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PROVA ORAL Registro de Imóveis

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    Registro de Imóveis

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    Registro de Imóveis Aula 06

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    REGISTRO DE IMÓVEIS

    EDITAL UNIFICADO: Cédulas de Credito Rural, Industrial, Comercial, Bancário, à

    Exportação e de Produto Rural. Bem de Família. Registro Torres. Hipoteca.

    Remição do Imóvel Hipotecado. Demais atos de competência do registro de

    imóveis. Serviço de Registro Eletrônico de Imóveis – SREI, Operador Nacional

    do Registro de Imóveis Eletrônico – ONR, Central de Serviços Eletrônicos dos

    Registradores de Imóveis. Documentos estrangeiros. Lei Federal nº 6.766/79 –

    Lei Federal nº 8.935/94 – Lei Federal nº 9.514/97 – Estatuto da Cidade (Lei

    Federal nº 10.257/01) – Código de Águas – Lei Federal nº 11.977/09 – Lei

    Federal nº 10.169/00

    Este material foi construído com base nas obras / aulas dos seguintes autores:

    Direito empresarial brasileiro: títulos de crédito / Gladston Mamede. – 10. ed.

    rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 2018. ISBN 978-85-97-01424-2

    Direito Registral Imobiliário: Teoria Geral. Volume I / Eduardo Sócrates

    Castanheira Sarmento Filho. Editora Juruá: Curitiba, 2018.

    Direito Registral Imobiliário: Sujeitos, Imóveis e Direitos Inscritíveis. Volume II /

    Eduardo Sócrates Castanheira Sarmento Filho. Editora Juruá: Curitiba, 2018.

    Direito Registral Imobiliário / Venício Salles. 2ª Ed., São Paulo, Saraiva, 2007;

    História do Registro de Imóveis [livro eletrônico] / Ivan Jacopetti do Lago. -- 1.

    ed. -- São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2020. -- (Coleção Direito Imobiliário

    ; vol. I / coordenação Alberto Gentil de Almeida Pedroso) ISBN 978-65-5614-

    168-8

    Legislação Notarial e de Registros Públicos comentada – artigo por artigo – /

    Martha El Debs. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2020. ISBN: 978-65-5680-035-6

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    Lei de Registros Públicos comentada: Lei 6.015/1973 / coordenação José

    Manuel de Arruda Alvim Neto, Alexandre Laizo Clápis, Everaldo Augusto

    Cambler. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2019. ISBN 978-85-309-8345-1

    Manual do registro de imóveis : aspectos práticos da qualificação registrai /

    Luís Ramon Alvares. 2. ed. rev., atual, e ampl. — São José dos Campos, SP :

    Editora Crono, 2016. ISBN 978-85-68742-02-0

    Noções fundamentais de direito registral e notarial / Eduardo Pacheco Ribeiro

    de Souza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017. (Série direito registral e notarial

    / coordenadores Sérgio Jacomino e Leonardo Brandelli). ISBN 978-85-472-

    2017-4;

    Registros Públicos / Alberto Gentil. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:

    MÉTODO, 2020. ISBN 978-85-309-8789-3;

    Registros públicos: teoria e prática / Luiz Guilherme Loureiro. - 10. ed. rev., atual

    e ampl. - Salvador: Editora Juspodivm, 2019. ISBN 978-85-442-2745-9.

    Registro de Imóveis / Aline Yumi Konno. Teoria e Prática, 1ª Ed, São Paulo,

    Memória Jurídica, 2007;

    Registro de Imóveis / Afrânio de Carvalho. 4ª Ed., Rio de Janeiro, Forense, 1998;

    Diversos artigos da Revista de Direito Imobiliário. Editora Revista dos Tribunais.

    Aulas de Registro de Imóveis / Ivan Jacopetti do Lago e Pedro Ítalo da Costa

    Bacelar. Curso Completo para Concursos de Cartório. Referência: 2019;.

    Cédulas de Credito Rural, Industrial, Comercial, Bancário, à Exportação e de

    Produto Rural.

    1. O que são Notas e Cédulas de Crédito??

    ➔ Cédulas e notas de crédito são títulos representativos de operações de

    financiamento, tendo por negócio de base empréstimos concedidos por

    instituições financeiras, ou entidade a essas equiparadas, a quem se dedique a

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    determinadas áreas econômicas, como atividades rurais, industriais,

    comerciais, imobiliárias, exportação e/ou importação, excetuada a emissão de

    cédula de crédito bancária que possui emissão e finalidade não vinculada.

    As cédulas de crédito, em geral, constituem títulos de crédito

    cambiariformes, de natureza imprópria, uma vez que são disciplinadas apenas

    subsidiariamente pelas regras comuns do direito cambial. Expressam

    promessa de pagamento, com exceção da cédula de produto rural, que expressa

    uma promessa de entrega de produtos.

    O fator primordial que diferencia notas e cédulas é a existência de garantia

    real para as últimas. Além disso, há diferença na preferência no crédito

    concursal. O crédito decorrente de cédula terá o tratamento do título legal de

    preferência decorrente de direito real. Já as notas (industriais, comerciais ou

    rurais), veicularão créditos classificados como privilégio especial.

    Destaca-se que no ordenamento jurídico brasileiro também existe a

    adoção da nomenclatura de cédulas para títulos que representam créditos

    hipotecários ou imobiliários e que são emitidos pelos credores (cédula

    hipotecária e cédula de crédito imobiliário).

    ➔ (LRP) Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos.

    (Renumerado do art. 168 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975).

    I - o registro: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975).

    [...] 13) das cédulas de crédito rural (Revogado pela Lei n.13.986, de 2020)

    2) das hipotecas legais, judiciais e convencionais;

    4) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e

    em funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles;

    14) das cédulas de crédito, industrial;

    15) dos contratos de penhor rural;

    [...] 35) da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel. (Incluído

    pela Lei nº 9.514, de 1997)

    [...]II - a averbação: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975).

    [...] 7) das cédulas hipotecárias;

    [...] Art. 178 - Registrar-se-ão no Livro nº 3 - Registro Auxiliar:

    (Renumerado do art. 175 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975).

    II - as cédulas de crédito industrial, sem prejuízo do registro da hipoteca cedular;

    (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020

    [...] IV - o penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados

    e em funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles;

    [...] VI - os contratos de penhor rural;

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    ➔ (DL 70/66) Art 10. É instituída a cédula hipotecária para hipotecas inscritas

    no Registro Geral de Imóveis, como instrumento hábil para a representação dos

    respectivos créditos hipotecários, a qual poderá ser emitida pelo credor

    hipotecário nos casos de:

    I - operações compreendidas no Sistema Financeiro da Habitação;

    II - hipotecas de que sejam credores instituições financeiras em geral, e

    companhias de seguro;

    III - hipotecas entre outras partes, desde que a cédula hipotecária seja

    originàriamente emitida em favor das pessoas jurídicas a que se refere o inciso

    II supra.

    § 1º A cédula hipotecária poderá ser integral, quando representar a totalidade

    do crédito hipotecário, ou fracionária, quando representar parte dêle, entendido

    que a soma do principal das cédulas hipotecárias fracionárias emitidas sôbre

    uma determinada hipoteca e ainda em circulação não poderá exceder, em

    hipótese alguma, o valor total do respectivo crédito hipotecário em nenhum

    momento.

    § 2º Para os efeitos do valor total mencionado no parágrafo anterior, admite-se

    o cômputo das correções efetivamente realizadas, na forma do artigo 9º, do

    valor Monetário da dívida envolvida.

    § 3º As cédulas hipotecárias fracionárias poderão ser emitidas em conjunto ou

    isoladamente a critério do credor, a qualquer momento antes do vencimento da

    correspondente dívida hipotecária.

    [...] Art 13. A cédula hipotecária só poderá ser lançada à circulação depois de

    averbada à margem da inscrição da hipoteca a que disser respeito, no Registro-

    Geral de Imóveis, observando-se para essa averbação o disposto na legislação

    e regulamentação dos serviços concernentes aos registros públicos, no que

    couber.

    Parágrafo único. Cada cédula hipotecária averbada será autenticada pelo Oficial

    do Registro-Geral de Imóveis competente, com indicação de seu número, série

    e data, bem como do livro, fôlhas e a data da inscrição da hipoteca a que

    corresponder a emissão e à margem da qual fôr averbada.

    ➔ (DL 167/69) Art 9º A cédula de crédito rural é promessa de pagamento em

    dinheiro, sem ou com garantia real cedularmente constituída, sob as seguintes

    denominações e modalidades:

    I - Cédula Rural Pignoratícia.

    II - Cédula Rural Hipotecária.

    III - Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.

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    IV - Nota de Crédito Rural.

    [...] Art 28. O crédito pela nota de crédito rural tem privilégio especial sôbre os

    bens discriminados no artigo 1.563 do Código Civil.

