, sendo estes, as

principais fontes de drogas (LAMEIRA e

PINTO, 2008). No Brasil, o conhecimento

de plantas medicinais, foi transmitido e

disseminado pela cultura indígena, evento

este, impulsionado pela biodiversidade

existente (SANTOS, 2009).

No período da Idade Média a

influência da Igreja Católica em diversas

áreas de estudo, que inclui o uso da

natureza como principal fonte de cura,

se propagou até os dias atuais, derivando

de pesquisas em mosteiros até se

confirmar em várias instituições, dentre

elas, a Pastoral da Saúde (BADKE, 2008).

No decorrer da história à

medida que o Brasil se povoava,

manifestaram- se inúmeras doenças, no

entanto, apenas uma parcela da

população, constituída por trabalhadores

vinculados a institutos privados, recebiam

assistência médica (SANTOS e

GERHARDT, 2008), foi neste contexto

que o governo pressionado por diversos

indivíduos comprometidos com o

reconhecimento dos direitos sociais dos

cidadãos criou o Sistema Único de Saúde

(SUS) com a finalidade de tratar a saúde

na sua integralidade, com igualdade no

acesso a bens e serviços sociais (BRASIL,

2003).

Com o propósito de melhorar

o serviço de saúde prestado a população, o

Sistema Único de Saúde (SUS)

juntamente com a Organização Mundial

de Saúde (OMS), reconhece o uso de

plantas medicinais com fins terapêuticos,

e assegura o emprego desses fitoterápicos

na atenção básica de saúde (BRASIL,

2011).

Na população mundial, o uso

de plantas medicinais expandiu-se a tal

ponto que apesar da medicina moderna

estar bastante desenvolvida, uma ampla

parcela da população ainda recorre à

medicina tradicional (LIMA, 2009).

Nesse contexto, faz-se necessária a

preocupação técnica e científica de todos

os envolvidos, visando o uso racional de

medicamentos (BRASIL, 2006).

No Brasil o uso consciente de

medicamentos torna-se uma realidade

distante tanto no âmbito hospitalar

quanto no comunitário, principalmente

no que refere ao uso de plantas

medicinais. Esta prática se dá devido à

automedicação, à crença de que

medicamentos naturais não fornecem

riscos a saúde, a falta de informação por

parte dos pacientes e o auto custo de

consultas médicas e de medicamentos

(ROZENFELD, 1989 apud CASTRO,

2002).

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (5-26), 2014 ISSN 18088597

Admite-se que o cuidado

realizado por meio de plantas seja

favorável à saúde humana, deste que o

usuário tenha conhecimento prévio da sua

finalidade, riscos e benefícios, tornando-

se capaz de lidar com fatos que causam

diversas doenças que consequentemente

ocasionará mudanças de atitudes e

comportamentos errôneos (BRADKE et

al., 2012).

Desse modo, como uso de

plantas medicinais é uma tradição antiga

realizada com frequência pelas diferentes

sociedades, no município de

Itapuranga/GO observou-se que esta

prática é muito comum, a qual exerce

resultados positivos no tratamento de

diversas enfermidades. Nesse sentido, o

presente estudo tem como objetivo avaliar

as plantas medicinais produzidas e

dispensadas na Pastoral da Saúde do

município e verificar se as mesmas

possuem potencial para os tratamentos e

agravos do Sistema Único de Saúde (SUS),

além do fornecimento de uma tabela

instrutiva das plantas medicinais

fornecidas pela Pastoral e as principais

do bioma cerrado, que servirá como guia

científico para a instituição da pesquisa, e

aos indivíduos beneficiados pela mesma,

onde contribuirá para a melhoria na

qualidade de vida da população em geral.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho desenvolvido

constitui-se um estudo descritivo do tipo

exploratório, com abordagem qualitativa e

quantitativa dos dados em conjunto com

uma revisão da literatura especializada,

sendo elaborado no período de fevereiro a

outubro de 2014, no qual realizou

consultas em inúmeros livros, revistas e

artigos científicos, artigos esses

selecionados através da busca no banco

de dados do Scielo, Bireme, Medline e

outros.

A amostra do presente estudo

é intencional, baseada em um grupo de

interesse, a Pastoral da Saúde de

Itapuranga/GO.

