proposta de reestruturaÇÃo do espaÇo aÉreo · e os responsáveis dos serviços de tráfego...

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PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO FIR Beira FQBE Maputo

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PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO 

DO 

ESPAÇO AÉREO 

 

FIR Beira ‐ FQBE 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maputo 

 

 __________________________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________________________ V_1.0  11JUL14   1 

 

 

 

PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO 

(Força Aérea de Moçambique) 

 

 

1. Introdução 

 

No âmbito das atividades constantes do Programa‐Quadro de Cooperação Técnico‐

Militar  Portugal‐Moçambique  2014‐2016,  Núcleo  de  Cooperação  Conjunta,  Projeto  4, 

decorreu uma assessoria à Força Aérea de Moçambique, com uma componente  relativa à 

conceptualização do espaço aéreo e à implementação de um sistema para a sua gestão. 

 

Um  dos  objetivos  desta  assessoria  foi  a  elaboração  de  um  estudo  técnico,  em 

conjunto com os responsáveis da Força Aérea de Moçambique, que sustente a preparação 

de  uma  proposta  de  criação  de  áreas  de  treino militares,  a  estabelecer  na  estrutura  do 

espaço aéreo de Moçambique, em conformidade com a  legislação nacional e  internacional 

aplicável. 

 

O estabelecimento das áreas acima  referidas  implica um processo de  coordenação 

que envolve, para além dos militares moçambicanos, entidades civis como o IACM (Instituto 

da  Aviação  Civil  de  Moçambique)  na  qualidade  de  regulador  e  a  empresa  ADM,  E.P. 

(Aeroportos de Moçambique) na qualidade de prestador de Serviços de Tráfego Aéreo (ATS 

– Air Traffic Services). 

 

Nesse sentido foram estabelecidos contatos com as entidades civis que culminaram 

com a realização de uma reunião no  IACM com a presença dos assessores da Força Aérea 

Portuguesa, do Dr. Vasco Heitor (Vice‐presidente), do Dr. Dalilo Amadé (Inspetor ATM) e do 

Sr. Carlo Bernasconi (Assessor ICAO do IACM). 

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Nas  instalações  da  Base  Aérea  de Mavalane,  decorreu  uma  reunião  de  trabalho 

coordenada pelo Comandante da Aviação, com representantes das Esquadras de voo AN26, 

MI‐8/MI‐24, MIG‐21/L‐39  e  Escola  Prática  de Aviação,  no  sentido  de  definir  os  requisitos 

operacionais e elencar as necessidades de cada frota no que respeita a áreas de trabalho e 

rotas para treino das missões atribuídas. 

 

Procedeu‐se  assim  à  definição  dos  requisitos  operacionais  em  termos  de  espaço 

aéreo para cada  frota  tendo em conta os  tipos de missão, características das aeronaves e 

equipamentos de navegação. Os dados recolhidos permitiram estabelecer os envelopes de 

espaço aéreo necessários que serviram de base para a elaboração do estudo técnico. 

 

Refira‐se ainda a reunião de trabalho entre os assessores da Força Aérea Portuguesa 

e os responsáveis dos Serviços de Tráfego Aéreo de Maputo, que contou com a presença do 

controlador aéreo da Força Aérea de Moçambique, a realizar estágio nesses serviços. Seguiu‐

se uma visita ao Despacho, ao Centro de Controlo e á Torre de Controlo de Maputo, a fim de 

obter  informações  acerca  dos  fluxos  de  tráfego  aéreo  na  zona  e melhor  percecionar  a 

realidade do tráfego aéreo local. 

 

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2. Estudo Técnico 

 

Uma correta gestão do espaço aéreo previne a interferência mútua entre os diversos 

utilizadores,  facilita  a  identificação  em  termos  de  defesa  aérea  e  acomoda  os  fluxos  de 

tráfego de forma segura. 

 

A entrada em operação de novas unidades aéreas e frotas militares, representa um 

acréscimo das necessidades de aprontamento de aeronaves e tripulações, o que aconselha à 

criação de áreas específicas para o seu treino. 

 

O presente estudo técnico propõe a criação de quatro conjuntos de áreas conforme 

requisitos operacionais das diferentes Esquadras de voo e ainda a criação de uma estrutura 

de rotas para tráfego operacional (OAT – Operational Air Traffic). 

 

As áreas propostas adotarão a designação de Áreas Restritas (R), com a numeração 

determinada pelo  regulador, sendo permanentes ou ativadas por NOTAM conforme vier a 

ser definido nos termos do Regulamento MOZCAR parte 71 (Organização e Gestão do Espaço 

Aéreo).  

 

Não  foi  abordada  neste  estudo,  a  questão  do  eventual  cancelamento  de  áreas  já 

existentes  na  estrutura  do  espaço  aéreo,  que  se  possam  considerar  desadequadas,  ou 

passíveis de alteração dos seus limites horizontais e verticais. 

