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Guerra fria

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O novo mapa do mundo

1-Introduo/Justificativa/Metodologia

2- Objetivos

2.1- Especficos:

Compreender o contexto histrico da Guerra Fria e o processo de consolidao da chamada Nova Ordem Mundial e a formao dos Blocos Econmicos.

2.1.1 Tpicos:

Guerra Fria

O Fim da Guerra Fria e o Fim do Bloco Sovitico.

- A Globalizao e a Formao dos Blocos Econmicos2.2- As aulas tero como objetivos gerais:

- A compreenso da historicidade da organizao do espao geogrfico;

A compreenso da delimitao das fronteiras geogrficas como processo histrico-social;

Explicar como tal processo se desenrolou no decorrer da segunda metade do sculo XX (abordando especificamente o periodo que compreende da Guerra Fria chamada Globalizao, questionando tambm tais denominaes como produtos de agentes histricos concretos);

Pensar o espao geogrfico dos alunos atravs deste processo histrico, fazendo com que se cumpra uma etapa importante para a assimilao do contedo e para a formao de uma conscincia crtica vinculada concreticidade dos alunos (agentes histricos).

Justificativa

O contedo com o qual trabalharemos, Guerra Fria e Globalizao tem como pblico alvo a 1 srie do Ensino Mdio, onde a proposta da CENP indica o tema das Transformaes territoriais do mundo contemporneo: A Nova Geopoltica Mundial.

Este material didtico-pedaggico foi preparado para ser trabalhado no ensino mdio, considerando as exigncias da Lei de Diretrizes e Bases. De acordo com a LDB n 93.94 o ensino tem como finalidades, a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento posteriores; o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico; a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina.

Destacaremos dentre estas finalidades o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento critico do educando, para tal, e de forma a se concretizar no nosso trabalho, procuramos trabalhos com a pedagogia histrico-critica no processo de ensino aprendizagem, a qual esto inseridos e, no somente, professores e alunos na socializao do saber. novo mapa do mundo. Demetrio Magnoli. Editora moderna, 1996, SP.

INTRODUO

- Consideraes sobre a pedagogia histrico-crtica.

A pedagogia histrico-Crtica surge, no Brasil, por volta de 1984, origina-se no materialismo histrico que, em sala de aula, se expressa na metodologia dialtica de construo social e individualizada do conhecimento. Nesta pedagogia, o professor no trabalha pelo aluno, mas com o aluno.

Essa teoria responde aos trs grandes passos do mtodo dialtico de construo do conhecimento: prtica-teoria-prtica

Assim, a prtica para desenvolver-se e produzir suas conseqncias, necessita da teoria e precisa ser por ela iluminada. a prtica ao mesmo tempo, fundamento, critrio de verdade e finalidade da teoria, , portanto da prtica que se origina a teoria.1 - PRTICA SOCIAL INICIAL

A prtica social inicial o primeiro passo, o ponto de partida de todo o trabalho docente. Consiste este passo, no primeiro contato que o aluno mantm com o contedo trabalhado pelo professor. Sendo a viso do aluno, uma viso de senso comum, emprica, geral, uma viso um tanto confusa, onde tudo de certa forma, aparece como natural. Nesta fase, deve, ento o professor, posicionar se em relao mesma realidade de maneira mais clara e, ao mesmo tempo, com uma viso mais sinttica. para chamar interesse dos alunos sobre o contedo que ser trabalhado.

2 - PROBLEMATIZAO

A problematizao o elemento-chave na transio entre prtica e teoria, torna-se fundamental para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente.

Os principais problemas so as questes fundamentais que foram apreendidas anteriormente pelo professor e alunos e que precisam ser resolvidas. A problematizao , ento, o fio condutor de todas as atividades que os alunos desenvolvero no processo de construo do conhecimento.

3 - INSTRUMENTALIZAO

Consiste em realizar as operaes mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir, generalizar, discutir explicar, etc. Na instrumentalizao o educando e o educador efetivam o processo dialtico de construo do conhecimento que vai do emprico ao abstrato chegando, assim, ao concreto, ao realizvel.

4 - CATARSE

Esta a fase em que o educando mostra que de uma saber inicial vago sobre a realidade social do contedo que foi trabalhado, chega agora sntese, que o momento em que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questes que o conduziram a construo do conhecimento.

