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PROJETO MANEJO INTEGRADO DE RECURSOS AQUÁTICOS NA AMAZÔNIA - AquaBio - MANUAL OPERACIONAL Versão 02/02/2007 Apoio Técnico e Financeiro Cooperação Técnica Banco Mundial UNESCO

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PROJETO MANEJO INTEGRADO DE RECURSOS AQUÁTICOS NA AMAZÔNIA

- AquaBio -

MANUAL OPERACIONAL

Versão

02/02/2007

Apoio Técnico e Financeiro Cooperação Técnica Banco Mundial UNESCO

ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ABC Agência Brasileira de CooperaçãoACIRMN Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio NegroAMA Apoio ao Monitoramento e Análise (Projeto do Programa Piloto para a Proteção das Florestas

Tropicais do Brasil)ANA Agência Nacional de ÁguasASIBA Associação Indígena de BarcelosATIX Associação Terra Indígena do XinguARPA Projeto de Áreas Protegidas da Região AmazônicaBIRD Banco Internacional para Reconstrução e DesenvolvimentoCDB Convenção sobre Diversidade BiológicaCEPAM Centro de Pesquisa e Gestão da Biodiversidade Aquática e da Várzea Amazônica do IBAMACIMI Conselho Indigenista MissionárioCNRH Conselho Nacional de Recursos HídricosCODIV Coordenação da Dívida Externa da STNCOF Coordenação Financeira do MMACOFIN Coordenação Financeira da STNEA Esfera AdministrativaCOIAB Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia BrasileiraCONABIO Comissão Nacional de BiodiversidadeDIFLOR Diretoria do Programa Nacional de Florestas – MMADCBIO Diretoria do Programa Nacional de Conservação da BiodiversidadeELETRONORTE Centrais Elétricas do Norte do BrasilEMPAER Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão RuralFASE Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional FEPI Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Estado do AmazonasFOIRN Federação das Organizações Indígenas do Rio NegroFUNAI Fundação Nacional do ÍndioFVA Fundação Vitória AmazônicaGEF Fundo para o Meio Ambiente Mundial (Global Environment Facility)GOB Governo do BrasilIBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenováveisINPA Instituto Nacional de Pesquisas da AmazôniaIPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da AmazôniaIPÊ Instituto de Pesquisas EcológicasIPEAX Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do XinguISA Instituto SocioambientalMRE Ministério das Relações ExterioresMMA Ministério do Meio AmbienteMOP Manual Operacional do ProjetoMP Ministério de Planejamento, Orçamento e GestãoMT Estado do Mato GrossoNL Nota de LançamentoOB Ordem BancáriasOEA Organização dos Estados AmericanosOEMAs Organizações Estaduais de Meio AmbienteOGU Orçamento Geral da UniãoONGARA ONG Ambientalista Roncador AraguaiaOPAN Operação Amazônia NativaOTCA Organização do Tratado de Cooperação AmazônicaPA Programa de Ação (para o manejo integrado dos recursos aquáticos)PCE Projeto Corredores EcológicosPDIP Projeto de Desenvolvimento Integrado do ParáPDPI Programa Demonstrativo dos Povos Indígenas (PPG7)PIX Parque Indígena do XinguPNB Política Nacional de BiodiversidadePNMA Programa Nacional de Meio AmbientePNRH Plano Nacional de Recursos Hídricos

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PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio AmbientePOA Plano Operativo AnualPPA Plano Plurianual PPDS-JUS Plano Popular para o Desenvolvimento Sustentável da Região à Jusante da UHE TucuruíPPG7 Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do BrasilPPTAL Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia LegalProVárzea Projeto Manejo dos Recursos Naturais da VárzeaRMF Relatório de Monitoria FinanceiraSBF Secretaria de Biodiversidade e FlorestasSECEX Secretaria ExecutivaSDS Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do AmazonasSECTAM Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do ParáSEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Mato GrossoSIAFI Sistema de Administração Financeira do Serviço Público FederalSIBA Sistema de Informação sobre a Biodiversidade AquáticaSIGMA-I Sistema de Informações Gerenciais do Ministério do Meio AmbienteSIPAM Sistema de Proteção da AmazôniaSIVAM Sistema de Vigilância da AmazôniaSNUC Sistema Nacional de Unidades de ConservaçãoSOE Declaração de GastosSOF Secretaria de Orçamento e FinançasSPOA Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do MMASTN Secretaria do Tesouro NacionalTCU Tribunal de Contas da UniãoTOR Termo de ReferênciaUCE Unidade de Coordenação Estadual UCP Unidade de Coordenação do ProjetoUHE Usina HidroelétricaUFAM Universidade Federal do AmazonasUFPA Universidade Federal do ParáUNEMAT Universidade Estadual do Mato GrossoUNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e CulturaUSAID Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional

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SUMÁRIO

http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477.html. ............................. 110

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APRESENTAÇÃO

Sobre este Manual

O Manual Operacional do Projeto (MOP) apresenta as informações básicas para orientação aos envolvidos na implementação do Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia - AquaBio e dos compromissos registrados no âmbito do Acordo de Doação n°. TF 056255, firmado entre o Governo Brasileiro e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), referente ao aporte de recursos do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) destinados ao Projeto.

De acordo com os entendimentos estabelecidos entre as partes contratantes, o Manual deve servir de guia geral aos responsáveis pela realização das várias atividades necessárias à implementação do Projeto, devendo conter:

• Os procedimentos gerenciais a serem utilizados pela UCP, UCEs e demais executores do Projeto.• Critérios e procedimentos para: (a) preparação e implementação das atividades demonstrativas (subprojetos) e (b)

transferência dos recursos alocados aos executores dos subprojetos aprovados.• Diretrizes para a implementação do Plano Operativo Anual (POA), incluindo: (a) critérios e procedimentos para

preparação, análise, aprovação e implementação dos POAs e (b) procedimentos de seleção e contratação aplicáveis na aquisição de bens e contratação de obras civis ou de serviços a serem adquiridos no âmbito do Projeto, inclusive montantes máximos admitidos para tais aquisições e contratações.

• Funções e responsabilidades dos responsáveis pela implementação do Projeto, em termos da gestão, coordenação, monitoramento e avaliação dos diversos subprojetos que o integram, nos níveis nacional, estadual e local.

Desta forma, o MOP deve constituir-se em instrumento operacional útil para os vários envolvidos na implementação do Projeto, na medida em que deve conter as informações essenciais para que cada um deles possa desempenhar, a contento, seus respectivos encargos e responsabilidades.

O Manual e sua Estrutura

O MOP é composto por duas partes. A parte inicial, dividida em oito seções, descreve, de uma maneira geral, as principais características do Projeto AquaBio. A Seção 1 apresenta os problemas que afetam a biodiversidade aquática e os recursos hídricos na Amazônia, e a estratégia do Projeto para alcançar o manejo integrado dos recursos aquáticos. Existe ainda uma descrição do processo que levou à seleção das três sub-bacias que serão objeto de intervenção direta do Projeto. A Seção 2, por sua vez, descreve a articulação institucional entre o MMA e seus parceiros no processo de implementação do Projeto, enquanto a Seção 3 apresenta a estrutura financeira. As Seções 4 e 5 apresentam, respectivamente, a descrição detalhada da estrutura do projeto e a estratégia para sua implementação. A Seção 6 contem a descrição da estrutura programática do Projeto, enquanto as Seções 7 e 8 abordam as atividades de monitoramento e avaliação da implementação do Projeto e delineiam o processo de gerenciamento. A segunda parte do Manual é composta por uma série de anexos onde estão apresentados procedimentos específicos e descrições detalhadas sobre aspectos fundamentais do processo de implementação do Projeto.

A Quem se Destina

Esse Manual traz as informações básicas sobre a estrutura e implementação do Projeto. Nesse sentido, serve tanto aos agentes internos que nele estão envolvidos diretamente, em todos os níveis, como aos agentes externos que desejem obter uma visão ampla de sua atuação. O Manual pode ser utilizado também como fonte de informação, na divulgação do Projeto.

Sugestões e Atualização

A partir da execução do Projeto, e de acordo com os seus processos de avaliação, ou ainda, com base em sugestões porventura apresentadas, algumas informações contidas no Manual podem sofrer um processo de atualização. As sugestões de atualização podem ser remetidas à UCP no MMA. O acatamento das sugestões feitas dependerá da coerência destas com os objetivos delineados para o Projeto, da manutenção dos indicadores de resultado e do objeto do Acordo de Doação com o BIRD. Identificada a defasagem da informação, a UCP no MMA providenciará as devidas alterações, procedendo a distribuição destas a todos os usuários do Manual, após a aprovação das mesmas pelo Banco Mundial (BIRD).

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1. O PROJETO MANEJO INTEGRADO DOS RECURSOS AQUÁTICOS NA AMAZÔNIA - AQUABIO

1.1. Antecedentes

A Bacia Amazônica é partilhada por oito países, sendo que cerca de 58% de sua área encontra-se em território brasileiro, o que faz do Brasil um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Os rios amazônicos e ecossistemas associados apresentam uma rica diversidade de fauna e flora, de importância global.

A Floresta Amazônica, incluindo as áreas de várzea, tem outra importante função: preservar e regular o clima úmido da região. Uma acentuada perda da cobertura vegetal teria um impacto significante no regime de chuvas, diminuindo a precipitação e resultando em um clima mais seco.

Muitas atividades econômicas da região, como a pesca, a exploração madeireira, o extrativismo vegetal, a agricultura e pecuária, o turismo e a mineração, bem como a geração de energia, o sistema de transporte, o abastecimento de água e o saneamento se beneficiam do uso dos recursos aquáticos e hídricos, que, embora de proporções consideráveis, são finitos e encontram-se ameaçados pelo crescimento desordenado desses setores e atividades, e dos conflitos entre eles. O ritmo de desenvolvimento da região amazônica, incentivado pelo Governo Brasileiro, tem seguido um padrão acelerado, sem previsão do impacto do crescimento demográfico e do progresso econômico sobre os recursos naturais.

O uso e a ocupação desordenados dos tributários do Rio Amazonas, além de comprometer a qualidade dos recursos hídricos, a biodiversidade aquática e a produção pesqueira, ameaçam a qualidade de vida das populações locais, como as comunidades ribeirinhas, os pescadores artesanais e os grupos indígenas, que utilizam os recursos aquáticos como fonte de alimentação e/ou renda.

O documento do Workshop sobre Conservação da Biodiversidade Aquática na América Latina e Caribe1, realizado em Santa Cruz, Bolívia, em setembro de 1995, dividiu a região chamada “Complexo Amazônico” em oito eco-regiões distintas: (1) Estuário Amazônico; (2) Calha do Rio Amazonas; (3) Tributários do Escudo das Guianas; (4) Rio Negro; (5) Cabeceiras do Rio Amazonas; (6) Planície Amazônica Oriental; (7) Tributários do Escudo Brasileiro; e, (8) Bacia Araguaia-Tocantins. As eco-regiões (2), (4) e (5) foram reconhecidas como de importância global para a biodiversidade aquática e recomendadas como da mais alta prioridade para conservação na América Latina, por causa de seu status de conservação ser considerado vulnerável.

A proteção da bacia como um todo também é especialmente importante para as espécies de peixes migratórios, uma vez que é preciso proteger seus habitats não somente em algumas áreas e/ou unidades de conservação, mas também suas rotas de migração. Seria pouco realista depender somente das unidades de conservação para proteger regimes hidrológicos e as populações de peixes que realizam grandes migrações.

As geração de informações e de propostas de políticas públicas e planos de manejo para os rios de águas brancas da Amazônia já são objeto de um outro projeto executado pelo IBAMA, o Projeto Manejo de Recursos Naturais da Várzea (ProVárzea), ligado ao Programa Piloto para a Conservação das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7). Em relação aos rios de águas claras e pretas da Amazônia, ainda é necessário adquirir conhecimentos para a formulação de políticas e planos de manejo integrado dos recursos aquáticos e hídricos. Cabe ressaltar que tais conhecimentos e práticas podem contribuir para subsidiar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n° 9.433/97), que estabelece a descentralização da gestão dos recursos hídricos por meio de comitês de bacias hidrográficas. Com isso, o Governo Brasileiro poderá testar e encontrar a melhor maneira de implementar a política de recursos hídricos na região amazônica, considerando as peculiaridades do regime hidrológico, da biodiversidade e dos diferentes níveis de atividade humana encontrados na região.

A despeito da grande extensão e da natureza transfronteiriça dos rios amazônicos, o Projeto limitará suas ações diretas à porção brasileira da bacia, dado o seu caráter experimental. Atividades Demonstrativas serão realizadas em três sub-bacias, visando testar modelos de manejo que mais tarde possam ser adaptados e aplicados em outras áreas como forma de alcançar um plano de manejo integrado para toda a Amazônia Brasileira. Planeja-se também divulgar as experiências e lições aprendidas geradas pelo Projeto para os demais países que compartilham a Bacia Amazônica com o Brasil, na expectativa de, a médio/longo prazo, e a partir dos esforços desenvolvidos também pelos países vizinhos, desenvolver um sistema de gestão integrada para a bacia como um todo.

1 Em inglês, disponível no endereço http://www.worldwildlife.org/bsp/publications/lac/freshwater/freshwater.pdf.

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1.2. Seleção das Sub-Bacias para Atuação do Projeto

O Plano Nacional de Recursos Hídricos – PNRH define doze regiões hidrográficas (bacias ou conjunto de bacias hidrográficas contíguas) no território brasileiro (Resolução nº. 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH), sendo que a Amazônia Legal contém duas grandes regiões hidrográficas, a Amazônica e a Tocantins/Araguaia, e parte da Região Hidrográfica do Atlântico/Nordeste Ocidental, que abrange o extremo leste do Pará e parte do Maranhão. Para fins de seleção das sub-bacias foram consideradas as duas regiões hidrográficas inteiramente contidas na Amazônia Legal.

Nesse contexto, as principais sub-bacias são: Javari, Içá, Juruá/Jutaí/Japurá, Purus, Negro, Madeira, Trombetas, Tapajós, Xingu, Jarí (nome aplicado ao conjunto de drenagens existentes no extremo nordeste da Amazônia, que corresponde aproximadamente à localização do Estado do Amapá) e Tocantins. Tendo em vista o interesse específico do Projeto nos rios de águas claras e pretas, as sub-bacias com nascentes nos Andes ou sob grande influência andina (Javari, Içá, Juruá/Jutaí/Japurá, Purus e Madeira) não foram consideradas para fins de seleção, uma vez que são constituídas predominantemente por rios de águas brancas. O processo de seleção teve foco, portanto, em seis sub-bacias constituídas predominantemente por rios de águas claras e pretas: Negro, Trombetas, Tapajós, Xingu, Jarí, e Tocantins.

Para selecionar sub-bacias específicas vários critérios (ou indicadores) foram utilizados, agrupados em quatro categorias: (i) Ecossistema e Biodiversidade; (ii) Importância dos Recursos Aquáticos e Grau de Ameaça; (iii) Informações e Conhecimento Científico; e (iv) Desenvolvimento Humano e Organização Social. Com base na aplicação de um conjunto de 16 indicadores (quatro em cada uma dessas categorias), as sub-bacias foram priorizadas para a intervenção direta do projeto, listadas a seguir em ordem de importância: (1) Negro, (2) Xingu, (3) Tocantins, (4) Jarí, (5) Tapajós, e (6) Trombetas. Devido às limitações orçamentárias e de capacidade para implementação, e também à natureza demonstrativa dos projetos GEF, apenas as três primeiras foram consideradas para fins de atuação direta do Projeto. O relatório com a metodologia completa e os resultados do processo de seleção pode ser consultado nos arquivos do Projeto e ainda no endereço http://www.mma.gov.br/aquaBio (Título “Critérios de Seleção das Sub-bacias”).

As três sub-bacias selecionadas, juntamente com a área do projeto ProVárzea, compõem uma amostra representativa das várias combinações de ecossistemas aquáticos e problemas que os afetam na Amazônia brasileira. O Rio Negro é um exemplo de sub-bacia onde a utilização direta é o principal problema afetando os recursos aquáticos, enquanto que nas cabeceiras do Rio Xingu a maior parte dos impactos negativos sobre a qualidade e abundância dos recursos aquáticos resulta de formas não-sustentáveis de uso da terra, incluindo a conversão da vegetação natural e urbanização crescente. Por outro lado, o baixo Rio Tocantins sofreu o impacto direto e irreversível da construção e operação de uma grande usina hidroelétrica, a UHE Tucuruí.

As ameaças à biodiversidade aquática na Amazônia brasileira originam-se de uma crescente ocupação e do conseqüente incremento de atividades humanas na região, além de mudanças no padrão do comportamento humano com relação ao uso de recursos naturais. Tais mudanças também resultaram num aumento na ocorrência de conflitos entre usuários dos recursos naturais, e os principais conflitos que foram identificados nas sub-bacias priorizadas pelo Projeto são: (a) No médio e baixo Rio Negro, (i) conflitos entre a pesca ribeirinha e a comercial, especialmente onde as pescarias estão limitadas a áreas fora de áreas protegidas, aumentando desta forma a competição dos usuários pelo recurso pesqueiro; (ii) conflitos entre a pesca de subsistência praticada pelos ribeirinhos e a pesca esportiva, já que alguns rios foram “fechados” para a pesca de subsistência, de forma a assegurar a disponibilidade de grandes espécimes para a pesca esportiva; (iii) conflitos entre “piabeiros” (pescadores que se dedicam à captura de peixes ornamentais) e autoridades ambientais, e também com outros tipos de pescaria; (b) Nas cabeceiras do Rio Xingu, (i) conflitos entre ribeirinhos/ pequenos agricultores e as grandes fazendas (de pecuária e com operações mecanizadas de agricultura); (ii) conflitos sobre a qualidade ambiental e da saúde entre populações no entorno do Parque Indígena do Xingu e os povos indígenas que vivem no Parque; e (c) No baixo Rio Tocantins (i) conflitos entre pescadores sobre o uso dos estoques reduzidos de peixes após a construção da UHE Tucuruí; (ii) conflitos entre comunidades locais e administradores da usina hidroelétrica sobre a implementação de medidas apropriadas para compensar os impactos negativos sobre as atividades econômicas e a qualidade de vida no trecho do rio à jusante da barragem.

