caderno pedagogico 5.14

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CADERNOS PEDAGÓGICOS DE FORMAÇÃO GERAL VOLUME 5 Cidadania (O que é cidadania?). 2013/1 ALUNO(A):

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Page 1: Caderno Pedagogico 5.14

CADERNOS PEDAGÓGICOS DE FORMAÇÃO GERAL VOLUME 5

Cidadania (O que é cidadania?).

2013/1

ALU

NO

(A):

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

2

CADERNOS PEDAGÓGICOS DE FORMAÇÃO GERAL

VOLUME 5

REITOR

Arody Cordeiro Herdy

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA

Carlos de Oliveira Varella

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Emilio Antonio Francischetti

PRÓ-REITORA COMUNITÁRIA E DE EXTENSÃO

Sônia Regina Mendes

PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO

José Luiz Rosa Lordello

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

3

INOVA

NÚCLEO INOVADOR Unigranrio – INOVA

Coordenadora: Maria Rita Resende Martins da Costa Braz

ESCOLA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES

Diretora: Haydéa Maria Marino de Sant´anna Reis

INSTITUTO DE ESTUDOS FUNDAMENTAIS I

Diretora: Lúcia Inês Kronemberger Andrade

INSTITUTO DE ESTUDOS FUNDAMENTAIS II

Diretor: Lindonor Gaspar de Siqueira

Page 4: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

2

NÚCLEO ALÉM DA SALA DE AULA

Benjamin Salgado Quintans

Frederico Adolfo Schiffer Junior

Haydéa Maria Marino de Sant’anna Reis

Herbert Gomes Martins

Hulda Cordeiro Herdy Carmim

José Luiz Rosa Lordello

Sonia Regina Mendes

NÚCLEO DE APOIO METODOLÓGICO - NAM

Anna Paula Soares Lemos

Carlos de Oliveira Varella

José Luiz Rosa Lordello

Lindonor Gaspar de Siqueira

Lúcia Inês Kronemberger Andrade

Maria Rita Resende Martins da Costa Braz

Page 5: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

2

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD

Lúcia Inês Kronemberger Andrade

Vanessa Olmo Pombo

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

Anna Paula Soares Lemos

Edeusa de Souza Pereira

Joaquim Humberto Coelho de Oliveira

Lucimar Levenhagen Alarcon da Fonseca

Tania Maria da Silva Amaro de Almeida

NÚCLEO DE MEMÓRIA E DOCUMENTAÇÃO INSTITUCIONAL

Tania Maria da Silva Amaro de Almeida

Page 6: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

2

NÚCLEO DE PRÁTICAS INCLUSIVAS

Lucimar Levenhagen Alarcon da Fonseca

ORGANIZAÇÃO / REVISÃO / DIAGRAMAÇÃO DESTE MATERIAL:

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

Professores(as)

Anna Paula Lemos

Edeusa de Souza Pereira

Joaquim Humberto Coelho de Oliveira

Lucimar Levenhagen Alarcon da Fonseca

Tania Maria da Silva Amaro de Almeida

Page 7: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

1

Page 8: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

2

FICHA DE UNIDADE DE APRENDIZAGEM

Atividade:

TAE 1 / Trabalho Acadêmico Efetivo 1. (Atividades Integradas de Formação Geral I)

Unidade Nº:

Cinco ( 5/14 )

Título:

Cidadania (O que é cidadania?).

Objetivos de aprendizagem:

Apreender e comparar os conceitos de cidadania

Analisar a relação da cidadania com a democracia

Compreender a relação entre cidadania e comportamento individual

Estabelecer a associação entre cidadania e diferenças

Tópicos abordados:

Da cidadania dos deveres para a dos direitos

A identidade cidadã e as diferenças.