5 - PRTICA SOCIAL FINAL

Professor e alunos se modificaram intelectualmente e qualitativamente em relao as suas concepes sobre o contedo que reconstruram, passando de um estgio de menor compreenso cientfica, social e histrica a uma fase de maior clareza e compreenso. Os alunos integraro o novo conhecimento com que j possuam anteriormente, construindo uma nova totalidade concreta, unindo o cotidiano e o cientfico, elaborando e expressando a nova sntese a que chegaram. Assim, O aluno ir construir textos a partir do que aprendeu. Elaborar mapas, expor oralmente E o momento que o professor ir detectar a aprendizagem do aluno. O aluno dever mostrar um conhecimento mais sistematizado e elaborado sobre o contedo iniciado a partir do elemento gerador.

Esta uma proposta metodolgica de apropriao e de reconstruo do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que todo o contedo que trabalhado na escola e pelo aluno, atravs do processo pedaggico, retorna agora, de maneira nova e compromissada, para o cotidiano social a fim de ser nele um instrumento a mais na transformao da realidade.

Assim, a prtica social inicial e final o contedo reelaborado pelo processo escolar. A problematizao, a instrumentalizao e a cartase so os trs passos de efetiva construo do conhecimento na e para a prtica social.

Os alunos integraro o novo conhecimento com que j possuam anteriormente, construindo uma nova totalidade concreta, unindo o cotidiano e o cientfico, elaborando e expressando a nova sntese a que chegaram.

O contedo com o qual trabalharemos, A Nova Ordem Mundial tem como pblico alvo a 1 srie do Ensino Mdio, onde a proposta da CENP indica o tema das Transformaes territoriais do mundo contemporneo: A nova Geopoltica Mundial.

JUSTIFICATIVA

-Introduo/Justificativa/Metodologia

2-Objetivos/Consideraes

Compreenso da historicidade da organizao do espao geogrfico;

Compreenso da delimitao das fronteiras geogrficas como processo histico/social;

Explicar como tal processo se desenrolou no decorrer da segunda metade do sculo XX (abordando especificamente a Guerra Fria e a chamada Nova Ordem Mundial);

Pensar o espao geogrfico dos alunos atravs deste processo histrico.

3-ATIVIDADES PEDAGGICAS

3.1-Textos Didticos/Mapas

4-Bibliografia

-Proposta da CENP

-Dialtica do Concreto

-A Nova Ordem Mundial

-Uma Pedagogia Histrico-Crtica

-Sites

Guerra fria

Atividade:

Tempo de durao:Apresentao de slides com imagens referentes conferncia de Yalta e mapas das alianas militares, dos EUA e da Unio Sovitica, acompanhada por uma exposio verbal. Texto Didtico:

As conferencias de Yalta (Unio Sovitica) e Potsdam (Alemanha) realizadas em 1945, reuniram os vencedores da segunda guerra Mundial e redefiniram a organizao geopoltica do continente europeu. Na conferncia de Yalta, reorganizaram se as fronteiras soviticas e foram estabelecidas as bases dos novos regimes polticos a serem implantados na Europa Oriental. Na conferncia de Potsdam, o centro das discusses foi organizao da administrao da Alemanha, decidiu se a diviso provisria da Alemanha em quatro zonas de ocupao militar, administradas pelos paises vencedores da segunda guerra, posteriormente a Alemanha foi dividida em dois blocos, Repblica Federal Alem e Repblica Democrtica Alem com a construo do Muro de Berlim.

Comea a delinear nesses encontros a bipartio do espao europeu em zonas de influencia antagnica, controladas de um lado pelo EUA (Capitalista) e por outro lado pela Unio Sovitica (Socialista). Inicia se o perodo conhecido como Guerra Fria compreendendo o perodo entre o final da Segunda Guerra Mundial e a extino da Unio Sovitica. A guerra fria a designao dada ao conflito poltico-ideolgico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a Unio Sovitica (URSS), defensora de uma forma de socialismo. Estas duas potncias, EUA e URSS, envolveram se numa corrida armamentista, espalhando exrcitos e armamentos em seus territrios e nos pases aliados com e possuindo arsenal de armas nucleares, gerando um clima de desconforto e tenso, pois poderia ocorrer durante a guerra fria um conflito jamais visto na histria da Humanidade; e numa corrida espacial. Ocorria uma preocupao de mostrar qual potncia era superior e mais avanada ao mundo afim de uma maior dominao no espao mundial.

