Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (1-26), 2014 ISSN 18088597
LEVANTAMENTO DO POTENCIAL MEDICINAL DAS PLANTAS PRODUZIDAS E
DISPENSADAS NA PASTORAL DA SAÚDE DE ITAPURANGA/GO
Sílvia Matias Pereira1; Thaís Weslaine Ferreira de Almeida1; Astenisa dos Santos Ferreira
Dias2; Claudio Tavares Pinheiro3; Valéria Rodrigues de Sousa4; Gabrielle Rodrigues Cunha
Silva5; Carla Rosane Mendanha da Cunha5.
1 Acadêmica do curso de Ciências Biológicas da UEG- Campus Itapuranga Goiás; 2 Professora de estágio do Curso de Ciências Biológicas da UEG- Campus Itapuranga; 3 Coordenador do curso de História da UEG- Campus Itapuranga. 4 Professora 5 Co-orientadora, coordenadora do curso de Ciências Biológicas da UEG – Campus Itapuranga. 6 Orientadora, professora do curso de Ciências Biológicas da UEG – Campus Itapuranga,
Faculdade Montes Belos e Secretária de Saúde do Governo do Distrito Federal.
RESUMO
O uso de plantas medicinais é uma tradição antiga realizada com frequência pelas diferentes
sociedades. No município de Itapuranga observou-se que esta prática é muito comum entre
os indivíduos, a qual segundo eles exerce resultados positivos no tratamento de diversas
enfermidades. Assim, o presente estudo visa avaliar as plantas medicinais fornecidas pela
Pastoral da Saúde do município, de modo a verificar não apenas seu potencial curativo,
seus efeitos adversos, com intuito de auxiliar a população no uso racional destes fármacos
bem como sua empregabilidade no SUS. Foi realizado um levantamento do número de casos
notificados nos últimos cinco anos de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN). Após, houve uma entrevista com a coordenadora da Pastoral da Saúde,
para ser realizado o levantamento das plantas medicinais produzidas e dispensadas pela
instituição. Por fim, foi elaborada uma tabela instrutiva das plantas medicinais fornecidas
pela Pastoral e as principais do bioma cerrado, com a finalidade de informar a população
e ser utilizada como material de apoio pelos voluntários e beneficiados pela instituição
em pesquisa. Verificou-se que poucas doenças são notificadas pela Secretaria Municipal
de Saúde, o que torna esse sistema ineficaz, os agravos comuns não são relatados, portanto,
não constatou inicialmente uma correlação entre as plantas medicinais produzidas e
dispensadas pela Pastoral. No entanto, observou-se 36 fórmulas farmacêuticas, sendo 16
(44%) multicompostos, dentre eles garrafada para gota, depurativo do sangue, xarope
antialérgico e outros, e 20 (56%) compostos isolados com efeito biológico comprovado na
Farmacopeia da 1ª e 5ª edição, como o barbatimão, ipê-roxo, angico, cana de macaco,
jatobá e sucupira. Analisando os dados, muitas dessas fórmulas farmacêuticas, possuem
efeito colateral se não administradas na dosagem correta, portanto, é necessário o uso racional
de medicamentos para que ocorra o efeito desejado, ao contrário, podem ocorrer danos à
saúde.
Palavras-chave: Flora medicinal; Pastoral da Saúde; Plantas medicinais; Cerrado e
Fitoterapia.
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ABSTRACT
The use of medicinal plants is an ancient tradition often held by different societies. In the
municipality of Itapuranga we observed that this practice is very common among individuals,
which according to them has positive results in the treatment of various diseases. Thus, this
study aims to evaluate the medicinal plants provided by the Ministry of Health of the
municipality in order to not only verify its curative potential, but also its adverse effects, in
order to assist the population in the rational use of these drugs warning them about their benefits
and risks, and their possible implementation in the treatment of diseases of the Unified Health
System (SUS). In a survey of experimental data of the numbers of cases reported in the last five
years and the number of confirmed cases in accordance with the Information System for
Notifiable Diseases (SINAN) together with the City Health Department. Then, there was an
interview with the coordinator of the Health Ministry, the lifting of produced and dispensed by
the institution medicinal plants to be realized. Finally, it will be prepared an instructive table of
medicinal plants provided by the Ministry and the main cerrado biome, with the purpose of
informing the public and be used as collateral by the volunteers and beneficiaries of the research
institution. It was found that few diseases are notified by the Municipal Health Secretariat,
which makes this ineffective system, common diseases are not reported, therefore not initially
found a correlation between medicinal plants produced and dispensed by the Ministry.
