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MÓDULO 4: A PSICOLOGIA E A REALIDADE EDUCACIONAL

Olá aluno (a)!!!

Nos módulos anteriores nós estudamos sobre o desenvolvimento do pensamento humano e a formação da Psicologia como ciência; tomamos conhecimento sobre os teóricos desta ciência e percebemos que o afeto, a maturação fisiológica e as relações interpessoais, são fatores importantes para o processo de amadurecimento e aprendizagem do ser humano.

Neste quarto módulo você estudará sobre algumas questões que fazem parte do dia-a-dia da escola e que demandam a presença da Psicologia como ciência auxiliar para tratar questões de natureza conflitivas, relacionais, emocionais e de orientação vocacional.

Os objetivos propostos para este estudo são:

a. Compreender a Psicologia como ciência útil à solução de conflitos e orientação educacional no espaço escolar; b. Problematizar a realidade escolar a partir dos fatores sociais, econômicos, e psicológicos. c. Considerar a importância da orientação vocacional para a escolha profissional; d. Analisar os fatores potencializadores da violência na escola; e. Debater sobre os desgastes emocionais sofridos pelos profissionais em educação.

Sendo assim, veja que este módulo está dividido em seis subtópicos:

4.1 A Psicologia e o Currículo 4.2 Fatores Psicológicos que Interferem no Processo Educativo 4.3 A Questão da Violência na Escola 4.4 A Complexa Tarefa da Escolha Profissional

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Esperamos que estes conteúdos possam conceder a você uma visão mais ampla sobre a influência dos fatores psicológicos na educação e possibilitem uma mais acurada apreciação sobre a construção dos processos educativos com vistas à preservação da cultura e desenvolvimento humano.

Fique atento às várias oportunidades de aprendizagem, aprofundamento dos conteúdos, reflexões sobre os tópicos desenvolvidos e oportunidades de avaliação do processo educativo. Os ícones abaixo sempre levarão vocês para novas experiências no maravilhoso mundo do saber.

Bom estudo!!! Profº Dr. Israel Serique dos Santos

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4.1 A PSICOLOGIA E O CURRÍCULO

Olá aluno (a)!!

Após termos estudado sobre o desenvolvimento da Psicologia como ciência, suas teorias sobre o desenvolvimento humano e a influência das mesmas no planejamento e execução do processo ensino-aprendizagem, agora iremos tratar sobre a Psicologia e alguns elementos do cotidiano escolar.

O primeiro que podemos citar é o currículo. Podemos dizer que ele é a indicação sintética dos conteúdos e práticas educativas a serem desenvolvidas nas instituições educacionais. Segundo Yong e Beck (2014, p. 202), o currículo “sempre é também um corpo complexo de conhecimento especializado e está relacionado a saber se e em que medida um currículo representa ‘conhecimento poderoso’ – em outras palavras, é capaz de prover os alunos de recursos para explicações e para pensar alternativas, qualquer que seja a área de conhecimento e a etapa da escolarização.

Ele exprime a acultura, os valores, as preocupações e as necessidades vigentes na sociedade e é determinado com fim de conceder a educação necessária à formação e inclusão dos educandos aos sistemas sociais, econômicos e políticos vigentes.

A forma como o currículo é selecionado, seus objetivos são estabelecidos, sua organização é desenvolvida e seu ensino é mediado, possui relação direta com o sentido e valor estratégico que o mesmo possui dentro da cosmovisão de cada partícipe do processo educativo. Os valores e intenções daqueles que estão envolvidos no processo educativo, determinam a seleção e o ensino do currículo no espaço escolar.

Considerando estes elementos podemos dizer que as teorias psicológicas do desenvolvimento, da aprendizagem e das relações interpessoais, podem conceder importantes contribuições à elaboração curricular. As elaborações conceituais referentes à cognição, inteligência, etapas do desenvolvimento, afetividade etc., indicam que existem tempos e modos adequados para a abordagem dos conteúdos escolares.