Nesta poca, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos pases membros. A OTAN (Organizao do Tratado do Atlntico) Norte, surgiu em abril de 1949, era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos pases membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsvia era comandado pela Unio Sovitica e defendia militarmente os pases socialistas.

( Caractersticas do Governo Stalinista

Durante a guerra fria a URSS era caracterizada com um governo antidemocrtico e unipartidrio, as decises precisavam passar pelo crivo do comit central do partido comunista, controlado por Stalin e cada vez mais o partido substitua a vanguarda revolucionria. O extermnio de camponeses do inicio da dcada de 30 e o processo de expurgo no fim do mesmo teriam sido responsvel pela morte de pelo menos 20 a 30 milhes de pessoas no pas. Muitos trabalhadores foram levados para os Gulags, na Sibria: campos de concentrao disfarados, denominado de rea de reeducao no trabalho. A economia era planificada, a produo e os campos foram estatizados, a apropriao do capital e da renda pela terra pelo Estado Sovitico permitiu investir na industrializao do pas. (stalin morre em 1953 ). Grande incentivo a imigrao de russos para as republicas perifricas, a qual aglutinava povos muulmanos da sia central (Cazaquisto, Uzbequisto, Turquemenisto, Tadisquistao e kirguizia) caucasianos cristos (Armnia e Gergia) e muulmanos (Azerbaijo), populao de origem nrdica e polonesa nas republicas blticas (litunia, Estnia e Letnia), o que acabou gerando grandes conflitos tnicos e nacionalistas em algumas dessas regies.

O Fim da Guerra Fria e o Fim do Bloco Sovitico.

ATIVIDADE:

Tempo de Durao:

Nesta atividade, propomos a exposio verbal sobre o assunto e a exibio de mapas geogrficos que mostrem a transformao das fronteiras territoriais do leste europeu e a formao da CEI. Apresentando, al um texto didtico e a indicao do livro O NOVO MAPA DO MUNDO de Demtrio Magnoli, especificamente o capitulo intitulado O FIM DA GUERRA FRIA E AS NOVAS FRONTEIRAS EUROPAIS. Texto didtico:

Assume o poder Mikhail Sergueievitch Gorbatchev, que procurou desenvolver algumas reformas na Unio Sovitica, com a aplicao de uma poltica interna, materializada nos projetos Glasnost (em russo: transparncia, termo aplicado abertura poltica) e Perestroika (em russo: reestruturao, termo aplicado abertura econmica) que foram acompanhadas pela inaugurao de uma nova poltica externa, o desmantelamento concomitante das alianas militares europia e das reas de influncia da Guerra Fria.

Durante a Glasnost, edificaram se novas instituies baseadas no voto como os parlamentos regionais e o parlamento da Unio Sovitica (Conselho de Deputados do Povo). Formaram se agrupamentos polticos exteriores ao partido comunista, como as frentes nacionalistas das republicas. Em junho e julho de 1988, a 19 conferencia do PCUS (Partido Comunista da Unio Sovitica), Gorbatchev anunciou sua determinao de permitir o pluralismo poltico.

O enfraquecimento do poder central, o Estado Partido, em um ambiente de uma tumultuada transio da economia estatal e planificada para a economia de mercado provocou a desorganizao das velhas estruturas produtivas, a desindustrializacao e um desemprego crnico, fez surgir ou ressurgir os movimentos nacionalistas, nas republicas da unio sovitica. Externamente, a Unio Sovitica enfraqueceu o seu controle sobre o leste europeu.

