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Granbel apoia Seminário Anti Drogas da FMP Publicação da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte - GRANBEL - Ano 11 - Nº 84 - março/2012 “No caso do combate ao uso de drogas não há nada mais importante do que o trabalho cooperado entre as áreas de saúde, educação, esporte e lazer e qualifica- ção profissional” Marcio Lacerda, prefeito de BH Ascom Granbel Durante o debate o presidente da Assembleia de Minas, deputado Dinis Pinheiro, que lidera o movimento nacional pela renegociação, conclamou os prefeitos de todo o País a também se en- gajarem na defesa da renegociação, “pois o pagamento da dívida tem sido um dos principais fatores que estão retirando recursos para investimentos nos municípios”, ao final, foi apresentada a Carta de Minas que contém as principais reivindicações para a negociação. Páginas 4 e 5 “O Seminário está sintoni- zado com a preocupação da Entidade em desenvolver ações educativas/esportivas direcionadas para as crian- ças e adolescentes, contri- buindo na formação social com ações preventivas, evitando o envolvimento dos jovens com drogas” Rogério Avelar, presidente da Granbel Páginas 2 e 3 ALMG promove Debate Público: A renegociação da dívida dos Estados com a União O subsecretário de Políticas Sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social, Cloves Benevides; o presidente da Granbel e prefeito de Lagoa Santa, Rogério Avelar; o presidente da FMP e prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo; o vice-presidente da FMP e prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; o coordenador geral de Projetos Estratégicos da Secretaria Nacio- nal de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Robson Robin da Silva; o professor da PUC Minas, Luis Flávio Sapori e a tesoureira da FMP e prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara Alair Vieira/ALMG Administrações metropolitanas apresentam balanços positivos Ascom Granbel Ribeirão das Neves Contagem Raposos São Joaquim de Bicas O primeiro e grande desafio a ser enfrentado foi arrumar a casa, sanear as contas públicas e recupe- rar credibilidade para a prefeitura e para a cidade. Página 9 Em toda a cidade é possível obser- var obras e ações realizadas pela Prefeitura Municipal a fim de garan- tir mais desenvolvimento e qualida- de de vida a todos os Nevenses. Página 11 Em menos de 1 ano, a Prefeitura regularizou pendências e ajustou as contas da casa. Página 10 Administração mantém o ritmo e garante desenvolvimento mais acelerado. Página 12 Calendário Eleitoral e Condutas Vedadas: Orientações dos assessores jurídicos da RMBH, Ana Márcia dos Santos Melo e Tadahiro Tsubouchi. Páginas 6, 7 e 8

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“No caso do combate ao uso de drogas não há nada mais importante do que o trabalho cooperado entre as áreas de saúde, educação, esporte e lazer e qualifica- ção profissional” “O Seminário está sintoni- zado com a preocupação da Entidade em desenvolver ações educativas/esportivas direcionadas para as crian- ças e adolescentes, contri- buindo na formação social com ações preventivas, evitando o envolvimento dos jovens com drogas” Marcio Lacerda, prefeito de BH

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Page 1: Informe Granbel 84

Granbel apoia Seminário Anti Drogas da FMP

Publicação da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte - GRANBEL - Ano 11 - Nº 84 - março/2012

“No caso do combate ao uso de drogas não há nada mais importante do que o

trabalho cooperado entre as áreas de saúde, educação, esporte e lazer e qualifica-

ção profissional” Marcio Lacerda, prefeito de BH

Ascom Granbel

Durante o debate o presidente da Assembleia de Minas, deputado Dinis Pinheiro, que lidera o movimento nacional pela renegociação, conclamou os prefeitos de todo o País a também se en-gajarem na defesa da renegociação, “pois o pagamento da dívida tem sido um dos principais fatores que estão retirando recursos para investimentos nos municípios”, ao final, foi apresentada a Carta de Minas que contém as principais reivindicações para a negociação. Páginas 4 e 5

“O Seminário está sintoni-zado com a preocupação da

Entidade em desenvolver ações educativas/esportivas direcionadas para as crian-ças e adolescentes, contri-buindo na formação social

com ações preventivas, evitando o envolvimento dos jovens com drogas”

Rogério Avelar, presidente da GranbelPáginas 2 e 3

ALMG promove Debate Público: A renegociação da dívida dos Estados com a União

O subsecretário de Políticas Sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social, Cloves Benevides; o presidente da Granbel e prefeito de Lagoa Santa, Rogério Avelar; o presidente da FMP e prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo; o vice-presidente da FMP e prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; o coordenador geral de Projetos Estratégicos da Secretaria Nacio-nal de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Robson Robin da Silva; o professor da PUC Minas, Luis Flávio Sapori e a tesoureira da FMP e prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara

Alair Vieira/ALMG

Administrações metropolitanas apresentam balanços positivos

Ascom Granbel

Ribeirão das Neves Contagem

Raposos São Joaquim de Bicas

O primeiro e grande desafio a ser enfrentado foi arrumar a casa, sanear as contas públicas e recupe-rar credibilidade para a prefeitura e para a cidade.

Página 9

Em toda a cidade é possível obser-var obras e ações realizadas pela Prefeitura Municipal a fim de garan-tir mais desenvolvimento e qualida-de de vida a todos os Nevenses.

Página 11

Em menos de 1 ano, a Prefeitura regularizou pendências e ajustou as contas da casa. Página 10

Administração mantém o ritmo e garante desenvolvimento mais acelerado. Página 12

Calendário Eleitoral e Condutas Vedadas: Orientações dos assessores jurídicos da RMBH, Ana Márcia dos Santos Melo e Tadahiro Tsubouchi. Páginas 6, 7 e 8

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Fotos: Ascom Granbel

A Granbel abre espaço, a partir desta edi-ção do Informe Granbel, para a prestação de contas dos prefeitos metropolitanos, que têm implementado diversas ações, que estão contribuindo, decisivamente, para a melhoria da qualidade de vida de toda população da RMBH.

Nossa Entidade apoiou a corajosa inicia-tiva da FMP (Frente Mineira de Prefeitos), que promoveu o Seminário “Políticas Públicas sobre Drogas – O Papel dos Municípios”. Além de palestras brilhantes e manifestações ousadas e desafiadoras, o seminário proporcionou a troca de experi-ências e a cooperação mútua entre todos os participantes, na busca das melhores soluções para os problemas das drogas.

Em relação ao enfrentamento da difícil situação das dívidas dos Estados com a União, é importante o engajamento de todos os prefeitos na defesa da renego-ciação e da redução da taxa de juros, para que os Estados possam apoiar os Municípios e suas populações com maio-res investimentos, principalmente, na área da saúde.

O ano eleitoral em curso traz novos desafios para os agentes públicos. É importante que todos os prefeitos e vere-adores estejam atentos para as condutas vedadas para os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e para o Calendário Eleitoral.Nesta edição cotamos com a valorosa contribuição dos assessores jurídicos Dra. Ana Márcia dos Santos e Dr. Tadahiro Tsubouchi que, com precisão, esclarecem tudo a respeito do tema.

A Granbel continua atuando com empe-nho e dedicação para que o trabalho dos prefeitos metropolitanos seja divulgado e valorizado. Contribuindo assim para que as boas práticas administrativas sejam compartilhadas por todos os agentes políticos.

Rogério AvelarPresidente da Granbel

Maria do Carmo lembra que “estamos crescendo na violência e as instituições estão sem a estrutura devida. É preciso planejamento para o nosso crescimento nesta área. Em Betim, estamos trabalhan-do nesta direção. Já empregamos mais 3 mil jovens em 3 anos, com ensino profis-sionalizante”, disse.

O prefeito Marcio Lacerda ressaltou a importância da parceria entre os governos municipal, estadual e federal no combate ao uso de drogas. Marcio destacou ainda o papel do trabalho intersetorial que une diversas áreas em prol do mesmo objetivo.

