UNIVERSIDADE ESTCIO DE SCAMPUS SULACAPPSICOLOGIAANIELE BERNARDO DA CRUZ ROSARAQUEL pessanha de oliveira GARCIAPSICOLOGIA EDUCACIONALRIO DE JANEIRO

2013

ANIELE BERNARDO DA CRUZ ROSARAQUEL PESSANHA DE OLIVEIRA GARCIAPSICOLOGIA EDUCACIONALTrabalho referente matria Introduo a Psicologia a ser entregue na data de AV1 do curso de Psicologia da Universidade Estcio de S, Campus Sulacap.Professora Elisabete ShineidrRIO DE JANEIRO2013

A principal meta da educao criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, no simplesmente repetir o que outras geraes j fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educao formar mentes que estejam em condies de criticar, verificar e no aceitar tudo que a elas se prope.PIAGET, Jean

RESUMO

O presente trabalho tem a proposta de reunir e organizar informaes a respeito de Psicologia Educacional, assim como as prticas referentes a esta e teorias relacionadas ao assunto. Tem como foco principal o estudo do tema e a apresentao devidamente entregue no prazo da primeira avaliao de Introduo Psicologia do curso de Psicologia da Universidade Estcio de S.

Palavras-chave: Psicologia Escolar. Educao. Ambiente escolar. Aprendizagem.

SUMRIO

61INTRODUO

72A PSICOLOGIA

73A EDUCAO

94A PSICOLOGIA EDUCACIONAL

94.1REAS DE ATUAO

104.2PSICOLOGIA ESCOLAR

115O PSICOPEDAGOGO

126TEORIAS

126.1O COGNITIVISMO

136.2O CONSTRUTIVISMO

156.3O BEHAVIORISMO

177MTODO ROLE PLAYING

188CONSIDERAES FINAIS

19ANEXO ENTREVISTA

219REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

1 INTRODUOA psicologia a cincia que estuda os processos mentais e o comportamento humano. A educao a construo do conhecimento, que engloba ensinar e aprender.

Psicologia educacional a rea da psicologia que aborda todas as problemticas referentes educao e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianas e adultos (portanto est relacionada com a psicologia do desenvolvimento). Cabe ao psiclogo educacional analisar a eficcia das estratgias educacionais, desenvolver projetos educativos, bem como desenvolver as capacidades das crianas com dificuldades de aprendizagem, em instituies educativas (escolas, creches, jardins de infncia, internatos, instituies de reeducao, atividades de tempos livres, etc.). Estuda tambm o funcionamento da prpria instituio enquanto organizao (portanto est relacionada com a psicologia social e das organizaes).

O psiclogo da educao pode intervir, tal como o psiclogo clnico, em dificuldades de natureza mental e emocional. Desde as perturbaes de sono e alimentares at maus-tratos e abusos sexuais, numa perspectiva educacional.2 A PSICOLOGIAComo toda a cincia, o fim da psicologia a descrio, a explicao, a previso e o controle do desenvolvimento do seu objeto de estudo. Como os processos mentais no podem ser observados, mas apenas inferidos, torna-se o comportamento o alvo principal dessa descrio, explicao e previso.

Descrever o comportamento de um indivduo significa, em primeiro lugar, o desenvolvimento de mtodos de observao e anlise que sejam objetivos. Em seguida a utilizao desses mtodos para o levantamento de dados confiveis. A observao e a anlise do comportamento podem ocorrer em diferentes nveis - desde complexos padres de comportamento, como a personalidade, at a simples reao de uma pessoa a um sinal sonoro ou visual. A partir daquilo que foi observado o psiclogo procura explicar, esclarecer o comportamento. A psicologia parte do princpio de que o comportamento se origina de uma srie de fatores distintos: variveis orgnicas (disposio gentica, metabolismo, etc.), predisposies (temperamento, inteligncia, motivao, etc.) e situacionais (influncias do meio ambiente, da cultura, dos grupos de que a pessoa faz parte, etc.). As previses em psicologia procuram expressar, com base nas explicaes disponveis, a probabilidade com que um determinado tipo de comportamento ocorrer ou no. Com base na capacidade dessas explicaes de prever o comportamento futuro se determina tambm a sua validade. Controlar o comportamento significa aqui a capacidade de influenci-lo, com base no conhecimento adquirido. Essa parte de teor mais prtico da psicologia, que se expressa, entre outras reas, na psicoterapia.3 A EDUCAO

Engloba os processos de ensinar e aprender. um fenmeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsvel pela sua manuteno e perpetuao a partir da transposio, s geraes que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessrios convivncia e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.