Essas reformas no se deram de uma hora para outra, mas foram acompanhadas por aes que possibilitaram a sua concretizao. Como por exemplo, o primeiro grande teste do novo lder aconteceu em abril de 86, quando um vazamento na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrnia, liberou uma nuvem radiativa que contaminou diversas regies da Unio Sovitica e da Europa. O aumento dos nveis de radiatividade na atmosfera foi detectado pela Sucia, que pressionou o governo sovitico por mais informaes. As autoridades de Moscou admitiram a responsabilidade pelo acidente e passaram a tratar do assunto com uma abertura sem precedentes. A imprensa internacional recebeu todas as informaes que procurava, e iniciou se um amplo debate sobre o programa nuclear e as condies das usinas na Europa. Em 1988, um passo muito importante foi dado para o fim da Guerra Fria, o presidente dos Estados Unidos da Amrica, Ronald Reagan visitou Moscou numa atmosfera de descontrao poltica que prenunciava importantes acordos sobre desarmamento.

Em outubro de 1989, Gorbatchev, na Alemanha ocidental, advertiu o lder comunista Erich Honecker de que a unio sovitica no toleraria uma represso violenta ao movimento pela democracia, cada vez mais forte naquele pas. No ms seguinte ocorre a queda do muro de Berlim. Os episdios mais violentos foram vividos na Romnia, em dezembro de 1989. a luta popular pelo fim da ditadura custou a vida de pelo menos 10 mil pessoas,

Deixava de existir o Pacto de Varsvia, formalmente extinto em julho de 1991. Entretanto, a OTAN seguia com forca. Foi neste contexto que Gorbatchev reuniu se pela primeira vez com o presidente norte americano George Bush na ilha de Malta, no final de 1989. Para muitos historiadores, esse encontro representa o inicio do que se convencionou chamar de nova ordem Mundial, uma fase da historia contemporneo marcada pela existncia de uma nica superpotncia. Gorbatchev visando a no separao das republicas Soviticas da Unio concedeu mais autonomia s republicas, ofereceu insumos econmicos a preos mais baixos e garantias de proteo militar. Propondo o tratado da unio para ser assinado em agosto de 91, entretanto o golpe da burocracia comunista e da comunidade de segurana contra Gorbatchev, rompeu com as negociaes. Os golpistas permaneceram menos de 72 horas no poder, Gorbatchev tentou manter a estratgia do tratado da Unio, mas era tarde. As republicas do Bltico conquistaram a independncia, nos meses seguintes, todas as republicas soviticas seguiram o mesmo caminho. No dia 08 de Dezembro de 1991 proclamada a independncia da Rssia e a formao da Comunidade dos Estados Independentes, exceo da Letnia, Estnia e Litunia.

A CEI representou o reconhecimento da decomposio territorial do bloco sovitico. A CEI no substituiu a Unio Sovitica, pois no um estado, mas unicamente um acordo geopoltico entre Estados formalmente soberanos. A desapario da unio sovitica originou quinze novos estados.ATIVIDADE X____

As atividades de numero X a numero Y pretendem introduzir o aluno no contexto das mudanas ocorridas na geopoltica do fim da dcada de oitenta, focando-se no episdio emblemtico da queda do Muro de Berlim. Esta ir se basear no texto apresentado abaixo.Texto Didtico: A QUEDA DO MURO DE BERLIN (retirado da webpage www.wikipedia.com.br)

Muro de Berlim

Muro de Berlim em 1986.

O Muro de Berlim (Berliner Mauer em alemo) foi uma realidade e um smbolo da diviso da Alemanha em duas entidades estatais, a Repblica Federal da Alemanha (RFA) e a Repblica Democrtica Alem (RDA). Este muro, alm de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a diviso do mundo em dois blocos ou partes: Berlim Ocidental (RFA), que era constitudo pelos pases capitalistas encabeados pelos Estados Unidos da Amrica; e Berlim Oriental (RDA), constitudo pelos pases socialistas simpatizantes do regime sovitico. Construdo na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metlico, 302 torres de observao, 127 redes metlicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes ces de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.

O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificao das duas Alemanhas, que formaram finalmente a Repblica Federal da Alemanha, acabando tambm a diviso do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento tambm como o fim da Guerra Fria.

O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstruo de trechos do muro. Alm da reconstruo de alguns trechos est marcado no cho o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

Antes da construo do muro

Desde o estabelecimento da RDA, grande nmero de cidados emigravam RFA. O fluxo de refugiados passava principalmente por Berlim, porque a divisa Oeste RFA j era rigidamente controlada na poca, procura de desertores da repblica e contrabandistas. O comrcio de produtos alimentares, comprados na Alemanha Oriental e vendidos na Alemanha Ocidental, era muito lucrativo para pessoas que viviam ou trabalhavam em Berlim Oeste, mas enfraquecia o sistema de economia planificada do Leste. O bloqueio total das divisas por meio da construo de um muro ento devia deter o fluxo de pessoas saindo do Estado dos Trabalhadores e Fazendeiros.

