prova residência uerj

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  • 8/15/2019 Prova Residência UERJ

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    PROVA OBJETIVA

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    Residência Saúde 2013

    PROVA OBJETIVA

    FONOAUDIOLOGIA

    Sofia tem 1 ano e 7 meses e foi encaminhada pela pediatra que a acompanha para o ambulatório dediagnóstico audiológico, devido à queixa de Renata, sua mãe, de que ela “não ouve bem”.Na anamnese, Renata relatou que descobriu que estava com toxoplasmose aos seis meses de gestação eque Sofia nasceu com 39 semanas, 3150g, de parto normal.

    1) Após avaliações audiológicas, foi diagnosticado que Sofia tem perda auditiva sensorioneural bilateralmoderada. Os achados esperados nos exames de Emissão Otoacústica Transiente (EOAT), Reflexo Cocleo-palpebral (RCP) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) foram, respectivamente:

    a) presente / presente / presença de onda V em 80dBNAb) ausente / presente / ausência de onda V em 80dBNAc) presente / ausente / ausência de onda V em 80dBNAd) ausente / ausente / presença de onda V em 80dBNA

    Durante a anamnese, Renata relatou ainda que Sofia realizou o teste da orelhinha na maternidade,apresentando resultado insatisfatório, no entanto a fonoaudióloga que realizou a triagem não esclareceuRenata sobre os riscos para deficiência auditiva, nem agendou seu retorno, justificando a alteração auditivaapresentada por acúmulo de vérnix, já que o exame foi feito antes de 48 horas de vida.

    2) A fonoaudióloga deixou de cumprir, segundo o código de ética, com o dever de:a) exercer a atividade de forma plena, utilizando os conhecimentos e recursos necessários, para

    promover o bem-estar do pacienteb) orientar adequadamente acerca do tratamento, com seus propósitos, riscos, suas alternativas e

    seus custosc) elaborar e fornecer relatório com resultado de exames e laudo fonoaudiológico quando solicitadod) permitir o acesso do cliente ao prontuário, recebendo explicação necessária à sua compreensão

    Amanda tem 2 dias de vida e sua mãe, Simone, não pode amamentá-la por apresentar HIV positivo. Simonequeixou-se de que Amanda “não consegue mamar bem na mamadeira”. Durante a avaliação, a fonoaudiólogaobservou que Amanda tem dificuldade na extração do leite e sucção débil.

    3) A manobra de facilitação indicada para a sucção débil de Amanda é:

    a) adequar a sensibilidade intra-oralb) realizar massagens rotatórias em bochechasc) estimular o reflexo de sucção antes da mamadad) conter a mandíbula com o dedo médio na altura do mento

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    Residência Saúde 2013

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    4) O padrão de alimentação apresentado por Amanda na mamadeira não trabalha toda a musculaturaresponsável pelo crescimento da mandíbula, como na amamentação ao seio, sendo observado prejuízo doseguinte músculo:

    a) pterigoideo medialb) pterigoideo lateralc) masseterd) mentalis

    Analise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 5 e 6.

    Flávia tem 32 anos, é professora universitária e foi encaminhada pelo otorrinolaringologista para avaliaçãofonoaudiológica, por apresentar fadiga vocal desde que aumentou seu ritmo de trabalho e o nível de estresse.Após avaliação fonoaudiológica, foi diagnosticada disfonia por síndrome de tensão musculoesquelética.

    5) Em sua avaliação, foram encontradas as seguintes características de voz, ressonância e ataque vocal,respectivamente:

    a) comprimida, laringofaríngea e bruscob) sussurrada, cul de sac e aspiradoc) rouca, hipernasal e isocrônicod) áspera, hiponasal e soproso

    6) A fonoaudióloga também observou, na avaliação de Flávia, musculatura supra-hioidea tensa e travamentoarticulatório. As técnicas vocais indicadas para sua reabilitação são, respectivamente:

    a) emissão sustentada e fonação inspiratóriab) voz cochichada e sobrearticulaçãoc) bocejo-suspiro e voz salmodiadad) fala mastigada epushing

    Analise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 7 a 9.

    José Carlos tem 63 anos, é tabagista e está em acompanhamento com a fonoaudióloga Lúcia, por apresentardificuldade na fala e alimentação após hemimandibulectomia decorrente de tumor em cavidade oral.

