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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 1 PROPOSTA DE REDAÇÃO Nos últimos meses ocorreram inúmeras manifestações de professores em diversos estados da União, entre eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Pará, Santa Catarina e Paraná. Neste último, no dia 29 de abril, policiais militares usaram de força desproporcional para dispersar os educadores que pediam melhores condições de trabalho. Após a leitura dos textos abaixo, que servem para a fundamentação de sua redação, redija um texto dissertativo sobre o tema “Brasil, pátria educadora”, apontando possíveis sol uções para o atual cenário da educação no país, enfocando o que é dito e defendido por institutos de pesquisa, políticos em períodos eleitorais e membros da sociedade civil e o que, de fato, acontece com a educação no Brasil. Texto I A elite brasileira é burra Luiz Ruffato Massacre de professores no Paraná é apenas mais um capítulo da trágica história da promíscua relação da elite brasileira com o aparato do Estado A inaceitável repressão policial aos professores do Paraná, comandada pela Polícia Militar e referendada pelo governador Beto Richa (PSDB), é, infelizmente, apenas mais um capítulo da trágica história da promíscua relação da elite brasileira com o aparato do Estado. E aqui deixo claro que entendo como “elite brasileira” não só aquela velha mino ria cerca de 10% da população que detém 75% de toda a riqueza do país, e, por consequência, exerce desde sempre o Governo de forma direta ou por meio de prepostos, mas também a nova classe política que, ascendendo de movimentos populares (sindicatos, associações) ou pronunciando-se em nome de igrejas evangélicas, tomba emaranhada no cipoal de corrupção que caracteriza a nossa estrutura de poder. Parece não haver dúvida pelo menos a maioria dos discursos, amadores ou profissionais, convergem para a mesma solução de que para o Brasil desatolar-se do pântano em que está afundado e ancorar-se em terra firme teria que investir em uma ampla e vigorosa reforma educacional. Se começássemos hoje, talvez conseguíssemos salvar a próxima geração. Mas esse projeto, sempre adiado, acabou nos envolvendo em uma frustrante sensação de que somos, em uma festa, aquele sujeito inconveniente que todos evitam e que apenas gera piadas e comentários desabonadores entre os outros convidados. Quando em 1985 os militares deixaram o poder, após 21 anos de ditadura, o país estava em ruínas. A inflação ultrapassava os 200% ao ano, a dívida externa girava em torno de 54% do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego alcançava 9% da população economicamente ativa e os sistemas de educação e saúde encontravam-se desmantelados. Pior que tudo, sem perspectivas, os jovens começaram a deixar o país. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas tenham ido embora para os Estados Unidos, Japão, Portugal e outros países da Europa. Cerca de 15 anos depois, com o crescimento do PT e a instalação de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, notou-se um movimento de regresso ao Brasil as embaixadas chegaram a deslocar diplomatas para orientar os retornados, tal a demanda. Pouco durou, no entanto, esse entusiasmo. A sucessão de escândalos envolvendo membros da cúpula do PT confirmou o que o escritor e teólogo Frei Betto denunciava há tempos, que o partido trocou um projeto de governo por um projeto de poder. A educação vem sendo tratada, desde tempos imemoriais, como uma questão de sobrevivência da nossa elite, ou seja, o mais eficaz mecanismo de perpetuação de seus privilégios econômicos, políticos, culturais. Se é verdade, e é, que o governo petista modificou com ousadia e coragem alguns aspectos do ensino superior o aumento substantivo de vagas nas universidades públicas, o estabelecimento de cotas raciais e sociais, o financiamento de alunos em universidades privadas é também verdade que, no que concerne à instrução básica, a situação é desoladora. Ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo: cerca de 10% da população permanece analfabeta e 20% são classificados como analfabetos funcionais ou seja, um em cada três brasileiros adultos não tem capacidade para ler e interpretar os textos mais simples. As instituições públicas de ensino básico funcionam, na maioria das vezes, em ambientes degradados, com professores desestimulados por conta da baixa remuneração, pequena inserção social, insalubridade, etc, e ainda atormentados pelo medo, medo dos alunos, medo dos pais dos alunos a ditadura militar conseguiu destruir na sociedade civil a crença na importância da autoridade. Não é tão diferente o quadro nas escolas privadas, cujas mensalidades podem ultrapassar os 1,5 mil dólares: arrogante, a nossa elite trata os mestres de seus filhos como subalternos, não como aliados. Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E ignorância é incapacidade de diálogo, é opção pela violência. De cada 100 assassinatos ocorridos no mundo, 13 ocorrem no Brasil proporcionalmente, ocupamos o 11º lugar geral no ranking de homicídios. Somos ainda o sétimo lugar entre os países com maior número de mulheres vítimas de violência doméstica, taxa média de 4,5 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, com um saldo, na última década, de 50.000 mulheres mortas. Outras 50.000 pessoas, em sua maioria mulheres, são estupradas por ano. Também por ano acumulamos mais de 120.000 denúncias de maus-tratos contra crianças e adolescentes e 313 homossexuais são mortos por conta de suas opções. Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E a ignorância leva a uma enorme predisposição para relativizar princípios éticos. A corrupção, cujo custo anual alcança cerca de 2% do total do PIB, é uma praga que atinge toda a sociedade. Herança de uma certa mentalidade colonial, que toma como privado o bem público, que desdenha o valor do trabalho e que leva em consideração apenas seus interesses pessoais, a cultura da corrupção contamina as instituições federal, estadual e municipal, contagia os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, infecciona o tecido social. O chamado “jeitinho brasileiro”, do qual muitas vezes nos orgulhamos, nada mais é que uma maneira de cometer ilegalidades no dia a dia, envolvendo dinheiro, tráfico de influência ou troca de favores.

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Page 1: PROPOSTA DE REDAÇÃO · SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E ignorância é a inabilidade para construir raciocínios

SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 1

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Nos últimos meses ocorreram inúmeras manifestações de professores em diversos estados da União, entre eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Pará, Santa Catarina e Paraná. Neste último, no dia 29 de abril, policiais militares usaram de força desproporcional para dispersar os educadores que pediam melhores condições de trabalho. Após a leitura dos textos abaixo, que servem para a fundamentação de sua redação, redija um texto dissertativo sobre o tema “Brasil, pátria educadora”, apontando possíveis soluções para o atual cenário da educação no país, enfocando o que é dito e defendido por institutos de pesquisa, políticos em períodos eleitorais e membros da sociedade civil e o que, de fato, acontece com a educação no Brasil.

Texto I

A elite brasileira é burra

Luiz Ruffato

Massacre de professores no Paraná é apenas mais um capítulo da trágica história da promíscua relação da elite brasileira com o aparato do Estado

A inaceitável repressão policial aos professores do Paraná, comandada pela Polícia Militar e referendada pelo governador Beto Richa (PSDB), é, infelizmente, apenas mais um capítulo da trágica história da promíscua relação da elite brasileira com o aparato do Estado. E aqui deixo claro que entendo como “elite brasileira” não só aquela velha minoria – cerca de 10% da população – que detém 75% de toda a riqueza do país, e, por consequência, exerce desde sempre o Governo de forma direta ou por meio de prepostos, mas também a nova classe política que, ascendendo de movimentos populares (sindicatos, associações) ou pronunciando-se em nome de igrejas evangélicas, tomba emaranhada no cipoal de corrupção que caracteriza a nossa estrutura de poder.

Parece não haver dúvida – pelo menos a maioria dos discursos, amadores ou profissionais, convergem para a mesma solução – de que para o Brasil desatolar-se do pântano em que está afundado e ancorar-se em terra firme teria que investir em uma ampla e vigorosa reforma educacional. Se começássemos hoje, talvez conseguíssemos salvar a próxima geração. Mas esse projeto, sempre adiado, acabou nos envolvendo em uma frustrante sensação de que somos, em uma festa, aquele sujeito inconveniente que todos evitam e que apenas gera piadas e comentários desabonadores entre os outros convidados.

Quando em 1985 os militares deixaram o poder, após 21 anos de ditadura, o país estava em ruínas. A inflação ultrapassava os 200% ao ano, a dívida externa girava em torno de 54% do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego alcançava 9% da população economicamente ativa e os sistemas de educação e saúde encontravam-se desmantelados. Pior que tudo, sem perspectivas, os jovens começaram a deixar o país. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas tenham ido embora para os Estados Unidos, Japão, Portugal e outros países da Europa.

Cerca de 15 anos depois, com o crescimento do PT e a instalação de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, notou-se um movimento de regresso ao Brasil – as embaixadas chegaram a deslocar diplomatas para orientar os retornados, tal a demanda. Pouco durou, no entanto, esse entusiasmo. A sucessão de escândalos envolvendo membros da cúpula do PT confirmou o que o escritor e teólogo Frei Betto denunciava há tempos, que o partido trocou um projeto de governo por um projeto de poder.

A educação vem sendo tratada, desde tempos imemoriais, como uma questão de sobrevivência da nossa elite, ou seja, o mais eficaz mecanismo de perpetuação de seus privilégios – econômicos, políticos, culturais. Se é verdade, e é, que o governo petista modificou com ousadia e coragem alguns aspectos do ensino superior – o aumento substantivo de vagas nas universidades públicas, o estabelecimento de cotas raciais e sociais, o financiamento de alunos em universidades privadas – é também verdade que, no que concerne à instrução básica, a situação é desoladora.

Ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo: cerca de 10% da população permanece analfabeta e 20% são classificados como analfabetos funcionais – ou seja, um em cada três brasileiros adultos não tem capacidade para ler e interpretar os textos mais simples. As instituições públicas de ensino básico funcionam, na maioria das vezes, em ambientes degradados, com professores desestimulados por conta da baixa remuneração, pequena inserção social, insalubridade, etc, e ainda atormentados pelo medo, medo dos alunos, medo dos pais dos alunos – a ditadura militar conseguiu destruir na sociedade civil a crença na importância da autoridade. Não é tão diferente o quadro nas escolas privadas, cujas mensalidades podem ultrapassar os 1,5 mil dólares: arrogante, a nossa elite trata os mestres de seus filhos como subalternos, não como aliados.

Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E ignorância é incapacidade de diálogo, é opção pela violência. De cada 100 assassinatos ocorridos no mundo, 13 ocorrem no Brasil – proporcionalmente, ocupamos o 11º lugar geral no ranking de homicídios. Somos ainda o sétimo lugar entre os países com maior número de mulheres vítimas de violência doméstica, taxa média de 4,5 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, com um saldo, na última década, de 50.000 mulheres mortas. Outras 50.000 pessoas, em sua maioria mulheres, são estupradas por ano. Também por ano acumulamos mais de 120.000 denúncias de maus-tratos contra crianças e adolescentes e 313 homossexuais são mortos por conta de suas opções.

Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E a ignorância leva a uma enorme predisposição para relativizar princípios éticos. A corrupção, cujo custo anual alcança cerca de 2% do total do PIB, é uma praga que atinge toda a sociedade. Herança de uma certa mentalidade colonial, que toma como privado o bem público, que desdenha o valor do trabalho e que leva em consideração apenas seus interesses pessoais, a cultura da corrupção contamina as instituições federal, estadual e municipal, contagia os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, infecciona o tecido social. O chamado “jeitinho brasileiro”, do qual muitas vezes nos orgulhamos, nada mais é que uma maneira de cometer ilegalidades no dia a dia, envolvendo dinheiro, tráfico de influência ou troca de favores.

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E ignorância é a inabilidade para construir raciocínios sofisticados. Como pensar é exercício penoso, acabamos optando pelo fácil, mas arriscado, caminho da lógica binária. Reduzimos o mundo a um confronto insano entre forças do bem e do mal, sendo que nós e todos os que defendem pontos de vista semelhantes aos nossos representamos o bem, enquanto o mal incorpora-se naquela massa informe que diverge de nossas opiniões. Assim, tornamos rasas nossas discussões, mesquinhas as reivindicações, belicosas as contestações, medíocre a sociedade. Acuados, pouco a pouco nos enterramos em trincheiras fundamentalistas que nos conduzem de maneira rápida e irreversível à barbárie.

Baixa instrução é sinônimo de ignorância. E ignorância é um dique que erguemos para deter o desenvolvimento econômico. Dos adolescentes brasileiros de 15 a 17 anos, apenas 44% frequentam o ensino médio. Na população de 18 a 24 anos, um terço chega à universidade, mas 39% ainda encontram-se no nível médio e 16% no fundamental. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, 15% dos jovens que entram no mercado de trabalho sem completar o ensino fundamental estão desempregados e 30% têm emprego sem carteira assinada. Cada ano de escolaridade nos ensinos médio e superior eleva a renda per capita em meio ponto percentual. A falta de instrução adequada emperra o crescimento do país pela falta de mão de obra qualificada.

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, um professor em início de carreira no ensino público fundamental brasileiro recebe, em média, 10.000 dólares por ano – três vezes menos que a média salarial dos países membros daquela associação. No Paraná, um professor recebe, em regime de 40 horas semanais, 2.400 reais, e um policial militar, 3.600 reais. Um professor educa e instrui, um policial militar reprime. Richa é uma jovem liderança – no próximo dia 29 de julho completará 50 anos – e nome de destaque entre os tucanos. Provavelmente, vamos ouvir falar muito dele ainda. Entre professores e policiais militares, o governador demonstrou sua preferência.

O problema não é que ele pense deste jeito – o problema é que assim pensa nossa elite burra.