Educar, do latimeducere, quase criar, como tirar do nada , pelo menos, despertar do sono e da letargia as faculdades adormecidas, dar a vida, o movimento e a ao a uma existncia ainda imperfeita (Mons. Dupanloup).A definio de educao foi bem trabalhada nas sbias palavras de Dupanloup, no sc. XIX:

A educao a arte de cultivar, exercitar, desenvolver, fortificar e polir todas as faculdades fsicas, intelectuais, morais e religiosas, que constituem na criana a natureza e a dignidade humana; dar a estas faculdades uma perfeita integridade; elev-las plenitude da sua fora e da sua ao. E, deste modo, formar o homem, prepar-lo a bem servir a ptria nos diversos cargos sociais, que um dia seja chamado a desempenhar atravs da jornada da vida; e assim, num alto pensamento, conquistar a vida eterna, enobrecendo a vida presente. Eis a obra e o fim da educao. (DUPANLOUP)

O processo educativo materializado numa srie de habilidades e valores, que ocasionam mudanas intelectuais, emocionais e sociais no indivduo. De acordo com o grau de sensibilizao alcanado, esses valores podem durar toda a vida ou apenas durante um determinado perodo de tempo.

No caso das crianas, a educao visa fomentar o processo de estruturao do pensamento e das formas de expresso. Contribui para o processo de maturidade sensrio-motor e estimula a integrao e o convvio em grupo. A educao formal ou escolar, por sua vez, consiste na apresentao sistemtica de ideias, factos e tcnicas aos alunos. Uma pessoa exerce uma influncia ordenada e voluntria sobre outra com a inteno de a formar. Assim, o sistema escolar a forma pela qual uma sociedade transmite e preserva a sua existncia coletiva entre as novas geraes.

Por outro lado, convm salientar que a sociedade moderna atribui grande importncia ao conceito de educao permanente ou contnua, que defende que o processo educativo no se limita meramente infncia e juventude, j que o ser humano deve adquirir conhecimentos ao longo de toda a sua a vida. No campo da educao, outro aspecto fundamental a avaliao. A avaliao ajuda a melhorar a educao e, de certa forma, nunca tem fim, pois cada atividade realizada por um indivduo submetida a uma anlise para determinar se alcanou ou no os objetivos pretendidos.4 A PSICOLOGIA EDUCACIONAL

Depois das referncias Psicologia e Educao podemos compreender melhor o objeto de estudo de ambas. Assim possvel afirmar que o seu objeto a anlise, promoo e avaliao do comportamento do educador e do educando em situao educativa atravs de mtodos cientficos, com objetivos a curto ou longo prazo, especficos ou gerais.

Psicologia educacional ou psicologia da educao o ramo da psicologia que estuda o processo de ensino/aprendizagem em diversas vertentes: os mecanismos de aprendizagem nas crianas e adultos; a eficincia e eficcia das tcticas e estratgias educacionais; bem como o estudo do funcionamento da prpria instituio escolar enquanto.