A abrangência geográfica do Projeto depende do componente em questão. As atividades diretas do Projeto irão, por exemplo, se restringir a um conjunto de municípios selecionados durante a fase de elaboração do AquaBio: (i) nas cabeceiras do Rio Xingu (estado do Mato Grosso), Água Boa, Canarana, e Querência; (ii) no baixo Rio Tocantins (estado do Pará), quatro municípios a serem selecionados, a partir de um diagnóstico detalhado, dentre Abaetetuba, Barcarena, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Oeiras do Pará, Cametá, Baião, Mocajuba, e Moju; e (iii) no baixo e médio Rio Negro (estado do Amazonas), Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, e dois pequenos tributários

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do Rio Negro (Tarumã-açu e Tarumã-miri no município de Manaus). Por outro lado, as experiências do Projeto serão expandidas através de um processo de disseminação, em primeiro lugar no nível das sub-bacias acima indicadas, seguida pela disseminação para toda a Amazônia brasileira, ampliando em seguida para o conjunto dos países que compartilham a bacia amazônica com o Brasil. O mapa abaixo apresenta a localização aproximada das sub-bacias selecionadas e do conjunto dos municípios acima mencionados (em cinza escuro).

Figura 1: Área de atuação do Projeto AquaBio.

A caracterização detalhada de cada uma das sub-bacias encontra-se no Anexo 1 do Documento do Projeto submetido à Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio (Título: Documento do Projeto para SEAIN – Anexos).

1.3. Objetivos, Componentes e Sub-componentes

O objetivo de desenvolvimento do Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia - AquaBio é apoiar a adoção de uma abordagem participativa de manejo integrado dos recursos aquáticos nas políticas públicas e programas da Bacia Amazônica, visando a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática. Este objetivo será alcançado, em parte, por meio da geração e disseminação de experiências sub-regionais que promovam e facilitem a adoção dessa abordagem de manejo integrado em toda a Bacia Amazônica. O objetivo ambiental global, vinculado ao apoio financeiro do GEF ao Projeto, é reduzir as ameaças à integridade dos ecossistemas aquáticos da Amazônia brasileira, e assegurar a conservação e uso sustentável de sua biodiversidade aquática, que é de importância global.

Como descrito na seção anterior, embora alguns aspectos da implementação do Projeto encampem todos os estados da Amazônia Legal e mesmo os países que compartilham a bacia com o Brasil, a maior parte das atividades previstas será realizada nas sub-bacias aqui denominadas: (i) baixo e médio Rio Negro, (ii) cabeceiras do Rio Xingu, e (c) baixo Rio Tocantins, a jusante da barragem da UHE Tucuruí. O conjunto dessas sub-bacias serão referidas no MOP como “áreas demonstrativas do Projeto”.

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Os seguintes indicadores-chave serão utilizados para avaliar se o Projeto alcançou seus objetivos:

• Uma proposta envolvendo os arranjos institucionais e processos necessários para implementar o manejo integrado de recursos aquáticos desenvolvida, testada e acordada nos três estados participantes, e discutida com os outros seis estados da Amazônia Legal, até o sexto ano de implementação do Projeto.

• Programas de Ação (PAs) sendo implementados em três áreas demonstrativas do Projeto, cobrindo uma área de cerca de 290.845 km2, em três sub-bacias hidrográficas (1.950.000 km2), com a participação dos setores usuários dos recursos naturais nos níveis local, estadual e federal, até o sexto ano de implementação do Projeto;

• 32.941 km2 de paisagens aquáticas produtivas, incluindo as áreas de planície de inundação e a vegetação ripária associada (matas de várzea, matas ciliares e igapós) sob manejo melhorado, com impactos positivos sobre a biodiversidade aquática.

O Projeto, com a duração de seis anos, será implementado por meio dos seguintes componentes e sub-componentes:

Parte A ou Componente 1 – Planos e Políticas Públicas

Sub-componente 1.1 - Programas de Ação para as Sub-bacias.Sub-componente 1.2 - Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos.Sub-componente 1.3 - Sustentabilidade Financeira.

Parte B ou Componente 2 – Atividades Demonstrativas

Sub-componente 2.1 - Transversalização de Subprojetos sobre Biodiversidade Aquática.Sub-componente 2.2 - Atividades de Apoio à Transversalização de Subprojetos sobre Biodiversidade Aquática.

Parte C ou Componente 3 – Desenvolvimento de Capacidades

Sub-componente 3.1 - Treinamento.Sub-componente 3.2 - Educação Ambiental.Sub-componente 3.3 - Fortalecimento Institucional.Sub-componente 3.4 - Fóruns Públicos Sustentáveis para o Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos.

Parte D ou Componente 4 – Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, e Disseminação de Informação

Sub-componente 4.1 - Gerenciamento e Coordenação.Sub-componente 4.2 - Monitoramento e Avaliação.Sub-componente 4.3 - Disseminação de Informação.

As ações do Projeto serão desenvolvidas em três níveis: nacional, estadual (sub-bacia) e local (municipal). Nessas três esferas haverão instâncias executivas e consultivas, com a participação de atores-chave (para detalhes ver a Seção 2 do MOP, a seguir). A estrutura do Projeto é apresentada em detalhes na Seção 4 do MOP. Estão previstas avaliações participativas e envolvimento dos atores em todas as fases do Projeto (ver atribuições dos Comitês nas Seção 2 e a Seção 7 do MOP, Monitoramento e Avaliação).

2. ARRANJOS INSTITUCIONAIS E ESTRUTURA DE GESTÃO

Os arranjos institucionais para implementação descritos abaixo refletem a diversidade de capacidades e interesses institucionais relacionados à biodiversidade aquática demonstrados por vários parceiros em potencial durante a preparação do Projeto. Considerando que este é um “projeto processo”, que se caracteriza pela construção ao longo de sua execução, e considerando ainda a premissa básica de que o manejo integrado de recursos aquáticos deve buscar envolver todos os atores e parceiros relevantes, algumas modificações nos arranjos institucionais poderão ocorrer ao longo do tempo.

O Projeto é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, sob responsabilidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), e por delegação será executado pela Diretoria do Programa Nacional de Conservação da

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Biodiversidade (DCBIO). A Figura 2 apresenta a estrutura do Ministério do Meio Ambiente. Institucionalmente, cabe à Secretária de Biodiversidade e Florestas propor políticas e normas, definir estratégias, e implementar programas e projetos, nos temas relacionados com (i) a gestão compartilhada do uso sustentável dos recursos naturais; (ii) o conhecimento, conservação e utilização sustentável da biodiversidade; (iii) o acesso aos recursos genéticos; (iv) o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas; (v) o uso sustentável da ictiofauna e dos recursos pesqueiros; (iv) o gerenciamento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação; (vii) o uso sustentável de florestas, incluindo a prevenção e o controle de queimadas e incêndios florestais.

Figura 2: Organograma do Ministério do Meio Ambiente indicando a Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) e a Diretoria do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade (DCBIO).

A nível nacional, a Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO) foi selecionada para atuar como o Comitê de Acompanhamento do Projeto devido à sua composição, que inclui representantes de ministérios-chave, organizações da sociedade civil e representantes de setores que utilizam recursos da biodiversidade2. A escolha da CONABIO também se deu por seu mandato, definido no Artigo 6 do Decreto n° 4.339/2002, onde se destacam as seguintes atribuições:

• Propor medidas para a implementação da Política Nacional de Biodiversidade (PNB), promovendo a descentralização das ações e assegurando a participação dos setores interessados.

• Fornecer assistência técnica para agentes públicos e privados responsáveis pela execução da PNB no país, para que seus princípios, diretrizes e objetivos sejam cumpridos.

• Promover a articulação entre programas, projetos e atividades com relação à implementação dos princípios e diretrizes da PNB, e promover a integração de políticas setoriais relevantes.

2 Ministério do Meio Ambiente, Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Saúde, Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Integração Nacional, IBAMA, Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA), Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Fórum Brasileiro de ONGs (ONGs Ambientalistas e Sociais), e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (COIAB).

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DCBIO

• Identificar a necessidade, e propor a criação ou modificação de instrumentos necessários para a execução adequada dos princípios e diretrizes para a implementação da PNB.

• Promover a cooperação interinstitucional e internacional para a implementação dos princípios e diretrizes da PNB.

• Promover debates e consultas públicas sobre questões relacionadas à formulação de propostas relacionadas à PNB;

• Criar e coordenar câmaras técnicas compostas por convidados e membros, com o propósito de promover a discussão e a articulação de questões relevantes para a implementação dos princípios e diretrizes da PNB.

• Monitorar e avaliar a execução de componentes temáticos para a implementação dos princípios e diretrizes da PNB, e coordenar a preparação de relatórios nacionais sobre a biodiversidade.

• Monitorar a execução de ações planejadas para cumprir os princípios e diretrizes para a implementação da PNB.

• Propor as diretrizes gerais do Programa Nacional da Diversidade Biológica para apoiar a execução de ações planejadas para a implementação dos princípios e diretrizes da PNB, e identificar as demandas e fontes de recursos financeiros.

Adicionalmente, a CONABIO tem várias outras responsabilidades associadas à conservação da biodiversidade no Brasil, tais como: (i) identificar e propor ações prioritárias para a pesquisa, conservação, uso sustentável, monitoramento, avaliação, prevenção e mitigação de impactos sobre a biodiversidade, assim como a distribuição de benefícios derivados do uso da biodiversidade; (ii) promover a implementação de comitês do governo brasileiro com relação à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB); (iii) encorajar a cooperação interinstitucional e internacional para a implementação dos princípios e diretrizes da CDB no país. A CONABIO é apoiada em suas atividades pela estrutura administrativa da SBF.

Com relação à implementação do Projeto, foi acordado que a CONABIO, em seu papel de Comitê de Acompanhamento, cumprirá as seguintes funções:

• Fomentar a incorporação de experiências e lições aprendidas geradas pelo Projeto nas políticas públicas nacionais, especialmente aquelas setoriais.

• Avaliar e validar os Planos Operacionais Anuais (POAs).• Participar da avaliação do Projeto. • Apoiar a identificação e monitorar a implementação de medidas para corrigir problemas identificados durante

a implementação do Projeto.

Na esfera nacional, ao nível executivo, a Unidade de Coordenação do Projeto (UCP), constituída de funcionários do MMA, será estabelecida dentro da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA (SBF). A UCP será auxiliada no gerenciamento financeiro e atividades de compra pela Secretaria Executiva do MMA (SECEX), que executará tais funções. Entretanto, foi acordado pelo MMA e BIRD, durante a fase de negociação do Projeto, que o MMA celebrará acordo, por um período não superior a dois anos, com um Agente de Aquisições nos termos e condições satisfatórios ao Banco (Acordo do Agente de Aquisições) (ver Artigo III, Cláusula 3.03, item b, do Acordo de Doação). A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi selecionada para executar as funções de aquisições e contratações durante os primeiros dois anos do Projeto, prestando ainda assistência técnica ao MMA na implementação do Projeto.

A Unidade de Coordenação do Projeto consistirá, no mínimo, de um Gerente Executivo, três coordenadores de componente, e dois assistentes administrativos, com funções nas áreas de prospecção de preços, elaboração e acompanhamento de contratos, e gerenciamento contábil, assim como três funcionários para apoio administrativo. A Coordenação do Componente 3 (Capacitação) ficará a cargo da Diretoria de Educação Ambiental do MMA (DEA).

A UCP será responsável, entre outras, por:

• Gerenciar e executar o Projeto.• Gerenciar os recursos financeiros, as aquisições e contratações.• Preparar a versão final de POAs e Planos de Aquisição e Contratação, e enviá-las ao BIRD para sua

aprovação.• Apresentar relatórios sobre o uso de recursos e os resultados alcançados.• Preparar relatórios de gerenciamento para a SBF, CONABIO e outras agências relevantes.• Promover articulações interinstitucionais.• Monitorar, avaliar e disseminar os resultados do Projeto.

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• Coordenar com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e a Agência Nacional de Águas (ANA) nas questões relacionadas à interface entre o GEF AquaBio e o Projeto GEF Gerenciamento Integrado e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços da Bacia Amazônica (OTCA/PNUMA/OEA), em fase de preparação.

• Coordenar com outros Organismos Internacionais e Programas, incluindo a Iniciativa de Conservação da Bacia Amazônica da USAID.

Ao nível estadual, o Projeto prevê a criação de um Comitê Estadual do Projeto, que deverá ser formalmente estabelecido para cada sub-bacia, até o final do primeiro ano de implementação. Os Comitês Estaduais (ou Comitês de Sub-bacia) serão responsáveis por:

• Servir como veículo para a transversalização das experiências e lições do Projeto no planejamento e nas políticas públicas ao nível do estado.

• Avaliar e validar os Planos Operacionais Anuais (POAs) de sub-bacia.• Rever e aprovar os Planos de Ação das Sub-Bacias (PAs).• Rever e aprovar as atividades demonstrativas (subprojetos) a serem executadas nas localidades/municípios.• Monitorar a execução do Projeto e sugerir os ajustes necessários.• Apoiar a implementação do Projeto através da coordenação interinstitucional, particularmente entre

instituições e programas que contribuem para a implementação das atividades apresentadas pelos estados como contrapartida para o Projeto (linha de base redirecionada).

• Mediar possíveis conflitos dentro dos grupos de atores ou entre eles. • Promover a replicação das experiências apoiadas pelo Projeto em outras áreas prioritárias da sub-bacia.

A composição de cada Comitê Estadual do Projeto será discutida e acordada com os atores relevantes durante o primeiro ano de execução, sendo que cada Comitê deve possuir, no máximo, cerca de 10 membros, selecionados para representar lideranças governamentais e não-governamentais. Entretanto, já foi acordado durante a fase de elaboração do AquaBio que os coordenadores dos seguintes projetos serão representados nos Comitês Estaduais: (i) Programa Nacional do Meio Ambiente, no Mato Grosso; (ii) Corredores Ecológicos, no Amazonas; e (iii) Desenvolvimento Integrado do Pará, no Pará. Quando necessário, os comitês estaduais, de caráter consultivo, terão o apoio de consultores ad-hoc contratados pelo Projeto para emitir pareceres de especialistas sobre questões específicas.

Em cada uma das três sub-bacias, o MMA será responsável pela execução do Projeto, com o apoio das seguintes instituições: (i) na sub-bacia do Tocantins, o IBAMA e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Pará (SECTAM); (ii) na sub-bacia do Xingu, o IBAMA e a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA); (iii) na sub-bacia do Negro, o IBAMA e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS). A operacionalização do Projeto no nível de sub-bacia utilizará principalmente as estruturas técnicas, administrativas e de gerência existentes nas instituições parceiras. Tais arranjos, acrescentando à especialização institucional e técnica existente, fomentará uma implementação mais eficiente, mais barata e mais rápida do AquaBio.

O arranjo institucional do Projeto ao nível estadual poderá variar, mas a princípio caberá ao IBAMA estadual a Coordenação Técnica Estadual (CTE) enquanto à OEMA caberá a Coordenação Política Estadual (CPE). A ênfase do AquaBio nos processos de capacitação requer também a existência de uma Coordenação Estadual de Capacitação (CEC). O conjunto constituído pela CTE, CPE e CEC comporá a Unidade de Coordenação Estadual (UCE), sob responsabilidade da CTE. A CTE, portanto, terá um papel executivo, enquanto a CPE terá um papel político, vinculado principalmente ao apoio e operacionalização dos Comitês Estaduais e Locais. A CEC, por sua vez, deverá interagir fortemente tanto com a CTE quanto com a Coordenação do Componente 3 (Capacitação) do AquaBio. Para detalhes sobre as atribuições dos Coordenadores Técnicos Estaduais, dos Coordenadores Políticos Estaduais (CPEs) e dos Coordenadores Estaduais de Capacitação (CECs) ver o Anexo I do MOP.

O IBAMA também contribuirá com o envolvimento direto de seus funcionários do Centro de Pesquisa e Gestão da Biodiversidade Aquática e da Várzea Amazônica (CEPAM), recentemente criado em Manaus. Este Centro está sendo aberto para fornecer sustentabilidade institucional para as atividades do Projeto ProVárzea, após sua conclusão, e também irá apoiar a implementação do AquaBio e assegurar a coordenação das atividades do Projeto com as atividades de outros escritórios do IBAMA na região amazônica. A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) também auxiliará o MMA na execução das atividades do Projeto em áreas onde existem povos indígenas. O MMA firmará acordos de cooperação técnica com o IBAMA, SECTAM, SEMA, SDS e FUNAI para estabelecer seus respectivos papéis e responsabilidades na execução do Projeto.

Adicionalmente, Comitês Locais do Projeto serão estabelecidos nas localidades onde o Projeto atuar diretamente, e serão compostos por representantes de instituições e organizações governamentais e não-governamentais existentes e,

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sempre que possível, esses incluirão representantes de conselhos municipais pertinentes, para facilitar a posterior transversalização das experiências do Projeto nas políticas públicas do município. A composição de cada Comitê Local do Projeto será discutida e acordada na conclusão do diagnóstico detalhado das sub-bacias, prevista para o final do primeiro ano de implementação do Projeto. As responsabilidades dos Comitês Locais do Projeto serão:

• Servir como veículo para transversalizar as experiências e lições do Projeto no planejamento e nas políticas públicas locais/municipais.

• Preparar e endossar o Plano de Trabalho Anual para as localidades/municípios. • Avaliar e validar os Programas de Ação (PAs).• Rever e endossar a seleção de atividades demonstrativas (subprojetos).• Supervisionar e monitorar a implementação das atividades do Projeto.• Mediar conflitos existentes dentro dos grupos de atores, ou entre eles, nas localidades/municípios.