O seminário contou com a participação de setores envolvidos direta ou indireta-mente no trabalho com drogas, na preven-ção, na repressão ou no tratamento das dependências químicas como a Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (Smaas), a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio da Subsecretaria de Políticas Antidrogas, e a Secretaria Nacio-nal Antidrogas (Senad). Participaram ainda dos painéis expositores representantes das secretarias municipais de Saúde dos mu-nicípios mineiros e de várias instituições governamentais e não-governamentais que conduzem as ações nesta área.

A Prefeitura de Belo Horizonte rece-beu no dia 12 de março último a soleni-dade de abertura do seminário “Políticas Públicas sobre Drogas: O Papel dos Muni-cípios”. O evento foi realizado pela Frente Mineira de Prefeitos (FMP), com apoio da Granbel – Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O encontro intergovernamental reuniu uma equipe multidisciplinar para tratar sobre o tema, com equipes das áreas de assistência social, saúde, educação, se-gurança pública e antidrogas, vindas das cidades polo de Minas Gerais e dos go-vernos estadual e federal. A conferência

de abertura foi coordenada por Marcos Rolim, advogado, jornalista, sociólogo e pesquisador do tema do evento.

Participaram da abertura o prefeito de Belo Horizonte e vice-presidente da FMP, Marcio Lacerda; o prefeito de Divinópo-lis e presidente da FMP, Vladimir Azeve-do; o presidente da Granbel e prefeito de Lagoa Santa, Rogério Avelar; a tesoureira da FMP e prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara; a presidente do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas de Belo Horizonte, Márcia Alves; o subse-cretário de Políticas Antidrogas do Go-verno do Estado de Minas Gerais, Cloves Benevides; o deputado federal Reginaldo Lopes, membro da Comissão Federal de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas e a vereadora Silvia Helena, presidente da Comissão Municipal de Estudos sobre o Crack e Outras Drogas.

A tesoureira da Frente Mineira de Prefeitos e prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara, considerou o Seminário So-bre o Papel dos Municípios no Combate às Drogas “um grande desafio e um passo de avanço por se tratar de um dos temas mais complexos; é preciso discutir a estru-turação de nossas políticas”, alerta.

Seminário Políticas Públicas sobre Drogas: O Papel dos Municípios

FMP realiza Seminário Estadual de Políticas sobre Drogas com

apoio da PBH e Granbel

Na tribuna, o deputado federal Reginaldo Lopes, membro da Comissão Federal de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Na mesa, a presidente do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas de Belo Horizonte, Márcia Alves; o deputado estadual Paulo Lamac, o presidente da Granbel e prefeito de Lagoa Santa, Rogério Avelar; o presidente da FMP e prefeito de Divi-nópolis, Vladimir Azevedo; o vice-presidente da FMP e prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; a tesoureira da FMP e prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara; o subsecretário de Políticas

Sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social, Cloves Benevides e a Vereadora Silvia Helena, presidente da Comissão Municipal de Estudos sobre o Crack e Outras Drogas.

Maria do Carmo Lara, tesoureira da FMP e prefeita de Betim (PT)

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Seminário Políticas Públicas sobre Drogas: O Papel dos Municípios

Mental, Álcool e outras Drogas (Cersam-AD), que fica na região da Pampulha. O centro funciona todos os dias da semana, 12 horas por dia, e está em fase de transi-ção para o funcionamento durante 24 horas diárias. Desde sua inauguração, em 2008, 2.828 pessoas já deram entrada no local.

A primeira abordagem aos pacientes pode ser feita em qualquer um dos 147 centros de saúde da capital. A rede con-ta com 191 psicólogos e 84 psiquiatras. Segundo dados da Secretaria de Saúde, cerca de 60% dos usuários do Cersam-AD são dependentes de álcool, a maioria de-les do sexo masculino, de 20 a 67 anos, e mulheres entre 21 e 58 anos.

As crianças e os adolescentes usuários de álcool e outras drogas são atendidas por meio do Centro de Referência em Saúde Mental Infantil (Cersami), que conta com uma equipe multiprofissional que oferece a seus usuários atendimentos psicoterápi-

Marcio Lacerda ressaltou que algumas das ações de enfrentamento às drogas da PBH cabem ao Conselho Municipal de Po-líticas sobre Drogas, empossado na semana passada. O órgão tem como objetivo propor a execução de atividades de prevenção do uso e do abuso de drogas, de tratamento e de reinserção social do dependente quími-co e de seus familiares.

dade do Estado a implantar o CAPS-AD em 2007. Atualmente vinte cidades no Estado já contam com este serviço. As ações visam apoiar os dependentes químicos e suas fa-mílias e identificar através de estatísticas os bairros com vulnerabilidade social.

Projeto Ação Integrada

Desenvolvido pelo município de Lagoa Santa, o Projeto Ação Integrada foi regio-nalizado e valorizou o voluntariado da ci-dade, fortalecendo os vínculos familiares, envolvendo todos os atores para a solução dos problemas de uso de álcool e drogas, violência doméstica, situação de miséria e fome, crianças e joves em situação de ris-co, dentro outros.

“Neste contexto, a socieda-de começa a apropriar da construção das melhores

soluções, assumindo a sua responsabilidade na ação

integrada” Rogério Avelar, presidente da Granbel

e prefeito de Lagoa Santa

Prefeitura de BH oferece tratamento aos dependentes

Para tratar os usuários de drogas e álco-ol, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), possui o Centro de Referência em Saúde

co e medicamentoso, além de atividades culturais e de lazer.

O subsecretário Estadual de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado de De-fesa Social, Cloves Benevides, falou sobre as políticas públicas sobre drogas nos âmbitos federal, estadual e municipal e defendeu a idéia de que a mesma lei que trouxe a políti-ca de regulação de propaganda que reduziu o uso do tabaco deveria ser empregada para o controle do álcool, “mas devido a interes-ses e poder de algumas indústrias ainda não conseguimos fazer com o álcool o mesmo que foi feito com o tabaco”, frisou.

“O grande desafio é definir uma governança pragmáti-ca para as políticas públicas para a questão da preven-ção e combate do crack e

outras drogas”Cloves Benevides

Seminário apresenta políticas públicas de prevenção e combate às drogas

PrevençãoO coordenador geral de Projetos Estra-

tégicos da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Robson Robin da Silva, ressalta que a pre-venção das drogas é operacional e trata-se de uma questão cultural, “tem que haver articulação, o município tem o papel de regulação dos espaços públicos; de mudar a postura social; da família e, conseqüente-mente, dos filhos”, afirma.

“Prevenção tem a haver com gestão, a droga pas-sa por projetos de vida, é necessário projeto para o

povo”. Robson Robin

O prefeito de Divinópolis, Vladimir Azeve-do, que também é presidente da FMP, contou que, para combater a cracolândia em sua ci-dade, foi realizada uma força-tarefa no local, quando 40 usuários foram abordados. “Des-tes, apenas 14 aceitaram fazer um tratamento de recuperação. Paralelamente a esse trabalho, fizemos parcerias com algumas universidades de Divinópolis para que fosse feito um inven-tário das casas e centros de recuperação ao dependente. O objetivo foi realizar um diag-nóstico da situação desses locais”, disse.

Cracolândia

O subsecretário de Políticas Sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social, Cloves Benevides e o presidente da Granbel e prefeito de Lagoa Santa, Rogério Avelar

Fotos: Ascom Granbel

“Outra política impor-tante a ser implantada é a ampliação dos ambu-

latórios e dos centros de atendimento ao usuário. Tudo, claro, sem esquecer do nosso principal foco,

que é a prevenção”Marcio Lacerda

Durante o Seminário, Rogério fez expo-sição sobre o trabalho que vem sendo de-senvolvido em Lagoa Santa, que foi a 8ª ci-

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Assembleias brasileiras defendem renegociação da dívida dos Estados

Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Alair Vieira/ALMG

(leia nesta edição), que contém as principais reivindicações para a renegociação.