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/04/politica/1430760460_690735.html

Texto II

Protesto de professores no centro de Curitiba

(Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)

Texto III

INSTRUÇÕES:

– Seu texto tem de ser escrito a tinta, na folha própria. – Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração nem poema. – O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. – O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 3

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO 91

I Wish I Knew How It Would Feel To Be Free

Nina Simone

I wish I knew how It would feel to be free I wish I could break All the chains holding me I wish I could say All the things that I should say Say 'em loud say 'em clear For the whole round world to hear I wish I could share All the love that's in my heart Remove all the bars That keep us apart I wish you could know What it means to be me Then you'd see and agree That every man should be free I wish I could give All I'm longin' to give I wish I could live Like I'm longin' to live I wish I could do All the things that I can do And though I'm'm way over due I'd'd be starting a new Well I wish I could be Like a bird in the sky How sweet it would be If I found I could fly (...) Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo nome artístico Nina Simone foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis norte-americana. Em seus versos, na canção acima, ela almeja:

A Viver em paz.

B Sentir a sensação de liberdade.

C A igualdade entre negros e brancos.

D O cessar das guerras.

E Recomeçar.

QUESTÃO 92

As tirinhas levantam a seguinte reflexão:

A Quanto tempo gastamos conectados na internet.

B Como Wi-fi revolucionou a vida de todos.

C Wi-fi é inevitável à comunicação global.

D Ainda há dificuldade em se comunicar.

E A internet acabou com a interação entre as pessoas.

QUESTÃO 93

A guerra na Síria completou neste mês quatro anos e sem uma

perspectiva de fim, com um balanço humanitário dramático. Quase quatro milhões de pessoas fugiram da Síria. No país, mais de sete milhões de sírios abandonaram suas casas e quase 60% da população vive na pobreza. Na legenda da foto Nádia diz

A que criança pousou para a foto e depois chorou.

B que a criança pensou que o fotógrafo estava com uma arma quando apontou a câmera para clicá-la e se rendeu.

C que o olhar da criança retrata a situação de pavor da população da Síria. Esta foto foi visualizada por mais de 1,8 milhões de pessoas.

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4 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

D que esta foto, Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), representa o conflito que provocou mais de 215 mil mortes.

E que esta criança representa um milhão que buscara refúgio no vizinho Líbano.

QUESTÃO 94

According to the girl´s speech in each part of the cartoon, the list of verbs that represents her discursive intentions is:

A regret – suppose – accuse – advise.

B apologize – emphasize – suggest – request.

C excuse – declare – propose – demand.

D blame – insinuate – recommend – invite.

E state – imply – recriminate – insist.

QUESTÃO 95

O call center tem sido motivo de muita discussão na prestação de serviços. Um exemplo disso é a situação acima, na qual a vítima

A é ignorado pela atendente.

B recebe instruções incorretas.

C não consegue completar a ligação.

D morre antes de ser socorrido.

E corre risco de morte até ser atendido.

QUESTÃO 96

Velho, sim; idoso, não

Envelheci. E comigo envelheceram o Pão de Açúcar e o morro Dois Irmãos, que, ao que se diz, não são filhos do mesmo pai. Ao envelhecer, gostaria de ser chamado de velho, e não de idoso, como agora é moda. Achava bonito quando um filho chegava e dizia: "Velho, me vê aí uma nota pro cinema". Prefiro ser chamado de velho porque velho é sempre muito mais moço que idoso. Aliás, essa infame história de chamar velho de idoso partiu da medicina, que só fala em coração do idoso, fígado do idoso, estômago do idoso e etc. do idoso. Será que, para envelhecer, é preciso sofrer? Conheço uma senhora, já beirando os noventa, que me disse: "Doutor, na minha idade, quando eu me levanto com uma dor só, dou graças, a Deus". E será que vamos ter que substituir expressões como amigo velho por amigo idoso e ano velho por ano idoso? Tudo envelhece: cachorro, gato, notícia e até automóvel, como aconteceu com o meu Opala. E agora? O que fazer? Comprar um novo? Ou mandá-Io de vez para apodrecer num ferro-idoso?

NUNES, Max. O pescoço da girafa. São Paulo: Companhia das Letras,

Esse texto explora os diferentes sentidos das formas sinônimas velho e idoso. De acordo com o texto

A O velho é preferível a idoso, como na medicina.

B A substituição de velho por idoso provoca estranhamento em algumas situações.

C Não há diferença semântica entre “amigo velho” e “amigo idoso”, pois ambos os empregos significam “amigo de longa data”.

D O autor prefere ser chamado de idoso e não de velho.

E Idoso é sempre mais moço que velho

QUESTÃO 97

O atum espião

O atum é um peixe que se move com agilidade. Ao observarem essa qualidade do animal marinho, cientistas do laboratório de Draper, em Massachusetts (EUA), resolveram desenvolver um atum-robô. O equipamento fará o trabalho de um submarino espião no fundo do mar, levantando dados sobre as defesas inimigas. O robô também deverá ajudar nas pesquisas sobre biologia marinha. O protótipo tem 2,5 metros e move-se com a rapidez do atum. Os pesquisadores acreditam que em cinco anos ele poderá substituir os submarinos convencionais.

lstoÉ

Nesse texto, o autor prioriza

A A extrema valorização da subjetividade na apresentação dos dados numéricos.

B A apresentação de ideias de forma evasiva, como sugestões.

“If you have seen a robbery ... press 1; If you heve been robbed… press 2; If you heve heard a shooting … press 3; If you heve seen a shooting… press 4; If you heve been shot once… press 5; If you have been shot twice… press 6; If you heve….”

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 5

C O destaque do processo de construção do texto.

D A persuasão do interlocutor, em um forte apelo à sua sensibilidade

E A transmissão de informações precisas que fazem referência a acontecimentos observados no mundo exterior.

QUESTÃO 98

O grande e o pequeno

Todo caso de amor tem um grande e um pequeno. Alguém um dia falou, em francês, que em todo caso de

amor il y a toujours celui qui aime et celui qui se laisse aimer1. É mais ou menos a mesma coisa. O pequeno ama, o grande se deixa amar. O grande fala, o pequeno ouve. O grande discorda, o pequeno concorda. O pequeno teme, o grande ameaça. O grande se atrasa, o pequeno se antecipa. O grande pede, ou nem precisa pedir, e o pequeno já está fazendo.

Não é uma questão de gênero. Existem homens pequenos e homens grandes, mulheres grandes e mulheres pequenas. O temperamento e as circunstâncias influem, mas não determinam. O grande pode ser o mais bem-sucedido dos dois ou não. O pequeno pode ser o mais sensível, mas nem sempre é assim.

Como ninguém descobriu, até hoje, uma regra que permita determinar qual é o grande e qual é o pequeno, só observando o casal mais atentamente.

FALCÃO, Adriana. O doido da garrafa. 1há o que ama e o que se deixa amar

O texto transcrito é construído com base nos elementos associados aos adjetivos substantivados “grande” e “pequeno”. É CORRETO afirmar que

A É possível identificar, no raciocínio da autora, uma regra que esteja relacionada ao gênero.

B A intenção é caracterizar comportamentos de “superioridade” e “inferioridade” adotados por aqueles que compõem um casal, em razão da ausência de amor um pelo outro.

C O texto é construído a partir da identificação dos comportamentos semelhantes que caracterizam os parceiros.

D O “grande”, por ser objeto de amor, se mostra subserviente e abnegado.

E A única forma, segundo a autora, de identificar o “grande” e o “pequeno” é observando atentamente o casal.

QUESTÃO 99

[...] A máquina chegou uma tarde, quando as famílias estavam

jantando ou acabando de jantar, e foi descarregada na frente da Prefeitura. Com os gritos dos choferes e seus ajudantes (a máquina veio em dois ou três caminhões) muita gente cancelou a sobremesa ou o café e foi ver que algazarra era aquela. [...]

A máquina ficou ao relento, sem que ninguém soubesse quem a encomendara nem para que servia. É claro que cada qual dava o seu palpite, e cada palpite era tão bom quanto outro.

As crianças, que não são de respeitar mistério, como você sabe, trataram de aproveitar a novidade. Sem pedir licença a ninguém (e a quem pedir?), retiraram a lona e foram subindo em bando pela máquina acima, até hoje ainda sobem, brincam de esconder entre os cilindros e colunas, embaraçam-se nos

dentes das engrenagens e fazem um berreiro dos diabos até que apareça alguém para soltá-las; não adiantam ralhos, castigos, pancadas; as crianças simplesmente se apaixonaram pela tal máquina.

Contrariando a opinião de certas pessoas que não quiseram se entusiasmar e garantiram que em poucos dias a novidade passaria e a ferrugem tomaria conta do metal, o interesse do povo ainda não diminuiu. Ninguém passa pelo largo sem ainda parar diante da máquina, e de cada vez há um detalhe novo a notar.

Até as velhinhas de igreja, que passam de madrugada e de noite tossindo e rezando, viram o rosto para o lado da máquina e fazem uma curvatura discreta, só faltam se benzer.

Homens abrutalhados, como aquele Clodoaldo seu conhecido, que se exibe derrubando boi pelos chifres no pátio do mercado, tratam a máquina com respeito; se um ou outro agarra uma alavanca e sacode com força, ou larga um pontapé numa das colunas, vê-se logo que são bravatas feitas por honra da firma, para manter a fama de corajoso.

[...] Estamos tão habituados com a presença da máquina ali no

largo, que se um dia ela desabasse, ou se alguém de outra cidade viesse buscá-la, provando com documentos que tinha direito, eu nem sei o que aconteceria, nem quero pensar. Ela é o nosso orgulho, e não pense que exagero. Ainda não sabemos para que ela serve, mas isso já não tem maior importância. [...]

Em todas as datas cívicas a máquina é agora uma parte importante das festividades. Você se lembra que antigamente os feriados eram comemorados no coreto ou no campo de futebol, mas hoje tudo se passa ao pé da máquina. Em tempo de eleição todos os candidatos querem fazer seus comícios à sombra dela, e como isso não é possível, alguém tem de sobrar, nem todos se conformam e sempre surgem conflitos. Mas felizmente a máquina ainda não foi danificada nesses esparramas, e espero que não seja.

A única pessoa que ainda não rendeu homenagem à máquina é o vigário, mas você sabe como ele é ranzinza, e hoje ainda mais, com a idade.

[...] Já existe aqui um movimento para declarar a máquina

monumento municipal - por enquanto. O vigário, como sempre, está contra; quer saber a que seria dedicado o monumento. Você já viu que homem mais azedo?

Dizem que a máquina já tem feito até milagre, mas isso - aqui para nós - eu acho - que é exagero de gente supersticiosa, e prefiro não ficar falando no assunto. Eu - e creio que também a grande maioria dos munícipes - não espero nada em particular; para mim basta que ela fique onde está, nos alegrando, nos inspirando, nos consolando.

Meu receio é que, quando menos esperarmos, desembarque aqui um moço de fora, desses despachados, que entendem de tudo, olhe a máquina por fora, por dentro, pense um pouco e comece a explicar a finalidade dela, e para mostrar que é habilidoso (eles são sempre muito habilidosos) peça na garagem um jogo de ferramentas, e sem ligar a nossos protestos se meta por baixo da máquina e desande a apertar, martelar, engatar, e a máquina comece a trabalhar. Se isso acontecer, estará quebrado o encanto e não existirá mais máquina.

VEIGA, José J. A máquina extraviada, In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através de textos.

21. ed. São Paulo: Cultrix, 1998. p. 589-590.

Considerando o texto, é CORRETO afirmar que

A O texto apresenta um tom de relato típico de carta endereçada a um ex-habitante da cidade.

B É fantástica a resistência da população de uma pequena cidade em incluir uma máquina em sua cultura, sem saber qual a utilidade da mesma.

C O processo gradual de aceitação da máquina é logicamente admitido e objetivamente explicado pelo narrador.

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

6 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

D O narrador se mostra incomodado com a alienação de uma população e não se enquadra entre os moradores que aceitam a situação apresentada no texto.

E Os adultos, com seu olhar crítico e agudo, ensinam às crianças a necessidade de participação ativa na sociedade.

QUESTÃO 100

Eu estava ali deitado olhando através da vidraça as roseiras no jardim fustigadas pelo vento que zunia lá fora e nas venezianas de meu quarto e de repente cessava e tudo ficava tão quieto tão triste e de repente recomeçava e as roseiras frágeis e assustadas irrompiam na vidraça e eu estava ali o tempo todo olhando estava em minha cama com minha blusa de lã as mãos enfiadas nos bolsos os braços colados ao corpo as pernas juntas estava de sapatos Mamãe não gostava que eu deitasse de sapatos deixe de preguiça menino! Mas dessa vez eu estava deitado de sapatos e ela viu e não falou nada ela sentou-se na beirada da cama e pousou a mão em meu joelho e falou você não quer mesmo almoçar?

VILELA, Luiz. No bar: Contos Eu estava ali deitado

Assinale a consideração CORRETA acerca do trecho lido

A O texto apresenta associação lógica de ideias do narrador.

B A narrativa tem um tom peculiar, nada idealizante, denunciado pela linguagem referencial com que o narrador se expressa

C A linguagem do texto é veloz, clara, exata e valoriza a reflexão sobre temas sociais contemporâneos.

D A ausência de vírgula marca o discurso irritado do narrador.

E A reiterada insistência no emprego da conjunção aditiva, a ausência de pontuação e a repetição vocabular contribuem para sugerir o caráter labiríntico do período, buscando imitar a liberdade característica do monólogo interior.