However, we observed 36 pharmaceutical formulas, 16 (44%) multicompostos, including
garrafada for gout, blood cleanser, anti-allergy syrup and others, and 20 (56%) isolated
compounds with proven biological effect in the Pharmacopoeia of the 1st and 5th edition, as
the extracts, ipe purple, mimosa, monkey cane, jatoba and sucupira. Analyzing the data, many
of these pharmaceutical formulations, have no side effect if it is not administered in the correct
dose, so the rational use of drugs is needed for the desired effect, on the contrary there might
be damage.
Keywords: medicinal flora, Ministry of Health, herbal, herbal medicine and cerrado.
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1. INTRODUÇÃO
A utilização de plantas para
fins terapêuticos é uma prática antiga
realizada pela civilização humana no
decorrer de séculos, baseado em
descobertas ao acaso, onde eram
empregados produtos de origem mineral,
vegetal e animal, sendo estes, as
principais fontes de drogas (LAMEIRA e
PINTO, 2008). No Brasil, o conhecimento
de plantas medicinais, foi transmitido e
disseminado pela cultura indígena, evento
este, impulsionado pela biodiversidade
existente (SANTOS, 2009).
No período da Idade Média a
influência da Igreja Católica em diversas
áreas de estudo, que inclui o uso da
natureza como principal fonte de cura,
se propagou até os dias atuais, derivando
de pesquisas em mosteiros até se
confirmar em várias instituições, dentre
elas, a Pastoral da Saúde (BADKE, 2008).
No decorrer da história à
medida que o Brasil se povoava,
manifestaram- se inúmeras doenças, no
entanto, apenas uma parcela da
população, constituída por trabalhadores
vinculados a institutos privados, recebiam
assistência médica (SANTOS e
GERHARDT, 2008), foi neste contexto
que o governo pressionado por diversos
indivíduos comprometidos com o
reconhecimento dos direitos sociais dos
cidadãos criou o Sistema Único de Saúde
(SUS) com a finalidade de tratar a saúde
na sua integralidade, com igualdade no
acesso a bens e serviços sociais (BRASIL,
2003).
Com o propósito de melhorar
o serviço de saúde prestado a população, o
Sistema Único de Saúde (SUS)
juntamente com a Organização Mundial
de Saúde (OMS), reconhece o uso de
plantas medicinais com fins terapêuticos,
e assegura o emprego desses fitoterápicos
na atenção básica de saúde (BRASIL,
2011).
Na população mundial, o uso
de plantas medicinais expandiu-se a tal
ponto que apesar da medicina moderna
estar bastante desenvolvida, uma ampla
parcela da população ainda recorre à
medicina tradicional (LIMA, 2009).
Nesse contexto, faz-se necessária a
preocupação técnica e científica de todos
os envolvidos, visando o uso racional de
medicamentos (BRASIL, 2006).
No Brasil o uso consciente de
medicamentos torna-se uma realidade
distante tanto no âmbito hospitalar
quanto no comunitário, principalmente
no que refere ao uso de plantas
medicinais. Esta prática se dá devido à
automedicação, à crença de que
medicamentos naturais não fornecem
riscos a saúde, a falta de informação por
parte dos pacientes e o auto custo de
consultas médicas e de medicamentos
(ROZENFELD, 1989 apud CASTRO,
2002).
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Admite-se que o cuidado
realizado por meio de plantas seja
favorável à saúde humana, deste que o
usuário tenha conhecimento prévio da sua
finalidade, riscos e benefícios, tornando-
se capaz de lidar com fatos que causam
diversas doenças que consequentemente
ocasionará mudanças de atitudes e
comportamentos errôneos (BRADKE et
al., 2012).