    Art 30. As cédulas de crédito rural, para terem eficácia contra terceiros,

    inscrevem-se no Cartório do Registro de Imóveis: (Revogado pela Lei nº 13.986,

    de 2020

    ➔ (DL 413/69) Art 1º O financiamento concedido por instituições financeiras

    a pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade industrial poderá efetuar-

    se por meio da cédula de crédito industrial prevista neste Decreto-lei.

    [...] Art 9º A cédula de crédito industrial e promessa de pagamento em dinheiro,

    com garantia real, cedularmente constituída.

    [...] Art. 17. O crédito pela nota de crédito industrial tem privilégio especial sobre

    os bens discriminados no artigo 1.563 do Código Civil.

    [...] Art 30. De acôrdo com a natureza da garantia constituída, a cédula de crédito

    industrial inscreve-se no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição do

    local de situação dos bens objeto do penhor cedular, da alienação fiduciária, ou

    em que esteja localizado o imóvel hipotecado.

    ➔ (Lei 6.313/75) Art 1º As operações de financiamento à exportação ou à

    produção de bens para exportação, bem como às atividades de apoio e

    complementação integrantes e fundamentais da exportação, realizadas por

    instituições financeiras, poderão ser representadas por Cédula Crédito à

    Exportação e por Nota de Crédito à Exportação com características idênticas,

    respectivamente, à Cédula de Crédito Industrial e à Nota de Crédito Industrial,

    instituídas pelo Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro de 1969.

    Parágrafo único. A Cédula de Crédito à Exportação e a Nota de Crédito à

    Exportação poderão ser emitidas por pessoas físicas e jurídicas, que se

    dediquem a qualquer das atividades referidas neste artigo.

    [...] Art 3º Serão aplicáveis à Cédula de Crédito à Exportação, respectivamente,

    os dispositivos do Decreto-lei número 413, de 9 de janeiro de 1969, referente à

    Cédula de Crédito Industrial e à Nota de Crédito Industrial. (Vide Lei nº

    8.522, de 1992)

    Art. 4º O registro da Cédula de Crédito à Exportação, cabível quando acordado

    entre as partes, será feito no mesmo livro, observados os requisitos aplicáveis

    à Cédula Industrial. (Redação pela Medida Provisória nº 958, de 2020)

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    ➔ (Lei 6.840/80) Art. 1º As operações de empréstimo concedidas por

    instituições financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique a atividade

    comercial ou de prestação de serviços poderão ser representadas por Cédula

    de Crédito Comercial e por nota de Crédito Comercial.

    [...] Art. 5º Aplicam-se à Cédula de Crédito Comercial e à Nota de Crédito

    Comercial as normas do Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro 1969, inclusive

    quanto aos modelos anexos àquele diploma, respeitadas, em cada caso, a

    respectiva denominação e as disposições desta Lei.

    ➔ (Lei 10.931/04) Art. 18. É instituída a Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

    para representar créditos imobiliários.

    [...] § 3º A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob

    a forma escritural ou cartular.

    § 4º A emissão da CCI sob a forma escritural ocorrerá por meio de escritura

    pública ou instrumento particular, que permanecerá custodiado em instituição

    financeira. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)

    § 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da

    instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de

    registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.

    (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 4º-B. O Conselho Monetário Nacional poderá estabelecer as condições para

    o registro e o depósito centralizado de CCI e a obrigatoriedade de depósito da

    CCI em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade

    de depósito centralizado de ativos financeiros. (Incluído pela Lei nº 13.986,

    de 2020).

    § 4º-C Na hipótese de a CCI ser liquidada antes de ser negociada, a instituição

    custodiante declarará a inexistência do registro ou do depósito de que trata o §

    4º-A deste artigo, para fins do disposto no art. 24 desta Lei. (Incluído pela

    Lei nº 13.986, de 2020).

    § 5º Sendo o crédito imobiliário garantido por direito real, a emissão da CCI será

    averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na respectiva matrícula,

    devendo dela constar, exclusivamente, o número, a série e a instituição

    custodiante.

    § 6º A averbação da emissão da CCI e o registro da garantia do crédito

    respectivo, quando solicitados simultaneamente, serão considerados como ato

    único para efeito de cobrança de emolumentos.

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    § 7º A constrição judicial que recaia sobre crédito representado por CCI será

    efetuada nos registros da instituição custodiante ou mediante apreensão da

    respectiva cártula.

    § 8º O credor da CCI deverá ser imediatamente intimado de constrição judicial

    que recaia sobre a garantia real do crédito imobiliário representado por aquele

    título.

    § 9º No caso de CCI emitida sob a forma escritural, caberá à instituição

    custodiante identificar o credor, para o fim da intimação prevista no § 8º .

    [...] Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa

    física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta

    equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de

    operação de crédito, de qualquer modalidade.

    § 1º A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo

    admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição

    domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à

    lei e ao foro brasileiros.

    § 2º A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior

    poderá ser emitida em moeda estrangeira.

    Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, com ou sem garantia,

    real ou fidejussória, cedularmente constituída.

    Parágrafo único. A garantia constituída será especificada na Cédula de Crédito

    Bancário, observadas as disposições deste Capítulo e, no que não forem com

    elas conflitantes, as da legislação comum ou especial aplicável.

    2. As cédulas de crédito são registradas no RI??

    ➔ As cédulas de crédito podem ser ou conter títulos aptos a ingressar no

    Registro de Imóveis. Ora a legislação vai atribuir o registro da própria cédula ao

    Registro de Imóveis ora só serão registradas as hipotecas, alienações

    fiduciárias sobre bens imóveis e penhores especiais que veicularem.

    Serão registrados no Livro 3 (Registro Auxiliar): i) a Cédula de Crédito

    Industrial (CCInd); ii) a Cédula de Crédito à Exportação; iii) a Cédula de Crédito

    Comercial (CCC); e iv) o Penhor Rural (constante em cédula de crédito rural

    pignoratícia, hipotecária e pignoratícia, cédula de produto rural e cédula de

    crédito bancário).

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    Por sua vez, serão registrados no Livro 2 (Registro Geral): i) a hipoteca; ii)

    a alienação fiduciária de bens imóveis; e iii) em alguns Estados, a averbação da

    notícia de penhor rural no imóvel da localização dos bens empenhados.

    Destaca-se que serão registrados no Livro B (Registro Integral – RTD): i) a

    alienação fiduciária de bens móveis; e ii) o penhor comum; iii) o penhor de

    veículos; e iv) o penhor de direitos.

    Pode ainda haver a apresentação de cédula de crédito imobiliário ou

    cédula hipotecária que serão averbadas na matrícula do imóvel.

    Por fim, haverá o registro ou depósito da Cédula de Produto Rural e da

    Cédula Imobiliária Rural em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de registro ou depósito centralizado de ativos financeiros e

    de valores mobiliários.

    ➔ Dica: principais cédulas que podem ser apresentadas no RGI:

    o cédula rural pignoratícia (Decreto-lei no 167/67);

    o cédula rural hipotecária (Decreto-lei no 167/67);

    o cédula rural pignoratícia e hipotecária (Decreto-lei no 167/67);

    o cédula de crédito industrial (Decreto-lei no 413/69);1

    o cédula de crédito à exportação (Lei no 6.313/75);

    o cédula de crédito comercial (Lei no 6.840/90);

    o cédula de produto rural (Lei no 8.929/94);

    o cédula de crédito bancário (Lei no 10.931/04);

    o cédula hipotecária (Decreto-lei no 70/66);

    o cédula de crédito imobiliário (Lei no 10.931/04);

    o cédula imobiliária rural (Lei 13.986/2020).

    ➔ (Lei 8.929/1994) Art. 3º-A. A CPR poderá ser emitida sob a forma cartular

    ou escritural. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 1º A emissão na forma escritural, que poderá valer-se de processos

    eletrônicos ou digitais, será objeto de lançamento em sistema eletrônico de

    escrituração gerido por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de escrituração. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 2º A CPR emitida sob a forma cartular assumirá a forma escritural enquanto

    permanecer depositada em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores

    mobiliários. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 3º Os negócios ocorridos durante o período em que a CPR emitida sob a forma

    cartular estiver depositada não serão transcritos no verso do título, cabendo ao

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    sistema referido no § 1º deste artigo o controle da titularidade. (Incluído

    pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 4º A CPR será considerada ativo financeiro, para os fins de registro e de

    depósito em entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil a exercer tais

    atividades. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    [...] Art. 3º-D. A CPR poderá ser negociada, desde que registrada ou depositada

    em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de

    registro ou depósito centralizado de ativos financeiros. (Incluído pela Lei

    nº 13.986, de 2020).

