publicaçÃo da federaçÃo dos trabalhadores em...
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ED. 84 - março E abril DE 2016 | DiSTribUiçÃo GraTUiTa
DIREÇÃO CERTA
motoristas enfrentam dificuldades para fazer o exame toxicológico
Fetropar assina taC Com mpt-pr sobre
Fundo assistenCial
Fetropar sedia debate nacional dos rodoviários
pUblicaçÃo Da fEDEraçÃo DoS TrabalhaDorES Em TranSporTES roDoviárioS Do ESTaDo Do paraná
Trabalho da comissão de negociações
garanTe ganhos reais
DirEToria EXEcUTiva Da fETropar
prESiDEnTE: João Batista da Silva
1° vicE-prESiDEnTE: Moacir Ribas Czeck
2° vicE-prESiDEnTE: Ronaldo José da Silva
3° vicE-prESiDEnTE: Luiz Adão Turmina
4° vicE-prESiDEnTE: Alcir Antonio Ganassini
SEcrETário GEral: Anderson Teixeira
SEc. GEral aDjUnTo: Valdemar Ribeiro do Nascimento
SEc. DE finançaS: Evaldo Antônio Baron
SEc. DE finançaS aDjUnTo: Olímpio Mainardes Filho
SEc. DE imprEnSa E comUnicaçÃo: Hilmar Adams
SEc. DE EDUcaçÃo SinDical E cUlTUra: Josiel Tadeu Teles
SEc. DE orGanizaçÃo SinDical E rElaçõES SinDicaiS: Ênio Antonio
da Luz
SEc. DE nEGociaçõES colETivaS E jUríDico: Jaceguai Teixeira
SEc. DE rElaçõES com moTocicliSTaS E SimilarES: Agenor “Cacá”
Pereira da Silva
fETropar - rUa prof. Dr. pEDro macEDo Da coSTa, 720 • vila izabEl • cEp: 80320 - 330 • cUriTiba-prfonE E faX: 41 3015 - 3300 • [email protected]
EnTiDaDE filiaDa À
Estamos apenas no início de 2016, mas a con-
juntura já aponta que a classe trabalhadora terá
de enfrentar muitos desafios ao longo do ano.
Direitos históricos conquistados pelos traba-
lhadores correm o risco de serem diminuídos ou
mesmo extintos. Com as mudanças intensas na
política, as entidades sindicais e sociais precisam
se fortalecer e se unir para evitar que os trabalha-
dores, mais uma vez, sejam os prejudicados.
Para fortalecer a luta dos trabalhadores nes-
se cenário, a Federação dos Trabalhadores em
Transportes Rodoviários do Estado do Paraná
(Fetropar) realizará neste ano um replanejamen-
to das atividades, da estrutura e da luta com seus
sindicatos.
Nosso objetivo é organizar o movimento de
acordo com as necessidades reais dos trabalha-
dores. Por isso, será desenvolvido um trabalho
extenso, ouvindo cada um dos sindicatos filiados
e muitos trabalhadores nas bases.
palavras do presidente
João Batista da silvaprESiDEnTE Da fETropar
Também nessa nova fase da Federação, pre-
tendemos formar cada vez mais dirigentes sindi-
cais capacitados para fazer o enfrentamento.
Com mais suporte aos sindicatos e com a es-
trutura da Fetropar renovada, teremos ainda mais
força para conseguir melhores negociações com o
patronal, e conseguiremos avançar na luta por leis
que garantam os direitos dos trabalhadores.
Um importante passo dado pela Fetropar e por
alguns sindicatos neste ano, foi firmar um Termo de
Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público
do Trabalho do Paraná (MPT-PR) sobre contribui-
ção do fundo assistencial. Com isso, as entidades
terão mais segurança para construir suas lutas.
A união dos sindicatos e trabalhadores é fun-
damental para conseguirmos novas vitórias em
nossa luta.
Editorial
SUplEnTES Da DirEToriaJosé Aparecido Faleiros, Sérgio Machado dos Santos,
Hailton Gonçalves, Aparecido Nogueira da Silva, Jorge
Luiz Chila, Josiel Veiga, Sérgio Paulo Kampmann,
Gilberto Maurício Amorim, João Carlos Passarim,
Emerson Luis Vianna da Silva, Agisberto Rodrigues
Ferreira Junior, Sirton Holuboski Barbosa, Adilson de
Souza Guerra, José Rodrigues dos Santos
conSElho fiScal EfETivo: Cláudio Francisco Mistura,
Dino César de Morais de Mattos, Jair Korobinsk
conSElho fiScal SUplEnTES: Lourenço Johann, Jonas
Cleiton Comissio, Mauro Afonso Garcia
conSElho DE rEprESEnTanTES jUnTo a cnTTT - EfETivo: Vicente Venuk Pretko e Elyzeo Manoel Sezerino
conSElho DE rEprESEnTanTES jUnTo a cnTTT - SUplEnTES: José Luiz Kogeraski e Edilson Marenda
EXpEDiEnTEproDUziDo pEla aGência abriDor DE laTaS - comUnicaçÃo SinDical
www.abriDorDElaTaS.com.br
TEXToS: Guilherme Mikami, Larissa Amorim, Larissa
Knaipp, Rebeca Mileski
rEviSÃo: Mayara Dropot da Silva Portela
jornaliSTaS rESponSávEiS: Guilherme Mikami (SRTE 9458/PR)
e Larissa Amorim (SRTE 9459/PR)
DiaGramaçÃo E projETo Gráfico: Abridor de Latas
TiraGEm: 20 mil exemplares
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 3dirEÇão CErta i 3
NotÍCias sindical
Fetropar assina tac com mpt-pr sobre contribuição do Fundo assistencial
Referente ao inquérito civil (IC) 001138,
em 30 de março o MPT-PR assinou um Ter-
mo de Ajuste de Conduta com a Fetropar e
a maioria dos sindicatos filiados. O órgão
reconheceu a atuação concreta dos sindi-
catos, a transparência das ações e a eficiên-
cia da gerência dos recursos provenientes
da contribuição do fundo assistencial pago
pelas empresas.
Esses recursos são utilizados para forta-
lecer as ações das entidades. Com isso, os
sindicatos dos rodoviários paranaenses têm
acumulado um histórico de ganhos reais e
de avanços sociais para os trabalhadores nas
negociações coletivas das últimas décadas.
“O TAC feito foi um momento históri-
co de reconhecimento daquilo que a Orga-
nização Internacional do Trabalho (OIT)
defende sobre a importância dos recursos
para as entidades. Ao mesmo tempo, esses
valores advindos de negociações coletivas
precisam ser transparentes e geridos de for-
ma adequada. Apesar de nossos sindicatos
já fazerem isso, é importante reafirmar”, ex-
plica o assessor jurídico da Fetropar, André
Passos.
FundoA contribuição do fundo é uma im-
portante conquista resultante das mobi-
lizações da Fetropar com os respectivos
sindicatos. Os recursos vindos das nego-
ciações coletivas são essenciais para que
os sindicatos possam garantir os serviços e
o atendimento aos trabalhadores, além de
poderem fortalecer as estruturas de assis-
tências e de defesa da categoria.
A importância desses recursos também
foi reconhecida pelo Ministério Público do
Trabalho do Paraná (MPT-PR).
deFesa dos trabalhadores
Durante a audiência para a assinatura
do TAC, a procuradora do Trabalho Cris-
tiane Maria Sbalqueiro Lopes destacou
a importância de fortalecer os sindicatos
e de melhorar a relação entre o MPT e as
entidades sindicais, a fim de lutar contra
quem realmente prejudica os direitos dos
trabalhadores.