O procedimento

metodológico direcionado nesta pesquisa

consistiu no estudo definido por Pires

(1997) com uma abordagem materialista

histórico dialético, que é marcado pelo

movimento de pensamento através da

materialidade histórica da vida incluindo

homem e sociedade e neste caminho

lógico, significa refletir sobre a realidade

partindo do empírico para construção

científica.

2.1 Área de estudo

A pesquisa realizou-se na

Pastoral da Saúde de Itapuranga/GO

conectada à Igreja Católica - Diocese de

Goiás/GO pertence a Regional Uru, essa, é

um posto de medicamentos com a

comercialização e/ou doação de plantas

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (5-26), 2014 ISSN 18088597

medicinais e produtos

fitoterápicos, está localizada na Rua 46 nº

1324 – Centro, ao lado da Paróquia Nossa

Senhora de Fátima, em um prédio

relativamente pequeno, onde são

preparados os remédios caseiros, como

retrata a figura 01.

Os remédios caseiros

produzidos pela Pastoral da Saúde são

reconhecidos como eficazes pela

coordenadora da Pastoral e de baixo custo,

propiciando a comunidade carente uma

alternativa no tratamento de saúde. As

voluntárias do posto de medicamentos,

dentre suas atividades, possuem uma

horta, formada principalmente de espécies

medicinais, como demonstra a figura 02

.

A pastoral conta com um grupo de voluntárias que se dedicam a fabricação de remédios caseiros,

utilizando como matéria prima plantas com propriedades medicinais. No entanto essas voluntárias

utilizam apenas da sabedoria popular para a produção, preparo e dispensação desses produtos para a

população geral.

2.2 Coleta de dados

Para a realização deste estudo,

foi feito um levantamento de dados das

notificações e confirmações do Sistema de

Informação (SINAN) em parceria com a

Secretaria Municipal de Saúde de

Itapuranga/GO, com a finalidade de

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 6-26), 2014 ISSN 18088597

analisar os agravos no Sistema Único de

Saúde (SUS), avaliar as informações

contidas no mesmo, e verificar o número

e o tipo de caso notificado e confirmado

no período de 2009 a 2013.

Posteriormente foi realizada

uma entrevista com a responsável pela

Pastoral as Saúde de Itapuranga/GO,

conectada a Igreja Católica, a

coordenadora Izabel Carlos de Oliveira,

a qual autorizou (Anexo 01) a

catalogação das plantas medicinais e a

construção de uma tabela instrutiva que

servirá como guia científico para a

Pastoral e para a população do município.

Em seguida, foi elaborada

uma tabela instrutiva dos compostos

isolados de plantas medicinais

produzidas pela Pastoral e outra tabela

com as principais características das

plantas medicinais do bioma cerrado, com

base nos dados fornecidos pela

Farmacopeia Brasileira da 1ª e 5ª edição,

constando nas mesmas família, nome

popular, nome científico, uso, parte usada,

preparo, indicação, contra indicação,

dosagem indicada, gênero, hábito e

fitofisionomia, com a finalidade de

informar a população e ser utilizada

com material de apoio e consulta para

os voluntários e beneficiados pela Pastoral.

2.3 Processamento e análise dos dados

Os elementos da pesquisa serão

armazenados em banco de dados

utilizando-se o software da Planilha do

Microsoft Excel (xlsx) 2007, a partir das

informações fornecidas pela Pastoral da

Saúde. O banco será alimentado conforme

obtenção dos dados e após a digitação

serão conferidos pelos pesquisadores, caso

identificado alguma inconsistência, as

correções serão feitas e novamente

submetidas à digitação.

2.4 Ética em pesquisa

O presente trabalho constitui-

se de uma pesquisa que não expõe

diretamente as pessoas envolvidas e que

visa prioritariamente dados de revisão

bibliográfica, acarretando assim danos

mínimos aos participantes, o trabalho é

regido pela Resolução nº 196/96 da

Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CONEP) do Conselho Nacional de Saúde,

pelo tratado Helsinque.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Análise das notificações e

confirmações de agravos nos anos de

2009 a 2013 na cidade de

Itapuranga/GO

Foi notificado no ano de 2009

a 2013, 1.160 (100%) casos de doenças

infectocontagiosas no município de

Itapuranga/GO, sendo as principais:

acidente por animais peçonhentos (n=37),

atendimento antirrábico

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 7-26), 2014 ISSN 18088597

(n=475), dengue (n=524) e

hepatites virais (n=46), também foi

observado que nos anos de 2009 e 2010

ocorreram os maiores números de

notificações, como observado no quadro

01.