CURRÍCULO https://www.youtube.com/watch?v=rXwTGJupORg

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA AO CURRÍCULO

https://www.youtube.com/watch?v=4DMETIX2Khg

O CURRÍCULO http://www.scielo.br/pdf/cp/v44n151/10.pdf

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A divisão da Educação Básica em anos de estudos aponta para a realidade de que, em tese, os educandos estão preparados para os estudos propostos para cada um deles; as capacidades da cognição, inteligência, motricidade, comunicação, concedem ao aluno o suporte necessário para o estudo, aprendizagem e desenvolvimentos dos conteúdo presentes na grade curricular.

Em relação ao professor, a conexão entre conhecimentos em Psicologia e Currículo se dá nos seguintes casos:

a) Na organização lógica do desenvolvimento dos conteúdos propostos no currículo;

b) Na escolha de assuntos que estejam em harmonia com o perfil sociopsicológico dos educandos;

c) Na determinação de objetivos específicos a serem alcançados nos estudos e desenvolvimentos dos conteúdos;

d) Na seleção de meios didáticos adequados ao nível de cognição dos alunos.

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4.2 FATORES PSICOLÓGICOS QUE INTERFEREM NO PROCESSO EDUCATIVO

O processo educativo é uma realidade multifacetada, sua eficácia está relacionada a diversos fatores, os quais envolvem: a estrutura física do local onde ele se processa, a qualificação dos professores, o uso de meios didáticos ajustados às necessidades de ensino, material didático adequado, motivação dos alunos etc.

Além destes elementos, atualmente sabemos que o processo ensino-aprendizagem sofre muitas influências dos fatores psicológicos. A condição emocional tanto do educador quanto do educando interfere diretamente no processo educativo.

Professores motivados, emocionalmente estáveis, positivamente envolvidos com o processo educativo, tendem ser mais proativos no fazer pedagógico, criativos na elaboração do plano de aula, perseverantes nos procedimentos de recuperação escolar e participativos nas tomadas de decisão e execução de planejamentos organizacionais. Por outro lado, condições emocionalmente delicadas e desfavoráveis podem contribuir significativamente para que o educador fique aquém de suas responsabilidades funcionais.

Embora seja recorrente a situação, geralmente passa despercebida a realidade de que o professor é um indivíduo comum e que, a semelhança da comunidade escolar, ele está potencialmente sujeito aos mesmos problemas financeiros, de saúde, relacionais e familiares, os quais podem interferir diretamente em seu fazer educativo.

A exemplo destas questões podemos citar situações como o luto, a enfermidade de um filho, problemas conjugais, divórcio, insatisfação com a desvalorização profissional, tristeza com o rendimento escolar de seus alunos, desencantamento com a profissão, dificuldades relacionais com colegas de trabalho ou alunos. Em acréscimo a estas questões ainda existe a pressão emocional decorrente da expectativa de que o professor tenha pleno domínio de classe, que seus alunos os respeitem, que estes também alcancem

FATORES PSICOLÓGICOS E EDUCAÇÃO https://www.youtube.com/watch?v=TRRs0RnNa-E

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boas notas nas disciplinas, que não haja evasão e que seus alunos contribuam para a boa classificação da escola no IDEB etc.

Por estes exemplos fica evidente que o professor está diariamente sujeito à muitas situações de pressão e cobranças. Nesta dinâmica é impossível desassociar o professor de suas outras funções sociais e experiências vivenciais, não podemos imaginar que os impactos emocionais, decorrentes de suas relações familiares, trabalhistas, econômicas e afetivas, não surtam impacto em seu fazer educativo.

Relacionada a esta conjuntura multifacetada está a Síndrome de Burnout. Uma forma de distúrbio adquirido na esfera psíquica, resultado dos recorrentes e intensos desgastes emocionais ligados ao campo de trabalho. Estão sujeitas a adquirirem esta síndrome especialmente aquelas pessoas que possuem em suas atividades profissionais um fluxo considerável de interações e relacionamentos.