“Todos sabem que estamos vivendo
uma ofensiva neoliberal. O trabalho do
Ministério não funciona sem a partici-
pação ativa dos sindicatos na defesa dos
direitos do trabalhador. Só buscando a
atuação conjunta conseguimos ações efe-
tivas. Precisamos estreitar os laços, pois os
sindicatos são os olhos do MPT”, afirmou a
procuradora.
Para a Fetropar, a assinatura do TAC
proporcionou mais segurança para os
sindicatos continuarem fortalecendo as
lutas, principalmente nessa difícil con-
juntura de flexibilização e retirada de di-
reitos.
“O MPT, fortalecendo as entidades
sindicais e dando segurança jurídica para
esses recursos, dá a estrutura para que pos-
samos lutar para manter as conquistas das
últimas décadas”, destaca o presidente da
Federação, João Batista da Silva.
4 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR4 i dirEÇão CErta
Fetropar sedia debate nacional dos trabalhadores rodoviários
NotÍCias sindical
Em 7 de abril, trabalhadores rodoviários
de todo o Brasil se reuniram na sede da Fe-
tropar, em Curitiba, para discutir questões
referentes ao setor. Federações filiadas de di-
versos estados participaram da reunião, que
foi organizada pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Transportes Terres-
tres (CNTTT).
O principal tema discutido foi o enqua-
dramento sindical, com o cancelamento das
Orientações Jurisprudenciais (OJs) 315 e 419
da Seção Especializada em Dissídios Indivi-
duais (SDI-1) do Tribunal Superior do Traba-
lho (TST), dos motoristas que trabalham no
setor da agroindústria.
Com as OJs, milhares de motoristas de
empresas rurais, especialmente do setor su-
croalcooleiro, passaram a ser enquadrados
de acordo com a categoria preponderante, e
não mais nos sindicatos de rodoviários.
No entanto, em outubro do último ano,
o TST cancelou as OJs, acatando o conceito
de categoria diferenciada dos motoristas. Po-
rém, o enquadramento sindical desses profis-
sionais ainda está incerto em alguns locais.
“Houve um cancelamento, mas não está
certo como será daqui para frente. Nós de-
fendemos a volta da ressalva da representa-
ção sindical dessa atividade meio, que são os
trabalhadores de transporte”, esclareceu o
advogado Adilson Boaretto.
Por esse motivo, as federações debate-
ram estratégias para mudar, de fato, essa re-
alidade nos sindicatos, principalmente com
a atuação jurídica nos processos que já tra-
mitam sobre a representação.
“Fazer esse debate em nível nacional é
muito importante, pois esse é um problema
presente em muitas regiões, inclusive no norte
do Paraná. O que buscamos é fazer um enfren-
tamento uniforme dos problemas que prejudi-
cam os trabalhadores e os sindicatos”, desta-
cou o presidente da Fetropar, João Batista.
exames para os motoristas
Outro tema bastante discutido na reu-
nião foi a exigência do exame toxicológico
para motoristas profissionais das categorias
C, D e E.
Durante o encontro, os dirigentes sindi-
cais destacaram os problemas que os traba-
lhadores rodoviários estão enfrentando para
conseguir realizar o exame. Desses, pode-se
destacar a discriminação e a falta de estrutu-
ra das clínicas e dos laboratórios para colher
os materiais e emitir os resultados.
A CNTTT já ingressou com uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) con-
tra a lei 13.103/2015, que instituiu a obriga-
toriedade do exame. Diversas entidades,
dentre elas a Fetropar, ingressaram com pe-
dido de amicus curiae para contribuir com
a ação.
Para fortalecer ainda mais a luta da ca-
tegoria por condições dignas para exercer a
profissão, a Confederação também deverá
promover debates nacionais e junto à socie-
dade.
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 5dirEÇão CErta i 5
diretoria unida para Fortalecer as lutas da Fetropar
Para garantir o encaminhamento das lutas
da Fetropar e a organização das mobilizações
nas bases em todo o estado, dirigentes da Fe-
deração e dos sindicatos filiados se reúnem
mensalmente. Em 30 de março, foi realizada
uma das reuniões ordinárias deste ano.
Ao longo do encontro, os diretores deba-
teram as mais diversas áreas de atuação da
Federação, desde trabalhos por mais direitos
às categorias representadas e ações jurídicas
até perspectivas de melhorias na estrutura da
Federação e do Instituto São Cristóvão (ISC).
A análise e a aprovação das contas de fe-
vereiro também foram feitas pelos dirigentes.
negociaçõesO trabalho da Comissão de Negociações
Coletivas foi destacado no encontro. No úl-
timo período, alguns acordos importantes
foram fechados e outros estão quase sendo
concluídos, como, por exemplo, o da Federa-
ção das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
No entanto, segundo o secretário de Ne-
gociações Coletivas e Jurídico da Fetropar,
Jaceguai Teixeira, um problema no sistema
mediador do Ministério do Trabalho e Em-
prego (MTE) está impedindo a conclusão de
alguns acordos.
dirigentes capacitadosNo debate sobre o replanejamento da Fe-
tropar e a atuação do ISC, os dirigentes des-
tacaram a necessidade de o Instituto fazer a
formação sindical – que atualmente é realiza-
da em parcerias com centros de treinamento.
A ideia é que alguns membros da Federa-
ção sejam capacitados para formar os traba-
lhadores de acordo com os ideais da Fetropar
e, assim, não depender de outras instituições.
Para isso, será elaborado um projeto de for-
mação da Federação, com metodologia a ser
definida.
Enquanto isso, são buscadas instituições,
como o Centro Nacional de Estudos Sindicais
e do Trabalho (CES), para fazer a capacitação
e a formação dos dirigentes,
contribuiçõesA contribuição do fundo assistencial, pago
pelas empresas às entidades sindicais, tam-
bém foi ponto de discussão. Discutiu-se sobre
o IC 001138 e os problemas que os sindicatos
estão enfrentando na esfera jurídica.
A fim de defender a autonomia e a liberda-
de sindical, foi apontada a articulação nacio-
nal em defesa da contribuição, em conjunto
com outras federações e centrais sindicais.
NotÍCias sindical
6 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR6 i dirEÇão CErta
NotÍCias sindical
exame toxicológico é tema de reunião da Fetropar com o detran/pr
A exigência legal do exame toxicológico
para a renovação da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH), C, D e E, tem gerado
muitas discussões na categoria de transpor-
te. Diante disso, a Fetropar se reuniu, em 12
de abril, com o diretor-geral do Departa-
mento de Trânsito do Paraná (Detran/PR),
Marcos Traad, para discutir a obrigatorieda-
de do exame.
Segundo o assessor jurídico da Fetropar,
André Passos, a classe trabalhadora passa
por transtornos recorrentes desde a aprova-
ção da lei que determinou a exigência, em
meados de 2015. A falta de conhecimento do
procedimento do exame, a lentidão na reali-
zação do laudo e o custo elevado são alguns
dos transtornos gerados pela exigência do
exame.