 

O desenho das áreas propostas respeita a legislação ICAO (International Civil Aviation 

Organization)  aplicável,  nomeadamente  no  que  concerne  à  definição  dos  seus  limites 

laterais,  tendo  em  conta  as  normas  referentes  a  separação  aos  corredores  aéreos  e 

integração nas áreas terminais. 

 

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3. Metadata 

 

Data do estudo  JUL 2014 

Entidade  Força Aérea Portuguesa 

Âmbito  Cooperação Técnico‐militar com Moçambique 

   

Método utilizado  SIG – Sistema de Informação Geográfica 

Software  AutoCAD® Map 3D 2013 

   

Sistema de coordenadas  UTM 36S 

Datum  WGS84 

   

Dados 

AIP Moçambique  Emenda AIRAC 16/13 ‐ 20NOV13 Effective date 09JAN14 

DOD Flight Information Publication ENROUTE AFRICA – AFR 1 MAY 2014 Effective 01MAY14 to 21AUG14 

 

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4. Documentação de referência 

 

ICAO (International Civil Aviation Organization) 

‐ Annex 11 – Air Traffic Services 

‐ Doc 8168 (PANS‐OPS) Vol. II – Construction of Visual and Instrument Procedures 

‐ Doc 4444 (PANS‐ATM) – Air Traffic Management 

‐ Doc  9554  ‐ Manual Concerning  Safety Measures Relating  to Military Activities 

Potentially Hazardous to Civil Aircraft Operations 

‐ CIR330 – Civil/Military Cooperation in Air Traffic Management 

 

EUROCONTROL (European Organization for the Safety of Air Navigation) 

‐ Manual for Airspace Planning 

‐ Guidance Material for the Design of Terminal Procedures for Area Navigation 

 

Regulamentos IACM (Instituto de Aviação Civil de Moçambique) 

‐ Regulamento MOZCAR PARTE 71 ‐ Organização e Gestão do Espaço Aéreo 

‐  Regulamento MOZCAR  PARTE  172  ‐  Certificação  e  Operação  dos  serviços  de 

Gestão do Tráfego Aéreo 

‐  Regulamento  MOZCAR  Parte  175  ‐  Certificação  e  Operação  dos  Serviços  de 

Gestão da Informação Aeronáutica 

 

Publicação IACM (Instituto de Aviação Civil de Moçambique) 

‐ Aeronautical Information Publication (AIP) de Moçambique 

 

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5. Áreas de treino para aeronaves MIG‐21 / L‐39 

 

Propõe‐se  a  criação  de  duas  áreas  quadrangulares  com  a  mesma  extensão.  A 

primeira localizada sobre o mar a Sudeste da Ilha da Inhaca e a segunda parcialmente sobre 

terra, a Sudeste da cidade Bela Vista. Ambas têm cerca de 25NM de lado, e limites verticais 

entre 3000FT AMSL e FL590. 

 

Identification  Upper limit / Lower limit  Remarks 

FQRXX Inhaca 

26ᵒ00’00”S  32ᵒ58’00”E 26ᵒ00’00”S  33ᵒ25’00”E 26ᵒ26’00”S  33ᵒ25’00”E 26ᵒ26’00”S  32ᵒ58’00”E to point of origin.  

   

FL590      3000FT AMSL 

Military area – Air exercises Activation by NOTAM 

FQRXX Bela Vista 

26ᵒ22’00”S  32ᵒ40’00”E 26ᵒ22’03”S  33ᵒ07’05”E 26ᵒ48’03”S  33ᵒ07’01”E 26ᵒ48’00”S  32ᵒ40’00”E to point of origin.  

   

FL590      3000FT AMSL 

Military area – Air exercises Activation by NOTAM 

 

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Figura 1 – Áreas de treino MIG‐21 / L‐39 

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6. Estrutura de rotas para tráfego aéreo operacional (OAT – Operational Air Trafic) – 

MIG‐21 / L‐39 

 

Implementação de uma estrutura de rotas para tráfego aéreo operacional que 

permita o treino de navegação, nomeadamente a baixa altitude, em rotas designadas 

especificamente para o efeito. 

 

Route  Point designation 

Coordinates  Altitude 

              

OAT 1 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

FL100 2000FT 

CATEMBE  26ᵒ00’16”S  32ᵒ33’28”E 

PONTA DO OURO  26ᵒ50’58”S  32ᵒ53’17”E 

CHANGALANE  26ᵒ17’51”S  32ᵒ11’40”E 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

              

OAT 2 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

FL100 2000FT 

MOAMBA  25ᵒ36’15”S  32ᵒ14’45”E 

MAGUDE  25ᵒ01’25”S  32ᵒ38’53”E 

XAI‐XAI BILENE 

25ᵒ03’02”S  33ᵒ39’00”E 

BILENE  25ᵒ16’33”S  33ᵒ14’31”E 

MANHIÇA  25ᵒ16’38”S  32ᵒ48’30”E 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

              

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OAT 3 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