O endividamento de 23 Estados brasi-leiros com a União supera hoje a cifra de R$ 350 bilhões, montante que vem crescendo ano a ano, pois os valores pagos anualmente pelos estados são insuficientes para pagar o serviço (correção mais juros) e amortizar o principal. Em consequência, o saldo deve-dor é acrescido do valor restante.

Minas Gerais, por exemplo, tinha um

A imediata renegociação das dívidas dos estados brasileiros com a União foi defen-dida de forma unânime pelos presidentes das Assembleias Legislativas da região Su-deste, no encerramento de debate público promovido pela Assembleia de Minas, em 13 de fevereiro último. Os parlamentares de Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e Es-pírito Santo afirmaram que a dívida, rene-gociada em 1998, é “impagável”, se forem mantidos os atuais critérios de correção e a

altíssima taxa de juros. Na ocasião, o presidente da Assembleia

de Minas, deputado Dinis Pinheiro, que lidera o movimento nacional pela renego-ciação, conclamou os prefeitos de todo o País a também se engajarem na defesa da renegociação, “pois o pagamento da dívida tem sido um dos principais fatores que estão retirando recursos para investimentos nos municípios”. Ao final do seminário, os par-lamentares divulgaram a “Carta de Minas”

débito de R$ 11,8 bilhões à época da re-negociação, em 1998. Desde então, já pa-gou, a título de juros e correção, mais de R$ 20 bilhões e ainda assim a dívida subiu, no final de 2011, para R$ 58,6 bilhões. So-mente em 2011, Minas pagou quase R$ 4 bilhões à União. Segundo o secretário da Fazenda de Minas, Leonardo Colombini, o Estado compromete, atualmente, 13% da receita com o pagamento da dívida, e a previsão é de que até 2028, quando chega ao fim o contrato, o Estado desembolse R$ 70 bilhões para o pagamento, mas conti-nue devendo R$ 46 bilhões.

O documento final do debate foi assi-nado pelos presidentes das Assembleias Legislativas de Minas Gerais, Dinis Pi-nheiro (PSDB); de São Paulo, Barros Mu-nhoz (PSDB); do Rio de Janeiro, Paulo Melo (PMDB); e pela vice-presidente da Assembleia do Espírito Santo, Luzia Tole-do (PMDB). Estiveram presentes também representantes de assembleias de outros estados e haverá debates sobre o tema nas demais regiões brasileiras.

Em Minas, os debates continuam sob a coordenação de Comissão Especial cria-da pela Assembleia, sob a presidência do deputado Adelmo Carneiro Leão, do PT, tendo como relator o deputado Bonifácio Mourão, do PSDB.

perioso reconhecer que as condições mudaram

profundamente: a inflação foi domada, o Brasil

alcançou a posição de sexta maior economia do

mundo, passou de devedor a credor em suas contas

externas e, mais importante do que tudo, já logrou

retirar milhões e milhões de seus filhos da situação

de miséria quase total. A despeito dessa evolução,

todavia, ainda há um longo caminho a percorrer

para que os brasileiros possam viver todos com dig-

nidade, dispondo, sem discriminação, de serviços de

saúde, educação e segurança de qualidade.

Para alcançar tais objetivos, entendemos

ser indispensável que Estados e Municípios re-

cuperem, ainda que parcialmente, seu potencial

de investimento na implantação de políticas pú-

blicas capazes de atender às demandas de seus

cidadãos. O pagamento do serviço da dívida dos

Estados com a União, nos termos atuais, tem sido

um entrave significativo a esses investimentos; re-

negociá-la, para reduzir tais encargos, é, portanto,

Carta de Minas: Renegociação já

Os presidentes das Assembleias Legislativas

dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio

de Janeiro e São Paulo, reunidos em Belo Horizon-

te para amplo debate sobre a situação da dívida

dos Estados perante a União, que supera a cifra de

R$ 350 bilhões, vimos manifestar aos brasileiros

de todos os quadrantes nossa preocupação com

o presente e o futuro de Estados e Municípios, se

não forem iniciados imediatamente entendimentos

que conduzam à renegociação da citada dívida.

Sabemos que a negociação das dívidas esta-

duais, com base na Lei 9.496/97, foi uma imposi-

ção histórica necessária e significou, efetivamente,

o fortalecimento do pacto federativo, uma vez que

ela selou a solidariedade entre os entes federados,

para solução de parcela dos problemas que então

afligiam todos os brasileiros.

Passados já 14 anos dessa negociação, é im-

É a seguinte a ‘Carta de Minas’ aprovada um passo inadiável.

Não desejamos, não buscamos e não incen-

tivamos o confronto. Ao contrário, queremos con-

tribuir para o entendimento e a conciliação, pois

sabemos que o beneficiário final de uma renego-

ciação bem sucedida será o cidadão brasileiro, in-

dependentemente de seu Município ou Estado de

nascimento ou residência.

Assim, tornamos pública nossa posição em favor de uma renegociação da dívida da União com todos os Estados que tenha como parâmetros os seguintes itens:

1) A substituição do IGP-DI pelo IPCA como

índice de correção da dívida, retroativamente à

data de assinatura dos contratos;

2) A redução do percentual máximo de com-

prometimento da Receita Líquida dos Estados;

3) O ajuste da taxa de juros, para manter o

equilíbrio econômico-financeiro do contrato à

época da assinatura;

4) A celebração de compromisso de modo

a que todo o eventual ganho possibilitado pela

renegociação aos orçamentos estaduais seja

obrigatoriamente direcionado a investimentos

em saúde pública, no enfrentamento da pobreza

e na melhoria da infraestrutura.

Os signatários da presente Carta nos com-

prometemos desde já a adotar, em nossas Assem-

bleias, todas as iniciativas que estiverem ao nosso

alcance para atingir a renegociação, bem como a

fazer gestões junto aos demais Legislativos esta-

duais para que também caminhem nessa direção.

Ao mesmo tempo, ficamos na expectativa de

que nosso apelo faça eco junto aos Executivos es-

taduais e, especialmente, junto ao Governo Fede-

ral, de modo a serem iniciadas imediatamente as

tratativas que conduzam à desejada renegociação,

como passo essencial para estabelecermos no Bra-

sil uma verdadeira Federação.

Belo Horizonte, 13 de fevereiro de 2012.

Deputados e presidentes de diversas Assembleias participaram do evento (na tribuna está o presidente da Assembleia do Rio Grande do Sul, Alexandre Postal)

Deputado Dinis Pinheiro, presidente da ALMG, convoca prefeitos para fortalecer a mobilização

Page 5: Informe Granbel 84

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2011 chegou ao fim, mas a luta da Assembleia Legislativa contra as desigualdades sociais e regionais continua. Acesse o nosso Portal para saber muito mais.

www.almg.gov.brAssista à TV Assembleia. Agora em sinal aberto para BH e região. Sintonize o canal 35 UHF

APROVAÇÃO DO FUNDO ESTADUAL DE

ERRADICAÇÃODA MISÉRIA

no valor de R$ 200 milhões por ano.

EXTINÇÃO DA PENSÃO VITALÍCIA

de ex-governadores e seus dependentes.

ANTECIPAÇÃO DA META DA ASSISTÊNCIA SOCIALNo �nal de 2012, Minas será o

primeiro Estado brasileiro a oferecer serviços básicos de assistência social em 93% dos municípios.

402 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

em todo o Estado para tratar de assuntos de

interesse dos cidadãos.

REALIZAÇÃO DE FÓRUM TÉCNICO

para propor medidas de combate à violência nas escolas.

