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PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Glauco Kimura de Freitas Agosto de 2009

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PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICASADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Glauco Kimura de Freitas

Agosto de 2009

ROTEIROROTEIRO

1. Conceituação

A. O que é adaptação?

• Vulnerabilidade

• Resiliência

• Categorias de adaptação

2. Construção da visão de adaptação do WWF Brasil

3. Uma proposta de arcabouço metodológico de adaptação e exemplos de ações do WWF-Brasil em adaptação

1. CONCEITUAÇÃO1. CONCEITUAÇÃO

A. O QUE É ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?A. O QUE É ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

• Adaptação pode ser definida como uma série de respostas aosimpactos atuais e potenciais da mudança do clima, com objetivo deminimizar possíveis danos e aproveitar as oportunidades.minimizar possíveis danos e aproveitar as oportunidades.

Fonte: Plano Nacional de Mudanças do Clima, MMA 2008

A. O QUE É ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?A. O QUE É ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

•• VulnerabilidadeVulnerabilidade - é reflexo do grau de suscetibilidade dossistemas (biológicos, geofísicos e sócio-econômicos) para lidarcom os efeitos adversos da mudança do clima

1. CONCEITUAÇÃO1. CONCEITUAÇÃO

•• ResiliênciaResiliência - habilidade do sistema em absorver impactospreservando a mesma estrutura básica e os mesmos meios defuncionamento

Fonte: Plano Nacional de Mudanças do Clima, MMA 2008

Potencial de

O POTENCIAL DE ADAPTABILIDADE DOS SISTEMASO POTENCIAL DE ADAPTABILIDADE DOS SISTEMAS

1. CONCEITUAÇÃO1. CONCEITUAÇÃO

Vulnerabilidade Resiliência

Potencial de adaptabilidade

do sistema(indicadores)

• Adaptação prévia ou pró-ativa: são medidas de adaptação tomadasantes que os efeitos das mudanças climáticas sejam percebidos

• Adaptação autônoma ou espontânea: são medidas de adaptaçãoinduzidas por variações naturais dos processos ecológicos dosecossistemas e não necessariamente uma resposta consciente à

CATEGORIAS DE ADAPTAÇÃOCATEGORIAS DE ADAPTAÇÃO

1. CONCEITUAÇÃO1. CONCEITUAÇÃO

ecossistemas e não necessariamente uma resposta consciente àmudanças climáticas.

• Adaptação planejada: são medidas de adaptação resultantes de decisõespolíticas de governo com base na percepção clara de que as condiçõesnaturais mudaram ou irão mudar e que ações concretas devem sertomadas para reverter a situação.

2. Construção da visão de adaptação do WWF 2. Construção da visão de adaptação do WWF BrasilBrasil

2009

Versão 1.0 de um documento de

adaptação do WWF Brasil

Abril 2009

Reunião interna do WWF Brasil sobre

adaptação

Workshop

Adaptação e os

desafios da

gestão

ambiental

integrada

Definição de

indicadores e

monitoramento.

Implementação

de ações piloto.

2009/2010 2010/2011

adaptação

Abril 2009

integrada

Agosto 2009

Comunicar,

sensibilizar e

publicar

Recomendações de sub-temas:

•Análise de vulnerabilidade sócio-econômica

•Comunicação e capacitação

•Políticas públicas

•Sistemas de monitoramento e eventos

extremos

•Abordagem ecossistêmica e serviços

ambientais

Workshop

Adaptação e os

desafios da

implementação

Março/Abril

2010

3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO 3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃOMETODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO

ADAPTAÇÃOADAPTAÇÃOADAPTAÇÃOADAPTAÇÃO

1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE 2. RESILIÊNCIA2. RESILIÊNCIA2. RESILIÊNCIA2. RESILIÊNCIA1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE 2. RESILIÊNCIA2. RESILIÊNCIA2. RESILIÊNCIA2. RESILIÊNCIA

INDICADORES DE INDICADORES DE INDICADORES DE INDICADORES DE

“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA

3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO 3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃOMETODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO

1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE1. VULNERABILIDADE

1.1. Ponto de partida:

• O que é importante de fato?

