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Escola Estadual Santa Rita de Cássia Ensino FundamentalAutorização de Funcionamento: DECRETO nº 2014/76 – DOE 06/07/76

Rua: João Manoel dos Santos, 885 – Fone (FAX) 43 – 3532-1831 – CEP 86390-000- Cambará – Estado do Paraná

ÍNDICE

Texto de abertura 02Apresentação 03Introdução 05Identificação do estabelecimento 05Organização da entidade escolar 06Objetivos Gerais 08Princípios da Política Educacional da SEED 10

Marco Situacional 11Breve Histórico da Realidade 11Caracterização da Clientela Escolar 21Análise Crítica dos Problemas existentes na Escola 25

Marco Conceitual 32Fundamentação TeóricaOrganização do Tempo EscolarOrganização Curricular

324243

Concepção Curricular 43Avaliação 47

Marco Operacional 53Mudanças Significativas a serem alcançadas – Ações 53Competências e atribuições 56Papel do Funcionário na Gestão DemocráticaPlano de Ação dos FuncionáriosPapel e participação das instâncias colegiadas

686869

Definição das ações relativas à formação continuada 70Atividades escolares e as ações didático-pedagógicas 70Qualificação dos espaços pedagógicos 71Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico 71

Bibliografia 72

AnexosComissão de Elaboração do Projeto Político-PedagógicoCópia de Aprovação do Projeto Político-Pedagógico

7475

1



A Escola

“Escola é...O lugar onde se faz amigos

Não se trata só de prédios, salas, quadros,Programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,Gente que trabalha, que estuda,

Que se alegra, se conhece, se estima.O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada umSe comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

Que não tem amizade a ninguém.Nada de ser como o tijolo que forma a parede,

Indiferente, frio, só.Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

É também criar laços de amizade,É criar ambiente de camaradagem,

É conviver, é se “amarrar nela”!Ora, é lógico...

Numa escola assim vai ser fácilEstudar, trabalhar, crescer,Fazer amigos, educar-se,

Ser feliz”.

(Paulo Freire)

2



APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico tem como linha condutora à construção de uma

escola coletiva baseada no pensar e no agir dos profissionais, pais, alunos e

comunidade nela inseridos.

A partir da diversidade dos envolvidos no processo educacional busca-se um

consenso para realizar uma escola para todos, onde a base seja uma aprendizagem

significativa, que transforme, ou contribua para modificar positivamente a realidade

dos nossos alunos, favorecendo à construção de uma sociedade mais justa e

igualitária.

A escola desenvolve sua autonomia através da participação, o que caracteriza a

gestão democrática, sendo o Projeto Político Pedagógico o documento que representa

os sonhos, os ideais, o modo de pensar, os planos e as escolhas da comunidade

escolar. Para tanto a democracia deve ser exercida e os órgãos colegiados precisam

mobilizar-se definindo seus interesses para a construção de uma educação de

qualidade.

Esse documento faz-se necessário ainda de acordo com os princípios

constantes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394 de 1996, nos artigos

12, 13 e 14 que reza aos estabelecimentos a obrigação de elaborar e executar sua

proposta pedagógica em conjunto com seus docentes e os demais profissionais nela

inseridos.

Ao elaborar seu Projeto Político Pedagógico a escola delimita prioridades,

define as metas a serem alcançadas e incorpora a auto-avaliação, isso se dá através

do conhecimento da comunidade em que atua e de suas responsabilidade para com

ela, constrói sua identidade própria, sua cultura permeada por valores, expectativas,

costumes, tradições, historicamente construída, permeadas pela realidade econômica

e social.

3



INTRODUÇÃO

1) IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:

1.1.Escola Estadual Santa Rita de Cássia Ensino Fundamental - Código nº

00066

1.2.Endereço: Rua: João Manoel dos Santos, 885

Fone/fax: (43) 35321831

email – [email protected]

site_ cbrsritadecassia.seed.pr.gov.br

1.3. Município de Cambará - Código nº 0360

1.3. Dependência Administrativa: Estadual - Código: 02

1.4. NRE de Jacarezinho - Código nº 017

1.5. Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná

1.6. Ato de Autorização da Escola: Decreto nº 2014-DO 01/07/76

1.7. Ato de Reconhecimento da Escola (Denominação): Resolução

nº 3120 de 11/09/98

1.8. Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escola: nº.

091/02 de 05/12/2002

1.9. Ato de Renovação de Reconhecimento: Resolução nº..

3603/07, de 16/08/07.

1.10. Distância da Escola do NRE: 23 Km

1.11. Local: Zona Urbana

4

mailto:[email protected]



2) ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

Modalidade de Ensino:

Ensino Fundamental:

4º Ano Cliclo Único – 2 salas ( 1 turma no período da manhã/ 1 turma no período da

tarde)

Educação Especial

Classe Especial – 2 salas (1 turma no período da manhã e 1 turma no período

da tarde)

Sala de Recursos – 1 sala (1 turma no período da manhã)

NÚMERO DE ALUNOS – Período da manhã

Série Turma Alunos

4º Ano Cliclo Único A 35

Classe Especial – DM A 10

1 Sala de Recursos – DM, TDAH,

Defasagens acentuadas de

idade/série, defasagem acentuadas de

aprendizagem

13*

* não serão computados , pois

frequentam no contra-turno

Total de alunos 45

NÚMERO DE ALUNOS – Período da tarde

Série Turma Alunos

4º Ano Cliclo Único B 30

Classe Especial DM B 10

Total de alunos 40

Atendemos um total de 85 alunos.

5



Número de profissionais que trabalham na escola

Funcionários administrativos 03Funcionários dos serviços gerais 03

Caseiro 01Diretora 01

Pedagoga 01

Professoras regentes 02

Professores de Educação Física 01Professoras de Artes / Educ. Artística 02

Total de profissionais 13* Alguns professores têm duplas funções, como regentes em dois períodos, mas

foram contados apenas uma vez.

Número de dependências

Espaço Físico Quant. ObservaçãoSalas de aula 06 ---Biblioteca / Labor. Informát. 01 ---Cozinha 01 ---Secretaria 01 ---Sala do Leite 01 ---Sala da Dir./ Pedagoga 01 ---Sala dos Professores 01 ---Hall de entrada 01 ---Pátio 01 Divide espaço com o refeitórioBanheiro dos alunos 02 Masculino e FemininoBanheiro das Profª. e Func. 01 ---

Período de Funcionamento:

Manhã das 08h às 12h00min

Tarde das 13h às 17h00min

Ambientes Pedagógicos:

Número total de Salas de aula: 05

Número de salas de aula utilizadas por turno:

Manhã: 1 sala

Tarde: 1 sala

Sala de Recursos: 01 sala (período da tarde)

6



Classe Especial: 02 salas (1 sala no período da manhã e 1 sala no

período da tarde)

Biblioteca: 1 sala (compartilha espaço com o laboratório de informática do

Programa Paraná Digital)

OBJETIVOS GERAIS

• Entravar uma relação da fundamentação teórica com a prática

executada em salas de aula;

• Encaminhar o procedimento da escola dentro de uma gestão

democrática e colegiada;

• Atribuir possibilidades de melhoria de “qualidade para todos” dentro

da organização curricular;

• Selecionar conteúdos significativos, que possam efetuar uma

construção de saberes aos alunos, que possibilite sua potencialidade

no processo crítico e aponte para a emancipação humana e

ampliação de sua autonomia;

• Conduzir saberes que atribuam aos alunos o desenvolvimento para o

domínio da leitura, bem como sua compreensão de mundo, escrita,

procedimentos de calculo, capacitação textual e na constituição de

conhecimentos de temas relevantes;

• Avaliar, diagnosticamente, todo o processo escolar: aquele que

conduz a organização do trabalho escolar; aquele que visa o

7



conhecimento do aluno causado no processo ensino/aprendizagem;

e todo procedimento de efetuação cognitiva; a postura que

educadores condicionam para um bom relacionamento com seus

educandos;

• Efetuar um processo de inclusão concedida pela instituição escolar a

fim de integrar todos os educandos com as mesmas condições de

aprendizagem.

“Princípios da Política Educacional da SEED

• Educação como direito do cidadão

• Universalização do ensino

• Escola pública, gratuita e de qualidade

• Combate ao analfabetismo

• Apoio à diversidade cultural

• Organização coletiva do trabalho

• Gestão democrática

A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a ela se

reportam. Só a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. A cultura

escolar deve permitir que os educandos tenham um transcurso contínuo e progressivo

no estabelecimento de ensino, com a apresentação de resultados efetivos de

aprendizagem”.

www.seed.pr.gov.br

8

http://www.seed.pr.gov.br/



MARCO SITUACIONAL

2.4. Breve Histórico da Realidade:

A atual realidade brasileira no que se refere a educação já alcançou grandes

avanços, principalmente no acesso, pois na maioria das regiões brasileiras há escolas

para todos os alunos. Segundo o Almanaque Abril do ano de 2001, um em cada três

brasileiros vai diariamente à escola: para ensinar ou aprender, o número de professores

e alunos no Brasil é igual ao da população da França e do Reino Unido e quase o dobro

da população do Canadá; 95,8% das crianças e dos adolescentes de 7 a 14 anos do

país, estão incluídos nas escolas.