Doenças Notificadas 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Acidente por animais

peçonhentos

12 06 03 07 09 37

Atendimento antirrábico 90 91 81 89 124 475

Coqueluche - - - 05 02 07

Dengue 274 210 40 - - 524

Doença de Chagas

aguda

- 05 - 02 - 07

Rubeola - - - 01 - 01

Hepatites virais 09 20 05 11 01 46

Malária 01 - 01 01 - 03

Rotavírus - 06 - - - 06

Sífilis congênita - - - - 02 02

Sífilis em gestante - - - 04 03 07

Sífilis não especificada - - - 01 - 01

Tétano acidental - - - 01 - 01

Varicela - 13 04 - 15 32

Violência doméstica,

sexual

- - - 02 09 11

TOTAL 386 351 134 124 165 1160

Quadro 01: Demonstrativo das Notificações dos Agravos do Sistema Único de Saúde

(SUS) no período de 2009 a 2013 no município de Itapuranga/GO.

De acordo com a portaria nº

104, de 25 de janeiro de 2011 do

Ministério da Saúde, apresenta a

relação vigente de doenças, agravos e

eventos em saúde pública de

notificação compulsória, devendo ser

notificados todos os casos suspeitos ou

confirmados (Anexo 02).

As doenças notificadas no

município de Itapuranga/GO não

apresentam uma correlação de acordo

com a lista de notificação compulsória,

pois esta engloba 45 agravos de casos

suspeitos ou confirmados que devem ser

notificados por todas as secretarias

municipais, assim, constatou-se que

somente 15 agravos foram notificados

no município no período de 2009 a 2013.

No entanto, inúmeras doenças que não

foram descritas no quadro 01, são

comuns à população e não foram

notificadas, fato esse por não terem

ocorrido, ou por subnotificação, como

citado nos artigos de Silva e Boing

(2010), Silva et al., (2008) apud

Brevidelli (1997), Ribeiro e Shimizu

(2007).

Segundo Silva et al., (2008)

apud Brevidelli (1997), os motivos que

levam os trabalhadores a não recorrerem

Page 8: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 8-26), 2014 ISSN 18088597

a notificação são: falta de conhecimento

dos procedimentos administrativos,

complexidade do fluxograma de

notificação e medo dos resultados das

sorologias para HIV (Aids), HBV (hepatite

B) e HBC (hepatite C).

De acordo com Silva e Boing

(2010), em um estudo realizado no estado

de Santa Catarina sobre subnotificação de

casos confirmados pelo Sistema de

Informação de Agravos e Notificação

(SINAN), verificou-se que a

subnotificação é um problema observado

em vários estados. Determinados

municípios, possuem uma demanda

pequena e esses não notificam nenhum

caso de agravo do Sistema Único de

Saúde (SUS), já outros municípios,

possuem uma demanda grande, mas com

notificação parcial, mais há municípios

que apesar de possuir um número de

casos considerável, notificam estes em sua

totalidade.

Contudo, os resultados das

notificações fornecem base para que

ações de intervenção sejam tomadas,

assim, é necessário que ocorra uma

sensibilização dos municípios com

pequena demanda de notificações, para

que realizem esta tarefa de maneira

satisfatória, como é o caso do município de

Itapuranga/GO.

Com base nos dados

analisados e a partir de trabalhos

descritos na literatura pode-se concluir

que é necessário o desenvolvimento de um

intenso trabalho em conjunto das

Secretarias Municipais da Saúde e da

Vigilância Epidemiológica para que

ocorra a regulamentação e busca ativa

dos casos não notificados.

Após serem analisadas as

notificações, foram confirmadas no ano

de 2009 a 2013, 951 (82%) casos de

doenças infectocontagiosas no município

de Itapuranga/GO, sendo as principais:

acidente por animais peçonhentos (n=37),

atendimento antirrábico (n=475), dengue

(n=382) e varicela (n=31), também foi

observado que nos anos de 2009 e 2010

ocorreram os maiores números de

notificações, como observado no quadro

02.