QUESTÃO 101 Leia este trecho do texto "Deixem em paz a nossa língua", de Lya Luft.”

[...] Mas, por favor, não tentem defender nosso português de estrangeirismos: a língua não precisa ser defendida. Ela é soberana. Ela é flexível. Ela é viva. Nenhuma gramática ou legislador poderá botar essa dama em camisa de força [...]. Como dirá qualquer bom professor de português, uma parcela imensa dos termos que hoje usamos [...] começou como estrangeirismo: garagem do francês, futebol do inglês, coquetel da mesma forma. A língua incorpora esses termos se são úteis, e os adapta ao seu sistema.

Muitos termos não podem ser traduzidos. E não é possível formar frases decentes, fluidas, claras, se a cada "estrangeirismo" tivermos de fazer uma explicação da palavra intraduzível. [...] Nós é que precisamos lutar contra uma postura de inferioridade que nos faz gastar energias que poderiam ser aplicadas em algo urgente como um orçamento vinte vezes maior para a educação do nosso povo.

Veja, 11 mar. 2011.

A emissora do texto

A É contra o uso da palavra estrangeiras na língua portuguesa.

B Defende seu ponto de vista com o argumento de que não existem palavras intraduzíveis.

C Busca persuadir o preceptor a acreditar no que diz como verdade, induzindo-o a mudar de opinião.

D Ressalta que apenas os gramáticos mais conservadores defendem o impedimento de estrangeirismo na língua portuguesa.

E Apresenta uma mensagem subjetiva bem fundamentada.

QUESTÃO 102 Texto 1

Leia “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite - Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta sabiá.

Texto 2 Leia também 'Uma canção", de Mario Quintana.

Minha terra não tem palmeiras ... E em vez de um mero sabiá, Cantam aves invisíveis Nas palmeiras que não há. [...]

Mas onde a palavra "onde"? Terra ingrata, ingrato filho, Sob os céus de minha terra Eu canto a canção do exílio! Texto 3

Leia ainda "Canto de regresso à pátria", de Oswald de Andrade. Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá.

Considerando as relações entre os três textos, é

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 7

A O texto 1 é realista, objetivo, prioriza o Brasil e a sua natureza, em oposição à natureza da terra estrangeira.

B O eu poético, no texto 2, vai induzindo o leitor a perceber o esvaziamento de elementos da natureza e da pureza do sabiá.

C O texto 3 demonstra semelhança sonora e semântica na substituição de “palmeiras” por “palmares”.

D A substituição de “palmeiras” por “palmares”, no texto 3, afasta efeito irônico e crítico.

E O texto 2 é ufanista, apresenta uma visão crítica, sugerindo problema social

QUESTÃO 103 Leia o texto de linguística Mário Perini

Vou mostrar que qualquer falante de português possui um conhecimento implícito altamente elaborado da língua, muito embora não seja capaz de explicitar esse conhecimento.

E veremos que esse conhecimento não é fruto de instrução recebida na escola, mas foi adquirido de maneira tão natural e espontânea quanto a nossa habilidade de andar. Mesmo pessoas que nunca estudaram gramática chegam a um conhecimento implícito perfeitamente adequado da língua. São como pessoas que não conhecem a anatomia e a fisiologia das pernas, mas que andam, dançam, nadam e pedalam sem problemas.

Para passar logo a um exemplo, digamos que encontramos em algum texto a seguinte sequência de palavras:

(1) Os meus pretensos amigos de Belo Horizonte.

Essa é uma expressão bem formada em português, e qualquer pessoa pode ver isso. Mas esse reconhecimento de que se trata de uma expressão bem formada requer o conhecimento de uma ordenação estrita dos elementos que formam a expressão. Tanto é assim que sabemos que qualquer das expressões seguintes é malformada (o asterisco se usa tradicionalmente para marcar expressões malformadas ou agramaticais):

(2)* Os meus amigos de Belo Horizonte pretensos. (3)* Meus os pretensos amigos de Belo Horizonte. (4)* Os meus de Belo Horizonte amigos pretensos. (5)* Meus amigos pretensos de Belo Horizonte os.

Observe-se a precisão do nosso julgamento de como se devem ordenar as palavras nesses exemplos. Creio que a imensa maioria dos falantes (escolarizados ou não) concordaria comigo que apenas a sequência (1), das cinco vistas, é aceitável em português. Isso é algo que sabemos com exatidão, e não é tão simples assim. Como explicaríamos a um estrangeiro por que só (1) é bem formada? A maioria das pessoas não conseguiria explicar isso com eficiência, e, no entanto, seu conhecimento implícito não deixaria de identificar as más formações quando ocorressem.

É claro que esse conhecimento não nos veio das aulas de gramática: quem é que estudou na escola a ordenação obrigatória das palavras em expressões como (1)? Adquirimos esse conhecimento da mesma maneira informal pela qual adquirimos a habilidade de andar: uma parte por imitação e uma parte através de capacidades mais ou menos específicas que herdamos como dotação genética.

Outro exemplo, um pouco mais complicado, é o seguinte: sabemos que se pode acrescentar a um substantivo ou a um pronome uma oração começada por que (uma "oração adjetiva"), como em:

(6) Procurei Marília, que não me recebeu.

O substantivo aqui é Marília, e a sequência que não me recebeu é a oração adjetiva. Podemos acrescentar orações adjetivas a qualquer elemento de valor substantivo, o que inclui pronomes como ele, você, etc.:

(7) Eu trouxe um queijo para ele, que bem o merece.

Mas se o pronome estiver modificado de alguma maneira, como, por exemplo, se estiver contraído com a preposição de (formando a palavra dele), ou se estiver em forma oblíqua, (-o, -lo, -lhe), o acréscimo de uma oração adjetiva dá resultados bem menos aceitáveis. Parece haver uma gradação: uma oração adjetiva acrescentada a dele, dela é um pouco estranha; se for acrescentada a um pronome oblíquo, ou a um possessivo, fica simplesmente horrível. O resultado é o seguinte:

(8)?? Fui à casa dela, que não me recebeu. (9)* Fui procurá-la, que não me recebeu. (10)*Fui à sua casa, que não me recebeu .

Esses julgamentos de aceitabilidade são bastante uniformes entre os falantes. Trata-se de mais um aspecto do nosso conhecimento implícito dos mecanismos da nossa língua; somos capazes de tomar decisões e fazer julgamentos de aceitabilidade com segurança, baseando-nos em um tipo de conhecimento que manejamos com facilidade quase incrível.

De onde tiramos esse conhecimento? Como se explica que tenhamos intuições tão definidas acerca de frases que nunca encontramos antes? Tudo provém do uso que fazemos a todo momento desse mecanismo maravilhosamente complexo que temos em nossas mentes, e que manejamos com admirável destreza. Esse mecanismo é o nosso conhecimento implícito da língua, objeto principal da investigação dos linguistas.

PERINI, Mário. Sofrendo a gramática. 3. ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 13-16. (Fragmento)

Nesse texto, o linguista defende que

A Aceitabilidade é o resultado do julgamento do falante que, com base em seu conhecimento explícito sobre a língua que fala, aceita sempre certas construções linguísticas.

B O conhecimento que o falante de português já traz consigo prejudica o estado sistemático e formal da sintaxe da língua.

C Somente o conhecimento explícito pode ajudar o indivíduo a analisar a estrutura da língua portuguesa.

D Todo falante de português é sempre capaz de explicitar objetivamente o conhecimento linguístico implícito que possui.

E Qualquer falante de português tem um conhecimento tácito dessa língua.

QUESTÃO 104 Texto 1

Poema perto do fim

"A morte é indolor. O que dói nela é o nada que a vida faz do amor. Sopro a flauta encantada e não dá nenhum som. Levo uma pena leve de não ter sido bom. E no coração, neve."

MELLO, Thiago de. Faz escuro mas eu canto. Rio de Janeiro:

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8 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

Civilização Brasileira, 1978.

Texto 2

Uma ideia

"palavras não matam nem provocam inverno atômico e na voz do poeta (abelhas na colmeia) podem até conter uma ideia"

BONVICINO, Régis. Más companhias. São Paulo: Olavobrás, 1987.

Texto 3

"eu quando olho nos olhos sei quando uma pessoa está por dentro ou está por fora quem está por fora não segura um olhar que demora de dentro do meu centro este poema me olha"

LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxas. São Paulo: Brasiliense, 1983.

A partir da leitura dos poemas, é possível afirmar que

A Em I, o poeta faz uso de construções sintáticas, deixando todos os termos explícitos.

B No texto II, há exemplo de palavras que adquirem, no contexto da poesia, um novo significado, uma nova dimensão.

C Ainda em II, a palavra “abelhas” significa “poetas” e “colmeia” significa “palavras”.

D Em III, a ideia central reside no jogo conceitual entre o “estar por dentro” e o “estar por fora”, expressões de significados semelhantes, no contexto da poesia.

E Em II, “abelhas na colmeia” é uma expressão denotativa que significa que palavras ficam “zunindo” no íntimo do poeta.

QUESTÃO 105

Metamorfose ambulante

"Prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Sobre o que é o amor Sobre que eu nem sei quem sou Se hoje eu sou "estrela" amanhã já se apagou Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor Lhe tenho amor Lhe tenho horror Lhe faço amor Eu sou um ator ... É chato chegar a um objetivo num instante

Eu quero viver nessa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

http://raul-seixas.letras.terra.com.br Iletras/483171

Na letra da canção “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, predominam

A personificações, já que características de seres animados são doados a seres inanimados.

B pleonasmos, pois o discurso do eu poético é redundante.

C anacolutos, uma vez que ocorre rupturas da ordem lógica das frases, das estruturas sintáticas.

D antíteses e paradoxos, pois se evidenciam a oposição de palavras e a dualidade inerente à essência da realidade do enunciador.

E hipérboles, porque a intenção do eu poético é empregar expressões exageradas para realçar o seu raciocínio sobre o mundo.

QUESTÃO 106

O que será (À flor da pele)

Chico Buarque

O que será que me dá Que me bole por dentro, será que me dá Que brota à flor da pele, será que me dá E que me sobe às faces e me faz corar E que me salta aos olhos a me atraiçoar E que me aperta o peito e me faz confessar O que não tem mais jeito de dissimular E que nem é direito ninguém recusar E que me faz mendigo, me faz suplicar O que não tem medida, nem nunca terá O que não tem remédio, nem nunca terá O que não tem receita

O que será que será Que dá dentro da gente e que não devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que não sacia Que é feito estar doente de uma folia Que nem dez mandamentos vão conciliar Nem todos os unguentos vão aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia Que nem todos os santos, será que será O que não tem descanso, nem nunca terá O que não tem cansaço, nem nunca terá O que não tem limite O que será que me dá Que me queima por dentro, será que me dá Que me perturba o sono, será que me dá Que todos os tremores me vêm agitar Que todos os ardores me vêm atiçar Que todos os suores me vêm encharcar Que todos os meus nervos estão a rogar Que todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo.

HOLLANDA, Chico Buarque de.

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 9

Chico Buarque - Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

*alquimia: a química da Idade Média, que buscava o remédio contra todos os males físicos e morais e a pedra filosofal, que transformaria os metais em ouro. *dissimular: disfarçar. *quebranto: segundo a crendice popular, efeito maléfico que o olhar ou a atitude de uma pessoa produz em outra. *revelia: rebeldia; teimosia. *unguento: medicamento de uso externo à base de gordura.

Sobre o texto, é CORRETO afirmar que

A a letra da música explora as certezas e as sensações facilmente definidas pelo eu poético.

B o eu lírico tem controle sobre o sentimento que invade, que é praticamente autônomo.

C o que provoca todas as sensações no eu lírico é um segredo que ele consegue esconder.

D a sensação retratada na letra da música é percebida primeiro internamente, depois na pele, no rosto, nos olhos e na fala, ficando, assim, cada vez mais evidente, impossível de disfarçar.

E NÃO há vínculo entre as sensações que se manifestam à flor da pele e uma paixão física, sexual.

QUESTÃO 107

Desafios da presidente

Portos, ferrovias, rodovias e aeroportos precisam ser ampliados e modernizados.

Na política industrial, a pesquisa inovadora e os setores de alta tecnologia esperam por estímulo. O país não pode se contentar em ser apenas fornecedor mundial de produtos primários.

[...] É na educação, contudo, que mais se precisa avançar. O conhecimento é a principal ferramenta de redução de desigualdades. É preciso levar à escola todos os que têm entre 4 e 17 anos [...].

[...] é imperioso que o novo governo recupere o tempo perdido numa área [...] à do combate à corrupção. [...]

Já é tempo de promover uma regeneração ética e republicana da esfera pública.

A função da linguagem predominante no texto é

A Conotativa, pois o enunciador procura persuadir o destinatário a seguir literalmente os conselhos da bíblia.

B Poética, pois as palavras foram exploradas pelo seu potencial em evocar imagens e produzir efeitos sonoros.

C Fática, pois o objetivo da mensagem é simplesmente o de estabelecer e manter o contato entre emissor e o receptor

D Referencial, pois os fatos são apresentados com objetividade e precisão.