    7) Considerando a doença e a cirurgia realizada, é esperado na avaliação da deglutição de José Carlos, entreoutros aspectos orais:

    a) refluxo nasofaríngeo da dietab) dificuldade no selamento labialc) déficit na propulsão do bolo alimentard) atraso no disparo do reflexo de deglutição

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    Residência Saúde 2013

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    8) Na fonoterapia de José Carlos, a dificuldade de alimentação poderá ser beneficiada através de:

    a) adequação da sensibilidade orofacial e deglutição com cabeça inclinada para o lado contrário à ressecçãob) exercícios para mobilidade e tônus dos lábios e introdução do alimento na porção posterior da cavidade oral

    c) manobra de abertura e fechamento de mandíbula, e deglutição com a língua presa entre os dentesd) estimulação ativa e passiva da musculatura perioral e mastigação contralateral à ressecção

    9) Na avaliação de José Carlos, Lúcia também observou redução no uso da ressonância orofaríngea, devidoà imprecisão articulatória, caracterizando voz do tipo:

    a) pastosab) soprosac) monótonad) comprimida

    Rodrigo tem 6 anos e foi encaminhado pelo otorrinolaringologista ao ambulatório de audiologia paraavaliação, por apresentar queixa de perda auditiva após episódio de caxumba. Durante a anamnese, afonoaudióloga também observou trocas fonêmicas.

    10) Considerando a etiologia da perda auditiva de Rodrigo, o audiograma esperado é:

    a) b)

    c) d)

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    Residência Saúde 2013

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    Analise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 11 a 13.

    Daniel tem 12 anos e mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro há um ano, em busca de tratamento cirúrgicopara fissura pós-forame incisivo incompleta, visto que, em sua cidade, não havia recursos para tratá-lo. Recentemente,

    Daniel realizou correção cirúrgica e foi encaminhado pela equipe de cirurgia plástica ao ambulatório de fonoaudiologia.Na avaliação fonoaudiológica de Daniel, foi observada presença de fricativa posterior e de plosiva faríngea.

    11) As alterações apresentadas por Daniel são consideradas como:

    a) distúrbio fonológicob) distúrbio obrigatórioc) articulação imprecisad) articulação compensatória

    12) Daniel permaneceu, até os 12 anos, sem nenhum tipo de tratamento cirúrgico ou de reabilitação para suamalformação, porque nasceu em uma cidade pequena e sem recursos. O princípio do Sistema Único deSaúde que não foi garantido a Daniel é o da:

    a) descentralizaçãob) universalidadec) integralidaded) igualdade

    13) Daniel também foi avaliado pela equipe de otorrinolaringologia por apresentar queixa de dificuldadeauditiva, sendo diagnosticada otite média serosa. Além da perda condutiva, também podem fazer parte doquadro audiológico de Daniel:

    a) otalgia e pruridob) vertigem e otorreiac) sons de estalo e epistaxed) plenitude auricular e zumbido

    Analise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 14 a 16.

    Severino tem 58 anos, é hipertenso e, há um mês, sofreu um acidente vascular em tronco encefálico. Foiencaminhado para tratamento fonoaudiológico ambulatorial por apresentar queixa de dificuldade na fala e deglutição.Carla, fonoaudióloga que atendeu Severino, verificou que ele recebeu alta hospitalar, alimentando-separcialmente por via oral, na consistência líquida com canudo, e também por gastrostomia. Severino referiuengasgos e tosse durante a deglutição.

    14) Diante do quadro apresentado quanto à alimentação, a conduta mais adequada a Severino é:

    a) avaliar a deglutição com outras consistênciasb) utilizar utensílio adequado na deglutição

    c) inviabilizar a alimentação por via orald) suspender a dieta por gastrostomia

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    Residência Saúde 2013

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    15) Na avaliação da comunicação de Severino, Carla observou dificuldade no movimento isolado de língua elábios, voz soprosa, de fraca intensidade, hipernasal e articulação imprecisa. Baseando-se na doença e nosachados da avaliação, Severino apresenta disartria do tipo:

    a) mistab) flácidac) atáxicad) hipocinética

    16) Com base nos achados da avaliação de Severino, pode-se afirmar que a hipernasalidade é esperada emfunção do comprometimento dos seguintes nervos cranianos:

    a) VII, IX e XIIb) V, VII e XIIc) IX, X e XId) V, X e XI

    Analise o caso clinico abaixo e responda às questões de números 17 e 18.