Pessoas acometidas por esta síndrome tendem à irritabilidade, agressividade, autoexclusão dos círculos de vivência, falta de concentração, ansiedade, depressão, sensação de esgotamento físico e emocional, dor de cabeça, palpitação etc. Este quadro sintomático revela a condição na qual muitos profissionais da educação se encontram hoje. Por isso, é preciso levar a Psicologia para a vivência no trabalho educativo. Seus conceitos, associações conceituais, técnicas e percepções sobre as várias dimensões do ser humano podem ser ferramentas fundamentais para a melhoria da qualidade do ambiente de trabalho nos espaços escolares.

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Por outro lado, o aluno é outro mundo existencial, repleto de experiências e sentimentos a serem geridos, harmonizados, explicados e explicitados. Seja qual for o estágio de seu desenvolvimento afetivo, a realidade é que o educando também possui desafios emocionais a serem superados a fim de que o processo ensino-aprendizagem alcance os objetivos didáticos propostos pelo professor.

Por isso, é salutar que o professor tenha conhecimento sobre a teoria piagetiana do desenvolvimento humano, pois ela pode dar subsídios teóricos e práticos sobre as estruturas emocionais e modos de afetividade de seus alunos. Através destes conhecimentos o educador pode melhor entender o comportamento de seu aluno e delinear meios relacionais e estratégicos com vistas ao apaziguamento de situações de conflito, de desânimo,

Como vimos anteriormente, segundo a teoria de Piaget, o ser humano passa por vários estágios de desenvolvimento. Nestes, os indivíduos apresentam certas características emocionais comuns, como:

a. De 2 a 6 anos a criança começa a nutrir o sentimento de respeito por aqueles com os quais convive e considera superiores a si. Os valores morais começam a aflorar, a partir desta relação, e a obediência tende a ser a norma da mesma.

b. De 7 a 11 ou 12 anos, a criança avança no desenvolvimento das capacidades cognitivas e progressivamente, alcança certa maturação no aspecto afetivo; o egocentrismo, característico do estágio anterior, vai dando espaço para novas relações, o desejo por fazer parte de um grupo aflora, a possiblidade do trabalho cooperativo; o estabelecimento de regras de convivência etc. Durante esse estágio, as crianças brincam e se relacionam sem distinção, entretanto, ao findar do estágio é relativamente natural que meninos e meninas se agrupem e que a relação com o sexo oposto tenda a diminuir. Paralelamente à percepção e maior convivência com o seu semelhante, a criança vai desenvolvendo sua autonomia perante os adultos. Esta firmação da autonomia se mostra no questionamento da autoridade dos adultos e dos valores morais e éticos ensinados por estes.

c. De 11 ou 12 anos para frente, o adolescente tende a passar por vários conflitos. Sua vivência social com os colegas de idade delimita suas ações, vestimentas, novos valores e comportamento. Este é um tempo no qual é relativamente natural o questionamento dos valores vigentes e das autoridades estabelecidas, a formação de grupos de identificação e busca por sentido na vida.

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Cientes destas caracterizações, o profissional da educação pode melhor entender os alunos, estabelecer meios relacionais mais eficazes, organizar atividades pedagógicas mais adequadas a cada estágio de desenvolvimento afetivo, oportunizar meios de cooperação e caminhos de minimização de conflitos nos espaços escolares etc.

4.3 A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA

A questão da violência nos espaços escolares é tema atual para o qual devemos reservar tempo para reflexão. Tanto na grande mídia como nas redes sociais é possível perceber as várias formas de violência que se fazem presentes nas escolas. Vivemos em tempos nos quais a violência tornou-se assunto corriqueiro. Sua presença quase que onipresente se manifesta nas redes sociais, televisão, internet, cinema etc.. Estes veículos de comunicação retratam o cotidiano das grandes cidades, das favelas, dos países em guerra civil, da desorganização urbana, dos conflitos familiares, das rixas entre indivíduos, da ação do tráfico de drogas etc.

