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Implantação da rede de urgência e emergência é prioridade na RMBH Publicação da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte - GRANBEL - Ano 11 - Nº 79 - Julho/Agosto/2011 Copa Granbel de Futebol Infantojuvenil: abertura no dia 13 de agosto, em Esmeraldas/MG, pelo Secretário de Estado de Esportes, Braulio Braz, que está dando total apoio ao projeto. Participe! “A implantação da rede de urgência e emergência na RMBH, é uma prioridade dos municípios e dos go- vernos federal e estadual. É importante que cada Ente faça a sua parte” Rogério Avelar O ministro de Estado da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Belo Horizonte no dia 1º de julho, quando visitou o Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN), para conhe- cer a estrutura; assinou Termo de Adesão dos municípios da Região Metropolitana aos Programas do Ministério da Saúde Governo do Estado, Granbel e Fecomércio realizam com sucesso o 1º Fórum Oportuni- dades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH. Das páginas 10 a 15 Judicialização da Saúde 3º Curso de Direito à Saúde discute compe- tências e responsabi- lidades nas urgências e emergências. Das páginas 2 a 8 Prefeitos da Granbel se reúnem com ministro da Saúde Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS): A Granbel está trabalhando para incluir todos os muni- cípios da RMBH e para isso a Entidade já se reuniu com os prefeitos municipais, secretários de saúde e procuradores jurídicos para providenciar o processo legal para que todos os municípios metropolitanos possam fazer parte do Consórcio. A Granbel está contando com o imprescindível apoio do presidente do CIAS, Walace Ventura Andrade. Página 9 Adão de Souza Amauri de Souza Amauri de Souza

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Informe Granbel nº 79

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Implantação da rede de urgência e emergência é prioridade na RMBH

Publicação da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte - GRANBEL - Ano 11 - Nº 79 - Julho/Agosto/2011

Copa Granbel de Futebol Infantojuvenil: abertura no dia 13 de agosto, em Esmeraldas/MG, pelo Secretário de Estado de Esportes, Braulio Braz, que está dando total apoio ao projeto. Participe!

“A implantação da rede de urgência e emergência na RMBH, é uma prioridade dos municípios e dos go-vernos federal e estadual.

É importante que cada Ente faça a sua parte”

Rogério AvelarO ministro de Estado da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Belo Horizonte no dia 1º de julho, quando visitou o Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN), para conhe-

cer a estrutura; assinou Termo de Adesão dos municípios da Região Metropolitana aos Programas do Ministério da Saúde

Governo do Estado, Granbel e Fecomércio realizam com sucesso o 1º Fórum Oportuni-dades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH. Das páginas 10 a 15

Judicialização da Saúde3º Curso de Direito à Saúde discute compe-tências e responsabi-lidades nas urgências e emergências.Das páginas 2 a 8

Prefeitos da Granbel se reúnem com ministro da Saúde

Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS): A Granbel está trabalhando para incluir todos os muni-cípios da RMBH e para isso a Entidade já se reuniu com os prefeitos municipais, secretários de saúde e procuradores jurídicos para providenciar o processo legal para que todos os municípios metropolitanos possam fazer parte do Consórcio. A Granbel está contando com o imprescindível apoio do presidente do CIAS, Walace Ventura Andrade. Página 9

Adão de Souza

Amauri de Souza

Amauri de Souza

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O Curso de Direito à Saúde - Fórum Per-manente na sua 3ª edição vem cumprindo um papel importantíssimo de trazer para o debate dos temas mais relevantes da saúde pública.

A questão do atendimento de urgência e emergência na RMBH caminha para uma estruturação em rede, com financiamento federal e estadual e com a participação dos municípios, através do Consórcio In-termunicipal Aliança para a Saúde (CIAS).

Contudo, devemos buscar melhorar a resolutividade e a qualidade da atenção básica, sendo esta a porta de entrada preferencial do SUS - Sistema Único de Saúde.

Os enunciados aprovados no encontro, que abordou o tema do atendimento de Urgência e Emergência, esclarecem a respeito das competências estaduais e mu-nicipais e demonstram a necessidade de se implementar políticas públicas eficazes na área da saúde com envolvimento dos entes federal, estadual e municipal.

O Fórum “Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH” envolveu todos os responsáveis pela realização do evento na cidade sede Belo Horizonte e enfatizou a importância de conscientizar os municípios metropoli-tanos a respeito das inúmeras oportuni-dades de geração de emprego e renda em toda região, antes, durante e depois da Copa de 2014.

A primeira Copa Granbel de Futebol In-fanto Juvenil, com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Esportes, vai se iniciar em agosto. Este torneio metropolitano tem o propósito de incen-tivar os jovens de forma positiva através do esporte, integrando toda a região e fortalecendo os torneios locais.

A Granbel tem atuado em diversas frentes, sempre apoiando e valorizando o trabalho dos prefeitos metropolitanos.

Rogério AvelarPresidente da Granbel

3º Curso de Direito à Saúde - Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

Carências da urgência e emergência

Ressaltando a importância da parceria para a realização do Fórum Permanente, o desembargador Joaquim Herculano Rodri-gues, 2º vice presidente do Tribunal de Jus-tiça de Minas Gerais e superintendente da Escola Judicial Edésio Fernandes - EJEF, fez a abertura do 3º Curso de Direito à Saúde, que tratou da questão das responsabilidades e competências no atendimento das urgên-cias e emergências e ressaltou que a justiça deve procurar o equilíbrio entre o interesse individual e coletivo, necessidade e vontade, sonho e realidade e disse que “ao juiz cabe a árdua responsabilidade de julgar, atendo-se aos princípios fundamentais”.

“O grande problema hoje é o volume de ações. Estamos aqui do lado dos que acre-ditam que a justiça está ao lado daqueles que necessi-

tam”Desembargador Joaquim Herculano

Responsabilidade do Estado

O presidente da Granbel, Rogério Avelar, afirmou em seu pronunciamento de abertura que a decisão de se abordar a urgência e a emergência se justifica pela lotação dos ser-viços, pela necessidade de se encontrar uma

solução para a macrorregião centro, pela fal-ta de materiais e equipamentos, pela atenção primária ineficiente e pelos grandes tempos de espera, entre outras dificuldades.

“Os hospitais da região metropolitana são para-

raios de atendimento; falta uma rede bem estruturada na região; os municípios

estão arcando com despesas superiores à sua capacidade orçamentária e os serviços de urgência e emergência

são responsabilidade direta do Estado e da União”

Rogério Avelar

Participaram da mesa de abertura do 3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permanente, a coordenadora do Fórum Permanente de Di-reito à Saúde, desembargadora Vanessa Ver-dolim Hudson Andrade; o 2º vice presidente do TJMG e superintendente da EJEF, desem-bargador Joaquim Herculano; o presidente da Granbel, Rogério Avelar; o secretário de Esta-do da Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques; o secretário Nacional de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Maga-lhães Júnior; a subdefensora pública federal, Ana Cláudia da Silva Alexandre; o assessor do governador Antonio Anastasia, Roberto Porto

Fonseca; o deputado estadual Délio Malheiros; o conselheiro do TCE/MG, Sebastião Helvécio; o procurador de justiça Antônio Joaquim e a presidente do COSEMS da RMBH, Magali Ro-drigues de Brito Araújo.

Em seu pronunciamento na abertura do 3º Curso de Direito à Saúde, Roberto Porto Fon-seca afirmou que 30% dos tumores malignos são evitáveis com prevenção primária e diag-nóstico precoce. Por outro lado, ressalta o au-mento dos gastos. De acordo com Roberto, “o Brasil, se comparado com outros países, gasta pouco. Três quartos dos gastos com a saúde provém do SUS. O importante não é com o que se gasta, mas como se gasta”, disse.

Porto disse ainda que a medicina deve ser sustentada por protocolos baseados em evidências científicas. Citou estudos com o cigarro e testes de medicamentos que, em grande parte, são financiados pela indústria farmacêutica, o que, segundo ele, podem al-terar os resultados.

Sobre as drogas oncológicas, o represen-tante do Governador Anastasia, disse que as mesmas têm custo alto e benefícios margi-nais.

“O sistema de Saúde tem altos custos, qualidade in-satisfatória e dificuldade de

acesso”Roberto Porto Fonseca

Amauri de Souza

A presidente do COSEMS da RMBH, Magali Rodrigues de Brito Araújo; a subdefensora pública federal, Ana Cláudia da Silva Alexandre; A coordenadora do Fórum Permanente de Direito à Saúde, desembargadora Vanessa Verdo-lim Hudson Andrade; o secretário de Estado da Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques; o 2º vice presidente do TJMG e superintendente da EJEF, desembargador Joaquim Herculano; o procurador de justiça Antônio Joaquim; o conselheiro do TCE/MG, Sebastião Helvécio; o assessor do governador Antonio Anastasia, Roberto Porto Fonseca;

o presidente da Granbel, Rogério Avelar e o deputado estadual Délio Malheiros.

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Fotos: Amauri de Souza

O secretário Antonio Jorge explica que as ur-gências e emergências são prioridades do governo devido a carga de doenças e ao impacto da mor-talidade, “por ser o ponto fraco do sistema”, frisa.

Fazendo um paralelo da saúde com a polícia e o corpo de bombeiros, disse ser um financiamento global, não por atendimento. Na saúde, nas ur-gências e emergências, o pagamento é feito por atendimentos “ao contrário dos outros que temos que pagar por períodos de ociosidade, tanto de ser-viços, como de profissionais e postos”.