“Somos inteiramente a favor de políticas
públicas que visem a segurança e a saúde da
categoria. O exame toxicológico garante a in-
tegridade do trabalhador e vai contra empre-
sários que incentivam o uso de entorpecentes
para alongar a jornada de trabalho. Mas mui-
tos trabalhadores estão ficando impossibili-
tados de trabalhar, em razão dessa exigência,
porque não conseguem realizar o exame no
prazo para renovação, ou não podem arcar
com os custos da análise”, destaca o presiden-
te da Fetropar, João Batista da Silva.
Durante a reunião, João também indagou
a falta da obrigatoriedade do exame para con-
dutores das categorias A e B – que devem ser
igualmente regulados no uso de substâncias
entorpecentes no trânsito.
A Fetropar sugeriu que essa exigência seja
avisada antecipadamente. Atualmente, os
motoristas recebem uma carta 30 dias antes
do vencimento da CNH. Como o exame leva
de 15 a 21 dias para ficar pronto, muitos ficam
com a carteira suspensa temporariamente.
Diante dos problemas, o diretor-geral
do Detran/PR afirmou que a Associação Na-
cional dos Detrans (AND) entrou com uma
medida judicial para solicitar suspensão ou
adaptação mais clara dessa lei, para não haver
obrigatoriedade.
“A problematização efetiva e prática dessa
lei no dia a dia é o que irá nos mostrar que ca-
minho seguir. Temos a intenção de examinar
essa peça judicial que a AND está protocolan-
do, para entrarmos como terceiro interessado
no processo, e até mesmo reforçar as teses de-
fendidas e priorizar a realidade do trabalha-
dor”, concluiu João.
no paranáNo Paraná são aproximadamente 480 clíni-
cas que funcionam como ponto de coleta para
o material do exame e encaminham a amostra
(cabelo, pelo ou unha) para a análise de um dos
– apenas – seis laboratórios habilitados no país.
O exame detecta um amplo período de
dependência química, e pode ser realizado
até 90 dias antes da data de entrada do pro-
cesso de renovação da carteira. O custo da
análise toxicológica varia entre R$330 e R$350,
mais a taxa de coleta.
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 7dirEÇão CErta i 7
Fetropar participa de debate sobre o papel das trabalhadoras
Na semana do Dia Internacional da Mu-
lher, a Fetropar participou de debates sobre
os direitos das trabalhadoras.
O Papel da Mulher no Mercado de Traba-
lho e Ações Superadoras, foi o tema da audi-
ência pública realizada em 10 de março, pela
Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego no Paraná (SRTE). O evento ocor-
reu no prédio histórico da Universidade Fe-
deral do Paraná (UFPR).
Além da Fetropar, entidades do movi-
mento sindical de diversas categorias, como
movimento social, feminista, estudantil, re-
presentantes do setor patronal e de órgãos
do governo, deputados, vereadores, dentre
outras autoridades, também participaram do
debate.
“A inspiração é sensibilizar os atores so-
ciais para buscar a ampliação e a efetivação do
direito da mulher. Precisamos fazer com que
a cultura mude, que a mulher tenha o respei-
to do homem, do seu empregador e da socie-
dade. Isso está de acordo com a nossa filosofia
de trabalho na Fetropar”, afirmou o presiden-
te da Federação, João Batista da Silva.
a mulher no mercadoCinco mulheres com posições estratégicas
de diferentes setores participaram da mesa
no painel de debates. Foram essas: a assessora
especial do ministro do Trabalho e Previdên-
cia Social, Rosane da Silva; a vice-presidente
do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná
(TRT-PR), Marlene Suguimatsu; a auditora
fiscal do trabalho, Luana de Geroni; a coor-
denadora do Fórum Estadual dos Servidores
(FES), Marlei de Carvalho e a procuradora do
MPT-PR, Mariane Josviak.
A atuação da mulher no mercado de tra-
balho e as diferenças no tratamento dos gêne-
ros no mercado, foram os principais pontos
destacados nas apresentações.
O número de mulheres que saíram da
informalidade no mercado aumentou, pas-
sando de 25,8% em 2001 para os 36% atuais,
segundo dados apresentados pelo governo
federal. Mas ainda há um grande percentual
de trabalhadoras que não têm seus direitos
garantidos e são prejudicadas por isso.
A maioria das trabalhadoras (66%), ainda
tem renda muito baixa e recebe até dois sa-
lários mínimos. Ainda assim, boa parte delas
(39%) precisam chefiar suas famílias.
em busca de avançosPara mudar a realidade atual, a igualdade
e a valorização do trabalho da mulher foram
os principais apontamentos feitos no debate.
Para as trabalhadoras, além do movimen-
to de luta das mulheres, é preciso ter uma
política de Estado mais forte para ampliar os
direitos delas e fiscalizar a implementação,
para que realmente aconteça.
“Hoje os cuidados partem mais no senti-
do de ampliar o leque de proteção a medidas
discriminatórias. Em geral, a discriminação
é algo velado, mas na medida do possível a
justiça está tentando combater essa prática”,
afirmou a vice-presidente do TRT-PR.
NotÍCias movimento
8 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR8 i dirEÇão CErta
A exigênciA do exAme é umA dAs mudAnçAs estAbelecidAs pelA
lei 13.103/2015.
o problemA é que
fAltAm l AborAtórios
pArA reAlizAr o serviço.
NotÍCias legislação
obrigação para exames toxicológicos inicia, mas não há estrutura para atender os trabalhadores
Desde março, todos os motoristas
profissionais das categorias C, D e E são
obrigados a fazer exames toxicológicos
para renovar a Carteira Nacional de Ha-
bilitação. No entanto, a falta de estrutura
para cumprir a nova regra está prejudi-
cando muitos trabalhadores.
Os exames servem para identificar
o uso de drogas ilícitas pelos motoristas
e, assim, contribuir para a segurança nas
estradas e para a redução nos índices de
acidentes e mortes no trânsito.
Quem quiser renovar a carteira ou
atuar como caminhoneiro ou motorista
de ônibus, precisa passar pelo teste. Para
tanto, é necessário ir ao laboratório cre-
denciado para fazer a coleta de fios de ca-
belo para o exame. Apenas quando tiver
o laudo, que demora cerca de 20 dias, o
motorista poderá fazer as demais etapas
do processo de habilitação no Detran-PR.
A exigência é uma das mudanças es-
tabelecidas pela lei 13.103/2015. Esta é a
chamada Lei dos Caminhoneiros, que
aumentou a carga horária e precarizou as
condições de trabalho dos motoristas.
O problema é que faltam laboratórios
para realizar o serviço. Hoje, apenas seis
laboratórios são credenciados pelo De-
partamento Nacional de Trânsito (Dena-
tran) para atender a demanda.
“No Paraná e em todo o país, a quanti-
dade de clínicas disponíveis é insuficien-
te. Por isso, a Associação Nacional dos
Detrans teve a iniciativa de ingressar com
uma ação para suspender a obrigatorie-
dade em todos os estados, ou seja, é um
problema nacional”, afirma o advogado
especialista em trânsito e presidente da
comissão de trânsito
da Ordem dos Advogados do Brasil Seção
Paraná (OAB-PR), Marcelo Araújo.
Só no Paraná, são mais de 1,2 milhão
de motoristas registrados nessas catego-
rias. Laboratórios insuficientes atrasam
o processo e, com isso, os trabalhadores
correm o risco de ficar sem a habilitação
e, consequentemente, sem exercer a pro-
fissão.