    Parágrafo único. A CPR será considerada ativo financeiro e a operação ficará

    isenta do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a

    títulos ou valores mobiliários, na hipótese de ocorrência da negociação de que

    trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    ➔ (Lei 13.986/2020) Art. 12. A CPR emitida a partir de 1º de janeiro de 2021,

    bem como seus aditamentos, para ter validade e eficácia, deverá ser registrada

    ou depositada, em até 10 (dez) dias úteis da data de emissão ou aditamento,

    em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de

    registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores

    mobiliários. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020

    § 1º Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, a hipoteca, o penhor rural

    e a alienação fiduciária sobre bem imóvel garantidores da CPR serão levados a

    registro no cartório de registro de imóveis em que estiverem localizados os bens

    dados em garantia. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020

    § 2º A validade e eficácia da CPR não dependem de registro em cartório, que

    fica dispensado, mas as garantias reais a ela vinculadas ficam sujeitas, para

    valer contra terceiros, à averbação no cartório de registro de imóveis em que

    estiverem localizados os bens dados em garantia, devendo ser efetuada no

    prazo de 3 (três) dias úteis, contado da apresentação do título ou certidão de

    inteiro teor, sob pena de responsabilidade funcional do oficial encarregado de

    promover os atos necessários. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020

    § 3º A cobrança de emolumentos e custas cartorárias relacionada ao registro

    de garantias vinculadas à CPR será regida pelas normas aplicáveis ao registro

    de garantias vinculadas à Cédula de Crédito Rural, de que trata o Decreto-Lei nº

    167, de 14 de fevereiro de 1967. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020

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    § 4º A CPR, na hipótese de ser garantida por alienação fiduciária sobre bem

    móvel, será averbada no cartório de registro de títulos e documentos do

    domicílio do emitente. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020)

    Art. 19. A CIR será levada a registro ou a depósito em entidade autorizada pelo

    Banco Central do Brasil a exercer a atividade de registro ou depósito

    centralizado de ativos financeiros e de valores mobiliários, nos termos da Lei nº

    12.810, de 15 de maio de 2013, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data

    de sua emissão.

    § 1º O registro ou o depósito realizado no prazo estabelecido no caput deste

    artigo é condição necessária para que a CIR tenha eficácia executiva sobre o

    patrimônio rural em afetação a ela vinculado.

    § 2º A CIR cartular será escritural enquanto permanecer depositada.

    § 3º No período em que a CIR estiver depositada, o histórico dos negócios

    ocorridos:

    I - não será transcrito no verso dos títulos; e

    II - será anotado nos registros do sistema.

    ➔ (CNMG) Art. 973. Serão registrados no Livro nº 3 - Registro Auxiliar:

    I - as cédulas de crédito industrial, de crédito à exportação, de crédito imobiliário

    e de crédito comercial, sem prejuízo do registro do direito real de garantia;

    II - as notas de crédito industrial, à exportação e comercial;

    III - as garantias pignoratícias advindas das cédulas de crédito rural e de

    produto rural;

    IV - o penhor rural, industrial, mercantil ou à exportação advindo das cédulas de

    crédito bancário.

    § 1º As hipotecas e as alienações fiduciárias em garantia de bens imóveis

    provenientes das cédulas serão registradas no Livro nº 2 - Registro Geral,

    devendo ser efetuadas as remissões recíprocas.

    § 2º O registro do penhor rural, industrial, mercantil ou à exportação, realizado

    no Livro nº 3 - Registro Auxiliar, mencionará expressamente o imóvel de

    localização dos bens dados em garantia, devendo ser efetuada averbação de

    localização, sem conteúdo financeiro, no Livro nº 2.

    § 3º No caso da cédula de crédito bancário, será registrada no Livro nº 2

    somente a hipoteca ou alienação fiduciária com garantia de bem imóvel, caso

    em que, a requerimento do interessado, também poderá ser registrada a cédula

    em seu inteiro teor no Livro nº 3 - Registro Auxiliar.

    Art. 974. Os atos mencionados no art. 973 deste Provimento Conjunto serão

    praticados:

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    I - no caso de garantias exclusivamente de bens móveis dados em penhor rural,

    industrial ou mercantil, na circunscrição do imóvel de localização dos bens

    apenhados;

    II - no caso de garantias exclusivamente de bens imóveis, na circunscrição dos

    imóveis hipotecados ou alienados fiduciariamente;

    III - no caso de garantias de bens imóveis e ainda de bens móveis dados em

    penhor rural, industrial ou mercantil, tanto na circunscrição do imóvel de

    localização dos bens hipotecados ou alienados fiduciariamente quanto na

    circunscrição dos bens apenhados;

    IV - no caso de nota de crédito rural, industrial, à exportação e comercial, na

    circunscrição do imóvel a cuja exploração se destina o financiamento;

    V - no caso de garantias provenientes de cédula de produto rural ou de crédito

    rural:

    a) será feito sempre o registro no Livro nº 3 do Ofício de Registro do domicílio

    do emitente;

    b) se houver bem móvel dado em penhor, será feito o registro do penhor no Livro

    nº 3 do Ofício de Registro de Imóveis do imóvel de localização dos bens

    apenhados, mencionando-se expressamente o imóvel de localização dos bens

    dados em garantia, devendo ser efetuada averbação de localização, sem

    conteúdo financeiro, no Livro nº 2.

    Parágrafo único. O registro na forma dos arts. 716 e 718 deste Provimento

    Conjunto não dispensa o registro das garantias de bens móveis no Ofício de

    Registro de Títulos e Documentos competente, salvo no caso de penhor rural,

    industrial, mercantil ou à exportação, devendo o oficial de registro de imóveis

    fazer constar tal informação no texto do registro.

    Art. 975. O registro e a averbação das cédulas e notas de crédito industrial, à

    exportação, comercial, imobiliário e bancário, inclusive suas garantias e suas

    modificações, independem do reconhecimento de firma dos signatários nos

    respectivos instrumentos, sendo, para a averbação de baixa ou cancelamento,

    entretanto, reconhecida a firma do credor no instrumento de quitação.

    § 1º Para a averbação de baixa ou cancelamento, exige-se o reconhecimento

    de firma do credor no instrumento de quitação.

    § 2º O instrumento de quitação expedido por pessoa jurídica deverá vir

    acompanhado do comprovante dos poderes de representação de quem por ela

    assinou.

    § 3º Quitada a dívida e decorrido o prazo do vencimento da garantia é vedada a

    averbação de liberação de novo crédito por meio de aditivo.

    [...] Art. 977. A prorrogação do penhor rural deve ser averbada à margem do

    registro respectivo, mediante requerimento do credor e do devedor.

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    ➔ (CNRJ) Art. 539. Integrando garantia hipotecária ou de alienação fiduciária

    de imóvel à cédula de crédito rural, industrial, à exportação, comercial ou do

    produto rural, o registro far-se-á no Livro 3 – registro da cédula – e no Livro 2

    – registro da garantia cedular imobiliária. (Redação alterada pelo Provimento

    CGJ n.º 32/2010, publicado no D.J.E.R.J. de 27/05/2010)

    § 1º. Em se tratando de cédula de crédito bancário, será feito apenas o registro

    da garantia.

    § 2º. Em se tratando de cédula de crédito imobiliário, sua emissão será apenas

    averbada na matrícula em que constar o registro da hipoteca ou da alienação

    fiduciária.

    § 3º. Os emolumentos devidos pelo registro da garantia hipotecária ou de

    alienação fiduciária de imóvel mencionados no caput deverão ser calculados

    com base no valor do contrato objeto do registro.(Parágrafo acrescentado pelo

    Provimento CGJ n.º 57/2018, publicado no D.J.E.R.J. de 19/12/2018)

    § 4º. Caso o valor da cédula de crédito seja superior ao valor da avaliação do

    bem, os emolumentos serão calculados com base no valor da avaliação do

    imóvel indicado no título ou contrato. (Parágrafo acrescentado pelo Provimento

    CGJ n.º 57/2018, publicado no D.J.E.R.J. de 19/12/2018)

    ➔ (CNRS) Art. 523 – Integrando garantia hipotecária ou de alienação

    fiduciária de imóvel à cédula de crédito rural, industrial, à exportação, comercial

    ou do produto rural, o registro será feito no Livro 3 (Registro da Cédula) e no

    Livro 2 (Registro da Garantia Cedular Imobiliária).

    § 1º – Em se tratando de cédula de crédito bancário, o registro será feito apenas

    da garantia.

    § 2º – É obrigatória a anuência do credor para a alienação ou oneração de

    imóvel dado em garantia por cédula de crédito bancário, na forma do art. 34, §2º

    da Lei nº 10.931/04.

    § 3º – Em se tratando de cédula de crédito imobiliário, sua emissão será apenas

    averbada na matrícula em que constar o registro da hipoteca ou da alienação

    fiduciária.

    § 4º – Quando o requerimento da averbação de Cédula de Crédito Imobiliário

    (CCI) for apresentado em momento distinto da solicitação de registro da

    garantia real, devem incidir emolumentos com valor correspondente à

    averbação sem valor declarado.