Soluções apontadas Antonio Jorge aponta como solução para

melhoria do atendimento do sistema de ur-

Políticas, diagnósticos, estratégias e financiamento das urgências e emergências

gências e emergências a Estruturação em Rede, com total relevância da atenção primária, a coordenação com comando regional único, a regionalização, a categorização de serviços (concentração e dispersão) e linguagem única (protocolos e linha guia).

Ressalta que o sistema se relaciona com três variáveis: gravidade (risco), recurso necessário e tempo de resposta.

Meta do projeto em Minas Gerais

O cidadão acessa em menos de uma hora um ponto de atenção. A linha guia (linguagem) da rede é quem determina a estruturação e a

“São prioridades do governo as urgências e emergências junto com a rede materno-infantil, sem desconsiderar as outras redes”. Antonio Jorge de Souza Marques, Secretário de Estado da Saúde

comunicação dos pontos de atenção, de apoio operacional e da logística. Trata-se, segundo o secretário, de um conjunto de ações estrutura-das que pretende qualificar a atenção às urgên-cias e emergências.

No Projeto, o SAMU passa a ser regional e os serviços são classificados de acordo com a tipolo-gia: Call Center, UBS (hospitais de baixa escala), UPAS e hospitais microrregionais.

“O objetivo da rede não é mais levar o paciente ao hos-pital mais próximo, mas para o serviço mais adequado no

menor tempo possível”Antonio Jorge

3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permaente: Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

Diagnóstico: Rede de Atenção à Saúde na Urgência e Emergência“Ao invés dos pacientes estarem indo aos postos de saúde, estão se dirigindo a serviços de maior complexidade, sobrecarregando esses serviços”. Ana Beatriz de Assis Perei-ra, coordenadora de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Vespasiano e professora da disciplina Estudo da Saúde Coletiva da Faculdade FASEH

Atenção Básica

A coordenadora de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Vespasiano, Ana Beatriz, deu ênfase à dificuldade para organizar uma atenção básica que atue adequadamente nas urgências e emergências.

De acordo com Ana Beatriz os principais fatores que colaboram para a superlotação dos serviços de urgências e emergências são: a desinformação da população, a inexistência de sistema de referência

e contra referência, a falta de eleitos e outros.“Não adianta serem organizadas portas de

entrada para urgências e emergências, se a re-taguarda para a continuidade da assistência não existir. A realidade, hoje, implica em falta de ser-viços de urgências e emergências”, frisa.

Solução/Propostas

Para mudar a realidade, segundo ela, é pre-

1º Painel Manhã - Expositores Técnicos: Desembargador Alberto Vilas Boas

ciso diagnóstico correto da rede; identificação dos vazios assistenciais; aumento de atendimento de especificidades; necessidade de ampliação dos Cen-tros Viva Vida e Hiperdia; montagem de uma rede de urgência e emergência seguindo os parâmetros existentes e adequando-se as realidades.

Adequar a forma de financiamento, não pa-gando por procedimento, que é inverso ao princí-pio de promoção do SUS, é uma proposta sugerida pela coordenadora Ana Beatriz.

Mediadores dos Palestrantes do 3º Curso de Direito à Saúde

1º Painel Tarde - Expositores Técni-cos: desembargadora Márcia Mila-nêz, 3ª vice-presidente do TJMG

2º Painel Manhã - Expositores Jurídicos: promotora de justiça Danielle Vignoli Guzella Leite

2º Painel Tarde - Expositores Jurídicos: procurador de justiça Antônio Joaquim Fernandes Neto

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Fotos: Amauri de Souza

O secretário Helvécio disse que o Ministé-rio da Saúde tem grande expectativa quanto as iniciativas de Minas Gerais, pela possibi-lidade de êxito, e destacou a importância de

discutir a urgência e emergência, que engloba a maior parte dos problemas.

Segundo o secretário, “os serviços têm sido o maior palco das notícias negativas e nenhuma é equivocada, pois por trás da notícia está um cidadão que não foi adequa-damente atendido”.

Desafios

Para Helvécio, os desafios são acesso e qua-lidade e onde tem acesso, segundo ele, na maio-ria dos casos, a qualidade está comprometida.

O secretário afirma que o caminho para se conseguir acesso e qualidade é a implantação das Redes de Atenção à Saúde. Explica que há um alinhamento com estados e municípios que optaram por organizar os serviços em Redes bem implementadas. “Deve-se assentar as re-des no território, o qual é a base da implanta-ção das redes”, completou.

Rede de Atenção as Urgências

Conceituando Rede de Atenção as Urgên-cias, Helvécio frisa que a finalidade é articular e integrar todos os equipamentos de saúde, ob-jetivando ampliar e qualificar o acesso huma-nizado e integral aos usuários, em situação de urgência, nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. Cita os componentes e interfaces da Rede de Atenção as Urgências: a) qualificação da Atenção Básica, que é a Base do modelo de Redes (reforma e ampliação das UBS, constru-ção de UBS); b) Promoção e prevenção; c) Atenção a tragédias, força nacional de compar-tilhamento para intervenção.

De acordo com o secretário Helvécio, exis-tem 250 hospitais no Brasil que seguram as urgências e emergências. São neles que aparece a maioria das notícias negativas. ‘‘Deve-se dar maior atenção a estes: as portas de entrada

Política Nacional de Atenção as Urgências – Financiamento – Garantia de Acesso aos Leitos Hospitalares e Redução das Demandas Reprimidas de Cirurgias Eletivas“Na atenção primária, mais do que aumentar as equipes de saúde família, deve-se mostrar a eficiência das equipes já implantadas para se obter uma certificação de qualidade e realidade na atenção básica” Helvécio Miranda Magalhães Júnior, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde

devem ter um acolhimento humanizado e clas-sificação de risco”, afirma.

UTI’sQuanto aos leitos, evidenciou um déficit

de UTIs no país. Informou sobre um aumento no financiamento para aumentar o número de leitos. Os leitos de clínica médica são “o maior drama (macas no corredor). Pode ser uma destinação importante para os peque-nos hospitais”.

Destacou que as unidades coronarianas são mais baratas que as UTI clássicas. Deve-se aumentar o número desses leitos. O Brasil tem um índice maior de enfartos que o mun-dial (dobro).

“Não adianta preocupar só com os grandes hospitais, a

Atenção Básica deve ser qua-lificada”. Helvécio

Lei no 12.401 , de 28 de abril de 2011. Aplicação e impacto nas urgências e emergências”, que altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990“Não há solidariedade passiva, mas sim responsabilidade de todos os entes. Se o usuário procura o me-dicamento ou o atendimento no ente inadequado, a administração deveria encaminhar o usuário ao ente correto”. Desembargador Afrânio Vilela, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

O desembargador Afrânio Vi-lela, do TJMG, falou sobre a Lei 12.401, que altera a Lei 8080, de 19/09/90, aplicada nas urgências e emergências, que dispõe so-bre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Úni-co de Saúde - SUS.

Vilela iniciou sua fala dizendo que “o juiz, para poder julgar, ele precisa vivenciar”, e citou a experiência da sua família, que vem sofrendo de muitas doen-ças. Explicou que a judicialização é quando se age numa esfera e não há uma previsão legal para o fato. Em sua opinião, o juiz deve ditar o comando judicial baseado em outras fontes, com a devida atenção às responsabi-lidades de cada ente.

Lei 12.401/10:

“A lei é boa, pois veio inibir a ação dos laboratórios de

medicamentos”Desembargador Afrânio Vilela

Afrânio Vilela destacou o objetivo da Lei:

“Cuidar da assistência terapêutica e da in-corporação de tecnologia em saúde com a finalidade de definir, no âmbito do Sistema de Saúde, o que vem a ser a assistência te-rapêutica integral e oferecer procedimentos terapêuticos em regime domiciliar, ambula-torial e hospitalar, que se referem a alínea d, dos inc. I e II, do art. 6º”.

Conduta

Afrânio destaca que o juiz deve fazer a

justiça distributiva, considerando tudo o que existe, legal ou não, para julgar cada caso e ressalta que quando o juiz é procurado pelo cidadão, é porque se trata de um caso de emergência.

Para o judiciário, a necessidade está inti-mamente ligada ao tempo. O tempo definido pela lei 12.401, de 270 dias (180 + 90 dias de prorrogação), é inadequado, pois pode ocasionar a morte ou prejuízo do cidadão.

No projeto da lei constava que se a co-missão oficiada para instauração de processo administrativo para incorporação, exclusão ou alteração dos novos medicamentos, não se manifestar no prazo dos 270 dias, o forneci-mento do medicamento se torna obrigatório.

“Na condição de juiz, eu só posso confiar que os membros da comissão de tecnologia de medicamentos tenham sensibilidade suficien-te de fazer o justo, o adequado, para a popu-lação, no prazo adequado. Se não, a lei cai no vazio e a justiça continuará agindo e dizendo

o direito. Em uma situação de necessidade, continuará se deferindo pelo fornecimento do medicamento e realização de alguma inter-venção”, destacou.

3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permaente: Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

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Fotos: Amauri de Souza

O juiz federal Gláucio Gonçalves disse que a atuação do judiciário no direito sanitário deve ser sempre subsidiária. Explica que as medidas cau-telares são antigas. As antecipações de tutelas, embora antigas, foram sistematizadas somente a partir de 1994.

Lembra que o novo Código Civil, aprovado no senado, sintetiza as medidas de urgência.

Medidas Cautelare Tutelar

Os requisitos de uma e de outra são bem di-ferentes, segundo o juiz Gláucio. Medida cautelar: aparência de direito e exigência de antecipar, pois não se pode esperar a sentença. Na medida caute-

lar, os requisitos são mais leves de ser configurada. É mais fácil se deferir a medida cautelar.

Na antecipação de tutela, deve-se ter uma aparência grande de direito.