Page 9: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

3

Introdução:

A cidadania, no sentido mais comum, confunde-se com nacionalidade. Os cidadãos obtêm seus

direitos e deveres de acordo com os países onde vivem. E aí independe, para ser cidadão, da

estrutura política de onde se viva, democrática ou autoritária, Mas em outro sentido, a cidadania

associa-se com os ideais democráticos. Portanto, sem, por exemplo, liberdade de imprensa,

direito de participação política, e outros, não há cidadania.

http://www.colloquium.com.br/cidadania.html

Mas, a cidadania além de exigir a democratização das suas instituições, também depende das

Page 10: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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qualidades ou virtudes dos indivíduos, por exemplo:

das suas lealdades e de como eles encaram identidades nacionais, étnicas ou religiosas

potencialmente rivais; da sua capacidade para trabalhar com pessoas muito diferentes

de si mesmos; do seu desejo de participação na vida pública; da sua boa-vontade para

serem moderados nas suas exigências econômicas e nas suas escolhas pessoais que

afetem a sua saúde e o meio ambiente. (KIMLYCKA, 2013)

Talvez, estejamos mais habituados em reclamar nossos direitos do que sermos cobrados por

nossos deveres. Isto, porque, desde a modernidade, do século XVI em diante, o cidadão é

identificado por ter poucos deveres importunando a sua vida particular.

Mas é discutível, até hoje, se isso é suficiente para a vida em comum dos cidadãos ou se eles

precisam acumular outras virtudes.

Para os mais conservadores, o cidadão é um indivíduo autossuficiente. Não deve, portanto,

esperar nenhum tipo de incentivo, que não venha de si mesmo. Isso o torna menos acomodado e

aumenta a sua autoestima.

Outros não veem dessa forma e defendem que os indivíduos precisam ser educados para

pensarem e agirem de forma menos individual e mais coletiva ou social.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

5

Mas aí, surge a questão sobre quem deve ser responsável por essa formação: as organizações da

sociedade civil (―igrejas, famílias, sindicatos, associações étnicas, grupos de ambientalistas,

associações de bairro, grupos de apoio‖), ou a escola, que ―deve ensinar as crianças a distanciar-

se das suas próprias tradições culturais quando se entregam ao discurso público e a ter em

consideração pontos de vista diferente?‖ (KIMLYCKA, 2013).

O Brasil já respondeu a esta pergunta. Na Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, o Estado

brasileiro estabeleceu as Diretrizes para a Educação em Direitos Humanos. Nesse modelo

educacional, a ser seguido por todas as instituições de ensino, é preciso ter uma formação

voltada para princípios que apontam, dentre outros, para a democracia, o reconhecimento e

valorização das diferenças e das diversidades e da sustentabilidade socioambiental. Há muitas

questões polêmicas sobre as relações entre a educação, o Estado e, por exemplo, a família, como

se pode verificar visitando o Blog de Formação Geral, no seguinte endereço:

http://blogs.unigranrio.com.br/formacaogeral/2012/03/29/forum-de-discussao/

A questão sobre o reconhecimento das diferenças e das diversidades também faz com que se

pense na cidadania diferenciada. Pois, tendo a cidadania o propósito de permitir a convivência

em comum de diferenças e diferentes, ela exige o reconhecimento e respeito pelas diversas

identidades socioculturais: pelos afro-americanos, pelos povos indígenas, pelas minorias étnicas

Page 12: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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e religiosas e pelos homoafetivos. E, no nosso caso, por mais diferenças que se possa reivindicar

em nome da cidadania, nenhuma delas almeja deixar de ter o Brasil como identidade nacional.

Diversidade Humana.

https://www.google.com.br/search?hl=en&q=diversidade%20humana&tbs=sbi:

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

7

Conteúdo:

ÉRNICA, Maurício; ISAAC, Alexandre e MACHADO, Ronilde Rocha. O que é ser cidadão? Disponível

em:<http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=7&id_subtema=2#maquina>.

Acesso em 04 fev 2013.

BLOG de Formação Geral. O que é ser cidadão? Disponível em:

<http://blogs.unigranrio.com.br/formacaogeral/2012/03/07/afinal-o-que-e-ser-cidadao/>. Acesso em 06 abr

2013.

KYMLICKA, Will. Cidadania. Disponível em: <http://www.aartedepensar.com/leit_cidadania.html>.

Acesso em 03 jan 2013.