    3. O que é uma Cédula de Crédito Rural? Ela é registrada no RGI?

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    ➔ Trata-se de cédula de crédito vinculada que representa promessa de

    pagamento em dinheiro, possuindo natureza jurídica de título civil, líquido e

    certo, exigível, transferível e de livre negociação.

    Por se relacionar à política pública agrícola, a cédula de crédito rural

    instrumentaliza o financiamento das atividades rurais para prover as

    necessidades financeiras do custeio e da comercialização de produção, como

    também as de capital para investimentos e industrialização de produtos

    agropecuários que serão garantidas com ou sem garantia real cedularmente

    constituída (hipoteca, penhor ou ambas).

    Quando a garantia for penhor, será denominada pignoratícia. Na situação

    em que a garantia for hipoteca, hipotecária. Já na hipótese de possuir ambas

    garantias, denominar-se-á pignoratícia e hipotecária.

    Por fim, quando não possuir garantia real cedularmente constituída será

    denominada nota de crédito rural.

    Quanto ao registro no RGI, só ocorrerá das garantias reais: i) hipoteca no

    Livro 2 (Registro Geral); e ii) Penhor Rural no Livro 3 (Registro Auxiliar).

    ➔ Atenção: há discussão se o registro do penhor rural continuaria a existir

    após o advento da Lei 13.986/2020. Porém, é necessário destacar que o art.

    167, I, 15, e 178, VI, da LRP, não foram revogados, de modo que a hipótese

    continua prevista como registro obrigatório, nos termos do art. 169, do mesmo

    diploma.

    ➔ (Lei 4.829/65) Art. 8º O crédito rural restringe-se ao campo específico do

    financiamento das atividades rurais e adotará, basicamente, as modalidades de

    operações indicadas nesta Lei, para suprir as necessidades financeiras do

    custeio e da comercialização da produção própria, como também as de capital

    para investimentos e industrialização de produtos agropecuários, quando

    efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.

    Art. 9º Para os efeitos desta Lei, os financiamentos rurais caracterizam-se,

    segundo a finalidade, como de:

    I - custeio, quando destinados a cobrir despesas normais de um ou mais

    períodos de produção agrícola ou pecuária;

    II - investimento, quando se destinarem a inversões em bens e serviços cujos

    desfrutes se realizem no curso de vários períodos;

    III - comercialização, quando destinados, isoladamente, ou como extensão do

    custeio, a cobrir despesas próprias da fase sucessiva à coleta da produção, sua

    estocagem, transporte ou à monetização de títulos oriundos da venda pelos

    produtores;

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    IV - industrialização de produtos agropecuários, quando efetuada por

    cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.

    ➔ (DL 167/67) Art. 10. A cédula de crédito rural é título civil, líquido e certo,

    transferível e de livre negociação, exigível pelo seu valor ou pelo valor de seu

    endosso, além dos juros, da comissão de fiscalização, se houver, e das demais

    despesas feitas pelo credor para a segurança, a regularidade e a realização de

    seu direito creditório. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)

    [...] Art 9º A cédula de crédito rural é promessa de pagamento em dinheiro, sem

    ou com garantia real cedularmente constituída, sob as seguintes denominações

    e modalidades:

    I - Cédula Rural Pignoratícia.

    II - Cédula Rural Hipotecária.

    III - Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.

    IV - Nota de Crédito Rural.

    4. O que é uma CCI? Ela é registrada no RGI?

    ➔ A cédula de crédito imobiliário é instrumento representativo de um crédito

    hipotecário ou imobiliário já existente cuja origem do crédito decorre de um

    contrato precedente com posterior emissão da cédula para representá-lo.

    Trata-se de título executivo extrajudicial.

    Diferentemente do que ocorre com as cédulas de crédito industrial, à

    exportação e mercantil que ingressam no fólio real por ato de registro em

    sentido estrito, a cédula de crédito imobiliário que contar com garantia real terá

    tão somente a averbação da sua emissão na matrícula do imóvel após o registro

    da garantia real.

    A emissão será averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na

    respectiva matrícula do imóvel dado em garantia e conterá exclusivamente, o

    número, a série e a instituição custodiante.

    Destaca-se que a averbação da emissão da CCI e o registro da garantia do

    crédito respectivo, quando solicitados simultaneamente, serão considerados

    como ato único para efeito de cobrança de emolumentos.

    Quando emitida sob a forma escritural, a CCI permanecerá custodiada em

    instituição financeira e registrada em sistemas de registro e liquidação

    financeira de títulos privados autorizados pelo Banco Central do Brasil.

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    Nesta hipótese, caberá a instituição custodiante identificar o credor, pois

    diferentemente do que ocorre com a cessão de crédito nas cédulas cartulares –

    que é objeto de averbação na matrícula do imóvel -, a cessão de cédulas

    escriturais é dispensada de averbação.

    ➔ (Lei 10.931/2004) Art. 18. É instituída a Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

    para representar créditos imobiliários.

    § 1º A CCI será emitida pelo credor do crédito imobiliário e poderá ser integral,

    quando representar a totalidade do crédito, ou fracionária, quando representar

    parte dele, não podendo a soma das CCI fracionárias emitidas em relação a cada

    crédito exceder o valor total do crédito que elas representam.

    § 2º As CCI fracionárias poderão ser emitidas simultaneamente ou não, a

    qualquer momento antes do vencimento do crédito que elas representam.

    § 3º A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob a

    forma escritural ou cartular.

    § 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da

    instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de

    registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.

    § 4º A emissão da CCI sob a forma escritural ocorrerá por meio de escritura

    pública ou instrumento particular, que permanecerá custodiado em instituição

    financeira.

    § 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da

    instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de

    registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.

    Art. 21. A emissão e a negociação de CCI independe de autorização do devedor

    do crédito imobiliário que ela representa.

    Art. 22. A cessão do crédito representado por CCI poderá ocorrer por meio de

    sistema de entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a

    atividade de depósito centralizado de ativos financeiros na qual a CCI tenha sido

    depositada. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020

    § 1º A cessão do crédito representado por CCI implica automática transmissão

    das respectivas garantias ao cessionário, sub-rogando-o em todos os direitos

    representados pela cédula, ficando o cessionário, no caso de contrato de

    alienação fiduciária, investido na propriedade fiduciária.

    § 2º A cessão de crédito garantido por direito real, quando representado por CCI

    emitida sob a forma escritural, está dispensada de averbação no Registro de

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    Imóveis, aplicando-se, no que esta Lei não contrarie, o disposto nos arts. 286 e

    seguintes da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil Brasileiro.

    [....] Art. 45-A. Para fins do disposto no § 1º do art. 2º da Lei nº 6.385, de 7 de

    dezembro de 1976, a Cédula de Crédito Bancário, o Certificado de Cédulas de

    Crédito Bancário e a Cédula de Crédito Imobiliário são títulos cambiais de

    responsabilidade de instituição financeira ou de entidade autorizada a funcionar

    pelo Banco Central do Brasil, desde que a instituição financeira ou a entidade:

    (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    I - seja titular dos direitos de crédito por eles representados; (Incluído pela

    Lei nº 13.986, de 2020).

    II - preste garantia às obrigações por eles representadas; ou (Incluído pela

    Lei nº 13.986, de 2020).

    III - realize, até a liquidação final dos títulos, o serviço de monitoramento dos

    fluxos de recursos entre credores e devedores e de eventuais inadimplementos.

    (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    .

    5. O que é uma CCB? Ela é registrada no RGI?

    ➔ A cédula de crédito bancário é um título de crédito emitido, por pessoa

    física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a essa

    equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de

    operação de crédito, de qualquer modalidade. Trata-se de título causal que

    surge de negócio jurídico necessário: uma operação dada no sistema

    financeiro.

    Trata-se de título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro,

    certa, líquida e exigível.

    Por si só, a emissão da Cédula de Crédito Bancário não ingressa no

    registro de imóveis.

    Só haverá registro no RGI, quando houver garantia real

    (hipoteca/alienação fiduciária no Livro 2 e/ou penhor rural no Livro 3).

    Destaca-se que a CCB escritural deverá ser objeto de lançamento em

    sistema eletrônico de escrituração.

    ➔ (Lei 10.931/2004) Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito

    emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de

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    entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em

    dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.

    § 1º A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo

    admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição

    domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à

    lei e ao foro brasileiros.

    § 2º A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior

    poderá ser emitida em moeda estrangeira.

    Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, com ou sem garantia,

    real ou fidejussória, cedularmente constituída;

    [...] Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e

    representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela

    indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos

    extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto no § 2º.

    [...] Art. 30. A constituição de garantia da obrigação representada pela Cédula

    de Crédito Bancário é disciplinada por esta Lei, sendo aplicáveis as disposições

    da legislação comum ou especial que não forem com ela conflitantes.

    Art. 31. A garantia da Cédula de Crédito Bancário poderá ser fidejussória ou real,

    neste último caso constituída por bem patrimonial de qualquer espécie,

    disponível e alienável, móvel ou imóvel, material ou imaterial, presente ou futuro,

    fungível ou infungível, consumível ou não, cuja titularidade pertença ao próprio

    emitente ou a terceiro garantidor da obrigação principal.