Explica a diferença na prática: a medida cautelar não altera a situação fática das coisas, apenas garante o direito. A antecipação de tutela é que determina o fornecimento de medicamento, ou que se faça uma cirurgia, ou internação, ou seja, é satisfativa.

O juiz federal Gláucio discorre sobre a fu-gibilidade de ambas: se a parte requerer uma antecipação de tutela, o juiz pode entender que é medida cautelar. E vice-versa.

Chama atenção para que o juiz esteja atento ao pedido formulado e não ao nome da demanda. Por isso, é possível a fugibilidade da medida cau-telar para antecipação de tutela.

No direito sanitário, o que se discute, geral-mente, é urgente. Quase tudo é urgente. Fica a critério do advogado definir a urgência para se examinar a questão.

“O juiz examina e define se é urgente ou não. Por

exemplo, no caso de medi-camento para hipertensão, o caso não é urgente, pois esse medicamento é dispo-nibilizado pelo SUS e pela

farmácia popular”Gláucio Maciel

Medidas de Urgência

Ressalta que temos dois tipos de medidas de urgência no direito sanitário: fornecimento de medicamentos e cirurgias. O supremo já colocou requisitos para a determinação dos medicamen-tos: estar na lista da Anvisa e não estar na lista dos medicamentos disponibilizados pelo SUS. O usuário tem que ter tentado conseguir o medica-mento na UBS. Essa exigência não configura lesão ao direito de se ajuizar uma ação, mas sim uma tentativa de se economizar tempo e dinheiro.

Urgências e emergências: o procedimento vaga zero Uniformização do Sistema de Informação em Regulação“Quem decidir sobre a vaga zero, tem que conhecer a dinâmica que gera a escassez do leito. Apesar do planejamento, a realidade é bem diferente. Nós temos uma assistência virtual que é bem distinta da real”Promotora de Justiça Giovanna Araújo da Cruz Attanasio, do Ministério Público de Minas Gerais

Regulação nas Urgências

Giovanna define o conceito de regulação nas urgências como elemento ordenador e orientador do Sistema de Atenção Integral às Urgências, que estrutura a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no sistema e gerando uma porta de comunicação aberta ao público em geral, através da qual os pedidos de socorro são recebidos, avaliados e hierarquizados.

Disse que a regulação considera a aten-ção pré-hospitalar (Unidades Básicas de

Tutelas de urgência em causas de Direito Sanitário“Juiz não deveria se intrometer em políticas públicas de saúde”. Nós não temos condições técnicas de avaliar a pertinência de um medicamento, etc, mas se essas políticas não são bem feitas, não há alternativa se não chamar o judiciário”. Juiz Federal Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves, mestre e doutor pela UFMG, professor adjunto de Processo Civil no curso de graduação da UFMG

“Sempre deve-se analisar caso por caso. Por exemplo, a ação se trata de um tratamento experimental. O que fazer? Deve-se considerar a reserva legal do possível”, frisa o juiz federal.

Gláucio acrescenta que as vezes, o juiz dá a decisão favorável ao cidadão, mas ocorre so-mente a transferência do paciente, não garan-tindo o tratamento.

“As ações devem ter legitimidade passiva, pois alguns advogados usam de má fé. Entram com a ação, que é indeferida na justiça estadual e, logo depois, entram na federal. Não há legiti-mado o que é atribuição específica de cada ente federado. Há dúvidas se os 3 entes têm que ser responsabilizados ou cada um separadamente”.

O juiz federal Gláucio Maciel Gonçalves encerra sua fala dizendo que o maior proble-ma judicial, hoje, “talvez seja a impossibili-dade de se definir a legitimidade passiva. Às vezes, os juízes federais consultam se há uma ação no nome da ajuizante na sua comarca de domicílio”, finaliza.

Saúde, Programas de Saúde da Família, Pro-gramas de Agentes Comunitários de Saúde, Ambulatórios Especializados, Serviços Au-xiliares de Diagnóstico e Terapias, Unidades de Pronto Atendimento, Pronto Socorros e Pré Hospitalar Móvel - SAMU), a atenção hospitalar e a reabilitação.

Vaga zero

Significa que na inexistência do leito, o pa-ciente tem direito a ser encaminhado pelo profis-sional regulador do fluxo ao serviço adequado.

Explica que, no cotidiano, o juiz tem que decidir sobre a vaga zero e esbarra na falta de leitos.

“Não basta a contratação do leito, é preciso ter disponibilidade. Grande parte das vagas dos Hospitais filantrópicos são

A promotora ressaltou que o conceito formal de urgência e de emergência é ampliado. A urgência é diferente para o

paciente e para o médico.

utilizadas pelos usuários privados, o que re-duz os leitos para usuários do SUS”, afirma Giovanna Attanasio.

A promotora disse ainda que notícias jornalísticas ou intervenções do judiciário podem levar o paciente a uma transferência, que não lhe garante uma assistência inte-gral. Ele vai para um leito não específico para sua realidade.

“Uma ordem judicial é aten-dida, mas o paciente não

teve a assistência que neces-sitava, somente uma trans-

ferência de corredor”Promotota Giovana Attanasio

O município que não tem a rede bem regulada também é co-responsável. Afirmou

3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permaente: Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

que é fácil conhecer a saúde de um muni-cípio ao se observar a porta de um pronto atendimento: se está cheia, há alguma lacu-na na rede daquele município, inclusive em relação à Atenção Primária.

“Nós lidamos com vidas. Nós lidamos com o ser humano. Nós não podemos lidar com a ótica somente administrativa”, disse a promotora.

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Fotos: Amauri de Souza

Rede de urgência e emergência de Belo Horizonte“Na rede do SUS-BH, a maioria das demandas da urgência não corresponde a uma necessidade real. A atenção básica deve ser a porta de entrada, pois os cui-dados são centrados na pessoa, na família e na comunidade. A Atenção Primária é o pilar”. Paula Martins, gerente das Urgências e Emergências da PBH

A gerente das urgências e emergências de Belo Horizonte lembra que a organização em rede tem um conceito definido pela OMS: “Conjunto de atividades cujo propósito primário é promover, restaurar e manter a saúde de uma população”. Entretanto con-sidera o conceito de Mendes mais atual: “Respostas sociais organizadas para responder as necessidades, demandas e representações das populações em de-

terminada sociedade e em certo tempo”.Paula ressaltou os princípios da Rede de Ur-

gência: participação em todos os níveis de com-plexidade; hierarquização dos atendimentos; refe-rência e contra-referência pactuadas em todos os níveis, comunicação direta entre os responsáveis, uso de linguagem e termos conhecidos e comuns, comprometimento e responsabilização.

3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permaente: Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

Gestão dos prontos-socorros na perspectiva das urgências e emergências“A questão do pronto-socorro, se não mudar alguma coisa, é administrar o caos. Pronto-atendimento passou a atender a todos os tipos de eventos. Pronto-consulta é o atendimento realizado na realidade, onde 85% é consulta e não tem necessidade de estar no pronto socorro”. Reginaldo Teofanes, presidente da Associação dos Hospitais de Minas Gerais

Destacou que alguns prontos-socorros públicos estão fechando para oferecer outros tipos de serviços. A rede privada não tem assistência primária, por isso o hospital é a porta de entrada.

“A consulta em um pronto-socorro é ruim. É rápida, feita para resolver, se não mudar o modelo de assistência, não tem jeito. Deve-se priorizar a

Atenção Primária”Reginaldo Teofanes

Para o presidente da Associação dos Hos-pitais, existe pouca qualificação do médico que está na linha de frente. Segundo Regi-naldo, médicos mais novos é que ficam nos prontos-atendimentos. Os mais velhos e expe-rientes não atendem em pronto-socorro.

Hospital sem classificação de risco

Na clínica médica está a maior parte dos atendimentos; 75% dos pacientes saem

com receita (não fazem uso do medica-mento) e grande parte dos pacientes sai do pronto-socorro com atestado médico.

Reginaldo destaca que em um hospital com classificação de risco se perceberia que grande parte dos pacientes não preci-saria estar lá.

Para encerrar, Reginaldo questiona por que as pessoas vão ao pronto-socorro. De-vido a melhor acessibilidade e resolutivi-dade do pronto socorro (já fazem exames, inclusive mais complexos); além de ter um componente cultural.

Discussão sobre as principais alterações na Lei Orgânica da Saúde“A justificativa para liberar o medicamento está na urgência, mas estatísticas mostram que 90% dos casos não se trata de urgência real”Alessandra Vanessa Alves, coordenadora geral de assuntos jurídicos, do Ministério da Saúde

Justificando sua afirmativa, Alessandra cita o exemplo de um colega que queria entrar com uma ação para uma prótese de alta tecnologia para sua mãe, sendo que o SUS já fornecia uma prótese que atendia ao caso.

Lei 12.401

A coordenadora de Assuntos Jurídicos do Ministério da Saúde explica que, além da Lei 12.401, há o decreto 7.508/11, já assinado pela Presidente, que veio regulamentar a Lei 8.080, com o objetivo de aumentar a inte-gralidade das ações. “Para os pacientes, vai ser o que o médico prescrever. Para o gestor, vai ser o que ele define e o jurídico fica entre esses interesses”, afirma.

Falou que o art. 7º, da Lei 8.080, não consegue definir exatamente o que é inte-gralidade no conceito apresentado.

Ressaltou que a Lei 12.401, art. 19-M, fala de atendimento integral. Há uma preo-

cupação com o volume das ações judiciais, o que traz prejuízo para o sistema.