• O que você quer conservar?

VULNERABILIDADEVULNERABILIDADEVULNERABILIDADEVULNERABILIDADE

1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças

3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO 3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃOMETODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO

1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas

1.4.Vulnerabilidade da 1.4.Vulnerabilidade da 1.4.Vulnerabilidade da 1.4.Vulnerabilidade da biodiversidadebiodiversidadebiodiversidadebiodiversidade

1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio----econômicaeconômicaeconômicaeconômica

1.6 DIRETRIZES DE ADAPTAÇÃO1.6 DIRETRIZES DE ADAPTAÇÃO1.6 DIRETRIZES DE ADAPTAÇÃO1.6 DIRETRIZES DE ADAPTAÇÃO

3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO 3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃOMETODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO

1.4. Vulnerabilidade da 1.4. Vulnerabilidade da 1.4. Vulnerabilidade da 1.4. Vulnerabilidade da biodiversidadebiodiversidadebiodiversidadebiodiversidade

1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio----econômicaeconômicaeconômicaeconômica

1.7. Implementação e 1.7. Implementação e 1.7. Implementação e 1.7. Implementação e comunicaçãocomunicaçãocomunicaçãocomunicação

3. 3. EXEMPLOEXEMPLO DA ANÁLISE DE DA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DO PANTANALVULNERABILIDADE DO PANTANAL

1.1. Ponto de partida:

• O que é importante de fato?

• O que você quer conservar?

Pulso sazonal de inundaçãoPulso sazonal de inundação

3. 3. EXEMPLOEXEMPLO DA ANÁLISE DE DA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DO PANTANALVULNERABILIDADE DO PANTANAL

Análise de atores e partes interessadas

1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças1.2. Estresses não climáticos = Mudanças de uso dos solos e análise de ameaças

3. 3. EXEMPLOEXEMPLO DA ANÁLISE DE DA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DO PANTANALVULNERABILIDADE DO PANTANAL

1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas1.3. Estresses climáticos = Projeções de modelos de mudanças climáticas

3. 3. EXEMPLOEXEMPLO DA ANÁLISE DE DA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DO PANTANALVULNERABILIDADE DO PANTANAL

1.4.Vulnerabilidade da 1.4.Vulnerabilidade da 1.4.Vulnerabilidade da 1.4.Vulnerabilidade da biodiversidadebiodiversidadebiodiversidadebiodiversidade

1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio----econômicaeconômicaeconômicaeconômica

3. 3. EXEMPLOEXEMPLO DA ANÁLISE DE DA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DO PANTANALVULNERABILIDADE DO PANTANAL

Regime Regime

hidrológicohidrológico

Hábitat Hábitat

físicofísico

Qualidade Qualidade

da águada água

ConectividadeConectividade

Composição Composição

biológicabiológica

Fonte: Karr et.al. 1986

Qual é a vulnerabilidadedo setor de etanol àsvulnerabilidadesidentificadas em termosde produtividade?

1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio1.5. Vulnerabilidade sócio----econômicaeconômicaeconômicaeconômica

3. 3. EXEMPLOEXEMPLO DA ANÁLISE DE DA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DO BLOCO NORTE DO VULNERABILIDADE DO BLOCO NORTE DO

PARQUE GERADOR BRASILEIROPARQUE GERADOR BRASILEIRO

econômicaeconômicaeconômicaeconômica

Qual é a vulnerabilidadedo setor hidrelétrico àsvulnerabilidadesidentificadas em termosde metas de geração?