MONITORAMENTOE REVISÃO DO PPAG

Com a participação da sociedade, a Assembleia acompanha de perto a execução do Plano Plurianual de

Ação Governamental. INSTALAÇÃO DA COMISSÃO DE DEFESA

DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.

REDUÇÃO DE IMPOSTOS sobre o feijão e material de construção e aumento sobre

cigarros, bebidas alcoólicas e armas.

REALIZAÇÃO DO SEMINÁRIO LEGISLATIVO DE COMBATE À POBREZA E À

DESIGUALDADEem BH e 12 cidades do interior.

150 EVENTOS com participação da

população, principalmente a mais carente.

CRIAÇÃO DABOLSA RECICLAGEMIncentivo ao trabalho dos

catadores de lixo reciclável.

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Eleições Municipais 2012

poderosíssima, capaz de influenciar o elei-torado e desequilibrar a disputa entre os concorrentes. Por isso mesmo é que a Lei nº 9.504/97 restringiu as despesas com publicidade institucional e a sua própria veiculação no ano eleitoral.

É assim vedado realizar, em ano de elei-ção, antes do trimestre anterior ao pleito (7 de julho de 2012), despesas com publicida-de dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entida-des da administração indireta, que exce-dam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição.

A aparente opção dada ao administra-dor público, sobre qual dos limites impos-tos pela regra eleitoral deveria prevalecer, foi descartada pelo Tribunal Superior Elei-toral, a partir da Resolução nº 28.562: o limite para as despesas com publicidade deve ser o valor que for menor no confron-to entre a média dos gastos dos três últimos anos anteriores ao pleito e o gasto do últi-mo ano imediatamente anterior à eleição. Quanto à respectiva responsabilidade, é de se alertar que a Justiça Eleitoral considera que o critério da norma é objetivo, não importando se tenha tido culpa do agente público ou tenha resultado a ele qualquer tipo de proveito.

Ainda quanto à publicidade institucio-nal, com exceção da propaganda de pro-dutos e serviços que tenham concorrência no mercado, segundo a norma legal, é vedado autorizar, a partir de 7 de julho de 2012, publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, res-salvados apenas os casos de grave e urgen-te necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral.

Não obstante a norma proíba que a au-torização da publicidade se dê no trimes-tre anterior ao pleito, na verdade, a proi-bição se refere à veiculação propriamente dita dessa mesma publicidade, ainda que tenha sido autorizada antes do período. Assim, três meses antes da eleição não pode ser veiculada qualquer publicidade institucional, ainda que de acordo com §1º do art. 37 da Constituição Federal, salvo em caso de grave e urgente necessi-dade, autorizada pela Justiça Eleitoral ou se pertinente a produtos ou serviços que disputam o mercado.

Saliente-se que essa proibição alcança publicidades nas rádios, tv, outdoors, os

Limites de atuação impostos pela Legisla-ção Eleitoral

Considerando que neste ano de 2012 ocorrerão eleições municipais é importan-te salientar algumas vedações impostas por lei àqueles que exercem cargos, funções públicas ou mantêm algum tipo de vínculo com a Administração Pública.

Condutas Ilícitas

A atenção se justifica na medida em que a legislação eleitoral prevê inúmeras restrições que, se praticadas em outra época, não consistem qualquer irregulari-dade. Contudo, nos anos em que ocorrem eleições e especialmente em determinados períodos antes do pleito, essas ações pas-sam a ser tratadas como condutas ilícitas, com graves punições aos agentes públicos responsáveis e até para terceiros que delas se beneficiarem.

A partir da Emenda Constitucional nº 16/97, que autorizou a reeleição dos Chefes do Executivo, a fim de que fosse assegurada a legitimidade do pleito foi ne-cessário que se freasse mais incisivamente as condutas praticadas no período eleitoral por aqueles que estão à frente da Adminis-tração Pública ou a ela vinculadas, ante a difícil convivência de regras elaboradas na

tradição da irrelegibilidade com aquela en-tão franqueadora da reeleição.

A legislação eleitoral, em especial a Lei nº 9.504/97, veio, assim, positivar a proibição da prática de atos sabidamente ilegais e outros ainda que, apesar de re-gulares, no período eleitoral podem vir a desequilibrar a disputa, e isso não só pelos que buscam a reeleição, mas por qualquer agente público, entendido esse como quem exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, de-signação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta, ou fundacional.

Interessante, assim, ressaltar algumas regras e restrições direcionadas ao agente público, bem como determinadas datas especificadas no calendário eleitoral que afetam diretamente a dinâmica da Admi-nistração Pública.

Vedada publicidadeinstitucional a partir de 7 de julho de 2012

A publicidade institucional, por exem-plo, que sempre foi alvo de inflamados debates, em tempos de reeleição, mere-ceu atenção especial do atento legislador, pois, de fato, pode se constituir numa arma

famosos informativos acerca da atuação da Administração Municipal, podendo alcançar inclusive a colocação de placas em obras públicas e serviços em anda-mento. Nesse aspecto, a Justiça Eleitoral já se manifestou no sentido de que a per-manência das mesmas placas, se coloca-das antes do período vedado em lei, só é admitida se estiverem cumprindo a sua função meramente informativa, confor-me previsto na Lei nº 5.194/66, delas não podendo constar expressões que possam identificar autoridades, servido-res, ou administradores cujos dirigentes estejam em campanha eleitoral.

Antes do trimestre proibido, a publi-cidade está autorizada, mas desde que observados os princípios indicados no §1º do art. 37 da Constituição Federal, pois, senão, além de configurar improbidade administrativa, pode ainda ser considera-da como decorrente de abuso de autorida-de ou político, conforme previsto na LC nº 64/90.

Vedado é também, na esfera adminis-trativa cujos cargos estejam em disputa na eleição, que se faça pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.

Nomeação, contratação, admissão e demissão de servidores

Outra limitação da legislação eleitoral se refere à nomeação, contratação ou qualquer forma de admissão, demissão sem justa cau-sa, supressão de vantagens, remoção, trans-ferência ou exoneração de servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos.

Praticado qualquer desses atos, o mes-mo será nulo de pleno direito, acarretando a penalização do agente público responsá-vel e também dos beneficiados. A própria lei traz, contudo, as ressalvas à vedação: a nomeação ou exoneração de cargos em co-missão e a designação ou dispensa de fun-ções de confiança; a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República; a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo; a nomeação ou contratação necessá-ria à instalação ou ao funcionamento inadi-

O Agente Público e as Eleições

Ana Márcia dos Santos Mello, advogada

Ascom Granbel

Page 7: Informe Granbel 84

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ável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo; a transferência ou remo-ção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários.

A demissão proibida, merece ser salien-tado, é aquela sem justa causa, razão pela qual, incurso o servidor em qualquer das hipóteses configuradoras de falta funcional, legítima é a demissão, precedida, é claro, do devido processo administrativo.

Concurso Público

Dúvida freqüente também é acerca da possibilidade de realização de concurso pú-blico no período eleitoral. A lei não veda a sua realização, apenas prescreve que a nomeação dos aprovados somente será possível no que se refere a concurso cuja homologação tenha se dado até o trimestre anterior às eleições. Ou seja, eventual pos-se dos aprovados em concurso realizado no período eleitoral somente poderá ocorrer após a posse dos eleitos.

Destaque-se também que, no período vedado, somente é permitida a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, precedidas de prévia, expressa e específica autorização do Chefe do Poder Executivo, devidamente funda-mentada.

Revisão de Remuneração de Servidores Públicos

Outra vedação relacionada a pessoal se refere à proibição de fazer, na circunscrição do pleito, a partir de 10 de abril próximo até a posse dos eleitos, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu po-der aquisitivo ao longo do ano da eleição. Essa revisão está prevista no inciso X do art. 37 da Constituição Federal, mas, no período vedado, deve ficar restrita à perda do poder aquisitivo verificado durante o ano eleitoral.