Diagnóstico Educacional no Paraná

Ensino Fundamental Regular

Fonte: MEC/INEP

Fonte: MEC/INEP

9

População de 7 a 14 anos de Idade - 2000

Total Taxa de atendimento

7 a 14 anos 7 a 10 anos 11 a 14 anos 7 a 14 anos

1.483.909 732.529 751.380 96,3 %

Matrícula no Ensino Fundamental Regular -Total

Ano Total FederalEstadua

lMunicipal Privada

1996 1.781.853 1.229 877.637 762.037 140.950

2002 1.693.577 469 760.690 802.320 130.098



Fonte: MEC/INEP

INSTITUTO PAULO MONTENEGRO

A população brasileira com 10 ou mais anos de idade tem, em média, 7,1 anos

de estudo, indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre a faixa de população com 18 anos ou mais, é de 7,4 anos de estudo, bem

abaixo do esperado, já que este grupo tem idade suficiente para ter concluído pelo

menos o ensino médio, o que representaria 11 anos em bancos escolares.

Por outro lado, houve um pequeno aumento na escolarização de crianças e

adolescentes de 6 a 14 anos, passando de 97% em 2.007 para 97,5% em 2008.A taxa

varia de 96,1% na região Norte até 98,1%, na Sudeste.

Ensino Fundamental Regular – Taxa de Repetência por Série – 2001

Unidade

GeográficaTotal

Série

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ªBrasil 20,0 31,6 20,2 16,6 14,1 24,0 16,6 16,3 15,4Região Sul 15,4 18,4 13,6 10,0 9,8 21,8 19,0 16,4 12,7Paraná 15,3 13,8 16,8 10,3 9,3 22,0 18,8 16,1 14,8

Fonte: MEC/INEP

Ensino Fundamental Regular – Taxa de Evasão por Série - 2001

10

Matrícula no Ensino Fundamental Regular – Matrícula de 1ª a 4ª série

por Dependência Administrativa

Ano Total Federal Estadual Municipal Privada

1996 977.082 907 168.863 729.328 77.984

1997 997.687 1.037 151.942 747.896 76.812

2002 891.518 - 48.128 777.714 65.676



Unidade

GeográficaTotal

Série


Fonte: MEC/INEP

Ensino Fundamental Regular – Taxa de Distorção Idade/Série - 2002

Unidade

GeográficaTotal

Série


Fonte: MEC/INEP

Número Médio de Horas-Aula Diária de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª séries - 2002

Unidade

Geográfica

Número Médio de Horas-Aula Diária

Total 1ª a 4ª série 5ª a 8ª sérieBrasil 4,3 4,3 4,4

Região Sul 4,2 4,1 4,2

Paraná 4,2 4,1 4,3

Fonte: MEC/INEP

Número Médio de Alunos por Turma de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª séries - 2002

Unidade

Geográfica

Número Médio de Horas-Aula Diária

Total 1ª a 4ª série 5ª a 8ª sérieBrasil 28,0 26,3 32,4

Região Sul 25,2 23,8 28,7

Paraná 28,7 26,3 32,8

Fonte: MEC/INEP

Percentual de Funções Docentes com Formação Superior – 2002

11



Unidade

GeográficaTotal 1ª a 4ª série 5ª a 8ª série

Pública Privada Pública Privada Pública PrivadaBrasil 50,2 66,2 28,2 43,9 73,3 84,4Região Sul 65,7 79,5 43,0 65,1 85,8 90,1Paraná 71,0 81,0 46,0 65,9 97,2 93,2

Fonte: MEC/INEP

Percentual de Alunos Atendidos segundo Infra-Estrutura Disponível nas Escolas

- 2002

Unidade

Geográfica

Infra-Estrutura Disponível – Total

Abasteci-

mento de

Água

Energia

ElétricaBiblio-teca

Lab. de

Ciências

Lab. de

Inform.

Quadra de

Esportes

Acesso a

Internet

Brasil 99,5 96,0 56,4 19,4 27,2 53,8 19,4

Região Sul 99,9 99,8 39,7 39,7 37,7 75,0 39,7

Paraná 100,0 99,6 36,9 40,9 40,9 74,9 36,9

Fonte: MEC/INEP

Salário Médio dos Docentes de 4ª e 8ª séries - 2001

Unidade

Geográfica

Salário Médio em R$

4ª série 8ª sérieBrasil 587,62 908,03

Região Sul 644,08 850,63

Paraná 581,82 972,82

Fonte: MEC/INEP

População de Pessoas com Necessidade Educacionais Especiais por Faixa

Etária - 2000

Unidade

Geográfica

Faixa Etária

Até 24 anos0 a 3

anos4 a 6 anos 7 a 14 anos 15 a 17 anos

18 a 24

anosBrasil 1.281.037 85.857 107.048 440.880 185.333 461.919

Região Sul 171.617 12.522 14.766 59.734 24.219 60.376

Paraná 67.420 5.087 5.801 24.113 9.044 23.375

12



Fonte: IBGE – Censo DemográficoNota: Foi considerado deficiente a pessoa que informou ter problema mental permanente; total ou grande

dificuldade permanente de enxergar mesmo com uso de óculos ou lente de contato; total ou grande dificuldade permanente de ouvir, mesmo com uso do aparelho auditivo e paralisia permanente total (tetraplégica ou quadriplégica).

Educação Especial – Matrículas de Alunos com Necessidade Educacionais

Especiais, em Escolas Exclusivamente Especializadas ou em Classes Especiais de

Escola Regular, por Nível/Modalidade de Atendimento – 2002

Unidade

Geográfica

Matrículas de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

TotalEduc.

Infantil

Classe de

Alfabeti-

zação

Funda-

mentalMédio

Educ. de

Jovens e

Adultos

Educação

Profissio-nal

Brasil 337.397 83.036 27.964 175.413 1.040 16.667 33.777

Região Sul 81.640 15.334 4.894 42.033 404 3.654 15.321

Paraná 44.299 7.708 1.925 22.852 200 1.491 10.123

Fonte: MEC/INEP

Educação Especial – Matrículas de Alunos com Necessidade Educacionais

Especiais, em Classes Comuns (integração), com e sem Sala de Recursos, por

Nível/Modalidade de Atendimento – 2002

Unidade

Geográfica

Matrículas de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

TotalEduc.

Infantil

Classe de

Alfabeti-

zação

Funda-

mentalMédio

Educ. de

Jovens e

Adultos

Educação

Profissio-

nalBrasil 110.704 9.416 807 92.177 2.941 5.214 149

Região Sul 23.824 1.514 5 20.490 618 1.171 26

Paraná 9.840 535 - 8.484 241 573 7

Fonte: MEC/INEP

13



Educação Especial - Percentual de Funções Docentes Com e Sem Curso

Específico com Formação Superior – 2002

Unidade Geográfica Total GeralCom Curso

Específico

Sem Curso

EspecíficoBrasil 50,2 39,0 11,3

Região Sul 53,7 46,0 7,7

Paraná 55,6 51,2 4,4

Fonte: MEC/INEP

Frente a esses dados, pode-se observar que a educação paranaense está acima

da média brasileira e muitas vezes até da região sul, demonstrando que a luta pela

educação sempre foi meta de toda a equipe da educação neste estado, porém mesmo

com esses dados ainda há muito o que fazer. Devido a isso o Estado do Paraná tem

lutado para construir uma escola pública de qualidade e de acesso à todos os alunos,

para isso tem buscado capacitar todos os profissionais da educação: professores,

funcionários e comunidade escolar, melhorado a merenda, viabilizando a

informatização das escolas, realizando concursos para todos os segmentos e outras

ações. Para isso tem criado Projetos como: o FICA (Programa para a Inclusão Escolar

e a Valorização da Vida), Patrulha Escolar (parceria entre a Polícia Militar e a SEED),

Paraná Digital, Projeto Folhas, Projeto Agrinho (Parceria com o SENAR), Projeto da

Biodiversidade, Projeto PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), Semana

Pedagógica, Grupos de Estudo, Jornada Pedagógica, Profuncionário (Curso Técnico de

Profissionalização dos Funcionários da Educação, a Distância), dentre outros.

No município de Cambará, uma zona definida como a soma territorial de vales

muito férteis, formado pelo afluente às margens dos rios Alambari e Paranapanema, no

arco que estes dois cursos de água traçam entre as cidades de Cambará e Guairá. O

norte velho, como é chamada essa região, foi o encanto dos desbravadores que aqui

vieram por causa de sua exuberante terra roxa. O movimento colonizador da cidade de

Cambará iniciou-se no ano de 1904 quando o Sr. Alexandre Domingos Caetano,

14



conforme escritos de Monsenhor João Belchior, chegou em Cambará num carro de bois

e se estabeleceu às margens do rio Alambari, próximo a uma aldeia de índios, de

índole pacífica, com os quais manteve um bom relacionamento. Com o progresso da

cidade, conquistou o direito de ser administrado por si própria, sendo elevado à

categoria de município pela lei estadual nº 2.208 de 28 de março de 1923, confirmada

pela Lei nº 2.270 de 26 de março de 1924. À partir dessa conquista a cidade cresceu e

prosperou, atualmente residem na cidade aproximadamente 25 mil habitantes, sua

economia está baseada na agricultura e em várias industrias que aqui se instalaram,

acreditando no sonho dos primeiros colonizadores. O município tem para oferecer a sua

população no que tange a educação pública: quatro escolas municipais, cinco colégios

estaduais e cinco escolas estaduais, proporcionando oferta de vagas a todos os

munícipes de 1ª série do Ensino Fundamental ao final do Ensino Médio e Pós-Médio

Profissionalizante.

Dentre estas escolas estaduais temos a Escola Estadual Santa Rita de Cássia

Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries), situada a Rua João Manoel dos Santos, número

885 (oitocentos e oitenta e cinco), Vila Santa Rita. É uma escola tradicional que faz

parte da historia de muitos munícipes. Sua fundação data-se do ano de 1960, durante o

governo do Exmo. Sr. Moisés Lupion e era denominada Grupo Escolar Santa Rita de

Cássia. A pedra fundamental foi colocada em solenidade, pela professora Maria dos

Anjos Bittencourt, por ser considerada a professora mais antiga da cidade.