Em cada sub-bacia, o MMA contratará especialistas e técnicos para implementar o Projeto no nível local, sob supervisão da UCP, e em estreita colaboração com o respectivo Comitê Estadual do Projeto. Adicionalmente, a UCP contratará instituições com experiência na execução de atividades nas localidades selecionadas pelo Projeto, tais como ONGs especializadas, universidades, fundações ou instituições de pesquisa, para a execução de todas ou parte das ações planejadas. Alguns potenciais parceiros identificados até o momento são: (i) na sub-bacia do Rio Negro, a Fundação Vitória Amazônica (FVA), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ); (ii) na sub-bacia do Xingu, o Instituto Socioambiental (ISA), a ONG Ambientalista Roncador Araguaia (ONGARA) e a Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT); e (iii) na sub-bacia do Tocantins, a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), o Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM) e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

As figuras 3 e 4 apresentam, respectivamente, a estrutura de gestão e a estrutura executiva do Projeto.

Figura 3: Estrutura de Gestão do Projeto, ao nível nacional, estadual e local.

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Coordenação Estadual

AM

MMA/SBF

CONABIO

Unidade de Coordenação do Projeto

Comitê Estadual

PA Coordenação Estadual

PA

Comitê Estadual

AMCoordenação Estadual

MT

Comitê Estadual

MT

Parceiros Locais

Comitê Local Parceiros

Locais

Comitê LocalParceiros

Locais

Comitê Local

Figura 4: Estrutura Executiva do Projeto (para a descrição das atribuições e competências ver Anexo I).

3. ORIGEM DOS RECURSOS FINANCEIROS E DETALHAMENTO ORÇAMENTÁRIO DO PROJETO

3.1. O Projeto GEF AquaBio

Previsto para durar seis anos, o orçamento total do Projeto AquaBio contará com US$ 17,131 milhões de dólares conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1: Composição financeira do Projeto GEF AquaBio (em US$).

Governo Federal (MMA e IBAMA)3 6.779.844 39,58%GEF 7.180.000 41,91%Linha de Apoio ao GEF4 2.024.100 11,82%Governo do Mato Grosso 482.526 2,82%Governo do Amazonas 586.036 3,42%Beneficiários 78.896 0,46%Total 17.131.402 100,00%

A contribuição do Global Environment Facility (GEF) se dá por meio de uma operação externa de caráter não-reembolsável (doação). Do orçamento total do Projeto, US$ 7.180.000 constituem a doação do GEF. A participação do 3 Recursos oriundos de ações do MMA e IBAMA, no Plano Plurianual (PPA).4 Linha de apoio ao GEF corresponde à ações executadas pelo Projeto Corredores Ecológicos na Bacia do Rio Negro (no Amazonas) e pelo PNMA II na Bacia do Rio Xingu (no Mato Grosso).

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UCP (DCBIO/SBF/MMA)

Coordenador Geral - Gerente

SECEX/MMA

CoordenadorComponentes

1 e 4

UNESCO

Gerente Administrativo

Financeiro

Gerente de Aquisições e Contratações

CoordenadorComponente

3

CoordenadorComponente

2

Coordenação Política Estadual

Coordenação Técnica Estadual

Coordenação Estadual de Capacitação

Supervisor de Campo

Agentes Multiplicadores

UCE

Governo Federal dá-se por meio de recursos financeiros alocados ao PPA, no valor de US$ 6.779.844, correspondente a Programas e Ações do MMA e IBAMA. Ainda, por parte do MMA, há o comprometimento de direcionar recursos para ações afins aos objetivos do Projeto AquaBio oriundos dos projetos PNMA II/Banco Mundial (US$ 559.098) e do Corredores Ecológicos/Rain Forest Trust Fund (US$ 1.465.001). Os governos dos estados do Mato Grosso e do Amazonas contribuem, respectivamente, com US$ 482.526 e US$ 586.036, também via financiamento de ações afins aos objetivos do Projeto AquaBio e disponibilização de pessoal técnico especializado. Por fim, aquelas entidades que receberão apoio financeiro do AquaBio, por meio de subprojetos a serem financiados com recursos do Componente 2, terão que contribuir para tais subprojetos com recursos de contrapartida, a qual corresponde ao valor de US$ 78.896 (estimada em cerca de 5% do valor alocado para os subprojetos).

Cabe esclarecer que a única ação do PPA que aportará recursos financeiros para o Projeto AquaBio é a Ação 6016, Manejo Integrado da Biodiversidade Aquática na Amazônia, do Programa 0104, Recursos Pesqueiros Sustentáveis. A execução financeira das demais ações do PPA e projetos que contribuem como co-financiadores do Projeto AquaBio se dará por seus respectivos executores e coordenadores. Tento em vista a necessidade da UCP comprovar também, nos relatórios gerenciais, a execução da parte dos recursos financeiros referente aos co-financiadores, o IBAMA, a SEMA, a SECTAM, a SDS, o PNMA II e o Corredores Ecológicos deverão encaminhar periodicamente informações referentes à execução financeira (em atividades afins aos objetivos do AquaBio) de suas respectivas contribuições financeiras (ou seja, dos recursos apresentados como co-financiamento ao Projeto).

É possível que recursos adicionais estejam futuramente disponíveis para o Projeto, vindos de outras iniciativas governamentais nos níveis federal, estadual e municipal, assim como do setor privado, mas neste momento essas fontes são ainda incertas. Para mais informações sobre a composição financeira ver o Anexo 15, Análise de Custo Incremental, do Documento da Avaliação de Projeto, datado de 15 de maio de 2006, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio. O cronograma de desembolsos é apresentado na Tabela 2.

Tabela 2: Cronograma de desembolsos distribuído entre investimentos e custeio (em US$).5

2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total %Total de Investimentos 2.555.494 2.747.576 2.480.021 1.593.179 1.068.061 820.876 11.265.207 65,8Total de Custeio 636.227 900.192 1.361.331 947.621 985.423 1.035.401 5.866.195 34,2Total do Projeto 3.191.721 3.647.768 3.841.352 2.540.800 2.053.484 1.856.277 17.131.402 100,0

A aplicação detalhada dos recursos se dará na forma apresentada na Tabela 3.

Tabela 3: Custos do Projeto por componente e sub-componente, distribuídos por fonte de financiamento (em US$ '000).

Componente e Sub-componente Governo GEF Governo do Governo do Beneficiários Total %Brasileiro Mato Grosso Amazonas

1. Planejamento e Políticas Públicas

1.1 Programas de Ação para as Sub-bacias 136,1 785,6 - - - 921,7 5,41.2 Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado dos Rec. Aquáticos 30,3 184,9 - - - 215,2 1,3

1.3 Sustentabilidade Financeira 9,0 91,1 - - - 100,0 0,6

Sub-total Componente 1 175,4 1.061,6 - - - 1.257,0 7,3

2. Atividades Demonstrativas2.1 Transversalização de Subprojetos sobre Biodiversidade Aquática 1.473,4 1.781,7 - - 78,9 3.334,0 19,52.2 Atividades de Apoio à Transversalização de Subprojetos sobre Biodiv. Aquática 2.024,1 482,5 586,0 3.092,7 18,0

Sub-total Componente 2 3.497,5 1.781,7 482,5 586,0 78,9 6.426,7 37,5

3. Desenvolvimento de Capacidades

3.1 Treinamento 966,1 1.586,4 - - - 2.552,5 14,9

3.2 Educação ambiental 82,1 536,1 - - - 618,3 3,6

3.3 Fortalecimento Institucional 32,6 230,5 - - - 263,1 1,53.4 Fóruns Públicos Sustentáveis para o Manejo Integrado dos Rec. Aquáticos 23,1 209,4 - - - 232,5 1,4

Sub-total Componente 3 1.103,9 2.562,5 - - - 3.666,4 21,4

5 Valores estimados.

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4. Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação, Disseminação de Informação

4.1 Gerenciamento e Coordenação 2.224,5 877,4 - - - 3.101,9 18,1

4.2 Monitoramento e Avaliação 1.600,4 648,6 - - - 2.249,0 13,1

4.3 Disseminação de Informação 202,3 248,2 - - - 450,4 2,6

Sub-total Componente 4 4.027,1 1.774,2 - - - 5.801,3 33,8

Custo Total do Projeto 8.803,9 7.180,0 482,5 586,0 78,9 17.131,4 100,0

O Acordo de Doação entre o governo brasileiro e o Banco Mundial referente aos recursos do Fundo para o Meio Ambiente Mundial para o AquaBio define categorias de despesas e a porcentagem financiada pela doação do GEF para cada uma dessas categorias. O Acordo estabelece também algumas restrições na aplicação dos recursos da doação. As categorias 1 a 4 referem-se àquelas constantes do Acordo de Doação. A Categoria 5 (e suas subdivisões) refere-se aos recursos nacionais (ver tabela abaixo).

Tabela 4: Custos do Projeto por categoria, conforme classificação do Banco Mundial (com modificações para definição das categoria referente aos recursos nacionais).

Custos do Projeto por Categoria BIRD (US$) Recursos Nacionais(US$)

Financiamento %

Categoria 1 – Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) 4.541.100 100% Categoria 2 - Subprojetos 1.274.140 100%*Categoria 3 - Custos operacionais (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) 1.007.760 100%Não Alocado (Contingência) 357.000 100%Categoria 4.0 - Recursos NacionaisCategoria 4.1 - Bens, Serviços de Consultoria, Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários, Custos Operacionais, Subprojetos - MMA 4.918.944 100%Categoria 4.2 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento, Custos Operacionais, Funcionários – IBAMA 1.860.900 100%Categoria 4.3 – Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - SDS 586.036 100%Categoria 4.4 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - SEMA 482.526 100%Categoria 4.5 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - PNMA II 559.099 100%Categoria 4.6 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - Corredores Ecológicos 1.465.001 100%Categoria 4.7 - Bens, Instalações, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários – Beneficiários 78.896 100%Total 7.180.000 9.951.402

* dos custos dos bens, trabalhos e serviços para o respectivo subprojeto.

No que diz respeito às categorias 1 a 3 e “Não Alocado” da Tabela 4, se refere para todos os fins e efeitos da execução financeira dos recursos do Acordo de Doação: (i) termo “Treinamento” refere-se às despesas (exceto despesas para serviços de consultoria) do Projeto para fins de financiamento de custas plausíveis de transporte e diárias de treinandos e instrutores (se for o caso), além de aluguel de instalações de treinamento, materiais, serviços e equipamentos para o

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Projeto; e (ii) a expressão “Custos Operacionais” refere-se a despesas recorrentes plausíveis tais como viagens e custos em diárias, bens não duráveis, serviços públicos e equipamentos.

3.2. O Projeto de Cooperação Técnica entre o MMA e a UNESCO

Conforme mencionado na Seção 2, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi selecionada para executar as funções de aquisições e contratações durante os primeiros dois anos do Projeto, prestando ainda assistência técnica ao MMA na implementação do Projeto. A execução do Projeto se dará por meio de um Documento de Projeto de Cooperação Técnica cujas partes são o Ministério do Meio Ambiente, a Agência Brasileira de Cooperação, e a UNESCO. A Ação 6016 - Manejo Integrado da Biodiversidade Aquática na Amazônia - aportará recursos financeiros diretamente para o Projeto de Cooperação Técnica Internacional AquaBio (BRA-AquaBio). Da Fonte 5142 (Contrapartida Nacional) serão alocados recursos da ordem de R$ 900.000,00, e da Fonte 0195 (Ingresso) serão alocados recursos da ordem de R$ 3.490.000,00, provenientes do GEF por intermédio do Banco Mundial. Esses valores serão depositados no escritório da UNESCO - Brasil e geridos pelo mesmo.

Tabela 5: Composição orçamentária do Projeto de Cooperação Técnica com a UNESCO para a execução dos dois primeiros anos do Projeto AquaBio.

Linhas orçamentárias* Total (R$) Ano 1 (R$) Ano 2 (R$)10. Pessoal do Projeto11-50 Viagem modalidade consultor 255.000,00 155.000,00 100.000,0015-01 Viagens equipe ligada ao Projeto 300.000,00 150.000,00 150.000,0015-01 Monitoria e avaliação 100.000,00 50.000,00 50.000,00Subtotal Componente 655.000,00 355000,00 300.000,00 20. Subcontratos21-01 Subcontratos 2.001.200,00 1.162.000,00 839.200,00Subtotal Componente 2.001.200,00 1.162.000,00 839.200,00 30. Treinamentos e Viagens34-01 Seminários e reuniões 520.000,00 280.000,00 240.000,00Subtotal Componente 520.000,00 280.000,00 240.000,00 40. Equipamentos e Instalações45-01 Equipamentos, combustíveis, suprimentos 804.752,38 300.000,00 504.752,38Subtotal Componente 804.752,38 300.000,00 504.752,38 50. Diversos53-01 Correios, taxas, impostos e contribuições, diversos

200.000,00 125.000,00 75.000,00

Subtotal Componente 200.000,00 125.000,00 75.000,00 80. Overhead80 Custos de Gestão (5%) 209.047,62 111.100,00 97.947,62Subtotal Componente 209.047,62 111.100,00 97.947,62 Total 4.390.000,00 2.333.100,00 2.056.900,00

* Linhas orçamentárias de acordo com a estrutura orçamentária da UNESCO.

A execução financeira dos demais programas e projetos que contribuem como co-financiadores do Projeto AquaBio se dará por seus respectivos executores e, portanto, estão fora do âmbito deste Documento do Projeto de Cooperação Técnica Internacional. O Documento de Acordo de Projeto de Cooperação Técnica Internacional está disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio.

4. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES, SUB-COMPONENTES E PRINCIPAIS RESULTADOS

A descrição detalhada de cada um dos componentes do projeto encontra-se a seguir:

4.1. Parte A ou Componente 1: Planejamento e Políticas Públicas

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Objetivos do Componente: O principal objetivo deste componente é desenvolver e implementar o manejo integrado de recursos aquáticos através da preparação e implementação parcial de Programas de Ação para o manejo integrado de recursos aquáticos (PAs) em três sub-bacias da Amazônia brasileira, gerando experiências replicáveis que possam tornar-se políticas públicas permanentes, com impactos positivos sobre a biodiversidade aquática, na redução dos conflitos entre os vários usuários dos recursos naturais, e na melhoria das condições de vida e de trabalho das comunidades locais. Tais Programas de Ação serão executados em porções das sub-bacias (áreas demonstrativas do Projeto) e terão arranjos políticos, institucionais e financeiros bem definidos para facilitar a implementação efetiva pelos vários atores (governos estaduais e municipais, empresas privadas, comunidades rurais e indígenas, associações comunitárias e organizações não-governamentais). Adicionalmente, o Projeto desenvolverá mecanismos para assegurar a sustentabilidade financeira das ações dos PAs após sua conclusão.

Principais resultados: Arranjos e processos institucionais estabelecidos em três sub-bacias da Amazônia brasileira para apoiar a adoção de uma abordagem de manejo integrado aplicada às principais questões e problemas que afetam a biodiversidade aquática, os recursos hídricos e as condições de vida das comunidades locais.

Principais produtos: (i) um Programa de Ação (PA) desenvolvido para cada uma das três sub-bacias do Projeto, com arranjos institucionais formulados e negociados com os usuários de recursos naturais, com a participação de instituições governamentais, ONGs e organizações da sociedade civil (tais como cooperativas, colônias e associações de pescadores, associações indígenas, produtores rurais e outras); (ii) oito estudos relacionados com os PAs completados, visando a transversalização das experiências de manejo integrado de recursos aquáticos nas políticas públicas; (iii) uma estratégia de apoio financeiro para a implementação dos PAs desenvolvida e negociada, com mecanismos financeiros piloto adotados; (iv) uma proposta de arranjos institucionais e processos para expandir a implementação do manejo integrado de recursos aquáticos na Amazônia apresentada e discutida com lideranças em todos os nove estados da Amazônia Legal, incorporando as experiências geradas nas áreas demonstrativas.

Grupos alvo: Governos estaduais e municipais, associações de produtores e organizações da sociedade civil6 nos nove estados da Amazônia Legal, com ênfase especial naquelas localizadas nas três sub-bacias selecionadas pelo Projeto.

Abrangência geográfica: As atividades do componente serão concentradas inicialmente nas áreas demonstrativas (porções das sub-bacias), compostas pelos seguintes municípios: nas cabeceiras do Rio Xingu (estado do Mato Grosso), Água Boa, Canarana, e Querência; no baixo Rio Tocantins a jusante da UHE Tucuruí (estado do Pará), quatro municípios a serem selecionados dentre Abaetetuba, Barcarena, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Oeiras do Pará, Cametá, Baião, Mocajuba, e Moju; no baixo e médio Rio Negro (estado do Amazonas), Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, e dois pequenos tributários do Rio Negro (Tarumã-açu e Tarumã-miri) no município de Manaus. As experiências do projeto serão expandidas através de disseminação, em primeiro lugar no nível da sub-bacia, seguida pela disseminação para toda a Amazônia Legal, ampliando em seguida para toda a Bacia Amazônica.

Sub-componente 1.1: Programas de Ação para as Sub-bacias. Esse sub-componente financiará a preparação e implementação parcial, de forma participativa, de Programas de Ação (PAs) para testar e implementar o manejo integrado de recursos aquáticos em porções das sub-bacias do Negro, Tocantins e Xingu, com arranjos institucionais formulados e negociados com usuários de recursos naturais. Os PAs focalizarão uma área geográfica numa escala que facilite uma abordagem de baixo para cima, com participação efetiva dos atores relevantes, ao mesmo tempo em que aborda problemas prioritários que sejam significativos e manejáveis naquela escala (área demonstrativa do Projeto). Esses três pilotos gerarão experiências significativas e lições aprendidas que poderão ser replicadas, inicialmente para outras áreas nessa mesma escala, produzindo também recomendações para a expansão dessa abordagem para o nível de outras sub-bacias e, subseqüentemente, para toda a Bacia Amazônica. O planejamento e a implementação participativos, de baixo para cima, aumentarão o sentimento de posse e facilitarão a abordagem e a resolução de conflitos.