Os psiclogos educacionais desenvolvem o seu trabalho em conjunto com os educadores de forma a tornar o processo de aprendizagem mais efetivo e significativo para o educando, principalmente no que diz respeito motivao e s dificuldades de aprendizagem. Focam a sua ao no apenas nas necessidades da criana na escola como, tambm, em outras reas onde as experincias escolares tm impacto. Alguns psiclogos escolares centram o seu trabalho no desenvolvimento das capacidades e necessidades das crianas com dificuldades de aprendizagem, como no caso da Desordem por dfice de ateno com hiperatividade, problemas emocionais ou problemas comportamentais.Apesar de serem muitas vezes utilizados como sinnimos, os termos psicologia educacional e psicologia escolar no so sinnimos. Enquanto psicologia educacional se refere pesquisa terica, sendo assim mais abrangente, a psicologia escolar assim como a psicopedagogia so subdisciplinas aplicadas.4.1 REAS DE ATUAOPode atuar em diversas reas, de forma preventiva e teraputica, para compreender os processos de desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a vrias estratgias objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir. Numa linha preventiva pode desempenhar uma prtica docente, envolvendo a preparao de profissionais da educao, ou atuar dentro da prpria escola. Na sua funo preventiva, cabe a este detectar possveis perturbaes no processo de aprendizagem; participar da dinmica das relaes da comunidade educativa a fim de favorecer o processo de integrao e troca; promover orientaes metodolgicas de acordo com as caractersticas dos indivduos e grupos; realizar processo de orientao educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo. Numa linha teraputica trata das dificuldades de aprendizagem. Desenvolvendo tcnicas que possam remediar a situao, orientando pais e professores, estabelecendo contato com outros profissionais das reas psicolgica, psicomotora. fonoaudiolgica e educacional, pois tais dificuldades so multifatoriais em sua origem e, muitas vezes, no seu tratamento. Esse profissional deve ser um mediador em todo esse processo, indo alm da simples juno dos conhecimentos da psicologia e da educao. Pode atuar tanto na Sade como na Educao, j que o seu saber visa compreender as variadas dimenses da aprendizagem humana. Da mesma forma, pode trabalhar com crianas hospitalizadas e seu processo de aprendizagem em parceria com a equipe multidisciplinar da instituio hospitalar, tais como assistentes sociais, enfermeiros e mdicos.

No campo empresarial pode contribuir com as relaes, ou seja, com a melhoria da qualidade das relaes interpessoais e intrapessoais dos indivduos que trabalham na determinada empresa.1.1 PSICOLOGIA ESCOLARPsicologia Escolar e Educacional tem se constitudo historicamente como importante campo de atuao da Psicologia. Psiclogos escolares e educacionais so profissionais que atuam em instituies escolares e educativas, bem como se dedicam ao ensino e pesquisa na interfacePsicologia e Educao.As concepes terico-metodolgicas que norteiam a prtica profissional no campo da psicologia escolar so diversas, conforme as perspectivas da Psicologia enquanto rea de conhecimento, visando compreender as dimenses subjetivas do ser humano.Algumas das temticas de estudo, pesquisa e atuao profissional no campo da psicologia escolar so: processos de ensino e aprendizagem, desenvolvimento humano, escolarizao em todos os seus nveis, incluso de pessoas com deficincias, polticas pblicas em educao, gesto psicoeducacional em instituies, avaliao psicolgica, histria da psicologia escolar, formao continuada de professores, dentre outros.

5 O PSICOPEDAGOGOA psicopedagogia uma cincia que apoia a integrao, de modo coeso, dos conhecimentos e princpios de diversas cincias humanas com a meta de adquirir uma extensa compreenso sobre variados mtodos inerente ao aprendizado. Sua importncia no campo da psicologia educacional vem quebrando tabus e preconceitos e cada vez mais os espaos esto se abrindo para esse profissional.

Seu papel atuar de forma preventiva e teraputica, compreendendo os processos que ocorrem dentro do que ele est inserido. Seja atuando com a dislexia, disgrafia, problemas comportamentais, ou sndromes Esse profissional exerce sua pedagogia de forma acolhedora, com o olhar do saber.Sua formao consiste em especializao/MBA ou mestrado, a pessoa deve ser graduada nos cursos de Pedagogia ou Psicologia.

Os Pedagogos (as) quando buscam essa especializao esto em busca de respostas para os vrios problemas psicolgicos existentes hoje no ambiente escolar. E o (a) Psiclogo (a) busca essa parte pedaggica que est inserida nessa psicopedagogia. Ou seja, uma troca de olhares.