Desse modo, como uso de
plantas medicinais é uma tradição antiga
realizada com frequência pelas diferentes
sociedades, no município de
Itapuranga/GO observou-se que esta
prática é muito comum, a qual exerce
resultados positivos no tratamento de
diversas enfermidades. Nesse sentido, o
presente estudo tem como objetivo avaliar
as plantas medicinais produzidas e
dispensadas na Pastoral da Saúde do
município e verificar se as mesmas
possuem potencial para os tratamentos e
agravos do Sistema Único de Saúde (SUS),
além do fornecimento de uma tabela
instrutiva das plantas medicinais
fornecidas pela Pastoral e as principais
do bioma cerrado, que servirá como guia
científico para a instituição da pesquisa, e
aos indivíduos beneficiados pela mesma,
onde contribuirá para a melhoria na
qualidade de vida da população em geral.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho desenvolvido
constitui-se um estudo descritivo do tipo
exploratório, com abordagem qualitativa e
quantitativa dos dados em conjunto com
uma revisão da literatura especializada,
sendo elaborado no período de fevereiro a
outubro de 2014, no qual realizou
consultas em inúmeros livros, revistas e
artigos científicos, artigos esses
selecionados através da busca no banco
de dados do Scielo, Bireme, Medline e
outros.
A amostra do presente estudo
é intencional, baseada em um grupo de
interesse, a Pastoral da Saúde de
Itapuranga/GO.
O procedimento
metodológico direcionado nesta pesquisa
consistiu no estudo definido por Pires
(1997) com uma abordagem materialista
histórico dialético, que é marcado pelo
movimento de pensamento através da
materialidade histórica da vida incluindo
homem e sociedade e neste caminho
lógico, significa refletir sobre a realidade
partindo do empírico para construção
científica.
2.1 Área de estudo
A pesquisa realizou-se na
Pastoral da Saúde de Itapuranga/GO
conectada à Igreja Católica - Diocese de
Goiás/GO pertence a Regional Uru, essa, é
um posto de medicamentos com a
comercialização e/ou doação de plantas
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medicinais e produtos
fitoterápicos, está localizada na Rua 46 nº
1324 – Centro, ao lado da Paróquia Nossa
Senhora de Fátima, em um prédio
relativamente pequeno, onde são
preparados os remédios caseiros, como
retrata a figura 01.
Os remédios caseiros
produzidos pela Pastoral da Saúde são
reconhecidos como eficazes pela
coordenadora da Pastoral e de baixo custo,
propiciando a comunidade carente uma
alternativa no tratamento de saúde. As
voluntárias do posto de medicamentos,
dentre suas atividades, possuem uma
horta, formada principalmente de espécies
medicinais, como demonstra a figura 02
.
A pastoral conta com um grupo de voluntárias que se dedicam a fabricação de remédios caseiros,
utilizando como matéria prima plantas com propriedades medicinais. No entanto essas voluntárias
utilizam apenas da sabedoria popular para a produção, preparo e dispensação desses produtos para a
população geral.
2.2 Coleta de dados
Para a realização deste estudo,
foi feito um levantamento de dados das
notificações e confirmações do Sistema de
Informação (SINAN) em parceria com a
Secretaria Municipal de Saúde de
Itapuranga/GO, com a finalidade de
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analisar os agravos no Sistema Único de
Saúde (SUS), avaliar as informações
contidas no mesmo, e verificar o número
e o tipo de caso notificado e confirmado
no período de 2009 a 2013.
Posteriormente foi realizada
uma entrevista com a responsável pela
Pastoral as Saúde de Itapuranga/GO,
conectada a Igreja Católica, a
coordenadora Izabel Carlos de Oliveira,
a qual autorizou (Anexo 01) a
catalogação das plantas medicinais e a
construção de uma tabela instrutiva que
servirá como guia científico para a
Pastoral e para a população do município.
Em seguida, foi elaborada
uma tabela instrutiva dos compostos
isolados de plantas medicinais
produzidas pela Pastoral e outra tabela
com as principais características das
plantas medicinais do bioma cerrado, com
base nos dados fornecidos pela
Farmacopeia Brasileira da 1ª e 5ª edição,
constando nas mesmas família, nome
popular, nome científico, uso, parte usada,
preparo, indicação, contra indicação,
dosagem indicada, gênero, hábito e
fitofisionomia, com a finalidade de
informar a população e ser utilizada
com material de apoio e consulta para
os voluntários e beneficiados pela Pastoral.
2.3 Processamento e análise dos dados
Os elementos da pesquisa serão
armazenados em banco de dados
utilizando-se o software da Planilha do
Microsoft Excel (xlsx) 2007, a partir das
informações fornecidas pela Pastoral da
Saúde. O banco será alimentado conforme
obtenção dos dados e após a digitação
serão conferidos pelos pesquisadores, caso
identificado alguma inconsistência, as
correções serão feitas e novamente
submetidas à digitação.