Distribuição gratuita de bens

No ano em que se realizar eleição, fica também proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emer-gência ou de programas sociais autorizados

em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Minis-tério Público poderá promover o acompa-nhamento de sua execução financeira e administrativa.

É muito comum que as Prefeituras, através de programas assistenciais, assu-mam, por exemplo, a distribuição de ces-tas básicas, cobertores, casas populares à população carente. Se esses atos fizerem parte de programas legalmente instituídos e em execução, ao menos desde o ano anterior, funcionando sem qualquer co-loração eleitoreira e adstritos somente ao preenchimento de requisitos previamente estabelecidos pela Administração Pública, não há a vedação. De toda forma, a lei, como não poderia deixar de ser, veda o seu uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação.

Ou seja, neste ano eleitoral, somente nas hipóteses excetuadas pela legislação é que poderão ser concedidos benefícios pela Administração Pública, salientando ainda que, mesmo no que se refere aos progra-mas sociais autorizados e em execução, não poderão ser beneficiadas entidades no-minalmente vinculadas a candidato ou por esse mantidas.

Transferência de Recursos

Nos três meses que antecedem o pleito (a partir de 7 de julho de 2012), proibida é a realização de transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Muni-

cípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalva-dos os recursos destinados a cumprir obri-gação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de cala-midade pública.

Inauguração de obras públicas

Dúvida frequente é sobre a possibili-dade de ocorrerem inaugurações de obras públicas no período eleitoral. Permitido é que elas ocorram, sendo que nos três me-ses que antecedem as eleições (a partir de 07 de julho de 2012) é vedada a contrata-ção de shows artísticos pagos com recursos públicos, também delas não podendo parti-cipar, nesse mesmo período, os candidatos a qualquer cargo em disputa. O compare-cimento vedado, segundo orientação ema-nada da Justiça Eleitoral, é tanto o como mero espectador como o de posição de destaque.

Multas, cassação e inelegibilidade

Essas, então, algumas das vedações

previstas na legislação eleitoral que afe-tam diretamente a dinâmica administra-tiva. Diante da prática de qualquer delas, a Justiça Eleitoral, imbuída do poder de polícia que lhe é próprio, poderá determi-

nar, quando for o caso, a sua suspensão imediata, ficando os responsáveis pelo ato impugnado e respectivos beneficiários su-jeitos ao pagamento de multa, que poderá variar de R$5.320,05 a R$106.410,00, du-plicada em caso de reincidência. Mas não é só. Sem prejuízo de outras sanções que possam ser aplicadas, de caráter constitu-cional, administrativo, penal ou disciplinar, fixadas em outros diplomas legais, o can-didato beneficiado, agente público ou não, poderá ter o seu registro, diploma ou man-dato cassados pela Justiça Eleitoral, sem falar na conseqüência ainda advinda da LC n º 135/2009, a chamada “Ficha Limpa”, que inovou ao impor a inelegibilidade dos condenados por 8 anos, a partir da eleição em que se verificou a prática vedada.

Diante, então, das hipóteses aqui relacionadas como condutas vedadas aos agentes públicos, o que se constata é que a lei ordinária eleitoral, atenta ao princípio da isonomia, fundamental para a lisura das eleições, além de estabelecer algumas condutas de fato reprováveis, ainda criou restrições temporárias para evitar o dese-quilíbrio entre os candidatos. Como lei de natureza especial, é, pois, de observância obrigatória nas vedações impostas, e, nesse sentido, o desafio a ser enfrentado é o de dar efetividade a um só tempo às regras que norteiam a Administração Pública, à vista das demandas locais, e às regras eleitorais, a fim de resguardar a verdadeira realização da democracia.

Ana Márcia dos Santos Mello, advogada

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07.10.2011 - 1 ano antes: Data em que todos os partidos que quiserem participar das eleições devem ter obtido registro no TSE. Data em que todos os candidatos que preten-dam concorrer devem estar com sua filiação partidária regularizada, e ter como domicílio eleitoral a circunscrição na qual pretendam disputar mandato eletivo. A partir desta data os institutos de pesquisa ficam obrigados a re-gistrar informações previstas em lei. 01.01.2012: A Administração Pública fica proibida de distribuir bens, valores ou benefícios gratuitamente, a não ser em si-tuações excepcionais.09.05.2012: Termina o prazo para que o eleitor possa requerer inscrição eleitoral ou transferência de domicílio e para que o eleitor com deficiência ou com mobili-dade reduzida solicite transferência para seção eleitoral especial Início do período das convenções para escolha dos candida-

tos (prazo final: 30 de junho) 10.06.2012: A partir desta data as emis-soras de rádio e TV estão proibidas de transmitir programas apresentados por candidato escolhido em convenção. 05.07.2012: Último dia para o pedido de registro dos candidatos aos cargos de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, pelos partidos ou coligações. 06.07.2012: A partir desta data passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral.10.07.2012: Último dia para os candida-tos, escolhidos em convenção, requererem seus registros, caso os partidos/coligações não os tenham requerido. 06.08.2012: Os candidatos devem apre-sentar à Justiça Eleitoral, para divulgação pela internet, relatório dos recursos recebi-dos para financiamento da campanha elei-toral e os gastos que realizarem: a primeira

Principais datas do Calendário Eleitoral 2012

Eleições Municipais 2012

Condutas vedadas no âmbito municipalA Lei 9.504/97

As principais vedações na legisla-ção eleitoral estão elencadas no Art. 73 da Lei 9.504/97, verbis:

“Das Condutas Vedadas aos Agen-tes Públicos em Campanhas Eleitorais

Art. 73. São proibidas aos agentes públi-cos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunida-des entre candidatos nos pleitos eleitorais:

I - ceder ou usar, em benefício de can-didato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à adminis-tração direta ou indireta da União, dos Es-tados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária;

III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;

IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou sub-vencionados pelo Poder Público;

V - nomear, contratar ou de qualquer for-ma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional

e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem (07/07/2012) e até a posse dos eleitos 01/01/2013), sob pena de nulidade de ple-no direito, ressalvados:

a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;

c) a nomeação dos aprovados em con-cursos públicos homologados até o início daquele prazo;

d) a nomeação ou contratação necessá-ria à instalação ou ao funcionamento inadi-ável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;

VII - realizar, em ano de eleição, antes do prazo fixado no inciso anterior, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que ex-cedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição.

VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da per-da de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo estabe-lecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos.(10/04/2012)

§ 10. No ano em que se realizar eleição (a partir de 01/01/2012), fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou be-

nefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas so-ciais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financei-ra e administrativa.

Art. 77. É proibido a qualquer candi-dato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas(07/07/2012)

A Lei de Responsabilidade Fiscal

Em relação à LRF o gestor deve se preocupar com aumento de despesa com pessoal e restos a pagar, verbis:

Art. 21... Parágrafo único. Também é nulo de ple-

no direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão re-ferido no art. 20(05/07/2012)

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato (a partir de 01/07/2012), contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente den-tro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Tadahiro Tsubouchi, consultor jurídico

prestação de contas parcial. 08.08.2012: Último dia para os partidos preencherem as vagas remanescentes para o cargo de Vereador, no caso de as conven-ções não terem indicado o número máximo previsto. 21.08.2012: Início da propaganda elei-toral gratuita no rádio e na TV.06.09.2012: Apresentação da segunda prestação de contas parcial por candidatos e partidos políticos.07.09.2012: Último dia para entrega dos títulos eleitorais resultantes dos pedidos de inscrição ou de transferência 22.09.2012: Último dia para os partidos políticos e coligações indicarem os nomes dos fiscais para os trabalhos de votação Último dia para debates e para propaganda gratuita no rá-dio e na TV e para realização de comícios. 04.10.2012 - 3 dias antes: Último dia para os partidos e coligações indicarem os

nomes das pessoas autorizadas a expedir cre-denciais dos fiscais e delegados habilitados a fiscalizar a votação. 05.10.2012 - 2 dias antes: Último dia para propaganda paga na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impres-so. Último dia para propaganda mediante alto-falantes ou amplificadores de som, en-tre as 8 e 22 horas.06.10.2012 - 1 dia antes: Último dia, até as 22 horas, para distribuição de mate-rial gráfico, e a promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos. 07.10.2012: Dia de realização das elei-ções – 1º turno

Com efeito, no ano em curso, será realizado em todo o território nacional pleito eleitoral desti-nado à escolha dos representantes no âmbito municipal (prefeito, vice-prefeito e vereadores).