“Na minha cidade só um laboratório
coleta o material e encaminha para análi-
se em São Paulo. Isso leva mais de 20 dias,
se o material não demorar para ser envia-
do, e o Detran só abre o processo para a
renovação quando o trabalhador tem o
resultado em mãos. Temos trabalhadores
que estão com o prazo quase vencendo
e ainda não conseguiram isso. Daqui a
pouco não vão poder trabalhar”, afirma o
presidente do Sindicato dos Trabalhado-
res em Transportes Rodoviários de Toledo
(Sinttrotol), Luiz Adão Turmina.
Em alguns estados, os Departamentos
de Trânsito já conseguiram suspender a me-
dida até que haja infraestrutura adequada.
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 9dirEÇão CErta i 9
NotÍCias legislação
alto custo Para o trabalhador, adequar-se à nova
exigência está saindo caro. No Paraná o
custo do exame varia de R$ 350 a R$ 550.
Mas como muitas empresas se recusam a
arcar com esse valor, os trabalhadores são
obrigados a usar recursos próprios.
“Se o motorista estiver empregado, a
empresa é obrigada a pagar o exame, mas
os trabalhadores estão tirando do pró-
prio bolso. Até pegar a CNH, o valor de
todos os custos é muito alto. Então vamos
ter que analisar a forma como devemos
agir”, destaca o presidente do Sindicato
dos Trabalhadores em Transportes Rodo-
viários de Pato Branco (Sintropab), Ênio
Antonio da Luz.
políticas eFetivasPara os trabalhadores, outro proble-
ma é que, em vez de propor medidas efe-
tivas de proteção à saúde dos motoristas,
a nova regra pode rotular os profissionais
e gerar riscos, pois os trabalhadores que
tiverem resultado positivo no exame po-
dem ser impedidos de ter a habilitação
renovada.
“Depois que forem constatadas as
pessoas que têm dependência, o que vai
acontecer com esses trabalhadores? Eles
serão demitidos? Terão que mudar de
profissão?”, questiona o presidente da Fe-
tropar, João Batista da Silva.
A implementação de uma política de
saúde para tratamento e recuperação dos
dependentes é fundamental nesse pro-
cesso.
“A obrigatoriedade do exame toxico-
lógico para os motoristas profissionais
não pode ter caráter apenas punitivo, mas
deve estar ligada diretamente a uma polí-
tica de saúde que seja capaz de promover
o acompanhamento, o tratamento e a re-
cuperação dos trabalhadores cujo exame
tiver resultado positivo”, finaliza o presi-
dente.
EXAME TOXICOLÓGICO
1,2 milhão de motoristas
registrados nas categorias C, D e E.
6 laboratórioscredenciados 20 dias
para o laudo
DEpoiS qUE forEm conSTaTaDaS aS pESSoaS qUE Têm DEpEnDência, o qUE vai aconTEcEr com ESSES TrabalhaDorES?
ElES SErÃo DEmiTiDoS? TErÃo qUE mUDar DE profiSSÃo?
“ “
10 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR10 i dirEÇão CErta
NotÍCias negociações
trabalho da comissão de negociações garante ganhos reais aos trabalhadores
A comissão de negociações coletivas da
Fetropar tem papel fundamental para que
os trabalhadores rodoviários tenham direi-
tos garantidos e melhorias nas condições de
trabalho e no salário.
Por meio do trabalho intenso, realizado
pela Federação em conjunto com os sindi-
catos filiados, as primeiras negociações de
2016 já trouxeram excelentes resultados
para os trabalhadores.
“Esse trabalho centralizado na Fetropar
é muito importante, porque conseguimos
unificar os trabalhadores de várias regiões
do estado e garantir direitos iguais a todos.
Se não fosse a comissão, nós teríamos mui-
tas diferenças nos pisos salariais”, destaca o
secretário de Negociações Coletivas e Jurí-
dico da Federação, Jaceguai Teixeira.
Todos os acordos firmados até agora
pela comissão garantiram a reposição da
inflação para os trabalhadores, evitando
que tenham o poder de compra reduzido.
Algumas delas, inclusive, trouxeram per-
centuais com ganhos reais para as catego-
rias.
Nas negociações com a Federação das
Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e
com o Sindicato das Indústrias Metalúrgi-
cas, Mecânicas e de Material Elétrico do Es-
tado do Paraná (Sindimetal-PR), por exem-
plo, os pisos foram reajustados em 11,88%.
“A maioria das negociações tem o índi-
ce de reajuste de acordo com
a categoria preponderante,
mas nas negociações dos
pisos salariais estamos conse-
guindo um aumento maior”,
destaca Jaceguai.
Os trabalhadores do
setor intermunicipal tam-
bém já estão com o acordo
renovado para o próximo
período. A negociação re-
sultou em 10% de reajuste,
um percentual ainda maior
nos pisos salariais e outros
benefícios.
Algumas datas-ba-
ses de maio já tiveram
as negociações adiantadas e também com
ganhos para os trabalhadores. A convenção
do setor interestadual já foi firmada com
10% de reajuste, assim como a dos trabalha-
dores de guinchos, que ficou em 9,5%.
Outras negociações como a com o Sin-
dicato das Franquias dos Correios do Es-
tado do Paraná (Sinfranco) e Sinfretiba
Sindicato das Empresas de Transportes de
Passageiros (Sinfretiba), por exemplo, ain-
da estão em andamento.
cenário diFícilO trabalho da comissão de negociações
se destaca ainda mais diante do cenário de
crise econômica que o país enfrenta.
De acordo com Jaceguai, a maioria das
negociações coletivas das outras categorias
está conseguindo no máximo a reposição
da inflação e a manutenção dos direitos já
adquiridos. Em alguns estados, como São
Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, ainda
há a exigência do patronal de redução de
jornada e salários.
“Nós já conseguimos começar as ne-
gociações das datas-bases desse ano mui-
to bem. Estamos conseguindo manter os
direitos e avançar nos salários. Espera-
mos continuar com esse bom resultado,
trazendo ganho real para o trabalhador
mesmo com o ônus de crise”, finaliza Ja-
ceguai.
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 11dirEÇão CErta i 11
Curtas rápidas
A jornada de trabalho dos motoristas é re-
gulamentada pela lei, mas, ainda assim, há
empresas que submetem os funcionários a
jornadas exaustivas.
Para combater essa prática, em abril a ter-
ceira turma do Tribunal Superior do Traba-
lho (TST) manteve decisão que condenou a
JBS S.A. a pagar indenização de R$ 30 mil
a um motorista submetido a 18h diárias de
trabalho.
A assessoria jurídica do sindicato serve
para o trabalhador conseguir orientação para
lutar pelos direitos sem precisar arcar com os
custos. Reafirmando esse direito, o TRT da
12ª Região condenou um advogado creden-
ciado a um sindicato a indenizar o trabalha-
dor por cobrar honorários indevidamente.
O advogado cobrou 20% do acordo realizado
com a empresa como pagamento dos hono-
O TRT da 4ª Região determinou a proibição
da pesquisa de informações sobre a situa-
ção financeira de candidatos a vagas de em-
prego, feita pela transportadora Gabardo.