Síntese:

A noção comum de cidadania, como identidade nacional, é superada pela que a associa com as

instituições democráticas. Além disso, as qualificações individuais dos cidadãos incorporam

determinadas virtudes. O que resulta na discussão sobre a quem confiar a responsabilidade para

esse tipo de educação. Finalmente, a garantia da cidadania passa pelo reconhecimento e

valorização das diferenças e diversidades.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

8

Charge: Respeito às diferenças e diversidades.

http://meilycass.files.wordpress.com/2011/10/charge1.jpg?w=640

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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Leituras complementares:

COMO Estrelas na Terra – Toda criança é especial (―Taare Zameen Par – Every child is

special‖. Índia, 2007). Direção de Aamir Khan, Amole Gupte. Roteiro: Amole Gupte. Duração

140 min.

BENEVIDES, Maria Victoria. Cidadania e Direitos Humanos. Disponível em

<http://www.iea.usp.br/iea/textos/benevidescidadaniaedireitoshumanos.pdf>. Acesso em 22 fev

2013.

Bibliografia recomendada:

BLOG FORMAÇÃO GERAL UNIGRANRIO. Disponível em

<http://blogs.unigranrio.com.br/formacaogeral/2012/08/26/a-massificacao-sob-os-olhares-da-

literatura-musica-e-cinema/>. Acesso em 22 fev 2013.

CARVALHO, José Murilo de Carvalho. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

DIMENSTEIN, Gilberto. Cidadão de papel. São Paulo: Ática, 2001.

MATTA, Roberto. A casa e a rua. Espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro:

Rocco, 1997.

PINSKY, Jaime e PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania. São Paulo: Contexto,

2003.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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GAME

O Jogo da Cidadania é um game on line onde você tem a oportunidade de resolver os problemas de uma cidade virtual.

E aí? Quer tentar?

Clique sobre a imagem abaixo e exerça a sua cidadania brincando.

http://jogodacidadania.inesc.org.br/

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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MORTE E VIDA SEVERINA em desenho animado.

Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante

nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor.

Clique na imagem abaixo e assista a essa obra prima da literatura brasileira:

http://blogs.unigranrio.com.br/formacaogeral/2012/09/29/morte-e-vida-severina-em-desenho-animado/

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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TEXTOS

ÉRNICA, Maurício; ISAAC, Alexandre e MACHADO, Ronilde Rocha. O que é ser cidadão? Disponível em:

<http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=7&id_subtema=2#maquina>. Acesso em 04 fev 2013.

O QUE É SER CIDADÃO?

A palavra cidadania tomou conta do nosso cotidiano. Ela está presente no discurso de políticos, educadores, líderes comunitários,

organizações não governamentais, nos jornais, rádio e televisão.

Isso pode significar uma mudança de mentalidade que contribui para a construção de uma sociedade brasileira mais justa e democrática,

mas também pode resultar na banalização da palavra, esvaziando seu verdadeiro significado.

É preciso, portanto, refletir atentamente sobre suas origens, seus sentidos, suas implicações e sobre a possibilidade de sua efetivação.

TEXTO 1

:

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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Origens da cidadania: isso vem de longe

A ideia de cidadania é muito antiga, remonta à pólis grega, há cerca de 2.500 anos, e foi mudando ao longo da história. Não é de hoje que o

homem tenta criar mecanismos para viver em uma sociedade justa e igualitária. Essa concepção está vinculada ao surgimento da vida na

cidade, à participação nas decisões sobre os rumos da vida social e ao exercício de direitos e deveres.

Momentos importantes desse processo foram: a Independência dos Estados Unidos e a publicação das cartas de direitos do país (1776); a

Revolução Francesa (1789), que derrubou o regime absolutista francês e desenvolveu os ideais burgueses; a criação da Organização das

Nações Unidas - ONU (1945), após a Segunda Guerra Mundial.

Ser cidadão hoje é ter direitos e deveres e essa definição deve muito à publicação da Carta de Direitos da ONU (1948). Nela afirma-se que

todos os homens são iguais perante a lei, independente de raça, credo e etnia. Confere-se o direito a um salário digno, à educação, à saúde,

à habitação e ao lazer. Assegura-se o direito de livre expressão, de militar em partidos políticos, sindicatos, movimentos e organizações da

sociedade civil.