Sendo ano eleitoral, diversas vedações legais são aplicáveis aos gestores públicos visando evitar o uso indiscriminado e abusivo da má-quina pública, ensejando assim o desequilí-brio no confronto eleitoral, o que por certo macula de vício à vontade do eleitor.

Em relação às vedações, vale destacar dois normativos legais, um de cunho eminente-mente eleitoral, Lei 9.504/97, a qual Estabele-ce Normas para as Eleições e outro de cunho financeiro/orçamentário, Lei Complementar 101/00, Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ascom Granbel

Tadahiro Tsubouchi, consultor jurídico

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Balanço geral das administrações metropolitanas - Contagem/MG

ações que favorecem o convívio das pesso-as - hoje as praças e parques de Contagem estão lotados, cheios de gente, a cidade está mais unida e integrada. E, quanto ao marco da minha gestão frente à prefeitura, acredito que é a conclusão, manifestada pela população, de que a cidade melhorou de verdade nos últimos anos”.

A prefeita destaca também que, nesses últimos sete anos, um ponto extremamen-te positivo para a implantação de novas po-líticas e a execução de obras importantes para a cidade foi a forma como o município se relacionou com os outros entes públicos: “tanto no meu primeiro mandato, quanto nesse segundo, a relação com os governos do Estado e da União tem sido a melhor possível, dentro de uma postura republi-cana, que coloca em primeiro lugar os in-teresses da população. E isso não é só em relação aos governos do Estado e da União, mas também com a Câmara Municipal, com todas as outras esferas de poder e com a iniciativa privada, os empresários e suas entidades representativas. É lógico que divergências político-partidárias existem, mas elas jamais se sobrepuseram às ques-tões administrativas. Para ficar em apenas dois exemplos de como a relação com os governos do Estado e da União funcionam bem, podemos citar as obras do PAC Arru-das e a construção da Maternidade”.

No primeiro mandato da prefeita Ma-rília Campos, ainda em 2005, os desafios colocados eram imensos. A cidade estava sem investimentos e a prefeitura endivida-da e sem credibilidade. Então, o primeiro e grande desafio a ser enfrentado foi arrumar a casa, sanear as contas públicas e recupe-rar credibilidade para a prefeitura e para a cidade. E com muito trabalho isso foi feito: a prefeitura foi reorganizada administrativa e financeiramente, as contas foram equili-bradas, os pagamentos colocados em dia e concursos públicos realizados. Com a casa arrumada foi possível o resgate da credibili-dade da administração de Contagem junto aos servidores públicos, fornecedores, go-vernos, empresários, instituições financei-ras e com a própria população.

Vencida essa etapa, foi possível para a administração municipal buscar investi-mentos para a cidade, para as obras e as políticas públicas necessárias. E, na visão da prefeita Marília Campos, isso tudo só foi possível ocorrer porque foi implantado um

novo modelo de gestão em Contagem, que se relaciona de forma republicana e demo-crática com a cidade. Prova disso, é que esse modelo foi referendado pela popula-ção, que a reelegeu.

Segundo a prefeita Marília Campos, “no início do primeiro mandato, foi o perí-odo de arrumar a casa, de tratar dos proble-mas, semear e colher os primeiros frutos. Foi também um período de muito aprendi-zado. No segundo mandato, que se conclui agora em 2012, com a casa arrumada e as ações do nosso governo já bem encaminha-das, o trabalho frutificou mais ainda”.

Índice de aprovação comprova satisfação com qualidade de vida

“Hoje o governo tem um índice de aprovação de cerca de 70% da população porque nós temos uma cidade com melho-res oportunidades e qualidade de vida, uma cidade que olha para o futuro com a ima-gem de uma cidade próspera, que nos últi-mos sete anos gerou cerca de 60 mil novos empregos. Contagem está melhor porque tem obras em todas as suas regiões, porque tem investimentos na Educação - com os Cemeis, e o Cefet-MG, por exemplo; na Saúde, com a ampliação do Hospital Mu-nicipal, a construção da Maternidade, do Pronto-Socorro e da melhoria dos serviços, dentre várias outras ações e obras.

Infraestrutura

Está melhor também porque investimos nos sistemas de transporte e viário, desen-volvemos uma política de saneamento in-tegrado, política de habitação que garante moradia para muitas famílias e realizamos várias obras de infra-estrutura em toda a ci-dade. Também fizemos investimentos em lazer, esporte e cultura e apostamos nas

Transporte público: Investir na expansão do Metrô é essencial

Apesar dos constantes e vultosos in-vestimentos municipais no sistema de transporte urbano de Contagem, a prefei-ta defende que “o mais importante nesse tema é a articulação dos vários entes pú-blicos envolvidos, município e Estado, por um sistema mais abrangente, com caráter metropolitano, e a consequente ampliação do Metrô”.

“O que eu defendo enfatica-mente e tenho levado essa

discussão para todas as esfe-ras do poder público, inclusive com projetos já apresentados ao Grupo Gestor do PAC na

área de mobilidade, é a neces-sária e urgente expansão do Metrô, criando as condições

para um sistema integrado de transporte, unindo o rodovi-ário com o transporte sobre trilhos. Essa é sem dúvida a política pública mais efi-

ciente para os problemas do transporte público, não só

em Contagem, mas em toda a RMBH”. Marília Campos

Contagem: desafios superadosTriz Comunicação Ronaldo Leandro

Ronaldo Leandro

Ronaldo Leandro

Praça Presidente Tancredo Neves

Centro Materno Infantil

A prefeita de Contagem e vice-presidente da Granbel, Marília Campos (PT)

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Balanço geral das administrações metropolitanas - Raposos/MG

Administração transforma Raposos em pouco tempo

As diferenças hoje são reconhecidas na cidade de Raposos. A administração atual, que assumiu a prefeitura desde junho de 2010, transformou o município. O prefeito Nelcio Duarte vem trabalhando para fazer de Raposos uma referência entre as cidades da RMBH. Por isso, uma das principais pre-ocupações foi organizar algumas situações internas que traziam desvantagens para o setor financeiro da Prefeitura e que desva-lorizavam os profissionais.

do ano passado, os pagamentos foram cor-retamente corrigidos. O plano de cargos foi aprovado em 16 de junho de 2011, através da Lei de n. 1104/2011, pela câmara muni-cipal e os colaboradores começaram a receber os salários reajustados. Segundo a secretária, o plano também serviu para a regularização do salário do magistério. “Foi através da Lei n. 1096/2010 aprovada em 31 de dezembro de 2010, que também foi possível a melhoria para essa classe”, disse.

nal. Essa conquista jamais seria possível sem o apoio do prefeito Nelcio Duarte.