Para a juíza Lígia Maria Fialho Belmonte
que analisou a ação, essa atitude é discri-
motorista é indenizado por excesso de jornada
atendimento jurídico deve ser gratuito para o trabalhador
De acordo com o Tribunal Regional do Tra-
balho (TRT) da 3ª Região, que recebeu a de-
núncia do trabalhador, a jornada exaustiva
pode ser enquadrada como “trabalho em
condição análoga à de escravo”.
pesquisar situação Financeira de candidatos é considerado discriminação
justiça reconhece risco em sistema de transporte do combustível
transportar pessoas com doenças contagiosas é atividade insalubre
Um motorista que dirigia caminhões
com tanque de combustível suplemen-
tar teve reconhecido o direito de receber
adicional de periculosidade. A decisão
foi do TRT da 4ª Região, que considera
periculoso o transporte de inflamáveis
em tanque suplementar com capacida-
de acima de 200 litros, mesmo que des-
tinado ao consumo próprio, pelo risco
de incêndios e explosões.
Motoristas que realizam o transporte
de pacientes com doenças infectoconta-
giosas, cujas empresas não oferecem os
materiais de proteção necessários, têm di-
reito a receber adicional de insalubridade.
A decisão é do TRT da 23ª Região, que
concedeu a um motorista que tinha conta-
to com pessoas com doenças contagiosas,
o direito de receber o adicional de 20%.
minatória, invade informações sigilosas
do trabalhador, prejudica o direito social
ao trabalho e pode penalizar o candidato
indevidamente. Leis, convenções inter-
nacionais e a própria constituição Federal
vedam a discriminação nas relações de tra-
balho.
Como punição, a transportadora deverá pa-
gar R$ 50 mil por danos morais coletivos, e
caso descumpra a proibição, estará sujeita
à multa de R$ 10 mil a cada ocorrência. A
decisão ainda é em primeira instância.
rários. Para o Tribunal, a cobrança é irregular,
pois a remuneração é responsabilidade do sin-
dicato.
12 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR12 i dirEÇão CErta
srte-pr acata pedido do sintramotos de Fiscalização na aplicação da lei 12.009/2009
NotÍCias sindicatos
Em reunião na Superintendência Regional
do Ministério do Trabalho e Emprego no Para-
ná (SRTE-PR), o presidente e o secretário-geral
do Sindicato dos Trabalhadores Condutores de
Veículos, Motonetas, Motocicletas e Similares
de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramo-
tos), vereador Cacá Pereira e Edmilson da Mata,
respectivamente, trouxeram boas perspectivas
aos motofretistas.
O Sindicato, há alguns anos, luta pela apli-
cação da lei 12.009/09 – que regulamenta o
exercício das atividades dos motofretistas – e,
segundo o presidente da entidade, “aos poucos
consegue que a lei seja empregada, para que
leve melhores condições aos trabalhadores do
motofrete”.
Os advogados André Passos e Renan Lou-
renço Prado, responsáveis pelo departamento
jurídico do Sintramotos, também acompanha-
ram a reunião observando os aspectos legais
das medidas que visam coibir alguns abusos e
desrespeitos à lei.
O superintendente regional do Trabalho,
Márcio Pessatti, considera indispensável o en-
volvimento do órgão para que a lei seja respei-
tada. Por isso, propôs alternativas, que vão de
mesa redonda à fiscalização rígida nas empre-
sas.
“Acredito que muitas empresas podem se
adequar à lei, que existe desde 2009 e levamos
anos para discutir a efetiva aplicação”, disse Ed-
milson, ao acrescentar que a reunião com a Dele-
gacia Regional do Trabalho do Paraná (DRT-PR)
foi realizada com a finalidade de pedir ajuda para
que a lei seja uma prática contínua.
“Infelizmente, ainda existem irregularida-
des no cumprimento dos direitos trabalhistas.
Entendemos, hoje, que a SRTE-PR é o melhor
caminho para fazer com que as empresas res-
peitem a lei. Esta é uma profissão de risco e a
lei exige o cumprimento de alguns quesitos que
pretendem reduzir os acidentes envolvendo os
trabalhadores”, explicou Cacá Pereira.
Para o presidente do sindicato, a reunião
foi produtiva, pois o superintendente e os au-
ditores concordam com a necessidade da efe-
tiva aplicação da lei. Segundo ele, de cada 100
empresas, cerca de 70 não pagam 13º salário ou
férias aos motofretistas.
Por essa razão, a inclusão de uma cláusula
na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) no
setor patronal de prestação de serviços, que
obriga as empresas a fazerem o pagamento do
13º e das férias em cheque nominal ou depósito
em conta bancária, foi uma grande conquista.
“A lei e a CCT existem para benefício dos
trabalhadores e devem ser respeitadas pelos
empresários”, assinalou André Passos. Para Pra-
do, muitas conquistas foram construídas nas
negociações e, por isso, ele considera que tanto
a negociação com os empresários como a fisca-
lização da DRT são caminhos viáveis para que a
lei seja cumprida.
Depois de ouvir os argumentos do
Sintramotos, Pessatti afirmou que a SRTE-PR
precisa acolher a demanda dos motofretistas.
“Com maior rigidez nas fiscalizações, esses
profissionais poderão ter, finalmente, reconhe-
cidos alguns direitos que hoje são esquecidos
ou ignorados”, completou Cacá Pereira.
Fonte: Sintramotos
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 13dirEÇão CErta i 13
motoristas e cobradores de ônibus realizam debate com ciclistas e promovem melhorias para a cidade
NotÍCias sindicatos
Em 1º de abril, representantes do Sindi-
cato dos Motoristas e Cobradores de Ôni-
bus de Curitiba e Região Metropolitana
(Sindimoc) participaram de uma reunião
organizada pela Associação de Ciclistas do
Alto Iguaçu (Ciclociguaçu) que, por meio da
Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), convi-
dou os motoristas para um bate-papo sobre
diversas questões do trânsito da capital.
A reunião aconteceu na Escola Pública
de Trânsito da Secretaria Municipal de Trân-
sito, localizada na Casa Klemtz do Bosque
da Fazendinha. Os representantes da CicloI-
guaçu apresentaram textos e vídeos com
conceitos e dados sobre o trânsito na cidade
e no mundo e, após isso, os participantes
compartilharam experiências e visões sobre
o tema principal, que era sobre acidentes.
Ciclistas na canaleta, respeito à sinalização
e a todos os modais participantes do trânsito
foram alguns dos tópicos debatidos.
O vereador Rogério Campos participou
da reunião e afirmou que a participação dos
motoristas e cobradores nesse tipo de debate
traz uma discussão mais justa e promove
uma boa solução para todos.
“Encontros como esse são o ponta pé inicial
de uma cidade melhor. Assim todos podem
levantar seus pontos no debate e podemos, jun-
tos, tornar viáveis as melhorias”, frisou Cacá.
O encontro foi muito positivo na avalia-
ção de ciclistas e motoristas. “Todos pude-
ram conversar diretamente com quem está
presente no dia a dia nas ruas da cidade. Pre-
cisamos conhecer a situação de cada um dos
envolvidos nesse cenário, pois ainda esta-
mos muito distantes uns dos outros – ciclis-
tas, motoristas e pedestres. Essa foi uma
troca inicial de vivências e a intenção é man-
ter e intensificar esses encontros, principal-
mente nesse espaço público de trânsito da
Prefeitura. É muito importante que o poder
público municipal esteja incentivando ações
como essa”, diz Henrique Jakobi Moreira,
coordenador administrativo da CicloIguaçu.
Para Ricardo Ribeiro, que é motorista há
21 anos e atualmente atua no Sindimoc, a ati-
vidade abriu a visão dos participantes sobre
diversos temas. “Foi ótimo para todo mundo.