Doenças Confirmadas 2009 2010 2011 2012 2013

Total

Acidente por animais

peçonhentos

12 06 03 07 09 37

Atendimento antirrábico 90 91 81 89 124 475

Coqueluche - - - 02 01 03

Dengue 224 148 10 - - 382

Doença de Chagas

aguda

- - - - - -

Rubéola - - - - - -

Hepatites virais - - - 03 01 04

Malária - - - - - -

Page 9: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 9-26), 2014 ISSN 18088597

Rotavírus - 01 - - - 01

Sífilis congênita - - - - 02 02

Sífilis em gestante - - - 04 03 07

Sífilis não especificada - - - - - -

Tétano acidental - - - 01 - 01

Varicela - 12 04 - 15 31

Violência doméstica,

sexual

- - - 01 07 08

TOTAL 326 258 98 107 162 951

Quadro 02: Demonstrativo das Confirmações dos Agravos do Sistema Único de

Saúde (SUS) no período de 2009 a 2013 no município de Itapuranga/GO.

Como descrito no quadro

02, à prevalência de notificações foi o

atendimento antirrábico (n= 475) e

dengue (n= 382). O atendimento

antirrábico tem a finalidade de imunizar

humanos contra a raiva, esse

atendimento é recomendado a todo

indivíduo que for agredido por

cachorro, gato, morcego e outros

animais silvestres. Esta é uma patologia

bastante grave, cuja encefalite pode

manifestar-se em diferentes formas:

espasticidade, demência ou paralisia,

que levam o paciente a morte. Após a

confirmação desta doença são tomadas

medidas de acordo com o protocolo de

tratamento de raiva humana. Esse

protocolo consiste na indução de coma,

uso de antivirais e reposição de

enzimas, além da manutenção dos

sinais vitais do paciente.

Já a dengue, é uma doença

febril aguda causada por um vírus, sendo

um dos principais problemas de saúde

pública no mundo. Como não há

tratamento específico contra o vírus da

dengue, após a confirmação desta doença

as medidas tomadas é a ingestão de

líquido para evitar a desidratação. Caso

haja dores e febre, pode ser receitado

algum medicamento antitérmico e em

caso mais graves, tratamento em unidade

de terapia intensiva.

Estas doenças apresentaram o

maior número de confirmações devido a

um possível treinamento de auxiliares ou

devido ao ciclo evolutivo da doença, que

pelo fato de possuir determinado período

de incubação, tem maior incidência, como

é o caso da dengue, que no verão por

maior ocorrência de chuvas e aumento da

temperatura, possui um número elevado

de casos, como retrata a Secretaria

Municipal de Saúde e Vigilância em Saúde

do estado de São Paulo (2006).

Segundo Teixeira et al.,

(1998), é fundamental a comunicação de

determinada doença ou agravo à saúde,

feita a autoridade sanitária por

profissionais de saúde ou qualquer

cidadão, para fins de adoção das medidas

de intervenção pertinentes.

Page 10: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 10-26), 2014 ISSN 18088597

3.2 Análise das Plantas Medicinais

produzidas e dispensadas pela Pastoral

da Saúde de Itapuranga/GO

No levantamento de dados das

plantas medicinais da Pastoral da Saúde

de Itapuranga/GO, constatou-se que os

produtos produzidos, fornecidos e

comercializados, totalizaram 36 fórmulas

farmacêuticas, sendo 16 de

multicompostos (44%) e 20 (56%) de

compostos isolados, como retrata o gráfico

01.

Gráfico 01: Fórmulas Farmacêuticas produzidas na Pastoral da Saúde de

Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.

São classificados em

multicompostos, os preparados

constituídos por mais de uma planta em

seu produto final, ou seja, o remédio

caseiro como indica a figura 03.

Multicompostos 44%

56% Compostos

Isolados

Page 11: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 11-26), 2014 ISSN 18088597

Figura 03: Multicompostos, remédio

caseiro produzido pela Pastoral da

Saúde de Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral

da Saúde, 2014.

Na análise dos

multicompostos, verificou que há 16

fórmulas farmacêuticas, sendo elas: 2

xaropes (12%), 4 garrafadas (25%), 2

pomadas (13%),

2 tinturas (13%), 2 vermífugos (13%), 1

farinha multimistura (6%), 1 compressa

(6%),

1 digestivo (6%) e 1 depurativo (6%), como

mostra o gráfico 02.

Gráfico 02: Relação da forma farmacêutica dos multicompostos produzidos pela Pastoral

da Saúde de Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.