No que diz respeito aos deveres, a Carta estabelece que cabe aos homens fazer valer os direitos para todas as pessoas, ter responsabilidade

pelo grupo social, respeitar e cumprir as normas e leis elaboradas e decididas coletivamente.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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A concretização dos ideais expressos nessa carta, no entanto, não se faz sem conflitos. Se por um lado os direitos civis, políticos e sociais

tendem a se generalizar para toda a população, por outro são comuns situações de exploração, desigualdades e injustiças.

Por isso, principalmente em países com contrastes intensos como o Brasil, a luta por melhores condições de vida para todos e pelo combate

à discriminação é a garantia do exercício da cidadania.

Participação social: não fique de braços cruzados

Historicamente, a conquista de direitos é resultado de um longo processo de participação nas decisões coletivas e de negociação entre

diferentes pontos de vista.

Os direitos como os conhecemos hoje não surgiram do nada. Ao contrário, são resultado de muitas lutas de outras gerações e, mesmo com

as Constituições denominadas modernas e democráticas, ainda é preciso lutar para que os direitos expressos nas leis sejam efetivamente

cumpridos na vida cotidiana. Há, por exemplo, direitos conquistados no passado que estão sendo perdidos com a economia globalizada,

como alguns direitos trabalhistas. No Brasil, há outros que não são garantidos para todos, como o acesso à saúde, educação, moradia e

lazer.

Portanto, o exercício da cidadania pressupõe o comprometimento coletivo. Se existe um problema na rua, no bairro ou na escola, não se

pode esperar a solução de braços cruzados, simplesmente porque existe o direito garantido por lei. É preciso se organizar, reivindicar,

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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buscar soluções e pressionar os órgãos governamentais competentes, pois participar da vida pública significa assumir o lugar de quem

interfere e é co-responsável pelo rumo da história de sua coletividade.

O discurso e a prática: desconfiar é preciso

Uma das armadilhas que esvazia o significado da palavra cidadania é a enorme contradição entre discurso e prática.

Preste atenção: certas pessoas falam em transparência, igualdade e direitos para todos, mas, na sua atuação, defendem privilégios de alguns,

estimulam práticas sociais que excluem a população mais pobre ou grupos tradicionalmente discriminados, como negros e mulheres.

Repare: em época de eleições, candidatos com histórias e atitudes muito diferentes utilizam em seus discursos a palavra

cidadania quase da mesma maneira.

Outra armadilha tem sido as diferentes formas de concretizar a cidadania, tais como:

1. Cidadão-consumidor

Nas duas últimas décadas, em alguns países, inclusive no Brasil, desenvolveu-se o conceito de cidadania calcado principalmente na questão

do cidadão-consumidor. As pessoas passam a ser vistas como cidadãs desde que tenham dinheiro para adquirir mercadorias e utilizar

serviços, por exemplo, comprar um tênis de uma determinada marca ou utilizar um bom seguro saúde.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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Certamente, as mercadorias e os serviços atendem a necessidades materiais e simbólicas das pessoas e consumi-los é um dos modos de

participar da vida social, criar identidade e partilhar dos bens produzidos pela humanidade. Contudo, enfatizando-se apenas a relação de

compra e venda de mercadorias e serviços, a cidadania assume um conteúdo restrito, individual, conformista e voltado apenas para a

aquisição de bens.

A supervalorização do consumo cria uma idéia equivocada do que seja pertencer à sociedade, desmobilizando em parte tanto a atuação de

pessoas na vida coletiva, quanto de organizações sociais que lutam pela extensão dos direitos e pela garantia de uma vida digna para todos.

Portanto, reduzir a compreensão da cidadania ao cidadão-consumidor não é o mesmo que a universalização do acesso das pessoas aos bens

criados pelo trabalho humano. A cidadania plena se relaciona com a promoção e a transformação do cotidiano das pessoas e só existe

quando sujeitos se organizam para agir e lutar pelos seus direitos, tanto nas fábricas, sindicatos e partidos como no bairro, na escola, na

empresa, na família e nas ruas.

2. Assistencialismo

É frequente vermos a cidadania ser confundida com a prática de ―caridade‖ e ―proteção aos pobres‖ ou ―carentes de direitos‖. Não há,

nessa visão protecionista e assistencialista, a tendência para superar as desigualdades sociais. Ao contrário, preservam-se as práticas da

proteção pessoal e até mesmo do favor.

