debate sobre o cÓdigo florestal: comparaÇÃo...

78
ESTUDO Câmara dos Deputados Praça 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III - Térreo Brasília - DF DEBATE SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL: COMPARAÇÃO ENTRE O SUBSTITUTIVO APROVADO PELA COMISSÃO ESPECIAL AO PL 1.876/1999 (E APENSOS) E A EMENDA DE PLENÁRIO Nº 186 Suely M. V. Guimarães de Araújo Ilidia da A. G. Martins Juras Consultoras Legislativas da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento Urbano e Regional ESTUDO MAIO/2011

Upload: buidung

Post on 10-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ESTUDO

Câmara dos DeputadosPraça 3 PoderesConsultoria LegislativaAnexo III - TérreoBrasília - DF

DEBATE SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL:

COMPARAÇÃO ENTRE O SUBSTITUTIVO

APROVADO PELA COMISSÃO ESPECIAL AO

PL 1.876/1999 (E APENSOS) E A EMENDA

DE PLENÁRIO Nº 186

Suely M. V. Guimarães de AraújoIlidia da A. G. Martins Juras

Consultoras Legislativas da Área XIMeio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial,

Desenvolvimento Urbano e Regional

ESTUDO

MAIO/2011

© 2010 Câmara dos Deputados.

Todos os direitos reservados. Este trabalho poderá ser reproduzido ou transmitido na íntegra,

desde que citadas as autoras e a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. São vedadas a

venda, a reprodução parcial e a tradução, sem autorização prévia por escrito da Câmara dos

Deputados.

Este trabalho é de inteira responsabilidade de suas autoras, não representando necessariamente a

opinião da Câmara dos Deputados.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.3

DEBATE SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL: COMPARAÇÃO ENTRE O

SUBSTITUTIVO APROVADO PELA COMISSÃO ESPECIAL AO PL 1.876/1999 (E

APENSOS) E A EMENDA DE PLENÁRIO Nº 186

Suely M. V. Guimarães de Araújo

Ilidia da A. G. Martins Juras

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre aproteção da vegetação, dispõe sobre as áreas dePreservação Permanente e as áreas de ReservaLegal, define regras gerais sobre a exploraçãoflorestal, o suprimento de matéria-prima florestal,o controle da origem dos produtos florestais e ocontrole e prevenção dos incêndios florestais, eprevê instrumentos econômicos e financeirospara o alcance de seus objetivos.

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre aproteção da vegetação, dispõe sobre as áreas dePreservação Permanente e as áreas de ReservaLegal, define regras gerais sobre a exploraçãoflorestal, o suprimento de matéria-prima florestal,o controle da origem dos produtos florestais e ocontrole e prevenção dos incêndios florestais, eprevê instrumentos econômicos e financeirospara o alcance de seus objetivos.

Mesma redação.

Art. 2º As florestas existentes no territórionacional e as demais formas de vegetação,reconhecidas de utilidade às terras que revestem,são bens de interesse comum a todos oshabitantes do País, exercendo-se os direitos de

Art. 2° As florestas existentes no territórionacional e as demais formas de vegetação,reconhecidas de utilidade às terras que revestem,são bens de interesse comum a todos oshabitantes do País, exercendo-se os direitos de

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.4

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

propriedade, com as limitações que a legislaçãoem geral e especialmente esta Lei estabelecem.

propriedade, com as limitações que a legislaçãoem geral e especialmente esta Lei estabelecem.

§ 1º Na utilização e exploração da vegetação, asações ou omissões contrárias às disposiçõesdesta Lei são consideradas uso anormal dapropriedade, aplicando-se o procedimentosumário previsto no Código de Processo Civil,sem prejuízo da responsabilidade civil, nostermos do art. 14, § 1º, da Lei nº 6.938, de 31 deagosto de 1981, e das sanções administrativas,civis e penais cabíveis.

§ 1º Na utilização e exploração da vegetação, asações ou omissões contrárias às disposiçõesdesta Lei são consideradas uso anormal dapropriedade, aplicando-se o procedimentosumário previsto no art. 275, inciso II, do Códigode Processo Civil, sem prejuízo daresponsabilidade civil, nos termos do art. 14, § 1°,da Lei n°. 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dassanções administrativas, civis e penais cabíveis.

A única diferença está na citação expressa dodispositivo do CPC referente ao procedimentosumário.

§ 2º As ações ou omissões que constituaminfração às determinações desta Lei serãosancionadas penal e administrativamente naforma da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,e seu regulamento.

§ 2° As ações ou omissões que constituaminfração às determinações desta Lei serãosancionadas penal, civil e administrativamente naforma da legislação aplicável.

Elimina-se a referência expressa à Lei de CrimesAmbientais. A opção em termos de técnicalegislativa é oposta à aplicada no § 1º. Não sejustifica a supressão.

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: Mesma redação.I – Amazônia Legal: área definida no art. 2º da LeiComplementar nº 124, de 3 de janeiro de 2007;

I – Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará,Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e MatoGrosso e as regiões situadas ao norte do paralelo13º S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e aooeste do meridiano de 44º W, do Estado doMaranhão;

Retoma-se a delimitação existente hoje noCódigo Florestal. A redação anterior parece maisadequada, pois compatibiliza o termo ao adotadona lei complementar que trata da atuação daSudam. Geograficamente, a diferença entre asduas opções é mínima.

II – Área de Preservação Permanente: áreaprotegida nos termos dos arts. 4º, 5º e 6º destaLei, coberta ou não por vegetação nativa, com afunção ambiental de conservar os recursoshídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, abiodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna eflora, proteger o solo e assegurar o bem-estar daspopulações humanas;

II – Área de Preservação Permanente: áreaprotegida, coberta ou não por vegetação nativa,com a função ambiental de preservar os recursoshídricos, a paisagem, a estabilidade geológica. abiodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna eflora, proteger o solo e assegurar o bem-estar daspopulações humanas;

Retira-se a remissão aos arts 4º, 5º e 6º esubstitui-se “conservar” por “preservar”. O termoconservar parece mais adequado aos usospossíveis desses recursos. Outra opção seriausar o termo “proteger”.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.5

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

III – área rural consolidada: ocupação antrópicaconsolidada até 22 de julho de 2008, comedificações, benfeitorias e atividadesagrossilvipastoris, admitida neste último caso aadoção do regime de pousio;

III – Área rural consolidada: área de imóvel ruralcom ocupação antrópica pré-existente a 22 dejulho de 2008, com edificações, benfeitorias ouatividades agrossilvopastoris, admitida, nesteúltimo caso, a adoção do regime de pousio;

O uso do termo “pré-existente” ao invés de“consolidada” flexibiliza mais ainda o conceito,que já se mostrava excessivamente aberto naversão da comissão especial. Qualquer ocupaçãoantrópica preexistente passaria a ser rotuladacomo “consolidada”. Por outro lado, a referênciaà “área do imóvel rural” torna o texto maispreciso.Registre-se que a definição de área ruralconsolidada é empregada para respaldar aregularização das ocupações ocorridas até a dataprevista, mesmo que em conflito com a legislaçãoambiental e eventualmente caracterizando ilícitopenal. A data mencionada nos dois textos refere-se à edição do Decreto 6.514/2008, a versãomais recente do regulamento da Lei de CrimesAmbientais. Não parece haver fundamentaçãojurídica para essa opção. Se a questão é marcara existência de normas amplas quanto a infraçõesadministrativas, seria indicada a data de ediçãodo primeiro regulamento da LCA, o Decreto nº3.179, de 21 de setembro de 1999.

IV – interesse social, para fins de intervenção emÁrea de Preservação Permanente:

A definição de interesse social foi suprimida dotexto, passando-se a prever regulamento sobreisso. Hoje, a Lei 4.771/1965 define determinadoscasos de interesse social e utilidade pública eprevê complementação pelo Conama. Se esseconceito não constar na nova lei, haverá umvácuo jurídico até a edição do regulamento.Registre-se que o conceito é aplicado parajustificar intervenções em Áreas de PreservaçãoPermanente (APP).

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.6

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

a) as atividades imprescindíveis à proteção daintegridade da vegetação nativa, nos termos doregulamento;

Idem comentário anterior.

b) a exploração agroflorestal sustentávelpraticada por agricultor familiar ou povos ecomunidades tradicionais, desde que nãodescaracterizem a cobertura vegetal existente enão prejudiquem a função ambiental da área;

Idem comentário anterior.

c) a implantação de infraestrutura públicadestinada a esportes, lazer e atividadeseducacionais e culturais ao ar livre em áreasurbanas consolidadas, observadas as condiçõesestabelecidas nesta Lei;

Idem comentário anterior.

d) a regularização fundiária de assentamentoshumanos ocupados predominantemente porpopulação de baixa renda em áreas urbanasconsolidadas, observadas as condiçõesestabelecidas na Lei 11.977, de 7 de julho de2009;

Idem comentário anterior.

e) as demais obras, planos, atividades ouempreendimentos definidos em regulamentodesta Lei;

Idem comentário anterior.

V – leito menor ou álveo: o canal por onde corremregularmente as águas do curso d’água durante oano;

IV – Leito regular: a calha por onde corremregularmente as águas do curso d’água durante oano;

O termo “regular” é melhor do que “menor”. Oproblema é que há cursos d´água que não têmcalha bem caracterizada.Essa definição vai ser aplicada no dispositivo quedefine os limites das APPs ao longo dos corposd´água (art. 4º, I). Pelo art. 2º da Lei 4.771/1965,as APPs são medidas a partir do nível mais altodo corpo d´água. Nos dois textos, há reduçãoconsiderável da área legalmente protegida sob

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.7

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

regime de preservação.VI – manejo florestal sustentável: administraçãoda floresta para a obtenção de benefícioseconômicos, sociais e ambientais, respeitando-seos mecanismos de sustentação do ecossistemaobjeto do manejo e considerando-se, cumulativaou alternativamente, a utilização de múltiplasespécies madeireiras, de múltiplos produtos esubprodutos não madeireiros, bem como autilização de outros bens e serviços de naturezaflorestal;

V – Manejo sustentável: administração davegetação natural para a obtenção de benefícioseconômicos, sociais e ambientais, respeitando-seos mecanismos de sustentação do ecossistemaobjeto do manejo e considerando-se, cumulativaou alternativamente, a utilização de múltiplasespécies madeireiras ou não, de múltiplosprodutos e subprodutos da flora, bem como autilização de outros bens e serviços

Substitui-se “floresta” por “vegetação natural”,entre outros ajustes de redação. A criação doconceito de manejo sustentável, diferente domanejo florestal sustentável, cria diversosproblemas, comentados quando do seu uso aolongo do texto.

VII – nascente: afloramento natural do lençolfreático que apresenta perenidade e dá início aum curso d’água;

VI – Nascente: aforamento natural do lençolfreático que apresenta perenidade e dá início aum curso d’água;

Mesma redação. Ver comentário ao inciso VIII.

VIII – olho d’água: afloramento natural do lençolfreático, mesmo que intermitente;

VII - Olho d’água: aforamento natural do lençolfreático, mesmo que intermitente;

Mesma redação.O conceito confunde-se com o de nascente. Oolho d´água é colocado como um gênero, do quala nascente é uma espécie? Impõe-se refinamentodos dois conceitos ou sua unificação.

IX – pequena propriedade ou posse rural: oimóvel rural com até quatro módulos fiscais,considerada a área vigente na data de publicaçãodesta Lei;

IX – Pequena propriedade ou posse rural familiar:aquela explorada mediante o trabalho pessoal doagricultor familiar e empreendedor familiar rural,incluindo os assentamentos e projetos de reformaagrária, e que atendam ao disposto no art. 3º daLei 11.326, de 24 de julho de 2006;

Acresceu-se a exigência de cumprimento dosrequisitos referentes à agricultura familiar.

X – pousio: prática de interrupção temporária deatividades agrícolas, pecuárias ou silviculturaispor até dez anos, para possibilitar a recuperaçãoda capacidade de uso do solo;

VIII – Pousio: prática de interrupção temporáriade atividades agrícolas, pecuárias ousilviculturais, para possibilitar a recuperação dacapacidade de uso do solo;

Elimina-se o limite de dez anos. Como o conceitode área rural consolidada (inciso III) inclui opousio, amplia-se exacerbadamente aabrangência do dispostivo. Áreas abandonadasserão consideradas como “consolidadas”, parafins de justificar a permanência de ocupações

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.8

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

irregulares do ponto de vista da legislaçãoambiental.

XI – Reserva Legal: área localizada no interior deuma propriedade ou posse rural, excetuada a depreservação permanente, delimitada nos termosdo art. 13, com a função de assegurar o usoeconômico de modo sustentável dos recursosnaturais do imóvel rural, auxiliar a conservação ea reabilitação dos processos ecológicos epromover a conservação da biodiversidade, oabrigo e a proteção de fauna silvestre e da floranativa;

X - Reserva Legal: área localizada no interior deuma propriedade ou posse rural, delimitada nostermos do art. 13, com a função de assegurar ouso econômico de modo sustentável dos recursosnaturais do imóvel rural, auxiliar a conservação ea reabilitação dos processos ecológicos epromover a conservação da biodiversidade, oabrigo e a proteção de fauna silvestre e da floranativa;

Retira-se a referência às APPs. Isso decorre daopção de que as APPs, como regra, passem aser consideradas no cálculo da área protegida noimóvel, entrando no cômputo do percentual dereserva legal.A Lei 4.771/1965 já prevê a possibilidade dessecômputo, mas apenas quando a soma de APPs ereserva legal excede 80% na Amazônia e 50% norestante do país. Na pequena propriedade, oreferencial aplicado nesse sentido hoje é 25%.

XII – restinga: depósito arenoso paralelo a linhada costa, de forma geralmente alongada,produzido por processos de sedimentação, ondese encontram diferentes comunidades querecebem influência marinha, com coberturavegetal em mosaico, encontrada em praias,cordões arenosos, dunas e depressões,apresentando, de acordo com o estágiosucessional, estrato herbáceo, arbustivos eabóreo, este último mais interiorizado;

XI - Restinga: depósito arenoso paralelo à linhada costa, de forma geralmente alongada,produzido por processos de sedimentação, ondese encontram diferentes comunidades querecebem influência marinha, com coberturavegetal em mosaico, encontrada em praias,cordões arenosos, dunas e depressões,apresentando, de acordo com o estágiosucessional, estrato herbáceo, arbustivos earbóreo, este último mais interiorizado;

Mesma redação.

XIII – uso alternativo do solo: substituição devegetação nativa e formações sucessoras poroutras coberturas do solo, como atividadesagropecuárias, industriais, de geração etransmissão de energia, de mineração e detransporte, assentamentos urbanos ou outrasformas de ocupação humana;

XII – Uso alternativo do solo: substituição devegetação nativa e formações sucessoras poroutras coberturas do solo, como atividadesagropecuárias, industriais, de geração etransmissão de energia, de mineração e detransporte, assentamentos urbanos ou outrasformas de ocupação humana;

Mesma redação.

XIV – utilidade pública, para fins de intervençãoem Área de Preservação Permanente:

A definição de utilidade pública foi suprimida dotexto, passando-se a prever regulamento sobre

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.9

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

isso. Hoje, a Lei 4.771/1965 define determinadoscasos de interesse social e utilidade pública eprevê complementação pelo Conama. Se esseconceito não constar na nova lei, haverá umvácuo jurídico até a edição do regulamento.Registre-se que o conceito é aplicado parajustificar intervenções em Áreas de PreservaçãoPermanente (APP).

a) as atividades de segurança nacional eproteção sanitária;

Idem comentário anterior.

b) as obras de infraestrutura destinadas aosserviços públicos de transporte, saneamento,energia, telecomunicações e radiodifusão;

Idem comentário anterior.

c) demais atividades ou empreendimentosdefinidos em regulamento desta Lei;

Idem comentário anterior.

XV – várzea ou leito maior: terrenos baixos àsmargens dos rios, relativamente planos e sujeitosà inundação;

Foi suprimida a definição de várzea. O problemaé que o termo é aplicado no texto daEmenda 186.

XVI – vereda: fitofisionomia de savana,encontrada em solos hidromórficos, usualmentecom a palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti)emergente, sem formar dossel, em meio aagrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas.

XIII – Vereda: fitofisionornia de savana,encontrada em solos hidromórflcos, usualmentecom a palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti)emergente, sem formar dossel, em meio aagrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas;

Mesma redação.

XIV – apicum: áreas de solos hiper-salinossituadas nas regiões entre-marés superiores,inundadas apenas pelas marés de sizígias, queapresentam salinidade superior a 150 partes pormil desprovidos de vegetação vascular;XV – salgado ou marismas tropicais hiper-salinos:áreas situadas em regiões com freqüências deinundações intermediárias entre marés de sizígias

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.10

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

e de quadratura, com solos cuja salinidade variaentre 100 a 150 partes por mil, onde pode ocorrera presença de vegetação herbácea específica.

Parágrafo Único. Para os fins desta lei estende-seo tratamento dispensado aos imóveis a que serefere o inciso IX deste artigo às terras indígenasdemarcadas e às demais áreas tituladas de povose comunidades tradicionais que façam usocoletivo do seu território.

Estendem-se as regras referentes à pequenapropriedade ou posse rural familiar às terrasindígenas e outros povos ou comunidadestradicionais.

CAPÍTULO IIDAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO

PERMANENTESEÇÃO 1

DA DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DEPRESERVAÇÃO PERMANENTE

CAPÍTULO IIDas Áreas de Preservação Permanente

Seção 1Da Delimitação das Áreas de Preservação

Permanente

Art. 4.º Considera-se Área de PreservaçãoPermanente, em zonas rurais ou urbanas, pelo sóefeito desta Lei:

Art. 4.° Considera-se Área de PreservaçãoPermanente, em zonas rurais ou urbanas, pelo sóefeito desta Lei:

Mesma redação.

I – as faixas marginais de qualquer curso d'águanatural, desde a borda do leito menor, em larguramínima de:

I – as faixas marginais de qualquer curso d’águanatural, desde a borda da calha do leito regular,em largura mínima de:

O termo “regular” é melhor do que “menor”. Oproblema é que há cursos d´ água que não têmcalha bem caracterizada.Pelo art. 2º da Lei 4.771/1965, as APPs sãomedidas a partir do nível mais alto do corpod´água. Nos dois textos, há redução considerávelda área legalmente protegida sob regime depreservação.

a) 15 (quinze) metros, para os cursos d'água demenos de 5 (cinco) metros de largura;

O texto suprime a alínea que previa redução dafaixa de APP nos pequenos cursos d´água. Noart. 35, contudo, esvazia essa alteração, ao exigirrecomposição de apenas 15 metros.

b) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água que a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de Ver acima.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.11

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

tenham de 5 (cinco) a 10 (dez) metros de largura; menos de 10 (dez) metros de largura, observadoo disposto no art. 35;

c) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'águaque tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metrosde largura;

b) 50 (cinqüenta) metros, para os cursos d’águaque tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metrosde largura;

Mesma redação.

d) 100 (cem) metros, para os cursos d'água quetenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água quetenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos)metros de largura;

Mesma redação.

e) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'águaque tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’águaque tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)metros de largura;

Mesma redação.

f) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'águaque tenham largura superior a 600 (seiscentos)metros;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursosd’água que tenham largura superior a 600(seiscentos) metros de largura;

Mesma redação.

II – as áreas no entorno dos lagos e lagoasnaturais, em faixa com largura mínima de:

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoasnaturais, em faixa com largura mínima de:

Mesma redação.

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, excetopara o corpo d’água com até 20 (vinte) hectaresde superfície, cuja faixa marginal será de 50(cinquenta) metros;

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, excetopara o corpo d’água com até 20 (vinte) hectaresde superfície, cuja faixa marginal será de 50(cinqüenta) metros;

Mesma redação.

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; Mesma redação.III – as áreas no entorno dos reservatórios d’águaartificiais, na faixa definida na licença ambientaldo empreendimento, resguardado o disposto no §4º;

III – as áreas no entorno dos reservatórios d’águaartificiais, na faixa definida na licença ambientaldo empreendimento, observado o disposto nos §§1° e 2º;

A diferença fica apenas nas remissões.

IV – as áreas no entorno das nascentes e dosolhos d'água, qualquer que seja a sua situaçãotopográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta)metros;

IV - as áreas no entorno das nascentes e dosolhos d’água, qualquer que seja a sua situaçãotopográfica, no raio mínimo de 50 (cinqüenta)metros;

Mesma redação.

V – as encostas ou partes destas, comdeclividade superior a 45° (quarenta e cinco

V – as encostas ou partes destas, comdeclividade superior a 45º (quarenta e cinco

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.12

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

graus), equivalente a cem por cento na linha demaior declive;

graus), equivalente a cem por cento na linha demaior declive;

VI – as áreas com vegetação de restinga; VI – nas restingas, como fixadoras de dunas ouestabilizadoras de mangues:

Retoma-se a redação original da Lei 4.771/1965,nesse caso específico reduzindo o grau deproteção ambiental previsto no texto da comissãoespecial.Note-se que há um problema de redação noinciso. Ele não se conecta com o caput.

VII – as dunas, cordões arenosos e osmanguezais, em toda a sua extensão;

Essa APP ope legis prevista no texto da comissãoespecial foi suprimido. Em relação à primeiraproposta, há redução do grau de proteçãoambiental.