O decreto 7.508/11, de acordo com Alessandra Alves, vem somar a isso, pois traz alguns conceitos já existentes no SUS. Passa-se a ter também a RENASES (Rela-ção Nacional de Serviços de Saúde), além da RENAME (Relação Nacional de Medica-mentos de Saúde). Vai ser construído um mapeamento (no Brasil) dos atendimentos essenciais, o que vai facilitar o traba-lho dos juristas, pois não se tinha acesso a uma lista de procedimentos, mas só de medicamentos. Vai possibilitar o contrato organizativo para os municípios para o fi-nanciamento (de acordo com metas).

“A falta de uma definição de integralidade prejudica o sistema. Aumentou o núme-ro de ações judiciais, o que aumentou de maneira expo-nencial os gastos”. Alessandra

Art.19-O - Defesa dos protocolos clínicos

A importância é que para ser um protoco-lo clínico, o protocolo tem que prever todas as fases da doença, de forma integral. Em todo protocolo, não precisa, necessariamente, uma indicação específica de medicamento, pois de-pende da indicação de eficácia

Citou o protocolo de Manchester: classi-ficação do risco por meio de 5 cores. Relatou que em Belo Horizonte, o paciente de risco azul já não procura tanto as unidades. O paciente vermelho é pequena parte dos atendimentos. A grande parcela é referente aos pacientes de risco verde (têm condição aguda, mas que não representa risco para suas funções vitais).

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Rede de urgência e emergência de Belo Horizonte

3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permaente: Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

O desembargador disse que o judiciário adotou a clássica repartição de poderes harmô-nicos e com as competências fixadas pela cons-tituição. Ressaltou que é crescente o número de recursos para o atendimento na área da saúde. Isso vem demonstrar que há uma insuficiência nas políticas públicas, mesmo que sejam plane-jadas por pessoas experientes e especialistas.

Solidariedade entre os poderes e a reserva do possível

Exemplificou a solidariedade entre os en-tes federados com a decisão do Supremo de suspensão de tutela antecipada 175 no estado do Ceará. Acrescentou que o Superior Tribunal de Justiça, seguindo orientação do Supremo,

As políticas públicas em face das urgências e emergências na jurisprudência

também afirmou que existe solidariedade en-tre os entes federados.

Ao ver as estatísticas apresentadas, ob-servou que, em certas situações, se não fosse o atendimento eficaz, seria até mesmo inútil o atendimento. Os baixos números mostram a eficiência dos atendimentos.

O desembargador citou um evento na As-sociação Médica, em que foi recomendado aos médicos que sejam claros no seu relatório, no seu parecer, “pois os juízes não tem formação para saberem se realmente é uma causa a se deferir a tutela antecipada afirma.

Reserva do possível

“Há uma população carente que depende da assistência pública, mas há limitações nos orça-

“No caso da judicialização da saúde, o judiciário está entrando no mérito do executivo, mas o Art. 5 da Constituição afirma que nenhuma ameaça de direito pode sair da apreciação do poder judiciário”Desembargador Caetano Levi, do TJMG

mentos. Além disso, não cabe ao judiciário inter-ferir no planejamento administrativo”, alertou.

Lembrou que, em alguns casos, a pessoa entra na justiça para não entrar na fila. Há divergência entre a primeira e segunda turma. A primeira tur-ma acredita que o direito à saúde deve ser julgado em termos da reserva do possível (recursos finan-ceiros, etc). A segunda turma não.

Citou um recurso julgado em 2010 na 5ª Câ-mara Cível: o desembargador declarou que em matéria da preservação dos direitos à saúde, não há de se aplicar a matéria da reserva do possível. Já na 3ª Câmara Cível, há divergência em se apli-car o princípio da reserva do possível.

“Fica para os gestores o questionamento: se não é possível aplicar o princípio, como serão conseguidos os recursos? Deve permanecer o prin-cípio da razoabilidade”, disse o desembargador.

Urgência e emergência, descentralização, demandas reprimidas e déficit de leitos“Não há a mesma eficiência do estado no atendimento pós estabilização do pa-ciente. O pronto socorro tem a função de estabilizar o paciente, o qual deve ficar em média 24 horas e ser encaminhado para continuidade do tratamento”Paulo Vinícius de Magalhães Cabreira, promotor de Justiça de Defesa da Saúde da Comarca de Montes Claros

Paulo citou o exemplo da Santa Casa de Mon-tes Claros em que muitos pacientes estão há mais de cinco dias ocupando os leitos do pronto-socor-ro, inclusive macas do SAMU. “A rede está garan-tindo o atendimento de urgências e emergências, mas não está garantindo a resolutividade”.

O promotor fez um histórico da situação de Montes Claros dizendo que antigamente os municí-pios encaminhavam os pacientes para Montes Cla-ros. Eles iam em ambulâncias, percorrendo a cida-de e se não houvesse atendimento, eram orientados a chamar a imprensa. (“ambulançoterapia”).

A central de regulação foi a primeira medida implantada.

Em termos práticos, para a população, a Rede de Urgências e Emergências significou uma descen-tralização do SAMU. É um projeto pioneiro, tem que ser reconhecido o acerto. Em pouco tempo, já foi demonstrado uma redução do número de mortes, mas como todo projeto em fase de estudo, ele tem pontos sensíveis, que precisam ser melhorados.

Após a decisão por transferir o paciente ou pelo procedimento, a coordenadora da regulação tem que dar conta e, muitas vezes, o paciente sai de

um leito e vai para outro em piores condições.

“O promotor entende que a responsabilidade é do esta-

do e não do município”Paulo Vinícius Cabreira

Para Paulo Vinícius, o Estado deve adotar a liberação de leitos particulares (pacientes ficam mais de 24 horas em leitos de prontos-socorros), ou terá que se recorrer à judicialização, pois é uma situação emergencial.

Meios e instrumentos de acesso à saúde nas urgências e emer-gências – Atuação da Defensoria Pública - Competências“Os profissionais da área médica é que estão mais capacitados para julgar se uma situação é realmente de urgência” Defensor Público Bruno Barcala Reis

O defensor público deu início a sua fala rela-tando que foi assinado um termo de cooperação entre a Defensoria Pública e a Secretaria Esta-dual de Saúde - SES, com o objetivo de melho-rar o atendimento ao assistido, que tem pouco acesso a informações. O termo prevê a cessão de

dois servidores da Secretaria de Estado da Saú-de (SES) para analisar os casos (medicamentos que poderiam ser substituídos, etc).

Esse termo de cooperação tem sido mui-to útil nesses últimos 4 meses, “tem nos ajudado na resolução dos impasses da judi-

cialização”, afirma.Destacou a necessidade da observância do

princípio da solidariedade. A Constituição prevê e o Supremo assume esse princípio. Esse princí-pio, entretanto, é essencial. Em sua opinião, a Constituição resolve esse impasse.

Fotos: Amauri de Souza

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3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permaente: Competências e Responsabilidades nas Urgências e Emergências

Enunciados aprovados no 3º Curso de Direito à Saúde“Agradecemos ao presi-

dente da Granbel e prefei-to de Lagoa Santa, Rogé-rio Avelar, pelo apoio a organização do Evento e por trazer os municípios metropolitanos para as discussões”. Desembargadora

Vanessa Verdolim Hudson Andrade

A coodenadora do 3º Curso de Direito à Saúde, desembargadora Vanessa Verdolim Hudson Andrade, fez a leitura dos enunciados pro-postos resultante do Fórum, que após a discussão e votação, foram aprovados com a seguinte redação:

1) A ordem judicial para atendimento médico/farmacêutico de evidente urgência ou em caso de emergência não se submete obrigatoriamente à ob-servância das políticas públicas, podendo o julgador escolher a solução mais rápida e eficaz que melhor atenda ao caso concreto;

2) As políticas públicas obrigam ao ente públi-co integrante do SUS, e não ao usuário do ser-viço público de saúde, cujo direito fundamental à saúde pode buscar o atendimento de acordo com a sua necessidade, mormente em caso de urgência e emergência e de ausência do serviço ou produto necessitado;

3) Compete ao Estado de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado da Saúde - Gestor SUS Estadu-al, a responsabilidade pela regulação dos serviços de urgências e emergências médicas, da média e alta complexidades, devendo garantir o efetivo acesso dos usuários aos leitos hospitalares;

4) Compete ao Estado de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado da Saúde - Gestor SUS Estadual, nas situações de urgências e emer-gências médicas, média e alta complexidades, garantir a compra de leitos privados para os usuários com risco de morte, na forma da le-gislação estadual, sempre que constatada a insuficiência de seus leitos na rede pública ou privada contratada, como dispõe a Lei Estadual n. 15.474-2005; (GA)

5) Compete aos Municípios de Minas Gerais, atra-vés da Secretaria Municipal de Saúde - Gestor SUS Municipal, a regulação e a garantia de acesso as ações e serviços de saúde, urgências e emergên-cias médicas, no âmbito do pronto atendimento médico pré-hospitalar fixo (UPA, PAM, etc), com

estruturação adequada de equipamentos e recur-sos humanos, inseridos em uma lógica de rede que vise a garantia da integralidade em todos os níveis de assistência;

6) As unidades de atendimentos pré-hospitalar (UPA, PAM, etc), destinadas às situações de urgências e emergências médicas, de natureza ambulatorial, não possuem natureza de unidade hospitalar, sendo, portanto, inadequada a ma-nutenção de “internações” de pacientes em seus complexos, quando for caso de remoção para lei-to hospitalar adequado;

7) - O gestor estadual e os gestores municipais, nos limites de sua competência, são responsáveis pelo controle das efetiva presença dos recursos humanos no atendimento das urgências e emer-gências médicas;

8) - Para possibilitar ao gestor a análise da exis-tência de medicamento ou tratamento similar, as ordens judiciais devem ser instruídas com toda a documentação médica do paciente.

