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1 A importância do protagonismo juvenil nas políticas públicas Tema de Redação 10 TEMA Texto 1 Vettel exalta Greta Thunberg: “É incrível que a juventude esteja comprometida” Escolhida pela revista norte-americana ‘Time’ como Personalidade do Ano em 2019, a ativista sueca Greta Thunberg, de apenas 16 anos, tornou-se mundialmente conhecida por conta da defesa do meio ambiente. […] O piloto da Ferrari deu uma entrevista ao diário suíço ‘Blick’, na qual abordou vários temas além do esporte: desde ativismo social, política e veganismo. O alemão exaltou a iniciativa da ativista sueca ao tornar ampla a sua luta pela defesa do meio ambiente. “Na sua opinião, não sou exatamente um modelo a seguir, mas acho que é incrível que a juventude esteja comprometida. E também é necessário que alguém se levante e dê um passo adiante”, declarou o tetracampeão. Redação GP. Vettel exalta Greta Thunberg: “É incrível que a juventude esteja comprometida”. Terra esportes, 16 dez. 2019. Disponível em: <https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/vettel-exalta-greta- thunberg-e-incrivel-que-a-juventude-esteja-comprometida>. Acesso em: 17 dez. 2019. Texto 2 Quatro experiências de protagonismo juvenil em escolas públicas e particulares Em 2016, um ano após o primeiro movimento das ocupações de escolas em São Paulo, uma pesquisa realizada pelo portal Porvir revelou que os jovens gostariam de ter mais voz Proposta de redação Reflita sobre os textos motivadores e redija uma dissertação argumentativa, na qual você discuta as ideias neles apresentadas, argumentando de modo que deixe claro o seu ponto de vista sobre o tema “A importância do protagonismo juvenil nas políticas públicas”.

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Page 1: Proposta de redação...2020/06/03  · As razões para esse cenário, de acordo com o estudo, são problemas com habilidades cognitivas e socioemocionais, falta de políticas públicas,

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A importância do protagonismo juvenil nas políticas públicas

Tema de

Redação 10Tema

Texto 1

Vettel exalta Greta Thunberg: “É incrível que a juventude esteja comprometida”

Escolhida pela revista norte-americana ‘Time’ como Personalidade do Ano em 2019, a ativista sueca Greta Thunberg, de apenas 16 anos, tornou-se mundialmente conhecida por conta da defesa do meio ambiente. […]

O piloto da Ferrari deu uma entrevista ao diário suíço ‘Blick’, na qual abordou vários temas além do esporte: desde ativismo social, política e veganismo. O alemão exaltou a iniciativa da ativista sueca ao tornar ampla a sua luta pela defesa do meio ambiente.

“Na sua opinião, não sou exatamente um modelo a seguir, mas acho que é incrível que a juventude esteja comprometida. E também é necessário que alguém se levante e dê um passo adiante”, declarou o tetracampeão.

Redação GP. Vettel exalta Greta Thunberg: “É incrível que a juventude esteja comprometida”. Terra esportes, 16 dez. 2019. Disponível em: <https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/vettel-exalta-greta-

thunberg-e-incrivel-que-a-juventude-esteja-comprometida>. Acesso em: 17 dez. 2019.

Texto 2

Quatro experiências de protagonismo juvenil em escolas públicas e particulares

Em 2016, um ano após o primeiro movimento das ocupações de escolas em São Paulo, uma pesquisa realizada pelo portal Porvir revelou que os jovens gostariam de ter mais voz

Proposta de redação

Reflita sobre os textos motivadores e redija uma dissertação argumentativa, na qual você discuta as ideias neles apresentadas, argumentando de modo que deixe claro o seu ponto de vista sobre o tema “A importância do protagonismo juvenil nas políticas públicas”.

Page 2: Proposta de redação...2020/06/03  · As razões para esse cenário, de acordo com o estudo, são problemas com habilidades cognitivas e socioemocionais, falta de políticas públicas,

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no ambiente em que estudam — muito diferente do difundido estereótipo do estudante desinteressado. Segundo o levantamento, que ouviu principalmente jovens da região sudeste (85,4%), 52% dos estudantes acreditam que não pode faltar participação nas decisões da escola. […]

Mesmo escolas organizadas de maneira mais tradicional também podem buscar estimular o protagonismo dos estudantes e oferecer uma formação política mais consistente.

No também privado Colégio São Luís, de São Paulo (SP), por exemplo, foi criado o projeto “Democracia e participação”. Colocado em prática em 2017, surgiu da necessidade de criar um sistema de representação estudantil. Até então, a escola não tinha um grêmio estudantil, e, de maneira geral, os alunos sequer estavam familiarizados com essa possibilidade de representação.

A escola iniciou, então, um processo de formação política dos alunos, assim como a criação de um grêmio estudantil e de um conselho de representantes das turmas do 6º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio. Cada turma elegeu dois representantes — um menino e uma menina — que passaram a compor um conselho responsável por pensar e votar projetos nas assembleias, atuando como uma espécie de poder legislativo. O executivo, representado pelo grêmio, foi eleito numa votação da qual todos os alunos tiveram possibilidade de participar.

Os alunos que montaram chapas para concorrer ao grêmio participaram de encontros formativos e até de um workshop de marketing político. Antes da votação, também puderam participar de um debate que foi assistido por todos os alunos da escola.