2.4 Ética em pesquisa
O presente trabalho constitui-
se de uma pesquisa que não expõe
diretamente as pessoas envolvidas e que
visa prioritariamente dados de revisão
bibliográfica, acarretando assim danos
mínimos aos participantes, o trabalho é
regido pela Resolução nº 196/96 da
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP) do Conselho Nacional de Saúde,
pelo tratado Helsinque.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Análise das notificações e
confirmações de agravos nos anos de
2009 a 2013 na cidade de
Itapuranga/GO
Foi notificado no ano de 2009
a 2013, 1.160 (100%) casos de doenças
infectocontagiosas no município de
Itapuranga/GO, sendo as principais:
acidente por animais peçonhentos (n=37),
atendimento antirrábico
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(n=475), dengue (n=524) e
hepatites virais (n=46), também foi
observado que nos anos de 2009 e 2010
ocorreram os maiores números de
notificações, como observado no quadro
01.
Doenças Notificadas 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Acidente por animais
peçonhentos
12 06 03 07 09 37
Atendimento antirrábico 90 91 81 89 124 475
Coqueluche - - - 05 02 07
Dengue 274 210 40 - - 524
Doença de Chagas
aguda
- 05 - 02 - 07
Rubeola - - - 01 - 01
Hepatites virais 09 20 05 11 01 46
Malária 01 - 01 01 - 03
Rotavírus - 06 - - - 06
Sífilis congênita - - - - 02 02
Sífilis em gestante - - - 04 03 07
Sífilis não especificada - - - 01 - 01
Tétano acidental - - - 01 - 01
Varicela - 13 04 - 15 32
Violência doméstica,
sexual
- - - 02 09 11
TOTAL 386 351 134 124 165 1160
Quadro 01: Demonstrativo das Notificações dos Agravos do Sistema Único de Saúde
(SUS) no período de 2009 a 2013 no município de Itapuranga/GO.
De acordo com a portaria nº
104, de 25 de janeiro de 2011 do
Ministério da Saúde, apresenta a
relação vigente de doenças, agravos e
eventos em saúde pública de
notificação compulsória, devendo ser
notificados todos os casos suspeitos ou
confirmados (Anexo 02).
As doenças notificadas no
município de Itapuranga/GO não
apresentam uma correlação de acordo
com a lista de notificação compulsória,
pois esta engloba 45 agravos de casos
suspeitos ou confirmados que devem ser
notificados por todas as secretarias
municipais, assim, constatou-se que
somente 15 agravos foram notificados
no município no período de 2009 a 2013.
No entanto, inúmeras doenças que não
foram descritas no quadro 01, são
comuns à população e não foram
notificadas, fato esse por não terem
ocorrido, ou por subnotificação, como
citado nos artigos de Silva e Boing
(2010), Silva et al., (2008) apud
Brevidelli (1997), Ribeiro e Shimizu
(2007).
Segundo Silva et al., (2008)
apud Brevidelli (1997), os motivos que
levam os trabalhadores a não recorrerem
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a notificação são: falta de conhecimento
dos procedimentos administrativos,
complexidade do fluxograma de
notificação e medo dos resultados das
sorologias para HIV (Aids), HBV (hepatite
B) e HBC (hepatite C).
De acordo com Silva e Boing
(2010), em um estudo realizado no estado
de Santa Catarina sobre subnotificação de
casos confirmados pelo Sistema de
Informação de Agravos e Notificação
(SINAN), verificou-se que a
subnotificação é um problema observado
em vários estados. Determinados
municípios, possuem uma demanda
pequena e esses não notificam nenhum
caso de agravo do Sistema Único de
Saúde (SUS), já outros municípios,
possuem uma demanda grande, mas com
notificação parcial, mais há municípios
que apesar de possuir um número de
casos considerável, notificam estes em sua
totalidade.
Contudo, os resultados das
notificações fornecem base para que
ações de intervenção sejam tomadas,
assim, é necessário que ocorra uma
sensibilização dos municípios com
pequena demanda de notificações, para
que realizem esta tarefa de maneira
satisfatória, como é o caso do município de
Itapuranga/GO.
Com base nos dados
analisados e a partir de trabalhos
descritos na literatura pode-se concluir
que é necessário o desenvolvimento de um
intenso trabalho em conjunto das
Secretarias Municipais da Saúde e da
Vigilância Epidemiológica para que
ocorra a regulamentação e busca ativa
dos casos não notificados.