Reunião do Fórum Permanente de Direito à Saúde em Uberlândia

O primeiro pronunciamento foi feito pela coordenadora do Fórum Permanen-te do Curso de Direito à Saúde, desem-bargadora Vanessa Verdolim Hudson An-drade, que falou sobre “A Judicialização da saúde em relação aos municípios”.

Painel Expositores Técnicos: “A organização do SUS em nível federal, estadual e municipal”, Re-presentante da Secretaria de Estado da Saúde, Francisco Antônio Tavares; “Aspectos relevantes da judiciali-zação da Saúde em face dos Muni-cípios”, Prefeito de Monte Alegre de Minas, Último Bittencourt de Freitas; “As ações dos municípios diante da judicialização crescente”, Assessor ju-rídico do COSEMS, Tadahiro Tsubouchi.

Painel Expositores Jurídicos: “As ações do CNJ em razão da mul-tiplicação de demandas atinentes a Judicialização da Saúde”, Juiz de direito, Renato Dresch; “Urgências e emergências. Vaga Zero. Compra de leitos privado. Descumprimento de decisões judi-ciais”, Promotor de justiça de Defesa da Saúde da Comarca de Uberlândia, Lúcio Flávio; “As peculiaridades da Defensoria Pública em face da judicialização das demandas de saúde em face dos municípios”, Defensor público esta-dual, Bruno Barcala Reis; “A visão do Poder Judiciário quan-to as responsabilidades dos ges-tores”, Juiz de direito do Tribunal Regional Federal, Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves.

Diante do saldo positivo, o curso já está sendo levado para diversas regiões do Estado com o objetivo de ampliar os resultados alcançados

Obrigações do poder público e demandas sociais; a questão energética e a judicialização da saúde foram os temas discutidos no Fórum de Uberlândia no último dia 30 de junho de 2011

“Os benefícios gerados pelos três Cursos de Direito a Saúde, iniciativa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Granbel

e dos demais parceiros, já estão sendo refletidos na condução dos procedimentos referentes a judicialização da saúde em todo o Estado de Minas Gerais”. Presidente da Granbel, Rogério Avelar

Palestras de Uberlândia

A próxima reunião do Fórum Permanente de Direito à Saúde será no dia 22 de Agosto de 2011, em Ipatinga/MG

Ao final da reunião, a desembargadora Vanessa Verdolim Hudson Andrade fez a leitura dos Enunciados do 3º Curso de Direito à Saúde - Fórum Permanente, realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Amauri de Souza

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Saúde

Ministro da Saúde e prefeitos da RMBH assinam termo de Adesão

O ministro de Estado da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Belo Horizonte no dia 1º de julho, quando visitou o Hospital Risoleta Tolen-tino Neves (HRTN), para conhecer a estrutura; assinou Termo de Adesão dos municípios da Re-gião Metropolitana aos Programas do Ministério da Saúde e participou da inauguração de novos leitos do Projeto Santa Casa Mil Leitos na Santa Casa de Misericórdia da Capital.

Durante toda a visita, o ministro foi acom-panhado pelo secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães; do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; do secretário de Estado da Saúde, Antonio Jorge de Souza Marques; do secretário Municipal de Saú-de, Marcelo Teixeira; do presidente da Granbel, Rogério Avelar, prefeitos da Região Metropolita-na, deputados federais e outras autoridades.

No Hospital Risoleta Tolentino Neves, o minis-tro da Saúde destacou a importância do hospital para a Rede SUS. “O Risoleta é o segundo maior hospital de urgência e emergência da cidade. Ele tem o perfil de uma unidade que o Ministério da Saúde quer para integrar a sua rede de programas. Essa é uma unidade que oferece um atendimento humanizado e de qualidade”, afirmou Padilha.

O diretor do HRTN, Ricardo Castanheiras, le-vou as autoridades para conhecer a maternidade, o pronto socorro e o CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Na maternidade, Padilha conheceu o quarto PP (pré-parto e parto), onde a mulher pode ter o bebê em um ambiente com privacidade

e apoio de seus familiares. No quarto PP, a gestante pode escolher a po-

sição que preferir para dar a luz e tem acesso a métodos não-farmacológicos para aliviar a dor. “Vocês estão de parabéns. Esse modelo de quarto deve servir como modelo para outras maternida-des”, ressaltou o ministro.

O hospital realiza 240 atendimentos/dia e conta com 345 leitos, sendo 111 de pronto socor-ro, 96 da clínica médica, 72 da clínica cirúrgica, 26 da maternidade e cinco do berçário.

O próximo passo da visita foi a assinatura de Termo de Adesão dos 34 prefeitos dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Belo Hori-zonte aos Programas da Rede de Urgência e Emer-

gência e Rede Cegonha do Ministério da Saúde.

“O ministro Alexandre Pa-dilha e o secretário Antônio Jorge demonstraram total

interesse na implantação da Rede de Urgência e Emer-gência e Rede Cegonha na

RMBH”. Rogério Avelar

O secretário de Estado da Saúde, Antonio Jorge de Souza Marques, destacou os avanços na Rede SUS no estado. “Não há dúvida que hoje es-tamos melhor que ontem e amanhã será melhor que hoje. Temos que avançar, mas já evoluímos

Por solicitação do ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, no encontro com os prefeitos metropolitanos, a Granbel está trabalhando para

muito. Estamos no caminho. Conseguimos co-financiamento, além de ampliação da rede e isso me deixa muito otimista”, comemorou Marques.

“Construir essa aliança é um grande desafio. Vamos aprender juntos, construir juntos e supe-rarmos juntos esse desafio. A assinatura desse termo marca o compromisso com a integralidade entre a capital e os 33 municípios da Região Me-tropolitana”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira.

“O mais importante é os municípios agirem de forma cooperada, visando sempre oferecer uma rede de assistência de qualidade e eficaz para a população”, frisou Alexandre Padilha.

Fonte: Assessoria de Comunicação da PBH

Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde

incluir todos os municípios da RMBH no Consor-cio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS) . No encontro, o ministro solicitou à presidência da

Adão de Souza

O termo foi assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha; o secretário de Estado da Saúde, Antonio Jorge; o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; o prefeito de Lagoa Santa e presidente da Granbel, Rogério Avelar, e demais prefeitos da RMBH presentes

A reunião contou com a presença maciça dos prefeitos, secretários municipais de saúde e procuradores jurídicos dos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Granbel que providenciasse a inclusão de todos no prazo de 60 (sessenta dias).

Conforme ressaltou o ministro Padilha, entre as

vantagens, para a melhoria do atendimento à saúde da RMBH, da participação de todos os municípios no consórcio, é facilitar a implantação dos Projetos de Urgência e Emergência e da Rede Cegonha e viabili-zar o suporte financeiro do Estado e da União.

O secretário de Estado da Saúde, Antonio Jorge, está apoiando a iniciativa da Granbel para a para a estruturação do consórcio nos 34 muni-cípios e para a implantação da Rede de Urgência e Emergência na RMBH.

Processo adiantado

O presidente da Granbel, Rogércio Avelar, ex-plica que já está em plena tramitação os processos para inclusão dos municípios no CIAS e, para tanto, a Entidade já realizou duas reuniões com os prefei-tos, representantes da SES, secretários municipais de saúde e procuradores jurídicos para discussão e aprovação dos critérios de participação.

Valter Luis

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1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH

Geração de emprego, capacitação profissional e desenvolvimento do turismo foram os temas centrais do Fórum da Copa do Mundo

Fotos: Amauri de Souza

Na abertura do Fórum, o governador em exercício do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, saudou os “idealizadores do even-to, principalmente a Granbel e especificamente o presidente Rogério Avelar”, destacou.

Além do governador Alberto Pinto Coelho, do presidente da Granbel, Rogério Avelar, do

presidente da Assembléia Legislativa do Esta-do de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, do pre-sidente do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e SEBRAE Minas, Lázaro Luiz Gonza-ga, participaram da mesa de abertura do 1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH os secretários de Estado: da Copa do Mundo, Sérgio Barroso; de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira; da Casa Civil e Relações Institucionais, Maria Coeli Simões; do Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta; de Ciência e Tecnologia, Nárcio Ro-drigues; dos Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles; o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda; o diretor geral da Agência Metropolitana, Camillo Fraga; o presidente da Assembléia Metropolitana, Derci Ribeiro; o presidente da Comissão de Turismo da Assem-bléia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Tenente Lúcio e o representante da Câmara Municipal de Belo Horizonte, verea-dor Daniel Nepomuceno.

Para o secretário Sérgio Barroso, o “fu-tebol não é só paixão; muitas pessoas o vêm como um grande negócio. Os africanos não

Com mais de 400 participantes, entre prefeitos, secretários e assessores das prefeituras do Estado de Minas Gerais, dirigentes de empresas do setor de turismo, hotelaria e de serviços em geral, foi realizado o 1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH. O Fórum é uma iniciativa da Granbel, que contou com a parceria do Governo do Estado, Fecomércio

Minas, Senac Minas, Sesc Minas e SEBRAE

imaginavam que o mundo teria tanto interes-se pelo país após a Copa. O PIB cresceu”.

Reflexão

O presidente da Granbel, Rogério Avelar, ex-plicou que o Fórum é resultado de meses e meses de reuniões, “quando ao longo do trabalho con-seguimos envolver não só Belo Horizonte, mas to-dos os municípios da região metropolitana, além de pessoas fundamentais para a discussão das questões relacionadas à Copa”, disse.

Desafios

“A Copa do Mundo traz desafios próprios de um evento desta grandeza

como infra estrutura ae-roportuária, mobilidade urbana, rede hoteleira

compatível com as exigên-cias internacionais e quali-

ficação profissional”Avelar

“A classe empresarial se concentrará na área da ca-pacitação. Os empresários já estão se preparando há algum tempo, juntamente com entidades nacionais”

Lázaro Luiz Gonzaga, presidente do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e

SEBRAE Minas.