Na psicopedagogia encontra-se resposta, significados para os mais diversos assuntos educacionais. Ela indaga o sentido das coisas, nos faz querer saber ao fundo dos problemas que ela est inserida.O trabalho do psicopedagogo se d numa situao de relao entre pessoas. No uma relao qualquer, mas um encontro entre educador e educando, em que o psicopedagogo precisa assumir sua funo de educador, numa postura que se traduz em interesse pessoal e humano, que permite o desabrochar das energias criadoras, trazendo de dentro do educando capacidades e possibilidades muitas vezes desconhecidas dele mesmo e incentivando-o a procurar seu prprio caminho e a caminhar com seus prprios ps.

Weiss (1992), afirma que o papel da Psicopedagogia na escola no deve ser encarado como recurso para evitar o fracasso escolar, nem mesmo para melhorar o rendimento dos alunos, pois estes fatos implicam outros aspectos como alunos, professores, tcnicos e equipe de apoio refletirem e buscarem um denominador comum em relao aprendizagem. O trabalho do psicopedagogo possibilita a reflexo, a adoo de medidas e mudanas de atitudes sobre diferentes caminhos existentes na produo do conhecimento em diferentes formas e nveis.6 TEORIASOs psiclogos educacionais desenvolvem e aplicam diversas teorias de ensino e aprendizagem que pretendem explicar como se processa a aprendizagem. Estas teorias baseiam-se em princpios diversos: cientficos, mas tambm ticos e filosficos. Entre as teorias mais referidas e aceites encontramos: o Cognitivismo, o Construtivismo e o Behaviorismo.

1.2 O COGNITIVISMOA cincia cognitiva ou a cincia da cognio ou as cincias cognitivas designam normalmente o estudo cientfico da mente ou da inteligncia (e.g. LUGER 1994). O cognitivismo enfatiza exatamente aquilo que ignorado pela viso behaviorista: a cognio, o ato de conhecer, ou seja, como o ser humano conhece o mundo. Os cognitivistas tambm investigam os processos mentais do ser humano de forma cientfica, tais como a percepo, o processamento de informao e a compreenso. A psicologia cognitivista preocupa-se com o processo da compreenso, transformao, armazenamento e uso da informao envolvida na cognio, e tem como objetivo identificar padres estruturados dessa transformao. Cognio o processo atravs do qual o mundo de significaes, isto , atribui significados realidade em que se encontra. Esses significados so pontos de partida para atribuio de outros, originando, ento, a estrutura cognitiva. (Moreira e Masini, 1982, p.03).

Em 1967, ULRIC NEISSER publicou o texto clssico "Psicologia Cognitiva". Sua definio que a "Psicologia Cognitiva se refere a todo processo pelo qual o input sensrio transformado, reduzido, elaborado, armazenado, recuperado e usado".

A cognio comea como input sensrio, que em seguida alterado ou transformado. Nosso aparato sensrio est sintonizado com certos tipos de energia presentes no mundo. Este sensrio converte a energia fsica em energia neural, ou como os psiclogos cognitivistas dizem, a estimulao fsica encadeada em eventos neuronais.

A noo de cdigo uma importante ideia na Psicologia Cognitiva; um cdigo um sistema de sinais usado para representar letras ou nmeros na transmisso de mensagens. Nosso sistema nervoso parece fazer o seguinte: a estimulao fsica representada pela atividade do sistema nervoso de uma forma que preserva algumas das caractersticas do estimulo original. A transformao do estmulo fsico produz mais que um cdigo neural, pois que a transformao tambm resulta na criao de um cdigo cognitivo.

Os cdigos cognitivos so criados pela atividade de nosso sistema nervoso, isto , a transformao da energia fsica que potencialmente capaz de inscrever-se em nossa conscincia tornando-se um acontecimento mental.