Além desta conquista, beneficiando os alunos da rede municipal de ensino, o se-gundo semestre escolar de 2011 começou de roupa nova. As crianças da rede recebe-ram uniforme escolar totalmente gratuito. A Secretaria Municipal de Educação, junta-mente com o Conselho Municipal de Edu-cação, aprovou a mudança do uniforme escolar e a distribuição gratuita de um con-junto para cada aluno da rede. O prefeito Nelcio Duarte foi pessoalmente participar da entrega dos uniformes.

Os recursos recebidos são visivelmente notados pelos respectivos usuários: os alu-nos. As escolas municipais: Sagrado Coração de Jesus, Francisco Diogo Félix, Água Lim-pa e Dr. Francisco dos Santos Cabral, estão recebendo atenção especial com as reformas dos seus espaços, melhorando ainda mais sua estrutura, além da pintura da creche Menino Jesus. As reformas fazem parte dos investi-mentos de 40% destinados às obras, veículos e manutenção da Secretaria de Educação de Raposos. Os outros 60% foram direcionados para a valorização de profissionais da edu-

Educação fortalecida

A educação sempre foi destaque na administração atual, prova disso, foi que o índice do Fundo Nacional de Desenvol-vimento de Educação (FUNDEB) em Ra-posos, foi de 84,6%, um dos melhores do país. Em reconhecimento dessas ações, a Secretaria foi premiada no evento Educa Brasil, maior evento na esfera nacional, que aponta, há 11 anos, os 100 melhores secretários de educação do Brasil.

O secretário municipal de educação Glauber Rodrigo Lopes, recebeu o prêmio Palma de Ouro destinado aos grandes pre-miados do evento. Além deste destaque nacional, entrou para a lista dos 100 me-lhores gestores nota 10 do Brasil. Em ou-tubro recebeu, também, o prêmio da sexta edição do “Educando 2011”, considerado atualmente o encontro mais importante do país em termos de educação, realizado em Florianópolis. Em menos de dois anos, o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Educação e Prefeitura, rendeu dois títulos a nível nacional e fez com que a educação do município se tornasse referência nacio-

cação. Vale lembrar, que através desses re-cursos, a Prefeitura adquiriu novos veículos escolares para atender a demanda dos bairros e dos alunos municipais. Foram adquiridos um micro-ônibus e um ônibus escolar, para percorrer os bairros da cidade, buscando e levando os alunos em plena segurança.

Mais saúde

A saúde também é prioridade na atual gestão. Foi criado em 2011, o Programa Saúde da Família (PSF), que conta com uma equipe de profissionais qualificados e que tem como foco, facilitar o atendimento das famílias do bairro Morro das Bicas.

A unidade mista de saúde foi benefi-ciada com a contratação de novos médicos, enfermeiros, profissionais da saúde e novos equipamentos, como por exemplo: macas e equipamentos odontológicos (cadeiras, acessórios, etc).

No inicio desse ano, foi regularizado também os imóveis do bairro Recanto Fe-liz, uma parceria entre a Prefeitura e a mi-neradora Anglo Gold.

Turismo

Como a cidade de Raposos faz parte do circuito do ouro, o prefeito Nelcio Duarte não mediu esforços para que a cidade se destacasse entre as melhores, em quesito turismo de Minas Gerais. Raposos recebeu a premiação da Associação dos Municípios do Circuito do Ouro (ACO), ficando em 1º lugar no ranking, onde foram estabelecido os melhores parceiros do poder público, os que mais contribuíram para o desenvolvi-mento da gestão da instância de Governan-ça Regional e região do circuito do ouro.

Obras

Após a cidade ser castigada pelas fortes chuvas no início do ano, no mês de feve-reiro, a Secretaria de Obras, trabalhou assi-duamente para a normalização das vias pú-blicas. Ações foram tomadas em diversos pontos, como revitalização e calçamento das ruas: Tiradentes, Padre Antônio Maria, Arthur Bernardes, reforma das salas de va-cinação do posto de saúde, entre outras.

Cargos e Salários: Aproximadamente há 16 anos, o salário dos funcionários estava irregular, causando uma insatisfação e conse-quentemente a situação afetava de forma di-reta na autoestima do trabalhador. Contudo, a circunstância foi regularizada através do plano de cargos e salários que teve uma revisão geral e trouxe uma atualização salarial para todos os colaboradores.

De acordo com a secretária Municipal de Administração, Geisevane Froes, em julho O prefeito de Raposos, Nelcio Duarte (PT)

Em menos de 1 ano, Prefeitura regularizou pendências e ajustou contas da casa

Fotos: Ascom Prefeitura de Raposos

PSF Morro das Bicas

Alunos da rede municipal de ensino do Município de Raposos

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Balanço geral das administrações metropolitanas - Ribeirão das Neves/MG

Obras e ações que alavancaram o desenvolvimento de Ribeirão das Neves

Med e o Centro de Distribuições, localizado na BR 040, escolheram Ribeirão das Neves para construir suas instalações. No final do ano de 2011 foi fechado acordo para que dois centros de distribuição de produtos ali-mentícios também fossem construídos na cidade. Além de melhorar a arrecadação do município, essas empresas oferecem ainda, emprego e renda à população.

Em dezembro de 2011 foi inaugurada a primeira agência da Caixa Econômica Federal de Ribeirão das Neves. A implan-tação da nova agência foi resultado de uma

Ribeirão das Neves está em pleno crescimento. Em toda a cidade é possível observar obras e ações realizadas pela Pre-feitura Municipal a fim de garantir mais desenvolvimento e qualidade de vida a todos os Nevenses.

Quem chega à cidade pela BR 040 pode observar as diversas melhorias feitas no local. No trecho que vai da entrada do município até o bairro Liberdade, divisa com Contagem, a rodovia ganhou passare-las e sistema de iluminação, o que melhora as condições de segurança e visibilidade da pista para motoristas e pedestres.

Recentemente, a principal via da cida-de, a Avenida Ari Teixeira da Costa passou por obras de recapeamento em toda sua extensão. As faixas centrais e travessia de pedestres receberam nova pintura e alguns quebra molas foram remanejados para locais mais adequados.

Nos últimos anos, Ribeirão das Neves cresceu, melhorou e ampliou sua infraestru-tura. Entre o ano de 2005 até hoje, foram re-alizados mais de 350 km de pavimentação.

Novas UPAS levam mais saúde a Neves

Foram inauguradas a UPA Acrízio de Menezes, em Justinópolis, e a UPA Joânico Cirilo de Abreu, no centro da cidade, o que permite que milhares de pessoas sejam be-neficiadas mensalmente dentro do municí-pio. As duas UPAS oferecem atendimentos de urgência e emergência 24 horas por dia. Isso sem falar na reforma do Hospital São Judas Tadeu que recebeu nova pintura, pi-sos e mobiliários novos como camas, armá-rios e cadeiras para acompanhantes.

Novas escolas mais qualidade na educação

Mais de 5 mil alunos também foram beneficiados com a construção e reformas de escolas por toda a cidade. No total foram construídas 8 escolas municipais, sendo que 6 são voltadas para creches e educação infantil. As outras duas escolas são voltadas para o ensino fundamental.

Além das 8 escolas, a Prefeitura inves-tiu também, em parceria com o Servas na construção do Centro Solidário de Educa-ção Infantil Douglas Ferreira de Freitas, com capacidade para 240 crianças.

O Instituto Federal de Educação Ciên-cia e Tecnologia de Minas Gerais saiu do papel e já é uma realidade . A conclusão das obras do campus está prevista para o ano de 2013, mas desde o início de 2011 a Prefeitura cedeu as instalações do Caic para que as aulas pudessem acontecer.

Arrecadação, emprego e renda

Por meio de negociações políticas, em-presas de grande porte como a Classic, Serv

negociação que já vinha acontecendo há cerca de dois anos entre a Prefeitura e o superintendente regional da CEF, Ronaldo Roggini. Além de auxiliar no repasse de recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a nova agência já contri-bui na melhoria do comércio na região, e para o crescimento da economia local.