Construo do muro

Mapa de Berlim dividida

Os planos da construo do muro eram um segredo do governo da RDA. Poucas semanas antes da construo, Walter Ulbricht, lder da RDA na poca, respondeu assim pergunta de uma jornalista da Alemanha Ocidental:

Vou interpretar a sua pergunta da maneira que na Alemanha Ocidental existem pessoas que desejam que ns mobilizemos os trabalhadores da capital da RDA para construir um muro. Eu no sei nada sobre tais planos, sei que os trabalhadores na capital esto ocupados principalmente com a construo de apartamentos e que suas capacidades so inteiramente utilizadas. Ningum tem a inteno de construir um muro!

Assim, Walter Ulbricht foi o primeiro poltico a referir-se a um muro, dois meses antes da sua construo.

Os governos ocidentais tinham recebido informaes sobre planos drsticos, parcialmente por pessoas de conexo, parcialmente pelos servios secretos. Sabia-se que Walter Ulbricht havia pedido a Nikita Khrushchov, numa conferncia dos Estados do Pacto de Varsvia, a permisso de bloquear as fronteiras a Berlim Ocidental, incluindo a interrupo de todas as linhas de transporte pblico.

Depois desta conferncia, anunciou-se que os membros do Pacto de Varsvia intentassem inibir os actos de perturbao na fronteira de Berlim Ocidental, e que propusessem implementar um guarda e controle efectivo. Dia 11 de Agosto, a Volkskammer confirmou os resultados desta conferncia, autorizando o conselho dos ministros a tomar as medidas necessrias. O conselho dos ministros decidiu dia 12 de Agosto usar as foras armadas para ocupar a fronteira e instalar gradeamentos fronteirios.

Na madrugada do dia 13 de Agosto de 1961, as foras armadas bloquearam as conexes de trnsito a Berlim Ocidental. Eram apoiadas por foras soviticas, preparadas luta, nos pontos fronteirios para os sectores ocidentais. Todas as conexes de trnsito ficaram interrompidas no processo (mas, poucos meses depois, linhas metropolitanas passavam pelos tneis orientais, mas no servindo mais as estaes fantasma situadas no oriente).

O responsvel pela deciso e execuo da construo do muro foi Erich Honecker, secretrio para questes de segurana da poca.

At Setembro de 1961, desertaram 85 pessoas das foras de segurana alems-orientais. Alm disto, fugiram 400 pessoas. Existem fotografias inesquecveis de refugiados que escaparam pelas janelas das casas situadas ao lado do muro, ou do policia fronteirio Conrad Schumann, a fugir saltando em cima do arame farpado na rua Bernauer Strasse.

Reaces da Alemanha ocidental

Ainda no mesmo dia, o chanceler da Alemanha ocidental, Konrad Adenauer, se dirigiu populao pela rdio, pedindo calma e anunciando reaces ainda no definidas a serem implementadas juntos com os aliados. Adenauer tinha visitado Berlim havia apenas duas semanas. O Presidente de Berlim, Willy Brandt, protestou energicamente contra a construo do muro e a diviso da cidade, mas sem sucesso. No dia 16 de Agosto de 1961 houve uma grande manifestao com 300000 participantes em frente do Schneberger Rathaus, em Berlim Ocidental, para protestar contra o muro. Brandt participou nessa manifestao. Ainda em 1961, fundou-se em Salzgitter a Zentrale Erfassungsstelle der Landesjustizverwaltungen a fim de documentar violaes dos direitos humanos no territrio da Alemanha Oriental.

Reaces dos aliados

As reaces dos Aliados ocidentais vieram com grande demora. Vinte horas depois do comeo da construo do muro apareceram as primeiras patrulhas ocidentais na fronteira. Demorou 40 horas para reservar todos os direitos em Berlim ocidental em frente do comandante sovitico de Berlim Oriental. Demorou at 72 horas para o protesto ser oficial em Moscovo. Por causa desses atrasos sempre circulavam rumores que a Unio Sovitica havia declarado aos aliados ocidentais de no afectar seus direitos em Berlim ocidental. Seguindo as experincias no Bloqueio de Berlim, os Aliados sempre consideravam Berlim ocidental em perigo, e a construo do muro manifestou esta situao.