O período de implementação dos PAs provavelmente excederá a duração do Projeto, já que algumas ações relevantes podem ocorrer no médio (seis a oito anos) e longo (20 anos) prazo. Atividades específicas incluirão: (i) realizar diagnósticos participativos detalhados nas áreas demonstrativas do Projeto para facilitar o entendimento dos problemas relacionados com o manejo da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos, além de prospectar propostas para as atividades demonstrativas a serem apoiadas pelo Sub-componente 2.1 (ver descrição do sub-componente nesta Seção e a Parte A do Anexo II deste Manual); (ii) identificação e acordo/negociação das respectivas ações e atividades a serem incluídas em cada um dos três PAs, incluindo as áreas e os temas prioritários a serem selecionados para a implementação de atividades demonstrativas (ver Componente 2 abaixo); (iii) realização de estudos setoriais e

6 Associações de produtores podem incluir, entre outros, agricultores, pescadores, artesãos, pequenos empresários, etc.; organizações da sociedade civil podem incluir associações de mulheres, grupos indígenas, professores e ONGs locais.

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ambientais; (iv) formulação dos PAs (entre o segundo e o quinto ano de implementação do Projeto), incorporando experiências e lições obtidas durante a implementação das atividades demonstrativas iniciadas a partir do terceiro ano de implementação do Projeto; (v) monitoramento e avaliação dos arranjos institucionais adotados durante a formulação dos PAs; e (vi) processos e eventos participativos levando ao endosso dos PAs.

O planejamento e manejo participativo da sub-bacia fomentarão um sentimento de posse envolvendo, sempre que necessário, o conjunto dos usuários dos recursos naturais da sub-bacia, organizações da sociedade civil e os representantes locais de agências interessadas (MMA e outros ministérios setoriais relevantes, agências estaduais e municipais da área ambiental e outras de setores pertinentes, tais como dos setores de agricultura, ação social e de saúde) para definir, compartilhar e enfrentar situações problemáticas de forma coletiva. Com a estreita colaboração dos técnicos e consultores do AquaBio, assim como de técnicos das OEMAs e dos demais parceiros do Projeto, os PAs serão preparados pelos atores locais, definindo prioridades e determinando medidas sociais e técnicas (essas últimas eventualmente incluindo a implantação de pequenas infra-estruturas sustentáveis e produtivas), que satisfarão as prioridades para a proteção e conservação da biodiversidade aquática, reduzindo conflitos entre os vários usuários dos recursos naturais, e melhorando as condições de vida e de trabalho das comunidades locais.

Sub-componente 1.2: Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos. Este sub-componente financiará a formulação e discussão, com contribuições de experiências geradas nas três sub-bacias do Projeto, de uma proposta de arranjos institucionais e de processos para permitir a adoção e expansão da abordagem de manejo integrado para outras sub-bacias na Amazônia Legal. Este sub-componente apoiará, dentre outras, as seguintes atividades: (i) organização e apresentação, de forma apropriada ao público alvo, das “lições aprendidas” resultantes da preparação de diagnósticos participativos e da formulação dos PAs; (ii) definição de um conjunto de alternativas para o desenvolvimento e implementação de PAs (incluindo propostas de atividades, políticas, e de arranjos financeiros e institucionais) que possam servir como exemplos para expandir a abordagem de gestão integrada para outras sub-bacias da Amazônia; e (iii) seminários e reuniões com partes interessadas dos outros seis estados da Amazônia Legal para apresentar, discutir, e eventualmente obter endosso para a abordagem do Projeto na implementação do manejo integrado de recursos aquáticos.

Sub-componente 1.3: Sustentabilidade Financeira. Este sub-componente financiará o desenvolvimento e implementação de uma estratégia de sustentabilidade financeira para apoiar a execução de atividades identificadas nos PAs após o término do Projeto, com mecanismos financeiros piloto adotados até o final do Projeto. Isso será conseguido através das seguintes atividades: (i) identificação inicial de parceiros e atores relevantes, seguida do estabelecimento de um diálogo comum; (ii) identificação dos resultados e atividades que terão continuidade após o término do Projeto; (iii) avaliação do potencial das atividades identificadas no item (ii) acima para atrair recursos externos e/ou gerar retorno financeiro para assegurar sua sustentabilidade financeira; (iv) identificação e/ou desenvolvimento de mecanismos/modelos financeiros viáveis para apoiar a sustentabilidade financeira de atividades selecionadas (por exemplo, programas e fundos públicos de investimento, sistemas para certificação ambiental, fundos fiduciários, etc.); e (v) o desenvolvimento e implementação de um plano de ação para assegurar a sustentabilidade financeira, tornando os mecanismos financeiros propostos integralmente operacionais. Detalhes adicionais sobre as características e atividades da Estratégia de Sustentabilidade Financeira podem ser obtidos no Apêndice 1 do Anexo 4 do Documento para Avaliação de Projeto, datado de 15 de maio de 2006, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio.

4.2. Parte B ou Componente 2: Atividades Demonstrativas

Objetivos: Esse componente visa gerar experiências e lições aprendidas, incluindo novas tecnologias ou sistemas de produção, visando incorporar as preocupações com a biodiversidade aquática nas várias atividades produtivas, contribuindo dessa maneira para o desenvolvimento dos PAs, e conseqüentemente para a formulação e implementação do manejo integrado de recursos aquáticos. O desenvolvimento das atividades demonstrativas apoiarão a consecução deste objetivo, sendo constituídas por subprojetos, com seus próprios objetivos, resultados esperados e planos de monitoramento. As atividades demonstrativas (ou subprojetos) financiados pelo GEF e pelo governo brasileiro no âmbito do Sub-componente 2.1 serão definidas a partir dos diagnósticos detalhados e consultas públicas nas três sub-bacias selecionadas pelo Projeto. Durante as consultas e diagnósticos rápidos realizados como parte da preparação do AquaBio, alguns temas prioritários foram identificados para receber possível apoio. Além disso, espera-se que algumas outras atividades sejam co-financiadas através de outros programas relevantes ou instituições dentro do Sub-componente 2.2 (para detalhes ver Apêndice 3 do Anexo 4 do Documento para Avaliação de Projeto, datado de 15 de maio de 2006, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio). Temas adicionais provavelmente serão identificados durante os diagnósticos detalhados e as consultas que serão realizadas nas sub-bacias durante o primeiro ano de implementação do Projeto, assim como durante a formulação dos PAs.

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Principais resultados: Um número limitado de atividades demonstrativas estratégicas desenvolvidas e testadas (um máximo de 30), abordando vários setores produtivos, para apoiar a implementação do manejo integrado de recursos aquáticos nas três sub-bacias selecionadas, com impactos positivos sobre a biodiversidade aquática, sobre a redução de conflitos entre os vários usuários de recursos naturais, e sobre as condições de vida das comunidades locais. Esse componente também contribuirá para a sustentabilidade das áreas protegidas na área de impacto do Projeto, pois as comunidades próximas dessas áreas serão expostas a exemplos de sistemas e tecnologias de produção sustentáveis, e provavelmente também começarão a adotá-los.

Principais produtos: Implementação de atividades demonstrativas, baseadas nos diagnósticos detalhados (ver Sub-componente 1.1 acima), e o desenvolvimento de pelo menos seis produtos de comunicação e disseminação, apresentando de maneira sistematizada as lições aprendidas e as experiências associadas, disponibilizando tais produtos para os atores relevantes e ao público em geral nos níveis local, de sub-bacia, e da Amazônia brasileira.

Grupo alvo: Lideranças dos setores produtivo e público, incluindo associações de produtores, organizações da sociedade civil, líderes rurais e urbanos, tomadores de decisão, técnicos de extensão rural e outros profissionais técnicos trabalhando com o uso de recursos naturais.

Abrangência geográfica: As atividades do Componente 2 serão limitadas às três áreas demonstrativas do Projeto, compostas pelos municípios mencionados na descrição do Componente 1.

Fontes de financiamento. Este componente inclui dois sub-componentes financiados por fontes distintas. O Sub-componente 2.1, a ser financiado por recursos do GEF e do governo brasileiro, fornecerá apoio financeiro para o teste de práticas de produção que facilitem a transição de práticas não sustentáveis para métodos sustentáveis de produção, dentro de uma estrutura de manejo integrado (ver o Anexo 4, Apêndice 2, do Documento para Avaliação de Projeto, datado de 15 de maio de 2006, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio). O Sub-componente 2.2 será financiado por programas estaduais e federais (projetos Corredores Ecológicos na sub-bacia do Rio Negro e Programa Nacional do Meio Ambiente na sub-bacia do Rio Xingu) em curso, que consistem de subprojetos dentro da linha de base redirecionada para apoiar a transversalização da biodiversidade aquática (ver o Anexo 4, Apêndice 3, do Documento para Avaliação de Projeto, datado de 15 de maio de 2006, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio, para exemplos de temas de subprojetos a serem financiados pela linha de base redirecionada).

Sub-componente 2.1: Transversalização de Subprojetos sobre Biodiversidade Aquática. Este sub-componente financiará o desenvolvimento e a implementação de um número limitado de atividades demonstrativas piloto (subprojetos), a serem identificadas no primeiro ano do Projeto, durante os diagnósticos detalhados das três áreas demonstrativas, com o objetivo de transversalizar a conservação e o uso sustentável da biodiversidade aquática nos setores produtivos, por meio da geração de exemplos de sistemas e tecnologias de produção adaptáveis que eliminem ou reduzam os impactos negativos do uso dos recursos naturais sobre os ecossistemas aquáticos.

Categorias de subprojetos que podem receber apoio financeiro. Possíveis temas identificados durante a preparação do Projeto se distribuem em seis categorias: (i) co-manejo de recursos aquáticos associado à resolução de conflitos sobre o acesso e uso sustentável dos recursos pesqueiros; (ii) manejo do acesso e estratégias para o uso sustentável de peixes ornamentais; (iii) atividades econômicas que oferecem alternativas às atividades predatórias ou que degradam os ecossistemas aquáticos, contribuindo diretamente para reduzir a pressão sobre a biodiversidade aquática (por exemplo, produção familiar de hortaliças, pequenos animais, apicultura, artesanato, produção de essências a partir de plantas, produção e uso de plantas medicinais); (iv) ecoturismo e a integração das comunidades nas atividades de turismo em geral; (v) manejo de esgoto e resíduos sólidos; e (vi) no baixo Tocantins, treinamento das organizações locais no manejo e monitoramento dos impactos sociais e ambientais da implementação do Plano Popular para o Desenvolvimento Sustentável da Região à Jusante da UHE Tucuruí (PPDS-JUS).

Beneficiários dos subprojetos. O apoio financeiro fornecido por este sub-componente será caracterizado pela seleção de subprojetos por demanda induzida, baseada em propostas preparadas e submetidas por participantes qualificados do Projeto residentes nas áreas demonstrativas, com o apoio de técnicos do Projeto. Este sub-componente poderá fazer doações para grupos e organizações rurais e indígenas, incluindo pescadores, ribeirinhos, agricultores familiares, fazendeiros e artesãos, assim como para ONGs locais e municípios.

Número de subprojetos e limite máximo para propostas. As doações fornecidas a subprojetos financiados serão por demanda induzida, por meio de editais específicos, e contratadas mediante convênio ou instrumento afim. Para propósitos de estrutura e avaliação do Projeto, estima-se que cerca de 30 subprojetos (10 por área demonstrativa) sejam apoiados por este sub-componente, com valores entre US$30.000 e US$70.000 por subprojeto.

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Critérios de qualificação. Os critérios para a seleção de subprojetos desse componente serão específicos para cada área demonstrativa, e serão desenvolvidos durante o primeiro ano do Projeto, com a participação dos atores locais, durante a realização do diagnóstico detalhado. Entretanto, e com base nos diagnósticos realizados durante a preparação do AquaBio, os seguintes critérios gerais guiarão a elaboração de critérios específicos para cada uma das três áreas demonstrativas: as propostas deverão (i) corresponder a atividades definidas como prioritárias durante o diagnóstico participativo da área demonstrativa; (ii) envolver o uso e/ou a conservação de recursos naturais; (iii) abordar a conservação de biodiversidade aquática ou envolver atividades que combatam a degradação de recursos aquáticos; (iv) ter um impacto positivo no uso sustentável e conservação dos ecossistemas aquáticos, incluindo a biodiversidade aquática; (v) ter o potencial de causar impactos positivos quando comparado ao custo de implementação; (vi) ter potencial para replicação; (vii) ser apresentado por uma organização local (pessoa jurídica legalmente constituída) ou em associação com uma; (viii) fornecer contrapartida de pelo menos 5% do custo total do subprojeto, em dinheiro ou em contrapartida não-financeira; (ix) ter desenvolvido seu próprio sistema de monitoramento e avaliação para monitorar os resultados e impactos do subprojeto; e (x) ter um Plano de Gestão Ambiental adequado.

Salvaguardas especiais. Os anexos II (Procedimentos para Apresentação de Proposta para Atividade Demonstrativa e Avaliação Ambiental do Projeto AquaBio e das Atividades Demonstrativas) e III (Estratégia Indígena do Projeto AquaBio) deste MOP apresentam uma série de informações detalhadas sobre a proposição de subprojetos, com destaque especial para aquelas salvaguardas relacionadas aos impactos ambientais dos subprojetos e às atividades do Projeto que envolvam povos indígenas. Tais salvaguardas estão relacionadas às precauções ambientais e sociais de projetos que envolvem o Banco Mundial, e conseqüentemente se aplicam ao Projeto AquaBio. Em linhas gerais, todos os subprojetos que vierem a ser apresentados ao AquaBio deverão, necessariamente, atender aos procedimentos definidos na Parte C do Anexo II quanto aos seus impactos ambientais e, no caso daquelas atividades que envolvam a participação de povos indígenas, às orientações contidas no Anexo III. Sub-componente 2.2: Atividades de Apoio à Transversalização de Subprojetos sobre Biodiversidade Aquática. Este sub-componente apoiará atividades, dentro da linha de base redirecionada, que transversalizam a conservação e o uso sustentável da biodiversidade aquática em programas e atividades existentes nas áreas demonstrativas do Projeto. Para o detalhamento da linha de base redirecionada ver o Anexo 15, Análise de Custo Incremental, do Documento da Avaliação de Projeto, datado de 15 de maio de 2006, disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio. Tais programas e atividades correspondem àqueles apresentados pelas OEMAs e pelos projetos PNMA II e Corredores Ecológicos como afins aos objetivos do Projeto AquaBio, e conseqüentemente foram apresentadas ao GEF como fonte de co-financiamento para o Projeto. Exemplos de atividades a serem co-financiadas pela linha de base redirecionada foram identificadas durante a preparação do AquaBio, dentre as quais se destacam: (i) comercialização de produtos obtidos através do manejo sustentável de recursos naturais; (ii) alternativas para o controle do fogo e do desmatamento, (iii) educação ambiental; (iv) restauração de vegetação ciliar nativa; (v) adoção de manejo integrado de resíduos sólidos, voltado para a conservação da água e do solo; (vi) restauração de áreas degradadas, incluindo o controle da erosão; e (vii) desenvolvimento de atividades de turismo sustentável para gerar alternativas de emprego e renda.

Beneficiários e critérios dos subprojetos: os beneficiários e os critérios das atividades demonstrativas financiadas por este sub-componente terão que obedecer aos critérios definidos em cada um dos projetos ou programas específicos da linha de base redirecionada, ou seja, aqueles estabelecidos pelas OEMAs e pelos projetos PNMA II e Corredores Ecológicos.

4.3. Parte C ou Componente 3: Desenvolvimento de Capacidades

Objetivos: A meta deste componente é auxiliar na preparação dos atores sociais relevantes, especialmente os locais (incluindo povos indígenas), para que possam participar ativamente e contribuir efetivamente para a formulação, implementação e monitoramento de estratégias e Programas de Ação voltados para a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos nas sub-bacias selecionadas pelo Projeto, e trazer as perspectivas ambientais locais e o conhecimento tradicional para este processo. As atividades incluem, entre outras, o apoio para treinamentos (tais como sobre legislação indígena e ambiental, e técnicas de resolução de conflitos), uma variedade de atividades de desenvolvimento de capacidades (tais como sobre temas relacionados à pesca sustentável e a abordagens de co-manejo de recursos naturais), educação ambiental, e formação de parcerias. O objetivo subjacente é empoderar os atores locais, incluindo os povos indígenas, melhorando/apoiando o nivelamento e o acesso à informação (ambiental, ecológica, política e outros tipos, via treinamentos, educação ambiental e outros meios); a habilidade para exercer os direitos de cidadania assim como as obrigações; e o fortalecimento das organizações locais, incluindo associações indígenas, em termos de preparo para uma participação mais ativa em debates públicos, nos comitês de bacia a serem estabelecidos, e em outros fóruns.

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Principais resultados: Maior capacidade operacional e decisória nas instituições e organizações da sociedade civil nos níveis local, estadual e federal na Amazônia, para realizar planejamentos de médio e longo prazo, e para manejar conflitos, em apoio à implementação do manejo integrado dos recursos aquáticos.

Principais produtos: (i) capacidade institucional fortalecida para implementar o manejo integrado de recursos aquáticos em três sub-bacias, em instituições do governo federal, dos governos estaduais, dos governos municipais, das ONGs; e fortalecimento das lideranças locais, incluindo povos indígenas, grupos de interesse especial, treinadores e treinandos, escolas e comunidades locais; (ii) pelo menos 10 propostas para projetos que contribuam para a implementação do manejo integrado de recursos aquáticos desenvolvidas por grupos indígenas, associações de mulheres, ou grupos de jovens, e submetidas a outras entidades financiadoras (tais como o PRONAF); (iii) 150 eventos de desenvolvimento de capacidades e educação ambiental oferecidos para usuários de recursos naturais, técnicos e tomadores de decisão em três sub-bacias, promovendo um maior interesse entre os vários atores na implementação do manejo integrado de recursos aquáticos; (iv) eventos de conscientização para a participação efetiva no manejo integrado de recursos aquáticos realizados em comunidades locais, escolas e ONGs.