Após serem analisadas as
notificações, foram confirmadas no ano
de 2009 a 2013, 951 (82%) casos de
doenças infectocontagiosas no município
de Itapuranga/GO, sendo as principais:
acidente por animais peçonhentos (n=37),
atendimento antirrábico (n=475), dengue
(n=382) e varicela (n=31), também foi
observado que nos anos de 2009 e 2010
ocorreram os maiores números de
notificações, como observado no quadro
02.
Doenças Confirmadas 2009 2010 2011 2012 2013
Total
Acidente por animais
peçonhentos
12 06 03 07 09 37
Atendimento antirrábico 90 91 81 89 124 475
Coqueluche - - - 02 01 03
Dengue 224 148 10 - - 382
Doença de Chagas
aguda
- - - - - -
Rubéola - - - - - -
Hepatites virais - - - 03 01 04
Malária - - - - - -
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Rotavírus - 01 - - - 01
Sífilis congênita - - - - 02 02
Sífilis em gestante - - - 04 03 07
Sífilis não especificada - - - - - -
Tétano acidental - - - 01 - 01
Varicela - 12 04 - 15 31
Violência doméstica,
sexual
- - - 01 07 08
TOTAL 326 258 98 107 162 951
Quadro 02: Demonstrativo das Confirmações dos Agravos do Sistema Único de
Saúde (SUS) no período de 2009 a 2013 no município de Itapuranga/GO.
Como descrito no quadro
02, à prevalência de notificações foi o
atendimento antirrábico (n= 475) e
dengue (n= 382). O atendimento
antirrábico tem a finalidade de imunizar
humanos contra a raiva, esse
atendimento é recomendado a todo
indivíduo que for agredido por
cachorro, gato, morcego e outros
animais silvestres. Esta é uma patologia
bastante grave, cuja encefalite pode
manifestar-se em diferentes formas:
espasticidade, demência ou paralisia,
que levam o paciente a morte. Após a
confirmação desta doença são tomadas
medidas de acordo com o protocolo de
tratamento de raiva humana. Esse
protocolo consiste na indução de coma,
uso de antivirais e reposição de
enzimas, além da manutenção dos
sinais vitais do paciente.
Já a dengue, é uma doença
febril aguda causada por um vírus, sendo
um dos principais problemas de saúde
pública no mundo. Como não há
tratamento específico contra o vírus da
dengue, após a confirmação desta doença
as medidas tomadas é a ingestão de
líquido para evitar a desidratação. Caso
haja dores e febre, pode ser receitado
algum medicamento antitérmico e em
caso mais graves, tratamento em unidade
de terapia intensiva.
Estas doenças apresentaram o
maior número de confirmações devido a
um possível treinamento de auxiliares ou
devido ao ciclo evolutivo da doença, que
pelo fato de possuir determinado período
de incubação, tem maior incidência, como
é o caso da dengue, que no verão por
maior ocorrência de chuvas e aumento da
temperatura, possui um número elevado
de casos, como retrata a Secretaria
Municipal de Saúde e Vigilância em Saúde
do estado de São Paulo (2006).
Segundo Teixeira et al.,
(1998), é fundamental a comunicação de
determinada doença ou agravo à saúde,
feita a autoridade sanitária por
profissionais de saúde ou qualquer
cidadão, para fins de adoção das medidas
de intervenção pertinentes.
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3.2 Análise das Plantas Medicinais
produzidas e dispensadas pela Pastoral
da Saúde de Itapuranga/GO
No levantamento de dados das
plantas medicinais da Pastoral da Saúde
de Itapuranga/GO, constatou-se que os
produtos produzidos, fornecidos e
comercializados, totalizaram 36 fórmulas
farmacêuticas, sendo 16 de
multicompostos (44%) e 20 (56%) de
compostos isolados, como retrata o gráfico
01.
Gráfico 01: Fórmulas Farmacêuticas produzidas na Pastoral da Saúde de
Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.
São classificados em
multicompostos, os preparados
constituídos por mais de uma planta em
seu produto final, ou seja, o remédio
caseiro como indica a figura 03.
Multicompostos 44%
56% Compostos
Isolados
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Figura 03: Multicompostos, remédio
caseiro produzido pela Pastoral da
Saúde de Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral
da Saúde, 2014.