Tivemos a oportunidade de explicar como
funciona hoje o transporte coletivo, como é o
trabalho do motorista de ônibus. Esperamos
que sejam agendados mais encontros como
esse no futuro. Estamos sempre à disposição
para realizar um trabalho futuro sobre o pro-
blema dos ciclistas nas canaletas de ônibus”.
Fonte: Sindimoc
aciDEnTES, cicliSTaS na canalETa, rESpEiTo À SinalizaçÃo E a ToDoS oS moDaiS
parTicipanTES Do TrânSiTo foram DEbaTiDoS.
“ “
14 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR14 i dirEÇão CErta
sindeesmat garante à categoria um dos melhores reajustes do país
NotÍCias sindicatos
Em tempos de crise econômica, garantir
um bom reajuste no salário dos trabalha-
dores não é fácil como parece. O Sindicato
precisa negociar muito para convencer os
patrões a pagarem mais aos funcionários.
Esse é o trabalho que o Sindicato dos
Empregados em Escritório e Manutenção
nas Empresas de Transportes de Passageiros
de Curitiba e Região Metropolitana (Sinde-
esmat) está desenvolvendo na negociação
coletiva para 2016. Com a atuação do Sin-
dicato, o reajuste dos salários e de todas as
cláusulas econômicas da data-base ficou de-
finido em 11,3%. O percentual foi acordado
com o Sindicato das Empresas de Ônibus de
Curitiba e Região Metropolitana (Setransp),
em 26 de fevereiro.
Isso significa que os trabalhadores tive-
ram o poder de compra garantido. Ao lon-
go do ano, sobem os preços dos produtos e
serviços, aluguéis e contas aumentam e o
trabalhador consegue pagar cada vez menos
contas com o que ganha. Isso ocorre por cau-
sa da inflação. Mas com o reajuste do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
na negociação, esse prejuízo não acontece.
Já no vale-alimentação, o ganho foi mui-
to maior. O Sindeesmat conseguiu mais de
20% de reajuste. Com isso, o vale passou dos
antigos R$ 415 para R$ 500 – o que faz muita
diferença na hora de escolher o que comprar
no mercado. Além disso, o abono salarial fi-
cou em R$ 390.
“Acompanho o trabalho do Sindicato há
21 anos, e essa atuação deles é extremamente
importante. Diante da crise que o país vive, a
reposição do INPC nos salários já deixa uma
situação mais justa para os trabalhadores”,
conta o técnico de segurança e medicina
do trabalho da Auto Viação Santo Antônio,
Emilio Cesar Bolzani.
Os trabalhadores já sentem a diferença
nos salários, pois os reajustes já foram incor-
porados aos pagamentos de fevereiro.
De acordo com a assessoria jurídica
do Sindicato, em razão da crise, muitas
empresas oferecem percentuais abaixo do
INPC para os trabalhadores. Diante disso,
o trabalho do Sindeesmat deve ser desta-
cado.
“Poucas categorias conseguiram esse
percentual. Mas no Sindeesmat a atuação no
direito coletivo é muito forte e eficiente. Esse
é o resultado de muita luta do Sindicato em
busca de melhorias para os trabalhadores”,
afirma a assessora jurídica da entidade, Lu-
cia Maria Beloni Correa Dias.
negociações Mesmo com o reajuste salarial já garan-
tido, as negociações coletivas ainda não ter-
minaram.
Como o Sindeesmat ingressou com dissí-
dio coletivo no Tribunal Regional do Traba-
lho do Paraná (TRT-PR) reivindicando, tam-
bém, melhorias das condições de trabalho
da categoria, ainda deverão ser discutidas as
demais cláusulas da pauta de reivindicações
dos trabalhadores.
“Nosso trabalho para as negociações
deste ano já iniciou em dezembro, com a
assembleia e aprovação da pauta. Até ago-
ra, realizamos duas mesas de negociação e
uma audiência de dissídio no Tribunal. Já
garantimos um bom reajuste para nossa
categoria, mas vamos continuar nossa luta
para conseguir avanços em outras deman-
das dos trabalhadores”, esclarece o presi-
dente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues
Ferreira Junior.
Fonte: Sindeesmat
20%no vale-
alimentação
11,3%no
salário
11,3%no abono salarial
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 15dirEÇão CErta i 15
NotÍCias rápidas
O Sindicato dos Trabalhadores Autônomos
e Empregados nos Serviços de Transporte de
Peso e Pequenas Cargas Mediante Utilização
de Motocicletas e Motonetas de Maringá e
Região Noroeste (Sindimoto/Noroeste) veri-
ficou que empresas de transporte de gás não
estavam pagando os benefícios, conquistados
em Convenção Coletiva, aos motociclistas.
Dentre essas estão a Participação nos Lucros
e Resultados (PLR) de R$ 486 e o ticket ali-
mentação diário de R$ 14.
O presidente do Sindicato dos Motoristas,
Condutores de Veículos Rodoviários Urbanos
e em Geral, Trabalhadores em Transportes Ro-
doviários de Dois Vizinhos (Sintrodov), Alcir A.
Ganassini, e o secretário de finanças, Carlos Bif,
reuniram o Conselho Fiscal no início de março.
Cumprindo as determinações estatutá-
rias, foi apresentada toda a movimentação
financeira da entidade para o Conselho fazer
Durante o mês de março, o Sindicato dos
Condutores de Veículos Rodoviários e Tra-
balhadores em Empresas de Transportes
de Cargas, Passageiros Urbanos, Motoris-
tas, Cobradores de Linhas Intermunici-
pal, Interestadual e de Turismo de Campo
sindimoto/noroeste realiza Fiscalização em empresas de gás
conselho Fiscal do sintrodov se reúne para prestação de contas
Constatando o descumprimento, por meio
de denúncias dos trabalhadores, o Sindicato
enviou ofícios às empresas e está realizando,
com os trabalhadores, o acordo desses paga-
mentos.
sitrocam realizou atividades com trabalhadores em março
sintrau Finaliza obra da nova sede
assembleia geral com trabalhadores da cobezal e zatran
O Sindicato dos Trabalhadores e Con-
dutores em Transportes Rodoviários e
Anexos de Umuarama (Sintrau) concluiu
as obras da nova sede. A construção da
sede da entidade estava sendo realizada
desde o começo de 2015.
O novo espaço foi pensado para ampliar
o atendimento ao trabalhador, e conta com
salas para reuniões, cursos, atendimento ju-
rídico, dentre outros serviços. O novo ende-
reço é: Rua Edson Duarte Lopes, 1852.
Em 4 de abril, os trabalhadores das
empresas Cobezal Comércio de Bebidas e
Zatran Transportes estiveram no Sindicato
dos Trabalhadores em Transportes Rodo-
viários de Cascavel (Sitrovel) para discutir
a renovação do Acordo Coletivo de Traba-
lho. Os 44 trabalhadores debateram pautas
como reajuste salarial, e elegeram repre-
sentantes para a comissão de negociação.
Mourão (Sitrocam) realizou confraterni-
zações e sorteio com a trabalhadores da
categoria.
Em 8 de março, o Sindicato promoveu um
jantar em comemoração ao Dia Internacio-
nal da Mulher, com a presença das associa-
das.
Já no dia 22, o Sitrocam realizou o sorteio
de uma cesta de páscoa para os associados.