No ano de 1962, no governo de sua Exa. General Ney Amintas de Barros Braga

foi criado o Grupo Escolar pelo Decreto nº 7040 de 09 de março de 1962, sob a

proposta do Exmo. Sr. Dr. Jucundino da Silva Furtado, D. D. Secretário de Educação e

Cultura. Foi um dos primeiros decretos do Sr. Secretário de Educação e Cultura em

exercício, pois sua posse deu-se a 08 de março de 1962.

Antes de ser assinado o Decreto da fundação do Grupo Escolar, foi criado o

primeiro Corpo Docente do Estabelecimento, constituído pelas seguintes professoras:

Maria dos Anjos Santos Palomares, Maria Marlene Teixeira Covre, Maria Massue

Kamikawa, Benedita Eunice Eloi Stabelini, Diva Aparecida Marques Teixieira, Marilene

Marcolin, Maria José dos Santos Trautwein, Benedita Ribeiro Oliveira, Nila Duarte,

15



Maria Cortez Cavalheiro e Suely Fonseca de Faria, transferidas pela Portaria nº 636 de

25 fevereiro de 1962, para este Grupo Escolar.

O primeiro Corpo Docente foi empossado no dia 1º de março de 1962, pela

Inspetora Auxiliar de Ensino, professora Odette Mattar Bernardelli.

As primeiras aulas do referido estabelecimento foram ministradas no prédio da

Escola da Aplicação, em virtude do novo estabelecimento não possuir os móveis

necessários ao seu funcionamento.

No dia 14 de abril de 1962, teve lugar à missa inaugural, celebrada pelo pároco

Stevan Saboril, com a presença de Diretores dos Estabelecimentos de Ensino da

localidade, alunos e pais.

A inauguração oficial deu-se no dia 24 de setembro de 1962, pelo Exmo. Sr.

Governador do Estado General Ney Amintas de Barros Braga, que lavrou na ocasião

um Termo de Visitas.

Até 24 de setembro de 1962 a Escola era conhecida pelo nome de Grupo

Escolar Vila Santa Rita, mas com a vinda do Sr. Governador e a solicitação feito pelo

corpo docente, passou a chamar-se Grupo Escolar Santa Rita de Cássia, cuja

retificação foi publicada em Diário Oficial de 18 de outubro de 1962 pelo Decreto nº

9765.

Alteração de denominação pelo Decreto nº 2014/76 a escola passou a

denominar-se Escola Santa Rita de Cássia – Ensino de 1º Grau.

Houve nova alteração pela Resolução nº 2.235 de 13/06/1983, D. º nº.576 de

12/07/83 passando a denominar-se Escola Estadual Santa Rita de Cássia – Ensino de

1º Grau.

Na última alteração passou a denominar-se Escola Estadual Santa Rita de

Cássia Ensino Fundamental pela Resolução Secretarial nº 3.120 de 11/09/98.

A unidade escolar teve em sua administração as seguintes diretoras:

• De 1962 a 1973: Professora Maria dos Anjos Santos Palomares;

• De 1974 a 1975: Professora Amélia Garcia Scarinci;

• De 1976 a 1982: Professora Tereza Maziero;

• De 1983 a 1988: Professora Ana Apa. Sinhorini Rodrigues Ferreira;

16



• De 1989 a 1994: Professora Leonor Tinelli Geribola;

• De 1995 a 2001: Professora Sandra Maria Cristiani Romano;

• De 2002 a 2003: Professora Marlene Faeda Moraes;

• De 2004 até a próxima gestão (2010): Professora Meire Barbieri

Ferreira Delboni.

Atualmente temos como equipes na escola:

Equipe docente - Professores Estaduais

Curso/Disciplina ProfessoresEnsino Fundamental - CB 02Artes / Edc. Artística – CB 02Educação Física - CB 01Educação Especial 03

Equipe Diretiva

Função ProfessoresDiretora 01Pedagoga 01

Equipe técnica-administrativa

Função FuncionáriosSecretário 01Técnico-Administrativo 02

Equipe de Serviços Gerais

Função FuncionáriosAuxiliar de Serviços Gerais 03

17



CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Uma grande parte dos alunos são oriundos de famílias com uma situação

econômica e social mais difícil, classe baixa e média, consequentemente tem

dificuldades de acesso a cultura, ao lazer e ao esporte.

Os pais na medida de seu possível procuram ajudar seus filhos, segundo seus

relatos, demonstrando muitas vezes mais um desejo do que realmente atitudes reais,

necessitam de muita orientação e apoio quanto ao direcionamento e educacional dos

filhos, que em parte é de nossa competência, mas para que realmente seja completo é

fundamental a participação da família, para que consigamos um êxito maior quanto a

educação escolar das crianças.

Os alunos matriculados nesta unidade escolar são oriundos em sua maioria de

famílias carentes, cujos pais são trabalhadores rurais, operários de indústrias,

empregadas domésticas, do comércio, há ainda desempregados ou sub-empregados e

alguns funcionários públicos.

Perante esta realidade, os alunos têm pouco atendimento e atenção por parte

dos pais devido a sua jornada de trabalho e baixa escolaridade, dificultando seu

desempenho escolar, apesar dos esforços dos professores.

ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA

Quanto à formação continuada há uma grande necessidade de dar

prosseguimento aos estudos realizados, tanto para os professores quanto para os

demais funcionários, pois é neste momento que acontece a reflexão e a troca de

experiências, tão importantes para o bom desempenho do trabalho profissional,

procurando adequar o período para não atrapalhar o ano letivo do aluno.

18



Na relação entre os professores não há problemas, sempre há troca de

experiências. Em relação aos funcionários, pedagogo e diretor trabalham de maneira

possível, dando o apoio necessário. Quanto aos pais, em sua maioria não se sentem

co-responsáveis pela vida escolar do seu filho, deixando para o professor toda a

responsabilidade, levando com isso os alunos a não demonstrarem interesse nos

trabalhos realizados em sala de aula e mesmo nas tarefas de casa por não terem

incentivos em seu lar.

No que diz respeito à participação dos pais no Conselho de Escola, APMF e de

reuniões de pais e outros, somente comparecem quando são convocados. Não há na

escola um grupo de pais que trabalhe ativamente nos órgãos colegiados.

O Conselho de Classe é um órgão atuante e constituído a fim de compartilhar

ideias e buscar coletivamente a solução dos problemas. Nesse sentido, o Pré-Conselho

é um recurso imprescindível que interfere em problemas detectados na aprendizagem e

direciona encaminhamentos para o processo do Conselho de Classe.

A escola tem seu tempo escolar organizado em Ciclos, e os professores têm se

concentrado em estabelecer mudanças metodológicas para trabalhar neste sistema,

embora ainda com grandes dificuldades de se conciliar alunos já alfabetizados e outros

ainda iniciando o processo, dificultando os encaminhamentos quanto aos conteúdos.

Outra questão concernente às dificuldades no trabalho pedagógico dos

professores diz respeito à falta de participação dos pais na vida escolar do filho, o seu

acompanhamento que respalda o ensino aplicado em sala e garante a sua continuidade

em casa.

19



Um outro ponto a ser relatado pelos professores é a falta de espaço físico, como

uma biblioteca adequada, uma quadra de esportes, uma sala para os professores

realizarem a Hora Atividade, em contra partida a escola já esta em reforma.

Quanto à evasão e a repetência podemos dizer que foram sanados devido ao

empenho de toda a comunidade escolar com o auxílio do Projeto Fica.

Quanto à inclusão buscamos sempre atender a todos os alunos para que sintam-

se acolhidos e tenham acesso ao conhecimento. Temos nesta unidade escolar alguns

casos de alunos com necessidades educacionais especiais como: na classe comum

alguns alunos com pouco comprometimento cognitivo ou fora da idade/série. Foi aberto

nos anos de 2005 e 2006 as Classes Especiais para atender a dez alunos cada classe

com deficiência mental e a Sala de Recursos visando atender as crianças

regularmente matriculadas de 1ª a 4ª séries e com problemas de aprendizagem,

decorrentes de um atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou

deficiência mental, e que necessitem de apoio especializado para complementar o que

viram em sala de aula, obtendo assim maiores progressos no processo de

aprendizagem da Classe Comum. Estão frequentando a Sala de Recursos 13 alunos.

20



MARCO CONCEITUAL

2.5 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ideal é dar acesso à educação para todos os alunos formando cidadãos

autônomos, críticos e participantes de sua comunidade, com valores morais e éticos,

empenhados em viver solidariamente.

A escola em sua essência deve buscar meios para formar cidadãos críticos e

conscientes de sua influência no meio social em que vivem, construindo uma sociedade

mais justa e igualitária. Nosso sonho de construir essa sociedade é sustentada por

alguns pilares como: a dedicação, o respeito, a solidariedade e o amor.

Através do trabalho baseado na dedicação, não medindo esforços para

alcançarmos nossos objetivos educacionais, estamos conscientes de nossa influência

na vida dos alunos, e que estamos preparando o futuro de nossa sociedade.

O respeito, constitui-se um eixo fundamental que deve nortear as relações

interpessoais e pedagógicas. Deve haver respeito de aluno para com os alunos, entre a

escola e a família, entre os alunos e os funcionários/docentes, entre os docentes, os

funcionários, o pedagogo, o diretor e as pessoas da comunidade em geral. Acreditamos

que esse valor, quando adotado, arrasta consigo uma série de outros valores e

desencadeia uma quantidade imensa de comportamentos positivos e construtivos, pois

respeitar o semelhante é dignificá-lo como pessoa humana e considerá-lo em sua

condição de ser único.