    Art. 32. A constituição da garantia poderá ser feita na própria Cédula de Crédito

    Bancário ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na Cédula,

    menção a tal circunstância.

    Art. 33. O bem constitutivo da garantia deverá ser descrito e individualizado de

    modo que permita sua fácil identificação.

    Parágrafo único. A descrição e individualização do bem constitutivo da garantia

    poderá ser substituída pela remissão a documento ou certidão expedida por

    entidade competente, que integrará a Cédula de Crédito Bancário para todos os

    fins.

    [...] Art. 42. A validade e eficácia da Cédula de Crédito Bancário não dependem

    de registro, mas as garantias reais, por ela constituídas, ficam sujeitas, para

    valer contra terceiros, aos registros ou averbações previstos na legislação

    aplicável, com as alterações introduzidas por esta Lei.

    6. Existe nota de crédito bancário??

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    A legislação não diferencia a cédula de crédito bancário da nota de crédito

    bancário. Tradicionalmente, a diferença entre cédulas e notas de crédito é dada

    pela existência ou não de garantia real.

    Porém, a Lei 10.931/2004 não trouxe essa diferenciação. Logo, apesar de

    materialmente haver essa distinção, a denominação do título de crédito não

    sofrerá essa modificação.

    .

    7. O que é uma CIR? Ela é registrada no RGI?

    ➔ A Cédula Imobiliária Rural é título de credito nominativo representativo de

    promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito de

    qualquer modalidade que será emitida por proprietário de imóvel rural que

    houver constituído patrimônio rural em afetação (PRA) na matrícula de imóvel e

    conterá obrigação de entregar, em favor do credor, o bem (em sua totalidade ou

    fração) que esteja vinculado ao respectivo PRA.

    Trata-se de título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro,

    certa, líquida e exigível.

    Destaca-se que não há previsão de registro de sua emissão no RGI. O que

    é previsto pela lei é que a CIR será levada a registro ou a depósito em entidade

    autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de registro ou

    depósito centralizado de ativos financeiros e de valores mobiliários.

    Porém, há a previsão de que vencida a CIR e não liquidado o crédito por ela

    representado, o credor possa exercer o direito à transferência para si do imóvel

    rural (em sua totalidade ou fração) que constitui o PRA por meio da aplicação

    por expressa disposição legal das regras do procedimento de consolidação da

    propriedade fiduciária.

    ➔ (Lei 13.986/2020) Art. 17. Fica instituída a CIR, título de crédito nominativo,

    transferível e de livre negociação, representativa de:

    I - promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito de

    qualquer modalidade; e

    II - obrigação de entregar, em favor do credor, bem imóvel rural, ou fração deste,

    vinculado ao patrimônio rural em afetação, e que seja garantia da operação de

    que trata o inciso I do caput deste artigo, nas hipóteses em que não houver o

    pagamento da operação até a data do vencimento.

    Art. 18. Fica legitimado para emitir a CIR o proprietário de imóvel rural, pessoa

    natural ou jurídica, que houver constituído patrimônio rural em afetação na

    forma prevista no Capítulo II desta Lei.

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    § 1º A CIR será garantida por parte ou por todo o patrimônio rural em afetação,

    observada a identificação prevista no inciso VIII do caput do art. 22 desta Lei.

    § 2º A CIR poderá ser emitida sob a forma escritural, mediante lançamento em

    sistema de escrituração autorizado a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

    Art. 19. A CIR será levada a registro ou a depósito em entidade autorizada pelo

    Banco Central do Brasil a exercer a atividade de registro ou depósito

    centralizado de ativos financeiros e de valores mobiliários, nos termos da Lei nº

    12.810, de 15 de maio de 2013, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data

    de sua emissão.

    § 1º O registro ou o depósito realizado no prazo estabelecido no caput deste

    artigo é condição necessária para que a CIR tenha eficácia executiva sobre o

    patrimônio rural em afetação a ela vinculado.

    Art. 20. A CIR poderá ser garantida por terceiros, inclusive por instituição

    financeira ou por seguradora.

    Art. 21. A CIR é título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro,

    certa, líquida e exigível, correspondente ao valor nela indicado ou ao saldo

    devedor da operação de crédito que representa.

    § 1º A CIR poderá receber aval, que constará do registro ou do depósito de que

    trata o caput do art. 19 ou da cártula.

    § 2º Fica dispensado o protesto para assegurar o direito de regresso contra

    endossantes e avalistas.

    Art. 22. A CIR conterá os seguintes requisitos lançados em seu contexto:

    I - a denominação “Cédula Imobiliária Rural”;

    II - a assinatura do emitente;

    III - o nome do credor, permitida a cláusula à ordem;

    IV - a data e o local da emissão;

    V - a promessa do emitente de pagar o valor da CIR em dinheiro, certo, líquido e

    exigível no seu vencimento;

    VI - a data e o local do pagamento da dívida e, na hipótese de pagamento

    parcelado, as datas e os valores de cada prestação;

    VII - a data de vencimento;

    VIII - a identificação do patrimônio rural em afetação, ou de sua parte,

    correspondente à garantia oferecida na CIR; e

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    IX - a autorização irretratável para que o oficial de registro de imóveis processe,

    em favor do credor, o registro de transmissão da propriedade do imóvel rural,

    ou da fração, constituinte do patrimônio rural em afetação vinculado à CIR, de

    acordo com o disposto no art. 28 desta Lei.

    § 1º Quando a área rural constitutiva do patrimônio rural em afetação vinculado

    à CIR estiver contida em imóvel rural de maior área, ou quando apenas parte do

    patrimônio rural em afetação estiver vinculada à CIR, o oficial de registro de

    imóveis, de ofício e à custa do beneficiário final, efetuará o desmembramento e

    estabelecerá a matrícula própria correspondente.

    § 2º Na hipótese prevista no caput deste artigo, aplica-se, no que couber, o

    disposto nos arts. 26 e 27 da Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997,

    respeitado o disposto no § 3º deste artigo.

    8. Cédulas de Crédito são títulos causais??

    ➔ Sim. As cédulas de crédito são títulos causais, pois guardam vínculo com

    a causa que lhes deu origem (antecedente jurídico originário da obrigação

    cartular), o que resulta na necessidade de observação da convenção

    constitutiva da relação cambial.

    Comumente, as cédulas de crédito são originadas de operações

    financeiras realizadas com credores de instituição financeira cuja destinação

    do empréstimo costuma ser vinculada (rural, industrial, comercial e de

    exportação).

    9. Cédulas de Crédito são títulos de crédito?? São contratos? São títulos

    executivos? São assinadas pelo credor?

    ➔ As cédulas de crédito são títulos de crédito por disposição legal, mas na

    maioria das espécies apresentam estrutura formal de contratos (podem conter

    um ou mais contratos) com a presença cláusulas diversas. São contratos com

    natureza jurídica (ex vi legis) de títulos de crédito.

    Para o STJ, são considerados títulos executivos extrajudiciais, sendo

    líquidos, certos e exigíveis. Porém, também comportam revisão na via judicial,

    mormente por serem suas cláusulas previamente elaboradas pela instituição

    bancária, caracterizando um tipo de contrato de adesão.

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    Em sua maioria, são emitidas apenas pelo emitente (em regra, o devedor

    e, quando houver, o interveniente garantidor); e não necessitam da assinatura

    de testemunhas para que adquiram executoriedade.

    Consistem em uma declaração unilateral de vontade, de modo que a

    adesão do credor à operação (quando o emitente é o devedor), dá-se pelo

    lançamento da operação financeira em sua contabilidade provando a sua

    vinculação ao documento elaborado por seus propostos.

    ➔ “As Cédulas de Crédito Rural, Industrial, à Exportação, Comercial e

    Bancário representam promessa de pagamento em dinheiro, configurando,

    portanto, uma obrigação de solver dívida líquida e certa (obrigação de fazer). De

    outro lado, a CPR consagra uma promessa de entrega de produtos rurais (o

    credor empresta recursos ou fornece produtos, e o devedor se compromete a

    entregar toda ou parte da sua produção), cabendo ação de execução por quantia

    certa, se se tratar de CPR com liquidação financeira (art. 4º-A, §2º, da Lei nº

    8.929/1994), ou ação de execução para entrega de coisa incerta, se se tratar de

    CPR que não preveja a liquidação financeira (art. 15 da Lei nº 8.929/1994).

    Caráter diferenciado é o da CCI, pois ela representa créditos imobiliários (art. 18

    e §1º da Lei nº 10.931/2004), isto é, a contratação de um financiamento de bem

    imóvel.

    As Cédulas de Crédito Rural têm natureza civil (art. 10 do Decreto-lei nº

    167/1967). O legislador considerou a contratação de crédito rural como civil,

    não vislumbrando nela caráter comercial, tendo em vista que o emitente e o

    credor não se encontram em posição de igualdade (presunção de desequilíbrio

    em prol do emitente).