O ganhador foi Edilson Fonseca da Costa,
trabalhador da empresa Viação Mourãoense
Ltda.
as auditorias necessárias e dar seu parecer.As
contas serão apreciadas em Assembleia , que
será realizada em 30 de abril.
16 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR16 i dirEÇão CErta
trabalhadores Finalizam primeiro curso de motoFrete deste ano
Com o objetivo de oferecer aos trabalha-
dores mais conhecimento e capacitação pro-
fissional, o ISC em 2016, com apoio da Fetro-
par, realizará cursos gratuitos para qualificar
850 motociclistas de Curitiba e região.
“Estima-se que Curitiba e região metro-
politana tenham 18 mil motofretistas. Apenas
6 mil estão regulamentados. Nosso intuito é
ajudar o sindicato, disponibilizando o curso
gratuitamente e auxiliando os trabalhadores
nessa capacitação”, explicou o diretor adminis-
trativo do ISC, Munir Varela.
Em 21 de março, a primeira turma de mo-
tofretistas concluiu o curso. Ao todo, foram 26
profissionais capacitados.
Para os trabalhadores, fazer o curso gratui-
tamente é a oportunidade de conseguir a tão
desejada regulamentação. Pela lei, os motofre-
tistas devem, obrigatoriamente, fazer o curso.
Caso fossem pagar à parte, desembolsariam no
mínimo R$ 350,00.
Além de trabalhar de acordo com a lei,
renovar os conhecimentos é, também, muito
importante para os trabalhadores. Giovana
Bisinellaera, a única mulher dessa turma, des-
tacou a importância da capacitação: “depois
que tira a carteira, a gente não lê mais sobre
isso, então é bom o trabalhador se renovar.
Esse aprendizado serve para a nossa profissão
e para a vida”.
Com a finalização do curso, os trabalhado-
res poderão dar continuidade ao processo para
conseguir a regulamentação junto ao governo.
capacitaçãoDurante os três dias de curso, o instrutor
João Batista Lima atualizou os trabalhadores
sobre as mudanças na legislação, em especial
na área de motofrete – que agora é considerada
profissão de alto risco.
Para o dia a dia dos motociclistas foram
passados ensinamentos sobre direção defensi-
va, sinalização, primeiros socorros e questões
relativas ao meio ambiente.
Contudo, de acordo com Lima, a tarefa
fundamental é a prática da cidadania. “É im-
portante entender que o espaço urbano é co-
letivo e tem que ser utilizado de forma social”,
esclareceu o instrutor.
Com os conhecimentos teóricos, a prática
no trânsito também deve melhorar. “Se conhe-
cermos o princípio da lei, poderemos saber
como nos portar perante a sociedade e ter mais
segurança no trânsito para todos os que estive-
rem nas vias públicas. Acredito que, com essa
instrução, vamos melhorar o nosso trabalho e
nossos direitos também”, contou o aluno Wolf
de Lara.
oFicina
No curso, os profissionais também passa-
ram pela oficina do Trabalho Decente. O as-
sessor de qualificação profissional da Secreta-
ria Municipal do Trabalho e Emprego (SMTE)
da Prefeitura Municipal de Curitiba, Fábio
Pereira, explicou aos trabalhadores os princi-
pais pontos da Agenda Nacional de Trabalho
Decente (ANTD).
iNstituto cursos
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 17dirEÇão CErta i 17
trabalhadores de nova aurora aprendem a operar máquinas pesadas
Na construção civil, diversas máquinas
pesadas são usadas para perfurar estruturas
e carregar materiais e grandes peças. Mas,
para fazer tudo isso, é preciso ter um profis-
sional com conhecimento e capacidade de
operar as máquinas com segurança.
Para qualificar os trabalhadores e pre-
pará-los para conduzir esses veículos nas
obras, o ISC realizou um curso para os tra-
balhadores da região de Nova Aurora, de 11
a 13 de março.
Durante o curso, o instrutor Edinilson
José T. Boti ensinou aos alunos como tra-
balhar com pá carregadeira, escavadeira hi-
dráulica e motoniveladora.
“Saber o princípio de funcionamento de
cada máquina e o que ela pode fazer é impor-
tante para poder utilizá-las corretamente no
momento do trabalho. Até porque isso pode
variar de acordo com o tipo do terreno que o
trabalho é feito, como, por exemplo em ter-
ras mais arenosas”, explicou o instrutor.
Geremias dos Santos Silva é um dos 13
alunos que se formou no curso, e já iniciou a
nova profissão. “Meu colega falou que iria fa-
zer o curso e me convidou. Nas aulas, apren-
di muita coisa que não sabia: as teorias,
como fazer carregamento, os cuidados que
precisamos ter. Agora já estou trabalhando
com essas máquinas”, contou.
De acordo com o Sintrovel, a formação
de profissionais especializados para lidar
com este tipo de máquinas é importante
para atender a grande demanda da região.
“Tem bastante procura por esses trabalha-
dores aqui na região, principalmente das
empresas de material de construção e coo-
perativas. Como não temos muitos profis-
sionais, as empresas acabam valorizando
mais o trabalhador e remunerando melhor,
porque não é fácil encontrar um bom traba-
lhador nessa área”, explica o secretário-geral
do Sindicato, Jonas Cleiton Comissio.
conhecimentosAo todo, os trabalhadores tiveram 30
horas de treinamento, os conteúdos foram
divididos em cinco módulos, com aulas te-
óricas e práticas.
Para começar, os alunos aprenderam as
qualificações para ser um operador e como
são os procedimentos para mexer nessas má-
quinas. Como as atividades com máquinas
e equipamentos pesados oferecem riscos,
também foram apresentados os direitos dos
funcionários em casos de acidentes de traba-
lho.
A partir daí, o conteúdo passou para o
funcionamento das máquinas. Para saber
conduzir esses equipamentos, o trabalhador
precisa conhecer o equilíbrio, a estabilida-
de e o centro de gravidade para não correr o
risco de tombar ao fazer uma curva. Os sis-
temas para a movimentação de materiais e
funcionamentos dos comandos da máquina
também foram ensinados.
Além das atividades do dia-a-dia, os
alunos também aprenderam a fazer manu-
tenção e verificação das máquinas, para dei-
xá-las em bom estado e prevenir acidentes.
iNstituto cursos
18 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR18 i dirEÇão CErta
isc promove pesquisa inédita com trabalhadores da categoria
Desde 1998, a Fetropar contribui na
missão que os sindicatos têm de propor-
cionar melhorias nas condições de vida
do trabalhador rodoviário. Por isso, o Ins-
tituto São Cristóvão (ISC), em conjunto
com a Federação, busca constantemente
fomentar esse auxílio e desenvolver cur-
sos que capacitem a classe trabalhadora.
Em razão disso, o Instituto dará início
a um grande projeto nas próximas sema-
nas. Trata-se de uma pesquisa de opinião
inédita com toda a categoria.
“O objetivo da ação é levantar dados
sobre as reais necessidades dos trabalha-
dores e seus anseios no que diz respeito
à atuação da Federação e de seus sindi-
catos”, afirmou o diretor do ISC, Munir
Varela.