Principais formas farmacêuticas dos

multicompostos

6% 6%

6%

6% 25%

13%

Xarope

Garrafada

Pomada

Tintura

Vermífugo

Farinha

Compressa

Digestivo

Page 12: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 12-26), 2014 ISSN 18088597

Esses multicompostos são

produzidos nessas fórmulas farmacêuticas,

pois são considerados agradáveis ao

paladar, entretanto, se fosse ingerido

somente a planta isolada, o sabor não

seria o mesmo, esse poderia ser amargo,

o que dificultaria a ingestão. Desse modo,

a Pastoral da Saúde produz estes

multicompostos como a farinha

multimistura e o depurativo do sangue para

facilitar a ingestão de crianças e idosos,

esses, tem a finalidade de auxiliar na

anemia, fraqueza de crianças e idosos com

baixo peso e também para depuração do

sangue contra cravos, espinhas e paralisa

vitiligo, como observado no quadro 03.

Quadro 03: Demonstrativo dos multicompostos utilizados na Pastoral da Saúde de

Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.

FITOTERÁPICO

PLANTA

UTILIZADA

(NOME

POPULAR)

INDICAÇÃO

TERAPÊUTICA

CONTRA

INDICAÇÃO

FORMA

DE USO

INDICADO

Compressa de

arnica

Arnica Álcool

Farinha de

mandioca

Cicatrizar

machucados

diversos.

Não possui. Aplicar sobre

a ferida 2x ao

dia.

Depurativo do

sangue

Mama-cadela

Amaruleite Rosa

branca

Cravos, espinhas

e paralisa

vitiligo.

Não possui. Coloca o pó

na comida 2x

ao dia.

Digestivo para o

fígado

Carqueja

Boldo

Alumã

Jurubebinha do

cerrado

Jurubeba de casa

Camomila

Estômago ruim e

pesado.

Não possui. 25 gotas

diluídas na

água antes

das refeições.

5 gotas após a

refeição.

Garrafada

Ginecológica

Pé de perdiz

Velame branco

Algodãozinho Raiz

de salsa Mama-

cadela Salvia

Catuaba

Corrimento

vaginal, dor no

útero,

menstruação

desregulada e

dor na barriga.

Crianças. Tomar duas

colheres de

sopa antes

das

refeições.

Page 13: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 13-26), 2014 ISSN 18088597

Garrafada para

Gota

Amaroleite

Salsaparrilha Unha de

gato Chapéu de couro

Manacá Marapoama

Algodãozinho

Velame branco do

cerrado

Vinho Jundiaí

Gota. Crianças. Tomar duas

colheres de

sopa antes

das

refeições.

Garrafada para

reumatismo

Fava de sucupira

Pacová Algodãozinho

Carqueja Marapoama

Chapéu de couro

Salvia

Camomila

Salsaparrilha

Batata infalível

Vinho Jundiaí

Reumatismo. Crianças. Tomar duas

colheres de

sopa antes

das

refeições.

Page 14: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 14-26), 2014 ISSN 18088597

FITOTERÁPICO

PLANTA

UTILIZADA

(NOME

POPULAR)

INDICAÇÃO

TERAPÊUTIC

A

CONTRA

INDICAÇÃO

FORMA

DE USO

INDICAD

O

Garrafada para

reumatismo no

sangue e ácido

úrico

Batata infalível

Semente de

pacová Manacá

Salvia

Capim cabelo Raiz

de barganha Fava de

sucupira Vinho

Jundiaí

Reumatismo. Crianças. Tomar duas

colheres de

sopa antes

das

refeições.

Multimistura

Folha de mandioca Pó

de casca de

ovo

Farelo de arroz

Anemia,

fraqueza e

indicado para

crianças e

idossos com

baixo peso.

Não possui. Adultos: 1

colher de

sopa às

refeições.

Crianças: 1

colher de

chá às

refeições.

Pomada

cicatrizante

Barbatimão Folha

de trançagem

Folha de confrei

Cicatrizar

qualquer tipo de

ferida e

queimaduras.

Não possui. Passar sobre

a ferida 3x ao

dia.

Pomada de

Pacari

Vaselina ou banha de

porco

Cera de abelha

Pacari

Fechar sequela

de hanseníase.

Não possui. Passar sobre

a ferida 2x ao

dia.

Tintura de

Jatobá

Álcool

Cereais

Próstata e

hemorroida.

Mulheres e

crianças.