A solidariedade e o amor são sentimentos essenciais quando se trabalha com

pessoas e deve ser cultivado tanto na família como na escola, estando todos os

integrantes da comunidade escolar prontos a dar bons exemplos de relacionamento

humano, isso consequentemente servirá para desenvolver cidadãos com valores

essenciais para a construção de qualquer sociedade.

Tem-se ainda por base e princípio ainda, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional nº 9.394/96, como regem os artigos 2º e 3º:

21



“Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação pra o trabalho.”

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII – valorização do profissional da educação escolar;

VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

IX – garantia de padrão de qualidade;

X – valorização da experiência extra-escolar;

XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Baseada na Pedagogia Histórico-crítica, que vai da prática social inicial à nova

prática social pela mediação da teoria, que se quer ao mesmo tempo, crítica e

transformadora, busca-se uma concepção educacional que ajude a transformar o

conhecimento em conteúdo escolar, para que o aluno tenha interesse pelas aulas. Com

esse intuito podemos caracterizar como prática-teoria-prática, partindo dos

conhecimentos prévios dos alunos, de sua vivência social, logo após atuando na zona

de desenvolvimento imediato, através dos passos da problematização,

instrumentalização e catarse, chegando a uma prática social final do conteúdo.

22



Neste sentido estamos cumprindo o que determina a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional nº 9.394/96 em seu Artigo 32: O ensino fundamental, com

duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo

a formação básica do cidadão, mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana

e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Partimos do nosso olhar para a realidade brasileira que nos coloca diante de

problemas éticos bastante sérios, contudo já estamos por demais de acostumados com

nossas misérias de toda ordem, tendo de lutar contra o sentimento de impotência para

a ação. A nossa sociedade é organizada com muitas falhas, pois tem enorme

diferença, como financeira, onde os alunos que tem um poder aquisitivo maior, tem

melhor desenvolvimento intelectual, onde os de baixa renda sofre muito com isto,

inclusive a família desestruturada. Há um modo de diminuir esta diferença é

promovendo projetos, reuniões, palestras com a presença de todos (pais e alunos), e

debatendo vários assuntos, entre eles: educação sexual, drogas e oferecendo cursos

para os pais.

A escola eficaz tem um diferencial que a distingue das outras, é a sua própria

capacidade de adaptação à atualidade, atendendo as novas exigências da sociedade.

Cabe a direção ter uma visão estratégica global, que lhe permita gerar mudanças

positivas e respostas rápidas, com flexibilidade e eficiência.

O ser humano faz uso da tecnologia desde que criou as primeiras ferramentas

para caçar e pescar, mas atualmente a concepção de tecnologia está mais ligada na

mídia como recursos da informática ou eletrônica em geral. O professor em sala de aula

23



deve dominar a tecnologia, para utilizar recursos diferenciados, mas acima de tudo

precisa saber conceitualizá-la corretamente, pois ao aluno é fundamental que saiba

utilizar os mais diversos recursos tecnológicos atuais, porém é fundamental a

compreensão de que está ligada a própria necessidade do homem e está repleta de

intenções econômicas, sociais e políticas.

Quando pensamos no homem logo pensamos num grupo de pessoas, pois

somos seres sociais necessitamos uns dos outros para vivermos, isto fica claro quando

observamos as sociedades mais distantes da civilização. Estão mais próximos do

ambiente natural, não modificado pelo homem, mas organizam-se socialmente para

conseguirem sobreviver. O ser humano constrói sua própria história, age sobre o meio

em que vive transformando-o para que possa sobreviver, trabalha, produz, faz política e

cultura. Passa suas aprendizagens para novas gerações.

Com isso tudo, cria um mundo humano, que tem significado social, que

interagem entre si. Cada agrupamento cria seu próprio jeito de ver o mundo, sua

cultura. Necessitamos valorizar as nossas culturas, as nossas raízes, tradições, o

nosso povo, com o homem do campo, o indígena, o negro, havendo interesses e

anseios das camadas mais populares em ver sua cultura ser legitimada.

Todo esse processo se dá por intermédio do trabalho, é ele quem direciona o

fazer humano, na maioria das vezes até seus valores e atitudes. É através do trabalho

que o ser humano se faz Homem, constrói sua sociedade, seus bens, que podem ser

materiais ou não materiais (o conhecimento). É na escola que se dá aquisição dos bens

não materiais e com eles podem criar, modificar o já existente, terem novas ideias e

renovar o ambiente os meios de trabalho.

A sociedade brasileira é carente em cidadãos críticos e atuantes, talvez pela

maneira pela qual foi colonizada, pelos períodos de repressão pela qual passou. Nosso

desafio é ajudar na construção de cidadãos críticos, participativos, conscientes de seus

direitos e deveres. Há uma série de Conselhos que foram criados pelos governos, os

quais poderiam ser o primeiro passo para exercerem a cidadania de forma mais direta,

mas ainda não há por parte da comunidade e de muitos lideres essa conscientização, e

são sempre os mesmos munícipes que participam.

24



A conscientização só se dará através do conhecimento, pois é ele que

transforma o mundo. Através dele podemos enxergar o mundo como ele realmente é,

ou entendê-lo sobre várias óticas, sem conhecimento principalmente da leitura e

escrita o homem fica restrito ao que é capaz de captar por meios de mais fácil acesso,

quando tem-se o domínio de outras formas de conhecimento o ser humano acaba por

dominar os que a ele não tem acesso. Daí a importância de universalizarmos a

aquisição do saber historicamente construído pelo homem, que é de todos e não deve

ficar restrito a uma elite.

O ser humano sempre teve suas percepções sobre o mundo e criou meios para

comprovar se era verdadeiro ou não. Assim criou a ciência, mas ela não é neutra

sempre está enraizada em uma forma de ver o mundo, ou ocorre a partir de interesses

sociais, econômicos, religiosos, culturais e outros.

Para que possamos apropriar-nos de todo os saberes que a ciência produziu o

homem necessita da educação, de uma forma sistematizada de adquirirmos

conhecimentos. Meio este que é próprio do ser humano.

A gestão democrática tem como princípio a participação efetiva de toda a

comunidade escolar nas decisões, eventos, reflexões e ações que dizem respeito a

unidade escolar, porém cada membro tem seu papel/função definida, todos

convergindo para o mesmo ideal, o bem comum.

A partir desse ideal, na participação e uso da autonomia e da liberdade é que se

constrói um projeto político pedagógico que tenha como resultado uma comunidade

capaz de lutar por seus direitos e cumpridora de seus deveres, transformando assim

sua realidade, ou traçando metas pra mudanças futuras.

Cabe ao gestor educacional propor e viabilizar meios para que todos os órgãos

colegiados da escola possam atuar plenamente de acordo com as propostas do Projeto

Político Pedagógico. Pode-se citar como órgãos colegiados:

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• Conselho Escolar

Segundo consta em bibliografia oferecida pelo MEC, o conselho escolar é

formado por todos os segmentos da comunidade escolar: pais, alunos, professores,

direção e demais funcionários. Por meio do Conselho todas as pessoas ligada à escola

podem se fazer representar e decidir sobre aspectos administrativos, financeiro e

pedagógico, tornando esse colegiado não só um canal de participação, mas também

um instrumento de gestão da própria escola.

• APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

De acordo com o Regimento Escolar a APMF, pessoa jurídica de direito privado,

é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de

ensino, não tendo caráter partidário, racial, nem fins lucrativos, cuja finalidade é a

integração entre escola, família e comunidade para o aprimoramento do processo

ensino-aprendizagem.

• Conselho de Classe

De natureza consultiva e deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos, com

atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar

o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos

adequados a cada caso. O conselho de classe será constituído pelo diretor, pelo

pedagogo e por todos os professores que atuam numa mesma classe. A presidência

ficará a cargo do diretor que, em sua falta ou impedimento, será substituído pelo

pedagogo.

“Considera-se que seja o Conselho de Classe a mais importante de todas as

instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de

dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do processo de ensino, foco central do

processo de escolarização. Entretanto, para que isso aconteça é fundamental que tanto

a equipe pedagógica quanto os professores da escola estejam atentos aos rumos

dados às relações sociais presentes na organização de todo o trabalho escolar.

Dependendo do tipo de relação pedagógica estabelecida entre os sujeitos e sua prática,

assim como do conhecimento que se produz nessa relação, os rumos dessa instância

seguirão os caminhos da construção crítica e democrática da escola ou, ao contrário,

26



permanecerão reproduzindo uma cultura escolar apegada ao autoritarismo, à

seletividade e à exclusão social.” (DALBEN, 2004)

O Conselho de Classe, apoiado pelos prévios encaminhamentos do Pré-

Conselho, constitui-se num espaço privilegiado, pois estão todos os profissionais

reunidos e juntos podem deliberar sobre objetivos de ensino a serem alcançados, uso

de metodologias e estratégias de ensino, critérios de seleção de conteúdos curriculares,

projetos coletivos de ensino e atividades, formas-critérios e instrumentos de avaliação

utilizados para o conhecimento do aluno, formas de acompanhamento dos alunos,

elaboração de fichas de registro do desempenho do aluno pra o acompanhamento no

decorrer dos ciclos e para a informação aos pais, formas de relacionamento com a

família, propostas curriculares alternativas para alunos com dificuldades específicas,

adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades educativas especiais

e propostas de organização dos estudos complementares.

A gestão democrática está baseada em pressupostos que abaixo citamos:

• Capacitar todos os segmentos: A participação exige aprendizado. É relevante

na escola criar espaços onde todos os segmentos possam ser capacitados.

Ao professor já é reservado um momento especial, a Hora Atividade, onde

pode estudar, discutir seus problemas e suas necessidades e também a

capacitação continuada. Aos funcionários é importante que o diretor também

viabilize momentos de estudo e trocas entre seus pares. A comunidade

escolar e os alunos também necessitam de orientações quanto aos seus

direitos e deveres e de a importância da sua participação na escola.