Na análise dos
multicompostos, verificou que há 16
fórmulas farmacêuticas, sendo elas: 2
xaropes (12%), 4 garrafadas (25%), 2
pomadas (13%),
2 tinturas (13%), 2 vermífugos (13%), 1
farinha multimistura (6%), 1 compressa
(6%),
1 digestivo (6%) e 1 depurativo (6%), como
mostra o gráfico 02.
Gráfico 02: Relação da forma farmacêutica dos multicompostos produzidos pela Pastoral
da Saúde de Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.
Principais formas farmacêuticas dos
multicompostos
6% 6%
6%
6% 25%
13%
Xarope
Garrafada
Pomada
Tintura
Vermífugo
Farinha
Compressa
Digestivo
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Esses multicompostos são
produzidos nessas fórmulas farmacêuticas,
pois são considerados agradáveis ao
paladar, entretanto, se fosse ingerido
somente a planta isolada, o sabor não
seria o mesmo, esse poderia ser amargo,
o que dificultaria a ingestão. Desse modo,
a Pastoral da Saúde produz estes
multicompostos como a farinha
multimistura e o depurativo do sangue para
facilitar a ingestão de crianças e idosos,
esses, tem a finalidade de auxiliar na
anemia, fraqueza de crianças e idosos com
baixo peso e também para depuração do
sangue contra cravos, espinhas e paralisa
vitiligo, como observado no quadro 03.
Quadro 03: Demonstrativo dos multicompostos utilizados na Pastoral da Saúde de
Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.
FITOTERÁPICO
PLANTA
UTILIZADA
(NOME
POPULAR)
INDICAÇÃO
TERAPÊUTICA
CONTRA
INDICAÇÃO
FORMA
DE USO
INDICADO
Compressa de
arnica
Arnica Álcool
Farinha de
mandioca
Cicatrizar
machucados
diversos.
Não possui. Aplicar sobre
a ferida 2x ao
dia.
Depurativo do
sangue
Mama-cadela
Amaruleite Rosa
branca
Cravos, espinhas
e paralisa
vitiligo.
Não possui. Coloca o pó
na comida 2x
ao dia.
Digestivo para o
fígado
Carqueja
Boldo
Alumã
Jurubebinha do
cerrado
Jurubeba de casa
Camomila
Estômago ruim e
pesado.
Não possui. 25 gotas
diluídas na
água antes
das refeições.
5 gotas após a
refeição.
Garrafada
Ginecológica
Pé de perdiz
Velame branco
Algodãozinho Raiz
de salsa Mama-
cadela Salvia
Catuaba
Corrimento
vaginal, dor no
útero,
menstruação
desregulada e
dor na barriga.
Crianças. Tomar duas
colheres de
sopa antes
das
refeições.
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Garrafada para
Gota
Amaroleite
Salsaparrilha Unha de
gato Chapéu de couro
Manacá Marapoama
Algodãozinho
Velame branco do
cerrado
Vinho Jundiaí
Gota. Crianças. Tomar duas
colheres de
sopa antes
das
refeições.
Garrafada para
reumatismo
Fava de sucupira
Pacová Algodãozinho
Carqueja Marapoama
Chapéu de couro
Salvia
Camomila
Salsaparrilha
Batata infalível
Vinho Jundiaí
Reumatismo. Crianças. Tomar duas
colheres de
sopa antes
das
refeições.
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FITOTERÁPICO
PLANTA
UTILIZADA
(NOME
POPULAR)
INDICAÇÃO
TERAPÊUTIC
A
CONTRA
INDICAÇÃO
FORMA
DE USO
INDICAD
O
Garrafada para
reumatismo no
sangue e ácido
úrico
Batata infalível
Semente de
pacová Manacá
Salvia
Capim cabelo Raiz
de barganha Fava de
sucupira Vinho
Jundiaí
Reumatismo. Crianças. Tomar duas
colheres de
sopa antes
das
refeições.
Multimistura
Folha de mandioca Pó
de casca de
ovo
Farelo de arroz
Anemia,
fraqueza e
indicado para
crianças e
idossos com
baixo peso.
Não possui. Adultos: 1
colher de
sopa às
refeições.
Crianças: 1
colher de
chá às
refeições.
Pomada
cicatrizante
Barbatimão Folha
de trançagem
Folha de confrei
Cicatrizar
qualquer tipo de
ferida e
queimaduras.
Não possui. Passar sobre
a ferida 3x ao
dia.