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Geração de emprego, capacitação profissional e desenvolvimento do turismo foram os temas centrais do Fórum da Copa do Mundo

Fotos: Amauri de Souza

RMBH vai ser a meca de investimentos“A copa também traz opor-tunidades como geração de emprego e renda, qualidade na prestação de serviços, va-lorização da cultura mineira

e afirmação definitiva do nosso Estado como roteiro

turístico internacional”Rogério Avelar

O secretário citou a experiência da África do Sul, quando observou que os Africanos começa-ram a implantação do BRT (Bus Rapid Transit) oito meses antes da Copa e tiveram dificuldades em terminar. Em Belo Horizonte, as obras já co-meçaram.

Relatou que vem aprendendo com os Ale-mães e Africanos que a união em torno de um

objetivo comum promove grandes resultados. Ci-tou os trabalhos de ampliação do Aeroporto In-ternacional Tancredo Neves, “tão necessários ao sucesso do evento em Minas Gerais”, ressalta.

“Como legado da Copa vamos ter a capacitação de 18 mil pessoas. Com a Copa, vamos trazer mais

investimentos, mais cultu-ra e mais dignidade para o

povo”. Sérgio Barroso

Experiência da África do Sul

O secretário Barroso relatou a sua experi-ência na África do Sul. “Fui conhecer o que a

África fez que não deveríamos fazer e o que não fez que deveríamos fazer”, frisou.

Citou o grande estádio Soccer City: eram 15 mil vagas de estacionamento, mas os torcedo-res não conseguiram entrar em um dos jogos. A partir disso, reduziram o número de vagas, para que as pessoas priorizassem o transporte público e o transporte em grupo.

“Para a preparação da Copa, vamos unir emo-

ção, paixão e trabalho. Vai haver a interiorização da Copa; de uma forma ou

de outra, todos vão estar envolvidos”

Secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Sérgio Barroso

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1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH

Alemanha e África do Sul - Bastidores da Copa

SENAC Minas“Após a Copa, o turismo na África aumentou 23%”. Hegler

Falando sobre a atuação do Senac Minas, o assessor de Projetos Especiais do SENAC Minas, Hegler Guimarães Machado, disse que foi “uma ex-periência fantástica levantar os bastidores da Copa do Mundo da África do Sul, conhecer a experiência e o trabalho, desde a chegada ao aeroporto até a saída”. A equipe passou pelo comércio formal, in-formal, hotéis, restaurantes, entre outros.

“O objetivo foi conhecer a essência: onde os africanos acertaram e erraram. O erro deles foi não avaliar a dimensão do que é a Copa. Por exemplo, na questão da gastronomia, uma equi-pe do Itamaraty foi a um restaurante e o vinho tinha acabado”, afirmou.

O Senac começou seu trabalho no dia seguin-te à informação de que o Brasil sediaria a Copa, fazendo um levantamento do potencial do país para receber os estrangeiros e os brasileiros que vão circular no país. A partir das discussões, a equipe foi conhecer a experiência da África.

Hegler disse que “temos que ver Minas Ge-rais como um grande centro de formação para que as pessoas possam trabalhar em um evento dessa magnitude e que o trabalho do estado seja repetido em outros estados”.

“Sendo o futebol o nosso primeiro esporte, nós não te-mos o direito de errar”. Hegler

Hegler lembra que, entre os jogos, período cinco dias, os torcedores procuram tudo, compram tudo e conhecem tudo que há para se conhecer, o que re-presenta um turismo adicional para o estado.

SECOPAPrograma de

Observadores da FIFA

A representante da SECOPA, Ludmila Kai, fez um relato de sua experiência no Programa de Observadores da FIFA, em que foram escolhi-dos 4 representantes de cada estado sede.

Os representantes de cada estado sede visita-ram o Media Center e o Centro de Voluntariado em Johanesburgo, e estádios na própria capital e em outras cidades sede como Durban e Pretória. Visita-ram também o Centro de Treinamento do Brasil.

Lembrou que tem que se observar a seguran-ça, a estrutura dos refeitórios e outros, principal-mente de acordo com algumas especificidades das seleções que vão jogar. Citou um exemplo de um jogo dos EUA e a preocupação com atentados.

Pontos positivos da África

Aeroportos: excelente infra estrutura; ges-tão eficiente de embarque, desembarque e imigração (várias portas de imigração e vias impecáveis); boa oferta de serviços de conveniência e produtos turís-ticos; interligação entre modais de transporte, como trem/metrô e ônibus (apesar de obras inacabadas, tudo ficou concentrado no centro em Joanesburgo).

Estradas e rodovias: excelente infra estrutura e manutenção; pistas duplas; velocida-de máxima: 120 Km/hora; constante presença de fiscalização e pedágios; disponibilidade de servi-ços ao longo das rodovias.

Trem/Metrô (Gautrain): exce-lente infraestrutura recém inaugurada; facili-dade na compra e preço acessível; equipe bem treinada e solícita; alta velocidade de locomo-ção: 160 Km/hora.

Celebration Concert: show que ocor-

reu no dia anterior à abertura oficial da Copa de 2010, com a divulgação das músicas tema do evento. Contou com a participação de diversos artistas locais e de reconhecimento internacional. Foi um evento amplamente divulgado, que ofuscou a abertura ofi-cial do evento. Ocorreu em um estádio que não iria receber os jogos da Copa de 2010, localizado em um dos principais pontos turísticos do país (Soweto).

“Eventos como esse repre-sentam outras oportunida-des não oficiais para divul-gação da Copa”. Ludmila Kai

Pontos negativos Transporte Público: estrutura

recém inaugurada de Bus Rapid Transport (BRT) implantada no centro de Joanesburgo até o estádio Soccer City; fluxo errático das linhas; falta de informações disponíveis; meio de transporte subutilizado no evento.

Falha na estratégia de Turis-mo: dificuldade na formatação de produtos turísticos, principalmente nas províncias fora da costa; pouca divulgação do evento como um todo, resultando em um número de tu-ristas inferior ao esperado; dificuldades de acesso a informações turísticas; falta de uni-formização no material de divulgação turísti-co; descuido no embelezamento das cidades; falta de sinalização das vias, principalmente entorno dos estádios.

Ludmila disse que “quando se saia do eixo central, a população não vivenciava a Copa e não havia pacotes de turismo fora da Copa. Entre os jo-gos, não estava bem estruturado” .

Baixa participação nos Fan Fests: clima desfavorável, pois eram espa-ços abertos, com temperaturas baixas; difi-culdade de acesso.

KPMGInformações históricas

“A KPMG tem um time dedicado à copa do mundo. Que a Copa exacerbe o sen-timento do orgulho de ser

brasileiro”André Coutinho, da KPMG

1930: Copa surgiu com a pergunta de por que não fazer um torneio aberto de futebol entre os países.

A primeira Copa foi a do Uru-guai.

Copa de 1938 (França): Em plena Guerra Mundial. Pouca valorização.

Copa de 1962 (Chile): Re-construção do país após um terremoto. Isso mostra que temos que nos unir. “Ain-da não está havendo discussões suficientes em relação à tecnologia, segurança e ou-tros”, citou André.

Copa de 1990 (Itália): Ques-tão cultural forte. Show com 3 tenores e di-vulgação da cultura italiana. André afirma que devemos fazer esse tipo de divulgação com a cultura brasileira e mineira. “Não se deve deixar de considerar a parte fria fi-nanceira para escolha, principalmente da abertura da Copa”, destacou.

Copa de 2006 (Alema-nha): Pré-copa muito intenso, com muito turismo antes. “Essa Copa não deve ser a base para 2014, mas deve-se buscar essa qualidade”, afirmou André.

Copa 2010 (África do Sul): patriotismo. Destacou que a renovação da infraestrutura tem que ser considerada o quanto antes.

André Coutinho ressalta que o Brasil deve aprender a melhorar os campeonatos nacionais, pois isso vai ajudar também a Copa. A Alemanha, cita como exemplo, possui o maior campeonato nacional no mundo.

“É importante o Brasil es-tar nas fases finais, para se manter a chama durante o

evento”. André

O assessor de Projetos Especiais do SENAC Minas, Hegler Machado; o secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Sérgio Barroso; Ludmilla Kai, da SECOPA e o representante da KPMG, André Coutinho

Amauri de Souza

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1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH

O Caminho para a Copa do Mundo FIFA 2014Secretaria de Estado

do Turismo

A secretária adjunta de Estado do Tu-rismo, Silvana Nascimento, ressaltou a preparação dos Roteiros turísticos de Minas Gerais, afirmando que grandes eventos re-presentam oportunidade para o turismo, geração de empregos, credenciamento para outros eventos e turismo de negócio.

“Estamos trabalhando fortemente a identidade de Minas e um conceito do que será vendido do estado e de Belo Horizonte. Os turistas

virão ao Brasil conhecer cultura, além do sol e mar. Minas Gerais possui, além

da beleza natural, um enor-me patrimônio cultural”

Silvana Nascimento

A secretária lembrou que o país vai rece-ber cerca de 500 mil estrangeiros, além dos expectadores ao redor do mundo e que é ne-cessário consolidar a imagem de Minas Gerais na cultura e gastronomia, como a Itália, que segundo ela, focou nesses aspectos.