VIII – as veredas; Essa APP ope legis prevista no texto da comissãoespecial foi suprimido. Em relação à primeiraproposta, há redução do grau de proteçãoambiental.

IX – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até alinha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferiora 100 (cem) metros em projeções horizontais.

VII – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até alinha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferiora 100 (cem) metros em projeções horizontais.

Mesma redação.

VIII – no topo de morros, montes, montanhas eserras, com altura mínima de 100 metros einclinação média maior que 25°, em áreasdelimitadas a partir da curva de nívelcorrespondente a dois terços da altura mínima daelevação sempre em relação à base. sendo estadefinida pelo plano horizontal determinado pelacota do ponto de sela mais próximo da elevação.

Ponto de sela mais próximo em relação à qualface da elevação?Note-se que há um problema de redação noinciso. Ele não se conecta com o caput.

IX – em altitude superior a 1.800 (mil eoitocentos) metros, qualquer que seja avegetação

Retoma-se APP ope legis prevista naLei 4.771/1965.Note-se que há um problema de redação noinciso. Ele não se conecta com o caput.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.13

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§ 1° Não se aplica o previsto no inciso III noscasos em que os reservatórios artificiais de águanão decorram de barramento ou represamento decursos d’ água.

O dispositivo será aplicado a pequenos açudes ea “piscinões” do sistema de drenagem urbana.

§ 2° No entorno dos reservatórios artificiaissituados em áreas rurais, com até vinte hectaresde superfície, a área de preservação permanenteterá, no mínimo, quinze metros.

§ 1º Não é considerada Área de PreservaçãoPermanente a várzea fora dos limites previstos noinciso I do art. 4º, exceto quando ato do PoderPúblico dispuser em contrário.

§ 3° Não é considerada Área de PreservaçãoPermanente a várzea fora dos limites previstos noinciso I, exceto quando ato do Poder Públicodispuser em contrário nos termos do artigo 6°,inciso III, bem como salgados e apicuns em suaextensão.

Na nova redação, explicita-se que os salgados eapicuns não se confundem com os mangues paraefeito de qualificação como APP. No que serefere a várzea, a remissão está incompleta.Valendo para ambos os textos, deve serregistrado que a preocupação com as ocupaçõesagropecuárias em várzeas ou em regiões como oPantanal poderia ser trabalhada medianteflexibilização das regras de uso desses locais,assegurada a devida proteção ambiental e semalteração da regra atual de mensurar as APPs apartir do nível mais alto do curso d´água.Note-se que o dispositivo não explicita qual é aesfera do Poder Público que tem a prerrogativade expedir o ato referido no dispositivo

§ 2º Nas acumulações naturais ou artificiais deágua com superfície inferior a um hectare ficadispensada a reserva da faixa de proteçãoprevista nos incisos II e III do caput.

§ 4° Nas acumulações naturais ou artificiais deágua com superfície inferior a um hectare ficadispensada a reserva da faixa de proteçãoprevista nos incisos II e III do caput.

Mesma redação.Não parece haver argumento científico para aisenção dada pelo dispositivo.

§ 5° É admitido o plantio de culturas temporáriase sazonais de vazante de ciclo curto, na faixa deterra que fica exposta no período de vazante dosrios ou lagos, desde que não impliquem

A referência a não implicar supressão de novasáreas de vegetação nativa demanda fixação demarco temporal, adotando-se a data depublicação da futura lei. Isso também implica em

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.14

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

supressão de novas áreas de vegetação nativa eseja conservada a qualidade da água.

não ter de restaurar a vegetação suprimidairregularmente.

§ 3º No caso de áreas urbanas consolidadas nostermos da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009,alterações nos limites das Áreas de PreservaçãoPermanentes deverão estar previstas nos planosdiretores ou nas leis municipais de uso do solo,respeitados os princípios e limites a que se refereeste artigo.

A redação do texto da comissão especialapresentava problemas, ao prever ao mesmotempo alterações nos limites e respeito aoslimites. Note-se que a Lei 11.977/2009 e aResolução Conama 369/2006 já dispõem sobre aregularização fundiária em APPs urbanas.

Art. 5º Na implementação e funcionamento dereservatório d’água artificial, é obrigatória aaquisição, desapropriação ou remuneração porrestrição de uso, pelo empreendedor, das Áreasde Preservação Permanente criadas em seuentorno, conforme estabelecida no licenciamentoambiental, observando-se a faixa mínima de 30(trinta) metros em área rural e 15 (quinze) metrosem área urbana.

Art. 5º Na implementação de reservatório d’águaartificial destinado a geração de energia ouabastecimento público, é obrigatória a aquisição,desapropriação ou instituição de servidãoadministrativa pelo empreendedor, das Áreas dePreservação Permanente criadas em seuentorno, conforme estabelecido no licenciamentoambiental, observando-se a faixa mínima de 30(trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros emárea rural e a faixa mínima de 15 (quinze) metrosem área urbana.

Acresce-se o limite máximo de 100 metros nocaso da área rural. Parece pouco consistentetecnicamente a previsão de limite máximo em lei.

§ 1º Nos reservatórios d’água artificiaisdestinados a geração de energia ouabastecimento público, o empreendedor, noâmbito do licenciamento ambiental, elaboraráPlano Ambiental de Conservação e Uso doEntorno do reservatório, em conformidade comtermo de referência expedido pelo órgãocompetente do Sisnama.

§ 1° Na implantação de reservatórios d’águaartificiais de que trata o caput, o empreendedor,no âmbito do licenciamento ambiental, elaboraráPlano Ambiental de Conservação e Uso doEntorno do reservatório, em conformidade comtermo de referência expedido pelo órgãocompetente do SISNAMA, não podendo excedera dez por cento da área total do entorno.

O acréscimo ao final do dispositivo na emenda186 não faz sentido. O que “não poderá excedera dez por cento da área do entorno”? Resoluçãodo Conama refere-se a áreas para implantaçãode pólos turísticos e lazer no entorno. Foi essa aintenção?

§ 2° O Plano Ambiental de Conservação e Uso doEntorno de Reservatório Artificial, para osempreendimentos licitados a partir da vigência

O ajuste reflete preocupação correta. A redação,contudo, parece contraditória: se é criada aobrigação, a apresentação do plano deveria

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.15

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

desta Lei, deverá ser apresentado ao órgãoambiental concomitantemente com o PlanoBásico Ambiental e aprovado até o início daoperação do empreendimento, não constituindo asua ausência impedimento para a expedição dalicença de instalação.

constituir requisito da licença de instalação.

§ 2º O Plano previsto no § 1º deste artigo poderáindicar áreas para implantação de pólos turísticose de lazer no entorno do reservatório, de acordocom o que for definido nos termos dolicenciamento ambiental, respeitadas asexigências previstas nesta Lei.

§ 3° O Plano Ambiental de Conservação e Uso doEntorno de Reservatório Artificial poderá indicaráreas para implantação de parques aquícolas,pólos turísticos e de lazer no entorno doreservatório, de acordo com o que for definidonos termos do licenciamento ambiental,respeitadas as exigências previstas nesta Lei.

Insere-se a possibilidade de serem instalados“parques aquícolas” no entorno do reservatório.Do ponto de vista da proteção ambiental, trata-sede um retrocesso. Além disso, não se limita o usodo entorno com tais atividades a 10% da área,como previsto em resolução do Conama.

§ 3º Os empreendimentos hidrelétricos ou deabastecimento público ou de interesse públicoprevistos neste artigo e vinculados à concessãonão estão sujeitos a constituição de nova ReservaLegal.

A supressão do parágrafo parece correta. A regranão fazia sentido. Sequer ficava clara a relaçãoentre esses empreendimentos e a reserva legal.

§ 4° Nos reservatórios artificiais de águadestinados a geração de energia ouabastecimento público, implantados quando nãohavia exigência de licenciamento ambiental, afaixa da Área de Preservação Permanente seráde 15 metros em área urbana e 30 metros emárea rural, a partir da cota máxima cheia,remetida ao empreendedor a obrigatoriedade deaquisição, de desapropriação ou de remuneraçãopor restrição de uso desta faixa.

O licenciador deveria ter o poder de fixar faixasmaiores de proteção, em razão dascaracterísticas locais. Cabe dizer que essesempreendimentos estão sujeitos em tese alicenciamento “corretivo” e a licenças de operaçãoperiódicas.

Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservaçãopermanente, quando assim declaradas peloPoder Público em decreto que delimite a sua

Art. 6° Consideram-se, ainda, de preservaçãopermanente, quando assim declaradas por ato doPoder Executivo que delimite a sua abrangência,

Mesma redação.Comparar com o art. 3º da Lei 4.771/1965. Anorma atual fala mais genericamente em “ato do

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.16

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

abrangência, por interesse social, as áreascobertas com florestas ou outras formas devegetação destinada a uma ou mais dasseguintes finalidades:

por interesse social, as áreas cobertas comflorestas ou outras formas de vegetaçãodestinada a uma ou mais das seguintesfinalidades:

Poder Público”. A explicitação da fundamentaçãono “interesse social” parece ter o objetivo deassegurar indenização nesse tipo de APP.

I – conter a erosão do solo; I - conter a erosão do solo, mitigar riscos deenchentes e deslizamentos de terra e rocha;

O conteúdo acrescido nesse inciso parecetecnicamente consistente.

II – proteger as restingas; II - proteger as restingas ou veredas; As veredas foram transferidas para as APPs quedemandam ato do poder público. Em relação àprimeira proposta, há redução do grau deproteção ambiental, uma vez que o texto dacomissão as tratava como APP ope legis.

III – proteger várzeas; III - proteger várzeas; Mesma redação.Ver comentários ao art. 4º, I.Em princípio, a preocupação com ocupaçõesagropecuárias em várzeas poderia ser trabalhadamediante flexibilização das regras de uso desseslocais, assegurada a devida proteção ambiental esem alteração da regra geral para mensurar asAPPs.

IV – abrigar exemplares da fauna ou floraameaçados de extinção;

IV - abrigar exemplares da fauna ou floraameaçados de extinção;

Mesma redação.

V – proteger sítios de excepcional beleza ou devalor científico ou histórico;

V - proteger sítios de excepcional beleza ou devalor científico ou histórico;

Mesma redação.

VI – formar faixas de proteção ao longo derodovias e ferrovias;

VI - formar faixas de proteção ao longo derodovias e ferrovias;

Mesma redação.

VII – assegurar condições de bem-estar público; VII - assegurar condições de bem-estar público; Mesma redação.VIII – auxiliar a defesa do território nacional, acritério das autoridades militares.

VIII - auxiliar a defesa do território nacional, acritério das autoridades militares.

Mesma redação.

SEÇÃO 2DO REGIME DE PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE

PRESERVAÇÃO PERMANENTE

SEÇÃO 2DO REGIME DE PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE

PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.17

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

Art. 7º Toda vegetação situada em Área dePreservação Permanente deverá ser mantidapreservada pelo proprietário da área, possuidorou ocupante a qualquer título, pessoa física oujurídica, de direito público ou privado.

Art. 7° A vegetação situada em Área dePreservação Permanente deverá ser mantidaconservada pelo proprietário da área, possuidorou ocupante a qualquer título, pessoa física oujurídica, de direito público ou privado.

Trocou-se “preservada” por “conservada”,atenuando-se o grau de proteção ambiental. Aalteração não tem consistência técnica, uma vezque a preservação integra necessariamente oconceito de APP.

§ 1º Tendo ocorrido supressão não autorizada devegetação situada em Área de PreservaçãoPermanente, o proprietário da área,empreendedor, possuidor ou ocupante a qualquertítulo é obrigado a promover a recomposição davegetação, ressalvado o disposto no art. 25, esem prejuízo, nos termos da legislação, dopagamento de indenização e da aplicação dassanções administrativas, civis e penais cabíveis.

§ 1° Tendo ocorrido supressão de vegetaçãosituada em área de preservação permanente, oproprietário da área, possuidor ou ocupante aqualquer título é obrigado a promover arecomposição da vegetação, ressalvados os usosautorizados previstos nesta lei.

A supressão da referência a indenização écorreta. Acredita-se ser importante, contudo, amanutenção da referência às sanções cabíveis.

§ 2° A obrigação prevista no § 1° tem naturezareal e é transmitida ao sucessor no caso detransferência de domínio ou posse do imóvelrural.

As obrigações ambientais referentes ao imóvel jásão repassadas ao sucessor. O dispositivo emprincípio parece desnecessário.

§ 2º No caso de supressão ilícita de vegetaçãorealizada após 22 de julho de 2008, é vedada aconcessão de novas autorizações de supressãode vegetação enquanto não cumpridas asobrigações previstas no § 1º.

§ 3° No caso de supressão não autorizada devegetação realizada após 22 de julho de 2008, évedada a concessão de novas autorizações desupressão de vegetação enquanto não cumpridasas obrigações previstas no § 1°.

Mesma redação.Não se justifica a vedação apenas parasupressões realizadas após 22 de julho de 2008.

Art. 8º A supressão de vegetação em Área dePreservação Permanente poderá ser autorizadapelo órgão competente do Sisnama em caso deutilidade pública, de interesse social ou de baixoimpacto, devidamente caracterizados e motivadosem procedimento administrativo próprio.

Art. 8° A intervenção ou supressão de vegetaçãoem Área de Preservação Permanente poderá serautorizada pelo órgão ambiental estadualintegrante do SISNAMA em caso de utilidadepública, de interesse social ou de baixo impacto,nas hipóteses e na forma definidas emregulamento do Poder Executivo Federal.

Explicita-se o órgão estadual como o competentepelas autorizações. Na lei atual, essa tarefa é emregra do órgão estadual, mas há previsão deatuação do órgão federal e do órgão municipalem determinados casos.Outra alteração importante, já mencionada noartigo sobre os conceitos, é que passariam a serestabelecidos por decreto todos os casos de

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.18

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

possibilidade de supressão de vegetação nasAPPs. A lei atual lista casos em seu próprio textoe delega ao Conama a tarefa decomplementação.

§ 1° Será admitida a manutenção das atividadesexistentes nas áreas rurais consolidadaslocalizadas em Área de Preservação Permanenteque se enquadrem nas hipóteses previstas nocaput, condicionada à adesão do proprietário oupossuidor do imóvel ao programa deregularização ambiental de que trata o art. 33.

O dispositivo parece desnecessário. Esses casosdevem ser tratados na parte do texto que dispõesobre os programas de regularização ambiental.

§ 1º A autorização de que trata o caput somentepoderá ser emitida quando inexistir alternativatécnica e locacional ao empreendimentoproposto.

Esse dispositivo, cujo conteúdo foi suprimido nanova versão, equivale a uma regra já existente nalei florestal. Sua supressão implica retrocesso doponto de vista da proteção das APPs.

§ 2º O órgão ambiental competente condicionaráa autorização de que trata o caput à adoção, peloempreendedor, das medidas mitigadoras ecompensatórias por ele indicadas.

§ 2° O órgão ambiental competente condicionaráa autorização de que trata o caput à adoção, peloempreendedor, das medidas mitigadoras ecompensatórias por ele indicadas

Mesma redação.

§ 3º O regulamento desta Lei disporá sobre ashipóteses de supressão eventual e de baixoimpacto ambiental da vegetação em Área dePreservação Permanente.

Na nova formulação, todos os casos em que seadmite supressão de vegetação em APPspassam a ser objeto de regulamento.

§ 4º A supressão de vegetação nativa protetorade nascentes, de dunas e mangues somentepoderá ser autorizada em caso de utilidadepública.

§ 3° A supressão de vegetação nativa protetorade nascentes, de dunas e restingas somentepoderá ser autorizada em caso de utilidadepública.

Houve a supressão dos mangues, nãoconsiderados APP em toda a sua extensão,conforme a Emenda.

§ 4° A intervenção ou supressão de vegetaçãonativa em área de preservação permanente deque trata a o inciso VI do artigo 4°, poderá serautorizada excepcionalmente em locais onde a

Trata-se de uma exceção ao disposto no § 4º, jáque se trata de uma situação caracterizada comode interesse social (não como de utilidadepública).

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.19

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

função ecológica do manguezal estejacomprometida, para execução de obrashabitacionais e de urbanização, inseridas emprojetos de regularização fundiária de interessesocial, em áreas urbanas consolidadas ocupadaspor população de baixa renda.§ 5° Fica dispensada a prévia autorização doórgão ambiental competente para a execução, emcaráter emergencial, de atividades e obras dedefesa civil destinadas à prevenção e mitigaçãode acidentes.

Não parece haver problema com o acréscimodesse parágrafo.

Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animaisàs Áreas de Preservação Permanente paraobtenção de água e para realização de atividadesde baixo impacto ambiental.

Art. 9° É permitido o acesso de pessoas eanimais às Áreas de Preservação Permanentepara obtenção de água e para realização deatividades de baixo impacto ambiental, na formado regulamento.

Insere-se a previsão de regulamento.De forma geral, decreto do Poder Executivodetalhará regras importantes sobre as APPs.Cabe dizer que, atualmente, há delegação legalnesse sentido para o Conama.

Art. 10. Nas áreas rurais consolidadas localizadasnos locais de que tratam os incisos VII, VIII e IXdo art. 4°, será admitida a manutenção deatividades florestais, culturas de espécieslenhosas, perenes ou de ciclo longo e pastoreioextensivo, bem como a infraestrutura físicaassociada ao desenvolvimento dessas atividades,vedada a conversão de novas áreas para usoalternativo do solo.

O dispositivo sequer trabalha com limite temporalpara a flexibilização do uso nas APPs em tela.Veda a conversão de novas áreas a partir dequando? Isso ocorrerá independentemente dosprogramas de regularização? Trata-se de umretrocesso do ponto de vista da proteçãoambiental.

§ 1° O pastoreio extensivo nos locais referidos nocaput deverá ficar restrito às áreas de vegetaçãocampestre natural ou já convertidas paravegetação campestre, admitindo-se o consórciocom vegetação lenhosa perene ou de ciclo longo.

O pastoreio levará à degradação das APPs.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.20

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§2° A manutenção das culturas e da infraesfruturade que trata o caput fica condicionada à adoçãode práticas conservacionistas do solo e daságuas.

Como serão controladas essas práticas? Quemdecidirá que elas são suficientes para assegurar aproteção do solo e das águas?Ademais, deve ser lembrado que as APPs têmfunção importante também em termos deproteção da biodiversidade.

CAPÍTULO IIIDAS ÁREAS DE USO RESTRITO

CAPÍTULO IIIDAS ÁREAS DE USO RESTRITO

As áreas de uso restrito limitam-se ao Pantanal eàs áreas de inclinação entre 25º e 45º?Provavelmente, haveria uma série de outrassituações que mereceriam ter essa qualificação.Considera-se que o conteúdo do capítulo, nasduas versões, não tem a consistência necessáriapara regular em geral as “áreas de uso restrito”.Registre-se que esse conceito não consta na Lei4.771/1965.

Art. 10. É permitido o uso de várzeas emsistemas de exploração sustentáveis queconsiderem suas funções ecológicas essenciais efundamentados em recomendações técnicas dosórgãos oficiais de pesquisa, sendo a supressãode vegetação nativa para uso alternativo do solocondicionada à autorização do órgão estadual domeio ambiente.

O dispositivo que tratava as várzeas como áreasde uso restrito foi suprimido na nova versão.

Art. 11. No Bioma Pantanal, a utilização dasáreas sujeitas à inundação sazonal ficacondicionada à conservação da vegetação nativae à manutenção da paisagem, da biodiversidadee dos processos ecológicos essenciais, bemcomo à manutenção do regime hidrológico.

Art. 11. Na planície pantaneira, é permitida aexploração ecologicamente sustentável, devendoconsiderar as recomendações técnicas dosórgãos oficiais de pesquisa, ficando novassupressões de vegetação nativa para usoalternativo do solo condicionadas à autorizaçãodo órgão estadual do meio ambiente, com basenas recomendações mencionadas neste artigo.

“Novas” com que marco temporal? Que órgãosoficiais de pesquisa serão considerados? Por queapenas a planície pantaneira foi considerada áreade uso restrito?O dispositivo, nas duas versões, não tem aconsistência técnica necessária para regular aproteção do Pantanal.Acredita-se que a proteção do bioma demanda lei

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.21

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

específica, como foi feito para a proteção da MataAtlântica.

Art. 12. Não é permitida a conversão de florestanativa situada em áreas de inclinação entre 25º(vinte e cinco graus) e 45º (quarenta e cincograus) para uso alternativo do solo, sendopermitido o manejo florestal sustentável.

Art. 12. Não é permitida a conversão de florestanativa situada em áreas de inclinação entre 25°(vinte e cinco graus) e 45° (quarenta e cincograus) para uso alternativo do solo, sendopermitido o manejo florestal sustentável, amanutenção de culturas de espécies lenhosas,perenes ou de ciclo longo e atividadessilviculturais, vedada a conversão de novas áreas

Além do manejo florestal sustentável, incluem-sea manutenção de culturas de espécies lenhosas,perenes ou de ciclo longo e atividadessilviculturais.Note-se que não se faz conexão com osprogramas de regularização ambiental, nem seestabelece limite temporal. Veda-se a conversãode novas áreas a partir de quando?Trata-se de um retrocesso em relação à versãoanterior, considerada a proteção ambiental.