Pomada de
Pacari
Vaselina ou banha de
porco
Cera de abelha
Pacari
Fechar sequela
de hanseníase.
Não possui. Passar sobre
a ferida 2x ao
dia.
Tintura de
Jatobá
Álcool
Cereais
Próstata e
hemorroida.
Mulheres e
crianças.
30 gotas 2x
ao dia
dissolvidas
na água.
Tintura de
Salvia
Álcool
Cereais
Menopausa. Homens e
crianças.
25 gotas 2x
ao dia
dissolvidas
na água.
Vermífugo de
Erva Santa
Maria
Erva Santa Maria
Semente de abóbora
Hortelã pimenta
Todos os tipos
de vermes.
Não possui. 2 colheres
de sopa de
manhã em
jejum e à
noite.
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FITOTERÁPICO
PLANTA
UTILIZAD
A (NOME
POPULAR)
INDICAÇÃO
TERAPÊUTIC
A
CONTRA
INDICAÇÃ
O
FORMA DE USO
INDICADO
Vermífugo para
lombriga
solitária
Coco ralado
Queijo
Semente de
abóbora
Verme do tipo
lombriga
solitária.
Não possui. 2 colheres de sopa
de manhã em jejum
e à noite.
Xarope
Antialérgico
Açafrão Flor de mamão
macho
Terramicina
Flor de sabugueiro
Semente de urucum
Canela pó
Angico
Abacaxi
Tosses alérgicas e
rinite.
Não possui. Adultos: 04 colheres
de sopa 4x ao dia.
Crianças: 04 colheres
de sopa 2x ao dia.
Xarope para
bronquite
Abacaxi
Rapadura
Cravo
Canela
Angico
Jatobá Aça
Peixe
Açafrão
Urucum
Resina de jatobá
Ipê-roxo
Folha de guaco
Vique
Terramicina
Hortelã folha gorda
Indicado para
bronquite, tosse e
expectoração.
Não possui. Adultos: 1 colher
de sopa 3x ao dia.
Crianças: 1 colher
de sopa 2x ao dia.
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Composto isolado refere-se ao preparado que utiliza apenas uma planta para a obtenção do
fitoterápico (Figura 04).
Figura 04: Compostos isolados produzidos pela Pastoral da Saúde de
Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.
No levantamento dos
compostos isolados produzidos pela
Pastoral da Saúde, somaram 20 itens,
sendo 8 chás, 2 pó oral, 2 comprimidos,
2 compostos utilizados em garrafadas, 1
azeite, 3 compostos utilizados em
xaropes e 2 compostos utilizados em
tinturas, como indica o gráfico 03.
Gráfico 03: Relação da forma farmacêutica dos compostos isolados produzidos pela Pastoral
da Saúde de Itapuranga/GO. Fonte: Pastoral da Saúde, 2014.
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Os compostos isolados são a
maioria na forma de chá, pois são simples,
de fácil preparo, de diferentes sabores e
aromas, sendo agradáveis ao paladar, além
de ser comuns na vida cotidiana e fazer
parte do hábito da população. Portanto, há
inúmeros benefícios que esses podem
trazer se ingeridos na dosagem indicada.
De forma mais detalhada, foi
descrito as principais características dos
compostos isolados dispensados na
Pastoral da Saúde de Itapuranga/GO,
através de uma tabela instrutiva, com
intuito de informar os voluntários e
beneficiados pela instituição em pesquisa.
O desenvolvimento desta
tabela instrutiva tem a finalidade de
informar e esclarecer os usuários,
servindo como suporte técnico para a
dispensação das plantas medicinais, que
consiste uma importante ferramenta para
a população e para a Pastoral da Saúde,
resultando em um material de fácil
visualização e compreensão, como aponta
a tabela 01.
Tabela 1: Tabela ilustrativa com as principais orientações sobre as plantas medicinais
dispensadas na pastoral da saude de Itapuranga Go baseada nas informações da Farmacopéia 1ª e
5ª edição.