30 gotas 2x

ao dia

dissolvidas

na água.

Tintura de

Salvia

Álcool

Cereais

Menopausa. Homens e

crianças.

25 gotas 2x

ao dia

dissolvidas

na água.

Vermífugo de

Erva Santa

Maria

Erva Santa Maria

Semente de abóbora

Hortelã pimenta

Todos os tipos

de vermes.

Não possui. 2 colheres

de sopa de

manhã em

jejum e à

noite.

Page 15: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 15-26), 2014 ISSN 18088597

FITOTERÁPICO

PLANTA

UTILIZAD

A (NOME

POPULAR)

INDICAÇÃO

TERAPÊUTIC

A

CONTRA

INDICAÇÃ

O

FORMA DE USO

INDICADO

Vermífugo para

lombriga

solitária

Coco ralado

Queijo

Semente de

abóbora

Verme do tipo

lombriga

solitária.

Não possui. 2 colheres de sopa

de manhã em jejum

e à noite.

Xarope

Antialérgico

Açafrão Flor de mamão

macho

Terramicina

Flor de sabugueiro

Semente de urucum

Canela pó

Angico

Abacaxi

Tosses alérgicas e

rinite.

Não possui. Adultos: 04 colheres

de sopa 4x ao dia.

Crianças: 04 colheres

de sopa 2x ao dia.

Xarope para

bronquite

Abacaxi

Rapadura

Cravo

Canela

Angico

Jatobá Aça

Peixe

Açafrão

Urucum

Resina de jatobá

Ipê-roxo

Folha de guaco

Vique

Terramicina

Hortelã folha gorda

Indicado para

bronquite, tosse e

expectoração.

Não possui. Adultos: 1 colher

de sopa 3x ao dia.

Crianças: 1 colher

de sopa 2x ao dia.

Page 16: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 16-26), 2014 ISSN 18088597

Composto isolado refere-se ao preparado que utiliza apenas uma planta para a obtenção do

fitoterápico (Figura 04).

Figura 04: Compostos isolados produzidos pela Pastoral da Saúde de

Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.

No levantamento dos

compostos isolados produzidos pela

Pastoral da Saúde, somaram 20 itens,

sendo 8 chás, 2 pó oral, 2 comprimidos,

2 compostos utilizados em garrafadas, 1

azeite, 3 compostos utilizados em

xaropes e 2 compostos utilizados em

tinturas, como indica o gráfico 03.

Gráfico 03: Relação da forma farmacêutica dos compostos isolados produzidos pela Pastoral

da Saúde de Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.

Page 17: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 17-26), 2014 ISSN 18088597

Os compostos isolados são a

maioria na forma de chá, pois são simples,

de fácil preparo, de diferentes sabores e

aromas, sendo agradáveis ao paladar, além

de ser comuns na vida cotidiana e fazer

parte do hábito da população. Portanto, há

inúmeros benefícios que esses podem

trazer se ingeridos na dosagem indicada.

De forma mais detalhada, foi

descrito as principais características dos

compostos isolados dispensados na

Pastoral da Saúde de Itapuranga/GO,

através de uma tabela instrutiva, com

intuito de informar os voluntários e

beneficiados pela instituição em pesquisa.

O desenvolvimento desta

tabela instrutiva tem a finalidade de

informar e esclarecer os usuários,

servindo como suporte técnico para a

dispensação das plantas medicinais, que

consiste uma importante ferramenta para

a população e para a Pastoral da Saúde,

resultando em um material de fácil

visualização e compreensão, como aponta

a tabela 01.

Tabela 1: Tabela ilustrativa com as principais orientações sobre as plantas medicinais

dispensadas na pastoral da saude de Itapuranga Go baseada nas informações da Farmacopéia 1ª e

5ª edição.

Page 18: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 18-26), 2014 ISSN 18088597

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 19-26), 2014 ISSN 18088597

Para avaliar o potencial das plantas

nativas do cerrado, bioma que se destaca por

ser um dos grandes centros da

biodiversidade, com uma flora diversificada

e rica em espécies endêmicas que se adaptam

ao clima, umidade seca e solos que variam de

rasos e pedregosos a latossolos argilosos e

profundos (Palhares et al. 2010 apud

Rawitscher et al. 1943), foi elaborada uma

tabela das espécies das plantas medicinais do

cerrado que são fornecidas pela Pastoral da

Saúde de Itapuranga/GO, que será um

importante e acessível instrumento de

pesquisa. Assim, o bioma cerrado fornece

plantas medicinais com potencial medicinal

e de baixo custo, como demonstra a tabela

02.