E Expressiva, pois o objetivo do emissor é descrever parte da malsucedida experiência da presidente na condução do Governo

QUESTÃO 108 Texto 1

O lobo e o cordeiro

Vendo um lobo que certo cordeirinho matava a sede num regato, imaginou um pretexto qualquer para devorá-lo. E embora se achasse mais acima, acusou-o de sujar-lhe a

água que bebia. O cordeiro explicou-lhe que bebia apenas com a ponta dos beiços e, além disso, que, estando mais abaixo, nunca poderia turvar-lhe o líquido. O lobo, exposto ao ridículo, insistiu: _ No ano passado, ofendeste meu pai. _ No ano passado eu não tinha nascido, replicou o cordeiro. O lobo, então: _ Defendeste-te muito bem, disse. Mas nem por isso deixarei de comer-te! Moral: De que vale a defesa perante quem quer fazer o mal?

Esopo

Texto 2 O lobo e o cordeiro

Estava o cordeirinho bebendo água, quando viu refletida no rio a sombra do lobo. Estremeceu, ao mesmo tempo que ouvia a voz cavernosa: "Vais pagar com a vida o teu miserável crime”. "Que crime?" - Perguntou o cordeirinho tentando ganhar tempo, pois já sabia que com lobo não adianta argumentar. "O crime de sujar a água que eu bebo”. "Mas como posso sujar a água que bebes se sou lavado diariamente pelas máquinas automáticas da fazenda?" - Indagou o cordeirinho. "Por mais limpo que esteja um cordeiro, é sempre sujo para um lobo" - retrucou dialeticamente o lobo. [...] "Chega de conversa" - disse o lobo - "vou comê-lo logo e está acabado: "Espera aí" - falou firme o cordeiro - "isso não é ético. Eu tenho, pelo menos, direito a três perguntas”. "Está bem" - cedeu o lobo, irritado com a lembrança do código milenar da jungle. Após obter as três respostas corretas, o lobo deu-se por vencido. E já ia se preparando para devorar o cordeirinho quando apareceu o caçador e o esquartejou. Moral: Quando o lobo tem fome, não deve se meter em filosofias.

Comparando os textos acima, pode-se afirmar que

A O texto 2 introduz nova fábula com intenção que se opõe diretamente à original (texto 1).

B O tom místico dado à fábula de Millôr Fernandes é responsável pela criação do humor.

C O desfecho do texto 2 revela um cordeirinho tão ingênuo quanto os que estamos acostumados a encontrar nas fábulas.

D O cordeirinho, no texto 2, não esboça reação frente à ameaça do lobo.

E O perfil metalinguístico do texto 2 é corroborado pelo emprego das expressões “dialeticamente”, “isso não é ético”, “código milenar de jungle”.

QUESTÃO 109

Sobre a tira, é pertinente afirmar que

A O verbo “lembrar” é complementado por estruturas sintáticas semelhantes nos casos em que aparece.

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10 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

B O humor da tira consiste no fato de uma das personagens não reconhecer o referente a que outra personagem faz alusão.

C A intenção do interlocutor da personagem que fala de um filme era dizer que a dificuldade para a lembrança de detalhes podia ser devida à idade avançada.

D O personagem que se refere a um filme consegue, ao final da tira, lembrar-se de detalhes como atores, diretor e até do nome do filme,

E O humor da tira está associado ao fato de a personagem com dificuldade de memória reconhecer no substantivo “amnésia” o nome do filme de que se tentava lembrar.

QUESTÃO 110

Amigos para sempre

A regra básica dos amigos para sempre é lembrar sempre que a gente vai ser amigo para sempre. Isso minimiza muitas coisas.

A verdade é que vamos ter que nos aturar a vida toda. Então, o melhor é que a gente brigue pouco. Ou brigue sem muitos atos dramáticos. E sem ofensas pesadas. (...)

Mas não temos como fugir! Estamos como que amarrados pela amizade.

Podemos até dar tempos, sumidas. Mas não tem jeito. (...)

E essas pessoas conhecem a gente tanto, mas tanto! Na verdade, um amigo pra sempre conhece a gente mais que qualquer família. E não liga se a gente dá chilique. Não liga se a gente fica de ligar e não liga. E nem a gente liga. Com um amigo para sempre a gente toma liberdades. Podemos deixar cinco recados seguidos nas secretárias deles. Sabemos que não, não vamos perdê-los.

Algumas vezes a gente acha que um amigo é para sempre e não era. Uma hora a coisa para de rolar. Isso é triste. Mas tem gente que entra na nossa vida e vai ficando. Ficando, ficando.

Amizade, eu acabo achando sempre, é melhor que amor. Pelo menos é quando eu consigo falar para sempre.

LEMOS, Nina.

Esse texto trata de “regras” a serem seguidas entre “amigos para sempre”. Segundo o texto é CORRETO afirmar que

A Esses amigos devem lembrar-se de que serão amigos para sempre. Portanto, devem brigar pouco, sem atos dramáticos e sem ofensas pesadas.

B Os verbos no futuro indicam as regras a serem seguidas pelos amigos para sempre.

C Os verbos no presente indicam o fato de que serão amigos para sempre e que terão, portanto, de conviver “eternamente”, apesar das brigas, que poderão ser constantes.

D A autora afirma que o amor é melhor que amizade. Para ela, a superioridade do amor a amizade se deve ao fato de que o amor pode ser “para sempre”, à amizade não.

E Segundo a autora, “amigos para sempre” são pessoas que nos conhecem tanto quanto a nossa família, e com as quais são permitidas certas atitudes, embora não tenhamos a certeza de que a amizade não se perderá.

QUESTÃO 111 Leia o fragmento.

“Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá. ” Nestes versos de Gonçalves Dias, escritos em Portugal, o poeta vive um momento marcado por

A solidão, devaneio e idealização nacionalista.

B melancolia, tédio e ironia;

C amor a Portugal, devaneio e idealização nacionalista;

D saudades, ânimo satírico e pessimismo;

E alívio, expectativa e otimismo.

QUESTÃO 112 Leia os enunciados a seguir:

I. Quem dá aos pobres empresta a Deus. Provérbio

II. Quem dá os cobres ou empresta: - deu-os.

FRADIQUE, Mendes. Gramatica portuguesa pelo método confuso. Rio de janeiro: Rocco, 1985

III. Quem dá aos pobres ou empresta... adeus!

CASTRO, Ruy. Uma pulga na camisola: o máximo de Max nunes. Sel. E org. Ruy Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. P. 68.

Observando a relação entre os enunciados, é CORRETO

afirmar que:

A O provérbio significa que a pessoa que faz caridade está “angariando créditos” junto à sociedade.

B O segundo enunciado sugere que quem dá ou empresta dinheiro a alguém deve esperar recebê-lo de volta.

C O terceiro enunciado tem o mesmo significado do segundo, especificando, porém, de quem se deve esperar receber o dinheiro doado ou emprestado: dos pobres.

D O recurso utilizado no segundo e no terceiro enunciados para produzir outro efeito de sentido em relação ao primeiro enunciado foi o jogo com palavras semelhantes: cobres x pobres; Deus x Deu-os x adeus.

E No primeiro enunciado os dois complementos do verbo “dar” estão explícitos.

QUESTÃO 113

Observe o cartum e assinale a alternativa correta.

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 11

A O solo da Amazônia pode ser caracterizado como “favorável à morte’ por abrigar algumas plantas e alguns animais nocivos à vida humana.

B A relação entre “Amazônia” e “morte” é expressa pela presença de um homem armado próximo ao veículo que arrancava uma árvore. Essa relação sugere que a única violência praticada na Amazônia é a derrubada das árvores.

C A ironia presente no cartum é determinada pelo fato de um lugar comumente caracterizado como inóspito (o planeta Marte) ser apontado como tendo um “solo favorável à morte”.

D A palavra necessária para que o enunciado do cartum se preserve como uma unidade de sentido e cumpra o objetivo irônico do autor é “solo’.

E O solo de Marte é apontado com “favorável à vida” em função dos indícios, recentemente descobertos, de que Marte pode ter tido condições de abrigar vida.

QUESTÃO 114

Tupi or not tupi, that's the question

O uso de palavras estrangeiras na língua portuguesa não é assunto que possa ser tratado com tanta simplicidade como alguns imaginam.

Não sou purista, do tipo que rejeita qualquer "estrangeirismo". Entretanto, eu me sinto no dever de defender nosso idioma contra a invasão dos "modismos" e dos "exageros desnecessários". Quanto a este assunto, eu me considero um moderado. Já expus meu pensamento, mas não custa repetir: 1_ Toda vez que surgir a necessidade de usarmos uma palavra ou expressão estrangeira, devemos buscar uma forma equivalente em português. Em vez de "beach soccer", podemos usar futebol de areia. Por que "dar o start" ou "startar", se podemos iniciar ou começar? 2_ Se a tradução não "funciona", devemos tentar o "aportuguesamento": contêiner, estressado, futebol, blecaute, bufê ... É lógico que sempre haverá casos discutíveis: correio eletrônico ou e-mail, xampu ou shampoo? 3_ Caso a tradução e o aportuguesamento "fracassem", só nos resta aceitar o termo estrangeiro na sua forma original: software, marketing, impeachment, réveillon ...

DUARTE, Sérgio Nogueira. Língua viva V: uma análise simples e bem-humorada da linguagem do brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco

No texto “tupi or not tupi, that´s the question”, o autor trata de uma questão polêmica: o uso de termos estrangeiros em nossa língua. Segundo o texto, é pertinente confirmar que:

A O autor se define como radical porque rejeita totalmente o uso de termos estrangeiros.

B O autor sugere que, antes de adotarmos o termo estrangeiro, devemos lembrar que tal procedimento agride a soberania da língua portuguesa.

C O autor se define como moderado porque ele não rejeita totalmente o uso de termos estrangeiros, mas apenas combate os modismos e os exageros desnecessários.

D Os termos “iniciar” e “começar” devem ser substituídos por seus equivalentes em inglês para demonstrar as relações entre os idiomas.

E O autor aconselha a tradução ou o aportuguesamento de alguns termos ou, caso tais procedimentos não funcionem, o abandono do interesse comunicativo.

QUESTÃO 115

Fragmento I: Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel (1500) De ponta a ponta [a Terra de Vera Cruz] é toda praia... muito chã e muito fremosa. [...] Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem [...].

Fonte: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 36.ed. São Paulo: Cultrix, 1994, p.15.

Fragmento II: Trecho do livro Como cuidar da nossa água (2010).

A água é um recurso limitado, e o seu desperdício tem consequências. No Brasil, cada setor da economia, cada fatia da sociedade, tem sua parcela de responsabilidade nessa história. À semelhança da maioria dos países, no Brasil, a agricultura é quem mais consome água — quase 63% do que é captado vai para a irrigação. O uso doméstico é responsável por 18% do consumo, a indústria fica com 14%. Os 5% restantes são usados para matar a sede dos animais de criação. Todos esses consumidores tendem a usar a água de modo abusivo. No Brasil, a maior parte das grandes indústrias tem programas de reaproveitamento de água, uma vez que ela se torna cada vez mais rara e cara.

Fonte: AGUIAR, Laura; SCHARF, Regina; CIPIS, Marcelo; MARTINI, Luiz Fernando.Como cuidar da nossa água. Col. Entenda e Aprenda. São Paulo: BEĨ, 2010,

p.176.

Após ler os fragmentos, pode se afirmar que:

A Há uma relação harmoniosa entre os fragmentos, pois ambos indicam a finitude da água no país;

B Há uma relação complementar entre os fragmentos, pois eles combatem a opinião alarmista dos ecologistas de que a água é finita no país;

C Há uma relação de oposição entre os fragmentos, pois o II contradiz o teor do I, no qual há uma impressão errônea de que os recursos hídricos são infinitos no país:

D Há uma relação oposta entre os fragmentos, pois o I descreve as belezas naturais do Brasil e o II trata do problema do desperdício de água pelo viés da economia do país:

E Há uma relação de similaridade entre os textos, pois ambos descrevem de forma objetiva a necessidade de preservação ambiental e do solo brasileiro, fatores essenciais para a manutenção dos mananciais hídricos do país.

QUESTÃO 116

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

12 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

De acordo coma tira, é CORRETO afirmar que

A Uma vez que as comparações feitas pela personagem envolvem elementos bastante diversos, fica claro que todas as coisas no passado eram melhores do que no presente.

B Diante da expectativa criada, a fala da personagem no último quadrinho – “Quanto ao resto.../... era a mesma coisa que hoje” – assume caráter inusitado.

C Por promover uma quebra de expectativa, a fala de Hagar – “pergunte a ele” – pode ser apontada como a responsável pelo humor presente nos quadrinhos.

D Nas falas do vovô, observa-se a ocorrência de uma estratégia gramatical que serve para destacar a semelhança entre dois ou mais elementos quanto a uma determinada característica.

E Na tira, as palavras “muito” e “mais” estão associadas a uma mesma categoria gramatical.

QUESTÃO 117 Texto 1

O último poema

Assim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos

[intencionais [...]

Manuel Bandeira. Libertinagem.

Texto 2

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um [...]. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "Assim eu quereria o meu último poema”. [...]

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se [...].

Passo a observá-los. [...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se

convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Fernando Sabino

A partir da leitura dos textos, é correto afirmar que

A O texto 2 tem a mesma estrutura do texto 1 e representa exemplo de tema recorrente.

B O texto 2 é paráfrase, porém apresenta discordância com o texto 1 por pertencer ao gênero dramático.

C O texto 2 não pode ser classificado como paráfrase porque não repete as palavras e as estruturas do texto original.