§ 1° Nas áreas rurais consolidadas localizadasnos locais de que trata o caput. será admitida amanutenção de outras atividadesagrossilvopastoris, bem como da infraestruturafísica associada ao desenvolvimento da atividade,excetuadas as áreas de risco e vedada aconversão de novas áreas para uso alternativo dosolo.

Nesse parágrafo, flexibiliza-se ainda mais a regraprevista no caput, que já é excessivamentebranda do ponto de vista da proteção ambiental.

§2° A manutenção das atividades e dainfraestrutura de que trata o § 1° ficacondicionada, ainda, à adoção de práticasconservacionistas do solo e das águas.

Como serão controladas essas práticas? Quemdecidirá que elas são suficientes para assegurar aproteção do solo e das águas?Ademais, deve ser lembrado que essas áreas têmfunção importante também em termos deproteção da biodiversidade.

CAPÍTULO IVDA ÁREA DE RESERVA LEGAL

SEÇÃO 1DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA

LEGAL

CAPÍTULO IVDA ÁREA DE RESERVA LEGAL

SEÇÃO 1DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA

LEGAL

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.22

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

Art. 13. Os imóveis rurais, exceto as pequenaspropriedades ou posses rurais nos termos destaLei, devem possuir área de Reserva Legal, semprejuízo da aplicação das normas sobre as Áreasde Preservação Permanente.

Art. 13. Todo imóvel rural deve manter área comcobertura de vegetação nativa, a título deReserva Legal, sem prejuízo da aplicação dasnormas sobre as Áreas de PreservaçãoPermanente, observando os seguintespercentuais mínimos em relação à área doimóvel:I - localizado na Amazônia Legal:a) oitenta por cento, no imóvel situado em área deflorestas; b) trinta e cinco por cento, no imóvelsituado em área de cerrado; c) vinte por cento, noimóvel situado em área de campos gerais;II - localizado nas demais regiões do País: vintepor cento.

Retira-se no caput a exceção a pequenaspropriedades ou posses rurais. Contudo, o textonecessita ser lido juntamente com o novo § 7º.

§ 1º A Reserva Legal exigida no caput observaráos seguintes percentuais mínimos em relação àárea do imóvel:

Ver caput na nova versão.

I – imóveis localizados na Amazônia Legal: Idem comentário anterior.a) oitenta por cento, no imóvel situado em área deflorestas;

Idem comentário anterior.

b) trinta e cinco por cento, no imóvel situado emárea de cerrado;

Idem comentário anterior.

c) vinte por cento, no imóvel situado em área decampos gerais;

Idem comentário anterior.

II – imóveis localizados nas demais regiões doPaís: vinte por cento.

Idem comentário anterior.

§ 2º Em caso de fracionamento do imóvel rural, aqualquer título, inclusive para assentamentos peloPrograma de Reforma Agrária, será considerada,para fins do disposto no § 1º, a área do imóvel

§ 1° Em caso de fracionamento do imóvel rural, aqualquer título, inclusive para assentamentos peloPrograma de Reforma Agrária, será considerada,para fins do disposto do caput, a área do imóvel

Mesmo conteúdo.No art. 19, o termo adotado é desmembramento.Na verdade, esse parágrafo é dispensável, emface da regra explicitada no referido artigo.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.23

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

antes do fracionamento. antes do fracionamento.§ 3º O percentual de Reserva Legal em imóvelsituado em área de formações florestais,savânicas ou campestres na Amazônia Legalserá definido considerando separadamente osíndices contidos nas alíneas “a”, “b” e “c” doinciso I do § 1º.

§ 2° O percentual de Reserva Legal em imóvelsituado em área de formações florestais, decerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal.será definido considerando separadamente osíndices contidos nas alíneas “a”, “b” e “c do incisoI do caput.

Mesmo conteúdo.

§ 4º Os remanescentes de vegetação nativaexistentes nas pequenas propriedades ou possesrurais, na data da publicação desta Lei, deverãoser conservados, até o percentual previsto nosincisos I e II do § 1º.

Ver conteúdo do novo § 7º.

§ 5º O Poder Público fará o inventário dosremanescentes de vegetação nativa de que tratao § 4º, para efeito de controle e fiscalização.

A supressão não cria maiores problemas, umavez que essa já é uma atribuição do PoderPúblico. O dispositivo era genérico demais paraassegurar eficácia de seu conteúdo.

§ 3° Após a implantação do Cadastro AmbientalRural, a supressão de novas áreas de floresta ououtras formas de vegetação nativa apenas seráautorizada pelo órgão ambiental estadualintegrante do SISNAMA, se o imóvel estiverinserido no mencionado cadastro, ressalvado oprevisto no art. 32.

Não é possível entender o que se estáressalvando.

§ 4° Nos casos da alínea a do inciso I, o PoderPúblico poderá reduzir a Reserva Legal para atécinqüenta por cento, para fins de recomposição,quando o Município tiver mais de cinqüenta porcento da área ocupada por unidades deconservação da natureza de domínio público eterras indígenas demarcadas.

A possibilidade de redução a reserva legal nasflorestas da Amazônia deveria ser atrelada aoZEE, e a autorização prévia do Conama, comoprevisto hoje na Lei 4.771/1965.Note-se que o art. 14 da Emenda 186 já prevêregra sobre o tema.Ressaltam-se, ainda, problemas de técnicalegislativa.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.24

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§ 5° Os empreendimentos de abastecimentopúblico de água não estão sujeitos à constituiçãode Reserva Legal.

Esse dispositivo parece em princípiodesnecessário.

§ 6° Não será exigida Reserva Legal relativa àsáreas adquiridas ou desapropriadas por detentorde concessão, permissão ou autorização paraexploração de potencial de energia hidráulica, nasquais funcionem empreendimentos de geração deenergia elétrica, subestações ou sejam instaladaslinhas de transmissão e de distribuição de energiaelétrica.

Esse dispositivo parece em princípiodesnecessário.

§ 7° Nos imóveis com área de até 4 (quatro)módulos fiscais que possuam remanescentes devegetação nativa em percentuais inferiores aoprevisto no caput, a Reserva Legal seráconstituída com a área ocupada com a vegetaçãonativa existente em 22 de julho de 2008, vedadasnovas conversões para uso alternativo do solo.

Nas pequenas propriedades, não se exigerecomposição. Note-se que a regra independedos programas de regularização ambiental.

Art. 14. A localização da área de Reserva Legalno imóvel rural deverá levar em consideração osseguintes estudos e critérios:

Art. 15. A localização da área de Reserva Legalno imóvel rural deverá levar em consideração osseguintes estudos e critérios:

Mesma redação.

I – o plano de bacia hidrográfica; I - o plano de bacia hidrográfica; Mesma redação.II – o zoneamento ecológico-econômico; II - o zoneamento ecológico-econômico; Mesma redação.III – a formação de corredores ecológicos comoutra Reserva Legal, Área de PreservaçãoPermanente, unidade de conservação ou outraárea legalmente protegida;

lII – a formação de corredores ecológicos comoutra Reserva Legal, Área de PreservaçãoPermanente, unidade de conservação ou outraárea legalmente protegida;

Mesma redação.

IV – áreas de maior importância para aconservação da biodiversidade; e

IV - áreas de maior importância para aconservação da biodiversidade; e

Mesma redação.

V – áreas de maior fragilidade ambiental. V - áreas de maior fragilidade ambiental. Mesma redação.§ 1º O órgão estadual ou municipal do Sisnama § 1° O órgão estadual integrante do SISNAMA, ou Excluiu-se a referência ao órgão municipal, o que

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.25

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

ou instituição habilitada mediante convêniodeverá aprovar a localização da Reserva Legalpreviamente a sua averbação no registro doimóvel, conforme art. 19 desta Lei.

instituição por eles habilitada deverá aprovar alocalização da Reserva Legal após a inclusão doimóvel no Cadastro Ambiental Rural, conformeart. 30 desta Lei.

é positivo do ponto de vista da eficácia docontrole ambiental.

§ 2º Protocolada a documentação exigida paraanálise da localização da área de Reserva Legal,nos termos do regulamento desta Lei, aoproprietário ou possuidor rural não poderá serimputada sanção administrativa, inclusiverestrição a direitos, em razão da não averbaçãoda área de Reserva Legal.

§ 2° Protocolada a documentação exigida paraanálise da localização da área de Reserva Legal,nos termos do regulamento desta Lei, aoproprietário ou possuidor rural não poderá serimputada sanção administrativa, inclusiverestrição a direitos, em razão da não formalizaçãoda área de Reserva Legal.

Mesma redação.Note-se que, nas duas versões, um meroprotocolo não deveria fundamentar a nãoaplicação de sanções devidas. A intenção aqui é,provavelmente, viabilizar a obtenção de créditorural com o protocolo. O problema (real) dademora dos órgãos ambientais para decisãosobre a localização da reserva legal deveria sertratado de forma mais responsável.

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas dePreservação Permanente no cálculo dopercentual da Reserva Legal do imóvel desdeque:

Art. 16. Será admitido o cômputo das Áreas dePreservação Permanente no cálculo dopercentual da Reserva Legal do imóvel desdeque:

Mesma redação.Na lei atual, o cômputo só é possível quando asoma de APP e reserva legal exceder a oitentapor cento da propriedade rural localizada naAmazônia Legal, cinqüenta por cento dapropriedade rural localizada nas demais regiõesdo país e vinte e cinco por cento da pequenapropriedade. Dessa forma, a medida implicaráredução relevante do total de áreas protegidas.

I – o benefício previsto neste artigo não impliquea conversão de novas áreas para o usoalternativo do solo;

I - o beneficio previsto neste artigo não implique aconversão de novas áreas para o uso alternativodo solo;

Mesma redação.Vê-se que o foco principal está na redução dopassivo ambiental. O dispositivo deveria sertratado em conjunto com os que tratam daregularização ambiental.

II – a área a ser computada esteja conservada ouem processo de recuperação, conformedeclaração do proprietário ao órgão estadual oumunicipal integrante do Sisnama; e

II - a área a ser computada esteja conservada ouem processo de recuperação, conformecomprovação do proprietário ao órgão estadualintegrante do SISNAMA; e

A previsão de comprovação e de decisão peloórgão estadual atenua os problemas presentes naversão anterior do dispositivo.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.26

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

III – o proprietário ou possuidor tenha requeridoinclusão do imóvel no cadastro ambiental, nostermos do art. 24.

III - o proprietário ou possuidor tenha requeridoinclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural,nos termos desta lei.

Mesmo conteúdo.

§ 1º O regime de proteção da Área dePreservação Permanente não se altera nahipótese prevista neste artigo.

§ 1° O regime de proteção da Área dePreservação Permanente não se altera nahipótese prevista neste artigo.

Mesma redação.

§ 2º O proprietário ou possuidor de imóvel comReserva Legal conservada e averbada, cuja áreaultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderáinstituir servidão ambiental sobre a áreaexcedente, nos termos do art. 9º-A da Lei 6.938,de 31 de agosto de 1981.

§ 2° O proprietário ou possuidor de imóvel comReserva Legal conservada e inscrita no CadastroAmbiental Rural de que trata o art. 30, cuja áreaultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderáutilizar a área excedente para fins de constituiçãode servidão ambiental, cota de reserva ambientale outros instrumentos congêneres previstos nestalei.

Na verdade, a instituição de servidão ambientalnessa situação já é possível pela legislação atual.Note-se que, para a instituição da servidãoambiental, não deveria ser admitido o cômputodas APPs. A APP é uma limitação administrativa(compulsória). A servidão deve ocorrer apenasem relação a medidas protetivas voluntárias.

§ 3° O cômputo de que trata o caput aplica-se atodas as modalidades de cumprimento daReserva Legal, abrangendo tanto a regeneração,recomposição e a compensação, em qualquer desuas modalidades.

Não há propriamente “modalidades” decumprimento da reserva legal.

Art. 16. Poderá ser instituída Reserva Legal emregime de condomínio ou coletiva entrepropriedades rurais, respeitado o percentualprevisto no art. 13 em relação a cada imóvel,mediante a aprovação do órgão competente doSisnama e as devidas averbações referentes atodos os imóveis envolvidos.

Art. 17. Poderá ser instituída Reserva Legal emregime de condomínio ou coletiva entrepropriedades rurais, respeitado o percentualprevisto no art. 13 em relação a cada imóvel,mediante a aprovação do órgão competente doSISNAMA.

Retira-se a necessidade de averbação da reservalegal. Considera-se que essa opção, mesmo coma instituição do cadastro ambiental, é umretrocesso do ponto de vista da eficácia docontrole ambiental. Com as informações namatrícula do imóvel no Registro de Imóveis, comoocorre agora, o controle tem mais rigidez. Apóia-se o princípio da concentração de dados namatrícula do imóvel.

Parágrafo único. No parcelamento de imóveisrurais, a área de Reserva Legal poderá seragrupada em regime de condomínio entre os

Parágrafo único. No parcelamento de imóveisrurais, a área de Reserva Legal poderá seragrupada em regime de condomínio entre os

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.27

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

adquirentes. adquirentes.Art. 17. Quando indicado pelo ZoneamentoEcológico-Econômico – ZEE estadual, realizadosegundo metodologia unificada, o Poder Públicofederal poderá:

Art. 14. Quando indicado pelo ZonearnentoEcológico-Econômico - ZEE estadual, realizadosegundo metodologia unificada, o Poder Públicofederal poderá:

Mesma redação.No art. 16, § 5º, da Lei 4.771/1965 exige-se oitivado Conama, do MMA e do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento.

I – reduzir, para fins exclusivamente deregularização ambiental, a Reserva Legal deimóveis situados em área de floresta localizadana Amazônia Legal para até cinquenta por centoda propriedade;

I - reduzir, exclusivamente para fins deregularização da área rural consolidada, aReserva Legal de imóveis situados em área defloresta localizada na Amazônia Legal para atécinqüenta por cento da propriedade, excluídas asáreas prioritárias para conservação dabiodiversidade, dos recursos hídricos e oscorredores ecológicos;

Substitui-se “regularização ambiental” por“regularização da área rural consolidada”.A exclusão das áreas prioritárias paraconservação da biodiversidade, dos recursoshídricos e os corredores ecológicos parecemedida positiva.

II – reduzir, para fins exclusivamente deregularização ambiental, a Reserva Legal deimóveis situados em área de cerrado naAmazônia Legal para até vinte por cento dapropriedade;

A supressão dessa possibilidade parece positivado ponto de vista da proteção ambiental.

III – ampliar as áreas de Reserva Legal em atécinquenta por cento dos percentuais previstosnesta Lei, nos imóveis situados fora da AmazôniaLegal.

II - ampliar as áreas de Reserva Legal em atécinqüenta por cento dos percentuais previstosnesta Lei, para cumprimento de metas nacionaisde proteção à biodiversidade ou de redução deemissão de gases de efeito estufa.

A explicitação dos objetivos da medida parececonsistente.Note-se que, nas áreas de floresta na Amazônia,não é possível a ampliação em 50%.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisosI e II do caput, o proprietário ou possuidor deimóvel rural que mantiver Reserva Legalconservada e averbada em área superior aospercentuais exigidos nos referidos incisos, poderáinstituir servidão ambiental sobre a áreaexcedente, nos termos do art. 9º-A da Lei 6.938,de 31 de agosto de 1981.

Parágrafo único. No caso previsto no inciso I docaput, o proprietário ou possuidor de imóvel ruralque mantiver Reserva Legal conservada eaverbada em área superior aos percentuaisexigidos nos referidos incisos, poderá instituirservidão ambiental sobre a área excedente, nostermos da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Como o possuidor fará a averbação?Neste caso, não deveria ser admitido o cômputodas APPs. A APP é uma limitação administrativa(compulsória). A servidão deve ocorrer apenasem relação a medidas protetivas voluntárias.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.28

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

SEÇÃO 2DO REGIME DE PROTEÇÃO DA RESERVA

LEGAL

SEÇÃO 2DO REGIME DE PROTEÇÃO DA RESERVA

LEGALArt.18. A Reserva Legal deve ser conservadacom cobertura de vegetação nativa peloproprietário do imóvel rural, possuidor ouocupante a qualquer título, pessoa física oujurídica, de direito público ou privado.

Art. 18. A Reserva Legal deve ser conservadacom cobertura de vegetação nativa peloproprietário do imóvel rural, possuidor ouocupante a qualquer título, pessoa física oujurídica, de direito público ou privado.

Mesma redação.

Parágrafo único. Admite-se a exploraçãoeconômica da Reserva Legal mediante plano demanejo florestal sustentável, previamenteaprovado pelo órgão competente do Sisnama.

§ 1°. Admite-se a exploração econômica daReserva Legal mediante plano de manejosustentável, previamente aprovado pelo órgãocompetente do SISNAMA.

Mesma redação.

§ 2°. Para fins de manejo de reserva legal napequena propriedade ou posse rural familiar, osórgãos integrantes do SISNAMA deverãoestabelecer procedimentos simplificados deelaboração, análise e aprovação de tais planos demanejo.

Acresce-se dispositivo prevendo procedimentossimplificados para a pequena propriedade ouposse rural familiar. Essa regra poderia serestabelecida no capítulo sobre exploraçãoflorestal. Ela não se restringe às áreas de reservalegal.Note-se que não se usa o termo “manejoflorestal”, mas simplesmente “manejo”, que podeser simplesmente “manejo agrícola”.

Art. 19. A área de Reserva Legal deve seraverbada na matrícula do imóvel no Registro deImóveis competente, com indicação de suascoordenadas georreferenciadas ou memorialdescritivo contendo pelo menos um ponto deamarração georreferenciado, sendo vedada aalteração de sua destinação nos casos detransmissão a qualquer título, desmembramentoou retificação da área.

Art. 19. A área de Reserva Legal deverá serregistrada junto ao órgão ambiental competentepor meio de inscrição no Cadastro AmbientalRural de que trata o art. 30, sendo vedada aalteração de sua destinação, nos casos detransmissão, a qualquer título, ou dedesmembramento, com as exceções previstasneste Código

Substitui-se a averbação da reserva legal pelainscrição no cadastro ambiental.Considera-se que essa opção, mesmo com ainstituição do cadastro ambiental, é um retrocessodo ponto de vista da eficácia do controleambiental. Com as informações na matrícula doimóvel no Registro de Imóveis, como ocorreagora, o controle tem mais rigidez. Apóia-se oprincípio da concentração de dados na matrículado imóvel.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.29

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§ 1º No caso de desmembramento do imóvelrural, para a observância do disposto no caput, aárea de Reserva Legal original será averbada namatrícula de todos os imóveis resultantes.

Ver comentários ao caput.

§ 1° A inscrição da reserva legal no CadastroAmbiental Rural será feita mediante aapresentação de planta e memorial descritivo,contendo a indicação das coordenadasgeográficas com pelo menos um ponto deamarração na forma do regulamento.

Ver comentários ao caput.

§ 2°. Para as propriedades a que se refere oinciso IX do art. 3°, o proprietário ou possuidorapresentará croqui identificando a área deReserva Legal, cabendo aos órgãos competentesintegrantes do SISNAMA realizar a captação dasrespectivas coordenadas geográficas

Não parece haver problema no mérito.

§ 2º Na posse, a área de Reserva Legal éassegurada por termo de compromisso firmadopelo possuidor com o órgão competente doSisnama, com força de título executivoextrajudicial e que explicite, no mínimo, alocalização da área de Reserva Legal, suascaracterísticas ecológicas e as obrigaçõesassumidas pelo possuidor por força do previstonesta Lei e em regulamento.

§ 3° Na posse, a área de Reserva Legal éassegurada por termo de compromisso firmadopelo possuidor com o órgão competente doSISNAMA, com força de título executivoextrajudicial e que explicite, no mínimo, alocalização da área de Reserva Legal e asobrigações assumidas pelo possuidor por forçado previsto nesta Lei e em regulamento.

O conteúdo parece inconsistente com asalterações propostas quanto ao cadastroambiental. Se não vai haver mais averbação dereserva legal, esse termo de compromissodeveria valer para todas as situações controladaspelo cadastro ambiental.

§ 3º A transferência da posse implica nasubrogação das obrigações assumidas no termode compromisso do § 2º.

§ 4° A transferência da posse implica nasubrogação das obrigações assumidas no termode compromisso do § 3°.

Mesmo conteúdo.

§ 4º A inserção do imóvel rural em perímetrourbano definido mediante lei municipal nãodesobriga o proprietário ou posseiro da

Ari. 20. A inserção do imóvel rural em perímetrourbano definido mediante lei municipal nãodesobriga o proprietário ou posseiro da

Suprime-se a referência a averbação, pordecorrência do conteúdo do artigo anterior.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.30

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

manutenção da área de Reserva Legal, que sóserá desaverbada concomitantemente ao registrodo parcelamento do solo para fins urbanosaprovado segundo a legislação específica econsoante as diretrizes do plano diretor de quetrata o art. 182, § 1º, da Constituição Federal.

manutenção da área de Reserva Legal, que sóserá extinta concomitantemente ao registro doparcelamento do solo para fins urbanos aprovadosegundo a legislação específica e consoante asdiretrizes do plano diretor de que trata o art. 182,§ 1°, da Constituição Federal.