A distino entre esses dois tipos de conscincia necessria porque nossa conscincia dos prprios cdigos cognitivos no completa; alguns cdigos cognitivos entram em nossa conscincia, outros no. Uma vez criado, o cdigo cognitivo pode ser reduzido ou elaborado. A reduo de um cdigo cognitivo se refere ao fato que nem o cdigo neural nem o cdigo cognitivo preservam e retm todas as caractersticas do estmulo psicolgico inicial. A elaborao de um cdigo cognitivo se refere ao relacionamento de um evento mental especfico a um outro.1.3 O CONSTRUTIVISMOAs principais indagaes de Piaget e que influenciaram a construo de sua teoria da gnese do conhecimento foram:

"Como o indivduo conhece o mundo?";

"Quais os processos de pensamento presentes no homem desde sua infncia at a idade adulta?"Ou seja, sua principal preocupao foi compreender os mecanismos utilizados por um indivduo para a aquisio do conhecimento e saber quais deles so usados nas vrias etapas da vida humana, pois s o conhecimento faz com que a pessoa se adapte ao mundo. E esta adaptao est diretamente ligada ao desenvolvimento da prpria pessoa.Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo ocorre a partir da ao do sujeito sobre o meio ambiente. A partir dessa interao a pessoa constri ou transforma estruturas mentais (esquemas) adquirindo maneiras de faz-las funcionar. O eixo central, portanto, a interao organismo-meio e essa interao acontece atravs de dois processos simultneos: a organizao interna e a adaptao ao meio, funes exercidas pelo organismo ao longo da vida.Segundo Piaget, esquemas so estruturas intelectuais que organizam os eventos como eles so percebidos pelo organismo e classificados em grupos de acordo com caractersticas comuns. No momento do nascimento, por exemplo, os esquemas so de natureza reflexa, pois s existem atividades de sugar e pegar. medida que a criana se desenvolve, os esquemas se tornam mais diferenciados, menos sensrios e mais numerosos, ou seja, j existe uma rede de esquemas mais complexa. No adulto os esquemas emergem dos esquemas da criana atravs da adaptao e organizao. O adulto tem um vasto arranjo de esquemas comparativamente complexos que permitem um grande nmero de diferenciaes.Assimilao o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra um novo dado perceptual, motor ou conceitual aos esquemas ou padres de comportamento j existentes. Apesar de este processo possibilitar a ampliao dos esquemas ele no capaz de explicar suas transformaes. Portanto assimilao o processo cognitivo capaz somente de colocar novos eventos em esquemas j existentes.S a partir da Acomodao pode-se criar novos esquemas ou modificar velhos. Ambas as aes resultam em uma mudana nas estruturas cognitivas ou no seu desenvolvimento. Por exemplo, quando uma criana tenta assimilar novamente um estmulo que j passou pelo processo de acomodao, a assimilao ser imediata.Assimilao seguida de Acomodao so necessrias para o crescimento e o desenvolvimento cognitivo, ou seja, juntas explicam a adaptao intelectual e o desenvolvimento das estruturas cognitivas. O balano entre as duas conhecido como o processo de equilibrao.A construo do conhecimento ocorre quando acontecem aes fsicas ou mentais sobre os objetos no meio que provocam um desequilbrio nas estruturas cognitivas j existentes. A fim de restabelecer o equilbrio, o sujeito impulsionado a conhecer o novo objeto resultando nos processos de assimilao e acomodao dessas aes que promovem um novo equilbrio a partir da transformao dos esquemas existentes ou estruturas cognitivas, originando o processo de equilibrao. Essa adaptao definida por Piaget, como o prprio desenvolvimento da inteligncia.Portanto, segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo um processo contnuo de sucessivas mudanas qualitativas das estruturas cognitivas (esquemas), derivando cada estrutura e sua respectiva mudana inevitavelmente da estrutura precedente. Novos esquemas no substituem os anteriores, ou seja, eles os incorporam, resultando numa mudana qualitativa.Piaget tambm deduziu a partir das observaes com crianas que o desenvolvimento mental influenciado por quatro fatores inter-relacionados: maturao, experincia, interao social e equilibrao.A maturao depende fundamentalmente do amadurecimento fsico especialmente do sistema nervoso central. J a experincia est associada manipulao, movimento e pensamento sobre objetos concretos e processos de pensamento que os envolvem. Por outro lado a interao social est representado pelo jogo, conversa e trabalho com outras pessoas, especialmente outras crianas e a equilibrao o processo de reunir maturao, experincia e socializao de modo a construir e reconstruir estruturas mentais.1.4 O BEHAVIORISMOBehaviorismo, tambm designado de comportamentalismo ou s vezes comportamentismo, o conjunto das teorias psicolgicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. O comportamento geralmente definido por meio das unidades analticas (respostas e estmulos) investigadas pelos mtodos utilizados pela cincia natural chamada Anlise do Comportamento.Esta teoria teve incio em 1913, com um manifesto criado por John B. Watson A Psicologia como um comportamentista a v. Nele o autor defende que a psicologia no deveria estudar processos internos da mente, mas sim o comportamento, pois este visvel e, portanto, passvel de observao por uma cincia positivista. Nesta poca vigorava o modelo behaviorista de S-R, ou seja, de resposta a um estmulo, motor gerador do comportamento humano. Watson conhecido como o pai do Behaviorismo Metodolgico ou Clssico, que cr ser possvel prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio em que o indivduo vive e nas teorias do russo Ivan Pavlov sobre o condicionamento a conhecida experincia com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas tambm ao mnimo sinal, som ou gesto que lembre a chegada de sua refeio.