Page 25: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

19

Nelas, há a reprodução da diferença de status entre aquele que é assistido e aquele que presta a assistência. Não raro, tem-se a ideia

equivocada de que há diferença de dignidade entre aquele que dá e aquele que recebe uma caridade.

Cidadania não pode ser confundida com assistencialismo. Sua construção deve estar relacionada à superação das desigualdades sociais e à

extensão da garantia dos direitos a todos.

Espaço público: para todos ou privilégios de poucos?

A cidadania pressupõe um grande desafio: a construção do espaço público, onde são reconhecidos os direitos e deveres dos cidadãos. Esse

espaço pode ser tanto o lugar da vida cotidiana e comunitária quanto o ―espaço‖ do governo.

Sua construção implica tratamento indiferenciado a todos, isto é, um tratamento que não privilegia este ou aquele por motivos pessoais. As

amizades ou relações familiares não podem promover vantagens como o nepotismo – situação em que autoridades públicas criam cargos

para seus familiares ou lhes concedem favores.

Do mesmo modo, as identidades culturais não podem se transformar em discriminação, por exemplo, o preconceito linguístico – não é

porque uma pessoa fala com um sotaque diferente do usual em uma grande cidade como São Paulo que ela deve ser considerada inferior.

Page 26: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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O espaço público deve garantir um fórum amplo de discussões sobre as questões da coletividade, com representação dos diferentes sujeitos.

É preciso que os sujeitos sejam vistos e se vejam como iguais em direitos e responsabilidades, independentemente dos laços que

estabelecem em suas vidas privadas.

No Brasil, contudo, nem sempre se tratam as questões coletivas de modo indiferenciado por meio de regras claras e impessoais. Para se

resolver uma questão pública acaba-se recorrendo à ajuda, por exemplo, de um conhecido que exerce um cargo público, em troca de algum

favor. O que é um direito se transforma em favor e o tratamento impessoal se transforma em uma relação baseada nas fidelidades pessoais.

Essas relações são resultados do processo de construção da cidadania e da democracia que estiveram, no Brasil, a serviço de um Estado que

manteve privilégios e consolidou a tendência a ―privatizar‖ o espaço público. O que é de todos é visto como o que não é de ninguém e

alguns se sentem no direito de se apoderar do patrimônio coletivo em detrimento dos outros, como se apropriar de praças ou construir

estradas que beneficiam propriedades da família.

Garantir a democracia e construir a cidadania estão na direção contrária das soluções ―malandras‖ e da privatização do espaço público.

Essas saídas resolvem alguns dramas pessoais, mas preservam uma situação geral de reprodução de injustiças e privilégios e não estimulam

os movimentos que lutam pela construção da cidadania e pela extensão dos direitos a todos, sem exceções.

Texto original: Maurício Érnica, Alexandre Isaac e Ronilde Rocha Machado

Edição: Equipe EducaRede

Page 27: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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KYMLICKA, Will. Cidadania. Tradução de Desidério Murcho. Disponível em: <http://www.aartedepensar.com/leit_cidadania.html>.

Acesso em 03 jan 2013.

CIDADANIA

"Cidadania" é um termo cujo significado filosófico difere do seu uso quotidiano. No discurso quotidiano, a cidadania é entendida como

sinônimo de "nacionalidade", referindo-se ao estatuto legal das pessoas enquanto membro de um país em particular. Ser um cidadão

implica ter certos direitos e responsabilidades, mas estes variam imenso de país para país. Por exemplo, os cidadãos de uma democracia

liberal têm direitos políticos e liberdades religiosas, ao passo que numa monarquia, numa ditadura militar ou numa teocracia religiosa

podem não ter nenhum desses direitos.

Nos contextos filosóficos, a cidadania refere-se a um ideal normativo substancial de pertença e participação numa comunidade política. Ser

um cidadão, neste sentido, é ser reconhecido como um membro pleno e igual da sociedade, com o direito de participar no processo político.

Como tal, trata-se de um ideal distintamente democrático. As pessoas que são governadas por monarquias ou ditaduras militares são

súbditos e não cidadãos.

[...]