§ 5º O proprietário ou possuidor de imóvel ruralterá prazo de cento e vinte dias para averbar alocalização, compensação ou desoneração daReserva Legal, contados da emissão dosdocumentos por parte do órgão competente doSisnama ou instituição habilitada.§ 6º No prazo a que se refere o § 5º, aoproprietário ou possuidor rural não poderá serimputada sanção administrativa, inclusiverestrição a direitos, em razão da não averbaçãoda área de Reserva Legal.

Art. 21. Para a utilização da vegetação florestalda Reserva Legal, serão adotadas, nos termos doregulamento, práticas de exploração seletiva queatendam ao manejo sustentável nas seguintesmodalidades:

Opta-se por incluir na lei as regras sobre omanejo sustentável na reserva legal. A dúvida ése essas regras não seriam mais adequadas parao regulamento da lei.Usa-se aqui o termo “manejo sustentável” aoinvés de “manejo florestal sustentável”, o que temseveras implicações. Uma delas é que o manejoflorestal sustentável é plenamenteregulamentado. Além disso, criam-se novasformas de manejo, sem regras definidasplenamente.

I - manejo sustentável da Reserva Legal sempropósito comercial, para consumo, naspropriedades a que se refere o inciso IX do art.

Idem comentário anterior.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.31

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

30; eII - manejo sustentável da Reserva Legal paraexploração florestal com propósito comercial.

Idem comentário anterior.

Art. 23. A coleta de subprodutos florestais não-madeireiros, tais como frutos, cipós, folhas esementes, deve observar:

Idem comentário anterior.

I - os períodos de coleta e volumes fixados emregulamentos específicos, quando houver;

Idem comentário anterior.

II - a época de maturação dos frutos e sementes; Idem comentário anterior.III - técnicas que não coloquem em risco asobrevivência de indivíduos e da espécie coletadano caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos,resinas, cipós, bulbos, bambus e raízes.

Idem comentário anterior.

Art. 24. O manejo florestal sustentável davegetação da Reserva Legal com propósitocomercial, depende de autorização do órgãocompetente e deverá atender as seguintesdiretrizes e orientações, sem prejuízo daquelasestabelecidas no regulamento:

A dúvida é se essas regras não seriam maisadequadas para o regulamento da lei.No que essas regras diferem do manejosustentável fora da reserva legal?Vide comentários ao art. 21, caput.

I - não descaracterizar a cobertura vegetal e nãoprejudicar a conservação da vegetação nativa daárea;

Idem comentário anterior.

II - assegurar a manutenção da diversidade dasespécies;

Idem comentário anterior.

III - na condução do manejo de espécies exóticasdeverão ser adotadas medidas que favoreçam aregeneração de espécies nativas.

Idem comentário anterior.

Art. 25. Nas propriedades a que se refere o incisoIX do art. 3º, o manejo florestal sustentável daReserva Legal com propósito comercial dependede autorização do órgão ambiental competente,

A dúvida é se essas regras não seriam maisadequadas para o regulamento da lei.No que essas regras diferem do manejosustentável fora da reserva legal?

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.32

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

devendo o interessado apresentar as seguintesinformações:

Vide comentários ao art. 21, caput.

I - dados do proprietário ou possuidor; Idem comentário anterior.II - dados da propriedade ou posse, incluindocópia da matrícula do imóvel no Registro Geral deImóveis, ou comprovante de posse;

Idem comentário anterior.

III - croqui da área com indicação da área a serobjeto do manejo seletivo, estimativa do volumede produtos e subprodutos florestais a seremobtidos com o manejo seletivo, indicação da suadestinação e cronograma de execução previsto.

Idem comentário anterior.

Art. 26. Nas demais propriedades, nãomencionadas no art. 25, a autorização do órgãoambiental competente será precedida daapresentação e aprovação do Plano de ManejoSustentável-PMS, na forma do regulamento.

Idem comentário anterior.

CAPÍTULO VDA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO

ALTERNATIVO DO SOLO

CAPÍTULO VDA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO

ALTERNATIVO DO SOLOArt. 20. A supressão de vegetação nativa parauso alternativo do solo somente será permitidamediante autorização expedida pelo órgãocompetente do Sisnama.

Art. 27. A supressão de vegetação nativa parauso alternativo do solo, tanto de domínio públicocomo de domínio privado, dependerá docadastramento do imóvel no Cadastro AmbientalRural de que trata o art. 30 e da prévia aprovaçãopelo órgão estadual competente do SISNAMA.

O cadastro ambiental do imóvel passa a serrequisito para as autorizações de supressão devegetação, o que parece positivo em termos deproteção ambiental.

§ 1º Compete ao órgão ambiental federal doSisnama aprovar a supressão prevista no caputem:

§ 1º Compete ao órgão federal de meio ambientea aprovação de que trata o caput deste artigo:

Substitui-se “aprovar a supressão” por “aaprovação”.Corresponde parcialmente ao art. 19 da Lei4.771/1965. Note-se que a lei deveria especificaras competências dos órgãos ambientais nãoapenas quanto à autorização tendo em vista o

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.33

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

uso alternativo do solo.I – florestas públicas federais, terras devolutasfederais ou unidades de conservação instituídaspela União, exceto em Áreas de ProteçãoAmbiental – APA; e

I - nas florestas públicas de domínio da União; Como fica a atribuição relativa à exploraçãoflorestal nessas áreas?Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

II - nas unidades de conservação criadas pelaUnião;

Como fica a atribuição relativa à exploraçãoflorestal nessas áreas?Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

II – atividades ou empreendimentosambientalmente licenciados ou autorizados pelaUnião.

Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

III - nos empreendimentos potencialmentecausadores de impacto ambiental nacional ouregional.

Note-se que, hoje, quem define os casos nessasituação é o Conama.Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

§ 2º Compete ao órgão ambiental municipal doSisnama aprovar a supressão prevista no caputem:

§ 2º Compete ao órgão ambiental municipal aaprovação de que trata o caput deste artigo:

Substitui-se “aprovar a supressão” por “aaprovação”.Corresponde parcialmente ao art. 19 da Lei4.771/1965. Note-se que a lei deveria especificaras competências dos órgãos ambientais nãoapenas quanto à autorização tendo em vista ouso alternativo do solo.

I – florestas públicas municipais ou unidades deconservação instituídas pelo município, excetoem APA; e

I - nas florestas públicas de domínio do Município; Como fica a atribuição relativa à exploraçãoflorestal nessas áreas?Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

II - nas unidades de conservação criadas peloMunicípio;

Como fica a atribuição relativa à exploraçãoflorestal nessas áreas?Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.34

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

II – atividades ou empreendimentosambientalmente licenciados ou autorizados pelomunicípio.

Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

III - nos casos que lhe forem delegados porconvênio ou outro instrumento admissível,ouvidos, quando couber, os órgãos competentesda União, dos Estados e do Distrito Federal.

Em princípio, impõe-se compatibilizar com oconteúdo negociado no PLP 12/2003.

§ 3º No caso de reposição florestal, deverão serpriorizados projetos que contemplem a utilizaçãode espécies nativas.

O conteúdo desse dispositivo, que vem da leiatual, deve ser relocado para a parte do textorelativa à reposição florestal.

§ 3º O requerimento de autorização de supressãode que trata o caput conterá, no mínimo,informações sobre:

§ 4° O requerimento de autorização de supressãode que trata o caput conterá, no mínimo,informações sobre:

Mesma redação.

I – a localização georreferenciada do imóvel, dasÁreas de Preservação Permanente e da ReservaLegal e das áreas de Uso Restrito;

I - a localização do imóvel, das Áreas dePreservação Permanente e da Reserva Legal edas áreas de Uso Restrito por coordenadageográfica, com pelo menos um ponto deamarração do perímetro do imóvel nos termos doregulamento;

Com apenas um ponto de amarração, impõe-sememorial descritivo.

II – a reposição ou compensação florestal,quando couber;

II - a reposição ou compensação florestal, quandocouber;

Mesma redação.

III – a utilização efetiva e sustentável das áreas jáconvertidas;

III - a utilização efetiva e sustentável das áreas jáconvertidas;

Mesma redação.

IV – o uso alternativo da área a ser desmatada. IV - o uso alternativo da área a ser desmatada. Mesma redação.§ 4º Nas áreas passíveis de uso alternativo dosolo, a supressão de vegetação que abrigueespécie da flora ou da fauna ameaçada deextinção, segundo lista oficial publicada pelosórgãos federal ou estadual ou municipal doSisnama, ou espécies migratórias, dependerá daadoção de medidas compensatórias e

Art. 28. Nas áreas passíveis de uso alternativo dosolo, a supressão de vegetação que abrigueespécie da flora ou da fauna ameaçada deextinção, segundo lista oficial publicada pelosórgãos federal ou estadual ou municipal doSISNAMA, ou espécies migratórias, dependeráda adoção de medidas compensatórias e

Mesmo conteúdo.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.35

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

mitigadoras que assegurem a conservação daespécie, sem prejuízo do disposto no art. 46.

mitigadoras que assegurem a conservação daespécie.

Art. 21. Não é permitida a conversão devegetação nativa para uso alternativo do solo noimóvel rural que possuir área abandonada.

Art. 29. Não é permitida a conversão devegetação nativa para uso alternativo do solo noimóvel rural que possuir área abandonada.

Mesma redação.O art. 37-A, caput, da Lei 4.771/1965 dispõe que“não é permitida a conversão de florestas ououtra forma de vegetação nativa para usoalternativo do solo na propriedade rural quepossui área desmatada, quando for verificado quea referida área encontra-se abandonada,subutilizada ou utilizada de forma inadequada,segundo a vocação e capacidade de suporte dosolo”. Vê-se assim, que ambos os textosrestringem a aplicação da medida às áreasabandonadas.

Art. 22. Fica vedada, em área com formaçãoflorestal primária ou secundária em estágioavançado de regeneração, a implantação deprojetos de assentamento humano ou decolonização para fim de reforma agrária,permitidos os empreendimentos agroextrativistas.

A supressão desse artigo na nova versão reduz origor ambiental do texto.

CAPÍTULO VIDA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

SEÇÃO 1DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO VIDA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

SEÇÃO 1DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 23. Programas de Regularização Ambiental –PRA elaborados pela União, pelos estados oupelo Distrito Federal disporão sobre a adequaçãodos imóveis rurais à presente Lei.

Art. 33. A União, os Estados e o Distrito Federaldeverão implantar programas de regularizaçãoambiental de posses e propriedades rurais com oobjetivo de adequar as áreas rurais consolidadasaos termos desta lei.

Como serão resolvidos eventuais conflitos entreos programas federais e estaduais? Essa questãopermanece não resolvida no novo texto.Os programas de regularização implicarãoajustamento de conduta ou consolidação deocupações irregulares? Qual é o grau deflexibilização das normas em vigor associado a

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.36

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

esses programas?Os dois textos apresentam problemas quanto aesse tema.

Art. 33, § 1° As condições dos programas serãodefinidas em regulamento, sendo a inscrição doimóvel rural no CAR obrigatória para a adesão aeles.

Delegam-se as questões acima colocadas adecreto do Presidente da República. O únicoponto claro é a obrigatoriedade decadastramento. Parece pouco para umaferramenta da relevância dos programas deregularização ambiental.

§ 1º Somente poderão fazer uso dos benefíciosprevistos nos Programas de RegularizaçãoAmbiental a que se refere o caput os imóveis quetiveram a vegetação nativa suprimidairregularmente antes de 22 de julho de 2008.

Essa data permanece adotada (ela integra oconceito de área consolidada), mas a redaçãooriginal era mais clara sobre os limites temporaisdos programas. De toda forma, cabe dizer, maisuma vez, que a data de entrada em vigor doprimeiro decreto da LCA (31 de setembro de1999) seria mais indicada do que a do segundodecreto da LCA (22 de julho de 2008). Em 1999,já havia um conjunto consistente de infraçõespenais e administrativas em vigor na áreaambiental.

§ 2º Os Programas de Regularização Ambiental –PRA deverão ser promulgados em até cinco anosda publicação desta Lei.

A supressão do dispositivo parece correta. Aredação anterior previa um prazo dilatado demaispara esses programas.

§ 3º O ato de adesão aos Programas deRegularização Ambiental – PRA dar-se-á pelaassinatura do Termo de Adesão e Compromisso,elaborado pelo órgão competente do Sisnama.

Art. 33, § 3°. Com base no requerimento deadesão ao programa de regularização ambiental,o órgão competente integrante do SISNAMAconvocará o proprietário ou possuidor paraassinar Termo de Adesão e Compromisso, queconstituirá título executivo extrajudicial.

A previsão da eficácia de título executivoextrajudicial é medida positiva.O texto não esclarece a conexão entre ocadastramento, os programas de regularização eo conteúdo do termo de adesão e compromisso.Até que ponto esse termo consolidará adegradação e em que medida será exigidoajustamento de conduta? Impõe-se

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.37

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

aperfeiçoamento do conteúdo em relação a essetópico.

§ 4º O proprietário ou possuidor rural terá o prazode até cento e oitenta dias contados da data depromulgação do PRA para firmar o Termo deAdesão e Compromisso.

Art. 33, § 2° A adesão do interessado aoprograma deverá ocorrer no prazo de um ano,prorrogável por ato do Poder Executivo contadoda implementação do CAR.

Passa-se a usar como referência aimplementação do cadastro. Em princípio, aalteração é positiva.

§ 5º O Termo de Adesão e Compromisso édocumento hábil para a averbação da área deReserva Legal junto ao cartório de registro deimóveis.

A opção anterior de manter-se a averbação dareserva legal parece mais indicada do que a novasistemática criada, que concentra as informaçõesno cadastro ambiental.

§ 6º Decorridos cinco anos a contar da data depublicação desta Lei sem que o Poder Públicotenha promulgado o PRA, o proprietário oupossuidor rural terá até cento e oitenta dias paraentregar ao órgão competente do Sisnama adocumentação necessária à regularização dapropriedade ou posse, nos critérios e limitesestabelecidos nesta Lei.

A supressão desse dispositivo foi medida correta.Na prática, o texto anterior assegurava acontinuidade de situações irregulares do ponto devista da legislação ambiental, algumas delastipificadas como crime pela LCA, por pelo menoscinco anos e meio.

Art. 24. Até que o Programa de RegularizaçãoAmbiental – PRA seja promulgado, e respeitadosos termos de compromisso ou de ajustamento deconduta eventualmente assinados, ficaassegurada a manutenção das atividadesagropecuárias e florestais em áreas ruraisconsolidadas, localizadas em Áreas dePreservação Permanente e de Reserva Legal,como também nas Áreas de Uso Restrito a quese referem os arts. 10, 11 e 12, vedada aexpansão da área ocupada e desde que:

A supressão do dispositivo foi medida correta.Vale o comentário feito ao art. 23, § 6º, do textoda comissão especial (comentário anterior).

I – a supressão irregular da vegetação nativatenha ocorrido antes de 22 de julho de 2008;

Ver comentário anterior.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.38

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

II – assegure-se a adoção de práticas quegarantam a conservação do solo, dabiodiversidade e da qualidade dos recursoshídricos; e

Ver comentário anterior.

III – o proprietário ou possuidor de imóvel ruralinscreva-se em cadastro ambiental no órgãoestadual do Sisnama.

Art. 30. Fica criado o Cadastro Ambiental Rural -CAR, no âmbito do Sistema Nacional deInformações de Meio Ambiente - SJNTMA,registro público eletrônico de âmbito nacional,obrigatório para todos os imóveis rurais, com afinalidade de integrar as informações ambientaisdas propriedades e posses rurais, compondobase de dados para controle, monitoramento,planejamento ambiental e econômico, combateao desmatamento, além de outras funçõesprevistas no regulamento.

O novo texto centra as disposições sobre aregularização ambiental no cadastro ambientalrural.Restam lacunas, todavia, sobre a conexão entre ocadastramento, os programas de regularização eos termos de compromisso. Até que ponto aregularização poderá abarcar consolidação deocupações em desacordo com a lei?

§ 1º Para a inscrição no cadastro ambiental seráexigido:

Art. 30, § 1° A inscrição do imóvel rural no CARdeverá ser feita junto ao órgão ambientalmunicipal, estadual ou federal, que, nos termosdo regulamento, exigirá do possuidor ouproprietário:

Cabe levantar dúvidas sobre os problemaspráticos advindos da possibilidade de essainscrição ocorrer em órgãos das três esferas degoverno.

I – identificação do proprietário ou possuidor rural; I - identificação do proprietário ou possuidor rural; Mesma redação.II – comprovação da propriedade ou posse; II - comprovação da propriedade ou posse; Mesma redação.III – identificação do imóvel por meio de planta ememorial descritivo, subscrito por profissionalhabilitado e com a devida Anotação deResponsabilidade Técnica – ART, contendo aindicação das coordenadas geográficas oumemorial descritivo com pelo menos um ponto deamarração georreferenciado:

III - identificação do imóvel por meio de planta ememorial descritivo, contendo a indicação dascoordenadas geográficas com pelo menos umponto de amarração do perímetro do imóvel,informando a localização dos remanescentes devegetação nativa, das áreas de preservaçãopermanente, das áreas consolidadas e, casoexistente, também da localização da reservalegal.

A versão da comissão especial demandava,também, a identificação das áreas de uso restrito.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.39

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

a) do perímetro do imóvel; Ver item anterior.b) da localização de remanescentes de vegetaçãonativa;

Ver item anterior.

c) da localização da Reserva Legal, das Áreas dePreservação Permanente, das Áreas de UsoRestrito; e

Ver item anterior.

d) da localização das áreas consolidadas. Ver item anterior.§ 2º O proprietário ou possuidor rural que não seinscrever no cadastro ambiental será advertido afazê-lo no prazo de cento e oitenta dias, após oqual perderá o direito de aderir ao Programa deRegularização Ambiental e estará sujeito àssanções previstas em Lei.

Art. 30, § 2º A implementação do CAR deveráocorrer no prazo máximo de 90 (noventa) diascontados da publicação desta lei, devendo ainscrição dos imóveis ocorrer no prazo definidopelo regulamento.

O que ocorrerá se esse tempo não for suficientepara a articulação das três esferas de governotendo em vista a implementação do CAR? Note-se que disposições importantes do texto propostodemandam que esse cadastro funcione acontento. Ele está substituindo o próprio controlevia registro de imóveis.

Art. 31. A inscrição no CAR das propriedades aque se refere o inciso IX do art. 3º observaráprocedimento simplificado no qual seráobrigatória apenas a apresentação dosdocumentos mencionados nos incisos I e II do §1° do art. 30, e croqui indicando o perímetro doimóvel, as áreas de preservação permanente e osremanescentes que formam a Reserva Legal.

O dispositivo, em princípio, não apresentaproblemas.

Parágrafo único. O levantamento das informaçõesrelativas à identificação do imóvel e dalocalização da reserva legal será processado peloórgão ambiental competente ou instituiçãohabilitada.

Qual é o órgão ambiental competente? O que seintenta dizer com “instituição habilitada”?

Art. 32. Nos casos em que a Reserva Legal játenha sido averbada junto à matrícula do imóvel eque essa averbação identifique o perímetro e alocalização da reserva, o proprietário não será

Mantêm-se, assim, as averbações já existentes.Em princípio parece problemática a opção decumular dois regimes – a averbação e acentralização das informações no cadastro

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.40

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

obrigado a fornecer ao órgão ambiental asinformações relativas à Reserva Legal previstasno inciso III, do §1° do art. 32.

ambiental.Há problema de remissão.

Parágrafo único. Para que o proprietário sedesobrigue nos termos do caput, deveráapresentar ao órgão ambiental competente acertidão de registro de imóveis onde conste aaverbação da Reserva Legal ou TAC já firmadonos casos de posse

O dispositivo não apresenta problemas.

§ 3º A partir da data da inscrição no cadastroambiental previsto no inciso III do caput, oproprietário ou possuidor não poderá ser autuadopor infrações cometidas antes de 22 de julho de2008 na respectiva propriedade ou posse,referentes a supressão irregular de vegetaçãonativa em Áreas de Preservação Permanente,áreas de Reserva Legal ou em áreas deinclinação entre 25º (vinte e cinco graus) e 45º(quarenta e cinco graus).

Art. 33, § 4°. Durante o prazo a que se refere o §2° e enquanto estiver sendo cumprindo o Termode Adesão e Compromisso, o proprietário oupossuidor não poderá ser autuado e serãosuspensas as sanções decorrentes de infraçõescometidas antes de 22 de julho de 2008, relativasà supressão irregular de vegetação em áreas dereserva legal, áreas de preservação permanentee áreas de uso restrito, nos termos doregulamento.

Na verdade, as autuações em regra dirão respeitoà Lei de Crimes Ambientais (LCA) e seuregulamento, e não à Lei 4.771/1965. Seriarecomendada a participação do Ministério Públicona pactuação desses termos. O MP detém aprerrogativa da promoção das ações penaispúblicas, nos termos do art. 129 da ConstituiçãoFederal.

§ 4º A partir da data da inscrição no cadastroambiental previsto no inciso III do caput, ficamsuspensas a cobrança das multas decorrentes deinfrações cometidas antes de 22 de julho de 2008na respectiva propriedade ou posse, referentes asupressão irregular de vegetação nativa emÁreas de Preservação Permanente, áreas deReserva Legal ou em áreas de inclinação entre25º (vinte e cinco graus) e 45º (quarenta e cincograus).