Assim, qualquer modificao orgnica resultante de um estmulo do meio-ambiente pode provocar as manifestaes do comportamento, principalmente mudanas no sistema glandular e tambm no motor. Mas nem toda conduta individual pode ser detectada seguindo-se esse modelo terico, da a gerao de outras teses.Eduard C. Tolman prope o Neobehaviorismo Mediacional. Na sua teoria, o organismo trabalha como mediador entre o estmulo e a resposta, ou seja, ele atravessa etapas que Tolman denomina de variveis intervenientes elos conectivos entre estmulos e respostas -, estas sim consideradas aes internas, conhecidas como gestalt-sinais.Esta linha de pensamento conduz a uma tese sobre o sistema de aprendizagem, apoiada sobre mapas cognitivos interaes estmulo-estmulo gerados nos mecanismos cerebrais. Assim, para cada grupo de estmulos o indivduo produz um comportamento diferente e, de certa forma, previsvel. Tolman, ao contrrio de Watson, vale-se dos processos mentais em suas pesquisas, reestruturando a linha mentalista atravs da simbologia comportamental. Ele via tambm no comportamento uma intencionalidade, um objetivo a ser alcanado, com traos de uma intensa persistncia na perseguio desta meta. Por estas caractersticas presentes em sua teoria, este autor considerado, portanto, um precursor da Psicologia Cognitiva.Skinner criou, na dcada de 40, o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosfica sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou tambm a realidade e a atuao dos elementos cognitivos, opondo-se concepo de Watson, que s no estendia seus estudos aos fenmenos mentais pelas limitaes da metodologia, no por eles serem irreais. Skinner recusa-se igualmente a crer na existncia das variveis mediacionais de Tolman. Em resumo, ele acredita que o indivduo um ser nico, homogneo, no um todo constitudo de corpo e mente.7 MTODO ROLE PLAYINGO Role Playing um modelo de ensino que pertence famlia das Interaes Sociais. Este ajuda os alunos a compreender o comportamento social, o seu papel nas interaes sociais e as formas de resolver problemas de uma forma mais eficaz. Ajuda tambm os alunos a organizarem e sistematizarem a informao no que respeita, a assuntos do foro social, a desenvolver relaes com os outros e a aperfeioar as suas prprias capacidades scias.

Este modelo requer que os estudantes vivenciem os conflitos, aprendam a desempenhar os papeis dos outros e observem os diferentes comportamentos sociais. Com adaptaes, o Role Playing pode ser usado por estudantes de todas as idades e um excelente processo de desenfatizar o papel tradicional do professor.

Existem vrias verses deste modelo, mas comum um desenvolvimento nas seguintes fases:

Aquecimento da turma;

Seleo dos participantes;

Preparao da representao;

Preparao da observao;

Representao;

Discusso e avaliao;

Generalizao.