D O texto 2 é uma paráfrase, pois retoma o tema de “O último poema”, de Manuel Bandeira, mantendo o seu significado, ou seja, quer que sua última crônica contenha a mesma qualidade, ternura, pureza dos versos de bandeira.

E O texto 2 se afasta do texto 1 tanto no tratamento temático quanto na estrutura.

QUESTÃO 118 Descrevo que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro, que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro.

Em cada porta um frequentado olheiro, que a vida do vizinho, e da vizinha pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres, posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras* nos mercados, todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia.

Gregório de Matos

*usuras: juros.

Miséria

Miséria é miséria em qualquer canto Riquezas são diferentes Índio, mulato, preto, branco Miséria é miséria em qualquer canto Riquezas são diferentes Miséria é miséria em qualquer canto Filhos, amigos, amantes, parentes Riquezas são diferentes Ninguém sabe falar esperanto Miséria é miséria em qualquer canto Todos sabem usar os dentes Riquezas são diferentes Miséria é miséria em qualquer canto.

Titãs

Com base no conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que:

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 13

A tanto o poema de Gregório de Matos como a letra da música dos Titãs retratam somente a miséria na Bahia;

B a música dos Titãs e o soneto de Gregório de Matos indicam que a pobreza é gerada pela miscigenação ocorrida no Brasil;

C o texto de Gregório de Matos retrata aspectos locais de uma sociedade, enquanto que a letra da música dos Titãs aborda um problema global;

D a palavra “mulato” tem sentido pejorativo na letra dos Titãs, mas não o tem no poema de Gregório de Matos;

E a cordialidade entre vizinhos é o principal assunto do poema de Gregório de Matos, já na letra de Miséria é a difícil convivência entre familiares.

QUESTÃO 119 Leia cuidadosamente os poemas a seguir. Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância.

Gregório de Matos Guerra

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face?

Cecília Meireles, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

Após uma leitura atenta dos poemas abaixo é possível notar que:

A a temática do poema de Gregório de Matos está centrada na reflexão moral e filosófica, característica que distancia o caráter moralizante do texto;

B o texto do poeta Gregório de Matos trata da transitoriedade, da efemeridade das coisas do mundo, tema bastante caro ao Barroco, característica que não pode ser observada no poema da escritora Cecília Meireles;

C Ambos os textos abordam a consciência angustiante da fugacidade da vida e da passagem do tempo que tudo destrói e são expressas principalmente nos versos: “A firmeza somente na inconstância” (4ª estrofe), do texto I e na (3ª estrofe) do texto II - “Em que espelho ficou perdida /a minha face?”;

D Cecília nos mostrou em cada estrofe, cada verso, a transição das nossas vidas. E tudo de uma forma tão filosófica, que encanta seus leitores e os envolvem, tendência que a distância dos conceitos da literatura dos séculos XVII e XVIII;

E Gregório de Matos e Cecília Meireles ao pertencerem a uma mesma época literária, inserem em seus poemas a linguagem figurativa marcada pelo acúmulo de antíteses, paradoxos, aliterações para acentuar ainda mais o processo filosófico de interpretação da vida e do mundo.

QUESTÃO 120 Leia o texto abaixo:

À cidade da Bahia

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando, e tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente Pelas drogas inúteis, que abelhuda Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente Um dia amanheceras tão sisuda Que fora de algodão o teu capote!

Gregório de Mattos. “História concisa da Literatura Brasileira”,

de Alfredo Bosi, Editora Cultrix, 1994, SP.

Pode-se afirmar do texto que:

A pela forma de soneto e pelo tom satírico, o poema À cidade da Bahia antecipa os procedimentos clássicos da poesia parnasiana do século XIX;

B o autor optou no seu poema, pelo tom satírico, para melhor expressar sua crítica ao caráter lesivo das trocas mencionadas no primeiro terceto, o que é evidenciado pelo contraste entre a excelência do açúcar e a inutilidade das drogas inúteis;

C a Bahia é representada através de referências a uma antiguidade pobre e um presente promissor, uma vez que lucra com as negociatas realizadas com o sagaz Brichote;

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D o poema não dá referências sobre os meios de produção da época, limitando-se a expressar a tristeza do poeta pelo seu empobrecimento;

E o poeta constrói, através de imagens elaboradas, uma crítica à exploração econômica que sofreu a Bahia no período colonial, mas que já se encerraram, conforme se pode constatar no segundo terceto.

QUESTÃO 121 No colégio dos padres, Gregório de Matos escreveu: “Quando desembarcaste da fragata, meu dom Braço de Prata, cuidei, que a esta cidade tonta, e fátua, mandava a Inquisição alguma estátua, vendo tão espremida salvajola visão de palha sobre um mariola". Sorriu, e entregou o escrito a Gonçalo Ravasco. Gonçalo leu-o, gracejou, entregou-o ao vereador. O papel passou de mão em mão. “A difamação é o teu deus”, disseram, sorrindo.

Ana Miranda, Boca do Inferno

Vocabulário: fátua: tola; salvajola: variante de “selvagem”; mariola: velhaco

O trecho ilustra:

A a poesia erótica de Gregório de Matos, inspirada na vida nos prostíbulos da cidade da Bahia e que deu origem à alcunha do poeta, “Boca do Inferno”;

B a poesia lírica de Gregório de Matos, voltada para a temática filosófica, em linguagem marcada pelos recursos da estética barroca;

C a poesia satírica de Gregório de Matos, dedicada à descrição fiel da sociedade da época, utilizando recursos expressivos característicos do barroco português;

D a poesia erótica de Gregório de Matos, caracterizada pela crítica aos comportamentos e às autoridades baianas da época colonial;

E a poesia satírica de Gregório de Matos, que representa, no conjunto de sua obra, uma fuga aos moldes barrocos e ataca, no linguajar baiano da época, costumes e personalidades.

QUESTÃO 122

Leia os textos abaixo para responder o que se pede: Texto I

Descreve um horroroso dia de trovões

Na confusão do mais horrendo dia, Painel da noite em tempestade brava, O fogo com o ar se embaraçava Da terra e água o ser se confundia.

Bramava o mar, o vento embravecia Em noite o dia enfim se equivocava, E com estrondo horrível, que assombrava, A terra se abalava e estremecia.

Lá desde o alto aos côncavos rochedos, Cá desde o centro aos altos obeliscos Houve temor nas nuvens, e penedos.

Pois dava o Céu ameaçando riscos Com assombros, com pasmos, e com medos Relâmpagos, trovões, raios, coriscos.

Gregório de Matos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego.html, Consultado em julho de 2013.

Texto II

Não vês, Nise, este vento desabrido, Que arranca os duros troncos? Não vês esta, Que vem cobrindo o céu, sombra funesta, Entre o horror de um relâmpago incendido?

Não vês a cada instante o ar partido Dessas linhas de fogo? Tudo cresta, Tudo consome, tudo arrasa, e infesta, O raio a cada instante despedido.

Ah! não temas o estrago, que ameaça A tormenta fatal; que o Céu destina Vejas mais feia, mais cruel desgraça:

Rasga o meu peito, já que és tão ferina; Verás a tempestade, que em mim passa; Conhecerás então, o que é ruína.

Cláudio Manuel da Costa

De acordo com a leitura dos textos, pode-se afirmar que:

A No poema II, o locutor, ou eu-lírico, ou eu-poético, enfim, a voz que se dirige a alguém chamado Nise expõe suas emoções, revela seu mundo exterior, utilizando o mundo interior como reflexo de seus sentimentos;

B O autor do texto I ironiza a situação climática e deflagra certo telurismo sacro, enquanto no texto II, o eu-lírico remete-se a uma paisagem bucólica típica para a realização do ser humano;

C No poema I, Gregório de Matos reflete a imagem de um ser humano harmônico com os seus pensamentos e sentimentos, com suas ideologias e identidades;

D O locutor do texto II pinta inicialmente o cenário de uma tempestade, sem economizar palavras para descrever o horror da funesta procela, que a tudo cresta, tudo consome, tudo arrasta; e infesta, associando metaforicamente esses elementos ao seu estado de espírito;

E A antítese, o paradoxo e a hipérbole são figuras de linguagem sazonalmente utilizadas nos textos barrocos, logo não podem ser percebidas no texto do poeta árcade Cláudio Manuel da Costa.

QUESTÃO 123 Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicos e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas. (…) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior frequência, tornou-se necessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens

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americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados, de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...). Neste texto, Jean de Léry

A despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas americanos.

B revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de “selvagens”.

C reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com relação aos europeus.

D valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades.

E valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram perseguidos pelos católicos.

QUESTÃO 124 Leia atentamente o seguinte soneto de Cláudio Manuel da Costa e a música Casa no Campo, gravada por Elis Regina. Texto I

Sou pastor; não te nego; os meus montados São esses, que aí vês; vivo contente Ao trazer entre a relva florescente A doce companhia dos meus gados;

Ali me ouvem os troncos namorados, Em que se transformou a antiga gente; Qualquer deles o seu estrago sente; Como eu sinto também os meus cuidados.

Vós, ó troncos, (lhes digo) que algum dia Firmes vos contemplastes, e seguros Nos braços de uma bela companhia;

Consolai-vos comigo, ó troncos duros; Que eu alegre algum tempo assim me via; E hoje os tratos de Amor choro perjuros. Texto II

Casa No Campo

Eu quero uma casa no campo Onde eu possa compor muitos rocks rurais E tenha somente a certeza Dos amigos do peito e nada mais Eu quero uma casa no campo Onde eu possa ficar no tamanho da paz E tenha somente a certeza Dos limites do corpo e nada mais Eu quero carneiros e cabras pastando solenes No meu jardim

Eu quero o silêncio das línguas cansadas Eu quero a esperança de óculos Meu filho de cuca legal Eu quero plantar e colher com a mão A pimenta e o sal Eu quero uma casa no campo Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé Onde eu possa plantar meus amigos Meus discos e livros E nada mais

Elis Regina

Analisando-se as informações associadas aos textos acima compreende-se que:

A A representação da natureza amena e do sentimento bucólico, como nos versos: “Ao trazer entre a relva florescente / A doce companhia dos meus gados”, inserem o poeta na ideologia árcade;

B O Locusamoenus: “Onde eu possa ficar do tamanho da paz”, traço característico do Arcadismo, mas ausente no poema de Cláudio Manuel da Costa;

C Ambos textos pertencem ao período Árcade da literatura brasileira, tanto na temática, quanto no estilo de composição;

D A representação da natureza como espelho das fortes paixões, caracterizam os dois textos, já que os aproximam da ideologia barroca;

E A imaginação delirante de paisagens exóticas e a valorização das circunstâncias biográficas são exemplificadas no soneto de Cláudio Manuel da Costa.

QUESTÃO 125 Um juízo crítico que define o estilo de umas das linhas mestras da poesia de Castro Alves é:

A “Notemos que esse poeta sem requinte foi, do grupo em estudo, o mais preocupado com a experimentação métrica, revelando o senso exato da adequação do ritmo à psicologia.”

B “Da presença da história decorre um compromisso com a eloquência: a poesia, como força histórica, se aproxima automaticamente do discurso, incorporando a ênfase oratória à sua magia, que se restringe por isso mesmo ante esta invasão imperiosa.”

C “Os seus momentos mais felizes estão nalgumas redondilhas delicadas ou em composições de voo amplo, lançadas no declive da reflexão e da meditação”.

D “Quando amplia o âmbito de visão, é ainda matizando de moderada beleza os aspectos ordinariamente exaltantes da paisagem. O fato dessa natureza existir denota o caráter concreto de sua poesia, que, apesar de intensamente subjetiva, se alia à realidade de uma paisagem despojada de qualquer hipertrofia, em benefício da atmosfera tênue dos tons menores.”

E “Esta tendência para volatizar e nebulizar a paisagem completa-se por outra, de aproximá-la da vida pelo mesmo sistema de imagens.”

QUESTÃO 126 Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa. Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade!

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Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou: A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –, Com que a chama do esforço se remoça, E outra vez conquistaremos a Distância – Do mar ou outra, mas que seja nossa!

(Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)

Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu lírico

A apresenta Portugal como uma nação decadente, que não faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias.

B inspira-se no passado de heroísmo do povo português que, no presente, já não acredita na sua história.

C busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa, cantando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos.

D reconhece o desejo de o povo português glorificar seus heróis, o que não foi possível até o seu presente.

E descreve o Portugal de seu tempo como uma nação gloriosa e marcada por histórias de heroísmo.

QUESTÃO 127

Em 2014, foram comemorados os 200 anos da morte do criador das belíssimas peças em pedra sabão, uma das quais é apresentada na imagem acima, sendo a mesma de autoria do mais importante artista brasileiro do período colonial: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814). Ele nasceu em Vila Rica, atual Ouro Preto, e antes dos 50 anos, foi acometido por uma doença degenerativa que atrofiava seu corpo. Mesmo assim, tornou-se um dos maiores mestres do Barroco no Brasil. O Barroco teve terreno fértil para a expansão em Minas Gerais, pois

A o enriquecimento provocado pela mineração e a forte religiosidade dos povos das Minas, conjugados com a intensa vida cultural ligada ao catolicismo, favoreceram o desenvolvimento desse estilo artístico na região.

B a pouca presença de protestantes na região, por causa da distância do litoral, fez com que não houvesse forte influência desse ramo religioso, deixando caminho livre para a expansão do Barroco, tão ligado ao catolicismo.