A opção foi reunir as disposições nesse sentidono art. 33, § 4º. Ver anotações acima.

§ 5º A partir da inscrição no cadastro ambiental eaté o prazo estabelecido no § 4º do art. 23, não

A opção foi reunir as disposições nesse sentidono art. 33, § 4º. Ver anotações acima.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.41

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

poderá ser imputada aos proprietários oupossuidores rurais sanção administrativa,inclusive restrição a direitos, em razão da nãoaverbação da área de Reserva Legal.§ 6º O Programa de Regularização Ambientalestabelecerá prazo limite aos proprietários oupossuidores rurais que firmarem Termo deAdesão e Compromisso para a averbação daReserva Legal.

A opção anterior de manter-se a averbação dareserva legal parece mais indicada do que a novasistemática criada, que concentra as informaçõesno cadastro ambiental.

§ 7º Cumpridas integralmente as obrigaçõesestabelecidas no Programa de RegularizaçãoAmbiental ou no termo de compromisso, nosprazos e condições neles estabelecidos, asmultas, referidas no § 3º, serão consideradascomo convertidas em serviços de preservação,melhoria e recuperação da qualidade do meioambiente.

Art. 33, § 5° Cumpridas as obrigaçõesestabelecidas no Programa de RegularizaçãoAmbiental ou no termo de compromisso para aregularização ambiental das exigências desta lei,nos prazos e condições neles estabelecidos, asmultas, referidas neste artigo, serão consideradascomo convertidas em serviços de preservação,melhoria e recuperação da qualidade do meioambiente, legitimando as áreas queremanesceram ocupadas com atividadesagrossivopastoris, regularizando seu uso cornoárea rural consolidada para todos os fins.

Como o conteúdo do programa de regularizaçãoambiental está vago no texto proposto, odispositivo torna-se problemático.Note-se que a parte final reforça a permanênciadas ocupações irregulares consolidadas.

Art. 34. A assinatura de Termo de Adesão eCompromisso para regularização do imóvel ouposse rural junto ao órgão ambiental competente,mencionado no art. 33, suspenderá a punibilidadedos crimes previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lein° 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, enquantoeste estiver sendo cumprido,

Acredita-se que o conteúdo desse dispositivoreforça a relevância da participação do MP napactuação desses termos, sem o que poderão tersua validade jurídica questionada.

§ 8º Os prazos de prescrição e a decadência nãocorrem durante o período de suspensão dasmultas.

Art. 34, § 1° A prescrição ficará interrompidadurante o período de suspensão da pretensãopunitiva.

Acredita-se que o conteúdo desse dispositivoreforça a relevância da participação do MP napactuação dos termos, sem o que poderão ter

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.42

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

sua validade jurídica questionada.Art. 34, § 2° Extingue-se a punibilidade com aefetiva regularização prevista nesta lei.

Acredita-se que o conteúdo desse dispositivoreforça a relevância da participação do MP napactuação dos termos, sem o que poderão tersua validade jurídica questionada.

§ 9º O disposto no § 2º não impede a aplicaçãodas sanções administrativas de apreensão eembargo nas hipóteses previstas na legislação.

Esse dispositivo do texto da comissão deveria sermantido.

§ 10. O cadastramento previsto no inciso III docaput não elimina a necessidade de cumprimentodo disposto no art. 2º da Lei nº 10.267, de 28 deagosto de 2001.

Art. 30, § 3º O cadastramento não seráconsiderado título para fins de reconhecimento dodireito de propriedade ou posse, tampoucoelimina a necessidade de cumprimento dodisposto no art. 2° da Lei n°10.267, de 28 deagosto de 2001.

O novo dispositivo não parece apresentarproblemas.O dispositivo citado da Lei 10.267/2001 trata dogeorreferenciamento dos imóveis rurais.

§ 11. Após a adesão ao Programa deRegularização Ambiental, o proprietário oupossuidor poderá proceder à retificação daaverbação da Reserva Legal.

A opção anterior de manter-se a averbação dareserva legal parece mais indicada do que a novasistemática criada, que concentra as informaçõesno cadastro ambiental.

§ 12. A adesão ao Programa de RegularizaçãoAmbiental substitui, naquilo que for com eleincompatível, termo de compromisso firmado como Poder Público anteriormente, ressalvadas asobrigações já cumpridas.

A supressão do parágrafo era indicada. A lei nãopode prejudicar o ato jurídico perfeito formalizado,por exemplo, perante o Ministério Público.

SEÇÃO 2DA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA

DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

SEÇÃO 2DA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA

DE PRESERVAÇÃO PERMANENTEArt. 25. Os Programas de RegularizaçãoAmbiental deverão prever a recuperação dasÁreas de Preservação Permanente,considerando:

A opção no novo texto foi eliminar diretrizes paraa regularização e delegar esse tipo de normapara decreto do Presidente da República. Comotoda delegação, poderá gerar problemas.De toda forma, deve ficar claro que o texto da

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.43

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

comissão especial sobre regularização ambientalem APPs era flexível demais.Considera-se que a lei não deve flexibilizar asnormas sobre APP, especialmente medianteprogramas cujos limites e sistemas de controlepelo Poder Público não estão bem especificados.Cabe lembrar que atualmente já há abertura parasupressão de vegetação em APP nos casos deutilidade pública e interesse social, medianteprocedimento administrativo próprio. Ver art. 4º daLei 4.771/1965. Hoje há possibilidade, também,de manutenção de determinados tipos deocupação em APPs via processo deregularização. É o caso da regularização defavelas e outros assentamentos urbanos reguladapela Lei 11.977/209.

I – as conclusões e determinações doZoneamento Ecológico-Econômico, dos Planosde Recursos Hídricos, ou os resultados dosinventários florestais e de estudos técnicos oucientíficos realizados por órgãos oficiais depesquisa;

Ver acima.

II – a necessidade de revitalização dos corposd’água;

Ver acima.

III – aspectos distintivos da bacia hidrográficapara conservação da biodiversidade e decorredores ecológicos;

Ver acima.

IV – o histórico de ocupação e uso do solo, nabacia hidrográfica;

Ver acima.

V – a ameaça à estabilidade das encostas; Ver acima.VI – as necessidades e as opções disponíveis às Ver acima.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.44

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

populações ribeirinhas;VII – as determinações a respeito das espéciesvegetais a serem introduzidas quando for técnicae ecologicamente inviável a utilização dasespécies nativas;

Ver acima.

VIII – o uso do solo e as técnicas de exploraçãoagropecuária na área da bacia hidrográfica;

Ver acima.

IX – a lista oficial de espécies ameaçadas deextinção e as migratórias;

Ver acima.

X – as necessidades de abastecimento público deágua.

Ver acima.

§ 1º Fundamentado nos levantamentos e estudossocioambientais e econômicos previstos nosincisos I a X do caput, o Programa deRegularização Ambiental poderá regularizar asatividades em área rural consolidada nas Áreasde Preservação Permanente, vedada a expansãoda área ocupada e desde que adotadas asmedidas mitigadoras recomendadas, semprejuízo da compensação prevista no § 2º.

Ver acima.

§ 2º O Programa de Regularização Ambientaldefinirá formas de compensação pelosproprietários ou possuidores rurais nos casos emque forem mantidas as atividades nas áreasrurais consolidadas em Área de PreservaçãoPermanente.

Ver acima.

Art. 35. No caso de áreas rurais consolidadaslocalizadas em áreas de preservação permanentenas margens de cursos d’água de até dez metrosde largura, será admitida a manutenção dasatividades agrossilvopastoris desenvolvidas,

O novo dispositivo surge para atender asdemandas de APPs mais estreitas nos pequenoscursos d´água. O texto da comissão especialprevia APP mais estreita nessa situação. O novotexto elimina o dispositivo que tratava disso no

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.45

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

desde que: art. 4º, mas não admite a continuidade dasatividades de quem desmatou. Note-se que não éexpresso o limite temporal para a medida.

I - as faixas marginais sejam recompostas em, nomínimo, 15 (quinze) metros, contados da calha doleito regular; e

Ver acima.

II - sejam observados critérios técnicos deconservação do solo e água.

Não se pode esquecer que as APPsdesempenham funções relevantes também noque toda à conservação da biodiversidade. Oconteúdo do dispositivo apresenta problemas.

Art. 36. Na regularização fundiária de interessesocial dos assentamentos inseridos em áreaurbana consolidada e que ocupam áreas dePreservação Permanente, a regularizaçãoambiental será admitida por meio da aprovaçãodo projeto de regularização fundiária, na forma daLei 11.977, de 7 de julho de 2009.

Esse conteúdo parece desnecessário em face daprópria Lei 11.977/2009.

§ 1º O projeto de regularização fundiária deinteresse social deverá incluir estudo técnico quedemonstre a melhoria das condições ambientaisem relação à situação anterior com a adoção dasmedidas preconizadas no mesmo.

Idem anterior. A Lei 11.977/2009 já contémdispositivo com esse conteúdo.

§ 2° O estudo técnico mencionado no § 1° deveráconter no mínimo, os seguintes elementos:I - caracterização da situação ambiental da área aser regularizada;II - especificação dos sistemas de saneamentobásico;III - proposição de intervenções para a prevençãoe o controle de riscos geotécnicos e de

Idem anterior.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.46

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

inundações;IV - recuperação de áreas degradadas e daquelasnão passíveis de regularização;V - comprovação da melhoria das condições desustentabilidade urbano-ambiental, consideradoso uso adequado dos recursos hídricos, a nãoocupação das áreas e risco e a proteção dasunidades de conservação, quando for o caso;VI - comprovação da melhoria da habitabilidadedos moradores propiciada pela regularizaçãoproposta; eVII - garantia de acesso público às praias e aoscorpos d’água.Art. 37. Na regularização fundiária de interesseespecífico dos assentamentos inseridos em áreaurbana consolidada e que ocupam áreas dePreservação Permanente, não identificadas comoáreas de risco, a regularização ambiental seráadmitida por meio da aprovação do projeto deregularização fundiária, na forma da Lei 11.977,de 7 de julho de 2009.

Idem anterior.

§ 1° O processo de regularização ambiental, parafins de previa autorização pelo órgão ambientalcompetente, deverá ser instruído com osseguintes elementos:a) a caracterização físico-ambiental, social,cultural e econômica da área;b) a identificação dos recursos ambientais, dospassivos e fragilidades ambientais, restrições epotencialidades da área;c) especificação e avaliação dos sistemas de

Esse conteúdo deveria estar concentrado na Lei11.977/2009. Note-se que, no caso daregularização em zonas rurais, o texto delegatudo a regulamento.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.47

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

infra-estrutura urbana e de saneamento básicoimplantados, outros serviços e equipamentospúblicos;d) a identificação das unidades de conservação edas áreas de proteção de mananciais na área deinfluência direta da ocupação, sejam elas águassuperficiais ou subterrâneas;e) a especificação da ocupação consolidadaexistente na área;f) a identificação das áreas consideradas de riscode inundações e de movimentos de massarochosa, tais como, deslizamento, queda erolamento de blocos, corrida de lama e outrasdefinidas como de risco geotécnico;g) a indicação das faixas ou áreas em que devemser resguardadas as características típicas daAPP com a devida proposta de recuperação deáreas degradadas e daquelas não passíveis deregularização;h) a avaliação dos riscos ambientais;i) comprovação da melhoria das condições desustentabilidade urbano-ambiental e dehabitabilidade dos moradores a partir daregularização; ej) a demonstração de garantia de acesso livre egratuito pela população às praias e aos corpos deágua, quando couber.§ 2° Para fins da regularização ambiental previstano caput, ao longo dos rios ou de qualquer cursod’água, será mantida faixa não edificável comlargura mínima de 15 (quinze) metros de cadalado.

Na regularização de interesse específico, a Lei11.977/2009 prevê a observância da legislaçãoambiental, incluindo faixas de APPs.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.48

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§ 3º Em áreas urbanas tombadas comopatrimônio histórico e cultural, a faixa nãoedificável de que trata o § 2° poderá serredefinida de maneira a atender aos parâmetrosdo ato do tombamento.

Esse conteúdo deveria estar concentrado na Lei11.977/2009.

SEÇÃO 3DA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL EM

RESERVA LEGAL

SEÇÃO 3DA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL EM

RESERVA LEGALArt. 26. O proprietário ou possuidor de imóvelrural que tiver área de Reserva Legal emextensão inferior ao estabelecido no art. 13poderá regularizar sua situação,independentemente da adesão ao Programa deRegularização Ambiental, adotando as seguintesalternativas, isoladas ou conjuntamente:

Art. 38. O proprietário ou possuidor de imóvelrural com área de Reserva Legal em extensãoinferior ao estabelecido no art. 13 poderáregularizar sua situação, independentemente daadesão ao Programa de RegularizaçãoAmbiental, adotando as seguintes alternativas,isoladas ou conjuntamente:

Mesmo conteúdo.Note-se que essas regras são aplicáveisindependentemente dos programas deregularização ambiental. Não estão conectadasnem mesmo ao conceito de área ruralconsolidada e à data de 22 de julho de 2008.Dessa forma, há potencial aplicação a situaçõesfuturas de degradação, sem limite temporal, o queparece inaceitável. Ver arts. 44 e 44-C da Lei4.771/1965.

I – recompor a Reserva Legal; I - recompor a reserva legal; Mesma redação.O art. 44, I, da Lei 4.771/1965 fala em “recompora reserva legal de sua propriedade mediante oplantio, a cada três anos, de no mínimo 1/10 daárea total necessária à sua complementação,com espécies nativas, de acordo com critériosestabelecidos pelo órgão ambiental estadualcompetente”.

II – permitir a regeneração natural da vegetaçãona área de Reserva Legal;

II - permitir a regeneração natural da vegetaçãona área de Reserva Legal;

Mesma redação.O art. 44, II, da Lei 4.771/1965 fala em “conduzira regeneração natural da reserva legal”.

III – compensar a Reserva Legal. III - compensar Reserva Legal. Mesma redação.O art. 44, III, da Lei 4.771/1965 exige que a

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.49

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

compensação ocorra em área equivalente emimportância ecológica e extensão, pertencente aomesmo ecossistema e localizada na mesmamicrobacia, conforme critérios estabelecidos emregulamento.

§ 1° A obrigação prevista no caput tem naturezareal e é transmitida ao sucessor no caso detransferência de domínio ou posse do imóvelrural.

Note-se que, para tanto, deveria ser mantida aobrigação de averbação da reserva legal. Comocontrolar isso na prática via cadastro ambiental?

§ 1º A recomposição da Reserva Legal deveráatender aos critérios estipulados pelo órgãocompetente do Sisnama e ser concluído em prazoinferior a vinte anos, abrangendo, a cada doisanos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área totalnecessária à sua complementação.

§ 2° A recomposição de que trata o inciso I docaput deverá atender aos critérios estipuladospelo órgão competente do SISNAMA e serconcluído em até vinte anos, abrangendo, a cadadois anos, no mínimo 1/l0 (um décimo) da áreatotal necessária à sua complementação.

Mesmo conteúdo.Ver comentário ao inciso I do caput.

§ 2º A recomposição poderá ser realizadamediante o plantio intercalado de espéciesnativas e exóticas, em sistema agroflorestal, deacordo com critérios técnicos geraisestabelecidos em regulamento, observados osseguintes parâmetros:

§ 3° A recomposição de que trata o inciso I docaput poderá ser realizada mediante o plantiointercalado de espécies nativas e exóticas, emsistema agroflorestal, de acordo com critériostécnicos gerais estabelecidos em regulamento,observados os seguintes parâmetros:

Mesmo conteúdo.O art. 44, I, da Lei 4.771/1965 exige arecomposição com espécies nativas. No § 2º domesmo artigo da lei florestal, fica atualmenteestabelecido que a recomposição “pode serrealizada mediante o plantio temporário deespécies exóticas como pioneiras, visando arestauração do ecossistema original, de acordocom critérios técnicos gerais estabelecidos peloCONAMA”. Vê-se, assim, que o texto proposto,em ambas as versões, é bem mais permissivo doque a Lei 4.771/1965 no que toca ao plantio deexóticas, com efeitos negativos do ponto de vistada proteção ambiental.

I – o plantio de espécies exóticas deverá serintercalado com as espécies nativas de

I - o plantio de espécies exóticas deverá sercombinado com as espécies nativas de

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.50

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

ocorrência regional; ocorrência regional;II – a área recomposta com espécies exóticas nãopoderá exceder a cinquenta por cento da áreatotal a ser recuperada.

II - a área recomposta com espécies exóticas,não poderá exceder a cinqüenta por cento daárea total a ser recuperada.

Mesma redação.O parâmetro de cinquenta por cento parecedemasiadamente simplista. Mesmo que se venhaa admitir o plantio de exóticas, o percentualmáximo deveria variar de acordo com as espéciesda flora, o bioma etc. Sem as devidas cautelas, oplantio de exóticas pode desvirtuar totalmente areserva legal, com prejuízos ambientaissignificativos.

§ 3º Os proprietários ou possuidores do imóvelque optarem por recompor a Reserva Legal naforma do § 2º terão direito à sua exploraçãoeconômica.

§ 4° Os proprietários ou possuidores do imóvelque optarem por recompor a Reserva Legal naforma do § 2° e 3° terão direito à sua exploraçãoeconômica, nos termos desta lei.

Dispositivo desnecessário em ambos os casos. Areserva legal pode ter exploração econômica,desde que em regime de manejo sustentável.

§ 4º A regeneração de que trata o caput seráautorizada pelo órgão competente do Sisnamaquando sua viabilidade for comprovada por laudotécnico, podendo ser exigido o isolamento daárea.

O dispositivo foi suprimido, sem justificativa.

§ 5º A compensação de que trata o caput poderáser feita mediante:

§ 5° A compensação de que trata o inciso III docaput deverá ser precedida pela inscrição dapropriedade no CAR e poderá ser feita mediante:

Como nos dispositivos anteriores, concentra-se ocontrole no cadastro ambiental. Entende-se quedeveria ser mantida a averbação de reserva legal,inclusive para fins de controle da compensação.Apóia-se o princípio da concentração dos dadossobre o imóvel em sua matrícula.

I – aquisição de Cota de Reserva Ambiental –CRA;

I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental -CRA, nos termos de regulamento;

A Cota já é prevista há mais de 10 anos pela leiflorestal e ainda não foi regulamentada, Acredita-se que a remissão a regulamento acrescidanesse ponto deve ser eliminada.

II – arrendamento de área sob regime deServidão Ambiental ou Reserva Legal equivalente

II – arrendamento de área sob regime deServidão Ambiental ou Reserva Legal conforme

O art. 44, III, da Lei 4.771/1965 exige que acompensação ocorra em área equivalente em

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.51

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

em importância ecológica e extensão, no mesmobioma, conforme critérios estabelecidos emregulamento; ou

critérios estabelecidos em regulamento; ou importância ecológica e extensão, pertencente aomesmo ecossistema e localizada na mesmamicrobacia, conforme critérios estabelecidos emregulamento. Cabe perceber que a compensaçãoenvolvendo áreas de mais de um estado,viabilizada pelos dois textos, torna o controle peloPoder Público bastante complexo, já que emregra quem atua nesse sentido é o órgãoambiental estadual.

III – doação ao Poder Público de área localizadano interior de unidade de conservação do grupode proteção integral pendente de regularizaçãofundiária, ou contribuição para fundo público quetenha essa finalidade, respeitados os critériosestabelecidos em regulamento.

III - doação ao Poder Público de área localizadano interior de unidade de conservação de domíniopúblico pendente de regularização fundiária, oucontribuição para fundo público que tenha essafinalidade, respeitados os critérios estabelecidosem regulamento;

Troca-se “grupo de proteção integral” por“domínio público”, de forma a abranger unidadesde uso sustentável. Não parece haver problemanesse ajuste, já que a reserva legal admitemanejo sustentável.

V - a aquisição ou manutenção, de modo pessoale particular, de área equivalente, florestada, emregeneração ou recomposição de vegetaçãonativa, no mesmo bioma, da área excedente àreserva legal da mesma.

O ideal seria priorizar a adoção das Cotas, quesão controladas pelo Poder Público. Note-se quea reserva legal não vai ser mais averbada, o quedificultará o controle nesse sentido,especialmente quando mais de um Estado estiverenvolvido.

§ 6° As áreas a serem utilizadas paracompensação na forma do parágrafo 5° deverão:I - ser equivalentes em extensão à área dareserva legal a ser compensada;II - estar localizadas no mesmo bioma da área dereservar legal a ser compensada;III - se fora do Estado, estar localizadas em áreasidentificadas corno prioritárias pela União oupelos Estados.

Idem anterior.

§ 7° A definição de áreas prioritárias de que trata Idem anterior.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.52

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

o § 6° buscará favorecer, entre outros, arecuperação de bacias hidrográficasexcessivamente desmatadas, a criação decorredores ecológicos, a conservação de grandesáreas protegidas, a conservação ou recuperaçãode ecossistemas ou espécies ameaçados,§ 8º Quando se tratar de imóveis públicos, acompensação de que trata o inciso III do caputpoderá ser feita mediante concessão de direitoreal de uso ou a doação, por parte da pessoajurídica de direito público proprietária de imóvelrural que não detém reserva legal em extensãosuficiente, ao órgão público responsável pelaunidade de conservação, de área localizada nointerior de unidade de conservação de domíniopúblico a ser criada ou pendente de regularizaçãofundiária.