• Consultar a comunidade escolar: Se desejamos que a comunidade escolar

participe da escola é necessário criar espaço para que ela se manifeste,

através de reuniões, capacitações, questionários e outros.

• Institucionalizar a gestão democrática: A consulta e a participação das

comunidades escolares possibilitará que as decisões tomadas sejam de

acordo com as necessidades e anseios educacionais reais da população.

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• Garantir a lisura nos processos de definição da gestão: Para que se garantam

transparência e respeito aos princípios éticos nas ações relacionadas à

gestão democrática, todos os cuidados devem ser tomados pela comunidade

escolar. Relatar fatos graves ocorridos ao Conselho de Escola, divulgar dados

de balanço financeiro da escola, respeito as regras e princípios norteadores

presentes no projeto político pedagógico e outros.

• Dar agilidade às informações e transparência às negociações: dar acesso a

todas as informações da escola que sejam pertinentes à comunidade escolar

e ter profissionalismo para resolver conflitos na escola, o diretor atuando

como um articulador, dando transparências as decisões tomadas.

A capacitação do professor está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional 9.394/1996 em seu Artigo 67. Os sistemas de ensino promoverão a

valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos

estatutos e dos planos de carreira do magistério público: (...) II – aperfeiçoamento

profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse

fim; (...) IV – período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga

de trabalho. Para atender a essa determinação e pensando na qualidade do ensino, os

professores tem sua Hora Atividade, que é realizada quando os professores de

Educação Física e Educação Artística estão dando aulas e os professores das salas

vão fazer seu horário de estudo e planejamento. O Núcleo Regional de Educação envia

muitos textos para subsidiar os momentos de estudo na escola. Já a capacitação

continuada com profissionais de fora da escola ocorrem em cursos e jornadas

pedagógicas. São várias as opções de cursos oferecidos pelo SEED: Cursos mais

centralizados em Faxinal do Céu e na cidade de Curitiba para todas as áreas, Grupos

de Estudo na própria escola, Jornadas Pedagógicas, DEB ITINERANTE. Ao professor

cabe o interesse e a dedicação para frequentar e aproveitar bem todas as opções de

capacitação continuada.

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2.6 – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

Na unidade escolar o tempo está organizado por ciclos de dois anos:

4º Ano Cliclo Único.

Com esse modo de organização o aluno tem seus conhecimentos respeitados,

pois no ano seguinte partem de onde estavam. O tempo que o aluno permanece na

escola deve ser eficientemente direcionado para que possa aproveitá-lo no máximo e a

aprendizagem realmente se efetive.

Para que isso aconteça, submetemos os diferentes ritmos dos alunos

diversificando o tempo de aprendizagem permitindo-lhes que cada um avance a seu

ritmo, usando o tempo que seja necessário e além desse tempo recebem ajuda

igualmente diferenciada (contra-turno, sala especial e sala de recursos) para aprender

de forma que este tempo adicional necessário seja suportável para a escola e para o

próprio aluno em sua aprendizagem.

Nossa escola está atenta à organização significativa do trabalho pedagógico

marcada por uma pedagogia de autonomia, visando assegurar a formação cidadã do

estudante.

2.7 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O currículo está organizado por disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática

Educação Artística, Educação Física, História, Geografia, Ciências e Ensino Religioso

trabalhadas dentro do ciclo de dois anos. Alguns temas são desenvolvidos através de

Projetos.

29



2.8 – CONCEPÇÃO CURRICULAR

Estamos vivendo na era da informação e somos constantemente inundados por

notícias, novas ideias, propostas e conhecimentos, e o que devemos então oferecer

aos nossos alunos? Tudo o que há disponível, sem pensar nas concepções implícitas?

Para que nosso aluno receba um currículo de acordo com suas necessidades e tendo

por base um projeto educacional planejado e desenvolvido a partir de uma seleção da

cultura e das experiências das quais se deseja que as novas gerações participem, a fim

de socializá-las e capacitá-las para ser cidadãos solidários, responsáveis e

democráticos.

Cada aluno traz de casa sua cultura, sua identidade, seus sonhos, suas

frustrações enfim suas vivências positivas ou negativas, que devem ser aproveitadas

pelo professor construindo um ambiente com respeito à diversidade. Partindo do que a

criança sabe, mediar o currículo base, confrontando o que o aluno traz de senso

comum e transformando-o em conhecimento científico. Todo conhecimento deve ter um

significado social na vida do aluno, não pode estar desarticulado do seu cotidiano, ele

precisa saber porquê está aprendendo aquele conteúdo.

Ao professor cabe buscar os mais diversos meios para que seu aluno realmente

aprenda, e um dos espaços que oferecem esse caminho é a formação continuada e

cabe ao professor aproveitá-lo da melhor forma e principalmente romper a barreira

teórica e realmente levar essas novas práticas para sala de aula.

Exigir direitos é parte da cidadania, mas respeitar os contratos sociais é sua contrapartida. Talvez por não fazermos a nossa parte ou não termos a consciência de pertencer a um coletivo é que somos tão condescendentes com irregularidades que acabam prejudicando todos. E o fato de mantermos a maioria da população sem os direitos básicos de cidadania nos impede de construir a Nação-cidadã que arrotamos desejar. (PINSKY, 1999)

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Ao aluno deve ser oferecido a oportunidade de conhecer, estudar, discutir e

saber lutar por seus direitos. Podemos destacar que todo ser humano tem direito a

viver: - em um ambiente equilibrado; - a uma saudável qualidade de vida; - ao

progresso; - à paz; - à autodeterminação dos povos; - à preservação cultural e histórica.

O Código de Defesa do Consumidor, por tratar de temas muito ligados ao dia-a-

dia dos alunos, desperta o interesse e contribui para que eles possam conscientizar as

suas famílias, além disso dá a oportunidade para atuarem plenamente enquanto

cidadãos. Deste Código cabe destacar: Educação do Consumidor, Informações sobre

os produtos, Proteção da vida e da saúde, Liberdade para escolher produtos e serviços,

Proteção contratual, Proteção contra publicidade enganosa e abusiva, Acesso à justiça,

Facilidade de defesa dos direitos, Indenização, Qualidade também dos serviços

públicos.

Algumas Leis podem e devem ser exploradas em sala de aula, como as citadas

acima e outras, por exemplo o Estatuto da Criança e do Adolescente e as Normas de

Convivência da própria escola. Sempre no sentido de informar e preparar os alunos

para viverem sua cidadania, buscando a integridade dos seus direitos e o cumprimento

de seus deveres.

A Educação Tributária tem compromisso com a construção da cidadania ao potencializar uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva. (Programa Agrinho)

Quando inclui-se no currículo a educação fiscal tem-se como objetivo levar o

aluno a compreender que o tributo faz parte de um sistema de manutenção social, no

qual são mantidos a saúde, a educação, o transporte, a assistência aos mais carentes e

outros.

31



A ideia que as pessoas com necessidades educacionais especiais podem e

devem ser tratadas com igualdade pela sociedade é recente e tem-se disseminado

principalmente por força da lei.

A inclusão é um caminho sem volta, mas não sem dúvidas e desafios; ela é

positiva para todos os alunos.

A constituição de 1988 celebrou o direito de todos à educação e acrescentou às

pessoas com deficiência o direito ao “atendimento educacional especializado”. Esse

atendimento é complementar ao ensino escolar e assegura aos alunos com deficiência

as condições que lhes são indispensáveis para que a tenham acesso e frequência à

escolaridade em escolas comuns.

Aprender é uma ação humana criativa, individual, heterogênea e regulada pelo

sujeito da aprendizagem, independentemente de sua condição intelectual ser mais ou

ser menos privilegiada. São as diferentes ideias, opiniões, níveis de compreensão que

nos enriquecem e que clareiam o nosso entendimento.

A escola está recriando suas práticas, mudando suas concepções, revendo seu

papel, reconhecendo e valorizando as diferenças. Todas as crianças, durante seu

período de amadurecimento, precisam aprender juntas e umas com as outras.

Quando o ambiente educacional é inclusivo, todos os alunos não apenas se

beneficiam academicamente, como também expandem suas oportunidades de futuro

sucesso.

Na escola inclusiva todo membro da comunidade escolar, adulto ou jovem, é

tratado com dignidade e respeito, é acolhido e pertence a ela. Existe ajuda recíproca

entre todos os membros da escola. Cada um é reconhecido tanto como provedor

quanto como receptor de ajuda. O professor é o facilitador da aprendizagem e não fonte

de conhecimento. Os professores são organizadores do ambiente em sala de aula, das

experiências de aprendizagem, dos recursos e das condições procedimentais e práticas

de aprendizagem. Os alunos aprendem a determinar de que informações necessitam e

como obtê-las. O conhecimento está sempre se transformando. A cooperação é mais

valorizada do que a competição; o que se pratica é o trabalho interdependente, a

32



partilha e a atenção. Os administradores educacionais são facilitadores do

desenvolvimento e da implementação, e não os criadores da política. Os alunos e o

professor – e não o sistema – têm o poder.

2.9 – AVALIAÇÃO

A avaliação sempre está em pauta nas discussões escolares, pois já foi vista

como punição, só estava direcionada ao aluno, era classificatória, excludente dentre

outras. Essas ideias foram difundidas ao longo de muitos anos e, é difícil libertarmos-

nos de tais conceitos. Muito temos estudado e debatido sobre o tema para que

possamos incorporar novas concepções sobre avaliação.