“Vamos oferecer o que Minas sabe: festivais gas-

tronômicos, teatros, parques, etc”

Silvana

As estratégias apontadas pela secretária do Turismo foi estruturação de roteiros turís-ticos; capacitação; infraestrutura (sinaliza-ção indicativa e interpretativa bilíngue); cen-tro de atendimento aos turistas; elaboração de pacotes turísticos; transporte; mercado nacional; troca de tecnologia; roteiro turísti-co integrado e apoio a comercialização.

“O receptivo turístico tem que estar preparado com

pacotes bem definidos, com roteiros entre os estados

brasileiros, integrado para os turistas”

Silvana

Ressaltou a criação de um calendário único de eventos, com integração dos mu-nicípios para oferta de eventos culturais paralelos a Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014.

“Vejo a RMBH como fun-damental na preparação da Copa. O território de

Belo Horizonte é pequeno. A RMBH é importante na questão da mão-de-obra, centros de treinamento e

outros”Tiago Lacerda, coordenador da Copa do

Mundo na PBH

Sobre o planejamento da capital, o co-ordenador municipal, Tiago Lacerda, disse que Belo Horizonte está planejando o tu-rismo e está na frente da reforma e cons-trução dos estádios.

Apresentou o modelo do planejamento estratégico do turismo, com o fluxo de res-ponsabilidades e competências das diver-sas instituições envolvidas na preparação para a Copa.

Planejamento

O planejamento do turismo foi dividi-do em cinco fases: mapeamento e levanta-mento dos projetos públicos e privados em andamento; diagnóstico (workshop com técnicos); definição da carteira de projetos; detalhamento de até três projetos e cons-trução de um modelo de governança dos projetos.

O coordenador Lacerda apresentou a ca-deia produtiva do turismo, em que todos os integrantes têm um papel importante. “A ca-deia não pode falhar, para não gerar imagem negativa do estado”, frisou.

“Não temos como pensar o turismo sozinho: entidades e terceiro setor têm que

estar envolvidos”Tiago Lacerda

Macro-projetos do turismo

Capacitação: qualquer pessoa vai ser-

vir de fonte de informações para o turista;

Estruturação dos produtos e atrativos turísticos: criação de uma identidade integrada de BH/MG/Brasil e formatar roteiros e produtos para que andem juntos;

Promoção e Apoio a Comercia-lização: preparação da iniciativa privada;

Recepção e atendimento ao tu-rista: os turistas que mais vão à Copa do Mundo são os americanos e se deve pensar nesse público.

Entretenimento e eventos: é fundamental alterar o calendário de eventos para que estes ocorram paralelos à Copa.

O diretor geral da Agência Metropolitana, Camillo Fraga Reis, apresentou quatro proje-tos estruturadores:

1º) Rota das Grutas de Lund: O nome da Rota foi dado em homenagem à Peter W. Lund, cientista dinamarquês e o pai brasileiro da paleontologia.

“Não só os municípios da rota que vão ser beneficiados, mas também os municípios

nos arredores. Vai ser construído um centro receptivo na Lapinha”, frisou Camillo.

2º e 3º) Ações de infraestru-tura em transportes e infraes-trutura urbana: projetos rodoviários (contorno Norte e contorno Sul).

4º) Programa Metropolita-no de Resíduos Sólidos: parceria

público-privada. Novas tecnologias serão utilizadas no tratamento do resíduo para geração de energia.

“A primeira região metro-politana na América Latina a ter esse tratamento de

resíduos”Camillo Fraga

Projetos Estruturadores da Agência Metropolitana

Belo Horizonte na Copa do Mundo

O coordenador da Copa do Mundo na Prefeitura de Belo Horizonte, Tiago Lacerda; o diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Camillo Fraga Reis e a secretária adjunta da Secretaria de Estado do Turismo, Silvana Nascimento

Amauri de Souza

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1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH

Meu município entrando em campoAmauri de Souza

O secretário de Estado do Trabalho e Em-prego, Carlos Pimenta, manifestou preocupa-ção quanto ao trabalhador da Copa do Mundo. Disse que 18 mil voluntários vão trabalhar na Copa e as qualificações serão muito especia-lizadas, com treinamento de 360 horas, para diversas categorias.

“O governador solicitou uma pesquisa da Fundação

João Pinheiro para um diag-nóstico dos trabalhadores que estão disponibilizados em Minas Gerais: taxistas,

pessoal hoteleiro, gastrono-mia, etc”Carlos Pimenta

Voluntariado e capacitação

“Como educador, a minha paixão é a educação das pessoas; a Copa, mais do que nunca, tem que focar nas pessoas. Nossa equipe

tem convênios com diversos países”

Francisco Vidal da CEDEPLAR, UFMG

O professor Vidal abordou uma experiência, “um caso de sucesso” com a Alemanha, onde o voluntariado “é coisa séria, um programa de governo”, informou. Na Copa de 2006 foram

15 mil voluntários com funções diversas. Os voluntários foram os heróis da Copa, de acordo com o professor.

Citou as exigências para ser um voluntário na Alemanha, estatísticas sobre o programa de voluntariado com descrição do trabalho e suas áreas de atuação.

“Voluntário lá na Alema-nha, é quase uma obriga-

ção. Se não tiver no currícu-lo, pega mal”. Professor Vidal

Inglês para todos os envolvidos

“Temos que aprender inglês. Tem que haver um esforço de ensinar inglês para todos os envol-vidos”, frisou o professor.

Cursos realizados na UFMG pela equipe do Professor Vidal:

Formação em cidadania para seguranças e faxineiros; Inglês instrumental I e II (a partir de agosto) e Formação em voluntariado.

Como os municípiospodem participar

Destacando o espírito de parceria, “não apenas contrato e exigências”, o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Copa do Mundo, Eder Campos, citou os atores envolvi-dos: FIFA (COL); Governo Federal (Ministério dos Esportes); Estadual (SECOPA); Municipal (PBH/cidade sede e outros municípios).

“Recomendamos que os municípios consultem

a secretaria, para fazer na mesma linguagem, sem ferir a marca e para otimizar recursos”, frisou.

“Os critérios para o município ser centro de treinamento são ter hoteis e aeroporto adequa-dos”, finalizou.

Seleção dos municípios

De acordo com Eder Campos, de 185 candi-datos, a FIFA previamente excluiu 40 municípios. Dos 17 candidatos de Minas Gerais, 6 foram sele-cionados. A seleção é que decide onde vai ficar. O objetivo então, é atrair a seleção.

Sobre o uso da marca FIFA informou ser cri-me utilizar termos Copa, 2014, a taça, devido a um contrato com a FIFA.

“A RMBH vai ser muito envolvida, pois Belo Horizonte não sobrevive sem seu entorno”, des-tacou Eder Campos.

Lembra que o principal espírito para que a preparação dê certo é que as medidas e obras necessárias sejam úteis depois da Copa.

Secretaria de Estado do Trabalho

O turismo é um setor em crescimento

mundial

O consultor organizacional, Cristiano Lopes, deu ênfase ao crescimento mundial do turismo.

“Países e cidades estão en-trando na rota do turismo. As pessoas estão descobrin-do novos lugares e possibi-lidades. Em 10 anos, vamos aumentar em 50% o deslo-camento turístico mundial”Cristiano Lopes, Consultor Organizacional

Cristiano esclareceu a diferença das termino-logias atração turística x atrativo turístico.

Atração: locais que não têm infraestrutu-ra. Quando ela é administrada, geralmente não é por gente capacitada

Atrativo potencial: Não vale sem in-fraestrutura. Turistas internacionais não vão onde não tem infraestrutura. É um produto.

Segundo Cristiano o turismo tem que ser simples e sofisticado. Ressaltou que temos que atender bem ao cliente, cuidar dos produtos: ró-tulos, validade, etc.

Cristiano frisou que “o Turismo tem que ter produto, preço, praça e promoção e o cliente tem que receber custo x benefício, conveniência e co-municação exemplar”.

Para o Consultor Cristiano Lopes, fazer um turismo competente significa acreditar nos mu-nicípios, transformar as pessoas em pessoas pre-paradas.

Banco de oportunidades: programas e ações

SenacMóvel (escola sobre rodas);•Restaurantes-escola; •Centro gastronômico Tiradentes; •Portal DescubraMinas;•Portal no Senac Nacional de Opor-•tunidades e Desafios.

“Visitamos 15 setores na África para estudar. O Senac tem uma agenda

de palestras em diversos municípios. A educação é

solução”José Cirilo

SENAC Minas“O nosso negócio é a

educação. Os recursos vêm da contribuição dos

empresários” José Carlos Cirilo,

diretor regional do Senac

O diretor regional do Senac, José Cirilo, falou sobre a colocação e acompanhamento de egressos, sobre os cursos técnicos disponí-veis e principais ações realizadas para a Copa, como o mapeamento das ocupações e perfis profissionais que serão necessários.

O secretário adjunto da Secretaria de Estado da Copa do Mundo, Eder Campos; o professor Francisco Vidal, da CEDEPLAR-UFMG; o secretário de Estado do Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta e o diretor regional do Senac, José Carlos Cirilo

Como envolver a sociedade; voluntariado e capacitação; oportunidades; roteiros turísticos

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Brasil, País da Copa1º Fórum Oportunidades e Desafios da Copa do Mundo FIFA 2014 na RMBH

Fotos: Amauri de Souza

“O Brasil quer, com a Copa do Mundo, mobilizar e

promover o país no mundo, constituir arenas multiuso

de classe mundial” Secretário Nacional de Esporte Educacional,

Wadson Nathaniel Ribeiro

Representando o ministro do Esporte, Orlando Silva de Jesus Júnior, o Secretário Nacional do Esporte, Wadson Ribeiro, es-clareceu sobre o alcance para o Brasil da Copa do Mundo de 2014.

A Copa ocorre em 12 capitais, mas tem impacto além das 12 cidades.