Atores sociais: As atividades terão como alvo instituições e pessoas. Entre as instituições, será dada prioridade àquelas que possam melhor contribuir para o manejo da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos, tais como associações comunitárias e de produtores, ONGs e instituições governamentais. Entre indivíduos, será dada atenção especial àqueles pertencentes a associações de produtores, líderes rurais e urbanos, tomadores de decisão, aqueles responsáveis por atividades, programas e agências relacionadas à biodiversidade aquática e aos recursos hídricos, e técnicos de instituições relacionadas ao uso de recursos naturais (tais como agentes de extensão rural).

Abrangência geográfica: A educação ambiental, treinamento e outras atividades de desenvolvimento de capacidades serão inicialmente concentrados nas áreas demonstrativas do Projeto, mas algumas atividades de treinamento serão oferecidas a lideranças nas três sub-bacias (nível estadual) e para toda a Amazônia Legal. Em sua maioria, as ações serão desenvolvidas em áreas rurais para alcançar, tanto quanto possível, aquelas populações que são mais dependentes do uso dos recursos naturais.

Sub-componente 3.1: Treinamento.. Este sub-componente financiará: (i) treinamento ambiental para agentes e facilitadores (multiplicadores), para que eles possam obter uma compreensão clara das interações, conceitos e princípios do manejo integrado da biodiversidade aquática, para que possam, por sua vez, promovê-los em processos de manejo de recursos hídricos; e (ii) treinamento operacional para associações de produtores em geral e fazendeiros, para que adotem tecnologias e conhecimento tradicional apropriados para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos hídricos.

O treinamento incluirá duas categorias amplas de beneficiários: instituições e pessoas. As instituições têm falta especialmente de qualificações relacionadas ao manejo e ao desenvolvimento institucional. Entre as instituições, será dada prioridade para aquelas que possam contribuir melhor para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos, tais como associações comunitárias, cooperativas, ONGs e instituições governamentais. O grupo de pessoas (público) será composto principalmente de ribeirinhos, fazendeiros/pecuaristas, povos indígenas, artesãos que utilizam recursos naturais, lideranças rurais e urbanas, tomadores de decisão, aqueles responsáveis por atividades, programas e agências relacionadas à biodiversidade aquática e aos recursos hídricos, e técnicos de entidades relacionadas ao uso de recursos naturais. Em sua maioria, os beneficiários atuarão no nível local nas áreas demonstrativas do Projeto, mas os benefícios do treinamento abrangerão os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas, onde entidades e técnicos participarão de eventos de treinamento, seminários e oficinas de trabalho direcionados ao manejo da biodiversidade aquática.

Sub-componente 3.2: Educação Ambiental. O objetivo deste sub-componente é aumentar a conscientização e o conhecimento, entre os atores relevantes, sobre as principais questões e problemas que afetam a biodiversidade aquática e os recursos hídricos na Bacia Amazônica, e sua relação com as condições de vida das comunidades que vivem na região. Este sub-componente financiará as seguintes atividades: (i) aumento da conscientização entre as lideranças locais sobre questões relevantes para a biodiversidade aquática, através de reuniões, brochuras, panfletos, debates, programas de rádio, etc.; (ii) criação de condições que fomentem mudanças no comportamento humano e organizacional, através do estabelecimento de grupos de trabalho nos níveis local e estadual, execução de tarefas específicas, dias de campo, seminários e outras formas de troca de experiências; (iii) atividades de educação formal (por exemplo, desenvolvimento de materiais educativos para escolas e modificação de currículo, competições escolares de redação, teatro, poesia, etc.); e (iv) atividades informais de educação (por exemplo, avaliação em grupo e disseminação de lições aprendidas relevantes, troca de experiências entre comunidades, apoio para a criação de grupos voluntários voltados para o manejo ambiental, etc.).

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Sub-componente 3.3: Fortalecimento Institucional. O objetivo deste sub-componente é promover a formação de parcerias entre organizações existentes e fortalecer ou apoiar a criação de iniciativas locais para o estabelecimento de associações comunitárias e cooperativas rurais relacionadas com o uso sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos. As atividades específicas apoiadas por este sub-componente incluirão: (i) fomentar o estabelecimento de parcerias entre organizações sociais relevantes; (ii) auxiliar na criação ou fortalecimento de organizações relacionadas à conservação de ecossistemas aquáticos, envolvendo-as no desenvolvimento e implementação de estratégias que levem a uma maior eficácia de suas próprias atividades; e (iii) apoio direcionado a grupos de interesse especial, tais como mulheres, povos indígenas e jovens.

Sub-componente 3.4: Fóruns Públicos Sustentáveis para a Gestão Integrada dos Recursos Aquáticos. Este sub-componente financiará o desenvolvimento ou fortalecimento, e implementação parcial, de uma Estrutura Institucional que apoiará a sustentabilidade das atividades e resultados do AquaBio muito além da duração do Projeto. Este sub-componente intensificará as oportunidades para discussão, gerenciamento de conflitos e a tomada de decisões, e fortalecerá as instâncias de coordenação e apoio ao desenvolvimento local/territorial, tais como o desenvolvimento ou fortalecimento de fóruns e conselhos locais nas três sub-bacias do Projeto.

4.4. Parte D ou Componente 4: Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, e Disseminação de Informação

Objetivos: O objetivo deste componente é a coordenação, o gerenciamento e o monitoramento, de forma contínua, de todas as atividades apoiadas pelo Projeto, assim como a disseminação dos resultados do AquaBio e as lições aprendidas nos níveis local, de sub-bacia, nacional e internacional. Este componente colaborará com outros projetos e programas relacionados, especialmente aqueles da linha de base redirecionada, executados pelos co-financiadores do AquaBio (IBAMA, SEMA, SDS, e projetos PNMA II e Corredores Ecológicos), para assegurar o desenvolvimento e implementação do manejo integrado de recursos aquáticos de forma demonstrativa.

Principais resultados: (i) participação efetiva, incluindo apoio financeiro, de diferentes instituições governamentais setoriais, sociedade civil e setor privado, em atividades do Projeto, incluindo aquelas associadas à preparação e implementação dos PAs; (ii) um sistema integralmente implementado para monitorar os impactos do Projeto, com a participação de lideranças locais; (iii) um sistema de monitoramento físico-financeiro (SIGMA) implementado e fornecendo informações para o aprimoramento contínuo da implementação do Projeto; (iv) um Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática (SIBA) desenvolvido e gerando informações disponíveis para o público em geral; e (v) resultados do Projeto disseminados através de eventos e campanhas de mídia que levam à adoção de práticas para o manejo integrado de recursos aquáticos pelas instituições e pela sociedade civil em geral.

Grupo alvo: Os beneficiários principais serão: o governo, pessoal técnico e usuários de recursos naturais nas áreas demonstrativas, assim como em outros estados da Amazônia Legal e países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Adicionalmente, o sistema de monitoramento e avaliação beneficiará instituições de pesquisa, grupos ativistas e a sociedade interessada na conservação dos ecossistemas aquáticos da Amazônia Legal no longo prazo.

Abrangência geográfica: Este componente atuará em diferentes escalas na Bacia Amazônica, de acordo com seus respectivos sub-componentes. Na escala mais restrita, o Gerenciamento do Projeto focará em três sub-bacias do Projeto, onde haverá intervenção direta do Projeto. Na escala mais ampla, a esfera para o sub-componente de Disseminação do Projeto consistirá de todos os países que compartilham a Bacia Amazônica com o Brasil.

Sub-componente 4.1. Gerenciamento e Coordenação. Este sub-componente coordenará, nos níveis federal, de sub-bacia e local, as ações internas e externas necessárias para a execução do Projeto, incluindo: (i) inserção de dados no SIGMA e uso da informação resultante nas decisões diárias para a implementação bem sucedida do Projeto; (ii) execução do Projeto com relação a procedimentos de compras, financeiros e de contabilidade; (iii) consolidação de despesas e outros relatórios sobre a implementação, e fornecimento de orientação e treinamento para aprimorar as capacidades de gerenciamento para todas as partes envolvidas na implementação do Projeto; (iv) fomento da integração entre os vários componentes do Projeto, e do AquaBio com outros projetos e programas correlatos; e (v) identificação e indicação de possíveis mudanças necessárias nos procedimentos de implementação do Projeto.

Várias seções e anexos do MOP devem ser consultadas para informações relativas à operacionalização e procedimentos do Projeto AquaBio, com destaque para a Seção 8.

Sub-componente 4.2. Monitoramento e Avaliação. Este sub-componente irá: (i) implementar o sistema de monitoramento físico-financeiro do Projeto (SIGMA); (ii) monitorar o progresso diário da execução do Projeto; (iii)

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medir os impactos das ações do Projeto; e (iv) disseminar as informações de gerenciamento e planejamento tanto internamente no Projeto quanto para os beneficiários, instituições parceiras e sociedade. Outro objetivo será a criação e implementação do Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática (SIBA), primeiramente nas áreas demonstrativas e posteriormente expandindo para toda a Amazônia. Isso será conseguido através: (i) da inserção regular de informações atualizadas do Projeto no SIGMA; (ii) da realização de reuniões regulares com o Comitê de Acompanhamento (CONABIO) e com os Comitês Estaduais e Locais do Projeto, com a produção e disseminação das minutas de tais reuniões; (iii) da elaboração de Relatórios Semestrais da Implementação do Projeto; (iv) da realização das atividades necessárias para conseguir a implementação e operação do SIBA, disponibilizando as informações geradas para o público em geral; (v) do acompanhamento da implementação das atividades do Projeto em todos os Componentes, assegurando que todas estejam integradas da melhor maneira possível para alcançar os objetivos do Projeto; e (v) da supervisão da implementação dos planos de monitoramento individuais para cada atividade demonstrativa, para assegurar que estas estejam progredindo de acordo com o planejado, e sugerir modificações quando necessário. Uma descrição detalhada deste sub-componente pode ser consultada na Seção 5 abaixo.

Sub-componente 4.3. Disseminação de Informação. O objetivo deste sub-componente é fornecer, para instituições e para a sociedade civil, conhecimentos sistematizados, experiências validadas e estratégias que possam ser adaptadas para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos. A disseminação de informações crescerá e irá se diversificando conforme o progresso da implementação do Projeto. No primeiro ano, seu foco principal será na disseminação de informações básicas para tornar o AquaBio conhecido através da Amazônia Legal. A partir do segundo ano, a disseminação dos resultados para os usuários em potencial será iniciada e continuará a crescer e diversificar, atingindo o clímax com a divulgação das “lições aprendidas” nos anos finais do Projeto. Um evento de disseminação ao nível nacional, com a participação de outros governos membros da OTCA, será realizado durante o terceiro ano do Projeto. No dia-a-dia, os seguintes meios de disseminação serão empregados: (i) página eletrônica (contendo notícias sobre o Projeto, informações técnicas, resultados alcançados); (ii) relatório mensal impresso (contendo notícias sobre o Projeto enviadas aos estados e municípios das áreas demonstrativas); (iii) notícias para a mídia (impressa, rádio e televisão); (iv) programas educativos a serem transmitidos pelo rádio; (v) programas educativos em fitas de vídeo para serem exibidos nas TVs regionais e utilizados na educação formal e/ou em reuniões e cursos; (vi) material impresso para distribuição, especialmente nas áreas demonstrativas (livretos, panfletos, relatórios); e (vii) outros meios que possam eventualmente ser identificados ao longo do Projeto.

5. ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

A implementação das atividades propostas para os diferentes componentes se sobrepõe ao longo do tempo. A seguir é apresentado o conjunto da estratégia técnica de implementação, com o objetivo de informar, em linhas gerais, como se dará o processo pelo qual o Projeto pretende alcançar o seu objetivo e ao longo dos seis anos de duração total.

Disseminação do projeto e conscientização ambiental: do começo ao fim do processo de implementação do Projeto, serão conduzidas atividades para: (i) disseminar informações nos níveis local, das sub-bacias e federal, sobre a racionalidade do Projeto, objetivos e atividades; (ii) promoção de um senso de responsabilidade individual e coletiva em relação aos ecossistemas aquáticos da Amazônia e a relação destes com mudanças no uso da terra e outras iniciativas de desenvolvimento, e (iii) aumento de conscientização sobre a legislação ambiental existente, e de outras legislações pertinentes à biodiversidade e recursos naturais aquáticos, e a importância do uso sustentável e conservação de tais recursos.

Treinamento de lideranças em todos os níveis: um treinamento amplo e um programa de educação ambiental começarão no primeiro ano, envolvendo temas como métodos participativos de trabalho e planejamento, de resolução de conflito, e oficinas para a disseminação de conhecimentos e de experiências relevantes. Este treinamento preparará os atores para melhor identificar e analisar a sustentabilidade social, econômica e ambiental, de maneira a promover o planejamento e implementação de ações para a adoção de práticas sustentáveis de manejo de ecossistemas aquáticos.

Diagnóstico participativo das três áreas demonstrativas do Projeto (ou seja, parte das sub-bacias dos rios Negro, Tocantins e Xingu): com base nos diagnósticos conduzidos durante a fase preparatória do Projeto para cada uma das três sub-bacias, a partir dos quais as áreas demonstrativas do Projeto foram identificadas, esta atividade financiará estudos específicos, diagnósticos participativos e seminários, no primeiro ano de implementação do Projeto, para determinar com maior especificidade e detalhe: (i) as principais questões e problemas a serem endereçados pelo Projeto em cada área designada, e possíveis indicadores para o monitoramento da biodiversidade local; (ii) os atores locais pertinentes e os conflitos existentes; e (iii) iniciativas e atividades existentes que sejam alinhadas aos objetivos do Projeto.

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Formação de comitês locais e estaduais de acompanhamento do Projeto: estes grupos de consulta irão empoderar os atores e prover fóruns legítimos de discussão onde deverão ser avaliados os resultados dos diagnósticos detalhados. Os comitês apoiarão também as demais atividades que darão continuidade e inserção do Projeto nas áreas demonstrativas, (i) selecionando e acompanhando os subprojetos; (ii) desenvolvendo ou aprovando Programas de Ação para testar e implementar o manejo integrado de recursos aquáticos nas três sub-bacias; (iii) promovendo a replicação em escala mais ampla da estratégia do Projeto em outras sub-bacias da Amazônia Legal; e (iv) internalizando as lições aprendidas sobre as políticas publicas e programas nos níveis locais e das sub-bacias. Os comitês deverão estar organizados ao final do primeiro ano de implementação do Projeto (ver a Seção 2 do MOP para detalhes sobre as atribuições dos comitês locais e estaduais).

Formulação dos Programas de Ação para o Manejo Integrado de Recursos Aquáticos (PAs): em cada uma das áreas demonstrativas será produzido, de maneira participativa, um Programa de Ação, a partir do segundo ano de execução, priorizando temas e atividades que posteriormente poderão ser financiados pelo Componente 2 (Atividades Demonstrativas). Estes temas e atividades serão negociados e aprovados pelos atores relevantes em cada uma das áreas demonstrativas do Projeto, e constituirão as ações estratégicas iniciais a serem endereçadas nos Programas de Ação. A preparação destes Programas de Ação continuará a partir do segundo ano até o quinto ano do Projeto, de uma maneira interativa, incorporando experiências e lições da implementação das atividades demonstrativas, das atividades de capacitação e de educação ambiental, e das discussões para a resolução de conflitos existentes. Os Programas de Ação também incluirão, entre outros, propostas de arranjos institucionais, estudos específicos sobre políticas públicas, e o desenvolvimento de uma estratégia de sustentabilidade financeira para apoiar a execução de atividades selecionadas, assegurando a continuidade das mesmas após a conclusão do Projeto.

Preparação e seleção das atividades demonstrativas: subprojetos serão elaborados e propostos por organizações ou instituições locais, ou em associação com estas, seguindo regras e critérios, alguns já estabelecidos neste Manual, com por exemplo a Avaliação Ambiental das propostas (ver Parte C do Anexo II), as precauções necessárias naquelas atividades que envolverem povos indígenas (ver Anexo III), e os critérios descritos no item Critérios de Qualificação, na apresentação do Sub-componente 2.1 do Projeto, na Seção 4. Outros critérios serão desenvolvidos para cada uma das áreas demonstrativas, e aprovados de maneira participativa, durante o primeiro ano de implementação de Projeto, seguindo os princípios estabelecidos durante a fase preparatória do Projeto. Propostas de subprojetos serão avaliadas e validadas pelos respectivos comitês do Projeto ao nível local e estadual, e submetidos para análise final e aprovação pela UCP, em colaboração com as respectivas coordenações das sub-bacias, ao final do segundo ano. A contratação das propostas se dará mediante convênio ou instrumento afim, selecionadas por meio de edital específico que será elaborado pela UCP com o apoio dos parceiros do Projeto e dos comitês nacional, estaduais e locais.

Implementação das atividades demonstrativas: a partir do terceiro ano, a implementação será acompanhada pelo respectivo Comitê Local do Projeto, com assistência de pessoal contratado pelo AquaBio para apoiá-los, consistindo de especialistas técnicos ou de apoio administrativo, com função de supervisionar e coordenar o AquaBio no nível local, em articulação com a UCP.

Implementação inicial dos PAs: começará antes do quinto ano do projeto e se estenderá além de sua duração, já que algumas ações relevantes podem acontecer a médio (6-8 anos) ou longo prazo (20 anos). Esta fase também incluirá a implementação de medidas identificadas na estratégia de sustentabilidade financeira para tornar os mecanismos financeiros relevantes completamente operacionais antes do final do Projeto.

Monitoramento e avaliação: serão implementados de acordo com o sistema de monitoramento e avaliação do Projeto. A equipe local do Projeto produzirá relatórios de progresso no formato e freqüência requeridos, os quais serão complementados pelas coordenações estaduais e pela UCP. A participação dos beneficiários neste processo será maximizada por meio da disponibilização de informações sobre o andamento das atividades, bem como será um requisito as contribuições dos beneficiários para a tomada de decisões referentes a quaisquer correções de meio-curso necessárias ao Projeto. Relatórios consolidados de monitoramento e avaliação serão submetidos à CONABIO, ao Banco Mundial, e às demais agências pertinentes.