Em princípio, o novo dispositivo não apresentaproblemas.

Art. 27. Os Programas de RegularizaçãoAmbiental poderão indicar sítios de relevanteimportância ambiental para a localização de áreasde Reserva Legal em condomínio ou coletivas,como previsto no art. 16.Art. 28. As propriedades ou posses rurais comárea de Reserva Legal em percentuais inferioresaos estabelecidos no § 1º do art. 13 ficamobrigadas a recomposição ou compensação emrelação à área que exceder a quatro módulosfiscais no imóvel, desde que não implique emconversão de novas áreas para o uso alternativodo solo.

A supressão do dispositivo era indicada.Exigia-se recomposição ou compensaçãocomputando-se apenas a parcela dos imóveisrurais que excedesse a quatro módulos fiscais.Note-se que aqui não se está falando depequenas propriedades ou posses rurais.

Art. 39. No que tange à reserva legal, serão Procura-se assegurar o direito dos proprietários

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.53

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

respeitadas, sem necessidade de regeneração,recomposição ou compensação, as situações deáreas que se tenham consolidado naconformidade com a lei em vigor à época em queocorreu a supressão.

que observavam a lei. Em princípio, se a regra forcontrolada de forma rígida, não há problema comessa proposta.

Parágrafo único. Na forma do regulamento destalei, os proprietários ou possuidores de imóveisrurais poderão provar essas situaçõesconsolidadas por documentos tais como adescrição de fatos históricos de ocupação daregião, registros de comercialização, dadosagropecuários da atividade, contratos edocumentos bancários relativos à produção, e portodos os outros meios de prova em direitoadmitidos.

Os meios de prova nesse sentido necessitam serrestringidos. Descrição de fatos históricos deocupação da região não parece ser suficientepara uma norma importante como essa.

CAPÍTULO VIIDA EXPLORAÇÃO FLORESTAL

CAPÍTULO VIIDA EXPLORAÇÃO FLORESTAL

O conteúdo desse capítulo, em grande partebaseado em regulamento hoje existente (Decreto5.975/2006) e no PL de autoria do Dep. LeonardoMonteiro, não apresenta problemas de relevo,nas duas versões.

Art. 29. A exploração de florestas nativas eformações sucessoras, de domínio público ouprivado, dependerá de licenciamento pelo órgãocompetente do Sisnama, mediante aprovaçãoprévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável– PMFS que contemple técnicas de condução,exploração, reposição florestal e manejocompatíveis com os variados ecossistemas que acobertura arbórea forme.

Art. 40. A exploração de florestas nativas eformações sucessoras. de domínio público ouprivado, dependerá de licenciamento pelo órgãocompetente do SISNAMA, mediante aprovaçãoprévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável -PMS que contemple técnicas de condução,exploração, reposição florestal e manejocompatíveis com os variados ecossistemas que acobertura arbórea forme.

Mesma redação.

§ 1º O PMFS atenderá aos seguintesfundamentos técnicos e científicos:

§ 1° O PMFS atenderá aos seguintesfundamentos técnicos e científicos:

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.54

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

I – caracterização dos meios físico e biológico; I - caracterização dos meios físico e biológico; Mesma redação.

II – determinação do estoque existente; II - determinação do estoque existente; Mesma redação.

III – intensidade de exploração compatível com acapacidade de suporte ambiental da floresta;

III - intensidade de exploração compatível com acapacidade de suporte ambiental da floresta.

Mesma redação.

IV – ciclo de corte compatível com o tempo derestabelecimento do volume de produto extraídoda floresta;

IV - ciclo de corte compatível com o tempo derestabelecimento do volume de produto extraídoda floresta;

Mesma redação.

V – promoção da regeneração natural da floresta; V - promoção da regeneração natural da floresta; Mesma redação.VI – adoção de sistema silvicultural adequado; VI - adoção de sistema silvicultural adequado; Mesma redação.

VII – adoção de sistema de exploração adequado; VII - adoção de sistema de exploração adequado; Mesma redaçãoVIII – monitoramento do desenvolvimento dafloresta remanescente;

VIII - monitoramento do desenvolvimento dafloresta remanescente;

Mesma redação

IX – adoção de medidas mitigadoras dosimpactos ambientais e sociais.

IX - adoção de medidas mitigadoras dos impactosambientais e sociais.

Mesma redação

§ 2º A aprovação do PMFS pelo órgãocompetente do Sisnama confere ao seu detentora licença ambiental para a prática do manejoflorestal sustentável, não se aplicando outrasetapas de licenciamento ambiental.

§ 2° A aprovação do PMFS pelo órgãocompetente do SISNAMA confere ao seu detentora licença ambiental para a prática do manejoflorestal sustentável, não se aplicando outrasetapas de licenciamento ambiental.

Mesma redação

§ 3º O detentor do PMFS encaminhará relatórioanual ao órgão ambiental competente com asinformações sobre toda a área de manejo florestalsustentável e a descrição das atividadesrealizadas.

§ 3º O detentor do PMFS encaminhará relatórioanual ao órgão arnbiental competente com asinformações sobre toda a área de manejo florestalsustentável e a descrição das atividadesrealizadas.

Mesma redação

§ 4º O PMFS será submetido a vistorias técnicaspara fiscalizar as operações e atividades

§ 4º O PMFS será submetido a vistorias técnicaspara fiscalizar as operações e atividades

Mesma redação

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.55

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

desenvolvidas na área de manejo. desenvolvidas na área de manejo.§ 5º Serão estabelecidos em regulamentoprocedimentos simplificados para o manejoexclusivo de produtos florestais não-madeireiros.

§ 5° Serão estabelecidos em regulamentoprocedimentos simplificados para o manejoexclusivo de produtos florestais não-madeireiros.

Mesma redação

§ 6º Respeitado o disposto neste artigo, serãoestabelecidas em regulamento disposiçõesespecíficas sobre os Planos de Manejo FlorestalSustentável em escala empresarial, de pequenaescala e comunitário, bem como sobre outrasmodalidades consideradas relevantes em razãode sua especificidade.

§ 6° Respeitado o disposto neste artigo, serãoestabelecidas em regulamento disposiçõesespecificas sobre os Planos de Manejo FlorestalSustentável em escala empresarial, de pequenaescala e comunitário, bem como sobre outrasmodalidades consideradas relevantes em razãode sua especificidade.

Mesma redação

§ 7°. Para fins de manejo florestal na pequenapropriedade ou posse rural familiar, os órgãos doSISNAMA deverão estabelecer procedimentossimplificados de elaboração, análise e aprovaçãodos referido Planos de Manejo.

O novo dispositivo parece correto quanto aomérito.

Art. 30. Estão isentos de PMFS: .Art. 41. Estão isentos de PMFS: Mesma redação.I – a supressão de florestas e formaçõessucessoras para uso alternativo do solo;

I - a supressão de florestas e formaçõessucessoras para uso alternativo do solo;

Mesma redação.

II – o manejo de florestas plantadas localizadasfora da área de Reserva Legal;

II - o manejo de florestas plantadas localizadasfora da área de Reserva Legal;

Mesma redação.

III – a exploração florestal não comercial realizadaem imóveis de menos de quatro módulos fiscaisou por populações tradicionais.

III - a exploração florestal não comercial realizadanas propriedades rurais a que se referem osincisos IX do art. 3° ou por populaçõestradicionais.

Mesma redação.

CAPÍTULO VIIIDO SUPRIMENTO POR MATÉRIA-PRIMA

FLORESTAL

A nova versão opta por integrar os capítulos VII eVIII do texto da comissão especial.

Art. 31. As pessoas físicas ou jurídicas queutilizam matéria-prima florestal em suasatividades podem suprir-se de recursos oriundos

Art. 42. As pessoas físicas ou jurídicas queutilizam matéria-prima florestal em suasatividades podem suprir-se de recursos oriundos

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.56

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

de: de:I – florestas plantadas; I - florestas plantadas; Mesma redação.II – PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgãocompetente do Sisnama;

II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgãocompetente do SISNAMA;

Mesma redação.

III – supressão de vegetação nativa autorizada,na forma da lei, pelo órgão competente doSisnama;

III - supressão de vegetação nativa autorizada, naforma da lei, pelo órgão competente doSISNAMA;

Mesma redação.

IV – outras formas de biomassa florestal definidaspelo órgão competente do Sisnama.

IV - outras formas de biomassa florestal definidaspelo órgão competente do SISNAMA.

Mesma redação.

§ 1º As disposições do caput não elidem aaplicação de disposições mais restritivasprevistas em lei ou regulamento, licençaambiental ou Plano de Suprimento Sustentávelaprovado pelo órgão competente do Sisnama.

§ 1° As disposições do caput não elidem aaplicação de disposições mais restritivasprevistas em lei ou regulamento, licençaambiental ou Plano de Suprimento Sustentávelaprovado pelo órgão competente do SISNAMA.

Mesma redação.

§ 2º Na forma do regulamento, são obrigadas àreposição florestal as pessoas físicas ou jurídicasque utilizam matéria-prima florestal oriunda desupressão de vegetação nativa ou detenhamautorização para supressão de vegetação nativa.

§ 2° Na forma do regulamento, são obrigadas àreposição florestal as pessoas físicas ou jurídicasque utilizam matéria-prima florestal oriunda desupressão de vegetação nativa ou detenhamautorização para supressão de vegetação nativa.

Mesma redação.

§ 3º Fica isento da obrigatoriedade da reposiçãoflorestal aquele que utilize:

§ 3° Fica isento da obrigatoriedade da reposiçãoflorestal aquele que utilize:

Mesma redação.

I – costaneiras, aparas, cavacos ou outrosresíduos provenientes da atividade industrial;

I - costaneiras, aparas, cavacos ou outrosresíduos provenientes da atividade industrial;

Mesma redação.

II – matéria-prima florestal: II - matéria-prima florestal: Mesma redação.a) oriunda de PMFS; a) oriunda de PMFS; Mesma redação.b) oriunda de floresta plantada; b) oriunda de floresta plantada; Mesma redação.c) não-madeireira, salvo disposição contráriaestabelecida em regulamento;

e) não-madeireira, salvo disposição contráriaestabelecida em regulamento;

Mesma redação.

d) sem valor de mercado. d) sem valor de mercado. Mesma redação.§ 4º A isenção da obrigatoriedade da reposiçãoflorestal não desobriga o interessado da

§ 4° A isenção da obrigatoriedade da reposiçãoflorestal não desobriga o interessado da

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.57

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

comprovação junto à autoridade competente daorigem do recurso florestal utilizado.

comprovação junto à autoridade competente daorigem do recurso florestal utilizado.

§ 5º A reposição florestal será efetivada no estadode origem da matéria-prima utilizada, mediante oplantio de espécies preferencialmente nativas,conforme determinações do órgão competente doSisnama.

§ 5º A reposição florestal será efetivada no estadode origem da matéria-prima utilizada. mediante oplantio de espécies preferencialmente nativas,conforme determinações do órgão competente doSISNAMA.

Mesma redação.

§ 6º A pequena propriedade ou posse rural ficadesobrigada da reposição florestal se a matéria-prima florestal for utilizada para consumo próprio.

§ 6° As propriedades a que se refere o inciso IXdo art. 3º ficam desobrigadas da reposiçãoflorestal se a matéria-prima florestal for utilizadapara consumo próprio.

Acresceu-se a exigência de cumprimento dosrequisitos referentes à agricultura familiar. Oajuste parede adequado.

Art. 32. As empresas industriais que utilizamgrande quantidade de matéria-prima florestal sãoobrigadas a elaborar e implementar Plano deSuprimento Sustentável – PSS, a ser submetido àaprovação do órgão competente do Sisnama.

Art. 43. As empresas industriais que utilizamgrande quantidade de matéria-prima florestal sãoobrigadas a elaborar e implementar Plano deSuprimento Sustentável - PSS, a ser submetido àaprovação do órgão competente do SISNAMA.

Mesma redação.Corresponde ao art. 12 do Decreto 5.975/2006,que regulamenta o disposto nos arts. 20 e 21 daLei 4.771/1965. Embora presente no art. 20 daLei 4.771/1965, o termo “grande quantidade dematéria-prima florestal” é vago, impõeregulamento posterior para a aplicação da norma.

§ 1º O PSS assegurará produção equivalente aoconsumo de matéria-prima florestal pela atividadeindustrial.

§ 1° O PSS assegurará produção equivalente aoconsumo de matéria-prima florestal pela atividadeindustrial.

Mesma redação.

§ 2º O PSS incluirá, no mínimo: § 2° O PSS incluirá, no mínimo: Mesma redação.I – programação de suprimento de matéria-primaflorestal;

I - programação de suprimento de matéria-primaflorestal;

Mesma redação.

II – indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal georreferenciadas;

II - indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal georreferenciadas;

Mesma redação.

III – cópia do contrato entre os particularesenvolvidos, quando o PSS incluir suprimento dematéria-prima florestal oriunda de terraspertencentes a terceiros.

III - cópia do contrato entre os particularesenvolvidos, quando o PSS incluir suprimento dematéria-prima florestal oriunda de terraspertencentes a terceiros.

Mesma redação.

§ 3º Admite-se o suprimento mediante produtos § 3º Admite-se o suprimento mediante produtos Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.58

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

em oferta no mercado somente na fase inicial deinstalação da atividade industrial, nas condições edurante o período, não superior a 10 (dez) anos,previsto no PSS, ressalvados os contratos desuprimento mencionados no inciso III do § 2º.

em oferta no mercado somente na fase inicial deinstalação da atividade industrial, nas condições edurante o período, não superior a 10 (dez) anos,previsto no PSS, ressalvados os contratos desuprimento mencionados no inciso III do § 2°.

§ 4º O PSS de empresas siderúrgicas,metalúrgicas ou outras que consumam grandesquantidades de carvão vegetal ou lenhaestabelecerá a utilização exclusiva de matéria-prima oriunda de florestas plantadas e será parteintegrante do processo de licenciamentoambiental do empreendimento.

§ 4° O PSS de empresas siderúrgicas,metalúrgicas ou outras que consumam grandesquantidades de carvão vegetal ou lenhaestabelecerá a utilização exclusiva de matéria-prima oriunda de florestas plantadas e será parteintegrante do processo de licenciamentoambiental do empreendimento

Mesma redação.

§ 5º Além do previsto no § 4º, podem serestabelecidos em regulamento outros casos emque se aplica a obrigação de utilização exclusivade matéria-prima oriunda de florestas plantadas.

§ 5º Além previsto no § 4°, podem serestabelecidos em regulamento outros casos emque se aplica a obrigação de utilização doexclusiva de matéria-prima oriunda de florestasplantadas.

Mesma redação.

§ 6º Serão estabelecidos em regulamento osparâmetros de utilização de matéria-primaflorestal para fins de enquadramento dasempresas industriais ao disposto no caput.

§ 6° Serão estabelecidos em regulamento osparâmetros de utilização de matéria-primaflorestal para fins de enquadramento dasempresas industriais ao disposto no caput.

Mesma redação.

CAPÍTULO IXDO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS

FLORESTAIS

CAPÍTULO IXDO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS

FLORESTAISArt. 33. O controle da origem da madeira, docarvão e de outros produtos ou subprodutosflorestais incluirá sistema que integre os dadosdos diferentes entes federativos, coordenado peloórgão federal competente do Sisnama.

Art. 44. O controle da origem da madeira, docarvão e de outros produtos ou subprodutosflorestais incluirá sistema que integre os dadosdos diferentes entes federativos, coordenado peloórgão federal competente do SISNAMA.

Mesma redação.

§ 1º Serão estabelecidos em regulamentorequisitos para o plano de exploração de florestas

§ 2° O plantio ou reflorestamento com espéciesflorestais nativas ou exóticas independem de

O dispositivo do texto da comissão especial émais rígido do ponto de vista da proteção

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.59

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

plantadas com espécies nativas, tendo em vistaassegurar o equilíbrio ambiental e controle daorigem dos produtos florestais pelos órgãoscompetentes do Sisnama.

autorização, sendo livre a extração de lenha edemais produtos florestais nas áreas nãoconsideradas de preservação permanente ereserva legal.

ambiental.

§ 3° O corte ou a exploração de espécies nativas,comprovadamente plantadas, serão permitidos seo plantio ou reflorestamento estiver previamentecadastrado junto ao órgão ambiental competente.

Mais uma vez, reforço do papel docadastramento.

§ 2º Os dados do sistema referido no caput serãodisponibilizados para acesso público por meio daRede Mundial de Computadores.

§ 4° Os dados do sistema referido no caput serãodisponibilizados para acesso público por meio daRede Mundial de Computadores

Mesma redação.

Art. 34. O transporte, por qualquer meio, e oarmazenamento de madeira, lenha, carvão eoutros produtos ou subprodutos florestaisoriundos de florestas de espécies nativas, parafins comerciais ou industriais, requerem licençado órgão competente do Sisnama, observado odisposto no art. 33.

Art. 45. O transporte, por qualquer meio, e oarmazenamento de madeira, lenha, carvão eoutros produtos ou subprodutos florestaisoriundos de florestas de espécies nativas, parafins comerciais ou industriais, requerem licençado órgão competente do SISNAMA, observado odisposto no art. 44.

Mesmo conteúdo.

§ 1º A licença prevista no caput será formalizadapor meio da emissão do Documento de OrigemFlorestal – DOF, que deverá acompanhar omaterial até o beneficiamento final.

§ 1º A licença prevista no caput será formalizadapor meio da emissão do Documento de OrigemFlorestal - DOF, que deverá acompanhar omaterial até o beneficiamento final.

Mesma redação.

§ 2º Para a emissão do DOF, a pessoa física oujurídica responsável deverá estar registrada noCadastro Técnico Federal de AtividadesPotencialmente Poluidoras ou Utilizadoras deRecursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei nº6.938, de 31 de agosto de 1981.

§ 2° Para a emissão do DOF, a pessoa física oujurídica responsável deverá estar registrada noCadastro Técnico Federal de AtividadesPotencialmente Poluidoras ou Utilizadoras deRecursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei n°6.938, de 31 de agosto de 1981.

Mesma redação.

§ 3º Todo aquele que recebe ou adquire, para finscomerciais ou industriais, madeira, lenha, carvãoe outros produtos ou subprodutos de florestas de

§ 3º Todo aquele que recebe ou adquire, para finscomerciais ou industriais, madeira, lenha, carvãoe outros produtos ou subprodutos de florestas de

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.60

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

espécies nativas fica obrigado a exigir aapresentação do DOF e munir-se da via quedeverá acompanhar o material até obeneficiamento final.

espécies nativas fica obrigado a exigir aapresentação do DOF e munir-se da via quedeverá acompanhar o material até obeneficiamento final.

§ 4º No DOF, sem prejuízo de requisitosadicionais previstos em regulamento, deverãoconstar a especificação do material, suavolumetria e dados sobre sua origem e destino.

§ 4º No DOF, sem prejuízo de requisitosadicionais previstos em regulamento, deverãoconstar a especificação do material, suavolumetria e dados sobre sua origem e destino.

Mesma redação.

Art. 35. O comércio de plantas vivas e outrosprodutos ou subprodutos oriundos da flora nativadependerá de licença do órgão estadualcompetente do Sisnama e de registro noCadastro Técnico Federal de AtividadesPotencialmente Poluidoras ou Utilizadoras deRecursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei nº6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo deoutras exigências cabíveis.

Art. 46. O comércio de plantas vivas e outrosprodutos ou subprodutos oriundos da flora nativadependerá de licença do órgão estadualcompetente do SISNAMA e de registro noCadastro Técnico Federal de AtividadesPotencialmente Poluidoras ou Utilizadoras deRecursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei n°6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo deoutras exigências cabíveis.

Mesma redação.

Parágrafo único. O controle do comércio realizadopor estabelecimentos de pequeno porte oupessoas físicas será atribuição do órgãomunicipal do Sisnama, sem prejuízo da obrigaçãode registro na forma do caput.

Suprimiu-se o parágrafo único na nova versão,que constituía inovação em relação à legislaçãoatualmente em vigor sobre o tema.

CAPÍTULO XDA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO

CONTROLE DOS INCÊNDIOS

CAPÍTULO IXDA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO

CONTROLE DOS INCÊNDIOSArt. 36. Fica proibido o uso de fogo na vegetação. Art. 47. Fica proibido o uso de fogo na vegetação. Mesma redação.§ 1º Se peculiaridades locais ou regionaisjustificarem o emprego do fogo em práticasagropastoris ou florestais, a autorização seráestabelecida em ato do órgão estadual

§ 1° Se peculiaridades locais ou regionaisjustificarem o emprego do fogo em práticasagropastoris ou florestais, a autorização seráestabelecida em ato do órgão estadual

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.61

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

competente do Sisnama, para cada imóvel ruralou de forma regionalizada, estabelecendo normasde precaução.

competente do SISNAMA, para cada imóvel ruralou de forma regionalizada, estabelecendo normasde precaução.