    Jussara tem 69 anos e está internada na enfermaria de neurologia por traumatismo cranioencefálico emvirtude de queda de escada. Após estabilidade clínica, a equipe médica solicitou avaliação fonoaudiológicaquanto à alimentação e comunicação. Na avaliação da deglutição, a fonoaudióloga observou:▪ diminuição da sensibilidade intra-oral e da elevação laríngea;▪ trânsito oral lento com pastoso-fino;▪ alteração na ausculta cervical, voz molhada e tosse antes de todas as deglutições com líquido.

    17) No caso de Jussara, a conduta quanto à alimentação deve ser:

    a) sugerir alimentação por gastrostomia e iniciar terapia sensoriomotora para prevenirhipersensibilidade intra-oral e exacerbação dos reflexos orais de defesa

    b) indicar dieta por via oral e iniciar terapia direta para estimulação dos pilares das fauces paraadequação do reflexo da deglutição

    c) viabilizar dieta pastosa-fina por via oral e iniciar terapia da deglutição para adequação da

    mobilidade de língua e laringed) manter alimentação por via alternativa e iniciar terapia indireta para musculatura intrínseca eextrínseca da laringe

    18) Quanto à avaliação da comunicação de Jussara, a fonoaudióloga observou discurso truncado compresença de parafasias fonêmicas e semânticas, hesitações e autocorreções, além do prejuízo significativo naprova de repetição. Com base nas manifestações clínicas de Jussara, a afasia é do tipo:

    a) conduçãob) wernicke

    c) anômicad) broca

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    Analise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 19 e 20.

    Leonardo tem 2 anos e 5 meses e está internado na enfermaria de pediatria para investigação diagnóstica porsuspeita de doença metabólica hereditária. Sua mãe relatou aos médicos que Leonardo foi parando de falar eestá com dificuldade de andar e comer. A equipe da pediatria solicitou avaliação fonoaudiológica, sendoobservado quanto à deglutição: pouco interesse na alimentação; escape oral do alimento; trânsito oralaumentado e resíduos em cavidade oral após deglutição.

    19) Com base na avaliação de Leonardo, a presença de resíduos em cavidade oral após deglutição pode ser justificada por:

    a) dificuldade na mobilidade de lábios e elevação laríngea restritab) déficit no tônus de bucinador e protrusão exarcebada de línguac) redução na força da língua e atraso no disparo do reflexo da deglutiçãod) diminuição na sensibilidade intra-oral e alteração na coordenação da língua

    20) A presença de alimento em cavidade oral após deglutição, identificada na avaliação de Leonardo, podeser beneficiada através do treino da(o):

    a) propulsão do alimento com auxílio da boneca de gaze embebida em sucob) disparo do reflexo da deglutição com toque nos pilares das faucesc) mastigação com lateralização de chiclete envolto em gaze

    d) elevação da laringe com emissão de /i/ agudoAnalise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 21 a 23.

    Daniela é fonoaudióloga escolar e realizou reuniões com a equipe pedagógica a respeito dos alunos: Eduarda(6 anos e 6 meses), Valentina (6 anos e 2 meses) e Lucas (8 anos e 1 mês), que é repetente.Durante o recreio das crianças, observou o seguinte diálogo:EDUARDA: Não, Falentina, focê não pote ser a mãe porque a Manu petiu primeiro.VALENTINA: Pediu nã (palavra inacabada) nada! Ela ela v___vai (prolongamento) ser é... (pausa) a irmãm____mais (prolongamento) ve-ve-velha (repetição).

    EDUARDA: Não, eu que sou a irmã mais felha. Focê fai ser a irmã pepecinha.VALENTINA: P/Por que? (bloqueio)? Por que eu não não (repetição) posso?EDUARDA: Porque focê ainta não sape falar tireito.