TEXTO 2

Page 28: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

22

Chama-se muitas vezes cidadania "passiva" a esta teoria, pois coloca a ênfase nas regalias passivas e na ausência de deveres cívicos.

Apesar de esta teoria ter ajudado a assegurar um grau razoável de segurança, prosperidade e liberdade para a maior parte dos membros das

sociedades ocidentais, a maior parte dos pensadores pensam que a aceitação passiva de direitos tem de ser complementada pelo exercício

activo de responsabilidades e virtudes. Os pensadores discordam, contudo, sobre que virtudes são as mais importantes e sobre o modo de

melhor as promover.

Os conservadores sublinham a virtude da auto-suficiência. Ao passo que Marshall argumentava que os direitos sociais permitem que os

desfavorecidos participem nos aspectos centrais da sociedade, os conservadores argumentam que o estado-providência promoveu a

passividade e dependência entre os pobres. Para promover a cidadania activa, devemos reduzir as regalias do estado-providência, e dar

mais importância à responsabilidade de ganhar a vida, que é o aspecto central para a auto-estima e para a aceitação social. Os críticos

respondem que cortar as regalias do estado-providência marginaliza ainda mais as classes mais baixas. Além disso, como as feministas

sublinham, a conversa aparentemente neutra sobre a "auto-suficiência" é muitas vezes uma forma de dizer subterraneamente que os homens

devem sustentar financeiramente a família, cabendo à mulher o papel de olhar pela casa, cuidar dos velhos, dos doentes e das crianças. Isto

reforça as barreiras à participação plena das mulheres na sociedade.

Os defensores da teoria da sociedade civil centram as suas atenções no modo como aprendemos a ser cidadãos responsáveis. Argumentam

que é nas organizações da sociedade civil — igrejas, famílias, sindicatos, associações étnicas, grupos de ambientalistas, associações de

bairro, grupos de apoio — que aprendemos as virtudes cívicas. Porque estes grupos são voluntários, quando não cumprimos as nossas

responsabilidades no seu seio temos de enfrentar a desaprovação e não a punição legal. Contudo, porque esta desaprovação tem origem na

família, amigos e colegas, é muitas vezes um incentivo mais poderoso para agir de forma responsável do que a punição por parte de um

estado impessoal.

Page 29: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

23

A afirmação de que a sociedade civil é a fonte da virtude cívica é discutível. A família ensina a civilidade e a moderação, mas também

pode ser "uma escola de despotismo" que ensina o domínio masculino sobre as mulheres. Analogamente, as igrejas ensinam muitas vezes a

deferência perante a autoridade e a intolerância relativamente a outras fés; os grupos étnicos ensinam muitas vezes preconceitos contra

outras raças, etc.

Os defensores da teoria da virtude liberal sublinham a importância da capacidade dos cidadãos para o discurso público. Isto não significa

apenas a capacidade para dar a conhecer os nossos pontos de vista; implica igualmente a virtude da "razoabilidade pública". Os cidadãos

têm de dar razões para as suas exigências políticas, e não apenas exprimir preferências ou fazer ameaças. Além disso, estas razões têm de

ser "públicas", no sentido de poderem persuadir pessoas de diferentes fés e nacionalidades. Não basta invocar a escritura ou a tradição; é

necessário fazer um esforço consciencioso para distinguir as ideias que são matéria de fé pessoal das que podem ser defendidas

publicamente.

Onde aprendemos então esta virtude? Os defensores da teoria da virtude liberal sugerem muitas vezes que é nas escolas que se deve ensinar

as crianças a distanciar-se das suas próprias tradições culturais quando se entregam ao discurso público e a ter em consideração pontos de

vista diferentes. Contudo, os tradicionalistas objectam que isto encoraja as crianças a questionar, na sua vida privada, a autoridade familiar

ou religiosa. Os grupos que se apoiam na aceitação acrítica da tradição e da autoridade ficam ameaçados pela abertura de espírito e pelas

atitudes pluralistas que a educação liberal encoraja. Daí que alguns grupos religiosos vejam a educação liberal obrigatória como um acto de

intolerância relativamente a eles, ainda que tal se faça em nome do ensino da virtude da tolerância.

[...]