Reaces internacionais, 1961:

A soluo no muito linda, mas mil vezes melhor do que uma guerra. John F. Kennedy, presidente dos EUA.

Os alemes orientais param o fluxo de refugiados e desculpam-se com uma cortina de ferro ainda mais densa. Isto no ilegal. Harold Macmillan, primeiro-ministro britnico.

Contudo, o presidente norte-americano John F. Kennedy apoiou a ideia da cidade libre de Berlim. Mandou foras armadas suplementares e reactivou o general Lucius D. Clay. Dia 19 de Agosto 1961 chegaram em Berlim Clay e o vice-presidente dos EUA, Lyndon B. Johnson. Protestaram fortemente contra o chefe de estado da RDA, Walter Ulbricht, que havia declarado que as polcias popular e fronteiria da RDA tivessem autoridade de controle sobre policias, oficiais e empregados dos aliados ocidentais. Finalmente at o comandante sovitico na RDA mediou pedindo moderao do lado do governo alemo oriental.

Dia 27 de Outubro de 1961 houve uma confrontao perigosa entre tanques dos EUA e soviticos ao lado do Checkpoint Charlie na rua Friedrichstrae. Dez tanques norte americanos enfrentaram dez tanques soviticos, mas todos se retiraram no dia seguinte. As duas foras no queriam deixar explodir a guerra fria, com o risco de uma guerra nuclear.

Queda do Muro

O Muro de Berlim caiu na noite de 09 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existncia. Antes da sua queda, houve grandes manifestaes que, entre outras coisas, pediram a liberdade de viajar. Alm disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsvia, e pela fronteira recm-aberta entre a Hungria e a ustria, perto do lago Neusiedler See. O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferncia de imprensa, transmitida ao vivo na televiso alem-oriental. Gnter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma deciso do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restries de viagens ao Oeste. Esta deciso deveria ser publicada s no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agncias governamentais.

Pouco depois deste anncio houve notcias sobre a abertura do Muro na rdio e televiso ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteirios e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controle de passaportes haviam sido instrudas. Por causa da fora da multido de pessoas, e porque os guardas da fronteira no sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Strae, s 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televiso e pouco depois marcharam fronteira. Como muitas pessoas j dormiam quando a fronteira abriu-se, na manh do dia 10 de Novembro havia grandes multides de pessoas querendo passar pela fronteira.

Os cidados da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Muitas boates perto do Muro espontaneamente serviram cerveja gratuita, houve uma grande celebrao na Rua Kurfrstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes cumprimentavam-se. Cidados de Berlim Ocidental subiram o muro e passaram para as Portas de Brandenburgo, que at ento no eram acessveis aos ocidentais. O Bundestag interrompeu as discusses sobre o oramento, e os deputados espontaneamente cantaram a hino nacional da Alemanha.Estima-se que na RDA 75000 pessoas foram acusadas de serem desertores da repblica. Desertar da repblica era um crime que, segundo o artigo 213 do cdigo penal da RDA, era punido com at 2 anos de priso. Pessoas armadas, membros das foras armadas ou pessoas que carregavam segredos nacionais eram mais severamente punidas, se considerado culpado de escape da repblica, por pelo menos 5 anos de priso.

Tambm houve guardas fronteirios que morreram por causa de incidentes violentos no muro. A vtima mais conhecida era Reinhold Huhn, que foi assassinado por um Fluchthelfer (pessoas que ajudavam cidados do Leste a passar a fronteira, ilegalmente). Estes tipos de incidentes eram utilizados pela RDA para a sua propaganda, e para posteriormente justificar a construo do muro de Berlim.

ATIVIDADE

Tempo de Durao: 2 horas

Exibio do Filme: Adeus, Lenin!