Os eleitos — tanto do conselho quanto do grêmio — participaram de encontros de formação teórica sobre política, tendo contato com autores como Montesquieu, Maquiavel e Weber. O projeto, que foi iniciado no começo de 2017, culminou na posse dos eleitos em setembro. Agora, os alunos já começaram a fazer e votar propostas nas assembleias, que acontecem a cada 15 dias.

FONTOURA, Juliana. Quatro experiências de protagonismo juvenil em escolas públicas e particulares. Revista Educação, 19 out. 2017. Disponível em: <https://revistaeducacao.com.br/2017/10/19/

quatro-experiencias-protagonismo-juvenil-escolas-publicas-particulares/>. Acesso em: 28 fev. 2020.

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Estudantes e professores protestam contra cortes na educação no dia 15 de maio de 2019, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

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Ipea: 23% dos jovens brasileiros não trabalham nem estudam

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 23% dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam (jovens nem-nem), na maioria mulheres e de baixa renda, um dos maiores percentuais de jovens nessa situação entre nove países da América Latina e Caribe. Enquanto isso, 49% se dedicam exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam ao mesmo tempo.

As razões para esse cenário, de acordo com o estudo, são problemas com habilidades cognitivas e socioemocionais, falta de políticas públicas, obrigações familiares com parentes e filhos, entre outros. No mesmo grupo estão o México, com 25% de jovens que

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não estudam nem trabalham, e El Salvador, com 24%. No outro extremo está o Chile, onde apenas 14% dos jovens pesquisados estão nessa situação. A média para a região é de 21% dos jovens, o equivalente a 20 milhões de pessoas, que não estudam nem trabalham.

O estudo Millennials na América e no Caribe: trabalhar ou estudar? sobre jovens latino- -americanos foi lançado durante um seminário no Ipea, em Brasília. Os dados envolvem mais de 15 mil jovens entre 15 e 24 anos de nove países: Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Haiti, México, Paraguai, Peru e Uruguai. […]

De acordo com a pesquisa, embora o termo nem-nem possa induzir à ideia de que os jovens são ociosos e improdutivos, 31% deles estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da metade, 64%, dedicam-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar, principalmente as mulheres. “Ou seja, ao contrário das convenções estabelecidas, este estudo comprova que a maioria dos nem-nem não são jovens sem obrigações, e sim realizam outras atividades produtivas”, diz a pesquisa.

Apenas 3% deles não realizam nenhuma dessas tarefas nem têm uma deficiência que os impede de estudar ou trabalhar. No entanto, as taxas são mais altas no Brasil e no Chile, com aproximadamente 10% de jovens aparentemente inativos.

Para a pesquisadora do Ipea, Joana Costa, os resultados são bastante otimistas, pois mostra que os jovens não são preguiçosos. “Mas são jovens que têm acesso à educação de baixa qualidade e que, por isso, encontram dificuldade no mercado de trabalho. De fato, os gestores e as políticas públicas têm que olhar um pouco mais por eles”, alertou. […]

VERDÉLIO, Andreia. Ipea: 23% dos jovens brasileiros não trabalham nem estudam. Agência Brasil, 3 dez. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/

2018-12/ipea-23-dos-jovens-brasileiros-nao-trabalham-e-nem-estudam>. Acesso em: 16 dez. 2019.

Instruções:

• O texto deve obedecer à norma-padrão da Língua Portuguesa.• Escreva no mínimo 20 e, no máximo, 30 linhas, a tinta e com letra legível.• Dê um título a sua redação.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:• estiver em branco ou não respeitar o mínimo de 20 linhas escritas, sendo

considerada insuficiente;• fugir ao tema ou não atender à modalidade discursiva indicada;• apresentar elementos verbais ou visuais não relacionados ao tema proposto.

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Grade suGestiva de correção

Critério/Competência Observar Nota (de 1 a 5)

1. Desenvolvimento do tema e organização do texto dissertativo- -argumentativo.

Adequação ao tema proposto e à estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Compreensão da proposta de redação, presença de recorte temático significativo que contemple aspectos sobre o tema e revele adequada interpretação dos textos motivadores, bem como demonstre relações entre eles. Obs.: Redações que parafrasearem a proposta de redação devem ter desconto na pontuação, mesmo que apresentem estrutura adequada do texto dissertativo-argumentativo. Também não é adequada a produção de uma dissertação meramente expositiva, ou seja, que não apresente a defesa de um ponto de vista.

2. Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto.

Uso adequado dos instrumentos coesivos ao longo da construção da argumentação. Encadeamento de ideias de forma coerente evitando redundâncias, contradições, discursos vazios, paráfrases e textos prolixos. Texto com introdução, desenvolvimento e conclusão.

3. Correção gramatical e adequação vocabular.

Domínio da norma-padrão da Língua Portuguesa, verificado na ortografia (o que inclui adequação à Nova Ortografia da Língua Portuguesa), na estrutura sintática, nos aspectos morfológicos, na pontuação e no repertório lexical (variado e adequado ao tema).

Diretor de conteúdo e negóciosRicardo Tavares de OliveiraDiretor adjuntoCayube GalasGerente editorialJúlio IbrahimGerente de produção e designLetícia Mendes de SouzaAutoraDanielle CapriolliEditoraMichelle Mata

Assistente editorialMaitê AcunzoCoordenador de eficiência e analyticsMarcelo Henrique Ferreira FontesAnalista de fluxoLetícia Bovolon BezerraSupervisora de preparação e revisãoAdriana Soares de SouzaPreparadorDaniel Haberli SilvaRevisoraEliana Medina

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