    As demais cédulas (industrial, à exportação, comercial, de produto rural e

    bancária), conforme arts. 10 do Decreto-lei nº 413/1969 e da Lei nº 8.929/1994,

    art. 3º da Lei nº 6.313/975, art. 5º da Lei nº 6.840/1980 e art. 26 da Lei nº

    10.931/2004, são títulos de crédito regidos pelo direito cambial. A elas se

    aplicam os princípios da cartularidade e da literalidade. De consequência, vale

    o que está no título, que assim se considera quando observados os requisitos

    legais(art. 887 do Código Civil), independentemente de outras formalidades

    (razão da dispensa do reconhecimento de firma). Por outro lado, a não

    observância dos requisitos descaracterizará o título como cambial, deixando de

    ser uma cédula.

    Com efeito, enquanto as Cédulas de Crédito Rural têm natureza civil, e as

    demais enfrentadas nesta exposição têm natureza de títulos cambiais, ambas

    têm pontos de contato que são a emissão pelos devedores e a representação

    de um financiamento para determinado setor da economia, o qual poderá ou

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    não contar com garantias reais. Nestes casos, o financiamento nascerá

    concomitantemente com a emissão do título e com os registros competentes,

    seja das cédulas e/ou de suas garantias.

    E isso as difere da Cédula Hipotecária (art. 10 do Decreto-Lei nº 70/1966)

    e da CCImob. (art. 18 da Lei nº 10.931/2004), as quais não são títulos de crédito,

    mas apenas representam um crédito hipotecário ou imobiliário já existente.

    Assim, estas se distinguem das demais, porque o direito do credor não se

    origina da emissão do título, mas sim de um contrato anterior.

    Importa destacar uma peculiaridade das Cédulas de Crédito Rural e

    Bancário e da CPR, que podem ser emitidas com ou sem garantia real, o que as

    distingue das demais (industrial, à exportação e comercial). Todavia, como

    regra, o credor não dispensa a garantia real do crédito concedido.

    A título de informação, temos também as Notas de Crédito Rural, Industrial,

    à Exportação e Comercial, as quais representam promessa de pagamento em

    dinheiro, só que sem garantia real, podendo apresentar garantias pessoais

    (fiança ou aval). Servem, basicamente, para constituir um crédito privilegiado

    ao credor. Distingue-se a Nota de Crédito Rural das demais pelo fato de que ela,

    e tão somente ela, deve ser registrada no Livro nº 3 – Registro Auxiliar, do

    Registro de Imóveis da circunscrição em que esteja situado o imóvel cuja

    exploração se destina o financiamento cedular (art. 30, d, do Decreto-lei nº

    167/1967), ao passo que as demais não são registráveis (art. 18 do Decreto-lei

    nº 413/1969).” (IRIB, 2016, p. 12)

    ➔ COMERCIAL E PROCESSUAL. CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL

    CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA APÓS O VENCIMENTO. CAPITALIZAÇÃO

    JUROS. INADIMPLÊNCIA PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA SÚMULAS N. 282

    E 356-STF. TÍTULO DE CRÉDITO. EXECUTORIEDADE. CPC, ART. 585, VII.

    CORREÇÃO MONETÁRIA. MARÇO/90. BTNF.

    I. Não se conhece de questões que não foram objetivamente versadas no

    acórdão recorrido, para as quais não houve a necessária provocação mediante

    embargos declaratórios, atraindo a incidência das Súmulas n. 282 e 356-STF.

    II. Aos títulos de crédito, assim reconhecidos em lei, dispensa-se a formalidade

    exigida aos contratos particulares, de assinatura de duas testemunhas, para

    que adquiram executoriedade.

    III. Segundo o entendimento pacífico da Egrégia Segunda Seção, no mês de

    março de 1990, a correção monetária de débitos com cédulas industriais, deve

    ser calculada pelo percentual de variação do BTNF, no percentual de 41,28%.

    Ressalva do ponto de vista do relator.

    IV. Recurso especial conhecido em parte e desprovido.

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    (RECURSO ESPECIAL Nº 215.265 - GO (1999/0044143-5))

    .

    10. Quais são as espécies de cédula (quanto à garantia)??

    ➔ Em relação à garantia, podemos classificar as cédulas de crédito da

    seguinte forma:

    o Cédula Hipotecária: cédula que possui como garantia hipoteca de

    bem imóvel;

    o Cédula Pignoratícia: cédula que possui como garantia penhor de bem

    móvel, de títulos de crédito ou de penhor direitos, suscetíveis de

    cessão, sobre coisas móveis;

    o Cédula Pignoratícia e Hipotecária: cédula que possui como garantia

    hipoteca de bem imóvel e penhor de bem móvel, de títulos de crédito

    ou de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis;

    o Cédula Fiduciária: cédula que possui como garantia alienação

    fiduciária sobre bens móveis, imóveis ou direitos;

    o Nota de Crédito: cédula que possui garantia não real (fidejussória);

    11. Quais são as espécies de cédula (quanto à finalidade)??

    ➔ Em relação à finalidade, podemos classificar as cédulas de crédito da

    seguinte forma:

    o Rural;

    o Industrial;

    o Comercial;

    o Exportação;

    o Bancária (cédula cuja finalidade do financiamento é livre);

    o Imobiliária;

    ➔ (DL 167/1967) Art 1º O financiamento rural concedido pelos órgãos

    integrantes do sistema nacional de crédito rural e pessoa física ou jurídica

    poderá efetivar-se por meio das células de crédito rural previstas neste Decreto-

    lei.

    Parágrafo único. Faculta-se a utilização das cédulas para os financiamentos da

    mesma natureza concedidos pelas cooperativas rurais a seus associados ou às

    suas filiadas.

    ➔ (DL 413/1969) Art 1º O financiamento concedido por instituições

    financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade industrial

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    poderá efetuar-se por meio da cédula de crédito industrial prevista neste

    Decreto-lei.

    ➔ (Lei 6.313/1975) Art 1º As operações de financiamento à exportação ou à

    produção de bens para exportação, bem como às atividades de apoio e

    complementação integrantes e fundamentais da exportação, realizadas por

    instituições financeiras, poderão ser representadas por Cédula Crédito à

    Exportação e por Nota de Crédito à Exportação com características idênticas,

    respectivamente, à Cédula de Crédito Industrial e à Nota de Crédito Industrial,

    instituídas pelo Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro de 1969.

    Parágrafo único. A Cédula de Crédito à Exportação e a Nota de Crédito à

    Exportação poderão ser emitidas por pessoas físicas e jurídicas, que se

    dediquem a qualquer das atividades referidas neste artigo.

    ➔ (Lei 6.840/1980) Art. 1º As operações de empréstimo concedidas por

    instituições financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique a atividade

    comercial ou de prestação de serviços poderão ser representadas por Cédula

    de Crédito Comercial e por nota de Crédito Comercial.

    Art. 2º A aplicação de crédito decorrente da operação de que trata o artigo

    anterior poderá ser ajustada em orçamento assinado pelo financiado e

    autenticado pela instituição financeira, dele devendo constar expressamente

    qualquer alteração que convencionarem.

    ➔ (Lei 10.931/2004) Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito

    emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de

    entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em

    dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.

    § 1º A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo

    admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição

    domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à

    lei e ao foro brasileiros.

    § 2º A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior

    poderá ser emitida em moeda estrangeira.

    12. Quais são as formas de escrituração de cédulas de crédito??

    ➔ As cédulas de crédito podem ser escrituradas de forma escritural ou

    cartular.

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    São considerados escriturais as cédulas que se destinam a custódia em

    instituições financeiras cujas movimentações são rastreadas em sistemas

    eletrônicos de registro, a exemplo do que ocorre com a cédula de crédito

    imobiliária escritural.

    Destaca-se que com o advento da Lei 13.986/2020, os regramentos das

    Cédulas de Produto Rural, Cédulas de Crédito Rural e Cédula de Crédito Bancária

    passaram a prever a possibilidade da emissão desses títulos sob a forma

    escritural em sistema eletrônico de escrituração mantido em entidade

    autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de escrituração.

    ➔ (DL 167/67) Art. 10-A. A cédula de crédito rural poderá ser emitida sob a

    forma escritural em sistema eletrônico de escrituração. (Incluído pela Lei

    nº 13.986, de 2020).

    § 1º O sistema eletrônico de escrituração de que trata o caput deste artigo será

    mantido em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a

    atividade de escrituração. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 2º Compete ao Banco Central do Brasil: (Incluído pela Lei nº 13.986, de

    2020).