O presidente da Fetropar, João Batis-
ta da Silva, ressalta que a iniciativa é um
dos pontos do planejamento estratégico
da Federação para 2016. “Acreditamos
que, quanto mais um sindicato consegue
pensar sobre suas estratégias de atuação,
melhores são os resultados do seu traba-
lho. Por isso, estamos promovendo essa
pesquisa para melhorar a ação dos sin-
dicatos e, consequentemente, a vida dos
trabalhadores da categoria”, afirma.
treinamento para a pesquisa
O lançamento da pesquisa ocorreu em
15 de abril, quando o ISC reuniu dezenas
de representantes sindicais para receber
um treinamento específico sobre os obje-
tivos e a metodologia da atividade.
O curso serviu para qualificar os en-
volvidos no projeto, nesse caso os diri-
gentes sindicais, que ficarão respon-
sáveis por compor uma equipe para a
pesquisa, e os pesquisadores, que estarão
diretamente na base coletando os dados
da pesquisa.
Os sindicalistas presentes tiveram a
oportunidade de conhecer os modelos de
questionários que serão utilizados. Além
disso, foi deita orientação sobre todos
os procedimentos que serão adotados na
empresa, inclusive a forma de abordagem
com os trabalhadores.
A previsão é de que os dados comecem
a ser coletados no início de maio.
iNstituto pesquisa
o objETivo é lEvanTar DaDoS SobrE aS
nEcESSiDaDES E anSEioS DoS TrabalhaDorES
no qUE Diz rESpEiTo À aTUaçÃo Da fEDEraçÃo E
DE SEUS SinDicaToS.
“
“
FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 19dirEÇão CErta i 19
O USO DO CELULAR NO TRÂNSITO
80% USAM O CELULAR NA DIREÇÃO
Conforme levantamento do Hospital Samaritano de São Paulo, 8% dessas pessoas afirmou que não mudaria o comportamento.
R$:85É O VALOR DA MULTA PARA QUEM
FALA AO CELULAR AO DIRIGIR.
INFRAçÃO
MÉDIASÃO QUATRO PONTOS NA CNH.
R$:85
R$: 85
DE DISTRAÇÃOcom o celular equivalem a percorrer a distância de um campo de futebol sem ver o que está acontecendo do lado de fora do carro.Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, essa distância pode ser constatada em veículos que estão a 80km/m.5
ANUALMENTE, O USO DO CELULAR NO TRÂNSITO RESULTA EM
1,3MILHÃO DE ACIDENTES.
4ª MAIOR OCORRÊNCIA DE ACIDENTES
NO BRASILSegundo dados do seguro Dpvat, que é direito das vítimas de acidentes de trânsito de todo o território nacional.
FALAR OU DIGITAR NO
CELULAR ATRASA EM
35%Segundo estudo do Ministério do Transporte, o percentual é bem superi-or do que o tempo médio de reação de uma pessoa levemente alcoolizada ao volante, que, comparada a uma pessoa não alcooliza-da, é de 12%.8ª MAIS
COMUM NO PARANÁ
O Detran PR divulgou que, depois de Curitiba (48.112 infrações registradas), Maringá foi o município que apresentou maior número de multas por uso de celular na direção (13.893), em 2015. Na sequência, aparecem Londrina (9.107), Cascavel (5.535), Foz do Iguaçu (2.855), Ponta Grossa (2.830) e São José dos Pinhais (1.372).
20 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR20 i dirEÇão CErta
contribuição assistencial dos trabalhadores às entidades sindicais proFissionais
Conforme decisão dos trabalhadores nas
assembleias gerais realizadas pelas entidades
sindicais profissionais filiadas à Fetropar, todos
os trabalhadores beneficiados pelos instru-
mentos normativos negociados, contribuirão
com valor de 1% de seus salários bases men-
sais, a título de Contribuição Assistencial, nos
fEDEraçÃo DaS inDÚSTriaS Do ESTaDo Do paraná – 2014
termos do art. 513 da CLT. Em todos os instru-
mentos coletivos negociados estão previstos os
referidos descontos, ficando estabelecido o di-
reito de oposição a todos os trabalhadores não
associados, na forma da Memo Circular SRTE/
MTE 4, de 20 de janeiro de 2006, para exercer o
direito de oposição, cada trabalhador deverá se
apresentar na sede de seu sindicato, com carta
escrita de próprio punho, no prazo de 10 dias
antes do primeiro desconto, após o depósito
do instrumento coletivo de trabalho na Supe-
rintendência Regional do Trabalho e Emprego
no Estado do Paraná, e divulgação do referido
instrumento pelo sindicato profissional.
aCordosCondutores de carreta, treminhão e bi-trem, equipados ou não com guindauto R$ 1.420; Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ônibus R$ 1.170; Condutores de veículos toco equipados ou não com guindauto R$ 1.110; Condutores de outros veículos equipa-dos ou não com guindauto, dentre esses: equipamentos automotores destinados à
movimentação de cargas, conduzidos em via pública, conforme o artigo 144 do CTB R$ 1.050; Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. equi-pados ou não com guindauto e motociclis-tas R$ 940;Ajudantes de motorista, entendidos estes os que, com exclusividade e em caráter per-manente, auxiliam o motorista em cargas, descargas e manobras, com ele permanecendo
durante o transporte em viagem: terão esta-belecido o valor mínimo de salário normativo fixado na convenção coletiva de trabalho da ca-tegoria preponderante, observados, inclusive, os critérios lá mencionados, não podendo em hipótese nenhuma ser inferiores a R$ 910.Reajuste dos pisos salariais dos trabalhadores rodoviários que estão acima de nossa CCT, se-rão corrigidos pelo mesmo percentual da cate-goria preponderante na mesma data-base.
SinDicaTo DaS inDÚSTriaS DE proDUToS avícolaS Do ESTaDo Do paraná (SinDiavipar) – 2014
Condutores de carreta, treminhão e bi-trem, equipados ou não com guindauto R$ 1.420;Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ônibus R$ 1.170;Condutores de veículos toco equipados ou não com guindauto R$ 1.110;Condutores de outros veículos equipa-dos ou não com guindauto, dentre estes, equipamentos automotores destinados à
movimentação de cargas, conduzidos em via pública, conforme o artigo 144 do CTB R$ 1.050;Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. equi-pados ou não com guindauto e motociclis-tas R$ 970;Ajudantes de motorista, entendidos estes os que, com exclusividade e em caráter per-manente, auxiliam o motorista em cargas, descargas e manobras, com ele permanecendo
durante o transporte em viagem: terão esta-belecido o valor mínimo de salário normativo fixado na convenção coletiva de trabalho da ca-tegoria preponderante, observados, inclusive, os critérios lá mencionados, não podendo em hipótese nenhuma ser inferior a R$ 970.Reajuste dos pisos salariais dos trabalhadores rodoviários que estão acima de nossa CCT, se-rão corrigidos pelo mesmo percentual da cate-goria preponderante na mesma data-base.
SinDicaTo DaS inDÚSTriaS mETalUrGicaS, mEcânica E DE maTErial ElETrico Do ESTaDo Do paraná (SinDimETal) – 2014
Condutores de carreta, treminhão e bi-trem R$ 1.499,60;Condutores de truck e de ônibus R$ 1.235,10;Condutores de veículos toco R$ 1.169,55;Condutores de outros veículos, dentre es-
tes, equipamentos automotores destina-dos à movimentação de cargas, conduzi-dos em via pública, conforme o artigo 144 do CTB R$ 1.107,45;Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. R$ 1.044,20;
Ajudantes de motorista, entendidos estes os que, com exclusividade e em caráter per-manente, auxiliam o motorista em cargas, descargas e manobras, com ele permanecendo durante o transporte em viagem R$ 1.010,85.