C fortaleceu-se com os altos investimentos feitos pelo governo português na região, já que por causa da produção aurífera, buscava-se fazer de Minas, e principalmente de Vila Rica, a referência americana para a Europa.

D a decadência da produção açucareira no Nordeste e a descoberta do ouro em Minas levaram os principais artistas da Colônia a migrarem para Vila Rica, em busca de financiamento para suas obras e apoio para novos empreendimentos.

E utilizou a presença de grande número de artistas europeus presentes no estado, com influência forte das correntes artísticas ligados às igrejas católicas e protestantes, predominantes nesta região.

QUESTÃO 128 Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto, Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria.

Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.

A Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.

B A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.

C O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a

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preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.

D A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.

E A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

QUESTÃO 129 Leia os fragmentos a seguir, extraídos da Lira II, da obra “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga, “Pintam, Marília, os Poetas”. A um menino vendado, Com uma aljava de setas, Arco empunhado na mão; Ligeiras asas nos ombros, O tenro corpo despido, E de Amor ou de Cupido São os nomes, que lhe dão.” [...] “Tu, Marília, agora vendo De Amor o lindo retrato, Contigo estarás dizendo Que é este o retrato teu. Sim, Marília, a cópia é tua, Que Cupido é Deus suposto: Se há Cupido, é só teu rosto, Que ele foi quem me venceu.”

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu.

Analisando-se os fragmentos, compreende-se que

A O poeta, na primeira estrofe, menciona uma figura representativa do amor na mitologia clássica e começa descrevendo o amor como um cúpido;

B Na primeira estrofe, a amada Marília é alertada sobre a violência que se esconde por detrás da superfície do amor, que não é um sentimento tão significante;

C Na segunda estrofe, o poeta transfere o retrato de Cupido para o rosto vencedor de Marília, que descreve o amor como um sentimento positivo e alegre;

D Na segunda estrofe, o poeta confessa à amada a sua resistência em relação aos poderes do amor, pois este é capaz de amargurar os corações humanos;

E O autor, Tomás Antônio Gonzaga, utiliza nesta lira os recursos linguísticos próximos ao Barroco, opondo-se ao Arcadismo, abordando sobre temas comuns como: o amor, a morte, a solidão.

QUESTÃO 130 Leia o texto abaixo.

Ossian o bardo é triste como a sombra Que seus cantos povoa. O Lamartine É monótono e belo como a noite, Como a lua no mar e o som das ondas... Mas pranteia uma eterna monodia, Tem na lira do gênio uma só corda; Fibra de amor e Deus que um sopro agita: Se desmaia de amor a Deus se volta, Se pranteia por Deus de amor suspira.

Basta de Shakespeare. Vem tu agora,

Fantástico alemão, poeta ardente Que ilumina o clarão das gotas pálidas Do nobre Johannisberg! Nos teus romances Meu coração deleita-se... Contudo, Parece-me que vou perdendo o gosto. (...)

(Álvares de Azevedo, Lira dos vinte anos)

Considerando-se este excerto no contexto do poema a que pertence (ideias íntimas), é correto afirmar que, nele

A o eu-lírico manifesta tanto seu apreço quanto sua insatisfação em relação aos escritores que evoca.

B a dispersão do eu-lírico, própria da ironia romântica, exprime-se na métrica irregular dos versos.

C o eu-lírico rejeita a literatura e os demais poetas porque se identifica inteiramente com a natureza.

D a recusa dos autores estrangeiros manifesta o projeto nacionalista típico da segunda geração romântica brasileira.

E Lamartine é criticado por sua irreverência para com Deus e a religião, muito respeitados pela segunda geração romântica.

QUESTÃO 131 Leia os fragmentos abaixo. Texto 1

“Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.”

(Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, 1843)

Texto 2

“Vou voltar Sei que ainda vou voltar Vou deitar à sombra De uma palmeira Que já não há Colher a flor Que já não dá E algum amor Talvez possa espantar As noites que eu não queria E anunciar o dia”

(Chico Buarque e Tom Jobim, “Sabiá”, 1968)

Sobre a relação entre cada texto e sua respectiva época de composição, assinale a alternativa correta:

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A Tanto o Texto 1 quanto o Texto 2 possuem uma evidente vinculação com o crescente interesse que a ecologia passou a ter para o país, desde o século XIX.

B O Texto 1 traz a marca da arte brasileira do Segundo Reinado: exclusivamente lírica, afasta-se de qualquer conotação política; já o Texto 2 reflete a politização decorrente da luta contra a ditadura militar, não comportando nenhuma leitura de caráter lírico.

C Tanto o Texto 1 quanto o Texto 2 funcionam como manifestações de rejeição a projetos políticos oficiais; assim, buscam criar uma imagem nacional desvinculada dos poderes instituídos, colocando em destaque valores populares.

D O esforço para se construir uma imagem positiva do Brasil, no Texto 1, pode ser entendido como parte do esforço do poder republicano em superar a imagem do Império brasileiro; o mesmo esforço, no Texto 2, enquadra-se na luta pelas eleições diretas e livres para a Presidência da República, ocorridas durante os anos 1960.

E A idealização da natureza, presente no Texto 1, pode ser vista como parte do projeto de construção de uma imagem ufanista do país recém-independente; a imagem mais sombria que essa mesma natureza apresenta no Texto 2 é uma reação ao momento tenso que o país vivia durante a ditadura militar iniciada em 1964.

QUESTÃO 132 O fragmento do poema abaixo pertence à segunda parte da obra Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo. É ela! É ela! É ela! É ela! É ela! É ela! – murmurei tremendo, E o eco ao longe murmurou – é ela! Eu a vi — minha fada aérea e pura – A minha lavadeira na janela! [...]

Esta noite eu ousei mais atrevido Nas telhas que estalavam nos meus passos Ir espiar seu venturoso sono, Vê-la mais bela de Morfeu nos braços! [...]

Afastei a janela, entrei medroso: Palpitava-lhe o seio adormecido... Fui beijá-la... roubei do seio dela Um bilhete que estava ali metido... Oh! Decerto... (pensei) é doce página Onde a alma derramou gentis amores; São versos dela... que amanhã decerto Ela me enviará cheios de flores... [...]

É ela! é ela! – repeti tremendo; Mas cantou nesse instante uma coruja... Abri cioso a página secreta... Oh! Meu Deus! era um rol de roupa suja! Sobre a leitura dos fragmentos acima pode-se afirmar que,

A O tema da mulher idealizada é constante na obra de Álvares de Azevedo. No poema em questão, a imagem da virgem sonhadora é simbolizada pela lavadeira, uma forma de denunciar os problemas sociais e, ao mesmo tempo, reportar a imagem feminina ao modelo materno.

B No poema “É ela! É ela! É ela! É ela!”, a musa eleita é uma lavadeira. Dizendo-se apaixonado, o eu-lírico a observa enquanto dorme e retira do seio da amada uma lista de roupa, que imaginara ser um bilhete de amor. Trata-se de uma forma melancólica de expressar a grandeza das relações humanas e representar a concretização do amor.

C O emprego de termos elevados em referência à lavadeira, tais como “fada aérea e pura”, é um fator que reforça o riso por associar a lavadeira a uma musa inspiradora e exaltadora da paixão. Trata-se, portanto, de um poema de linha irônica e prosaica, que revela os valores morais daquela época.

D O poema, no conjunto das estrofes acima transcritas, revela tédio e melancolia. Esses sentimentos são reforçados pelo murmúrio do eu-lírico, "É ela! É ela!", ao visualizar sua amada.

E A figura da lavadeira no poema é a de uma mulher que não se pode possuir. Dessa maneira, o poema afasta a possibilidade de concretização do ato sexual, confirmando a idealização da mulher no período romântico.

QUESTÃO 133 (...) a lombalgia, por exemplo, afeta 80% da população adulta, sendo um dos principais motivos de aposentadoria precoce, segundo dados da Previdência Social. A grande novidade em relação à disfunção é a eficiência do tratamento fisioterapêutico, mesmo nos casos considerados mais graves. Seguindo corretamente as indicações, os especialistas afirmam que a cirurgia pode ser evitada em 80% dos casos. Por causa do baixo impacto dos exercícios, o Pilates é atualmente uma das atividades mais indicadas por especialistas para tratar de problemas de coluna e outras patologias. Para a mente, a atividade estimula a concentração e o equilíbrio. Para músculos e articulações, dá força e flexibilidade. Para a coluna, melhora a postura e evita lesões. "É a modalidade física mais indicada para prevenir e tratar problemas da coluna vertebral, pois permite aos praticantes realizar suas atividades diárias, com perfeição. Em três semanas de prática é possível perceber os benefícios. A postura mental, física e emocional das pessoas muda radicalmente", garante o fisioterapeuta Sérgio Machado. (...) Pela presença de uma bacia mais larga, a mulher possui uma lordose lombar maior que a do homem. "Nas mulheres portadoras de hiperlordose lombar, o abdômen acaba por se projetar para a frente, originando a indesejável barriguinha", explica Sérgio Machado.

Jornal Meio Norte – Teresina – PI (25/09/2008)

Os fragmentos de texto acima apresentam alguns problemas que afetam o povo brasileiro tanto adulto como idoso. Considerando o texto como referencial e o conhecimento de mundo adquirido, considera-se que:

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A os problemas físicos devem ser tratados em academias antes de se consultar um clínico.

B as mulheres, por possuírem uma bacia mais larga que a do homem, devem preocupar-se com hiperlordose lombar, fazendo exames periodicamente.

C o governo brasileiro, preocupado com o excesso de pedidos de aposentadoria precoce, tem incentivado a população, através de informes, a evitar problemas físicos.

D a fisioterapia é a solução para não se adquirir problemas na constituição física.

E a preocupação com a saúde inicia-se com os cuidados com a postura física.

QUESTÃO 134 Leia o poema abaixo para responder a questão. Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer; é solitário andar por entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente presente.

A “Amor é fogo que arde sem se ver.”

B “É um contentamento descontente.”

C “É servir a quem se vence, o vencedor.”

D “Mas como causar pode seu favor.”

E “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

QUESTÃO 135 Analise a imagem e leia o texto apresentados a seguir.

A ponta da América, a partir de agora, assinala insistentemente o Sul, o nosso norte.

TORRES GARCÍA, Joaquín. Universalismo constructivo (Manifesto). Buenos Aires: Poseidón, 1941. Disponível em: <http://www.uruguayeduca.edu.uy>. Acesso em: 11 set.

2013.

O quadro e o manifesto do artista uruguaio Torres García inserem-se na denominada arte modernista, elaborada durante a primeira metade do século XX pelas vanguardas americanistas. Ao fazer referência ao mapa do continente americano, a imagem e o manifesto expressam uma crítica

A à base tecnológica do século XIX, que tinha no conhecimento astronômico limitado um empecilho à elaboração de uma projeção fiel à realidade.

B aos valores da cultura ocidental, que tinham no sistema de coordenadas um instrumento de imposição do imperialismo norte-americano.

C ao imaginário dos descobrimentos, que inseria nas projeções cartográficas da Era Moderna figuras míticas e pontos de referência inexistentes.

D ao sistema de representação cartográfica europeu, com o objetivo de reforçar os princípios formadores da identidade latino-americana.

E ao isolamento político dos países da América do Sul, com o objetivo de colocar o continente no centro das atenções internacionais.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

QUESTÃO 136

Com o objetivo de trabalhar com seus alunos o conceito de volume de sólidos, um professor fez o seguinte experimento: pegou uma caixa de polietileno, na forma de um cubo com 1 metro de lado, e colocou nela 600 litros de água. Em seguida, colocou, dentro da caixa com água, um sólido que ficou completamente submerso. Considerando que, ao colocar o sólido dentro da caixa, a altura do nível da água passou a ser 80 cm, qual era o volume do sólido?

A 0,2 m³

B 0,48 m³

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

20 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

C 4,8 m³

D 20 m³

E 48 m

QUESTÃO 137

A tecnologia do LED é bem diferente das lâmpadas incandescentes e das fluorescentes. A lâmpada LED é fabricada com material semicondutor semelhante ao usado nos chips de computador. Quando percorrido por uma corrente elétrica, ele emite luz. O resultado é uma peça muito menor, que consome menos energia e tem uma durabilidade maior. Enquanto uma lâmpada comum tem vida útil de 1.000 horas e uma fluorescente de 10.000 horas, a LED rende entre 20.000 e 100.000 horas de uso ininterrupto.

Há um problema, contudo: a lâmpada LED ainda custa mais caro, apesar de seu preço cair pela metade a cada dois anos. Essa tecnologia não está se tornando apenas mais barata. Está também mais eficiente, iluminando mais com a mesma quantidade de energia.

Uma lâmpada incandescente converte em luz apenas 5% da energia elétrica que consome. As lâmpadas LED convertem até 40%. Essa diminuição no desperdício de energia traz benefícios evidentes ao meio ambiente.

A evolução da luz. Veja, 19 dez. 2007. Disponível em: http://veja.abril.com.br/191207/p_118.shtml

Acesso em: 18 out. 2008.

Considerando que a lâmpada LED rende 100 mil horas, a escala de tempo que melhor reflete a duração dessa lâmpada é o:

A dia.

B ano.

C decênio.

D século.

E milênio.