Page 20: LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 20-26), 2014 ISSN 18088597

Tabela 2: Espécies do cerrado: classificação das plantas do cerrado dispensadas pela

pastoral da saúde de Itapuranga- Goiás segundo a Farmacopéia 1ª e 5ª edição e MENDONÇA,

R.C. et al., 2008.

Com base nas informações descritas,

para que ocorra o efeito desejado através da

utilização de plantas medicinais, é necessário

o uso racional de medicamentos, que possui

a finalidade da administração adequada às

necessidades clínicas do paciente, em doses

correspondentes aos seus requisitos

individuais durante o tempo adequado ao

tratamento, pois se o mesmo for

administrado na dosagem incorreta, pode

gerar efeitos prejudiciais à saúde, como é o

caso da laranja da terra que é indicada para

dor no estômago, diabetes, reforça a

imunidade, doenças respiratórias e ajuda no

emagrecimento, mas se utilizada por

gestantes, pode prejudicar o

desenvolvimento do feto e até levar ao

aborto. Portanto, é necessário reconhecer

direito a espécie a ser consumida, pois há

várias outras com as mesmas características

e formas semelhantes. No entanto, observou-

se uma variedade de espécies medicinais

com grande potencial biológico, sendo

algumas do bioma cerrado, de fácil obtenção

e que de maneira orientada por um

profissional da área, podem ser uma

alternativa ou complemento terapêutico

eficaz. Diante das informações obtidas

através do levantamento de dados das

notificações e confirmações dos agravos do

Sistema Único de Saúde (SUS) no período de

2009 a 2013 no município de Itapuranga/GO,

e da análise das plantas medicinais

produzidas e dispensadas pela Pastoral da

Saúde de Itapuranga/GO, constatou-se que

não houve uma correlação entre as plantas

medicinais produzidas nesta instituição e a

utilização das mesmas no tratamento dos

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 21-26), 2014 ISSN 18088597

agravos do Sistema Único de Saúde (SUS),

pois há uma falha no sistema de notificação

do município, onde os agravos comuns à

população não são notificadas pelo Sistema

de Informação de Agravos e Notificação

(SINAN), o que torna esse sistema ineficaz.

4. CONCLUSÃO

Após o presente trabalho percebe-se

que desde a antiguidade as plantas

medicinais foram utilizadas como fonte de

cura para diversas doenças. Assim, para que

ocorra o efeito desejado através da utilização

de medicamentos naturais, é necessário o uso

racional da população, onde devem ser

administradas somente doses indicadas para

o tratamento, ao contrário, pode acarretar

prejuízos ao paciente. Desse modo, a

fitoterapia empregada de forma organizada,

poderá auxiliar a sociedade a resolver parte

de seus problemas com saúde. Verificou-se

que no município de Itapuranga/GO houve

poucas notificações de doenças e agravos

realizadas pela Secretaria Municipal de

Saúde, sendo um número relativamente

pequeno de acordo com a lista de notificação

compulsória estabelecida pelo ministério da

saúde, onde a mesma tem a obrigatoriedade

de ser cumprida em todo território nacional,

há três hipóteses que podem ter gerado essa

subnotificação, ou seja, não notificar

corretamente esses agravos, um possível

treinamento de agentes de saúde no

município de Itapuranga/GO, a troca de

gestores, pois esses não possuem os mesmos

enfoques e uma possível epidemia de dengue

no estado de Goiás. A subnotificação traz

prejuízos notáveis, pois, além de não ocorrer

o aprimoramento dos serviços de assistência

à saúde desses agravos, há a falta de recursos

e verbas que poderiam ser fornecidas para o

município. Nesse sentido, o acesso ao

sistema público de saúde não atende todos

que precisam, há uma imensa população

esquecida e sem saúde, que depende do

empenho dos governantes para conseguir

seus direitos. Diante disso, percebe-se a

importância das plantas medicinais que

atualmente são uma alternativa para a cura de

doenças para a população. E verifica-se no

presente trabalho o quanto é significativo

instruir as pessoas a se prevenir e a ter um

uso racional de medicamentos naturais, visto

que quando há medidas educacionais, ocorre

uma melhora na saúde.

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