quadro resumo doenças parasitárias 1

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Quadro resumo: Doenças parasitárias 1 Leishmaniose Tegumentar Americana Agente causador Formas de transmissão Ciclo de vida Leishmaniose cutânea: L. brasiliensis, L. amazonensis, L. guyanensis Leishmaniose mucocutânea: L. brasiliensis Leishmaniose cutânea difusa: L. amazonensis Picada de insetos flebotomíneos do gênero Lutzomyia ou Phlebotomus O inseto se alimenta do sangue de um hospedeiro infectado com Leishmania na forma amastigota; No intestino do inseto os parasitos se trasnformam em promastigotas procíclicos e se reprosuzem por divisão binária. Parasitos migram para o aparelho bucal do inseto (pro bóscide) na forma promas tigo ta metacíclico que é a for ma infectiva. Durante o repasto sanguíneo, o inseto injeta os parasitos no hospedeiro humano, que então são fagocitados pelos macrófagos sanguíneos e se transformam na forma amastigota. Reproduzem-se dentro dos macrófagos até que haja lise celular e então são liberados para infectar outras células. Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento Leishmaniose cutânea:  Úlceras únicas ou múltiplas na derme e epiderme; Leishmaniose mucocutânea: LM resulta de LC de evolução crônica e curada sem tratamento ou com tratamento inadequado.  Progride para lesões des trutivas das mucosas e cartilagens. Leishmaniose cutânea difusa: Lesões (nódulos) não-ulceradas disseminadas pela pele; Associada á deficiência do sist. Imune; Curso crônico e progressivo Clínico: caract. da lesão e dados epidemiológicos Laboratorial - Exame direto de esfregaços corados; Exame histológico, Cultura; Inóculo em animais; PCR. Imunológicos: Teste de Montenegro; Reação de imunofluorescência indireta ; Hemaglutinação indireta Evitar a picada dos flebotomíneos Repelentes Mosquiteiros de malha fina Distância mínima de 500m da floresta Ainda não existe vacina Injeção de um antimonial pentavalente, Glucantime® (antimoniato de N- metilglucamina ) Imunoterapia tem sido testada

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Quadro resumo: Doenças parasitárias 1

Leishmaniose Tegumentar Americana

Agente causador Formas detransmissão

Ciclo de vida

Leishmaniosecutânea: L. brasiliensis,L. amazonensis, L.guyanensis

Leishmaniosemucocutânea: L.brasiliensis

Leishmaniosecutânea difusa: L.amazonensis 

Picada de insetosflebotomíneos dogênero Lutzomyia ouPhlebotomus

O inseto se alimenta do sangue de um hospedeiro infectado comLeishmania na forma amastigota; No intestino do inseto os parasitosse trasnformam em promastigotas procíclicos e se reprosuzem pordivisão binária. Parasitos migram para o aparelho bucal do inseto(probóscide) na forma promastigota metacíclico que é a formainfectiva. Durante o repasto sanguíneo, o inseto injeta os parasitos

no hospedeiro humano, que então são fagocitados pelos macrófagossanguíneos e se transformam na forma amastigota. Reproduzem-sedentro dos macrófagos até que haja lise celular e então são liberadospara infectar outras células.

Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento

• Leishmaniose cutânea: Úlceras únicas ou múltiplas na derme e epiderme;• Leishmaniose mucocutânea:

LM resulta de LC de evolução crônica e curada semtratamento ou com tratamento inadequado.  Progride para lesões destrutivas das mucosas ecartilagens.

• Leishmaniose cutânea difusa:Lesões (nódulos) não-ulceradas disseminadas pelapele; Associada á deficiência do sist. Imune; Cursocrônico e progressivo

•Clínico: caract. da lesão edados epidemiológicos

• Laboratorial

- Exame direto deesfregaços corados; Examehistológico, Cultura; Inóculoem animais; PCR.• Imunológicos: Teste de

Montenegro; Reação deimunofluorescênciaindireta ; Hemaglutinaçãoindireta

• Evitar a picadadosflebotomíneos

• Repelentes• Mosquiteiros

de malha fina• Distância

mínima de500m dafloresta

• Ainda nãoexiste vacina

• Injeção de umantimonialpentavalente,

Glucantime®(antimoniatode N-metilglucamina)