Page 30: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

24

Cidadania, identidade e diferença

A cidadania não é apenas um estatuto, definido por um conjunto de direitos e responsabilidades. É também uma identidade, uma expressão

da nossa pertença a uma comunidade política. Além disso, é uma identidade partilhada, comum a diversos grupos na sociedade. Logo, a

cidadania tem uma função integradora. Alargar os direitos de cidadania tem ajudado a integrar grupos previamente excluídos, como a

classe trabalhadora, na sociedade.

Alguns grupos, contudo — por exemplo, os afro-americanos, os povos indígenas, as minorias étnicas e religiosas, os gays e as lésbicas —

sentem-se ainda excluídos do seio da sociedade, apesar de possuírem direitos iguais de cidadania. De acordo com os pluralistas culturais, a

cidadania tem de refletir a identidade sociocultural distinta destes grupos — a sua "diferença". Os direitos comuns de cidadania,

originalmente definidos pelos homens brancos, e para eles, não podem acomodar as necessidades dos grupos marginalizados. Estes grupos

só podem integrar-se completamente através do que Iris Marion Young chama "cidadania diferenciada" (1989). Isto é, os membros de

certos grupos devem ser incorporados na comunidade política não apenas enquanto indivíduos, mas também através do grupo, e os seus

direitos devem depender em parte da sua pertença ao grupo.

Esta perspectiva põe em causa as concepções tradicionais da cidadania, que a definem em termos do tratamento das pessoas como

indivíduos com direitos iguais à luz da lei.

[...]

Page 31: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

25

ATIVIDADES PARA AUTOAVALIAÇÃO

Atividade: TAE 001 / TRABALHO ACADÊMICO EFETIVO – ATIVIDADES

INTEGRADAS DE FORMAÇAO GERAL I

Unidade Nº: 05

Título: O que é cidadania?

QUESTÃO 1

Tópico Associado: Da cidadania dos deveres para a dos direitos

Page 32: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

26

―A legislação penal do fim do século XIX determinava: a ociosidade era

considerada crime e, como tal, punida. Reconhecida e legitimada abertamente, a

prática de repressão aos desempregados e subempregados - os pobres - ficava

clara no discurso dos responsáveis pela segurança pública e pela ordem nas

cidades. O controle social destas camadas deveria ser realizado de forma rígida.

Sidney Chalhoub afirma que os legisladores brasileiros utilizam o termo ―classes

perigosas‖ como sinônimo de ―classes pobres‖ e isso significa dizer que o fato de

ser pobre o torna automaticamente perigoso à sociedade [...]. A existência do

crime, da vagabundagem e da ociosidade justificava o discurso de exclusão e

perseguição policial às camadas pobres e despossuídas‖ (PEDROSO, R. C.

Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Ática, 2002.

p.24.).

O texto acima discute a configuração das classes sociais no Brasil, tomando como

referência as questões da cidadania e da violência. Com base no texto é correto

afirmar que, no final do século XIX no Brasil:

A) A ação dos poderes públicos no trato da questão social estava centrada na

supressão dos desníveis entre as classes sociais, condição básica para a

emergência do Brasil industrializado.

B) O desemprego e a criminalidade referindo-se às classes ―pobres‖ eram vistos

pelos poderes públicos menos como questão social e mais como questão de

polícia, dentro de uma concepção restrita de cidadania.

Page 33: Caderno Pedagogico 5.14

NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

27

C) A repressão policial restringia-se aos desempregados e subempregados, pois os

trabalhadores assalariados eram protegidos por uma legislação trabalhista que

garantia, por exemplo, aposentadoria e descanso remunerado.

D) A herança colonial da estrutura social brasileira conduzia o poder estatal a

reconhecer como legítimas as lutas de classes populares no questionamento da

estrutura política oligárquica vigente.

FEEDBACK DA QUESTÃO 1

Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

QUESTÃO 2

Tópico Associado: O que é cidadania

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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A charge de Miguel Paiva, publicada no dia da promulgação da atual Constituição

brasileira, aponta para a contradição entre realidade social e garantias legais. No

Brasil, o acesso aos direitos de cidadania é limitado fundamentalmente pelo

seguinte fator:

A) formação profissional

B) demanda habitacional

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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C) distribuição da riqueza

D) crescimento da população

FEEDBACK DA QUESTÃO 2

Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

QUESTÃO 3

Tópico Associado: Conceito de cidadania

A Constituição brasileira de 1988 é conhecida como a ―Constituição Cidadã‖.