QUESTÃO 138

A cada ano, a Amazônia Legal perde, em média, 0,5% de suas florestas. O percentual parece pequeno, mas equivale a uma área de quase 5 mil quilômetros quadrados. Os cálculos feitos pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontam um crescimento de 23% na taxa de destruição da mata em junho de 2008, quando comparado ao mesmo mês do ano 2007. Aproximadamente 612 quilômetros quadrados de floresta foram cortados ou queimados em quatro semanas. Nesse ritmo, um hectare e meio (15 mil metros quadrados ou pouco mais de um campo de futebol) da maior floresta tropical do planeta é destruído a cada minuto. A tabela abaixo mostra dados das áreas destruídas em alguns Estados brasileiros.

Supondo a manutenção desse ritmo de desmatamento nesses Estados, o total desmatado entre agosto de 2008 e junho de 2009, em valores aproximados, foi

A inferior a 5.000 km²

B superior a 5.000 km2 e inferior a 6.000 km².

C superior a 6.000 km2 e inferior a 7.000 km².

D superior a 7.000 km2 e inferior a 10.000 km².

E superior a 10.000 km².

QUESTÃO 139

Um desfibrilador é um equipamento utilizado em pacientes durante parada cardiorrespiratória com objetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. O seu funcionamento consiste em aplicar uma corrente elétrica intensa na parede torácica do paciente em um intervalo de tempo da ordem de milissegundos. O gráfico seguinte representa, de forma genérica, o comportamento da corrente aplicada no peito dos pacientes em função do tempo.

De acordo com o gráfico, a contar do instante em que se inicia o pulso elétrico, a corrente elétrica inverte o seu sentido após

A 0,1 ms.

B 1,4 ms.

C 3,9 ms.

D 5,2 ms.

E 7,2 ms.

QUESTÃO 140

Em Alexandria viveu Diofante, entre os anos 325 e 409, e a pequena parte de sua obra que chegou até nossos dias revela a mais antiga prática de abreviações na Matemática. Na história da álgebra, no período anterior a Diofante,

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 21

expressões são apresentadas só com palavras, inclusive os números. Com Diofante surge a álgebra, na qual algumas expressões são escritas e outras abreviadas

Adaptado de GUELLI, Oscar. Uma aventura do pensamento. Sexta série. Editora Ática.

Na linguagem de Diofante, por exemplo, "u 3" significa 3 unidades, "M" significa menos e, quando não há nenhum sinal, significa uma adição. As frases abaixo estão escritas em símbolos de Diofante. » x u 3 é igual a u 6. » x M u 7 é igual a u 10. Em símbolos atuais, as frases podem ser escritas, respectivamente, por:

A x + 3 = 6 e x - 7 = 10

B 3x = 6 e x - 7 = 10

C x + 3 = 6 e 7x - 10 = 0

D 3 - x = 6 e 7x = 10

E 3x + x = 10

QUESTÃO 141 Para fazer um dado cúbico de cartolina, um garoto usou o molde com faces numeradas de 1 a 6, como mostra a figura a seguir.

É CORRETO afirmar que a soma dos números que estão

em faces opostas:

A é sempre igual a 7.

B nunca é múltiplo de 5.

C é sempre menor que 10.

D nunca é divisor de 20.

E é sempre maior que 10.

QUESTÃO 142 Uma fábrica de azulejos possui dois modelos de ladrilhos quadriculados, chamados de "3 x 3" e "5 x 5", mostrados nas figuras a seguir.

Deseja-se lançar um novo modelo de ladrilhos quadriculados, chamado "7 x 7", seguindo o mesmo padrão dos modelos anteriores. O número de quadrados pintados em um ladrilho do modelo "7 x 7" será igual a:

A 20

B 25

C 30

D 35

E 40

QUESTÃO 143 Paulo está construindo caixas em forma de pirâmide para montar o cenário de uma peça de teatro e tem à sua disposição peças de madeira recortadas como nas figuras.

Como base para a pirâmide, Paulo pode usar as peças:

A III e IV.

B II e V.

C I e III.

D II e IV.

E IV e V.

QUESTÃO 144 Um fazendeiro vendeu dois touros pelo mesmo preço. Num deles obteve um lucro de 50% sobre o preço de venda e no outro um prejuízo de 50% sobre o preço de compra. No total, em relação ao preço de custo, esse fazendeiro obteve:

A Lucro de 5%.

B Prejuízo de 5%.

C Lucro de 10%.

D Prejuízo de 10%.

E Prejuízo de 20%.

QUESTÃO 145 Analise a imagem:

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22 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

Com base no gráfico, pode-se afirmar que:

A em 1970 a população urbana era menor que a população rural.

B nos anos considerados, a população rural se manteve praticamente estável.

C em 1980 a população urbana era cerca de três vezes a população rural.

D nos anos considerados, a população urbana aumentou em cerca de 50 milhões a cada ano.

E nos anos considerados, a população rural teve acentuado declínio.

QUESTÃO 146 Para que uma substância seja colorida ela deve absorver luz na região do visível. Quando uma amostra absorve luz visível, a cor que percebemos é a soma das cores restantes que são refletidas ou transmitidas pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de absorção para uma substância e é possível observar que há um comprimento de onda em que a intensidade de absorção é máxima. Um observador pode prever a cor dessa substância pelo uso da roda de cores (Figura 2): o comprimento de onda correspondente à cor do objeto é encontrado no lado oposto ao comprimento de onda da absorção máxima.

Brown, T. Química a Ciência Central. 2005 (adaptado).

Qual a cor da substância que deu origem ao espectro da Figura 1?

A Azul.

B Verde.

C Violeta.

D Laranja.

E Vermelho.

QUESTÃO 147 No dia 10 de março de 2009, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto, que representa a soma das riquezas e dos serviços produzidos) sofreu uma queda de 3,6% no último trimestre de 2008, se comparado com o 3º trimestre do mesmo ano.

Desde 1966, essa foi maior queda registrada. No acumulado do ano, no entanto, o PIB cresceu 5,1%. Suponha que, para calcular o PIB, em trilhões de reais, dotamos a função:

Em 2008, o PIB do Brasil, em trilhões de reais, chegou a:

A 0,1

B 1,1

C 2,9

D 3,1

E 8,7

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 23

QUESTÃO 148 O saldo de contratações no mercado formal no setor varejista da região metropolitana de São Paulo registrou alta. Comparando as contratações deste setor no mês de fevereiro com as de janeiro deste ano, houve incremento de 4 300 vagas no setor, totalizando 880 605 trabalhadores com carteira assinada.

Disponível em: http://www.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 abr. 2010 (adaptado).

Suponha que o incremento de trabalhadores no setor varejista seja sempre o mesmo nos seis primeiros meses do ano. Considerando-se que y e x representam, respectivamente, as quantidades de trabalhadores no setor varejista e os meses, janeiro sendo o primeiro, fevereiro, o segundo, e assim por diante, a expressão algébrica que relaciona essas quantidades nesses meses é

A y = 4 300x

B y = 884 905x

C y = 872 005 + 4 300x

D y = 876 305 + 4 300x

E y = 880 605 + 4 300x

QUESTÃO 149 Uma mãe, ao levar seus dois filhos ao posto de saúde, recebeu um vidro com 900 ml de xarope juntamente com a seguinte orientação: o filho mais velho deveria tomar 2/3 do xarope, enquanto o outro filho deveria tomar 1/4 do xarope. Qual a quantidade de xarope que os dois filhos deverão tomar juntos é?

A 695 ml

B 650 ml

C 825 ml

D 775 ml

E 875 ml

QUESTÃO 150 Em 2010, um caos aéreo afetou o continente europeu, devido à quantidade de fumaça expelida por um vulcão na Islândia, o que levou ao cancelamento de inúmeros voos. Cinco dias após o início desse caos, todo o espaço aéreo europeu acima de 6 000 metros estava liberado, com exceção do espaço aéreo da Finlândia. Lá, apenas voos internacionais acima de 31 mil pés estavam liberados.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 21 abr. 2010 (adaptado).

Considere que 1 metro equivale a aproximadamente 3,3 pés. Qual a diferença, em pés, entre as altitudes liberadas na Finlândia e no restante do continente europeu cinco dias após o início do caos?

A 3 390 pés.

B 9 390 pés.

C 11 200 pés.

D 19 800 pés.

E 50 800 pés.

QUESTÃO 151 O gráfico abaixo ilustra a variação do percentual de eleitores com idade de 16 e 17 anos que moram nas capitais e de eleitores do Brasil nesta faixa de idade, de junho de 1990 a junho de 2000.

Supondo que nestes 10 anos o número de eleitores aumentou 30% e o percentual de jovens com 16 e 17 anos se manteve em 3,56% da população, é correto afirmar que:

A em 2000, metade dos eleitores com 16 e 17 anos não estavam nas capitais.

B em 1992, todo jovem de 16 e 17 anos era eleitor.

C em 1998, 40% dos eleitores com 16 e 17 anos não estavam nas capitais.

D o percentual médio de eleitores com 16 e 17 anos nas capitais neste período foi inferior ao percentual médio de eleitores nesta faixa de idade fora das capitais.

E o número de eleitores com 16 e 17 anos em 1990 foi menor que o número de eleitores com 16 e 17 anos em 2000.

QUESTÃO 152 O dono de uma oficina mecânica precisa de um pistão das partes de um motor, de 68 mm de diâmetro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse dono vai até um ferro-velho e lá encontra pistões com diâmetros iguais a 68,21 mm; 68,102 mm; 68,001 mm; 68,02 mm e 68,012 mm. Para colocar o pistão no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de adquirir aquele que tenha o diâmetro mais próximo do que precisa. Nessa condição, o dono da oficina deverá comprar o pistão de diâmetro

A 68,21 mm

B 68,102 mm

C 68,02 mm

D 68,012 mm

E 68,001 mm

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24 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

QUESTÃO 153 O losango representado na Figura 1 foi formado pela união dos centros das quatro circunferências tangentes, de raios de mesma medida.

Figura 1

Dobrando-se o raio de duas das circunferências centradas em vértices opostos do losango e ainda mantendo- -se a configuração das tangências, obtém-se uma situação conforme ilustrada pela

Figura 2.

O perímetro do losango da Figura 2, quando comparado ao perímetro do losango da Figura 1, teve um aumento de

A 300%

B 200%

C 150%

D 100%

E 50%

QUESTÃO 154 Na bula de um remédio em gotas, lê-se que “a dosagem recomendada é de 3 gotas por 2kg de massa da criança”. Se uma criança tem 14kg, qual é a dosagem recomendada?

A 12 gotas

B 15 gotas

C 20 gotas

D 21 gotas

E 30 gotas

QUESTÃO 155

O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia, em km2, a cada ano, no período de 1988 a 2008.

As informações do gráfico indicam que

A o maior desmatamento ocorreu em 2004.

B a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007.

C a área desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001.

D a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e 1995 que entre 1997 e 1998.

E o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é maior que 60.000 km2.

QUESTÃO 156

O jogo-da-velha é um jogo popular, originado na Inglaterra. O nome “velha” surgiu do fato de esse jogo ser praticado, à época em que foi criado, por senhoras idosas que tinham dificuldades de visão e não conseguiam mais bordar. Esse jogo consiste na disputa de dois adversários que, em um tabuleiro 3×3, devem conseguir alinhar verticalmente, horizontalmente ou na diagonal, 3 peças de formato idêntico. Cada jogador, após escolher o formato da peça com a qual irá jogar, coloca uma peça por vez, em qualquer casa do tabuleiro, e passa a vez para o adversário. Vence o primeiro que alinhar 3 peças.

No tabuleiro representado acima, estão registradas as jogadas de dois adversários em um dado momento. Observe que uma das peças tem formato de círculo e a outra tem a forma de um xis. Considere as regras do jogo-da-velha e o fato de que, neste momento, é a vez do jogador que utiliza os círculos. Para garantir a vitória na sua próxima jogada, esse jogador pode posicionar a peça no tabuleiro de

A uma só maneira.

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 25

B duas maneiras distintas.

C três maneiras distintas.

D quatro maneiras distintas.

E cinco maneiras distintas.

QUESTÃO 157 Existe uma cartilagem entre os ossos que vai crescendo e se calcificando desde a infância até a idade adulta. No fim da puberdade, os hormônios sexuais (testosterona e estrógeno) fazem com que essas extremidades ósseas (epífises) se fechem e o crescimento seja interrompido. Assim, quanto maior a área calcificada entre os ossos, mais a criança poderá crescer ainda. A expectativa é que durante os quatro ou cinco anos da puberdade, um garoto ganhe de 27 a 30 centímetros.

Revista Cláudia. Abr. 2010 (adaptado). De acordo com essas informações, um garoto que inicia a puberdade com 1,45 m de altura poderá chegar ao final dessa fase com uma altura

A mínima de 1,458 m.

B mínima de 1,477 m.

C máxima de 1,480 m.

D máxima de 1,720 m.

E máxima de 1,750 m

QUESTÃO 158 Uma cooperativa de colheita propôs a um fazendeiro um contrato de trabalho nos seguintes termos: a cooperativa forneceria 12 trabalhadores e 4 máquinas, em um regime de trabalho de 6 horas diárias, capazes de colher 20 hectares de milho por dia, ao custo de R$ 10,00 por trabalhador por dia de trabalho, e R$ 1.000,00 pelo aluguel diário de cada máquina. O fazendeiro argumentou que fecharia contrato se a cooperativa colhesse 180 hectares de milho em 6 dias, com gasto inferior a R$ 25.000,00. Para atender às exigências do fazendeiro e supondo que o ritmo dos trabalhadores e das máquinas seja constante, a cooperativa deveria

A manter sua proposta.

B oferecer 4 máquinas a mais.