• Imunoterapiatem sidotestada

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Leishmaniose Visceral Americana (Calazar)

Agente causador Formas de

transmissão

Ciclo de vida

Espécies do complexo “L.donovani” :

• Leishmania ( Leishmania)donovani

• Leishmania ( Leishmania)infantum

• Leishmania (Leishmania)chagasi (princ. no Brasil)

Picada de insetosflebotomíneos dogênero Lutzomyia ouPhlebotomus

O inseto se alimenta do sangue de um hospedeiro infectado comLeishmania na forma amastigota; No intestino do inseto os parasitosse trasnformam em promastigotas procíclicos e se reprosuzem pordivisão binária. Parasitos migram para o aparelho bucal do inseto(probóscide) na forma promastigota metacíclico que é a formainfectiva. Durante o repasto sanguíneo, o inseto injeta os parasitosno hospedeiro humano, que então são fagocitados pelosmacrófagos sanguíneos e se transformam na forma amastigota.Reproduzem-se dentro dos macrófagos até que haja lise celular eentão são liberados para infectar outras células.

Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento• Febre prolongada e irregular• Esplenomegalia• Hepatomegalia• Anemia• Emagrecimento

• Caquexia • Alterações renais• linfonodos• Alterações pulmões• Alterações no aparelho

digestivo• Alterações cutâneas

• Pesquisa de parasitos emaspirado de medula óssea,do baço ou de linfonodos

• Métodos sorológicos(ELISA, aimunoeletroforese ou aimunofluorescênciaindireta)

• Estudos epidemiológicospreliminares sobre osfatores mais importantesdo problema

• Combater osflebotomíneos

•  Tratar todos os doentes,inclusive osassintomáticos.

• Eliminar os cãessorologicamentepositivos e os cãeserrantes.

• Manter um serviçopermanente de avaliaçãodesse controle a curto ea longo prazos.

• 1ª linha: administraçãoparenteral: Antimoniatode meglumine (ouantimoniato de N-metil-glucamina);Estibogluconato de sódio(ou gluconato de sódio eantimônio).

• 2ª linha:  Pentamidina,

i.v.; Anfotericina B, paraperfusão i.v.; Alopurinol,v.o.

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Tripanossomíase americana (Doença de Chagas)

Agentecausador

Formas detransmissão

Ciclo de vida

Protozoário

Trypano

soma

cruzi 

Insetos triatomíneoshematófagos da ordemHemíptera: Triatoma

infestans;

Panstrongylus

megistus; Rhodnius

 prolixus; Triatoma

dimidiata; Triatoma

 pallidipennis; Triatoma

sordida; Triatoma

brasiliensis

O ciclo de vida do Trypanosoma cruzi se inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do sanguedo hospedeiro vertebrado, elimina, em suas fezes e urina, o parasito em sua forma alongada(tripomastigotas metacíclicos). Através de mucosas ou por ferimentos na pele, estes infectamcélulas do hospedeiro, como as do coração. No interior destas, o parasito ganha formaarredondada (amastigotas), multiplicando-se por divisão binária. Quando as células estãorepletas de parasitos, eles novamente mudam de forma (tripomastigotas sanguícola), e coma ruptura da célula hospedeira disseminam-se pela corrente sangüínea, sendo capazes deinfectar novos tecidos e órgãos. Se o indivíduo ou animal infectado é picado pelo barbeiro, osparasitos em seu sangue podem ser transmitidos ao inseto. No intestino deste, mudam maisuma vez de forma (epimastigotas), multiplicam-se e tornam-se, novamente, formas

infectantes, que são eliminadas junto com as fezes e a urina do inseto. Fecha-se, assim, ociclo.

Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento

Fase aguda: Forma inaparente;

. Forma aparente: Febre; Sinais deporta de entrada; Edema;Linfonodomegalia;Hepatoesplenomegalia - (30-40%);Parasitemia abundante; Elevação dasdefesas humorais específicas – IgM eIgG; Poliadenia; Alterações cardíacase Perturbações neurológicas

Fase crônica:

- Forma ideterminada - Forma digestiva: megaesôfago,megacólon- Forma cardíaca: cardiomegalia, ICC

Fase aguda: Pesquisadireta de parasitos; Pesquisaindireta: Xenodiagnóstico,hemocultura, inoculação emcamundongo; Testessorológicos: Pesquisa de IgM

(imunofluorescência)Fase crônica:Característicasfisiopatológicas; Pesquisaindireta: Xenodiagnóstico,hemocultura; Testesorológicos (detecção deIgG) .. Imunofluorescênciaindireta, Hemaglutinaçãoindireta, ELISA

Manter a casa limpa.. Expor colchões e cobertores

ao sol.. Retirar ninhos de pássaros

dos beirais da casa.. Impedir a permanência de

aves e animais no interior dacasa.. Construir galinheiros, paiol,

tulhas, chiqueiros e depósitosafastados da casa e mantê-

los limpos.. Encaminhar insetos suspeitos

para análise.. Divulgar as medidas

preventivas

Específica - contra oparasita, visando eliminá-lo. Nifurtimox e

Benzonidazol - melhorresultado sob as formastripamastigotas (sangue).Sintomática -cardiotônicos eantiarrítmicos, para ocoração, ou através decirurgias corretivas doesôfago e do cólon.

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Amebíase

Agente

causador

Formas de

transmissão

Ciclo de vida

Entamoeba

histolytica:

diversas formas

clínicas

Entamoeba

díspar: Pode

causar erosões

na mucosa

intestinal, seminvasão; Maior

parte casos

assintomáticos e

colite não

disentérica. 

Ingestão dealimentos comcistos: verduras efrutascontaminadas,água, veiculadasnas patas debaratas e moscas.Falta de higienedomiciliar e osportadoresassintomáticos .

O ciclo biológico é do tipo monoxeno e inicia-se pela ingestão de quistos maduros. Estespassam pelo estômago e como são resistentes à acção dos sucos gástricos, passam pelointestino delgado chegando ao início do intestino grosso onde ocorre o desenquistamento,com saída do metaquisto. Em seguida o metaquisto sofre sucessivas divisões mitóticas,dando origem aos trofozoítos. Estes migram para o intestino grosso e colonizam a mucosaintestinal e ai vivem como comensais. Através de sucessivas divisões transformam-se emquistos que são eliminados nas fezes. O ciclo patogénico ocorre quando os trofozoítosinvadem a submucosa intestinal, formando úlceras onde se multiplicam activamente, de talforma que podem romper a parede e, através da circulação portal, atingir outros órgãos comoo fígado, e posteriormente o rim, cérebro, pulmão e/ou pele. O trofozoíto encontrado nestasúlceras está na forma invasiva ou patogénica, estes são extremamente activos ehematófagos.

Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento

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Amebíase Intestinal: Colites não

disentéricas; Forma disentérica: diarréiacom evacuações mucosanguinolentas, febremoderada e dor abdominal. COMPLICAÇÕES:perfurações e peritonite, hemorragias, colites

pós-disentéricas, apendicite.Amebíase Extra-Intestinal: Amebíasehepática - dor, febre e hepatomegalia(Anorexia, perda de peso e fraquezageral). Amebíase cutânea - região perianalAmebíase em outros órgãos - pulmão, cérebro,baço, rim, etc.

Clínico: Amebíase intestinal -sintomatologia comum,retossigmoidoscopia Abcesso

hepático - tríade (dor, febre ehepatomegalia), exames de

imagemLaboratorial: Parasitológico defeses; Imunológico: Elisa, IFI,hemaglutinação indireta,contraimunoeletroforese eimunodifusão dupla em gel deágar.

- Água de boaqualidade nas casase tratamento doesgoto; Educaçãosanitária e educaçãoambiental; Lavagemde frutas everduras a seremingeridas cruas;Exame de fezesperiódicos demanipuladores dealimentos etratamento dospositivos.

Amebicida intestinal

Luminal: Etofamida(Kitnos); Teclosan(Falmonox); Tissular :Cloridrato de Emetina;

CloroquinaLuminal e Tissular:

Derivados ImidazólicosAmebíase Extra-intestinal

* metronidazol (Droga deescolha)* Secnidazol (Secnidal)