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Para avaliar o potencial das plantas
nativas do cerrado, bioma que se destaca por
ser um dos grandes centros da
biodiversidade, com uma flora diversificada
e rica em espécies endêmicas que se adaptam
ao clima, umidade seca e solos que variam de
rasos e pedregosos a latossolos argilosos e
profundos (Palhares et al. 2010 apud
Rawitscher et al. 1943), foi elaborada uma
tabela das espécies das plantas medicinais do
cerrado que são fornecidas pela Pastoral da
Saúde de Itapuranga/GO, que será um
importante e acessível instrumento de
pesquisa. Assim, o bioma cerrado fornece
plantas medicinais com potencial medicinal
e de baixo custo, como demonstra a tabela
02.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p 20-26), 2014 ISSN 18088597
Tabela 2: Espécies do cerrado: classificação das plantas do cerrado dispensadas pela
pastoral da saúde de Itapuranga- Goiás segundo a Farmacopéia 1ª e 5ª edição e MENDONÇA,
R.C. et al., 2008.
Com base nas informações descritas,
para que ocorra o efeito desejado através da
utilização de plantas medicinais, é necessário
o uso racional de medicamentos, que possui
a finalidade da administração adequada às
necessidades clínicas do paciente, em doses
correspondentes aos seus requisitos
individuais durante o tempo adequado ao
tratamento, pois se o mesmo for
administrado na dosagem incorreta, pode
gerar efeitos prejudiciais à saúde, como é o
caso da laranja da terra que é indicada para
dor no estômago, diabetes, reforça a
imunidade, doenças respiratórias e ajuda no
emagrecimento, mas se utilizada por
gestantes, pode prejudicar o
desenvolvimento do feto e até levar ao
aborto. Portanto, é necessário reconhecer
direito a espécie a ser consumida, pois há
várias outras com as mesmas características
e formas semelhantes. No entanto, observou-
se uma variedade de espécies medicinais
com grande potencial biológico, sendo
algumas do bioma cerrado, de fácil obtenção
e que de maneira orientada por um
profissional da área, podem ser uma
alternativa ou complemento terapêutico
eficaz. Diante das informações obtidas
através do levantamento de dados das
notificações e confirmações dos agravos do
Sistema Único de Saúde (SUS) no período de
2009 a 2013 no município de Itapuranga/GO,
e da análise das plantas medicinais
produzidas e dispensadas pela Pastoral da
Saúde de Itapuranga/GO, constatou-se que
não houve uma correlação entre as plantas
medicinais produzidas nesta instituição e a
utilização das mesmas no tratamento dos
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agravos do Sistema Único de Saúde (SUS),
pois há uma falha no sistema de notificação
do município, onde os agravos comuns à
população não são notificadas pelo Sistema
de Informação de Agravos e Notificação
(SINAN), o que torna esse sistema ineficaz.
4. CONCLUSÃO
Após o presente trabalho percebe-se
que desde a antiguidade as plantas
medicinais foram utilizadas como fonte de
cura para diversas doenças. Assim, para que
ocorra o efeito desejado através da utilização
de medicamentos naturais, é necessário o uso
racional da população, onde devem ser
administradas somente doses indicadas para
o tratamento, ao contrário, pode acarretar
prejuízos ao paciente. Desse modo, a
fitoterapia empregada de forma organizada,
poderá auxiliar a sociedade a resolver parte
de seus problemas com saúde. Verificou-se
que no município de Itapuranga/GO houve
poucas notificações de doenças e agravos
realizadas pela Secretaria Municipal de
Saúde, sendo um número relativamente
pequeno de acordo com a lista de notificação
compulsória estabelecida pelo ministério da
saúde, onde a mesma tem a obrigatoriedade
de ser cumprida em todo território nacional,
há três hipóteses que podem ter gerado essa
subnotificação, ou seja, não notificar
corretamente esses agravos, um possível
treinamento de agentes de saúde no
município de Itapuranga/GO, a troca de
gestores, pois esses não possuem os mesmos
enfoques e uma possível epidemia de dengue
no estado de Goiás. A subnotificação traz
prejuízos notáveis, pois, além de não ocorrer
o aprimoramento dos serviços de assistência
à saúde desses agravos, há a falta de recursos
e verbas que poderiam ser fornecidas para o
município. Nesse sentido, o acesso ao
sistema público de saúde não atende todos
que precisam, há uma imensa população
esquecida e sem saúde, que depende do
empenho dos governantes para conseguir
seus direitos. Diante disso, percebe-se a
importância das plantas medicinais que
atualmente são uma alternativa para a cura de
doenças para a população. E verifica-se no
presente trabalho o quanto é significativo
instruir as pessoas a se prevenir e a ter um
uso racional de medicamentos naturais, visto
que quando há medidas educacionais, ocorre
uma melhora na saúde.
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