Como principais benefícios econômi-cos com a Copa, o secretário Wadson cita a infraestrutura, o turismo, a geração de empregos, consumo e tributos.

Wadson informa que o primeiro ciclo de planejamento já está pronto; “nesta fase, todas as cidades tentaram colocar o que queriam, mas as ações foram ho-mogeneizadas e temos R$24,1 bilhões de investimentos programados, sendo que em aeroportos vamos ter R$5,6 bilhões de in-vestimentos”, informa.

“Belo Horizonte reúne to-das as condições para abrir

a Copa”Wadson

Legado da Copa

Em seu pronunciamento o Secretário lembrou que parte dos êxitos conseguidos na segurança atual no Rio veio com os jogos Pan-Americanos.

Dos 12 estádios que serão reformados, 10 já estão com as obras iniciadas.

Acredita que tem um terrorismo nas fa-las de que o Brasil não vai conseguir. Ressal-ta que na África, apesar dos esforços, tudo deu certo e a imprensa não reconheceu. Por outro lado, na Alemanha teve o problema com um estádio durante um jogo da Copa das Confederações.

Investimentos em Minas

Ações de mobilidade urbana: BRT - Bus Rapid Transit (diferentes fases), central de controle de tráfego (previsão de entrega dez de 2012);

Ampliação do aeroporto Inter-nacional Tancredo Neves.

Como objetivo dos investimentos do Ministério na Copa, Wadson cita a garantia futura do esporte e do lazer como direitos sociais para toda a população brasileira, “ao contrário da Inglaterra, vai fazer as Olimpíadas, mas aumentou a obesidade e manteve o tabagismo, ou seja, não im-

plicou em melhoria da qualidade de vida para a população”, lamenta.

Para atrair investimentos, Wadson recomenda para os municípios colocar o Esporte no centro, em evidência. Explica que os municípios ainda não têm estrutura político-administrativa de esporte e lazer e assim, não atraem investimentos.

Legado Social

O secretário informa que já conseguiu co-locar no PPA 2012-2015, do Ministério do Es-porte, uma ação para legado social, ou seja, promover programas esportivos voltados à inclusão social, juventude e educação como legado social dos grandes eventos. Todos os municípios brasileiros vão sentir os efeitos, mesmo que não seja sede dos eventos.

Entre as ações citadas para a Copa, está ainda a ampliação do atendimento à popula-ção adulta e aos idosos, com articulação en-tre a política do esporte e a política de saúde. Afirmou que poderemos apresentar para o mundo que esses eventos ajudaram a melho-rar a qualidade de vida da população.

Parceria com a Granbel

Falou sobre a política de estímulo ao treinamento para meninos e meninas, 50% meninos e 50% meninas, como um incentivo

ao futebol feminino, e sugeriu a celebração de convênio com a Granbel ou Agência Me-tropolitana, com objetivo de atender princi-palmente à população carente.

“Parabenizo a Granbel e coloco à disposição os Con-vênios e a implantação do Programa Segundo Tempo nos municípios, através da

Associação”Secretário Nacional de Esporte Educacional,

Wadson Ribeiro

O secretário adjunto da Secretaria de Governo, Leonardo Couto; o diretor geral da Agência Metropolitana, Camillo Fraga; o presidente da Granbel, Rogério Avelar e o secretário Nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro

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Publicação da GRANBELAssociação dos Municípios da Região

Metropolitana de Belo Horizonte

31ª DIRETORIA EXECUTIVA:Presidente

Rogério Avelar (PPS)- Prefeito de Lagoa Santa Vice-Presidente

Marília Campos (PT)- Prefeita de ContagemDiretor Tesoureiro

Luiz Flávio Leroy (PPS)- Prefeito de EsmeraldasDiretor Secretário

Marcílio Bezerra da Cruz (PSDB) - Prefeito de Taquaraçu de Minas

Diretor AdministrativoAntônio Carlos Resende (PMDB)- Prefeito de

São Joaquim de BicasRedação e Edição

Jornalista Alba Lucinda de SouzaColaboradoras

Ilma Marques Tomaz Mota/Luciana Souza D’ávilaDiagramação: Valter Luis da Costa

Tiragem: 20.000Home Page: www.granbel.com.brE-mail: [email protected]ído para todos os 853 municípios mineiros

Lia Priscila

ALMG

Lançamento da Frente Parlamentar da RMBHAgenda comum norteia formação da Frente Parlamentar da RMBH

Criar um espaço de articulação entre os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), unificando a agenda e priorizando temas como saúde, segurança, mo-bilidade urbana, meio ambiente, entre outros. Este é o principal objetivo da criação da Frente Parlamentar da Região Metropolitana de Belo Horizonte, lançada em junho de 2011, no Sa-lão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a presença de deputados, prefeito, vereadores e secretários de Estado e Município.

Frente defende União

Ao discursar no encerramento da solenida-de, a autora do requerimento que deu origem à Frente, deputada estadual Luzia Ferreira (PPS), observou que alguns pontos da agen-da, como as obras viárias e questões ligadas a saúde e segurança, envolvem grandes inves-timentos e a necessidade de recursos federais.

Por isso, defendeu a união de todos, governos municipais, estaduais e parlamentares. Segun-do ela, a atuação da bancada federal mineira tem papel fundamental nesse processo.

Luzia lembrou que este era um projeto acalentado por ela nos últimos dois anos, des-de a época em que atuou como presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. E ma-nifestou o desejo de que não fique apenas no papel, mas se concretize na prática. Para isso, disse, a Frente terá reuniões programadas, fi-xas e estará sempre aberta aos deputados que queiram participar e articulada com as enti-dades que congregam os municípios da RMBH, como a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel). Ela destacou também a parceria com as pre-feituras e com a Secretaria Extraordinária de Estado da Gestão Metropolitana.

Mensagem

Impossibilitado de comparecer ao evento, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, enviou mensagem por escrito e foi represen-tado pelo secretário municipal de Relações Institucionais, Marcelo Abi Saber, assumindo o compromisso de apoiar a iniciativa.

“A Região Metropolitana de Belo Horizon-te abriga uma população de quase 4,9 milhões de pessoas. Sua vitalidade econômica e a es-treita relação entre os municípios fronteiriços, que vivenciam desafios muito semelhantes, colaboram para a criação dessa Frente, da qual, tenha a certeza, toda a contribuição será

bem-vinda”, diz a mensagem.O prefeito de Nova União, Moacir Barbo-

sa de Figueiredo, representou na solenidade o presidente da Granbel, Rogério Avelar. Em seu discurso, Moacir Barbosa afirmou que a for-mação da Frente “é de grande interesse para toda a região”, assinalando que a sua criação permitirá “vencer as fronteiras e a vaidade de cada um”, gerando “a consciência metropo-litana focada não em interesses localizados, mas em interesses coletivos”. Segundo ele, a violência urbana é um dos principais proble-mas a serem enfrentados conjuntamente.

Para o secretário estadual extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre da Silvei-ra, a criação da Frente é “um importante de-safio que vai permitir uma interlocução maior com a sociedade civil, o terceiro setor e o Po-der Legislativo estadual e municipal”.

Ele destacou “a lucidez do governador An-tonio Anastasia” ao criar a Secretaria de Ges-tão Metropolitana, ressaltando as quatro metas mais importantes: a promoção do ordenamento urbano; a busca de solução para os resíduos sólidos, meta relacionada ao meio ambiente; a questão da mobilidade urbana, com melho-rias nas condições de transporte de massa; e a aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, que vai nortear o conjunto de inves-timentos e planejamento para a região.

Após o pronunciamento do secretário es-tadual e antes do seu discurso de encerramen-to, a deputada Luzia Ferreira convidou todos os parlamentares presentes a assinarem a ata de lançamento da Frente.

Presenças

Deputada estadual Luzia Ferreira (PPS) e deputados João Leite (PSDB), Vanderlei Miran-da (PMDB), Carlin Moura (PcdoB), Anselmo José Domingos (PTC), Paulo Lamac (PT), Ivair Nogueira (PMDB), Sebastião Costa (PPS), Alencar da Silveira Jr. (PDT), Doutor Viana (DEM) e Gustavo Valadares (DEM). Também participou a vereadora de Belo Horizonte Silvia Helena, representando o presidente da Câmara, Léo Burguês.

Composição

As deputadas estaduais: Luzia Ferreira (PPS), Liza Prado (PSB), Maria Tereza Lara (PT) e Rosângela Reis (PV);

Os deputados estaduais Alencar da Silveira Jr (PDT), Anselmo José Domingos (PTC), Antônio Lerin (PSB), Bruno Siqueira (PMDB), Carlos Henrique (PRB), Celinho do Sinttrocel (PCdoB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Dilzon Melo (PTB), Doutor Viana (DEM), Duilio de Castro (PMN), Elismar Prado (PT), Fabiano Tolentino (PRTB), Fred Costa (PHS), Gustavo Corrêa (DEM), Gustavo Valadares (DEM), Ivair Nogueira (PMDB), João Leite (PSDB), João Vítor Xavier (PRP), Juninho Araujo (PTB), Marques Abreu (PTB), Paulo Lamac (PT), Rômulo Viegas (PSDB), Sávio Souza Cruz (PMDB) e Vanderlei Miranda (PMDB).

Fonte: Assessoria de Comunicação da ALMG

Vereadora Sílvia Helena (PPS), de Belo Horizonte; deputado Alexandre Silveira, secretário de Estado de Gestão Metropolitana; deputada estadual Luzia Ferreira (PPS); Marcelo Abi Saber, secretário de Relações Institucionais de Belo Horizonte e Moacir Barbosa de Figueiredo, prefeito de Nova União (PP).