C oferecer 6 trabalhadores a mais.

D aumentar a jornada de trabalho para 9 horas diárias.

E reduzir em R$ 400,00 o valor do aluguel diário de uma máquina.

QUESTÃO 159 Valor absoluto de um algarismo é o número de unidades simples que ele representa, independente da posição que ele ocupa no numeral. Qual é a soma dos valores absolutos dos algarismos do número 199 991?

A 36

B 38

C 40

D 34

E 50

QUESTÃO 160

A organização política administrativa do Brasil compreende a União (federação brasileira), o Distrito Federal, os estados e os municípios, todos autônomos, segundo a Constituição. A divisão do Brasil em regiões é atribuição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem o objetivo de reunir estados com traços físicos, humanos, ergonômicos e sociais comuns, o que ajuda no planejamento de políticas voltadas para áreas com necessidades semelhantes. Muitas divisões regionais do território já foram estabelecidas no decorrer da história do Brasil. A primeira surgiu em 1913 e era baseada apenas em aspectos físicos. A partir de 1940, a divisão leva em conta também aspectos socioeconômicos. A atual está em vigor desde 1970 e cria cinco regiões: Centro- Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Ela é modificada depois das mudanças feitas pela Constituição de 1988. Disparidades regionais. Há profundas diferenças

entre as regiões (ver tabela abaixo). A Sudeste, embora seja a segunda menor área, tem o maior número de habitantes, o maior percentual de pessoas que vivem em cidades é responsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A Nordeste apresenta alguns dos mais baixos indicadores sociais e o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A região Norte, com o segundo menor número de habitantes, tem o maior contingente de população indígena e apresenta elevado crescimento demográfico. A Sul, seguida de perto pela Região Sudeste, é a que apresenta os melhores indicadores: tem o menor índice de mortalidade infantil, a menor taxa de analfabetismo e o mais alto IDH. A Centro – Oeste, embora tenha a menor população, apresenta acelerado crescimento demográfico, só perdendo para a Região Norte.

De acordo com as informações responda: Em que ano foi feita a primeira proposta de divisão regional do Brasil?

A 1913

B 1970

C 1988

D 1940

E 2004

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26 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

QUESTÃO 161 Com o aumento da frota de veículos motorizados em Dourados – MS, o número de acidentes envolvendo motociclistas vem aumentando nos últimos anos, conforme a tabela a seguir

ANO QUANTIDADE DE ACIDENTES

2011 864

2010 720

2009 600

2008 500

Após uma análise atenciosa destes números, observou-se que o aumento da quantidade de acidentes segue um padrão bem conhecido, podendo ser descrito com razoável precisão por um tipo de sequência matemática. Mantido esse padrão, a quantidade aproximada de acidentes em 2012 deverá ser

A 920

B 1036

C 1100

D 1200

E 1320

QUESTÃO 162 Um carro sai de Brasília em direção a uma capital do Nordeste. Já percorreu 435 quilômetros e ainda faltam 1.096 quilômetros.

Distância rodoviária (em quilômetros)

Aracaju Maceió Salvador

Brasília 1.737 2.013 1.531

Consultando a tabela acima, qual a capital de destino?

A Salvador

B Aracaju

C Maceió

D Brasília

E Goiânia

QUESTÃO 163 A revista Veja publicou:

O VOVÔ POPEYE

O desenho animado Popeye completou 86 anos em janeiro e a data foi comemorada com o lançamento de uma nova série para a televisão. O quadro mostra os contemporâneos do marinheiro.

Ursinho Pooh

Mickey Popeye Gato Félix

1926 1928 1929 1930 Quantos anos o desenho animado Mickey está completando este ano?

A 87

B 187

C 85

D 185

E 86

QUESTÃO 164 Todos os cidadãos possuem o direito de ir e vir e devem ser tratados com igualdade. Para garantir esses direitos às pessoas que possuem alguma necessidade especial, alguns ambientes e construções, tais como calçadas e escadas, devem ser adaptados.

Para que os cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção tenham fácil acesso a certo consultório médico, uma rampa deve ser instalada. Sabendo que a porta de entrada desse consultório fica 50 cm distante do nível da calçada e que o ângulo de inclinação dessa rampa é 5º, determine o comprimento aproximado da rampa.

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 27

Utilize: cos 5º = 0,996 e sen 10º = 0,174.

A 5,45 m

B 5,75 m

C 2,25 m

D 5,15 m

E 5,85 m

QUESTÃO 165 Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no estado de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2.000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a distância entre essas duas cidades A e B, era 8 cm. Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de:

A 1: 250

B 1: 2.500

C 1: 25.000

D 1: 250.000

E 1: 25.000.000

QUESTÃO 166 A Torre de Pisa talvez pudesse ser esquecida se não fosse “torta”. Projetada para abrigar o sino da catedral de Pisa, no norte da Itália, sua construção se iniciou em 1173. Quando apenas três dos oito andares haviam sido erguidos, foi notada uma ligeira inclinação, por ter sido construída sobre um terreno de argila e areia, matérias pouco firmes para sustentar uma edificação daquele porte. Apesar de longas interrupções, a obra prosseguiu e foi inaugurada em 1370. Nessa época, a torre pendia 1,6º e tinha 55 m de altura, medida desde o solo. Quando a inclinação chegou a 4,5 m em relação ao seu eixo vertical, em 1990, a torre foi fechada ao público, sob o risco de desmoronar. O governo italiano tinha como preocupação que o centro da gravidade da torre pudesse se projetar para fora da base, o que implicaria o seu desabamento. Desde então, várias propostas foram feitas para tentar recuperar sua estrutura. Em 1997, um trabalho de recuperação foi iniciado e a inclinação diminuiu 40,6 cm. Atualmente, a Torre de Pisa está reaberta e recuperada, e não há registro de movimento constante para o lado, o que chegou a colocar em risco o monumento.

Considerando tg1,6º= 0,0279 e tg3,9º= 0,0682.

Quando a Torre de Pisa foi inaugurada, aproximadamente quantos metros seu eixo vertical desviava desde a base ao topo?

A 1,23 m

B 1,33 m

C 0,53 m

D 1,53 m

E 4,78 m

QUESTÃO 167 Para fixar certo poste, é necessário que um cabo de aço seja preso ao topo do poste e ao chão, a uma distância de 2,2 m de base do poste, de maneira que o ângulo formado pelo chão e o cabo seja 70º e ele fique totalmente esticado, conforme indicado abaixo.

Qual é a altura aproximada do poste?

A 6 m

B 2 m

C 4 m

D 5 m

E 12 m

QUESTÃO 168

A distância horizontal percorrida por uma bola de futebol depende, entre outros fatores, da velocidade inicial e do ângulo formado pela trajetória da bola com a horizontal. Representando a velocidade inicial por v e o ângulo por α,

podemos determinar essa distância d pela equação 𝑑 =𝑣2

10

sen 2. Sabendo que em certo chute a bola percorreu 16,2 m com

velocidade de 18m/s, qual é a medida do ângulo ?

A = 10º

B = 15º

C = 30º

D = 45º

E = 60º

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28 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

QUESTÃO 169 Após 5 anos de construção, em 12 de outubro de 1931, a estátua do Cristo Redentor foi inaugurada. Localizada no Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, esse monumento é uma das novas 7 maravilhas do mundo. Para medir a altura do Cristo Redentor, uma pessoa posicionou um teodolito na base, distante 15,35 m, e observou o topo da estátua sob um ângulo de 68º formado com a horizontal.

Utilizando sen 68º = 0,9272, qual a altura desse monumento.

A 37 m

B 38 m

C 40 m

D 3,7 m

E 3,8 m

QUESTÃO 170 Antes de concluir a compra de um computador, Marisa realizou uma pesquisa de preços de um mesmo modelo em duas lojas. • Loja A: R$ 1.290,00 com desconto de 8% no pagamento

à vista. • Loja B: R$ 1.350,00 com desconto de 14% no

pagamento à vista. Em qual das duas lojas é mais vantajoso Marisa realizar a compra à vista? Nessa loja, quantos reais ela irá pagar pelo computador?

A Loja B; R$ 1.000,00

B Loja A; R$ 1.000,00

C Loja B; R$ 161,00

D Loja A; R$ 1.161,00

E Loja B; R$ 1.161,00

QUESTÃO 171 A altura máxima do lançamento de um objeto pode ser determinada pela equação h = (v² · sen² α) / 20, em que h,

representa a altura máxima do objeto, v, a velocidade inicial,

e , o ângulo do lançamento em relação à horizontal.

Utilizando essa equação, determine o ângulo de lançamento de uma bola de basquete arremessada por um jogador a 2 m de altura do chão, com velocidade inicial de 8 m/s e cuja altura máxima da bola, em relação ao solo, foi de 3,6 m.

A = 15º

B = 30º

C = 45º

D = 60º

E = 90º

QUESTÃO 172 O tabagismo (vício do fumo) é responsável por uma grande quantidade de doenças e mortes prematuras na atualidade. O Instituto Nacional do Câncer divulgou que 90% dos casos diagnosticados de Câncer de pulmão e 80% dos casos diagnosticados de enfisema pulmonar estão associados ao consumo de tabaco. Paralelamente, foram mostrados os resultados de uma pesquisa realizada em um grupo de 2000 pessoas com doença de pulmão, das quais 1500 são casos diagnosticados de câncer e 500 são casos diagnosticados de enfisema. Com base nessas informações, pode-se estimar que o número de fumantes desse grupo de 2000 pessoas é, aproximadamente:

A 740

B 1.100

C 1.310

D 1.620

E 1.750

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SIMULADO EQUIPE - ENEM 2015

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 29

QUESTÃO 173 O logotipo de uma empresa pode ser formado por um símbolo que representa sua marca, indicando os serviços ou produtos que comercializa. Muito utilizado em anúncios, é um modo de tornar a empresa conhecida. Veja o logotipo, de formato quadrado, de determinada escola infantil.

Em relação à parte C, a parte D corresponde a quantos por

cento a mais?

A 30%

B 15%

C 50%

D 75%

E 5%

QUESTÃO 174 O gráfico representa uma aplicação de R$ 1.900,00 em função do tempo em meses.

Assinale a afirmação CORRETA.

A Essa aplicação pertence ao regime de juro simples.

B Essa aplicação pertence ao regime de juros composto.

C No 12º mês o montante será de R$ 2.992,50.

D O montante será de R$ 2.040,00 ao final de 2 anos.

E No final do 1º ano o montante será de 1.204,00.

QUESTÃO 175 As dízimas periódicas simples formadas por apenas um algarismo equivale a frações ordinárias, conforme exemplificado a seguir 0,111... = 1/9 0,222... = 2/9 0,333... = 3/9 0,444... = 4/9 e assim por diante Portanto, o valor de: (0,666...)·(0,666...) + ( 0,333...)·(0,333...) é igual a:

A 0,111...

B 0,222...

C 0,333...

D 0,444...

E 0,555...

QUESTÃO 176 Em uma escola, o aluno deve obter média 6,0 em cada disciplina para ser aprovado. Essa Média é calculada dividindo-se o total de pontos que ele obteve nos quatro bimestres, por quatro. Portanto, o aluno que não totalizar 24 pontos nos 4 bimestres deverá fazer prova final. Nessa prova, ele deverá obter, no mínimo, a diferença entre 10,0 e a sua média anual, para ser aprovado. As notas de Geografia de um certo aluno foram: 1º bimestre: 5,0 2º bimestre: 6,0 3º bimestre: 2,0 4º bimestre: 5,0 A nota mínima que esse aluno deverá obter na prova final de Geografia é:

A 4,5

B 5,0

C 5,5

D 6,0

E 6,5

QUESTÃO 177 O quadrado é quadrilátero que possui uma propriedade diferenciadora em relação aos demais quadriláteros. A alternativa que traduz essa condição é:

A

B C

D

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A Todos os ângulos são retos.

B Os lados são todos iguais.

C As diagonais são iguais e perpendiculares entre si.

D As diagonais se cortam ao meio.

E Os lados opostos são paralelos e iguais.

QUESTÃO 178

Numa escola foi feito um levantamento para saber quais os tipos de calçados mais usados pelas crianças. Foi obtido o seguinte resultado: um terço usa sandálias; um quarto usa tênis; um quinto usa sapatos, e os 52 restantes usam outros tipos de calçados. Pode-se concluir que, pelos tipos de calçados encontrados, há nessa escola um total de

A 240 crianças.

B 250 crianças.

C 260 crianças.

D 270 crianças.

E 280 crianças.

QUESTÃO 179 Um grupo de pessoas, entre elas Mali, está sentado em torno de uma grande mesa circular. Mali abre uma caixa com 21 bombons, se serve de apenas um deles e, em seguida, a caixa é passada sucessivamente para as pessoas ao redor da mesa, de modo que cada uma se sirva de um único bombom e passe a caixa com os bombons restantes para a pessoa sentada à sua direita. Se Mali pegar o primeiro e o último bombom, considerando que todos podem ter se servido da caixa mais do que uma vez, o total de pessoas sentadas nessa mesa poderá ser

A 3

B 6

C 8

D 10

E 12

QUESTÃO 180 Um motorista de táxi trabalha de segunda a sábado, durante dez horas por dia, e ganha em média R$12,00 por hora trabalhada. Nessas condições, pode-se afirmar que, por semana, esse motorista ganha aproximadamente:

A R$ 380,00

B R$ 440,00

C R$ 660,00

D R$ 720,00

E R$ 480,00

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