No passado a questão da violência era vista apenas sob a ótica da ação física de agressão infligida a uma ou mais pessoas. Por esta percepção as questões ligadas à honra, às emoções, ao equilíbrio emocional, autoestima, não estariam ligadas a questão da violência.

Para a atual sociedade estas situações são inconcebíveis. A construção de uma sociedade pacífica de se fazer em todas as esferas da sociedade. Do recesso do lar, às fábricas, repartições públicas e escolas, em todos os espaços sociais devem existir estruturas administrativas e/ou relacionais de minimização de situações de violência em todas as suas manifestações e extensões.

Diante deste quadro fica evidente que a questão da violência na escola nada mais do que um reflexo de uma problemática maior e mais profunda que tem sua manifestação em todas as esferas da sociedade e para a qual a escola não está imune, uma vez que os alunos trazem para o espaço escolar todas as suas vivências, dramas, angústias, frustrações e conflitos de sua vivência familiar e social.

Por isso, é possível que na escola ocorram situações conflitivas que mereçam ser tratadas a fim de que situações de violência sejam evitadas. Neste contexto, é fundamental que aqueles que estão envolvidos com

VIOLÊNCIA NA ESCOLA https://www.youtube.com/watch?v=AwtMj4jaqwU

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a educação de crianças e jovens se acerquem de certas ações e disposições mentais a fim de evitarem situações de conflitos e auxiliarem os alunos a amadurecerem na tarefa de serem mediadores de conflitos, promovendo, assim, a paz no ambiente escolar. Entre estas ações e disposições mentais podemos citar as seguintes:

a. Buscar na comunidade escolar ou no quadro de profissionais da secretaria de educação, profissionais qualificados para tratarem sobre as questão da violência (psicólogo, assistente social, psicopedagogo, polícia militar etc.);

b. Diagnosticar os potenciais fatores desencadeadores de ocasiões tumultos, rixas, conflitos, intolerância etc., no espaço escolar;

c. Construir uma rede de interlocutores que sejam aptos para mediarem situações de conflitos;

d. Promover para a comunidade escolar eventos nos quais esta temática possa ser debatida e políticas de pacificação e boa vivência possam ser implantas na escola e na comunidade escolar.

Relacionado à questão da violência, um dos temas de recorrente debate em todos os setores da mídia é o problema do bullying nos espaços escolares. Caracterizado como uma forma de agressão física ou moral, o bullying caracteriza-se pela ação contínua de expor, humilhar, ridicularizar, perseguir, difamar, agredir fisicamente, oprimir, ameaçar outra pessoa, por motivos diversos como, estatura, classe social, cor, religião, opção sexual, característica física ou emocional etc.

Aparecendo até mesmo na grande mídia, o bullying não é um fenômeno novo. Na verdade, nos espaços escolares sempre existiram relações conflitivas entre alunos e não poucos tiveram experiências desagradáveis com outros colegas por alguma questão que lhe era peculiar.

A recente visualização e relevância desta temática podem ser creditadas, dentre outros motivos, à maior consciência que a sociedade desenvolveu sobre os efeitos negativos deste tipo de violência sobre o aluno e sobre o processo de aprendizagem. Hoje é sabido que alunos que passam pelo processo de violência física e moral produzido pelo bullying tendem a não irem bem no processo ensino-aprendizagem.

A agressão física diz respeito ao ato atingir o corpo de outra pessoa com a intenção de ferir e maltratar. A agressão moral diz respeito ao ato de ferir o outro com ataques verbais, ofensivos e injuriosos, lesando sua dignidade, reputação e honra.

REVERTENDO A VIOLÊNCIA NA ESCOLA https://www.youtube.com/watch?v=3iJvUzO_WaM

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Da parte daqueles que são agressores, o bullying é realizado geralmente por jovens que possuem um exacerbado conceito sobre si mesmos, como se fossem detentores de certa superioridade física, social, racial, cognitiva etc. Os que sofrem a agressão tendem a possuir certo perfil psicológico e relacional em comum: são jovens retraídos, com baixa autoestima e sem um círculo de relações que lhes concedam a proteção necessária contra os abusos do primeiro grupo.