§ 2º Na situação prevista no § 1º, o órgãoestadual competente do Sisnama poderá exigirque os estudos demandados para olicenciamento da atividade rural contenhamplanejamento específico sobre o emprego do fogoe o controle dos incêndios.

§ 2° Na situação prevista no § 1°, o órgãoestadual competente do SISNAMA poderá exigirque os estudos demandados para olicenciamento da atividade rural contenhamplanejamento específico sobre o emprego do fogoe o controle dos incêndios.

Mesma redação.

§ 3º Excetuam-se da proibição do caput aspráticas de prevenção e combate aos incêndios.

§ 3° Excetuam-se da proibição do caput aspráticas de prevenção e combate aos incêndios.

Mesma redação.

CAPÍTULO XIDOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA A

CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO

CAPÍTULO XDOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA A

CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃOArt. 48. O Poder Público instituirá programa deapoio financeiro para as propriedades a que serefere o inciso IX do art. 3° como forma depromoção da manutenção e recomposição deÁrea de Preservação Permanente e ReservaLegal, incluindo a possibilidade de pagamento porserviços ambientais.

Prioriza-se o atendimento do agricultor familiar, Amedida é coerente com o PL do Pagamento porServiços Ambientais em trâmite na Câmara, deautoria do Poder Executivo.

Art. 49. O proprietário ou possuidor de imóvelrural inscrito no CAR e regularizado, ou emprocesso de regularização, poderá, na forma doregulamento, fazer jus aos seguintes benefícios:

Na verdade, delega-se a decreto do Presidenteda República os incentivos concretos a seremestabelecidos.

I - isenção do imposto territorial rural sobre asáreas protegidas, conservadas ou emrecuperação; e

A legislação atual já isenta as áreas relativas aflorestas nativas do ITR.

II - preferência para o acesso às políticas públicasde apoio à produção, comercialização e seguroda produção agropecuária.

O incentivo concreto demandará regulamento.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.62

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

Parágrafo único. Ao proprietário ou possuidor deimóvel rural inscrito no CAR. regularizado e queadote práticas agropecuárias conservacionistasdo solo e da água, poderão ser concedidosincentivos financeiros adicionais no créditoagrícola, em todas as modalidades, conformeregulamentação específica.

Idem anterior.Cabe questionar se a medida faz sentido, umavez que a inscrição no cadastro é medidaobrigatória.

Art. 37. Assegurado o devido controle dos órgãosambientais competentes dos respectivos planosou projetos, o Poder Público instituirá medidasindutoras e linhas de financiamento para atender,prioritariamente, às iniciativas de:

Art. 50. Assegurado o devido controle dos Órgãosambientais competentes dos respectivos planosou projetos, o Poder Público instituirá medidasindutoras e linhas de financiamento voltadas aoproprietário ou possuidor de imóvel rural inscritono CAR e regularizado, ou em processo deregularização, para atender, prioritariamente, àsiniciativas de:

Passa-se a focar o proprietário ou possuidorcadastrado e regularizado, ou em processo deregularização.

I – preservação voluntária de vegetação nativa; I - preservação voluntária de vegetação nativa; Mesma redação.II – proteção de espécies da flora nativaameaçadas de extinção;

II - proteção de espécies da flora nativaameaçadas de extinção;

Mesma redação.

III – manejo florestal e agroflorestal sustentávelrealizados na propriedade ou posse rural;

III - manejo florestal e agroflorestal sustentávelrealizados na propriedade ou posse rural;

Mesma redação.Nesse campo, deve ser lembrado o ProgramaFederal de Manejo Florestal Comunitário eFamiliar, objeto do Decreto 6.874/2009.

IV – recuperação ambiental de Áreas dePreservação Permanente e de Reserva Legal;

IV - recuperação ambiental de Áreas dePreservação Permanente e de Reserva Legal;

Mesma redação.No Programa Mais Ambiente, disciplinado peloDecreto 7.029/2009, há prioridade pararecuperação das APP e da reserva legal.

V – recuperação de áreas degradadas. V - recuperação de áreas degradadas. Mesma redação.§ 1º Além do disposto no caput, o Poder Públicomanterá programas de pagamento por serviçosambientais em razão de captura e retenção decarbono, proteção da biodiversidade, proteção

O dispositivo tinha tom de diretriz. Tramitam noCongresso Nacional processos específicos tendoem vista a aprovação da Lei do PSA e de leisobre REDD. A supressão pode ser mantida.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.63

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

hídrica, beleza cênica ou outro fundamentoprevisto na legislação específica.§ 2º A preservação voluntária de vegetação nativaconfigura serviço ambiental, a ser remuneradonos casos, formas e condições estabelecidos nalegislação específica.

O PSA demanda regulação mediante leiespecífica. A supressão pode ser mantida.

Parágrafo único. Parcela dos recursosarrecadados com a cobrança pelo uso da água,na forma da Lei Federal n° 9433/97, poderá serdirecionada a programas de pagamento porserviços ambientais que financiem a restauraçãode vegetação nativa de áreas importantes àprodução de água.

Em princípio esses recursos já podem serdirecionados a essa finalidade atualmente.

Art. 38. Fica instituída a Cota de ReservaAmbiental – CRA, título nominativo representativode área com vegetação nativa:

Art. 51. Fica instituída a Cota de ReservaAmbiental - CRA, título nominativo representativode área com vegetação nativa:

Mesma redação.O art. 44-B da Lei 4.771/1965 institui a Cota deReserva Florestal – CRF, título representativo devegetação nativa sob regime de servidão florestal,de Reserva Particular do Patrimônio Natural oureserva legal instituída voluntariamente sobre avegetação que exceder os percentuais mínimoslegalmente estabelecidos. O problema é que oparágrafo único do referido artigo prevê decretoregulamentador e, após mais de dez anos dacriação dessa cota via medida provisória (MP2.166-67/2001 e versões anteriores), normasnesse sentido nunca foram editadas pelo PoderExecutivo.

I – sob regime de servidão ambiental, instituídana forma do art. 9º-A da Lei nº 6.938, de 31 deagosto de 1981;

I - sob regime de servidão ambiental, instituída naforma do art. 9°-A da Lei no 6.938, de3l de agostode 1981;

Mesma redação.

II – correspondente à área de Reserva Legal II - correspondente à área de Reserva Legal Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.64

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

instituída voluntariamente sobre a vegetação queexceder os percentuais exigidos no art. 14 destaLei;

instituída voluntariamente sobre a vegetação queexceder os percentuais exigidos no art. 13 destaLei;

III – protegida na forma de Reserva Particular doPatrimônio Natural – RPPN, nos termos do art. 21da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000;

III - protegida na forma de Reserva Particular doPatrimônio Natural - RPPN, nos termos do art. 21da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.

Mesma redação.

IV – localizada no interior de unidade deconservação da natureza do grupo de proteçãointegral, nos termos do art. 8º da Lei nº 9.985, de18 de julho de 2000, pendente de regularizaçãofundiária.

O dispositivo não parecia se encaixar na lógica daCRA. A supressão pode ser mantida.

§ 1º A emissão de Cota de Reserva Ambientalserá feita mediante requerimento do proprietário eapós laudo comprobatório emitido pelo próprioórgão ambiental ou por entidade credenciada,assegurado o controle do órgão federalcompetente do Sisnama, na forma doregulamento.

§ 1° A emissão de Cota de Reserva Ambientalserá feita mediante requerimento do proprietário,após inclusão do imóvel no CAR e laudocomprobatório emitido pelo próprio órgãoambiental ou por entidade credenciada,assegurado o controle do órgão federalcompetente do SISNAMA, na forma doregulamento.

Acresce-se a referência ao cadastro ambiental.Nos dois textos, necessita ficar claro qual é o entepúblico responsável pela emissão da CRA.

§ 2º O regulamento disporá sobre ascaracterísticas, a natureza e o prazo de validadedo título de que trata este artigo, assim como osmecanismos que assegurem ao seu adquirente aexistência e a conservação da vegetação objetodo título.

O dispositivo não fazia sentido, uma vez que aprópria lei estaria disciplinando o assunto. Asupressão pode ser mantida.

§ 3º A Cota de Reserva Ambiental não pode seremitida com base em vegetação nativa localizadaem área de RPPN instituída em sobreposição àReserva Legal do imóvel.

§ 2° A Cota de Reserva Ambiental não pode seremitida com base em vegetação nativa localizadaem área de RPPN instituída em sobreposição àReserva Legal do imóvel.

Mesma redação.

§ 4º A Cota de Reserva Florestal emitida nostermos do art. 44-B da Lei nº 4.771, de 1965,

§ 3° A Cota de Reserva Florestal emitida nostermos do art. 44-B da Lei n° 4.771, de 1965,

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.65

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

passa a ser considerada, pelo efeito desta Lei,como Cota de Reserva Ambiental.

passa a ser considerada, pelo efeito desta Lei,como Cota de Reserva Ambiental.§4° Poderá ser instituída, na forma doregulamento, Cota de Reserva Ambiental davegetação nativa que integra a Reserva Legal dosimóveis a que se refere o inciso IX do art. 3°desta lei.

Prevê-se CRA referente à vegetação nativa napequena propriedade familiar. Ela deverácorresponder a parcela de proteção voluntária.

Art. 39. A CRA será emitida pelo órgãocompetente do Sisnama em favor de proprietárioque mantenha área nas condições previstas noart. 38.

Art. 52. A CRA será emitida pelo órgãocompetente do SISNAMA em favor de proprietárioque mantenha área nas condições previstas noart. 51.

Mesmo conteúdo.A esfera governamental responsável necessitaestar explicitada, em ambos os textos.

§ 1º O proprietário interessado na emissão daCRA deve apresentar ao órgão referido no caputproposta acompanhada de:

§ 1° O proprietário interessado na emissão daCRA deve apresentar ao órgão referido no caputproposta acompanhada de:

Mesma redação.

I – certidão atualizada da matrícula do imóvelexpedida pelo Registro de Imóveis competente;

I - certidão atualizada da matrícula do imóvelexpedida pelo Registro de Imóveis competente;

Mesma redação.

II – cédula de identidade do proprietário, quandose tratar de pessoa física;

II - cédula de identidade do proprietário, quandose tratar de pessoa física;

Mesma redação.

III – ato de designação de responsável, quandose tratar de pessoa jurídica;

III - ato de designação de responsável, quando setratar de pessoa jurídica;

Mesma redação.

IV – certidão negativa de débitos do Imposto

sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;

IV - certidão negativa de débitos do Imposto

sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR;

Mesma redação.

V – memorial descritivo do imóvel, com aindicação da área a ser vinculada ao título,contendo pelo menos um ponto de amarraçãogeorreferenciado relativo ao perímetro do imóvele um ponto de amarração georreferenciadorelativo à Reserva Legal.

V - memorial descritivo do imóvel, com aindicação da área a ser vinculada ao título,contendo pelo menos um ponto de amarraçãogeorreferenciado relativo ao perímetro do imóvele um ponto de amarração georreferenciadorelativo à Reserva Legal.

Mesma redação.

§ 2º Aprovada a proposta, o órgão referido nocaput emitirá a CRA correspondente,

§ 2° Aprovada a proposta, o órgão referido nocaput emitirá a CRA correspondente,

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.66

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

identificando: identificando:I – o número da CRA no sistema único decontrole;

I - o número da CRA no sistema Único decontrole;

Mesma redação.

II – o nome do proprietário rural da área vinculadaao título;

II - o nome do proprietário rural da área vinculadaao título;

Mesma redação.

III – a dimensão e a localização exata da áreavinculada ao título, com memorial descritivocontendo pelo menos um ponto de amarraçãogeorreferenciado;

III - a dimensão e a localização exata da áreavinculada ao título, com memorial descritivocontendo pelo menos um ponto de amarraçãogeorreferenciado;

Mesma redação.

IV – o bioma correspondente à área vinculada aotítulo;

IV - o bioma correspondente à área vinculada aotítulo;

Mesma redação.

V – a classificação da área em uma das quatrocondições previstas no art. 38;

V - a classificação da área em uma das condiçõesprevistas no art. 53;

Mesmo conteúdo.

VI – outros itens previstos em regulamento. VI - outros itens previstos em regulamento. Mesmo conteúdo.§ 3º O vínculo de área à CRA será averbado namatrícula do respectivo imóvel no registro deimóveis competente.

§ 3º O vínculo de área à CRA será averbado namatrícula do respectivo imóvel no registro deimóveis competente.

Mesmo conteúdo.Note-se que para efeito da CRA manteve-se aaverbação. Como será efetivado o controle se aaverbação deixa de ser obrigatória em face docadastro?

§ 4º O órgão federal referido no caput podedelegar ao órgão estadual competente atribuiçõesem termos de emissão, cancelamento etransferência da CRA, assegurada aimplementação de sistema único de controle.

§ 4° O órgão federal referido no caput podedelegar ao órgão estadual competente atribuiçõesem termos de emissão, cancelamento etransferência da CRA, assegurada aimplementação de sistema único de controle.

Ambos os textos estão pouco claros no que tocaàs atribuições governamentais (União ouEstados) referentes à CRA.

Art. 40. A unidade de CRA será emitida com baseem um hectare:

Art. 53. Cada CRA corresponderá a 1 (um)hectare:

Mesmo conteúdo.

I – de área com vegetação nativa primária, ouvegetação secundária em qualquer estágio deregeneração ou recomposição; e

I - de área com vegetação nativa primária, ouvegetação secundária em qualquer estágio deregeneração ou recomposição;

Mesma redação.Acredita-se que as áreas apenas poderiam gerarCRA se forem cobertas por vegetação nativaprimária ou, no mínimo, já recomposta.

II – de áreas de recomposição mediante II - de áreas de recomposição mediante Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.67

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

reflorestamento com espécies nativas. reflorestamento com espécies nativas. Acredita-se que as áreas apenas poderiam gerarCRA se forem cobertas por vegetação nativaprimária ou, no mínimo, já recomposta.

§ 1º O estágio sucessional ou o tempo derecomposição ou regeneração da vegetaçãonativa será avaliado pelo órgão ambientalestadual competente com base em declaração doproprietário e vistoria de campo.

§ 1° O estágio sucessional ou o tempo derecomposição ou regeneração da vegetaçãonativa será avaliado pelo órgão ambientalestadual competente com base em declaração doproprietário e vistoria de campo.

Mesma redação.Note-se que aqui há referência ao órgão estadual.As atribuições relativas à CRA, nos dois textos,estão pouco claras.

§ 2º A CRA não poderá ser emitida pelo órgãoambiental competente quando a regeneração ourecomposição da área forem improváveis ouinviáveis.

§ 2° A CRA não poderá ser emitida pelo Órgãoambiental competente quando a regeneração ourecomposição da área forem improváveis ouinviáveis.

Mesma redação.Acredita-se que as áreas apenas poderiam gerarCRA se forem cobertas por vegetação nativaprimária ou, no mínimo, já recomposta.

Art. 41. É obrigatório o registro da CRA na Centralde Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos– CETIP, pelo órgão emitente, no prazo de trintadias, contatos da data da sua emissão.

Art. 54. É obrigatório o registro da CRA peloórgão emitente, no prazo de trinta dias, contatosda data da sua emissão, em bolsas demercadorias de âmbito nacional ou em sistemasde registro e de liquidação financeira de ativosautorizado pelo Banco Central do Brasil.

A redação da comissão especial tem controlemais rígido nesse sentido. Em princípio parecemais adequada.

Art. 42. A CRA pode ser transferida, onerosa ougratuitamente, a pessoa física ou a pessoajurídica de direito público ou privado, mediantetermo assinado pelo titular da CRA e peloadquirente.

Art. 55. A CRA pode ser transferida, onerosa ougratuitamente, a pessoa física ou a pessoajurídica de direito público ou privado, mediantetermo assinado pelo titular da CRA e peloadquirente.

Mesma redação.

§ 1º A transferência da CRA só produz efeito umavez registrado o termo previsto no caput nosistema único de controle.

§ 1º A transferência da CRA só produz efeito umavez registrado o termo previsto no caput nosistema único de controle.

Mesma redação.

§ 2º Admite-se a transferência de CRA para: Suprimiu-se o dispositivo. Ao que parece, aintenção é concentrar na compensação dereserva legal.

I – compensação da Reserva Legal; Ver comentário anterior.II – proteção de áreas de servidão ambiental. Ver comentário anterior.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.68

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§ 3º A CRA só pode ser utilizada para compensarReserva Legal de imóvel rural situado no mesmobioma da área à qual o título está vinculado.

§ 2º A CRA só pode ser utilizada para compensarReserva Legal de imóvel rural situado no mesmobioma da área à qual o título está vinculado.

Mesma redação.O controle relativo a estados diversos parece dedifícil operacionalização. Com a atuação dediferentes órgãos estaduais no controle dodesflorestamento, será complicado assegurar quea vegetação que fundamenta o título está mantidapreservada.

§ 4º A utilização de CRA para compensação daReserva Legal será averbada na matrícula doimóvel no qual se situa a área vinculada ao títuloe do imóvel beneficiário da compensação.

§ 3° A utilização de CRA para compensação daReserva Legal será averbada na matrícula doimóvel no qual se situa a área vinculada ao tituloe do imóvel beneficiário da compensação.

Note-se que se manteve previsão de averbaçãonos dispositivos sobre a CRA. Como seráefetivado o controle se a averbação deixa de serobrigatória em face do cadastro?

Art. 43. Cabe ao proprietário do imóvel rural emque se situa a área vinculada à CRA aresponsabilidade plena pela manutenção dascondições de conservação da vegetação nativada área que deu origem ao título.

Art. 56. Cabe ao proprietário do imóvel rural emque se situa a área vinculada à CRA aresponsabilidade plena pela manutenção dascondições de conservação da vegetação nativada área que deu origem ao título.

Mesma redação.

§ 1º A área vinculada à emissão da CRA combase no art. 38, incisos I, II e III, desta Lei, poderáser utilizada conforme Plano de Manejo FlorestalSustentável, atendidas as regras do art. 28. destaLei.

§ 1° A área vinculada à emissão da CRA combase no art. 51, incisos I, II e III, desta Lei, poderáser utilizada conforme Plano de Manejo FlorestalSustentável.

Mesmo conteúdo.A área enfrentará certas restrições a esse tipo deuso no caso de RPPN.

§ 2º A transmissão inter vivos ou causa mortis doimóvel não elimina nem altera o vínculo de áreacontida no imóvel à CRA.

§ 2° A transmissão inter vivos ou causa mortis doimóvel não elimina nem altera o vínculo de áreacontida no imóvel à CRA.

Mesma redação.

Art. 44. A CRA somente poderá ser canceladanos seguintes casos:

Art. 57. A CRA somente poderá ser canceladanos seguintes casos:

Mesma redação.

I – por solicitação do proprietário rural, em casode desistência de manter áreas nas condiçõesprevistas nos incisos I e II do art. 37;

I - por solicitação do proprietário rural, em caso dedesistência de manter áreas nas condiçõesprevistas nos incisos 1 e II do art. 51;

Mesmo conteúdo.

II – automaticamente, em razão de término doprazo da servidão ambiental;

II - automaticamente, em razão de término doprazo da servidão ambiental;

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.69

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

III – por decisão do órgão competente doSisnama, no caso de degradação da vegetaçãonativa da área vinculada à CRA cujos custos eprazo de recuperação ambiental inviabilizem acontinuidade do vínculo entre a área e o título.

III - por decisão do órgão competente doSISNAMA, no caso de degradação da vegetaçãonativa da área vinculada à CRA cujos custos eprazo de recuperação ambiental inviabilizem acontinuidade do vínculo entre a área e o título.

Mesma redação.Mais uma vez, nesse ponto fica evidente anecessidade de explicitação das atribuições dasdiferentes esferas governamentais quanto aocontrole do título em questão.

§ 1º O cancelamento da CRA utilizada para finsde compensação de Reserva Legal só pode serefetivado se assegurada Reserva Legal para oimóvel no qual a compensação foi aplicada.

§ 1° O cancelamento da CRA utilizada para finsde compensação de Reserva Legal só pode serefetivado se assegurada Reserva Legal para oimóvel no qual a compensação foi aplicada.

Mesma redação.

§ 2º O cancelamento da CRA nos termos doinciso III do caput independe da aplicação dasdevidas sanções administrativas e penaisdecorrentes de infração à legislação ambiental,nos termos da Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de1998, e seu regulamento.

§ 2° O cancelamento da CRA nos termos doinciso III do caput independe da aplicação dasdevidas sanções administrativas e penaisdecorrentes de infração à legislação ambiental,nos termos da Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de1998, e seu regulamento.

Mesma redação.

§ 3º O cancelamento da CRA deve ser averbadona matrícula do imóvel no qual se situa a áreavinculada ao título e do imóvel no qual acompensação foi aplicada.

§ 3° O cancelamento da CRA deve ser averbadona matrícula do imóvel no qual se situa a áreavinculada ao título e do imóvel no qual acompensação foi aplicada.

Mesma redação.

CAPÍTULO XIDO CONTROLE DO DESMATAMENTO

O conteúdo do novo capítulo trata apenas doembargo, e não tem a consistência necessáriacomo disciplina do “controle do desmatamento”.Para a manutenção do capítulo, seria precisocomplementá-lo.