Segundo a Deliberação nº 007/99 de Ensino Fundamental e Médio do estado do

Paraná, em seu Artigo 1º - A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do

ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

§ 1º - A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

§ 2º - A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de

ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos

de ensino.

§ 3º - A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do

estabelecimento de ensino como um todo.

A escola busca uma avaliação que seja diagnóstica, formativa e somativa, dando

preponderância aos aspectos qualitativos da aprendizagem realizada

cooperativamente, visando determinar até que nível os objetivos ou programação

curriculares, previamente estabelecidos, foram ou deixaram de ser alcançados pelos

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alunos. Para ajudar a detectar os problemas existentes, partindo da auto-avaliação do

professor até as dificuldades do aluno e o que pode ser feito por ele. Isso acontece

através do registro do progresso e dificuldades dos alunos, quando fazem atividades

rotineiras e também planejando atividades com o intuito de avaliar o desempenho do

discente.

O estabelecimento de ensino utilizará como procedimentos do processo

avaliativo: avaliações orais e escritas, atividades individuais ou em grupos, relatórios,

entrevistas, apresentações de trabalho, debates, pesquisas e outros recursos que o

professor achar necessário. O parecer descritivo vai relatar todas as conquistas e

dificuldades dos alunos acompanhando-o em sua vida escolar.

Quando a maioria dos alunos não vão bem, os professores e a equipe

pedagógica buscam soluções para sanar as dificuldades das crianças, partindo de uma

análise como um todo, não somente do professor e do aluno, o que podemos fazer para

ajudar esses discentes.

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo pela qual o aluno com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que

possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. Inicialmente o professor da classe

tenta recuperar o aluno na própria sala de aula, quando observa que necessitará de

outro apoio é encaminhado para o contra-turno ou sala de recursos se for o caso, onde

realizará atividades que visem sanar suas dificuldades. Quando necessário é

encaminhado para psicóloga, pedagoga ou chamado os pais para dar apoio.

Outro apoio é a sala de recursos na qual o docente trabalha com dificuldades

especificas, atendendo individualmente o aluno, ou em pequenos grupos quando da

utilização de atividades de jogos coletivos.

A promoção será feita tendo em vista a verificação do rendimento escolar, que

envolverá a apuração da assiduidade e do aproveitamento. Quando o aluno atinge o

mínimo de conteúdos exigido no ciclo ou caso haja alguma necessidade educacional

especial que tenha adaptações curriculares, seguirá para o ciclo seguinte. De um ano

para o outro dentro do ciclo de dois anos, o aluno prossegue automaticamente,

34



somente sendo retido por faltas. O professor terá uma classe bastante heterogênea, na

qual buscará favorecer-se da diversidade para enriquecer suas aulas.

Para o Contra-turno é necessário um trabalho diferenciado da sala regular, onde

ao aluno será oferecido diferentes formas de ensinar o mesmo conteúdo, buscando

utilizar materiais concretos e atividades com significado social.

Alguns alunos por problemas sociais ou de saúde abandonam a escola ou são

matriculados tardiamente, dentro do estabelecimento de ensino há um procedimento

chamado de Classificação, para posicionar o aluno em série, ciclo, fase, ou etapa

compatível com sua idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou

informais.

Segundo o regimento escolar a Classificação pode ser realizada:

I – Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, ciclo,

período ou etapa anterior na própria escola;

II – Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou

do exterior considerando a classificação da escola de origem;

III- Independente de escolarização anterior, mediante a avaliação feita pela

escola que defina o grau de desenvolvimento e experiência de candidato e permita sua

inserção na serie, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.

O regimento escolar esclarece ainda que a Classificação tem caráter pedagógico

centrado na aprendizagem e exige os seguintes procedimentos administrativos para

resguardar os direitos dos alunos das escolas e dos profissionais:

I – Proceder a avaliação diagnostica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

II – Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado

para obter deste o respectivo consentimento;

III – Organizar comissão formada por docentes, técnicos da escola para efetivar

o processo;

IV – Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados.

V – Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

35



Há um outro procedimento denominado de Reclassificação que é o processo

pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento, experiência do aluno matriculado,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de

estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que

registra o seu histórico escolar. Não é permitido reclassificar o aluno para uma fase

inferior a anteriormente cursada.

Todos os acontecimentos pertinentes ao conhecimento dos pais são

imediatamente comunicados através de: convocação dos pais na escola, visita aos pais

na casa do aluno, marcado horário para uma reunião e reuniões bimestrais para

assuntos mais gerais. Todos os atendimentos aos pais são registrados numa “Ficha de

atendimento aos pais”, para documentar os procedimentos utilizados pela escola e

comprovar atitudes, caso haja dúvida por parte dos pais ou autoridades. A escola

sempre está aberta para atender aos pais ou comunidade sobre os assuntos

educacionais que necessitarem.

Temas sociais contemporâneos:

- Educação Fiscal: Nossa escola, ao assumir um trabalho mais efetivo

com temas da contemporaneidade, estará tomando posição em defesa

da justiça social, equidade a solidariedade, da cooperação e da ética,

além da melhoria da qualidade de vida em comunidade. Dessa forma, a

escola estará firmando um pacto com a sociedade, com seu tempo e

estará construindo no seu dia-a-dia um currículo vivo que se faz e se

refaz na relação escola e sociedade, currículo e vida.

- Educação do Campo: Nossa escola está preocupada com o

atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente e, para

ser reconhecida como tal, está voltada indistintamente para a inclusão de

todos os sujeitos.

36



O grande desafio de nossa escola é estabelecer uma proposta de

ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem

perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui-

se um patrimônio universal.

Nossa escola promove a prática pedagógica voltada a enraizar os

educandos em sua cultura própria: que pode ser transformada ou

recriada a partir da interação com outras culturas, mas que precisa ser

conservada. Isso se traduz em ajudar os educandos a perderem a

vergonha de sua identidade e até mesmo de “serem da roça”,

valorizando a história de seus antepassados, tendo uma visão crítica

sobre ela e a aprender no passado para saber projetar o futuro.

Um bom jeito de trabalharmos isso na escola é contar histórias e

estórias que tenham a memória da comunidade como referência, assim

como trabalhar com diferentes linguagens artísticas que expressem sua

cultura.

− História e cultura afro-brasileira e africana: Nossa escola visa

garantir indistintamente por meio da educação iguais direitos para o

pleno desenvolvimento de todos e de cada um, enquanto pessoa e

cidadão, buscando assim, desconstruir o mito racial que assola

nossa sociedade, mito esse que difunde a crença de que, se os

negros não atingem os mesmos patamares que os não negros, é por

falta de competência ou de interesse, desconsiderando as

desigualdades seculares que a sociedade cria com prejuízos para os

negros. Com esta medida, reconhecemos que além de garantir

vagas para negros nos bancos escolares, é preciso resgatar e

valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando

reparar danos que se repetem há séculos à sua identidade e os seus

direitos. Essa relevância do estudo de temas decorrentes da história

e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população

37



negra, ao contrário, diz respeito a todos, uma vez que devem educar-

se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade

multicultural e pluri étnica capazes de construir uma nação

democrática.

O ensino de História afro-brasileira e africana em nosso

estabelecimento envolverá articulação entre passado, presente e

futuro, num âmbito de experiências, construções e pensamentos,

produzidos em diferentes circunstâncias e realidade do povo negro e

no cotidiano da escola, nos diferentes níveis e modalidades de ensino,

como conteúdo de disciplinas, datas significativas, realização de

projetos de diferentes naturezas no decorrer do ano letivo. Já que a

escola tem o papel preponderante de eliminação das discriminações e

para emancipação dos grupos discriminados acreditamos que com

estas medidas estamos desempenhando esse papel.

MARCO OPERACIONAL

Mudanças significativas a serem alcançadas - Ações

3) Linhas de ações

• Problemas de relacionamento

- Textos de sensibilização;

- Dinâmicas de confraternização;

- Proporcionar momentos de diálogo.

• Desenvolvimento de alunos com senso-crítico e autonomia

- Proporcionar momentos de discussão sobre a realidade local ;

- Trazer para sala de aula reportagens sobre assuntos que sejam do interesse

do aluno;

38



- Desenvolver Projetos de Pesquisa de Preços e Reciclagem de Lixo

(confecção de brinquedos)

• Formar cidadãos desprovidos de qualquer preconceito: social, racial, cultural,

religioso.

- Tratar todos os alunos igualmente;

- Não aceitar atitudes discriminatórias em sala de aula;

- Pesquisar textos literários para a conscientização das diferenças;

- Confecção em sala de aula de cartazes, murais que tratem do tema.

• Organização do recreio.

- As coordenadoras, a pedagoga, a diretora e outros funcionários que

estiverem disponíveis ajudar na organização e acompanhamento das

crianças no recreio;

- Colocar em prática o planejamento do Recreio Dirigido.

• Reuniões e palestras para os pais.

- Agendar com profissionais da saúde, da justiça e outros para realizarem

palestras;

- Organizar com a equipe pedagógica orientações para o resgate de valores da

família e direcionamentos quanto a educação dos filhos.

Como meta para a organização de alguns espaços pedagógicos e coletivos na

escola pretendemos:

• Direcionar a Hora Atividade para estudos de textos (principalmente o material

enviado pelo NRE), discussão de alguns temas relacionados ao cotidiano da

escola e planejamento. Esse objetivo será realizado com a presença do

coordenador e pedagogo no momento da Hora Atividade do professor, lendo,

discutindo e trocando ideias.

39



• Propor momentos de estudo coletivo e conscientização sobre a importância

da Reunião pedagógica, pois é através dela que se delineia as ações

pedagógicas maiores no âmbito da escola. Discutir as propostas de

mudanças metodológicas apresentadas nas capacitações oferecidas pela

SEED. Esse objetivo será realizado com a presença do coordenador e

pedagogo no momento da Hora Atividade do professor, lendo, discutindo e

trocando ideias.