BOA GOVERNANÇABOA GOVERNANÇABOA GOVERNANÇABOA GOVERNANÇA

Manutenção da Manutenção da Manutenção da Manutenção da

Rios de fluxo livre

Vazões ambientais

Nascentes Cisternas

Permeabilização dos solos

Moradias

3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO 3. UMA PROPOSTA DE ARCABOUÇO METODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃOMETODOLÓGICO DE ADAPTAÇÃO

Manutenção da Manutenção da Manutenção da Manutenção da “infra“infra“infra“infra----estrutura” estrutura” estrutura” estrutura” natural em bacias natural em bacias natural em bacias natural em bacias hidrográficashidrográficashidrográficashidrográficas

Serviços ambientaisÁreas

protegidas aquáticas

Qualidade de água

Recarga de aqüíferos Proteção

de áreas de erosão

Manutenção da Manutenção da Manutenção da Manutenção da “infra“infra“infra“infra----estrutura” estrutura” estrutura” estrutura” artificial em bacias artificial em bacias artificial em bacias artificial em bacias hidrográficas hidrográficas hidrográficas hidrográficas alteradasalteradasalteradasalteradas

Saneamento

Áreas de dispersão de águas

Moradias adaptadas

Diques

Drenagem dragagem

Rios de fluxo livre

Proteção de áreas de recarga

Captação e armazenamento de água

das chuvasProteção de áreasde erosão

SaneamentoÁreas protegidas aquáticas

Vazões ambientais

de erosão

O PAPEL DO WWF BRASIL: UMA PROPOSTAO PAPEL DO WWF BRASIL: UMA PROPOSTADefinição de diretrizes geraisgeraisgeraisgerais de

adaptação

ÂMBITO NACIONALÂMBITO NACIONALÂMBITO NACIONALÂMBITO NACIONAL

Definição de diretrizes específicasespecíficasespecíficasespecíficas de adaptação

ÂMBITO REGIONALÂMBITO REGIONALÂMBITO REGIONALÂMBITO REGIONAL

ESTRATÉGIAS TRANSVERSAIS DE ADAPTAÇÃOESTRATÉGIAS TRANSVERSAIS DE ADAPTAÇÃO

3. 3. 3. 3. EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO

COMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃO

CAMPANHASCAMPANHASCAMPANHASCAMPANHAS

CAPACITAÇÕESCAPACITAÇÕESCAPACITAÇÕESCAPACITAÇÕES

REDESREDESREDESREDES

CAPTAÇÃO DE RECURSOSCAPTAÇÃO DE RECURSOSCAPTAÇÃO DE RECURSOSCAPTAÇÃO DE RECURSOS

Testemunhas do Clima

EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO Nascentes do Brasil

Pegada Ecológica

CAMPANHASCAMPANHASCAMPANHASCAMPANHAS

COMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃO

Série de reportagens sobre Adaptação

CAPACITAÇÕESCAPACITAÇÕESCAPACITAÇÕESCAPACITAÇÕES

Capacitações junto a organismos

implementadores

REDESREDESREDESREDES

Fomento à criação de uma

Rede nacional em Adaptação

CAPTAÇÃO DE RECURSOSCAPTAÇÃO DE RECURSOSCAPTAÇÃO DE RECURSOSCAPTAÇÃO DE RECURSOS

Acesso a fundos nacionais e internacionais

MONITORAMENTO DA EFETIVIDADE DA MONITORAMENTO DA EFETIVIDADE DA ADAPTAÇÃOADAPTAÇÃO

• Indicadores de redução de riscos / vulnerabilidade

INDICADORES DE INDICADORES DE INDICADORES DE INDICADORES DE

“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA“ADAPTABILIDADE” DO SISTEMA

• Indicadores de aumento de resiliência ambiental e social

• Indicadores econômicos

• Outros?

OBRIGADO !OBRIGADO !

Glauco Kimura de FreitasPrograma Água para a Vida do WWF-Brasil

[email protected] 7410

“Estou convencido de que, nas condições atuais e com a maneira como a água tem sido administrada, ficaremos

sem água muito antes de ficar sem combustível”

Peter Brabeck-Letmathe, CEO da Nestlé