Gnero:DramaTempo de Durao: 118 minutosAno de Lanamento (Alemanha): 2003

Direo:Wolfganger Becker

Sinopse: Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Senhora Kerner (passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, est sensivelmente modificada. Seu filho Alexander, temendo que a excitao causada pelas drsticas mudanas possa lhe prejudicar a sade, decide esconder-lhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex no tem muitos problemas, mas quando ela deseja assistir televiso ele precisa contar com a ajuda de um amigo diretor de vdeos.

Consideramos que o filme pode contribuir para melhor entendimento, por parte do aluno sobre o fim da guerra e o fim do bloco sovitico, assim como traz uma representao visual da sociedade russa, dos espaos e das relaes sociais.

Aps a apresentao do filme interessante organizar um dialogo com os alunos sobre o que eles entenderam do filme.

ATIVIDADE____

Exibio do vdeo-clipe WIND OF CHANGES, do grupo alemo Scorpions, acompanhada de leitura da letra da msica. Discusso em sala.

LETRA DA MSICA WIND OF CHAGES (Scorpions)

I FOLLOW THE "MOSKV", DOWN TO "GORKY PARK"

Sigo o rio "Moskv" at o parque "Gorki"LISTENING TO THE WIND OF CHANGE

Escutando o vento da mudanaAN AUGUST SUMMER NIGHT, SOLDIERS PASSING BYUma noite de vero de agosto, soldados passandoLISTENING TO THE WIND OF CHANGEEscutando o vento da mudanaTHE WORLD IS CLOSING IN, DID YOU EVER THINKO mundo est fechando o cerco, voc j pensou ?THAT WE COULD BE SO CLOSE, LIKE BROTHERS ?Que podemos ser to prximos, como irmos ?THE FUTURE'S IN THE AIRO futuro est no arI CAN FEEL IT EVERYWHEREEu posso sent-lo em todo lugarBLOWING WITH THE WIND OF CHANGESoprando como o vento da mudanaTAKE ME TO THE MAGIC OF THE MOMENT ON A GLORY NIGHTLeve-me magia do momento, numa noite de glriaWHERE THE CHILDREN OF TOMORROW DREAM AWAYOnde as crianas de amanh sonham e sonhamIN THE WIND OF CHANGENo vento da mudanaWALKING DOWN THE STREET, DISTANT MEMORIESCaminhado rua abaixo, lembranas distantesARE BURIED IN THE PAST FOREVERSo enterradas para sempre no passadoI FOLLOW THE "MOSKV" DOWN TO "GORKY PARK"Eu sigo o rio "Moskv"* at o parque "Gorki"LISTENING TO THE WIND OF CHANGEEscutando o vento da mudana( REFRO )TAKE ME TO THE MAGIC OF THE MOMENT ON A GLORY NIGHTLeve-me magia do momento numa noite de glriaWHERE THE CHILDREN OF TOMORROWOnde as crianas de amanh sonham e sonhamSHARE THEIR DREAMS WITH YOU AND MECompartilham seus sonhos com voc e eu

TAKE ME TO THE MAGIC OF THE MOMENT ON A GLORY NIGHTLeve-me magia do momento numa noite de glriaWHERE THE CHILDREN OF TOMORROW DREAM AWAYOnde as crianas de amanh sonham e sonhamIN THE WIND OF CHANGENo vento da mudanaTHE WIND OF CHANGE BLOWS STRAIGHTO vento da mudana Sopra diretoINTO THE FACE OF TIMESopra direto na face do tempoLIKE A STORMWIND THAT WILL RINGComo uma ventania que soar o sinoTHE FREEDOM BELL FOR PEACE OF MINDO sino da liberdade pela paz de espritoLET YOUR BALALAIKA SINGDeixe sua " balalaica " cantarWHAT MY GUITAR WANTS TO SAYO que a minha guitarra quer dizer*O Moskv um rio russo em cuja margem surgiu a cidade de Moscou, por volta do sculo XII.

ATIVIDADE Y: Diviso em grupos para apresentao de seminrios referentes ao tema. Dar-se- liberdade para os alunos escolherem o recurso de apresentao (slides, exibio de filmes, etc). Tal atividade ser realizada como desfecho do tpico Fim do Bloco Sovitico.