Monitoramento da biodiversidade aquática: a partir do segundo ano está previsto o início do monitoramento da biodiversidade aquática por meio do Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Aquática (SIBA). Com base nos diagnósticos detalhados das áreas demonstrativas e em uma consultoria específica, a serem contratados no primeiro ano de execução do Projeto, serão selecionados indicadores para mensurar os impactos do Projeto sobre a biodiversidade aquática e os recursos hídricos nas áreas demonstrativas. O SIBA deverá incluir indicadores ao nível de ecossistema (por exemplo, área da planície de inundação originalmente coberta por vegetação, áreas degradadas e recuperadas), indicadores baseados em certas espécies aquáticas importantes (por exemplo, quantidades capturadas e comercializadas, locais de captura, renda obtida com a comercialização). A coleta de informações será realizada pelos vários parceiros

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do Projeto, inclusive universidades, ONGs, e as comunidades locais. As informações deverão ser acessíveis ao público por meio de um sistema de informações geográficas, e serão também disseminadas por meio de boletins, panfletos, programas de rádio e vídeos, Internet, e durante os eventos promovidos pelo Projeto, com o objetivo de ser utilizada pela comunidade para a tomada de decisões.

Tabela 5: Cronograma de Implementação do AquaBio.

ANO 1 2 3 4 5 6SEMESTRE 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2

SUB-COMPONENTE/ATIVIDADE

1: Planejamento e Políticas Públicas1.1. Programas de Ação de Sub-bacia.1.2. Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado de Recursos Aquáticos.1.3. Sustentabilidade Financeira.2: Atividades Demonstrativas2.1. Transversalização de subprojetos sobre biodiversidade aquática.2.2. Atividades de apoio à transversalização dos subprojetos sobre biodiversidade aquática.3: Desenvolvimento de Capacidades3.1. Treinamento.3.2. Educação Ambiental.3.3. Fortalecimento Institucional.3.4. Fóruns Públicos Sustentáveis para o Manejo Integrado de Recursos Aquáticos.4: Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, e Disseminação de Informação4.1. Gerenciamento e Coordenação.4.2. Monitoramento e Avaliação.4.3. Disseminação de Informação.

6. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

Para permitir o gerenciamento das contas do AquaBio deverá ser estabelecida uma Estrutura Programática compatível com os elementos que foram acordados com o Banco Mundial. Esta Estrutura Programática deverá conter níveis de desdobramento que permitam o acompanhamento das ações do AquaBio, devendo ainda ser compatível com o SIGMA. Demonstra-se, a seguir, um exemplo de desdobramento:

Identidade das ações do AquaBio: a partir da estrutura programática do AquaBio, é estabelecida a identidade de cada atividade. Esta identidade é ditada por meio de um código que indica o Componente, Sub-componente, Subprojeto, Atividade e Tarefa, na forma a seguir descrita:

Indicação dos Componentes do Programa - serão utilizados dois dígitos, que terão a correspondência a seguir relacionada:

Parte A ou Componente 1 - Planos e Políticas PúblicasParte B ou Componente 2 - Atividades DemonstrativasParte C ou Componente 3 - Desenvolvimento de CapacidadesParte D ou Componente 4 - Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A), e Disseminação de

Informação

Observação: esses dígitos (|**|) identificam o componente na identidade da programação.

Indicação dos Sub-componentes - será feita por dois dígitos para cada um dos Sub-componentes: (|**|**|).

Indicação do Projeto - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Programação (que é o mesmo utilizado para as Contas), segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|).

Indicação do Subprojeto - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Programação (que é o mesmo utilizado para as

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Contas), segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|**|).

Indicação da Atividade - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Contas, segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|**|**|).

Indicação das Tarefas - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Contas, segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|**|**|**|).

Complemento da identidade da estrutura programática (Categoria de Despesas): o código de identificação da estrutura programática ficará completo com a adição, ao final do campo, de mais dois algarismos, para representar o desdobramento da "Natureza da Despesa", em concordância com os itens passíveis de financiamento, os quais, para atendimento às apurações requeridas pelo BIRD e ainda para o acompanhamento da execução dos demais recursos previstos para o Projeto, devem seguir a seguinte codificação:

Categoria 1.0 - Bens,Serviços de Consultoria e Treinamento (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) – BIRD.

Categoria 2.0 - Subprojetos – BIRD.

Categoria 3.0 - Custos operacionais (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - BIRD.

Categoria 4.0 - Recursos Nacionais.

Categoria 4.1 - Bens, Serviços de Consultoria, Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários, Custos Operacionais, Subprojetos - MMA.

Categoria 4.2 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento, Custos Operacionais, Funcionários - IBAMA.

Categoria 4.3 – Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - SDS

Categoria 4.4 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - SEMA.

Categoria 4.5 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - PNMA II.

Categoria 4.6 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - Corredores Ecológicos.

Categoria 4.7 - Bens, Instalações, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - Beneficiários.

Observação: O formato final do identificador programático é o seguinte: (|**|**|**|**|**|**|**|).

A estrutura programática do AquaBio será utilizada na confecção do Plano Operativo Anual do Projeto (ver Anexo IV).

7. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

7.1. Objetivos

O Sistema de Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto monitorará o progresso da implementação das atividades apoiadas pelo AquaBio (através do SIGMA), e também medirá o impacto dessas atividades nos ecossistemas aquáticos. As informações geradas pelo sistema de M&A serão disponibilizadas para o planejamento de gestão do Projeto em tempo real, e também para o uso dos beneficiários, instituições parceiras e do público em geral. O Projeto também apoiará a criação e implementação de um Sistema de Informações sobre Biodiversidade Aquática (SIBA), começando pelas áreas demonstrativas do Projeto, mas com o objetivo de futuramente expandir a atividade para incluir outras áreas da Bacia Amazônica. O sistema de M&A envolverá as seguintes atividades: (i) planejamento para a implementação das atividades de monitoramento e avaliação do Projeto; (ii) definição de métodos e ferramentas específicas para monitorar

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o impacto dos indicadores definidos na matriz lógica; (iii) implementação de um sistema de arquivo de dados; e (iv) disponibilização das informações para os atores relevantes em todos os níveis.

7.2. Resultados e Indicadores

Os resultados esperados incluem: (i) um Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática (SIBA) em funcionamento; (ii) o sistema de estatísticas de pesca do ProVárzea/IBAMA fortalecido com novos pontos de coleta de dados localizados nas áreas demonstrativas do Projeto; (iii) um sistema para monitorar os impactos da estratégia técnica do Projeto sobre a biota aquática e a qualidade da água em pontos selecionados da áreas demonstrativas do Projeto na Bacia do Rio Xingu, incluindo dois pontos onde importantes tributários do Xingu entram no Parque Indígena do Xingu; (iv) uma base de dados acessível e fácil de usar, contendo os resultados do Projeto; (v) um sistema de monitoramento da implementação do Projeto (SIGMA) em funcionamento; e (vi) avaliações externas intermediária e de conclusão do Projeto.

Para medir os impactos do Projeto, o sistema de monitoramento usará um conjunto de indicadores, incluídos na Matriz Lógica (Tabela 6), que será mensurado e interpretado, tanto quanto possível, com a participação efetiva das lideranças locais. Esses indicadores incluem: (i) indicadores biológicos para a biodiversidade aquática (peixes, invertebrados bentônicos ou seja, aqueles que vivem no fundo dos corpos d´água, plâncton, quelônios e vegetação ciliar); (ii) dados coletados em mercados de peixes (com informações sobre espécies capturadas, quantidade em kg, comprimento médio, local da pesca, esforço de pesca, etc.); (iii) dados sobre os resultados dos acordos de pesca (redução de conflitos, impactos econômicos e impactos nas populações de peixes); (iv) melhora da qualidade da água (físico-química, sedimentos e indicadores de pesticidas); e (v) a área em km2 de paisagens produtivas aquática que estão sob manejo melhorado em conseqüência das atividades do Projeto.

Tabela 6: Matriz Lógica.

Objetivo de Desenvolvimento do

Projeto (ODP)

Indicadores de Resultado Uso das Informações dos Resultados

Apoiar a adoção de uma abordagem participativa de manejo integrado dos recursos aquáticos nas políticas públicas e programas da Bacia Amazônica, visando a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática

Até o sexto ano do Projeto, uma proposta com respeito a arranjos institucionais e processos para o manejo integrado de recursos aquáticos desenvolvida, testada e acordada nos estados participantes (três), e discutida com os outros estados (seis) da Amazônia brasileira.

Até o quarto ano do Projeto, programas de ação para o manejo integrado (PAs) em implementação em três áreas alvo do projeto, cobrindo uma área de cerca de 290.845 km2

nas três bacias (1.950.000 km2), com a participação de setores usuários dos recursos naturais nos níveis local, estadual e federal.

Até o sexto ano do Projeto, capacidade institucional fortalecida para implementar o manejo integrado nas três sub-bacias, em instituições do governo federal (3), do governo estadual (9), prefeituras (9), organizações não-governamentais (15), treinamento de treinadores e líderes locais (90), grupos de interesse especial (15) escolas (45), e comunidades locais (45).

No terceiro ano, reavaliar a estratégia de implementação do Projeto se menos do que seis estados estiverem participando de discussões sobre propostas de manejo integrado, ou se menos do que duas das três sub-bacias tiverem PAs em desenvolvimento.

No terceiro ano do Projeto, reavaliar a estratégia de desenvolvimento de capacidades se o alvo alcançado para qualquer grupo de lideranças for menor do que 50%.

Objetivo Ambiental Global do Projeto

Reduzir as ameaças à integridade dos ecossistemas aquáticos na Amazônia brasileira e assegurar a conservação e uso sustentável de sua biodiversidade aquática

Até o sexto ano, os resultados do Projeto devem estar funcionando como base para a futura expansão do manejo integrado de recursos aquáticos para outras sub-bacias da Amazônia brasileira; experiências e lições aprendidas compartilhadas com lideranças dos nove estados da Amazônia Legal e outros países da Bacia Amazônica (seis

No terceiro ano do Projeto, intensificar o desenvolvimento de capacidades e a disseminação de esforços se menos do

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de importância global. eventos nacionais, duas oficinas de trabalho internacionais, duas campanhas de mídia e produção de materiais de divulgação).

Até o sexto ano do Projeto, aumento no número e diversidade de representantes dos setores produtivo e comercial ativamente participando das oportunidades de discussão apoiadas pelo Projeto.

Até o sexto ano do Projeto, 39.941 km2 de paisagens produtivas aquáticas, incluindo as áreas de várzea e áreas ripárias associadas, sob manejo aprimorado em três sub-bacias, com impactos positivos na biodiversidade aquática.

que seis estados estiverem participando ativamente nas discussões sobre manejo integrado, ou se tiver havido um aumento menor do que 25% no número de representantes dos setores produtivo e comercial ativamente participando das oportunidades de discussão apoiadas pelo Projeto.

Resultados intermediários

(um por componente)Indicadores para o Resultado de cada Componente

Uso dos Indicadores no Monitoramento

Componente 1

Título: Planejamento e Políticas Públicas

Resultado: Arranjos institucionais estabelecidos em três sub-bacias da Amazônia brasileira, apoiando a adoção de uma abordagem de manejo integrado aplicada aos problemas e questões prioritárias afetando a biodiversidade aquática, os recursos hídricos e as condições de vida das comunidades locais.

Componente 1

Em cada uma das três sub-bacias do Projeto, um diagnóstico participativo detalhado completado, e atividades demonstrativas estratégicas identificadas até o final do primeiro ano do projeto.

Um Programa de Ação (PA) desenvolvido para cada uma das três sub-bacias com arranjos institucionais formulados e negociados com usuários de recursos naturais até o final do terceiro ano do Projeto e em implementação no quarto ano, com a participação de instituições governamentais (governo federal, três governos estaduais, autoridades locais de, no mínimo, nove municípios), 15 ONGs e organizações da sociedade civil (tais como cooperativas, colônias e associações de pescadores, associações indígenas, produtores rurais e outros).

Até o quinto ano do Projeto, oito estudos relacionados com os PAs completados, voltados para a transversalização das experiências de manejo integrado de recursos aquáticos em políticas públicas.

Até o sexto ano do Projeto, uma estratégia de apoio financeiro desenvolvida e negociada para apoiar a implementação dos três PAs, com mecanismos piloto de financiamento adotados a partir do quinto ano do Projeto.

Até o sexto ano do Projeto, uma proposta de arranjos institucionais e processos de manejo integrado apresentada e discutida com os atores sociais nos outros seis estados da Amazônia Legal, incluindo contribuições das experiências geradas nas áreas demonstrativas.

No primeiro ano, ajustar esforços se menos de duas atividades de diagnóstico estiverem em curso.

Durante o segundo ano, reavaliar a estratégia de desenvolvimento de capacidades e a de disseminação se menos do que duas propostas de PAs estiverem em discussão, ou se menos do que 50% do público-alvo estiver envolvido.

Até o terceiro ano do Projeto, reavaliar a real necessidade de mais estudos se menos do que 50% tiverem sido contratados.

Até o quarto ano do Projeto, intensificar os esforços de disseminação se menos de duas propostas de mecanismos de financiamento estiverem em discussão.

Até o terceiro ano, reavaliar a estratégia de conscientização se menos de seis estados estiverem participando das discussões sobre as

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propostas de manejo integrado.

Componente 2

Título: Atividades Demonstrativas para Apoiar a Transversalização da biodiversidade aquática.

Resultado: Atividades demonstrativas em vários setores para apoiar o manejo integrado de recursos aquáticos desenvolvidas e testadas em três sub-bacias da Amazônia brasileira, com impactos positivos na biodiversidade aquática, na redução de conflitos entre usuários de recursos naturais, e na melhora das condições de vida das comunidades locais.

Componente 2

Atividades demonstrativas (30) completadas até o sexto ano do Projeto: pelo menos 20 atividades demonstrativas identificadas com base nos diagnósticos detalhados (Componente 1) até o final do segundo ano do Projeto, com pelo menos 10 em implementação.

Lições geradas, experiências sistematizadas e disponibilizadas para o público (total de pelo menos três produtos de comunicação, com pelo menos um em cada uma das três sub-bacias até o quarto ano do Projeto, e um total de seis produtos de comunicação até o sexto ano.

Rever a estratégia de implementação do Projeto e intensificar os esforços se menos de 10 atividades tiverem sido identificadas até o final do primeiro ano, ou se menos do que 10 tiverem sido iniciadas até o final do segundo ano.

No terceiro ano, intensificar esforços para sistematizar experiências se menos do que três produtos de comunicação tiverem sido desenvolvidos.

Componente 3

Título: Desenvolvimento de Capacidades para o manejo integrado de recursos aquáticos.

Resultado: Maior capacidade operacional e decisória nas instituições e organizações da sociedade civil nos níveis local, estadual e federal na Amazônia Legal, para apoiar a implementação do manejo integrado dos recursos aquáticos.

Componente 3

Até o sexto ano do Projeto, capacidade institucional fortalecida para implementar o manejo integrado de recursos aquáticos em três sub-bacias, em instituições do governo federal (três), dos governos estaduais (nove), prefeituras (nove), organizações não-governamentais (15), treinamento de treinadores e lideranças locais (90), grupos de interesse especial (15), escolas (45) e comunidades locais (45).

Até o sexto ano do Projeto, 10 propostas de projetos que contribuam para a implementação do manejo integrado desenvolvidas por grupos indígenas, associações de mulheres ou grupos de jovens, e submetidas para outras entidades financiadoras (tais como o PRONAF).

Até o sexto ano do Projeto, 150 eventos de desenvolvimento de capacidades e educação ambiental oferecidos para os usuários de recursos naturais, técnicos e tomadores de decisão nas três sub-bacias, promovendo um maior interesse entre os vários atores na implementação do manejo integrado de recursos aquáticos.

Até o sexto ano do Projeto, eventos de conscientização para a participação efetiva no manejo integrado realizados em comunidades locais (45), escolas (45) e ONGs (15).

Até o terceiro ano, reavaliar a estratégia de desenvolvimento de capacidades se o alvo alcançado para qualquer grupo de lideranças for menos de 50%.

Até o quarto ano, aumentar os esforços de assistência técnica e desenvolvimento de capacidades se menos do que nove propostas tiverem sido desenvolvidas.

Até o segundo ano, reavaliar a estratégia do componente se menos do que 72 eventos tiverem sido oferecidos, ou se não tiver havido um aumento significativo da participação das principais lideranças.

Até o segundo ano, aumentar os esforços de conscientização se menos do que 80% da

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Até o quinto ano do Projeto, 50% dos beneficiários que receberam treinamento devem estar adotando as tecnologias promovidas pelo projeto.

Materiais apropriados de treinamento desenvolvidos e produzidos/publicados para pelo menos seis grupos de lideranças até o quarto ano do Projeto (pode incluir vídeos, manuais, viagens de campo, etc.).

meta dos indicadores tiver sido alcançada.

Até o terceiro ano, aumentar o desenvolvimento de capacidades e assistência técnica se menos do que 30% dos beneficiários tiverem adotado as tecnologias promovidas.

Até o segundo ano, avaliar estratégia se materiais de treinamento tiverem sido produzidos para menos do que três grupos de atores.

Componente 4

Título: Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, e Disseminação de Informação.

Resultado: Capacidade institucional aumentada para gerenciar e coordenar as ações do projeto de maneira efetiva nas três sub-bacias, monitorar os impactos do Projeto e disseminar as experiências geradas pelo Projeto.

Componente 4

Já no primeiro ano do Projeto, participação efetiva de organizações governamentais (três federais, três estaduais e nove municipais) e da sociedade civil (duas em cada município – 15) na execução do Projeto.