Qualidade de vida

Atenta à manutenção da qualidade de vida dos moradores de Ribeirão das Neves, a Prefeitura entregou à população o Parque Ecológico. Equipado com pistas de cami-nhada, quadras poliesportivas, ciclovias e brinquedos para as crianças, o parque é uma opção de lazer para todos os munícipes.

Com ações espalhadas por toda a ci-dade, a Prefeitura não se esqueceu de arrumar a própria casa para oferecer um atendimento rápido e eficiente. Ribeirão das Neves foi a primeira cidade do Esta-do a receber o Minas Fácil virtual, um processo que facilita a abertura de novas empresas através da internet. Antes do Minas Fácil virtual, eram necessários 90 dias para que toda a documentação de uma nova empresa fosse liberada. Agora, com a desburocratização dos procedimen-tos, esse prazo caiu para 9 dias.

Segurança também é preocupação

Manter a segurança da cidade também é uma preocupação da administração mu-nicipal. E para auxiliar neste trabalho, em meados de 2008, foi inaugurado na cidade o 40º batalhão da Polícia Militar. Outros importantes reforços foram a Guarda Mu-nicipal, que atua há três anos na cidade, e o Corpo de Bombeiros que desde 2008 vem assegurando a qualidade e a eficiência nas ações de socorro em todo o município.

Além dos recursos próprios, a cidade conta também com investimentos em par-ceria dos governos estadual e federal. Pro-gramas como o PAC tornam obras de ur-banização e saneamento básico uma ação concreta, e fazem de Ribeirão das Neves um exemplo a ser seguido.

Tudo isso mostra que com eficiência na aplicação dos recursos, e respeito pelos cidadãos, a cidade de Ribeirão das Neves não pára de crescer e melhorar.

O prefeito de Ribeirão das Neves, Walace Ventura (PSB),

em obras do PAC

UPA no bairro Centro

Fotos: Alexandre Ferreira

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Publicação da GRANBELAssociação dos Municípios da Região

Metropolitana de Belo Horizonte

31ª Diretoria Executiva:

PresidenteRogério Avelar (PPS)- Prefeito de Lagoa Santa

Vice-PresidenteMarília Campos (PT)- Prefeita de Contagem

Diretor TesoureiroLuiz Flávio Leroy (PPS)- Prefeito de Esmeraldas

Diretor SecretárioMarcílio Bezerra da Cruz (PSDB) - Prefeito de

Taquaraçu de MinasRedação e Edição

Jornalista Alba Lucinda de SouzaColaboradoras

Ilma Marques/Fátima Lopes/Samara Mota

Diagramação: Valter Luis da Costa

Tiragem: 20.000Home Page: www.granbel.com.brE-mail: [email protected]ído para todos os 853 municípios mineiros

Município em pleno desenvolvimentoBalanço geral das administrações metropolitanas - São Joaquim de Bicas/MG

Fotos: Ascom Prefeitura de São Joaquim de Bicas

“Nosso governo batalhou muito para a implantação de cursos profissionalizan-tes na cidade, já que sempre estivemos atentos para a necessidade de qualificar a mão-de-obra dos nossos moradores”, lembra o prefeito de São Joaquim de Bicas, citando que outras 400 vagas em cursos profissionalizantes foram criadas a partir de 2009, em parceria com o gover-no estadual e instituições de ensino.

Saúde em foco

Em 2011, ainda à frente da prefeitu-ra, Toninho Resende, ao lado do então vice João Bosco, promoveu uma marato-na de inaugurações de obras e serviços em diversas regiões do município. Na área da Saúde, foram entregues cinco “Academias da Cidade” e a ampliação do Programa de Saúde da Família (PSF).

Educação e infrestrutura

Na Educação, onde a Prefeitura inves-te em média 30,95% do orçamento anual, foram entregues a nova sede do Centro de Educação Infantil (CEI) Pituchinha e a revi-talização de duas escolas. Outra importan-te obra inaugurada foi o Velório Municipal. “Toda a vida a gente tinha que velar ou em casa ou pedir espaço nas igrejas. Acabou a dificuldade. O município merecia uma obra como essa”, afirmou a moradora da Praça da Matriz, Jovelina de Almeida Pinto.

Na infraestrutura urbana, os investi-mentos da prefeitura em obras de asfalta-mento superaram as expectativas do cro-nograma inicial. De julho até novembro do ano passado, o município recebeu cerca de 23 quilômetros de asfalto, sendo que o pre-visto seria a execução de 18.

São Joaquim de Bicas vive uma fase de franco desenvolvimento econômico, mar-cado pela expectativa de um crescimento ainda maior com a ampliação dos investi-

mentos da mineração na região. Atenta a essas benesses da nova era, como geração de mais receita para a cidade e de novos postos de emprego, a Prefeitura também se prepara para criar uma infraestrutura urbana capaz de acompanhar esse cres-cimento. Para o prefeito João Bosco, o planejamento do futuro de São Joaquim de Bicas era um dos principais focos do ex-prefeito Toninho Resende, falecido no dia 15 de outubro, no auge do processo de fortalecimento da economia da cidade. “Ele foi um cidadão e um político incan-sável no compromisso de encaminhar o município para um desenvolvimento or-denado”, afirma João Bosco.

Qualificação

Já visando o aumento da demanda por profissionais qualificados na minera-ção e em outros setores, a Prefeitura ini-ciou, em 2012, 10 cursos gratuitos nas áreas da Construção Civil e da Indústria. O objetivo é formar mão de obra para as novas unidades que a mineradora MMX abrirá na região. Mas a qualificação tam-bém vai permitir aos moradores condi-ções de aproveitar outras oportunidades do mercado de trabalho. Nesta primeira fase, cerca de 800 candidatos terão a chance de se especializar e outras três etapas serão realizadas ainda neste ano. No total, são ofertadas 2,1 mil vagas. A iniciativa é resultado de uma parceria entre as prefeituras de São Joaquim de Bicas e Igarapé, a MMX, o Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Co-mercial (Senac).

“Nosso governo tinha o com-promisso com a população

de levar o asfalto a todas as regiões do município”

Prefeito João Bosco

Ainda de acordo com o prefeito, as obras de asfaltamento e de drenagem serão retomadas em março, após o período chu-voso. Outras obras ainda estão previstas para ficar prontas ainda neste ano, como a construção do CEI Ninita Amaral; as de ampliações de mais duas escolas munici-pais; e a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas), que está em fase de alvenaria.

Força-tarefa enfrenta estragos da chuva

Quatro dias após a queda da ponte que

liga o bairro Residencial Casa Grande à re-gião Central de São Joaquim de Bicas, na divisa com Igarapé, uma passagem provisó-ria para pedestres e veículos já havia sido feita pela Prefeitura para assegurar a mobili-dade dos moradores da região. Além disso, a operação “Tapa Buracos”, que funciona rotineiramente na cidade, teve suas ativida-des redobradas e as áreas mais críticas estão sendo atendidas com prontidão.

Tudo isso graças à força tarefa criada pela Prefeitura de São Joaquim de Bicas para atuar na recuperação dos estragos causados pelas fortes chuvas deste início de ano. Aprovei-tando o período de estiagem, as secretarias de Obras, de Saúde, de Assistência Social e de Meio Ambiente, além da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), atuaram em conjunto para garantir o atendimento às pessoas prejudicadas pela chuva e, ao mesmo tempo, na reconstrução das áreas danificadas.

O Prefeito João Bosco (PV) vem mantendo o ritmo da ad-ministração e garante que o “desenvolvimento dos últi-mos anos deve ser ainda mais acelerado com investimento das mineradoras e geração de mais empregos”, assegura.

Morador do bairro Belo Vale, Robson Francisco da Silva, comemora as obras de melhorias da cidade