Art. 58. O órgão ambiental competente, ao tomarconhecimento do desmatamento em desacordocom o disposto nesta lei, poderá embargar a obraou atividade que deu causa ao uso alternativo dosolo, como medida administrativa voltada aimpedir a continuidade do dano ambiental,propiciar a regeneração do meio ambiente e dar

Ele já pode fazer isso por decorrência da Lei deCrimes Ambientais e seu regulamento. Naverdade, a lista de sanções é bem mais ampla.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.70

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

viabilidade à recuperação da área degradada.§ 1° O embargo restringe-se aos locais ondeefetivamente ocorreu o desmatamento ilegal, nãoalcançando as atividades de subsistência ou asdemais atividades realizadas no imóvel nãorelacionadas com a infração.

Ver comentário geral sobre esse novo capítulo.

§ 2° O órgão ambiental responsável deverádisponibilizar publicamente as informações sobreo imóvel embargado, inclusive por meio da redemundial de computadores, resguardados osdados protegidos por legislação específica,caracterizando o exato local da área embargada einformando em que estágio se encontrãorespectivo procedimento administrativo.

Ver comentário geral sobre esse novo capítulo.A disponibilização via Internet parece medidaadequada.

§ 3° A pedido do interessado, o órgão ambientalresponsável emitirá certidão em que conste aatividade, a obra e a parte da área do imóvel quesão objetos do embargo, conforme o caso.

Ver comentário geral sobre esse novo capítulo.

CAPÍTULO XIIDISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES,

TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO XIIDISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES,

TRANSITÓRIAS E FINAISArt. 45. São obrigados a registro no órgão federalcompetente do Sisnama os estabelecimentoscomerciais responsáveis pela comercialização demotosserras, bem como aqueles que asadquirirem.

Art. 59. São obrigados a registro no órgão federalcompetente do SISNAMA os estabelecimentoscomerciais responsáveis pela comercialização demotosserras, bem como aqueles que asadquirirem.

Mesma redação. As regras desse artigo jáconstam na lei atual.

§ 1º A licença para o porte e uso de motosserrasserá renovada a cada 2 (dois) anos.

§ 1° A licença para o porte e uso de motosserrasserá renovada a cada 2 (dois) anos.

Mesma redação.

§ 2º Os fabricantes de motosserras são obrigadosa imprimir, em local visível do equipamento,numeração cuja sequência será encaminhada ao

§ 2° Os fabricantes de motosserras são obrigadosa imprimir, em local visível do equipamento,numeração cuja sequência será encaminhada ao

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.71

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

órgão federal competente do Sisnama e constaránas correspondentes notas fiscais.

órgão federal competente do SISNAMA econstará nas correspondentes notas fiscais.

Art. 46. Além do disposto nesta Lei e semprejuízo da criação de unidades de conservaçãoda natureza, na forma da Lei nº 9.985, de 18 dejulho de 2000, e de outras ações cabíveisvoltadas à proteção das florestas e outras formasde vegetação, o Poder Público federal, estadualou municipal poderá:

Art. 60. Além do disposto nesta Lei e semprejuízo da criação de unidades de conservaçãoda natureza, na forma da Lei n° 9.985, de 18 dejulho de 2000, e de outras ações cabíveisvoltadas à proteção das florestas e outras formasde vegetação, o Poder Público federal, estadualou municipal poderá:

Mesma redação.

I – proibir ou limitar o corte das espécies da florararas, endêmicas, em perigo ou ameaçadas deextinção, bem como as espécies necessárias àsubsistência das populações tradicionais,delimitando as áreas compreendidas no ato,fazendo depender de autorização prévia, nessasáreas, o corte de outras espécies;

I - proibir ou limitar o corte das espécies da florararas, endêmicas, em perigo ou ameaçadas deextinção, bem como as espécies necessárias àsubsistência das populações tradicionais,delimitando as áreas compreendidas no ato,fazendo depender de autorização prévia, nessasáreas, o corte de outras espécies;

Mesma redação.

II – declarar qualquer árvore imune de corte, pormotivo de sua localização, raridade, beleza oucondição de porta-sementes;

II - declarar qualquer árvore imune de corte, pormotivo de sua localização, raridade, beleza oucondição de porta-sementes;

Mesma redação.

III – estabelecer exigências administrativas sobreo registro e outras formas de controle de pessoasfísicas ou jurídicas que se dedicam à extração,indústria ou comércio de produtos ou subprodutosflorestais.

III - estabelecer exigências administrativas sobreo registro e outras formas de controle de pessoasfísicas ou jurídicas que se dedicam à extração,indústria ou comércio de produtos ou subprodutosflorestais.

Mesma redação.

Art. 47. Pelo período de cinco anos contados dadata de vigência desta Lei, não será permitida asupressão de florestas nativas paraestabelecimento de atividades agropastoris,assegurada a manutenção das atividadesagropecuárias existentes em áreas convertidasantes de 22 de julho de 2008.

A proposta de “moratória” de 5 anos tinhaproblemas conceituais (especialmente quandoponderada juntamente com os programas deregularização ambiental) e foi suprimida.Acredita-se que não merece ser retomada notexto.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.72

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

§ 1º A proibição de que trata o caput tem porobjetivo permitir que a União, os estados e oDistrito Federal se adaptem às exigências destaLei, quais sejam:

Ver comentários acima.

I – elaboração de Zoneamento Ecológico-Econômico;

Ver comentários acima.

II – elaboração de planos de bacia e instalaçãodos comitês de bacia hidrográfica;

Ver comentários acima.

III – discriminação e georreferenciamento daspropriedades rurais;

Ver comentários acima.

IV – elaboração de Programas de RegularizaçãoAmbiental.

Ver comentários acima.

§ 2º Excetuam-se da proibição prevista no caputos imóveis com autorização de corte ousupressão de vegetação já emitidas, as que estãoem fase de licenciamento, cujo protocolo se deuantes da data de publicação desta Lei, e asautorizadas por interesse social.

Ver comentários acima

§ 3º A União, os estados e o Distrito Federal, porato próprio, poderão ampliar o prazo a que serefere o caput em até cinco anos.

Ver comentários acima

Art. 48. A União, em conjunto com os estados, oDistrito Federal e os municípios, realizará oInventário Nacional de Florestas e VegetaçãoNativa Remanescentes em Imóveis Rurais, naforma do regulamento desta Lei.

Art. 61. A União, em conjunto com os estados, oDistrito Federal e os municípios, realizará oInventário Nacional de Florestas e VegetaçãoNativa Remanescentes em Imóveis Rurais, naforma do regulamento desta Lei.

Mesma redação.

Parágrafo único. A União estabelecerá critérios emecanismos para uniformizar a coleta,manutenção e atualização das informações dosinventários municipais e estaduais de florestas evegetação nativa remanescentes em imóveis

Parágrafo único. A União estabelecerá critérios emecanismos para uniformizar a coleta,manutenção e atualização das informações dosinventários municipais e estaduais de florestas evegetação nativa remanescentes em imóveis

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.73

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

rurais. rurais.Art. 49. Os proprietários ou possuidores deimóveis rurais que comprovarem, na forma doregulamento desta Lei, a manutenção devegetação nativa na área de Reserva Legal nospercentuais exigidos na forma da legislação emvigor à época em que ocorreu supressão devegetação, ficam dispensados de promoverem arecomposição ou compensação.

Ver comentários ao art. 39 do novo texto.

Art. 50. O art. 9º-A da Lei nº 6.938, de 1981,passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 62. O art. 9°-A da Lei n° 6.938, de 1981,passa a vigorar com a seguinte redação:

Mesma redação.Avalia-se que os ajustes das normas sobreservidão ambiental constantes na Lei 6.938/1981demandariam debate específico, fora do processode debate sobre o Código Florestal. Ela envolveaspectos diferenciados que vão além da flora.

“Art. 9º-A O proprietário ou possuidor de imóvel,pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumentopúblico ou particular, ou por termo administrativofirmado perante órgão integrante do Sisnama,limitar o uso de sua propriedade, em suatotalidade ou parte dela, para preservar,conservar ou recuperar os recursos ambientaisexistentes, instituindo servidão ambiental.

“Art. 9°-A O proprietário ou possuidor de imóvel,pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumentopúblico ou particular, ou por termo administrativofirmado perante órgão integrante do SISNAMA,limitar o uso de sua propriedade, em suatotalidade ou parte dela, para preservar,conservar ou recuperar os recursos ambientaisexistentes, instituindo servidão ambiental.

Mesma redação.Acredita-se ser necessária a anuência do órgãoambiental para a constituição da servidãoambiental, tendo em vista assegurar o devidocontrole. A ideia é haver instituição apenasmediante ato unilateral, ou o instrumento previstoserá firmado sempre com a participação do órgãoambiental, assim como o termo administrativo?Registre-se que a anuência é hoje prevista no art.9º-A da Lei 6.938/1981.

§ 1º O instrumento ou termo de instituição daservidão ambiental deve incluir, no mínimo, osseguintes itens:

§ 1º O instrumento ou termo de instituição daservidão ambiental deve incluir, no mínimo, osseguintes itens:

Mesma redação.

I – memorial descritivo da área da servidãoambiental, contendo pelo menos um ponto deamarração georreferenciado;

I - memorial descritivo da área da servidãoambiental, contendo pelo menos um ponto deamarração georreferenciado;

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.74

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

II – objeto da servidão ambiental; II - objeto da servidão ambiental; Mesma redação.III – direitos e deveres do proprietário oupossuidor instituidor;

III - direitos e deveres do proprietário oupossuidor instituidor;

Mesma redação.

IV – prazo durante o qual a área permanecerácomo servidão ambiental.

IV - prazo durante o qual a área permanecerácomo servidão ambiental.

Mesma redação.

§ 2º A servidão ambiental não se aplica às Áreasde Preservação Permanente e à Reserva Legalmínima exigida.

§ 2° A servidão ambiental não se aplica às Áreasde Preservação Permanente e à Reserva Legalmínima exigida.

Mesma redação.

§ 3º A restrição ao uso ou à exploração davegetação da área sob servidão ambiental deveser, no mínimo, a mesma estabelecida para aReserva Legal.

§ 3° A restrição ao uso ou à exploração davegetação da área sob servidão ambiental deveser, no mínimo, a mesma estabelecida para aReserva Legal.

Mesma redação.

§ 4º Devem ser objeto de averbação na matrículado imóvel no registro de imóveis competente:

§ 4° Devem ser objeto de averbação na matrículado imóvel no registro de imóveis competente:

Mesma redação.

I – o instrumento ou termo de instituição daservidão ambiental;

I- o instrumento ou termo de instituição daservidão ambiental;

Mesma redação.

II – o contrato de alienação, cessão outransferência da servidão ambiental.

II - o contrato de alienação, cessão outransferência da servidão ambiental.

Mesma redação.

§ 5º Na hipótese de compensação de ReservaLegal, a servidão ambiental deve ser averbada namatrícula de todos os imóveis envolvidos.

§ 5° Na hipótese de compensação de ReservaLegal, a servidão ambiental deve ser averbada namatrícula de todos os imóveis envolvidos.

Manteve-se a referência à averbação da reservalegal, provavelmente por esquecimento.

§ 6º É vedada, durante o prazo de vigência daservidão ambiental, a alteração da destinação daárea, nos casos de transmissão do imóvel aqualquer título, de desmembramento ou deretificação dos limites do imóvel.

§ 6° É vedada, durante o prazo de vigência daservidão ambiental, a alteração da destinação daárea, nos casos de transmissão do imóvel aqualquer título, de desmembramento ou deretificação dos limites do imóvel

Mesma redação.

§ 7º As áreas que tenham sido instituídas naforma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da Lei nº 4.771, de 1965, passam a serconsideradas, pelo efeito desta Lei, como deservidão ambiental.” (NR)

§ 7º As áreas que tenham sido instituídas naforma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da Lei n° 4.771, de 1965, passam a serconsideradas, pelo efeito desta Lei, como deservidão ambiental.” (NR)

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.75

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

Art. 51. A Lei nº 6.938, de 1981, passa a vigoraracrescida dos seguintes arts. 9º-B, 9º-C e 9º-D:

Art. 63. A Lei n° 6.938, de 1981, passa a vigoraracrescida dos seguintes arts. 9°-B e 9º-C e 9º-D:

Mesma redação.

“Art. 9º-B A servidão ambiental poderá seronerosa ou gratuita, temporária ou perpétua.

“Art. 9°-B A servidão ambiental poderá seronerosa ou gratuita, temporária ou perpétua.

Mesma redação.

§ 1º O prazo mínimo da servidão ambientaltemporária é de quinze anos.

§ 1º O prazo mínimo da servidão ambientaltemporária é de quinze anos.

Mesma redação.

§ 2º A servidão ambiental perpétua equivale, parafins creditícios, tributários e de acesso aosrecursos de fundos públicos, à Reserva Particulardo Patrimônio Natural – RPPN, definida no art. 21da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.

§ 2° A servidão ambiental perpétua equivale, parafins creditícios, tributários e de acesso aosrecursos de fundos públicos, à Reserva Particulardo Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21da Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000.

Mesma redação.

§ 3º O detentor da servidão ambiental poderáaliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ouparcialmente, por prazo determinado ou emcaráter definitivo, em favor de outro proprietário,ou de entidade pública ou privada que tenha aconservação ambiental como fim social.

§ 3º O detentor da servidão ambiental poderáaliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ouparcialmente, por prazo determinado ou emcaráter definitivo, em favor de outro proprietário,ou de entidade pública ou privada que tenha aconservação ambiental como fim social.

Mesma redação.

Art. 9º-C O contrato de alienação, cessão outransferência da servidão ambiental deve seraverbado na matrícula do imóvel.

Art. 9°-C O contrato de alienação, cessão outransferência da servidão ambiental deve seraverbado na matricula do imóvel.

Mesma redação.

§ 1º O contrato referido no caput deve conter, nomínimo, os seguintes itens:

§ 1° O contrato referido no caput deve conter, nomínimo, os seguintes itens:

Mesma redação.

I – a delimitação da área submetida àpreservação, conservação ou recuperaçãoambiental;

I - a delimitação da área submetida àpreservação, conservação ou recuperaçãoambiental;

Mesma redação.

II – o objeto da servidão ambiental; II - o objeto da servidão ambiental; Mesma redação.III – os direitos e deveres do proprietárioinstituidor e dos futuros adquirentes ousucessores;

III - os direitos e deveres do proprietário instituidore dos futuros adquirentes ou sucessores;

Mesma redação.

IV – os direitos e deveres do detentor da servidãoambiental;

IV - os direitos e deveres do detentor da servidãoambiental;

Mesma redação.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.76

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

V – os benefícios de ordem econômica doinstituidor e do detentor da servidão ambiental;

V - os benefícios de ordem econômica doinstituidor e do detentor da servidão ambiental;

Mesma redação.

VI – a previsão legal para garantir o seucumprimento, inclusive medidas judiciaisnecessárias, em caso de ser descumprido.

VI - a previsão legal para garantir o seucumprimento, inclusive medidas judiciaisnecessárias, em caso de ser descumprido.

Mesma redação.

§ 2º São deveres do proprietário do imóvelserviente, entre outras obrigações estipuladas nocontrato:

§ 2° São deveres do proprietário do imóvelserviente, entre outras obrigações estipuladas nocontrato:

Mesma redação.

I – manter a área sob servidão ambiental; I - manter a área sob servidão ambiental; Mesma redação.II – prestar contas ao detentor da servidãoambiental sobre as condições dos recursosnaturais ou artificiais;

II - prestar contas ao detentor da servidãoambiental sobre as condições dos recursosnaturais ou artificiais;

Mesma redação.

III – permitir a inspeção e a fiscalização da áreapelo detentor da servidão ambiental;

III - permitir a inspeção e a fiscalização da áreapelo detentor da servidão ambiental;

Mesma redação.

IV – defender a posse da área serviente, portodos os meios em direito admitidos.

IV - defender a posse da área serviente, por todosos meios em direito admitidos.

Mesma redação.

§ 3º São deveres do detentor da servidãoambiental, entre outras obrigações estipuladas nocontrato:

§ 3° São deveres do detentor da servidãoambiental, entre outras obrigações estipuladas nocontrato:

Mesma redação.

I – documentar as características ambientais dapropriedade;

I - documentar as características ambientais dapropriedade;

Mesma redação.

II – monitorar periodicamente a propriedade paraverificar se a servidão ambiental está sendomantida;

II - monitorar periodicamente a propriedade paraverificar se a servidão ambiental está sendomantida;

Mesma redação.

III – prestar informações necessárias a quaisquerinteressados na aquisição ou aos sucessores dapropriedade;

III - prestar informações necessárias a quaisquerinteressados na aquisição ou aos sucessores dapropriedade;

Mesma redação.

IV – manter relatórios e arquivos atualizados comas atividades da área objeto da servidão;

IV - manter relatórios e arquivos atualizados comas atividades da área objeto da servidão;

Mesma redação.

V – defender judicialmente a servidão ambiental. V - defender judicialmente a servidão ambiental. Mesma redação.Art. 9º-D O poder público estimulará, por meio de O artigo foi suprimido, apesar de constar

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.77

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

leis específicas, a implantação de servidãoambiental mediante incentivos econômicosproporcionais à área constante na Cota deReserva Ambiental, entre eles:

referência a ele no caput.

I – crédito rural facilitado com taxas de jurosmenores;

Ver comentário anterior.

II – limite de financiamento maior; Ver comentário anterior.III – redução da base de cálculo do Imposto deRenda em decorrência de investimentos naimplantação da servidão ambiental;

Ver comentário anterior.

IV – redução do valor venal do imóvel alienadocom servidão ambiental, para efeito depagamento de Imposto de Renda referente aganho de capital;

Ver comentário anterior.

V – isenção do Imposto de Renda decorrente desua cessão onerosa.”

Ver comentário anterior.

Art. 52. A alínea “d” do inciso II do art. 10 da Leinº 9.393, de 1996, passa a vigorar com a seguinteredação:

Art. 64. A alínea “d” do inciso II do art. 10 da Lein° 9.393, de 1996, passa a vigorar com aseguinte redação:

Mesma redação:

“Art. 10. ........................................§ 1º ...............................................II – ......................................................................................................d) sob regime de servidão ambiental;....................................................”(NR)

“Art. 10 .......................§ 1°..............................II -..............................................d) sob regime de servidão ambiental;....................................................“(NR)

Mesma redação.

Art. 53. O caput do art. 35 da Lei nº 11.428, de2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 65. O caput do art. 35 da Lei n° 11.428, de2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

Mesma redação.

“Art. 35. A conservação, em imóvel rural ouurbano, da vegetação primária ou da vegetaçãosecundária em qualquer estágio de regeneraçãodo Bioma Mata Atlântica cumpre função social e é

“Art. 35. A conservação, em imóvel rural ouurbano, da vegetação primária ou da vegetaçãosecundária em qualquer estágio de regeneraçãodo Bioma Mata Atlântica cumpre função social e é

Mesma redação.Do ponto de vista do mérito, é questionável aaceitação, como Reserva Legal, de “vegetaçãosecundária em qualquer estágio de regeneração”.

ANÁLISE SUJEITA A AJUSTES E COMPLEMENTAÇÕES. DATA: 18/05/2011.78

TEXTO DO SUBSTITUTIVOAPROVADO PELA COMISSÃOESPECIAL AO PL 1.876/1999

(E APENSOS)

EMENDA 186 (PLENÁRIO)ACATADA NO PARECER DO

RELATOR

COMENTÁRIOS

de interesse público, podendo, a critério doproprietário, as áreas sujeitas à restrição de quetrata esta Lei ser computadas para efeito daReserva Legal e seu excedente utilizado para finsde compensação ambiental ou instituição de cotade reserva ambiental...........................................” (NR)

de interesse público, podendo, a critério doproprietário, as áreas sujeitas à restrição de quetrata esta Lei ser computadas para efeito daReserva Legal e seu excedente utilizado para finsde compensação ambiental ou instituição de cotade reserva ambiental ..........................................“ (NR)

Além disso, o cômputo das referidas áreas nãopode ficar unicamente a critério do proprietário,uma vez que a localização da Reserva Legaldeve ser aprovada pelo órgão ambiental.

Art. 66. Para efeitos desta Lei, a atividade desilvicultura, quando realizada em área apta aouso alternativo do solo, é equiparada à atividadeagrícola, nos termos da Lei da Política AgrícolaBrasileira, Lei 8.171/91.

O novo artigo parece destoar do conteúdo da leiflorestal.

Art. 67. Os órgãos central e executor do Sisnamacriarão e implementarão, com a participação dosórgãos estaduais, indicadores de sustentabilidadea serem publicados, semestralmente, com vistasa aferir a evolução dos componentes do sistemaabrangidos por disposições desta Lei.

Dispositivo em tom de diretriz. Parece uma boaideia.

Art. 54. Revogam-se a Lei nº 4.771, de 15 desetembro de 1965, e a Lei nº 7.754, de 14 de abrilde 1989.

Art. 68. Fica revogada a Lei no 4.771, de 15 desetembro de 1965, alterada pela MedidaProvisória n°2.166-67, de 24 de agosto de 2001 ea Lei n° 7.754, de 14 de abril de 1989

Mesmo conteúdo.

Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de suapublicação.

Art. 69. Esta Lei entra em vigor na data de suapublicação.

Mesmo conteúdo.