Sistema para monitorar os impactos do Projeto inteiramente operante no segundo ano, com a participação de atores locais.

Sistema de Gerenciamento e Monitoramento do Projeto (SIGMA) operante desde o início do primeiro ano e fornecendo informações para o aprimoramento continuado da implementação do Projeto.

Um sistema de informação sobre biodiversidade aquática e estatística de pesca (SIBA) implementado no segundo ano do Projeto, e disponibilizando informações para o público em geral.

Até o sexto ano do Projeto, disseminação das informações do Projeto implementada através de seminários (pelo menos três) e relatórios de diagnóstico (três) até o segundo ano, e seminários internacionais (dois), seminários regionais (seis), relatórios de avaliação externa (dois), relatórios de progresso (15), e campanhas de mídia (duas).

Até o primeiro ano, avaliar a participação dos atores chave na execução do Projeto; ajustar esforços de conscientização se menos do que 50% da meta do indicador tiver sido alcançada. Até o primeiro ano, aumentar esforços se o sistema de monitoramento de impactos ainda não tiver sido definido ou suficientemente detalhado.

Até o primeiro ano, SIGMA inteiramente funcional.

Até o primeiro ano, intensificar os esforços se o SIBA ainda não estiver sendo desenvolvido.

Até o terceiro ano, conduzir a avaliação intermediária e reajustar a implementação do Projeto se necessário.

7.3. Ferramenta de Monitoramento do GEF

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Considerando os compromissos decorrentes do Acordo de Doação, o Projeto fará uso de uma ferramenta de monitoramento desenvolvida pelo Fundo para o Meio Ambiente Global, para medir o impacto global dos projetos financiados. Os indicadores utilizados são aqueles constantes na Matriz Lógica, e os progressos devem ser informados durante as revisões de meio termo e final do Projeto. O documento, em inglês, está disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio (título do documento: Tracking Tool for GEF Biodiversity Focal Area Strategic Priority Two: “Mainstreaming Biodiversity in Production Landscapes and Sectors”).

7.4. Gerenciamento de Informações

Os dados coletados pelo sistema de M&A serão divulgados para todos os atores relevantes, inclusive para os funcionários da administração do Projeto, permitindo desta forma que as decisões sobre ajustes necessários para melhorar a implementação do Projeto sejam tomadas em tempo hábil. A equipe de M&A, incluindo as instituições parceiras, será responsável pela coleta de dados, análise e “tradução” da informação para um formato acessível para as comunidades locais. As informações serão disponibilizadas através de eventos, publicações, relatórios, Internet, rádio e outros meios de comunicação apropriados para os vários grupos de atores.

7.5. Abrangência Geográfica e Seleção de Áreas de Intervenção

Considerando os diferentes usos de recursos naturais e estágios de degradação da biodiversidade aquática, assim como os variados níveis de capacidade institucional e os arranjos institucionais, o Projeto AquaBio operará de forma diferente em cada uma das áreas de impacto do Projeto. Dentro dessas áreas de impacto, áreas demonstrativas para as intervenções locais serão selecionadas em cada uma das três sub-bacias, para demonstrar metodologias que promovam a restauração de componentes da paisagem e a conservação da biodiversidade. O impacto dessas intervenções será mensurado de acordo com o Plano de Monitoramento e Avaliação do Projeto. As atividades de monitoramento e avaliação serão limitadas ao foco geográfico das ações do Projeto nas várias esferas de intervenção e planejamento: sistema de produção, propriedades (famílias), grupos de produtores, município, comunidade, micro-bacia e bacia hidrográfica. Os resultados, as experiências bem-sucedidas, e as lições aprendidas serão divulgados através da Amazônia Legal, assim como para outros países da Bacia Amazônica.

Os critérios para a seleção de pontos de monitoramento dentro das três áreas alvo do Projeto incluem: (i) nas cabeceiras do Rio Xingu, os pontos de monitoramento serão selecionados considerando o grau de degradação dos recursos naturais e impactos em recursos aquáticos, o interesse dos residentes locais, a presença de outros projetos e iniciativas, a localização em relação às estruturas institucionais de apoio, e o grau de representação do uso atual da terra; (ii) os pontos de coleta de informação sobre a biodiversidade aquática nas regiões do médio e baixo Rio Negro e do baixo Rio Tocantins serão as áreas com maior concentração de pesca comercial e esportiva, assim como de coleta de peixes ornamentais; (iii) estações de monitoramento de desembarque de pescados serão implantadas em cada município selecionado para intervenção nas bacias do Rio Negro e do Rio Tocantins; (iv) os acordos de pesca indicados pelas instituições parceiras e nas áreas de maior interesse para a biodiversidade aquática serão monitorados.

7.6. Beneficiários

Os beneficiários do Sistema de Monitoramento e Avaliação incluirão: (i) internamente – a estrutura de administração do Projeto e seus componentes; (ii) público local – beneficiários diretos, suas famílias e organizações; (iii) parceiros institucionais – universidades, ONGs e governos; (iv) projetos parceiros; e (v) a sociedade civil.

7.7. Estratégia Operacional

Seminário Inicial: no começo do primeiro ano do Projeto, um seminário inicial será realizado em cada uma das três sub-bacias com a participação dos residentes locais, seus líderes e representantes, instituições governamentais e não-governamentais, representantes de outros projetos e governos municipais. Os seminários serão uma continuação da relação já estabelecida pelo Projeto AquaBio durante sua fase de preparação, e servirão para marcar o início oficial da implementação do Projeto. Os objetivos do seminário incluirão: (i) apresentação formal do Projeto e fornecimento de informações mais detalhadas; (ii) explicação sobre os critérios utilizados para a seleção de áreas e avaliação do Projeto; (iii) coleta de informações e sugestões para auxiliar na finalização do Plano de Trabalho do primeiro ano do Projeto, do Plano de Monitoramento e Avaliação, e da estratégia de implementação para a criação e estabelecimento de um Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática (SIBA); (iv) descrição e definição do processo para estabelecer o “Marco Zero” do Projeto. O Plano Operacional (POA) do primeiro ano incluirá uma revisão da tabela de indicadores e de seus meios de verificação. Os indicadores de impacto do Projeto também serão finalizados. A versão final do Plano de

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Monitoramento e Avaliação incluirá indicadores de desempenho que sejam consistentes e coerentes com os resultados esperados do Projeto.

Esses seminários iniciais apoiarão a preparação dos seguintes produtos: (i) um Plano de Monitoramento e Avaliação revisado; (ii) o Plano de Trabalho do primeiro ano, incluindo o estabelecimento do Marco Zero do Projeto; e (iii) uma estratégia validada para a implementação do Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática.

Caracterização do Marco Zero para Monitoramento do Projeto: o plano para caracterizar a situação inicial será completado no Seminário Inicial. A caracterização da situação inicial usará uma metodologia que permita a participação da comunidade local no processo. Equipes multidisciplinares e interinstitucionais serão formadas com as instituições parceiras, incluindo as organizações comunitárias, para realizar os estudos sobre a situação inicial. Essas equipes passarão por um processo de treinamento com o objetivo de padronizar os procedimentos metodológicos e definir compromissos e responsabilidades. Os produtos da situação inicial são: (i) um relatório sobre a situação inicial em cada região selecionada para as intervenções do Projeto; e (ii) uma avaliação final das necessidades de estudo e pesquisa sobre outros elementos da biodiversidade a serem incorporados no SIBA.

Os resultados das análises de dados e os relatórios dos estudos sobre a situação inicial serão divulgados através da página eletrônica do Projeto e através de seminários com as comunidades locais. Nesses seminários, os participantes discutirão o status dos recursos aquáticos, proporão e priorizarão ações para resolver os problemas identificados.

Implementação do Plano de Monitoramento e Avaliação, e do Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática (SIBA): o processo para monitorar o status da biodiversidade aquática e as ações do Projeto AquaBio iniciarão com uma série de seminários com o objetivo de apresentar os resultados da situação inicial estabelecida no passo anterior para as comunidades e outros atores relevantes. O SIBA incluirá indicadores no nível de ecossistema, tais como área de várzea com vegetação original, e também indicadores de hábitat e específicos para espécies. Esses indicadores serão monitorados através de parcerias com universidades, instituições de pesquisa, ONGs e organizações da comunidade local. As informações coletadas para os objetivos de monitoramento e avaliação do Projeto e de monitoramento da biodiversidade serão incluídas numa base de dados geo-referenciada acessível ao público. As informações também serão disponibilizadas através de boletins, panfletos, rádio, televisão, Internet e outros eventos, para uso da comunidade local na geração de conhecimento e conscientização, levando à adoção de ações para reverter e interromper o processo de degradação de recursos naturais e seus impactos nos ecossistemas aquáticos.

As equipes responsáveis pelo monitoramento dos recursos aquáticos em cada região apresentarão relatórios de progresso anuais, incluindo o alcance das metas estabelecidas no plano de trabalho. Os relatórios também identificarão os ajustes necessários para melhorar a implementação do Projeto. Relatórios intermediários e específicos serão preparados durante o ano conforme for julgado necessário pelas equipes e instituições envolvidas.

Para manter o ritmo e a motivação das equipes técnicas e comunidades, assim como para manter o público informado sobre os resultados do projeto, os seguintes eventos serão realizados:

• Reuniões de Trabalho – envolverão as equipes locais do Projeto, as instituições parceiras e a comunidade local, para discutir questões operacionais de curto prazo e para receber os resultados das informações coletadas. Essas reuniões serão realizadas a cada trimestre e terão a duração de um dia.

• Seminários – todos os participantes do Seminário Inicial serão convidados para os seminários regionais realizados anualmente para a apresentação e discussão dos resultados do Projeto. As mais altas prioridades para o ano seguinte e os ajustes necessários no plano de trabalho também serão definidos. Esses seminários oferecerão uma oportunidade para troca de experiências entre os projetos em curso. Seminários em escala nacional e internacional serão realizados no terceiro e quinto ano do Projeto para apresentar os avanços do AquaBio, assim como as tendências observadas no monitoramento da biodiversidade aquática.

7.8. Arranjos Institucionais

Os arranjos institucionais para o sub-componente de monitoramento e avaliação serão os seguintes: (i) nas cabeceiras do Rio Xingu, a coordenação das atividades do Projeto estará sob responsabilidade da SEMA, já que o monitoramento e avaliação terão o apoio, entre outros parceiros em potencial, da UNEMAT, EMPAER, IPAM, ISA, governos municipais, e ONGs e associações locais; (ii) no médio e baixo Rio Negro, assim como no baixo Tocantins, a coordenação das atividades de monitoramento do Projeto estará sob a responsabilidade do ProVárzea/IBAMA, com o apoio de outros parceiros em potencial, tais como a ELETRONORTE, FASE, UFPA, INPA, UFAM, FVA, IPÊ, governos municipais, ONGs e associações locais; (iv) nas bacias do Tarumã-Açu e Tarumã-Miri, no município de Manaus, a SDS fornecerá as informações sobre as atividades desenvolvidas.

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Em todas as áreas do Projeto, o AquaBio terá acesso às informações da ANA sobre os recursos hídricos e sobre a estrutura existente do SIPAM/SIVAM para apoiar a implementação, tal como a transmissão remota de dados. O Projeto assinará os acordos necessários para estabelecer os arranjos institucionais necessários. Os detalhes das atividades de monitoramento serão finalizados quando as áreas e atividades demonstrativas do Componente 2 forem completadas no primeiro ano do Projeto.

7.9. Sustentabilidade e Replicabilidade dos Resultados

Uma das estratégias principais do Projeto é aumentar a conscientização das comunidades locais e suas lideranças sobre a importância de manter os resultados apoiados pelo Projeto relacionados com a biota aquática e recursos hídricos. Adicionalmente, um componente importante do Projeto focaliza o treinamento de comunidades locais para adotar continuamente melhores práticas para o manejo de recursos naturais, manter acordos de pesca, monitorar desembarque de pescados e coletar informações sistematicamente sobre a biodiversidade aquática, incorporando todos esses aspectos nas decisões sobre manejo de recursos.

Os arranjos institucionais e a produção de materiais informativos contribuirão para a continuidade do monitoramento, apoiados pela estratégia de sustentabilidade a ser proposta pelo Projeto. O Projeto reforçará os seguintes mecanismos para garantir a continuidade das suas ações e resultados: (i) compromisso do governo para incorporar os resultados nas políticas públicas; (ii) envolvimento das comunidades locais no auto-gerenciamento, através de um processo de educação e treinamento formal e informal; (iii) envolvimento de ONGs; (iv) envolvimento de instituições de ensino e pesquisa; e (v) criação de uma base de dados multidisciplinar e geo-referenciada que possa ser acessada pelos diferentes atores envolvidos na conservação dos recursos aquáticos da região amazônica.

7.10. Avaliações Externas

Avaliação Intermediária: uma avaliação intermediária externa e independente será realizada no início do quarto ano do Projeto. Essa avaliação fornecerá uma análise profunda do progresso para alcançar os resultados do Projeto e a identificação de possíveis ajustes, onde for necessário. A avaliação focalizará a eficácia do alcance dos resultados do Projeto e o cumprimento do cronograma de implementação, identificando áreas e componentes que necessitem de ajustes, enfatizando as lições aprendidas até aquele momento e que poderiam orientar as ações da fase final do Projeto. Os Termos de Referência dessa avaliação serão apresentados pela UCP e negociados com o Banco Mundial, que dará a aprovação final aos mesmos.

Avaliação Final: uma avaliação externa e independente será realizada ao final do Projeto, focalizando as mesmas questões e indicadores da Avaliação Intermediária. A Avaliação Final buscará identificar os impactos do Projeto e a sustentabilidade de seus resultados, e ainda o grau de alcance dos resultados de longo prazo. Essa avaliação também terá o propósito de indicar as ações futuras necessárias para assegurar a continuidade do processo de auto-gerenciamento para a restauração, conservação e uso sustentável dos recursos aquáticos na Bacia Amazônica.

7.11. Atividades, Resultados e Metas de Monitoramento e Avaliação

A Tabela 7 abaixo apresenta um resumo das atividades, resultados esperados e metas do Sistema de Monitoramento e Avaliação do Projeto AquaBio e do Sistema de Informações sobre Recursos Aquáticos.

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Tabela 7: Atividades, resultados e metas do Plano de Monitoramento e Avaliação (M&A) e do Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Aquática.

Atividades

Resultado Unidade Indicadores dos Resultados

Ano 1

Ano 2

Ano 3

Ano 4

Ano 5

Ano 6

Meta total

1. MonitoramentoImplementar e manter um Sistema de Acompanhamento Físico-Financeiro (SIGMA).

Sistema Físico e Financeiro implementado.

Software (produção e manutenção)

1 1 1 1 1 1 Um sistema em funcionamento.

Realizar seminário inicial em cada uma das três sub-bacias.

Seminário inicial realizado.

Relatórios 3 Um relatório de resultados do seminário inicial.

Definir o Marco Zero em cada uma das três sub-bacias.

Marco Zero definido.

Relatórios 3 Um relatório de Marco Zero.

Monitorar o dia-a-dia do Projeto a partir de um Plano de M&A e da seleção de indicadores nas diferentes dimensões e temas abordados a partir do Marco Zero.

Dia-a-dia do projeto monitorado.

Plano de M&A e rede de monitoramento (elaboração e monitoramento).

1 1 1 1 1 1 Um plano de M&A e uma rede de monitoramento.

Implementar um Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Aquática.

Elementos da biodiversidade aquática sendo acompanhados.

Sistema de Informações sobre a Biodiversidade aquática implantado.

1 1 1 1 1 Um Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Aquática.

Criar um banco de dados e um sistema de informações geográficas.

Um banco de dados e SIG em funcionamento.

Banco de dados e SIG.

1 1 1 1 1 Um banco de dados e um SIG.

Realizar reuniões de trabalho. Reuniões de trabalho realizadas.

Relatórios e atas. 3 6 6 6 6 3 30 relatórios de reuniões e atas.

Realizar seminários e elaborar relatórios. Seminários realizados e relatórios elaborados.

Relatórios 3 3 4 3 4 17 seminários regionais e respectivos relatórios; dois seminários nacionais e respectivos relatórios; seis relatórios de avanços do projeto.

2. Avaliação externaImplementar avaliação externa de Meio Termo e Final (ex-post).

Avaliação do projeto implementada.

Relatórios de avaliação.

1 1 Dois relatórios de avaliação.

35

8. GERENCIAMENTO

A estratégia adotada para implementação do AquaBio, estabelece duas fases. A primeira fase da execução físico/financeira, para os dois anos iniciais do Projeto, se dará por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), com o apoio da UCP. A segunda, para os anos subseqüentes, será implementada pelo próprio Ministério do Meio Ambiente, que será o responsável pela execução físico/financeira.

Para a primeira fase o MMA firmará um Acordo de Cooperação Técnica com a UNESCO, de forma a possibilitar assistência técnica nos temas do Projeto, além da contratação de consultorias, as aquisições de bens e serviços e pagamentos de despesas necessárias para as ações do AquaBio. Os procedimentos que serão adotados nas referidas contratações e aquisições são os procedimentos do BIRD.

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que integra a estrutura do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e que tem como atribuição implementar e acompanhar os programas e projetos brasileiros de cooperação técnica, executados com base nos acordos firmados pelo Brasil com outros países e organismos internacionais, dará apoio à UCP no acompanhamento da execução técnica e físico/financeira do Acordo de Cooperação Técnica firmado com a UNESCO.

Na segunda fase, o MMA se responsabilizará pela execução, usando o seu próprio corpo de funcionários, dando seqüência as ações que advirão para o andamento do Projeto. A estrutura de gestão do AquaBio funcionará adaptando-se à estrutura e aos instrumentos gerenciais preexistentes no MMA e IBAMA, objetivando evitar o paralelismo gerencial, mas os procedimentos adotados para as contratações e aquisições continuarão a ser os do BIRD.

