não há regime livre na ignorância programaÇÃo: sÁbado (11/05)

2
Mestre Toni Vargas “Dona Isabel que história é essa de ter feito abolição... De ser princesa boazinha que libertou a escravidão? To cansado de conversa, to cansado de ilusão... Abolição se fez com sangue que inundava este país Que o negro transformou em luta cansado de ser infeliz Abolição se fez bem antes, ainda por se fazer agora Com a verdade da favela não com a mentira da escola Dona Isabel chegou a hora de acabar com esta maldade De ensinar para nossos filhos o quanto custa a liberdade(...)” “Ser livre é, antes de tudo, escapar da escravidão que a ignorância impõe, da escravidão que em nós mesmo reside, e trazer a inteligência a iluminar os atos e a vida; ser livre é compreender que a injustiça é o mal, e que a ordem social não deve ser a ordem exterior, prepotente, instável, resultando de uma imposição tirânica, mas sim o acordo normal de todas as aspirações. “Ser livre é elevar-se à ideia do bem superior, geral, humano”, que só pode ser realizado pelo concurso de todos, pela solidarizacão de todos os esforços”. Não há regime livre na ignorância nos ensina Bonfim. A liberdade é irmã do conhecimento. Da instrução pública, para todos. A edição número 2 do Dona Isabel que história é essa? Vem para nos movimentar no pensamento, no espaço e no corpo. Pensar é agir. E a Capoeira é uma ideia em movimento. Não seremos escravos, nem de senhores e nem do tempo que vivemos, enquanto nos mantivermos ágeis e instruídos. Acreditamos que a resistência corporal só tem valor quando mesclada com a resistência cultural. E somente uma sociedade culta, amparada em fundamentos igualitários, generosos e solidários pode ser combativa. E um bom combate nos impulsionará para a vitória de uma sociedade livre de correntes. As reflexões fazem um paralelo entre a proclamação da lei Áurea, em 13 de maio de 1888, lei que “extinguiu” a escravidão negra e um Brasil atual, onde mais de 53 milhões de brasileiros negros, brancos e indígenas vivem em condições precárias, marginais ao estudo e ao trabalho digno. Da oficina de Rua na Praça XV a Fala dos Mestres na Universidade vamos armando a Roda onde somos mais um. SEGUNDA (13/05) TERÇA-FEIRA (14/05) QUARTA-FEIRA (15/05) QUINTA-FEIRA (16/05) 11:30 - FALA MESTRE ANANIAS: NO CDS/UFSC. Coordenador: Prof. Dr. Fábio Machado Pinto (CED/UFSC). 18:30 - FALA MESTRES: Capoeira da Ilha: Fundamento, Resistência e Combatividade. Mestres de Capoeira e da Vida: Pinóquio, Polegar e Korvo- NO CDS UFSC. Coordenador: Prof.ª Danuza Meneghello (CED/UFSC). 18H30 - MESA REDONDA: NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL - CAPOEIRA DA ILHA - NO AUDITORIO DO CDS UFSC. Profª. Drª. Raquel Mombelli (Nuer) e Representante da Capoeira da Ilha. Coordenação: Prof. Paulo Capela. (CDS/UFSC). 18H30 - OFICINA: CAPOEIRA DA ILHA - MESTRE POLEGAR (PALMARES). Ginásio de Capoeira CDS/UFSC. 12:00 - RODA DO BÁSICO: "A ESCRAVIDÃO NÃO ACABOU" - Coordenação: GRUPO PALMARES. 18H30 - OFICINA ENCERRAMENTO: CAPOEIRA DA ILHA: MESTRE PINÓQUIO (QUILOMBOLA). Ginásio de Capoeira CDS/UFSC. SÁBADO (11/05) DOMINGO (12/05) PROGRAMAÇÃO: 11:00 - OFICINA/RODA DE RUA - DA FIGUEIRA (Mestre ANANIAS): Oficina Roda de Rua - entrega de certificado. Coordenação: GRUPO QUILOMBOLA. CONVIVÊNCIA: MESTRE ANANIAS E CAPOEIRA DA ILHA. Manoel Bonfim (1868-1932).

Upload: others

Post on 18-Nov-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Não há regime livre na ignorância PROGRAMAÇÃO: SÁBADO (11/05)

Mestre Toni Vargas

“Dona Isabel que história é essa de ter feito abolição...

De ser princesa boazinha que libertou a escravidão?

To cansado de conversa, to cansado de ilusão...

Abolição se fez com sangue que inundava este país

Que o negro transformou em luta cansado de ser infeliz

Abolição se fez bem antes, ainda por se fazer agora

Com a verdade da favela não com a mentira da escola

Dona Isabel chegou a hora de acabar com esta maldade

De ensinar para nossos filhos o quanto custa a liberdade(...)”

“Ser livre é, antes de tudo, escapar da escravidão que a ignorância impõe, da escravidão que em nós mesmo reside, e trazer a inteligência a iluminar os atos e a vida; ser livre é compreender que a injustiça é o mal, e que a ordem social não deve ser a ordem exterior, prepotente, instável, resultando de uma imposição tirânica, mas sim o acordo normal de todas as aspirações. “Ser livre é elevar-se à ideia do bem superior, geral, humano”, que só pode ser realizado pelo concurso de todos, pela solidarizacão de todos os esforços”.