A FORMAO DOS BLOCOS ECONMICOS

ATIVIDADE____

A inteno das atividades de numero X a numero Y ser localizar o aluno no contexto da globalizao e dos atuais eventos correspondentes ao tema, direta ou indiretamente. Procurar-se- formar uma conscincia crtica acerca da interferncia da poltica neoliberal no Brasil e suas conseqncias no mbito scio-econmico.

Contexto da Formao dos Blocos Econmicos: a Globalizao.

Texto: Os Blocos Econmicos surgem no contexto ps-Guerra Fria, onde se consolida a hegemonia econmica dos EUA e em que surge uma nova forma de relaes econmico-polticas entre os pases: a globalizao. O grande desenvolvimento tecnolgico na rea da comunicao permitiu a transmisso instantnea de informaes, o que tornou muito mais dinmico o funcionamento das grandes redes multinacionais. Pela primeira vez na histria possvel que uma representante de uma empresa no exterior envie dados e/ou seja monitorada, em tempo real, por sua matriz. Tambm foi possvel o fortalecimento da diviso internacional do trabalho: por exemplo, numa fbrica na Indonsia se explora trabalho semi-escravo para uma empresa de capital norte-americano, sendo o produto consumido na Amrica do Sul. Isto facilitou ainda mais a expanso das empresas multinacionais americanas, europias e asiticas a outras regies do globo, formando uma grande rede de trocas de informaes e mercadorias que atinge, direta ou indiretamente, todos os habitantes do planeta.

Ciclo de Exibies de filmes e vdeo-clipes.

Exibio dos filmes The Corporation, The Hidden Face of the Globalization (A Face Oculta da Globalizao), Babel e Surplus. Discusso em sala aps cada exibio e elaborao de texto em grupo (composto por 3 alunos cada), com prazo de entrega de uma semana. O texto ser corrigido, possveis alteraes sugeridas pelos professores, e ento haver um novo prazo (maior que o anterior) para a confeco de um texto mais extenso.

Confeco de um painel de fotos feitas pelos alunos da presena de multinacionais na cidade em que residem. Atividade que dever permanecer em andamento durante todo um semestre. Esta atividade ir concluir uma etapa importante do processo de aprendizagem, que a reflexo do espao em que vivem e agem como agentes histricos, em identificao com o contexto estudado em sala e atravs dos textos didticos.

Exibio do vdeo-clipe das msicas: AMERIKA, do grupo alemo Rammstein; BOOM, do grupo norte-americano System of a Down; e Under Pressure do grupo ingls Queen. Subseqente discusso em sala ao fim de cada exibio. Confeco de um painel de imagens referentes s desigualdades scio-econmicas provocadas pela globalizao. Atividade a ser desenvolvida em conjunto por toda a sala, com possvel exposio do produto final em algum evento promovido pela escola. Objetivo: estimular a capacidade criativa (coletiva) dos alunos atravs de uma atividade que agregue arte, cincia e criticidade.

Aula: A Formao dos Blocos Econmicos

Neste contexto, como defender, ao menos parcialmente, o mercado nacional da invaso de produtos internacionais? Como defender sua economia sem transgredir os valores do neoliberalismo? Um grupo de pases se unem, facilitam a circulao de mercadorias entre elas (atravs da supresso de tarifas alfandegrias, etc), e estabelecem limites em comum para a entrada de produtos no provenientes dos membros desta unio. Desta forma, algum mercado externo ser garantido aos pases membros, sem que o mercado interno seja ameaado em demasia por produtos estrangeiros.

ATIVIDADES:

Exibio de slides com imagens e dados dos diversos blocos econmicos (NAFTA, MERCOCUL, Unio Europia, etc), acompanhada pela exposio oral de sua histria e sua relao econmica e poltica com o Brasil, para que os alunos compreendam o funcionamento burcratico-institucional e as particularidades de cada bloco.

Exibio de slides com imagens de movimentos anti-globalzao contra a criao da ALCA, com a inteno de apresentar os conflitos inerentes a esta poltica de globalizao, impedindo que formem a falsa idia de harmonia em relao formao dos blocos.

Recorte de reportagens concernentes ao tema, seguidas por comentrios dos alunos. Atividade a ser desenvolvida individualmente pelos alunos.

4-Bibliografia

Proposta da CENP

Dialtica do Concreto

A Nova Ordem Mundial

Uma Pedagogia Histrico-Crtica

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