    21) De acordo com o trecho de fala acima, pode-se observar que o distúrbio fonológico apresentado porEduarda caracteriza-se por:

    a) plosivação b) sonorização c) apagamentod) ensurdecimento

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    22) Com relação à Valentina, a fonoaudióloga esclareceu dúvidas acerca da gagueira. Os trechos da fala deValentina que representam disfluência comum e disfluência gaga, respectivamente, são:

    a) P/por que / é... b) Ela ela / v___vaic) (D) não não / nã nada d) (C) m___mais / ve-ve- velha

    Quanto a Lucas, a preocupação da equipe é que ele apresentou dificuldades na alfabetização e, atualmente,sua escrita tem falhas que comprometem sua inteligibilidade, como visto em sua redação:

    23) Na redação de Lucas, a fonoaudióloga verificou erros de junção/separação incorreta, além de:

    a) apoio na oralidadeb) acréscimo grafêmico c) representações múltiplas d) confusão entre letras parecidas

    Analise o caso clínico abaixo e responda às questões de números 24 e 25.

    Pedro Luiz tem 52 anos, sofreu AVC e, após a alta hospitalar, foi encaminhado ao ambulatório defonoaudiologia por apresentar apraxia de fala.

    24) Além da compreensão verbal presente, uma característica importante observada na comunicação dePedro Luiz é:

    a) sílaba inicial melhor que sílaba final

    b) palavra longa melhor que palavra curtac) fala automática melhor que fala espontânead) fonema fricativo melhor que fonema plosivo

    25) A terapia fonoaudiológica, com o objetivo de adequar a comunicação de Pedro Luiz, deve contemplar,inicialmente:

    a) estímulo térmicob) treino articulatórioc) exercícios isotônicosd) reorganização sintática

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    PROVA OBJETIVA

    INSTRUÇÕES

    Você recebeu o seguinte material:

    - Uma PROVA OBJETIVA contendo 25 (vinte e cinco) questões¹, à cada qual correspondem 4 (quatro) alternativas: A, B, C e D;

    - Um CARTÃO RESPOSTA personalizado.1) Após a ordem para o início da prova, confira o material recebido, verificando se a sequência da numeração das questões e apaginação estão corretas. Caso contenha alguma irregularidade, comunique a um dos fiscais.

    2) Confira, no CARTÃO RESPOSTA, se seu nome e número de inscrição estão corretos.

    3) O CADERNO DA PROVA OBJETIVA poderá ser utilizado para anotações, mas somente as respostas assinaladas no CARTÃORESPOSTA serão objeto de correção.

    4) Ao final do CADERNO DA PROVA OBJETIVA, está disponível o GABARITO RASCUNHO, que poderá ser levado pelo candidatoapós 1 (uma) hora do início da prova.

    5) O CADERNO DA PROVA OBJETIVA só poderá ser levado pelo candidato faltando 1 (uma) hora para o seu encerramento.

    6) Leia atentamente cada questão e assinale no CARTÃO RESPOSTA a alternativa que mais adequadamente responde a cada umadas questões.

    7) Observe as seguintes recomendações relativas ao CARTÃO RESPOSTA:

    - Não poderá ser dobrado, amassado, rasurado, manchado ou conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas.- A maneira correta de marcação das respostas no CARTÃO RESPOSTA é cobrir fortemente, com caneta esferográfica tinta azul oupreta, o espaço correspondente à letra a ser assinalada, conforme modelo abaixo:

    NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE BORRACHA OU CORRETIVO DE QUALQUER ESPÉCIE NO CARTÃO RESPOSTA.Outra forma de marcação diferente da que foi determinada acima implicará em rejeição do CARTÃO RESPOSTA pela leitora ótica.A leitora ótica não registrará também questões em que houver:

    - falta de nitidez na marcação;- mais de uma alternativa assinalada.

    8) A prova terá duração de 04 (quatro) horas. Os 03 (três) últimos candidatos só poderão deixar o local de prova depois que o últimoentregar seu CARTÃO RESPOSTA.

    Após o término da prova, entregue ao Fiscal:- O CARTÃO RESPOSTA, devidamente assinado. O candidato que não devolvê-lo seráeliminado do concurso.

    ¹Todos os casos e nomes utilizados nessa prova são fictícios e qualquer semelhança com casos reais é mera coincidência.