Não há regime livre na ignorância nos ensina Bonfim. A liberdade é irmã do conhecimento. Da instrução pública, para todos. A edição número 2 do Dona Isabel que história é essa? Vem para nos movimentar no pensamento, no espaço e no corpo. Pensar é agir. E a Capoeira é uma ideia em movimento. Não seremos escravos, nem de senhores e nem do tempo que vivemos, enquanto nos mantivermos ágeis e instruídos. Acreditamos que a resistência corporal só tem valor quando mesclada com a resistência cultural. E somente uma sociedade culta, amparada em fundamentos igualitários, generosos e solidários pode ser combativa. E um bom combate nos impulsionará para a vitória de uma sociedade livre de correntes. As reflexões fazem um paralelo entre a proclamação da lei Áurea, em 13 de maio de 1888, lei que “extinguiu” a escravidão negra e um Brasil atual, onde mais de 53 milhões de brasileiros negros, brancos e indígenas vivem em condições precárias, marginais ao estudo e ao trabalho digno. Da oficina de Rua na Praça XV a Fala dos Mestres na Universidade vamos armando a Roda onde somos mais um.

SEGUNDA (13/05)

TERÇA-FEIRA (14/05)

QUARTA-FEIRA (15/05)

QUINTA-FEIRA (16/05)

11:30 - FALA MESTRE ANANIAS: NO CDS/UFSC. Coordenador: Prof. Dr. Fábio

Machado Pinto (CED/UFSC).

18:30 - FALA MESTRES: Capoeira da Ilha:Fundamento, Resistência e Combatividade.Mestres de Capoeira e da Vida: Pinóquio,

Polegar e Korvo- NO CDS UFSC.Coordenador: Prof.ª Danuza Meneghello

(CED/UFSC).

18H30 - MESA REDONDA: NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL - CAPOEIRA DA

ILHA - NO AUDITORIO DO CDS UFSC. Profª. Drª. Raquel Mombelli (Nuer) e Representante da Capoeira da Ilha.

Coordenação: Prof. Paulo Capela. (CDS/UFSC).

18H30 - OFICINA: CAPOEIRA DA ILHA - MESTRE POLEGAR (PALMARES). Ginásio

de Capoeira CDS/UFSC.

12:00 - RODA DO BÁSICO: "A ESCRAVIDÃO NÃO ACABOU" - Coordenação: GRUPO

PALMARES.

18H30 - OFICINA ENCERRAMENTO: CAPOEIRA DA ILHA: MESTRE PINÓQUIO

(QUILOMBOLA). Ginásio de Capoeira CDS/UFSC.

SÁBADO (11/05)

DOMINGO (12/05)

PROGRAMAÇÃO:

11:00 - OFICINA/RODA DE RUA - DA FIGUEIRA (Mestre ANANIAS): Oficina Roda

de Rua - entrega de certificado. Coordenação: GRUPO QUILOMBOLA.

CONVIVÊNCIA: MESTRE ANANIAS E CAPOEIRA DA ILHA.

Manoel Bonfim (1868-1932).

Page 2: Não há regime livre na ignorância PROGRAMAÇÃO: SÁBADO (11/05)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (PRO-EXT-MEC

SESu-2102);

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ESPORTES - PMF-

FLORIANÓPOLIS;

SECRETARIA DE CULTURA (SECULT), PRO-

REITORIA DE EXTENSÃO/UFSC;

NÚCLEO DE ESTUDO E PESQUISA EDUCAÇÃO E

SOCIEDADE CONTEPORÂNEA. (NEPECES,

CED/UFSC – CNPq);

COLÉGIO DE APLICAÇÃO / UFSC;

DISCIPLINA (DEF 5850) TEORIA E

METODOLOGIA DA CAPOEIRA – CDS;

11 a 16 de Maio

Locais:

Blog: capoeiradailha.blogspot.com.br/

UFSC / CENTRO / PRAÇA XV

FLORIANÓPOLIS

Contato: [email protected]

Ficha de Inscrição:Nome completo:

CPF:

e-mail:

Segundo:

Dona Isabel,Que história é essa?

Realização:

Realização:

Central Catarinense de Capoeira Angola

Projeto de Extensão: Capoeira da Ilha

Apoio:

PROJETO DE EXTENSÃO:

Universidade Federal de Santa Catarina

(DESDE 1987 FAZENDO EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA)

Ananias Ferreira nasceu em 1924 em São Félix (BA), nesta região que v i v e n c i a a f o r ç a e influência africana em solo brasileiro e que oferece a Capoeira, o Samba e o Candomblé como alicerces formadores da nossa cultura. Pioneiro entre os ca p o e i r i s ta s , M e st re Ananias está hoje em p l e n a at i v i d a d e e é enorme influência para gerações na tradição da Capoeira Paulistana.

Mestre Ananias:

*A comissão organizadora entrará em contato para disponibilizar o certificado.

“Utopia, sim; sejamos utopistas, bem utopistas; contanto que trabalhemos”.

Manoel Bonfim (1868-1932).