8 CONSIDERAES FINAISA Psicologia Educacional engloba diferentes vertentes em prol da melhoria na aprendizagem, na relao educador/educando e, no menos importante, os problemas pessoais que, inevitavelmente, acabam mesclando-se ao ambiente escolar. Esta no se resume apenas busca por melhores resultados em avaliaes acadmicas, muito pelo contrrio.

A maior preocupao do Psicopedagogo a de manter um equilbrio que impossibilite qualquer dificuldade em assimilao dentro da sala de aula. tambm responsvel por organizar mtodos de integrao e aproximao social e, inclusive, diagnosticar qualquer patologia dando atendimento direcionado queles que forem necessrios.

Diferentemente do que se pode achar sobre a profisso, est longe de ser um encarregado a punir ou exigir explicaes pautveis para determinadas atitudes dentro do ambiente escolar. O psicopedagogo um profissional que auxiliar em qualquer problema discente/docente, tudo em prol de um melhor aproveitamento estudantil.

ANEXO ENTREVISTA

Pequena entrevista realizada com uma profissional do ramo, sendo o Colgio Baro de Lucena um dos locais a qual exerce tal funo.

1. Seu nome, idade e instituio onde se formou.

Claudia Oliveira, 42 anos. Formada pela Gama Filho.2. Em qual ramo da psicologia voc atua hoje em dia?Psicologia Escolar / Psicopedagogia.

3. O que um profissional desse ramo faz? Quais so suas principais funes?

Trabalha com questes relacionadas ao processo de aprendizagem (normal e patolgica). Compreendendo que a aprendizagem envolve aspectos cognitivos, sociais e emocionais. As atribuies esto na avaliao, interveno, tratamento e consequente preveno de algumas dificuldades de aprendizagem.

4. Diga um pr e um contra (ou mais, se desejar) a respeito da rea de atuao.

Pr: Aceitao por parte dos alunos atravs da desmitificao da figura do profissional da rea de psicologia no ambiente escolar.Contra: Difcil aceitao por parte dos responsveis de que o aluno precisa de uma ateno de qualidade e que no se resume a premiao com bens materiais.

5. Seu maior desafio na funo ...?

Levar os alunos a encontrar uma maneira respeitosa, educada e controlada de conciliar o uso de aparelhos eletrnicos com suas mltiplas funes s aulas ministradas no colgio. O uso indiscriminado, descontrolado, em algumas pessoas pode produzir efeitos prejudiciais, como por exemplo: perda de horrio, isolamento social, dificuldade nos relacionamentos, na ateno, concentrao, entre outros.

6. Por que escolheu a rea de Psicologia Educacional?

Porque uma rea que sempre me despertou interesse. A aprendizagem faz parte da nossa vida.

7. No geral, como voc classificaria os alunos atualmente? Mais ativos e atenciosos, menos participativos, no interessados, etc.

Como alunos que, em sua maioria (sem generalizar), no conseguem vislumbrar a importncia do estudo para suas vidas, que enxergam outras formas de crescimento, realizao e sustento sem a necessidade do estudo.8. Qual a mdia salarial de um profissional da rea?Entre R$ 1.500,00 e R$ 2.500,00.

9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

GOULART, Iris Barbosa.Psicologia da Educao: fundamentos tericos, aplicaes prtica pedaggica. Petrpolis: Vozes, 2001.

WOOLFOK, A.E. Psicologia da Educao. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Psicologia Educacional http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_educacionalAcesso em 27/08/2013

Educao - O que , Definio e Significado http://conceito.de/educacao#ixzz2gtcslT4JAcesso em 28/10/2013

Psicopedagogia http://www.infoescola.com/educacao/psicopedagogia/Acesso em 01/10/2013

Construtivismo http://www.uniriotec.br/~pimentel/disciplinas/ie2/infoeduc/aprconstrutivismo.htmlAcesso em 04/10/2013

Cognitivismo http://www.uniriotec.br/~pimentel/disciplinas/ie2/infoeduc/aprcognitivismo.htmlAcesso em 05/10/2013

Behaviorismo http://www.euniverso.com.br/Psyche/Psicologia/comportamental/behaviorismo.htmAcesso em 05/10/2013