    I - estabelecer as condições para o exercício da atividade de escrituração de

    que trata o § 1º deste artigo; e (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    II - autorizar e supervisionar o exercício da atividade prevista no inciso I deste

    parágrafo. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 3º A autorização de que trata o inciso II do § 2º deste artigo poderá, a critério

    do Banco Central do Brasil, ser concedida por segmento, por espécie ou por

    grupos de entidades que atendam a critérios específicos, dispensada a

    autorização individualizada. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 4º As infrações às normas legais e regulamentares que regem a atividade de

    escrituração eletrônica sujeitam a entidade responsável pelo sistema eletrônico

    de escrituração, os seus administradores e os membros de seus órgãos

    estatutários ou contratuais ao disposto na Lei nº 13.506, de 13 de novembro de

    2017. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    Art. 10-B. A entidade responsável pelo sistema eletrônico de escrituração de

    que trata o art. 10-A deste Decreto-Lei expedirá, mediante solicitação, certidão

    de inteiro teor do título, inclusive para fins de protesto e de execução judicial.

    (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    Parágrafo único. A certidão de que trata o caput deste artigo poderá ser emitida

    na forma eletrônica, observados os requisitos de segurança que garantam a

    autenticidade e a integridade do documento. (Incluído pela Lei nº 13.986,

    de 2020).

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    ➔ (Lei 8.929/94) Art. 3º-A. A CPR poderá ser emitida sob a forma cartular ou

    escritural. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 1º A emissão na forma escritural, que poderá valer-se de processos

    eletrônicos ou digitais, será objeto de lançamento em sistema eletrônico de

    escrituração gerido por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de escrituração. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 2º A CPR emitida sob a forma cartular assumirá a forma escritural enquanto

    permanecer depositada em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores

    mobiliários. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 3º Os negócios ocorridos durante o período em que a CPR emitida sob a forma

    cartular estiver depositada não serão transcritos no verso do título, cabendo ao

    sistema referido no § 1º deste artigo o controle da titularidade. (Incluído

    pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 4º A CPR será considerada ativo financeiro, para os fins de registro e de

    depósito em entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil a exercer tais

    atividades. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    ➔ (Lei 10.931/2004) Art. 18. É instituída a Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

    para representar créditos imobiliários.

    [...] § 4º A emissão da CCI sob a forma escritural ocorrerá por meio de escritura

    pública ou instrumento particular, que permanecerá custodiado em instituição

    financeira. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)

    § 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da

    instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de

    registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a

    exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.

    (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    § 4º-B. O Conselho Monetário Nacional poderá estabelecer as condições para

    o registro e o depósito centralizado de CCI e a obrigatoriedade de depósito da

    CCI em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade

    de depósito centralizado de ativos financeiros. (Incluído pela Lei nº 13.986,

    de 2020).

    § 4º-C Na hipótese de a CCI ser liquidada antes de ser negociada, a instituição

    custodiante declarará a inexistência do registro ou do depósito de que trata o §

    4º-A deste artigo, para fins do disposto no art. 24 desta Lei. (Incluído pela

    Lei nº 13.986, de 2020).

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    13. Quais os principais requisitos para a emissão de uma cédula de crédito?

    ➔ A denominação cédulas de crédito é mais comumente utilizada em nosso

    ordenamento jurídico para os títulos que representam promessa de pagamento

    do devedor em favor de um credor e costumam exigir para a sua formalização

    a indicação de:

    o denominação;

    o promessa de adimplemento;

    o forma de pagamento;

    o indicação do credor;

    o valor do crédito;

    o finalidade do financiamento;

    o definição da garantia real (quando houver);

    o encargos financeiros;

    o praça de pagamento;

    o data, local e assinatura.

    ➔ (DL 70/66) Art 15. A cédula hipotecária conterá obrigatòriamente:

    I - No anverso:

    a) nome, qualificação e enderêço do emitente, e do devedor;

    b) número e série da cédula hipotecária, com indicação da parcela ou totalidade

    do crédito que represente;

    c) número, data, livro e fôlhas do Registro-Geral de Imóveis em que foi inscrita

    a hipoteca, e averbada a cédula hipotecária;

    d) individualização, do imóvel dado em garantia;

    e) o valor da cédula, como previsto nos artigos 10 e 12, os juros convencionados

    e a multa estipulada para o caso de inadimplemento;

    f) o número de ordem da prestação a que corresponder a cédula hipotecária,

    quando houver;

    g) a data do vencimento da cédula hipotecária ou, quando representativa de

    várias prestações, os seus vencimentos de amortização e juros;'

    h) a autenticação feita pelo oficial do Registro-Geral de Imóveis;

    i) a data da emissão, e as assinaturas do emitente, com a promessa de

    pagamento do devedor;

    j) o lugar de pagamento do principal, juros, seguros e taxa.

    II - No verso, a menção ou locais apropriados para o lançamento dos seguintes

    elementos:

    a) data ou datas de transferência por endôsso;

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    b) nome, assinatura e enderêço do endossante;

    c) nome, qualificação, endereço e assinatura do endossatário;

    d) as condições do endôsso;

    e) a designação do agente recebedor e sua comissão.

    Parágrafo único. A cédula hipotecária vinculada ao Sistema Financeiro da

    Habitação deverá conter ainda, no verso, a indicação dos seguros obrigatórios,

    estipulados pelo Banco Nacional da Habitação.

    ➔ (DL 167/67) Art 14. A cédula rural pignoratícia conterá os seguintes

    requisitos, lançados no contexto:

    I - Denominação "Cédula Rural Pignoratícia".

    II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou

    prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos têrmos da cláusula Forma de

    Pagamento abaixo" ou "nos têrmos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo".

    III - Nome do credor e a cláusula à ordem.

    IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com

    indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e

    a forma de sua utilização.

    V - Descrição dos bens vinculados em penhor, que se indicarão pela espécie,

    qualidade, quantidade, marca ou período de produção, se fôr o caso, além do

    local ou depósito em que os mesmos bens se encontrarem.

    VI - Taxa dos juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se houver, e o tempo

    de seu pagamento.

    VII - Praça do pagamento.

    VIII - Data e lugar da emissão.

    IX - assinatura do emitente ou de representante com poderes especiais,

    admitida a assinatura sob a forma eletrônica, desde que garantida a

    identificação inequívoca de seu signatário. (Redação dada pela Lei nº

    13.986, de 2020

    [...] Art 20. A cédula rural hipotecária conterá os seguintes requisitos, lançados

    no contexto:

    I - Denominação "Cédula Rural Hipotecária".

    II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou

    prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos têrmos da cláusula Forma de

    Pagamento abaixa" ou "nos têrmos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo".

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    III - Nome do credor e a cláusula à ordem.

    IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com

    indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e

    a forma de sua utilização.

    V - Descrição do imóvel hipotecado com indicação do nome, se houver,

    dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição e anotações

    (número, livro e fôlha) do registro imobiliário.

    VI - Taxa dos juros a pagar e a da comissão de fiscalização, se houver, e tempo

    de seu pagamento.

    VII - Praça do pagamento.

    VIII - Data e lugar da emissão.

    IX - assinatura do emitente ou de representante com poderes especiais,

    admitida a assinatura sob a forma eletrônica, desde que garantida a

    identificação inequívoca de seu signatário. (Redação dada pela Lei nº

    13.986, de 2020)

    [...] Art 25. A cédula rural pignoratícia e hipotecária conterá os seguintes

    requisitos, lançados no contexto:

    I - Denominação "Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária".

    II - Data e condições de pagamento havendo prestações periódicas ou

    prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos têrmos da cláusula Forma de

    Pagamento abaixo" ou "nos têrmos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo".

    Ill - Nome do credor e a cláusula à ordem.

    IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com

    indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e

    a forma de sua utilização.

    V - Descrição dos bens vinculados em penhor, os quais se indicarão pela

    espécie, qualidade, quantidade, marca ou período de produção se fôr o caso,

    além do local ou depósito dos mesmos bens.

    VI - Descrição do imóvel hipotecado com indicação do nome, se houver,

    dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição e anotações

    (número, livro e fôlha) do registro imobiliário.

    VII - Taxa dos juros a pagar e da comissão de fiscalização, se houver, e tempo

    de seu pagamento.

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    VIII - Praça do pagamento.

    IX - Data e lugar da emissão.

    X - assinatura do emitente ou de representante com poderes especiais, admitida

    a assinatura sob a forma eletrônica, desde que garantida a identificação

    inequívoca de seu signatário. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)

    ➔ (DL 413/69) Art 14. A cédula de crédito industrial conterá os seguintes

    requisitos, lançados no contexto:

    I - Denominação "Cédula de Crédito Industrial".

    II - Data do pagamento, se a cédula fôr emitida para pagamento parcelado,

    acrescentar-se-á cláusula discriminando valor e data de pagamento das

    prestações.

    III - Nome do credor e cláusula à ordem.

    IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos por extenso, e a forma de

    sua utilização.