Dentre suas decisões, instaurou e possibilitou a vigência de medidas e códigos

legais relacionados aos direitos de grupos específicos, entre os quais podemos

identificar:

I) O Estatuto da Criança e do Adolescente;

II) O Estatuto do Idoso;

III) A afirmação do racismo como crime inafiançável;

IV) A demarcação das terras indígenas.

Assinale:

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

30

A) Se apenas a afirmativa I está correta.

B) Se apenas as afirmativas I e III estão corretas.

C) Se apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

D) Se todas as afirmativas estão corretas.

FEEDBACK DA QUESTÃO 3

Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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QUESTÃO 4

Tópico Associado: Conceito de cidadania

(Laerte. O Condomínio)

(Laerte. O Condomínio)

Disponível em: http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condomínio.html

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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As duas charges de Laerte são críticas a dois problemas atuais que afetam

diretamente o exercício da cidadania na sociedade brasileira, que podem ser

identificados pela crise:

A) Na saúde e na segurança pública;

B) Na educação básica e na comunicação;

C) Na previdência social e pelo desemprego;

D) Nos hospitais e na violência urbana.

FEEDBACK DA QUESTÃO 4

Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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QUESTÃO 5

Tópico Associado: A identidade cidadã

Nas duas últimas décadas, em alguns países, inclusive no Brasil, desenvolveu-se o

conceito de cidadania calcado, principalmente, na questão do cidadão-consumidor.

As pessoas passam a ser vistas como cidadãs desde que tenham dinheiro para

adquirir mercadorias e utilizar serviços. (Érnica, Maurício; Isaac, Alexandre;

Machado, Ronilde Rocha. O que é ser cidadão. Disponível em:

<http://www.educared.org>.)

Escolha a opção que, neste contexto, reforça o real conceito de cidadania:

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

34

A) Quanto mais bens, maior a possibilidade de exercício da cidadania.

B) O acesso ao consumo favorece a inclusão social.

C) Reduzir a compreensão da cidadania ao cidadão-consumidor não é o mesmo

que a universalização do acesso das pessoas aos bens criados pelo trabalho

humano.

D) Quanto maior a utilização de bens e serviços pagos mais o indivíduo é cidadão.

FEEDBACK DA QUESTÃO 5

Resposta certa: Vide gabarito no final deste caderno.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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Questão discursiva

Tópico Associado: A identidade cidadã

Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, novas perspectivas e

concepções incorporam-se à agenda pública brasileira. Uma das novas

perspectivas em foco é a visão mais integrada dos direitos econômicos, sociais,

civis, políticos e, mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da integralidade

ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as novas concepções de direitos,

destaca-se a habitação como moradia digna e não apenas como necessidade de

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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GABARITO

abrigo e proteção. Elabore um pequeno texto esclarecendo por que ela representa

um avanço para o exercício pleno da cidadania.

FEEDBACK DA QUESTÃO 1:

Resposta certa: Letra B

FEEDBACK DA QUESTÃO 2 :

Resposta certa: Letra C

FEEDBACK DA QUESTÃO 3:

Resposta certa: Letra D

FEEDBACK DA QUESTÃO 4:

Resposta certa: Letra A

FEEDBACK DA QUESTÃO 5:

Resposta certa: Letra C

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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FEEDBACK DA QUESTÃO DISCURSIVA:

COMENTÁRIO: A concepção de moradia digna, e não apenas como

necessidade de abrigo, corresponde à ultrapassagem da mera noção de

necessidade humana básica para aquela de direito humano, na medida em que não

se trata de reconhecer apenas uma carência a ser suprida, mas a possibilidade de

exigência da dignidade e qualidade de vida, através da efetivação do direito à

habitação/à segurança/ao trabalho, como resultado de seu trabalho.

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NÚCLEO DE FORMAÇÃO GERAL

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Acessem os blogs:

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―Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante!‖

Paulo Freire