• Conscientizar a equipe docente da importância do Conselho de Classe, de

suas funções, na valorização dos órgãos colegiados, do trabalho e na busca

de soluções no coletivo da escola. Realizar bimestralmente o Conselho de

Classe. Esse objetivo será alcançado quando for oferecido ao professor

textos que tratem do assunto abordado e relate experiências positivas.

• Acompanhar por parte do pedagogo e do coordenador do CBA o

desenvolvimento do trabalho no Contra-turno propondo novas metodologias e

acompanhando a frequencia dos alunos. Propor critérios para o

encaminhamento do aluno ao contra-turno e valorizar os alunos que

conseguiram melhorar, sendo dispensados do contra-turno. No momento da

Hora Atividade acompanhar os relatos do professor, seus registros e observar

o desempenho dos alunos.

• Realizar parcerias com a saúde, faculdades e profissionais em geral que

possam ministrar palestras e atividades com os alunos, os professores e os

pais na escola. O diretor, o pedagogo e o coordenador entrar em contato com

os profissionais para que realizem palestras para os professores e

comunidade escolar.

• Buscar novos meios para os pais e comunidade participarem da escola:

Reuniões com profissionais diversos, reuniões bimestrais com a equipe

pedagógica, escola de pais, festas promovidas pela APMF, apresentações

em datas comemorativas, oficina de mães.

40



Os recursos financeiros recebidos pela escola são geridos pelo diretor

juntamente com a APMF. Os balancetes são divulgados bimestralmente no edital da

escola. Nas reuniões da APMF, Conselho de escola e da Equipe pedagógica são

discutidos para onde será gasta cada verba.

COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES

Descrição das Funções dos profissionais atuantes na unidade escolar:

Compete ao Diretor:

Planejamento de todos os setores: Pedagógicos e Administrativos;

Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a

voto, somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em

Assembleia;

Submeter o Plano anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de

contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

Elaborar e encaminhar a SEED, as propostas de modificação, aprovadas

pelo Conselho Escolar;

Submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;

Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estudar e

propor alternativas de solução para atender aos problemas de natureza

pedagógica, administrativa e situações emergenciais;

Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho

Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola,

cessando ou implantando cursos, ampliando ou reduzindo o número de

turnos e turmas e a composição das classes;

41



Propor a SEED, implantação das diretrizes pedagógicas ou de gestão

administrativa, após aprovação do Conselho Escolar;

Coordenar a implantação das diretrizes pedagógicas emanadas da SEED;

Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

SEED;

Manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos da

administração estadual de ensino;

Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos da administração através de reuniões, encontros,

grupos de estudo e outros eventos.

Disponibilizar espaço físico adequado para a oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial.

Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino.

Compete ao Pedagogo:

Ser articulador – responsável pelo processo pedagógico e pela

elaboração, implementação do Projeto Político Pedagógico no

estabelecimento.

coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas

educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais.

Orientar o processo de elaboração dos Planos de trabalho Docente junto

ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino.

Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e

dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de

reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no

estabelecimento de ensino.

42



Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,

de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico.

Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e

disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de

todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

Discutir e planejar com o professor regente, co-regente e coordenador do

CBA, os conteúdos específicos pra o trabalho pedagógico a ser realizado

na escola em forma de grupos de estudo;

Organizar periodicamente reuniões de estudo para discutir a concepção

de ensino-aprendizagem proposta pelo Currículo Básico;

Organizar junto com o coordenador do CBA e regente os grupos de

alunos para o atendimento tanto com o professor do contra turno como o

regente;

Organizar reuniões com os pais para esclarecimentos sobre o regimento e

sobre o projeto político pedagógico;

Apresentar seu trabalho com ações definidas para toda a comunidade

escolar.

Compete ao Coordenador do CBA:

Juntamente com outros membros da equipe pedagógica deve ser o

articulador do processo pedagógico, planejando com o professor

regente, o co-regente e o professor do contra turno, o que será

trabalhado junto aos alunos;

43



Interagir com o professor (regente, co-regente e contra turnista) sobre

as dificuldades individuais apresentadas pelo aluno, propondo formas

de trabalho para que durante o processo, essas dificuldades possam

ser superadas;

Estabelecer em consenso com os professores (regente e contra

turnista) substituição de alunos conforme superação das dificuldades

anteriormente apresentadas e já trabalhadas;

Manter contato permanente com o professor regente e o professor do

contra turno, acompanhando o desenvolvimento dos alunos;

Inteirar-se do motivo das faltas dos alunos, tanto na turma como no

contra turno, comunicando e buscando soluções junto aos pais ou

órgãos competentes;

Interagir (acompanhar) com o professor na apresentação dos

resultados da aprendizagem aos pais;

Subsidiar o professor em todos os momentos do processo ensino-

aprendizagem;

Orientar os professores novos quanto a organização em ciclos (a

proposta);

O coordenador tem que ter um perfil alfabetizador e não exercer uma

função política.

Compete ao Professor Regente:

Ser um professor comprometido com a educação, mais

especificamente no caso do CBA, com a alfabetização e o trabalho

pedagógico;

Ter clareza da concepção de alfabetização, criança, aprendizagem

e do ensino em ciclos;

Planejar suas ações pedagógicas tendo em vista atender as

necessidades individuais de aprendizagem dos alunos;

44



Trabalhar com pequenos grupos, atendendo os alunos nos

diferentes níveis de aprendizagem;

Planejar e realizar atividades diversificadas;

Compreender a diversidade cultural do grupo de alunos;

Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos;

Manter contato permanente com o co-regente, com o coordenador,

com o professor do contra turno e pedagogo, acompanhando o

encaminhamento pedagógico pertinente aos seus alunos, bem

como, os avanços de aprendizagem de cada aluno.

Compete ao Pofessor Co-Regente:

Trabalhar junto com o professor dando preferência ao trabalho em

sala de aula, atendendo os alunos nas

suas necessidades individuais ou utilizar outros espaços para

atender pequenos grupos para um atendimento mais específico;

Desenvolver um planejamento, tendo como base o Currículo

Básico, junto com o regente e o coordenador do CBA;

Ficar a disposição somente para atender as turmas do CBA;

Entender que é tão responsável quanto o regente, pelo processo

ensino-aprendizagem dos alunos, respondendo pelo seu sucesso e

fracasso.

Compete ao Professor de Contra-Turno:

Trabalhar os conteúdos curriculares estabelecendo relações entre

as áreas do conhecimento;

Interagir com o regente, planejando e discutindo encaminhamentos

metodológicos mais adequados ao trabalho pedagógico

desenvolvido no contra turno;

45



Interagir via coordenador do CBA e/ou pedagogo com o regente

(quando não for possível encontros entre o regente e contra

turnista);

Atender os alunos nas suas dificuldades específicas,

compreendendo a heterogeneidade, planejando e trabalhando a

partir das dificuldades e formas de compreensão de cada aluno;

Comunicar ao coordenador e pedagogo as faltas dos alunos,

buscando saber os motivos e apontando soluções;

Registrar os avanços individuais obtidos pelos alunos;

Antes de iniciar o trabalho analisar o diagnóstico do professor

regente e elaborando o seu próprio;

O professor do contra turno não é “tarefeiro” e deve desenvolver

seu trabalho utilizando metodologias diferenciadas daquelas

realizadas pelo professor regente;

Interagir com o regente, coordenador do CBA e pedagogo, visando

resgatar a auto-estima dos alunos.

Compete ao Secretário:

Cumprir e fazer cumprir as determinações de seus superiores

hierárquicos;

Serviços de escrituração escolar e correspondência do

estabelecimento;

Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos

seus auxiliares;

Redigir as correspondências que lhe for confiada;

Organizar e manter em dia as Coletâneas de Leis, regulamentos,

diretrizes, ordens de serviço, curriculares, resoluções e demais

documentos;

Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

46



Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados às

autoridades competentes;

Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que

devam ser assinados;

Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o

registro de assentamento dos alunos, de forma a permitir, em

qualquer época, a verificação.

Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes

a matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;

Comunicar à direção toda irregularidade que vem a ocorrer na

Secretaria.

Compete aos Técnicos-Administrativos que atuam na Secretaria:

Cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à

documentação comprobatória, necessidades de adaptação,

aproveitamento de estudos, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

Organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os

serviços do seu setor;

Atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando

informações e orientações;

Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e

aquelas que concernem à especificidade de sua função.

47



Compete aos funcionários da Equipe Auxiliar Operacional:

Estar integrados à Proposta Educacional tendo um papel de

prestação de serviços adequados;

Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações,

cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

Estar atento às necessidades de ordem de limpeza durante o

período;

Atender adequadamente aos alunos com necessidades

educacionais especiais temporárias ou permanentes, que

demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;

Auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de

rodas, andadores, muletas e outros facilitadores, viabilizando o

acesso e a participação no ambiente escolar;

Ter cuidado com o imóvel escolar;

Cumprir o horário estabelecido pela escola.

Compete ao Auxiliar Operacional que atua na cozinha do estabelecimento

de ensino:

Preparar e servir a merenda controlando-a quantitativa e

qualitativamente, e observando os cuidados básicos de higiene e

segurança, e conforme os padrões de qualidade nutricional;

Informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade

de reposição de estoques;

Conservar o local de preparação da merenda em boas condições

de trabalho procedendo a limpeza e arrumação;

Respeitar os alunos tratando-os com delicadeza e carinho;

Zelar pelo material de uso e consumo na preparação da merenda

escolar.