    V - Descrição dos bens objeto do penhor, ou da alienação fiduciária, que se

    indicarão pela espécie, qualidade, quantidade e marca, se houver, além do local

    ou do depósito de sua situação, indicando-se, no caso de hipoteca, situação,

    dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição do imóvel e

    anotações (número, livro e fôlha) do registro imobiliário.

    VI - Taxa de juros a pagar e comissão de fiscalização, se houver, e épocas em

    que serão exigíveis, podendo ser capitalizadas.

    VII - Obrigatoriedade de seguro dos bens objeto da garantia.

    VIII - Praça do pagamento.

    IX - Data e lugar da emissão.

    X - Assinatura do próprio punho do emitente ou de representante com pôderes

    especiais.

    ➔ (Lei 6.313/75) Art 5º A Cédula de Crédito à Exportação e a Nota de Crédito

    à Exportação obedecerão aos modelos anexos ao Decreto-Lei nº 413, de 9 de

    janeiro de 1969, respeitada, porém, em cada caso, a respectiva denominação.

    ➔ (Lei 6.840/1980) Art. 5º Aplicam-se à Cédula de Crédito Comercial e à Nota

    de Crédito Comercial as normas do Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro 1969,

    inclusive quanto aos modelos anexos àquele diploma, respeitadas, em cada

    caso, a respectiva denominação e as disposições desta Lei.

    ➔ (Lei 8.929/1994) Art. 3º A CPR conterá os seguintes requisitos, lançados

    em seu contexto:

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    I - denominação “Cédula de Produto Rural” ou “Cédula de Produto Rural com

    Liquidação Financeira”, conforme o caso;. (Redação da pela Lei nº 13.986,

    de 2020

    II - data da entrega ou vencimento e, se for o caso, cronograma de liquidação; .

    (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020

    III - nome e qualificação do credor e cláusula à ordem; . (Redação da pela

    Lei nº 13.986, de 2020

    IV - promessa pura e simples de entrega do produto, sua indicação e as

    especificações de qualidade, de quantidade e do local onde será desenvolvido

    o produto rural; . (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020)

    V - local e condições da entrega;

    VI - descrição dos bens cedularmente vinculados em garantia, com nome e

    qualificação dos seus proprietários e nome e qualificação dos garantidores

    fidejussórios; . (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020

    VII - data e lugar da emissão;

    VIII - nome, qualificação e assinatura do emitente e dos garantidores, que

    poderá ser feita de forma eletrônica; . (Redação da pela Lei nº 13.986, de

    2020

    IX - forma e condição de liquidação; e (Incluído pela Lei nº 13.986, de

    2020).

    X - critérios adotados para obtenção do valor de liquidação da cédula.

    (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).

    ➔ (Lei 10.931/2004) Art. 19. A CCI deverá conter:

    I - a denominação "Cédula de Crédito Imobiliário", quando emitida

    cartularmente;

    II - o nome, a qualificação e o endereço do credor e do devedor e, no caso de

    emissão escritural, também o do custodiante;

    III - a identificação do imóvel objeto do crédito imobiliário, com a indicação da

    respectiva matrícula no Registro de Imóveis competente e do registro da

    constituição da garantia, se for o caso;

    IV - a modalidade da garantia, se for o caso;

    V - o número e a série da cédula;

    VI - o valor do crédito que representa;

    VII - a condição de integral ou fracionária e, nessa última hipótese, também a

    indicação da fração que representa;

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    VIII - o prazo, a data de vencimento, o valor da prestação total, nela incluídas as

    parcelas de amortização e juros, as taxas, seguros e demais encargos

    contratuais de responsabilidade do devedor, a forma de reajuste e o valor das

    multas previstas contratualmente, com a indicação do local de pagamento;

    IX - o local e a data da emissão;

    X - a assinatura do credor, quando emitida cartularmente;

    XI - a autenticação pelo Oficial do Registro de Imóveis competente, no caso de

    contar com garantia real; e

    XII - cláusula à ordem, se endossável.

    14. O que é uma cédula hipotecária? Ela é registrada no RGI?? Como se dá seu

    cancelamento?

    ➔ A cédula hipotecária é título representativo emitido pelo credor da

    totalidade ou fração de crédito hipotecário. A sua emissão será averbada na

    matrícula do imóvel e terá sido antecedida pelo registro da hipoteca

    correspondente.

    Tem como finalidade facilitar a circulação do crédito hipotecário. Será

    nominativa, transferível por endosso e só poderá circular após a averbação de

    sua emissão na matrícula do imóvel.

    ➔ (DL 70/66) Art 10. É instituída a cédula hipotecária para hipotecas inscritas

    no Registro Geral de Imóveis, como instrumento hábil para a representação dos

    respectivos créditos hipotecários, a qual poderá ser emitida pelo credor

    hipotecário nos casos de:

    I - operações compreendidas no Sistema Financeiro da Habitação;

    II - hipotecas de que sejam credores instituições financeiras em geral, e

    companhias de seguro;

    III - hipotecas entre outras partes, desde que a cédula hipotecária seja

    originàriamente emitida em favor das pessoas jurídicas a que se refere o inciso

    II supra.

    § 1º A cédula hipotecária poderá ser integral, quando representar a totalidade

    do crédito hipotecário, ou fracionária, quando representar parte dêle, entendido

    que a soma do principal das cédulas hipotecárias fracionárias emitidas sôbre

    uma determinada hipoteca e ainda em circulação não poderá exceder, em

    hipótese alguma, o valor total do respectivo crédito hipotecário em nenhum

    momento.

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    § 2º Para os efeitos do valor total mencionado no parágrafo anterior, admite-se

    o cômputo das correções efetivamente realizadas, na forma do artigo 9º, do

    valor Monetário da dívida envolvida.

    § 3º As cédulas hipotecárias fracionárias poderão ser emitidas em conjunto ou

    isoladamente a critério do credor, a qualquer momento antes do vencimento da

    correspondente dívida hipotecária.

    Art 13. A cédula hipotecária só poderá ser lançada à circulação depois de

    averbada à margem da inscrição da hipoteca a que disser respeito, no Registro-

    Geral de Imóveis, observando-se para essa averbação o disposto na legislação

    e regulamentação dos serviços concernentes aos registros públicos, no que

    couber.

    Parágrafo único. Cada cédula hipotecária averbada será autenticada pelo Oficial

    do Registro-Geral de Imóveis competente, com indicação de seu número, série

    e data, bem como do livro, fôlhas e a data da inscrição da hipoteca a que

    corresponder a emissão e à margem da qual fôr averbada.

    Art 16. A cédula hipotecária é sempre nominativa, e de emissão do credor da

    hipoteca a que disser respeito, podendo ser transferida por endôsso em prêto

    lançado no seu verso, na forma do artigo 15, II, aplicando-se à espécie, no que

    êste decreto-lei não contrarie, os artigos 1.065 e seguintes do Código Civil.

    Parágrafo único. Emitida a cédula hipotecária, passa a hipoteca sôbre a qual

    incidir e fazer parte integrante dela, acompanhando-a nos endossos

    subseqüentes, sub-rogando-se automàticamente o favorecido ou o

    endossatário em todos os direitos creditícios respectivos, que serão exercidos

    pelo último dêles, titular pelo endôsso em prêto.

    [...] Art 24. O cancelamento da averbação da cédula hipotecária e da inscrição

    da hipoteca respectiva, quando se trate de liquidação integral desta, far-se-ão:

    I - à vista das cédulas hipotecárias devidamente quitadas, exibidas pelo

    devedor ao Oficial do Registro Geral de Imóveis;

    II - nos casos dos artigos 18 e 20, in fine ;

    III - por sentença judicial transitada em julgado.

    Parágrafo único. Se o devedor não possuir a cédula hipotecária quitada, poderá

    suprir a falta com a apresentação de declaração de quitação do emitente ou

    endossante em documento à parte.

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    15. A hipoteca de um imóvel pode restringir a sua disponibilidade??

    ➔ A regra geral é que a oneração de um imóvel pela realização de hipoteca

    não impede a sua alienação, sendo prevista a nulidade de qualquer cláusula

    nesse sentido, apesar de possibilitar a previsão do vencimento antecipado da

    dívida, nos termos do Código Civil.

    Porém, as hipotecas cedulares (no âmbito cédulas de crédito rural,

    industrial, à exportação e mercantil) são dotadas de efeitos especiais, sobretudo

    com o fito de proteção dos setores econômicos a que se referem.

    Trata-se dos efeitos da impenhorabilidade e inalienabilidade do bem

    conferido em garantia, tornando-o exclusivo em favor do credor e limitando a

    possibilidade de oferecer o mesmo bem em garantias subsequentes, exceto

    com a anuência do credor original.

    . Porém, é necessário destacar que há julgados que admitiram a penhora de

    imóveis sobre os quais incide o registro da hipoteca cedular, nas hipóteses de:

    i) execução fiscal; ii) anuência do credor; iii) quando discutida obrigação propter

    rem, especialmente se a execução versar a respeito de contribuição

    condominial; iv) nos casos de penhora