Embora possamos dizer que existem efeitos diferentes entre o bullying como violência física e moral e o bullying praticado entre meninos (brigas, ridicularização pública etc.) e meninas (fofocas, exclusão, publicações nas redes sociais etc.), o certo é que ele afeta diretamente o processo educativo, na questão da aquisição do conhecimento, no ambiente de sala de aula, na frequência escolar e permanência na escola.

Diante desta triste realidade, os profissionais da educação devem estar atentos aos sinais deste tipo de violência na escola e procurar meios relacionais, administrativos e pedagógicos de minimização desta triste realidade. Neste contexto, palestras sobre a temática sempre são úteis e a presença de um psicólogo ou psicopedagogo pode contribuir significativamente para a resolução de pontos de tensão no espaço escolar.

Bullying na Escola https://www.youtube.com/watch?v=3qSzCUy44IY

Principais Consequências do Bullying https://www.youtube.com/watch?v=iC0a53XjuP0

Ciberbullying https://www.youtube.com/watch?v=FGmBkAQO0Io

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4.4 A COMPLEXA TAREFA DA ESCOLHA PROFISSIONAL

A adolescência é um período de grandes desafios. As transformações físicas, os desafios de ajustamento aos grupos sociais, as decisões éticas, a busca pela interação com o mundo dos adultos constituem-se em realidades desafiadoras para aqueles que estão no limiar entre a infância e a juventude.

Além destas questões, a partir do Ensino Médio ao adolescente é colocada a situação da escolha de sua futura profissão e curso superior. Tal circunstância vem acompanhada com grande soma de dúvidas e alto nível de cobrança e estresse por parte dos alunos, pois decidir sobre estas questões não é algo simples.

O adolescente não sabe ao certo o que cada profissão traz como funções, características e responsabilidades para cumprir. Escolher uma profissão neste contexto implica em decidir-se potencialmente por algo com o qual ele não tenha afinidades ou que não se encaixe em suas expectativas.

Associada à escolha da profissão está a decisão sobre qual curso universitário fazer, pois, na atualidade,

muitas atividades laborais exigem pelo menos a formação superior. Quanto ao curso superior, as alternativas

são diversas e as complexidades não são menores do que aquelas apresentadas na escolha da profissão.

Para cada área do conhecimento (humanas, biológicas, exatas) existem diversos cursos que não se

enquadram ao perfil, necessidades e interesses dos adolescentes. Além do mais, as disciplinas e

características dos cursos só são conhecidas a partir do início das aulas, o que gera em muitos alunos a

frustração de terem escolhido um curso que não se enquadrava em suas expectativas.

De fato, a escolha de uma profissão e formação universitária oportunizam aos adolescentes várias

situações de ansiedade, preocupação, estresse e até mesmo depressão. Geralmente os adolescentes não

possuem os subsídios necessários para tomarem estes decisões com maior clareza e consciência. Em muitos

casos, o elemento simplificador desta situação complexa é a tomada de decisão a partir das orientações dos

pais ou pessoas influentes do círculo de amizade dos adolescentes.

Escolhendo a Profissão https://www.youtube.com/watch?v=SW2C5818ZFM

Orientação Vocacional https://www.youtube.com/watch?v=JS_ZHJ60tGs

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Diante desta conjuntura é relevante o trabalho de orientação que tanto o psicólogo como o

psicopedagogo podem dar aos alunos do ensino médio. Palestras, oficinas, visitas à universidades e locais de

trabalho, são ações que podem despertar no adolescente a percepção de suas qualificações e interesses. De

fato, a escolha cabe ao adolescente, todavia a escola pode criar circunstâncias e oportunidades para a

tomada de decisão mais consciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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