48



Compete ao Auxiliar Operacional que atua na área de vigilância da

movimentação dos alunos nos espaços escolares:

Percorrer as diversas dependências do estabelecimento de ensino,

observando os alunos quanto a necessidade de orientação e auxílio

em situações irregulares;

Encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os

alunos que necessitarem de orientação ou atendimento;

Observar a entrada e saída dos alunos prevenindo acidentes e

irregularidades;

Impedir a entrada no prédio ou área adjacentes, de pessoas

estranhas e sem autorização fora do horário de trabalho, como

medida de segurança;

Zelar pelo prédio e suas instalações, procedendo aos reparos que

se fizerem necessários e levando ao conhecimento de seu superior,

qualquer fato que dependa de serviços especializados para reparo

e manutenção.

Compete ao Técnico-Administrativo que atua na biblioteca escolar:

Cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca

escolar;

Atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o

empréstimo semanal de livros aos alunos;

manter a biblioteca organizada e com o acervo de fácil acesso aos

usuários;

promover momentos de interação com as crianças para

desenvolver o gosto pela leitura;

49



tratar os alunos com carinho e respeito para que se sintam

acolhidos e retornem à biblioteca.

3.1 – PAPEL DO FUNCIONÁRIO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Levando-se em consideração o papel do funcionário de escola, dentro de suas

competências, pode-se estabelecer alguns pontos em que a sua atuação seja favorável

à da democratização da gestão escolar.

Para tanto, elaborou-se um Plano de Ação que possibilita o entrosamento das

funções administrativas com sua participação no desenvolvimento pedagógico da

escola.

PLANO DE AÇÃO:

Objetivo:

Ampliar a participação do funcionário como educador, auxiliando na construção

de uma escola consciente de seus deveres sociais e educacionais, promovendo a

formação integral do aluno.

Princípios Orientadores:

Institucionalização da gestão democrática;

Revisão conceitual sobre a educação escolar e o papel de cada um na escola.

Ação:

Organização do trabalho e das atividades administrativas de forma a integrar-se

com o ambiente pedagógico;

Implementação de cronograma de ações, distribuição de tarefas e reorganização

de horários;

50



Representação no Conselho Escolar.

Condições:

Envolvimento dos funcionários nas questões que ultrapassem o âmbito

burocrático da administração escolar;

Capacitação frequente da equipe administrativa voltada à formação dos

educandos;

Valorização profissional por parte das políticas públicas, garantindo melhores

condições de trabalho e de remuneração.

3.2 – PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

A proposta é de estimular os pais e a comunidade para participarem das

instâncias colegiadas, deixando claro que a gestão democrática só acontece quando há

a participação de todos. Dentro do ambiente escolar também precisa ser estimulado,

para que se tenha maior empenho de todos em participarem do Conselho Escolar,

APMF e Conselho de Classe.

Para que isso aconteça é necessário promover momentos de estudo e reflexão

para toda a comunidade escolar.

3.3 – DEFINIÇÃO DAS AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA.

A formação continuada é importante para o desenvolvimento de toda a

comunidade escolar.

• Professores: Capacitação pela SEED, Grupos de Estudo, Leituras e

discussões na Hora Atividade, Palestras e outros.

• Funcionários: Agendar bimestralmente reuniões para capacitar quanto às

necessidades da escola.

• Pais e comunidade: Reuniões bimestrais e palestras.

51



3.4 – ATIVIDADES ESCOLARES, EM GERAL, E AS AÇÕES DIDÁTICO-

PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR:

Atividades da APMF:

• Atividades culturais relativas às tradições regionais e folclóricas, como a

comemoração do Carnaval, Festas Juninas, Dia do Folclore, Aniversário do

Município, etc;

• Atividades culturais relativas às datas comemorativas incluídas ao aspecto

cultural, como as festividades referentes à Páscoa, ao Dia da Criança, Dia

dos Pais, Dia das Mães, Natal, etc

• Encerramento festivo do ano letivo para os alunos.

• Organização de palestras sobre temas ligados à cidadania: saúde, educação

no trânsito, drogas.

• Participação no balancete semestral junto aos integrantes da comunidade

escolar, através de editais e em Assembleia Geral.

• Colaboração, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com

as necessidades dos alunos comprovadamente carentes.

Atividades didático-pedagógicas:

• Projeto Normas de Convivência;

• Projeto Vivendo Valores na Escola;

• Incentivo à prática de Alunos Monitores;

• Implementação periódica da Reunião de Pais;

• Eu acompanho a Avaliação Escolar do meu filho e você?

3.5 - QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS: SALAS,

BIBLIOTECA, LABORATÓRIOS...

Já está em construção novas salas o que irá otimizar os espaços pedagógicos

para os próximos anos.

52



3.6 – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

A partir da observação direta, dos relatórios, do acompanhamento das atividades

dos professores e funcionários, da qualidade do atendimento à comunidade, a equipe

diretiva estará sempre avaliando o desempenho dos docentes, pedagogos e

funcionários.

Esta avaliação será feita pelo acompanhamento da produtividade, participação,

pontualidade e assiduidade de cada profissional.

A avaliação deve servir como ponto de partida para mudanças, como parâmetros

para a tomada de decisões, para apontar avanços e retrocessos, para corrigir e superar

problemas e para reorientar ações.

A auto-avaliação é uma outra forma de avaliar que traz resultados positivos, pois

o profissional tem a oportunidade de analisar seu progresso e suas dificuldades sem a

interferência direta de outros.

O Projeto Político Pedagógico será anualmente avaliado e retomado na medida

em que não é algo pronto e acabado, mas um documento que representa o pensar e

agir da comunidade escolar. Nas

reuniões de Pais, do Conselho Escolar, da APMF, do Grupo dos Professores e

Funcionários serão destinados momentos para retomada das propostas presentes no

Projeto Político Pedagógico.

3.7 - BIBLIOGRAFIA

Cadernos Temáticos – Avaliação Institucional. SEED. Curitiba, 2005.

Currículo Básico para a escola pública do estado do Paraná. SEED –

Paraná, 1992.

53



DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Gestão escolar democrática e o lugar dos

conselhos de classe. Campinas, SP: Papirus, 2004.

Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da rede de educação

básica do estado do Paraná (versão preliminar). SEED – Paraná, 2005.

ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos

sentidos. Rio de Janeiro: DP&A., 1999.

FICA COMIGO – Mobilização para a inclusão escolar e a valorização da vida.

SEED – Curitiba, 2005.

GESTÃO DA ESCOLA FUNDAMENTAL. UNESCO-MEC. São Paulo, 1993.

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394 de 1996.

Regimento Escolar. Escola Estadual Santa Rita de Cássia Ensino

Fundamental. Cambará, 2002.

REVISTA GESTÃO EM REDE. Escolas trilham caminhos para construir a paz.

Consed – Conselho Nacional de Secretários de Educação. Brasília, 2003.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às

teorias do currículo às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

TORRES, Patrícia Lupion, org. Uma leitura para os temas transversais:

ensino fundamental. Curitiba: SENAR-PR, 2003.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva.

Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível/ Ilma P. A. Veiga (org).

Campinas, SP: Papirus, 1995.

3.8 - ANEXOS

Constam, nas páginas seguintes:

- Comissão de Elaboração do P.P.P.

- Cópia da Ata de Aprovação do P.P.P.

54



COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:

Supervisão dos trabalhos:

Meire Barbieri Ferreira Delboni

Diretora do Estabelecimento.

Implementação dos encaminhamentos para a elaboração

do projeto:

Análise e reestruturação do projeto:

Denise Bernadeli _ Professora _ Arte ( CBA)

Cecília Maria Stoppa _ Professora _ Educação Física ( CBA )

Doralice Amorin de Almeida Comin – Técnico-Administrativo

Giselle da Silva Soares – Professora – Educação Especial

Irene da Silva - Professora CBA

Jaime Tavares Duarte – Auxiliar Operacional

Edson Candido Xavier _ Secretário

José Ferreira da Costa – Técnico-Administrativo

Márcia Apda Montanholi Silva – Professora – Educação Especial

Marlene Faeda Moraes – Professora CBA

Maria Amélia Schizaro Scoparo – Auxiliar Operacional

Maria das Dores Santos Magalhães – Auxiliar Operacional

Wanda Maria Marcolin de Medeiros _ Professora Sala de Recurso

55



ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO ESCOLAR

APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Aos onze dias dos mês de fevereiro de 2010, realizou-se nas dependências da

Escola Estadual “Santa Rita de Cássia”, uma reunião do Conselho Escolar, em

Assembleia com a comunidade, para exposição, análise e aprovação do Projeto

político-Pedagógico.

A Presidente do Conselho Escolar e Diretora da Escola, Professora Meire

Barbieri Ferreira Delboni, iniciou a reunião explanando sobre a importância do Projeto

Político Pedagógico para todos os direcionamentos na escola e sobre as modificações

que se fizerem necessárias para adequação deste à reformulação do Regimento

Escolar. Logo em seguida foi dado prosseguimento à reunião, apresentando-se o

referido projeto à comunidade, que teve espaço para questionar, opinar e propor

sugestões, ouvidas pela equipe pedagógica.

Nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a reunião, da qual lavrou-se a

presente ata que segue assinada por todos os presentes.

Cambará, 11 de fevereiro de 2010..

Representantes do Conselho Escolar:

Meire Barbieri Ferreira Delboni: __________________________________

José Ferreira da Costa: ________________________________________

Marlene Faeda Moraes:_________________________________________

Maria das Dores Santos Magalhães: ______________________________

Guiomar da Anunciação: _______________________________________

56



Demais presentes:

____________________________________

____________________________________

____________________________________

____________________________________

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____________________________________

Cambará, 11 de fevereiro de 2010.

57

projeto político pedagogico - 2010 · apresentaÇÃo o projeto político pedagógico tem como...

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