 FL240 3000FT 

BELA VISTA  26ᵒ20’44”S  32ᵒ40’14”E 

BOANE  26ᵒ03’15”S  32ᵒ19’56”E 

MOAMBA  25ᵒ36’15”S  32ᵒ14’45”E 

CHOKWE  24ᵒ32’00”S  32ᵒ59’00”E 

XAI‐XAI  25ᵒ03’02”S  33ᵒ39’00”E 

MANHIÇA  25ᵒ16’38”S  32ᵒ48’30”E 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

  

OAT 4 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

3000FT 1000FT 

MOAMBA  25ᵒ36’15”S  32ᵒ14’45”E 

MASSINGIR  23ᵒ55’17”S  32ᵒ09’44”E 

CHOKWE  24ᵒ32’00”S  32ᵒ59’00”E 

XAI‐XAI  25ᵒ03’02”S  33ᵒ39’00”E 

MANHIÇA  25ᵒ16’38”S  32ᵒ48’30”E 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

  

OAT 5 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

3000FT 1000FT 

MOAMBA  25ᵒ36’15”S  32ᵒ14’45”E 

MAGUDE  25ᵒ01’25”S  32ᵒ38’53”E 

BILENE  25ᵒ16’33”S  33ᵒ14’31”E 

MANHIÇA  25ᵒ16’38”S  32ᵒ48’30”E 

MAPUTO  25ᵒ55’14”S  32ᵒ34’22”E 

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Figura 2a – OAT 1 

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__________________________________________________________________________________ V_1.0  11JUL14   11 

 

 

Figura 2b – OAT 2 

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Figura 2c – OAT 3 

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Figura 2d – OAT 4 

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__________________________________________________________________________________ V_1.0  11JUL14   14 

 

 

Figura 2e – OAT 5 

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7. Área de treino para aeronaves AN26 

 

Propõe‐se a criação de uma área retangular localizada sobre o mar a Este de Maputo 

com dimensões na ordem das 54NM por 60NM. A área destina‐se ao treino de missões de 

Vigilância marítima e de Busca e Salvamento. Os limites verticais propostos são entre MSL e 

5000FT AMSL. 

 

Identification  Upper limit / Lower limit  Remarks 

FQRXX Channel 

25ᵒ30’00”S  34ᵒ00’00”E 25ᵒ30’00”S  35ᵒ00’00”E 26ᵒ30’00”S  35ᵒ00’00”E 26ᵒ30’00”S  34ᵒ00’00”E to point of origin.  

   

5000FT MSL 

Military area – Air exercises Activation by NOTAM 

 

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Figura 3 – Área de treino AN26 

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8. Área de treino para helicópteros MI‐8 

 

Propõe‐se a criação de uma área para treino de operações em leito de cheia na zona 

do Rio Maputo, contígua à FQR3 (Elephant Reserve). A área proposta estende‐se ao longo do 

Rio Maputo (margem esquerda) para Oeste, desde a Baía até Bela Vista, com uma extensão 

de cerca de 13NM e largura variável entre 2NM a 3NM. Em termos verticais prolonga‐se da 

superfície até 1000FT AMSL. 

 

Identification  Upper limit / Lower limit 

Remarks 

FQRXX Rio Maputo 

26ᵒ07’33”S  32ᵒ38’35”E 26ᵒ07’33”S  32ᵒ41’19”E 26ᵒ11’00”S  32ᵒ41’00”E 26ᵒ14’00”S  32ᵒ41’00”E along West bank of Maputo River to Bela Vista (26ᵒ20’44”S  32ᵒ40’14”E) then along the road Bela Vista ‐ Catembeto point of origin.  

     

1000FT SFC 

Military area – Air exercises Activation by NOTAM 

 

Points in road Bela Vista – Catembe: 

    26ᵒ19’20”S  32ᵒ39’41”E 26ᵒ17’47”S  32ᵒ38’38”E 26ᵒ12’41”S  32ᵒ38’29”E 26ᵒ12’06”S  32ᵒ38’39”E 

 

 

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Figura 4 – Área de treino MI‐8 

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9. Área de treino para aeronaves da Escola Prática de Aviação (EPA) 

 

Propõe‐se  a  criação de uma  área para  instrução na  zona da Costa do  Sol  (Xefina), 

cerca de 3NM a Leste do aeroporto de Maputo. A área proposta com 5NM por 5NM, terá os 

limites  laterais  abaixo  descritos,  excluindo  a  porção  da  FQR5  (Moçambique  Aero  Club  ‐ 

Maputo) quando ativa. Em termos verticais prolonga‐se entre os 1000FT e os 5500FT AMSL. 

 

Identification  Upper limit / Lower limit 

Remarks 

FQRXX Xefina 

25ᵒ50’53”S  32ᵒ40’17”E (crossroad) 25ᵒ53’08”S  32ᵒ45’15”E 25ᵒ57’37”S  32ᵒ42’46”E 25ᵒ55’22”S  32ᵒ37’48”E (crossroad) to point of origin.  

   

5000FT 1000FT 

Military area – Air exercises Activation by NOTAM 

 (Excluding portion of FQR5 

within its limits when activated) 

 

 

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Figura 5 – Área de treino EPA 

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ANEXOS 

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