Informações detalhadas sobre os principais procedimentos relacionados à gestão do Projeto AquaBio podem ser consultadas nos anexos IV (Procedimentos para Programação), V (Procedimentos para a Aquisição de Bens, Contratação de Serviços e Consultorias) e VI (Procedimentos para Execução Financeira) do Manual Operacional. 8.1. Gerenciamento Físico e Financeiro do Projeto

O processo de execução físico-financeira consiste no acompanhamento e realização de procedimentos, incluindo a coleta e sistematização de dados de natureza quantitativa e qualitativa, e constitui um instrumento fundamental no gerenciamento do Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia (AquaBio).

Com a liberação do Orçamento Geral da União para o Projeto, a execução começará e se prolongará durante toda a execução de cada Plano Operativo Anual (POA). O início da execução se dá com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com a UNESCO, para a alocação dos recursos do exercício.

Para a execução, é exigido um controle que atenda ao MMA, ao Banco Mundial, à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), com informações confiáveis de quanto, como, onde e quando foram utilizados os recursos, viabilizando, desta forma, a sua administração financeira. O elenco de informações descritas é indispensável para que sejam exercidos os controles financeiros e elaborados os demonstrativos de execução do Projeto. Para tanto, será utilizado o software Sistema de Informações Gerenciais de Projetos Internacionais (SIGMA-I), do MMA.

O Ciclo de Gerenciamento do Projeto representa o conjunto de atividades e a forma como estas vão sendo desenvolvidas e retro alimentadas dentro do sistema, e tem seus procedimentos distribuídos por três fases: programação, execução e monitoramento.

A fase de programação se divide nas etapas de planejamento anual e programação anual. Por sua vez, a fase de execução se divide, também, em duas etapas, quais sejam: execução física e execução financeira. Do mesmo modo, a fase de monitoramento se constitui de duas etapas: acompanhamento físico-financeiro e avaliação de resultados, conforme pode ser visualizado na Figura 5.

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Figura 5: Ciclo de Gerenciamento do AquaBio.

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Programação Anual

ExecuçãoFísica

Avaliação de Resultados

ExecuçãoFinanceira

Concepção do Projeto

Avaliação

Ex-PostAcompanhamento Físico Financeiro

PROGRAMAÇÃO EXECUÇÃO MONITORAMENTO

Planejamento Anual

8.2. Competências

As principais competências das instituições e pessoas envolvidas na gestão do Projeto são listadas a seguir. O Anexo I apresenta uma descrição detalhada das atribuições das principais funções do pessoal ligado à implementação do Projeto AquaBio. Ao Ministério do Meio Ambiente, Órgão Federal responsável pela Coordenação Geral do AquaBio, sob responsabilidade do Secretário de Biodiversidade e Florestas e, por meio de delegação formal, ao Diretor do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade (DCBIO), compete:

• Gerenciar relações com a UNESCO, com o GEF e o Banco Mundial, com a Agencia Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e demais entidades do Governo que porventura fizerem ou vierem a fazer parte do Projeto.

• Receber e apreciar e encaminhar os relatórios de progresso ao Banco Mundial.• Assegurar estreita colaboração, integração e articulação com os outros programas do MMA, especialmente os

projetos PNMA II e Corredores Ecológicos.• Acompanhar o fluxo financeiro de recursos repassados a outros órgãos.• Interagir com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), conforme forem as necessidades do Projeto. • Solicitar à STN os recursos financeiros da doação e da contrapartida e repassar para a UNESCO, para que esta

possa aplicar no Projeto.• Submeter Declaração de Gastos (SOE) ao BIRD para a realimentação da conta especial.• Aprovar o POA e a Proposta de Orçamento, o Relatório Anual de Execução Técnica, Física e Financeira, as

propostas de diretrizes gerais e o Relatório de Auditoria Técnica Independente.• Supervisionar a UCP com relação às atividades necessárias a implementação do AquaBio, no que diz respeito

à contabilidade, registros e liberação de recursos, prestações de contas, acompanhamento de licitações e aquisição de bens, contratação de serviços, emissão de relatórios de execução físico-financeira, balancete mensal dos recursos recebidos e celebração Termos de Convênio, quando necessários à implementação do AquaBio.

Ao Gerente Executivo do Projeto, responsável pela coordenação das atividades do Projeto, compete:

• Gerenciar a UCP, inserida na DCBIO/SBF, coordenando as atividades técnicas, administrativas e financeiras do Projeto, assegurando a adequada aplicação dos recursos recebidos do GEF por intermédio do Banco Mundial e dos recursos nacionais, além de ser o interlocutor entre o Ministério do Meio Ambiente e o Banco Mundial para assuntos técnicos, incluindo o envio de pedidos de não objeção.

• Coordenar os trabalhos das equipes executivas do Projeto a nível estadual e local.• Representar a UCP junto às entidades participantes do Projeto (IBAMA, OEMAs, FUNAI, UNESCO) e outras

instituições a serem envolvidas, e durante reuniões e eventos de avaliação e discussão do Projeto.• Coordenar a seleção e a contratação dos profissionais para os quadros do Projeto.• Atuar como representante do Projeto em reuniões de revisão, avaliações e discussões junto ao Banco Mundial/

GEF e, conseqüentemente, ser responsável pela preparação da revisão e pelos relatórios de avaliação.• Assegurar as condições para o envolvimento efetivo e acompanhamento do Projeto pela CONABIO e pelos

Comitês Estaduais e Locais do Projeto.• Mobilizar e articular-se com órgãos da administração pública federal, estadual, órgãos externos e organizações

não governamentais envolvidos na implementação do Projeto, propondo ao Secretário da SBF a formalização de convênios e Termos de Cooperação.

• Supervisionar as atividades desenvolvidas pelos diferentes componentes do Projeto, visando assegurar a compatibilidade entre seus cronogramas.

• Consolidar os Planos Operativos Anuais (POAs), assegurando sua compatibilidade com as diretrizes, objetivos, estratégias e programação geral do Projeto.

• Analisar, em conjunto com os demais membros da equipe, a necessidade de remanejamento de recursos e alterações nos planos de aquisições e contratações.

• Consolidar solicitações de alterações do MOP e sugerir as mudanças necessárias.• Coordenar os trabalhos das equipes executoras nas sub-bacias hidrográficas, assegurando seu apoio para o

desenvolvimento das ações estaduais previstas pelos diversos componentes.• Coordenar a seleção das Áreas Demonstrativas para a formulação de PAs e a implantação de Subprojetos,

observando os critérios definidos pelos Comitês.

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• Elaborar e fornecer a UNESCO um relatório de avaliação do desempenho do Projeto (Relatório de Progresso).

• Elaborar e fornecer a UNESCO, à SBF, a CONABIO, ao Banco Mundial e ao GEF, relatórios mensais de uso dos recursos financeiros e dos resultados obtidos.

• Elaborar e fornecer ao BIRD o Relatório de Monitoração Financeira (RMF), seguindo as orientações e os procedimentos descritos no Acordo de Doação.

A Área Administrativa Financeira da UCP é composta por dois especialistas, um Gerente Administrativo-Financeiro, com experiência em administração financeira do serviço público federal, com conhecimento de orçamento, contabilidade, gestão administrativa e procedimentos financeiros do BIRD, e um outro especialista, o Gerente de Aquisições e Contratações, com conhecimento de procedimentos de licitações do BIRD, os quais atuarão na Unidade de Coordenação do Projeto.

Ao Gerente Administrativo-Financeiro, compete:

• Supervisionar, coordenar, e acompanhar a execução financeira do AquaBio.• Preparar o orçamento do AquaBio • Controlar os saldos financeiros das contas do AquaBio, por fonte orçamentária.• Gerenciar a Conta Especial do AquaBio, zelando pela correta aplicação dos recursos, encaminhando para o

Banco Mundial, por meio da STN, os pedidos de reembolso e ressarcimento por meio do documento Formulário 1903 do Banco Mundial (Applications) e da Declaração de Gastos (SOE), necessários para execução financeira.

• Fazer o acompanhamento geral às atividades de inspeção, monitoria e auditagem do AquaBio.• Supervisionar, coordenar, implantar controles, e acompanhar a execução financeira do AquaBio, provendo as

normas bem como os procedimentos formais relativos ao manejo e aplicação dos recursos, previstos na legislação brasileira e nas normas do BIRD (registros contábeis, movimentação de fundos, prestações de contas).

• Prover treinamento aos executores de subprojetos sobre os procedimentos relativos à movimentação dos recursos orçamentários e financeiros.

• Assegurar que os executores de subprojetos adotem os procedimentos de execução físico-financeira recomendados pelo MMA e pelo Banco Mundial, permitindo o seu acompanhamento contínuo.

• Operar e alimentar, em tempo hábil, o programa informatizado de monitoria físico-financeira SIGMA-I, assegurando ainda o processamento e análise das informações relativas aos Executores de Subprojetos do AquaBio.

Ao Gerente de Aquisições e Contratações, compete:

• Supervisionar, coordenar, e acompanhar a execução das aquisições do AquaBio.• Preparar o Plano de Aquisições e Contratações do AquaBio até o dia 30 de janeiro do ano referente ao Plano.• Acompanhar a execução das aquisições do AquaBio, provendo as normas bem como os procedimentos formais

relativos ao manejo e aplicação das normas previstas pelo Banco Mundial.• Prover treinamento aos executores de subprojetos nos procedimentos relativos a aquisições.• Assegurar que os executores de subprojetos do AquaBio adotem os procedimentos para execução de

aquisições recomendados pelo MMA e pelo Banco Mundial, permitindo o seu acompanhamento contínuo.• Operar e alimentar o programa informatizado de monitoria físico-financeira SIGMA-I, assegurando ainda o

processamento e a análise das informações relativas aos executores de subprojetos do AquaBio.• Prestar apoio técnico aos executores de subprojetos do AquaBio para no trato das ações administrativas e

financeiras a serem implementadas.• Fazer o acompanhamento das atividades de inspeção, monitoria e auditagem do AquaBio.

Aos Coordenadores de Componente, compete:

Cabe aos Coordenadores de Componentes o planejamento e coordenação da execução física das atividades no âmbito de cada componente, além de assegurar a articulação das atividades do projeto com outras atividades e projetos correlatos desenvolvidos pelas unidades do MMA, do IBAMA, pelas OEMAs, e, quando for o caso, ONGs, nas sub-bacias do Projeto, bem como as articulações interinstitucionais específicas necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos.

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As atribuições gerais comuns aos Coordenadores de Componentes estão descritas a seguir:

• Participar da tomada de decisão no que se refere às questões de responsabilidade da equipe da UCP, sempre que convocado pelo Gerente Executivo do Projeto.

• Elaborar proposta de Plano Operativo Anual referente às atividades do componente/sub-componentes.• Acompanhar, supervisionar e avaliar a realização de todas as atividades físicas do componente/sub-componentes,

assegurando a integração entre as atividades do componente sob sua responsabilidade e as desenvolvidas pelos demais componentes do Projeto.

• Planejar as atividades do componente e respectivos sub-componentes, identificando os técnicos e demais profissionais envolvidos na execução.

• Identificar potenciais parcerias e propor a formalização de convênios e termos de cooperação com universidades, instituições de pesquisa e organizações não governamentais, para a realização de estudos e atividades do componente.

• Elaborar Termos de Referência e Especificações Técnicas para a contratação de consultorias, serviços, e aquisição de bens e materiais necessários à execução das atividades previstas no componente/sub-componentes sob sua responsabilidade.

• Supervisionar a execução dos serviços de consultorias e outros serviços contratados pelo Projeto para a implementação das atividades do componente/sub-componentes sob sua responsabilidade.

• Receber e atestar o recebimento dos serviços e consultorias para fins de pagamento.• Participar da elaboração do plano de monitoramento de impactos do Projeto, e acompanhar e apoiar sua

implementação.• Fornecer as informações sobre as atividades do componente/sub-componentes sob sua responsabilidade para o

monitoramento e avaliação do Projeto.• Identificar possibilidades e propor parcerias, convênios e termos de cooperação com universidades, instituições de

pesquisa e organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades do componente.• Apoiar a elaboração de material de divulgação do Projeto.• Participar de estudos e seminários de avaliação do Projeto.• Solicitar o pagamento de diárias.• Responsabilizar-se pelos bens e equipamentos disponibilizados pelo projeto, assegurando sua utilização para a

execução das atividades do componente/sub-componentes sob sua responsabilidade.

As atribuições específicas dos coordenadores de componentes, adicionais às atribuições gerais listadas acima, estão descritas no Anexo I.

À Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) caberá, durante os dois primeiros anos de implementação do Projeto AquaBio:

• Desenvolver, juntamente com o MMA, as atividades previstas no Documento de Projeto de Cooperação Técnica Internacional7, com os recursos alocados para este fim pelo MMA.

• Gerenciar, por solicitação do MMA, as ações administrativas necessárias à consecução do objeto do Documento de Projeto de Cooperação Técnica Internacional, conforme as normas e procedimentos administrativos e financeiros próprios da UNESCO e levando em consideração aqueles do BIRD, observando sempre os critérios de qualidade técnica, melhor preço e prazos previstos.

• Facilitar ao MMA os meios necessários ao acompanhamento dos trabalhos.• Organizar, de comum acordo com o MMA, ações de capacitação de recursos humanos julgados necessários

para a consecução dos objetivos previstos no Documento de Projeto de Cooperação Técnica Internacional.• Encaminhar periodicamente ao MMA relatórios de execução financeira do Documento de Projeto de

Cooperação Técnica Internacional.• Utilizar-se das facilidades de que dispõe enquanto Agência Especializada das Nações Unidas para a

cooperação técnica recíproca, desde que aprovadas pelo MMA.• Preparar, conjuntamente com o MMA, revisões orçamentário-financeiras, bem como do Plano de Trabalho,

sempre que se façam necessárias e nos termos previstos no Documento de Projeto de Cooperação Técnica Internacional.

À Secretaria do Tesouro Nacional (STN), compete:

7 Disponível no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio.

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• Adiantar os recursos do Tesouro, para ressarcir-se posteriormente na Conta Especial, quando da prestação de contas.

• Encaminhar ao Banco Mundial a conciliação da Conta Especial, quando do envio dos pedidos de saque.

À Agência Brasileira de Cooperação (ABC), compete:

• Dar apoio à UCP no acompanhamento da execução técnica e físico/financeira do Acordo de Cooperação Técnica firmado com a UNESCO.

À Secretaria Federal de Controle (SFC), compete:

• Executar a auditoria financeira anual das contas do AquaBio.

8.3. Planejamento

Elaboração da Programação

A fase de programação se divide nas etapas de elaboração do orçamento anual e programação anual.

Planejamento do Orçamento Anual

A proposta orçamentária do AquaBio para o exercício subseqüente conterá a descrição dos recursos externos, bem como a contrapartida do Governo Brasileiro ao AquaBio, e fará parte do Orçamento Geral da União (OGU). A proposta será elaborada pela UCP com o apoio da SPOA/MMA e encaminhada anualmente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP).

Com base no que constar do Documento de Avaliação do Projeto (PAD) para as ações da execução financeira no referido exercício e também com base no POA, a UCP informará à SPOA/MMA a previsão dos recursos financeiros, por fonte e em US$(?). Quando o orçamento for aprovado, a UCP, com base no POA do exercício, fará o detalhamento do orçamento para atender as ações específicas programadas.

Programação Operativa Anual

A fase de programação operativa anual se efetiva através de um planejamento estratégico para o ano seguinte, objetivando a implementação das atividades previstas no Documento de Avaliação do Projeto (PAD), ano a ano. Consideram-se, na discussão do planejamento estratégico, os seguintes grupos de informações: i) contexto externo, representado pelas condições externas que afetam a execução do Projeto e que estão fora de controle dos seus gestores, isto é, fatores que devem ocorrer para que os objetivos e produtos sejam alcançados; ii) contexto interno, representado pelos fatores internos que podem impactar no desenvolvimento das ações; iii) estratégias a serem seguidas; iv) metas a serem atingidas; e v) as ações a serem executadas.

Para o desenvolvimento das ações do AquaBio, cada Coordenador de Componente elaborará o seu POA, subsidiado pelas diretrizes da UCP e consolidado de acordo com as ações previstas pelo AquaBio e com os critérios de elegibilidade destas ações, em conformidade com as categorias de despesa. A consolidação do POA se dará por meio da UCP, que o encaminhará para análise e aprovação final do Banco No POA serão estabelecidas as ações programadas, seus estágios de execução, bem como as especificações, licitações/contratos, métodos de aquisição, execução e os recursos previstos para a realização destas ações. As propostas serão apresentadas pelas Unidades de Coordenação Estadual (UCEs) à UCP. A definição de datas (prazo máximo para realização da ação e correspondente liberação de recursos para seu financiamento) é um aspecto que deve ser levado em consideração quando da operacionalização da fase de programação. Esse processo deve ocorrer com a participação de todos os setores envolvidos. No Anexo IV deste Manual os procedimentos para a elaboração do POA são mostrados com mais detalhes.

Os respectivos POAs para os exercícios subseqüentes, deverão ser elaborados até o dia 15 de outubro de cada ano. Estes Planos Operativos Anuais serão consolidados e aprovados pela UCP e encaminhados pela UCP ao BIRD. A Figura 6 apresenta o fluxo da elaboração dos POAs. O Anexo IV apresenta um detalhamento do processo de elaboração do POA.

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Figura 6: Fluxo do Plano Operativo Anual.

8.4. Recursos Financeiros

Os recursos financeiros serão geridos pelo MMA, sendo oriundos de duas fontes: (i) recursos do GEF repassados pelo Banco Mundial ao Tesouro Nacional e (ii) recursos do Governo brasileiro. Nos dois primeiros anos de execução do Projeto AquaBio, o MMA repassar os recursos financeiros oriundos do GEF e do Orçamento Federal para a UNESCO, que terá a responsabilidade da execução financeira de tais recursos, por meio de um Projeto de Cooperação Técnica Internacional, orçado em R$ 4.390.000,00. Detalhes sobre os procedimentos vinculados à administração do Projeto são apresentados nos Anexos V e VI deste Manual.

Nos anos subseqüentes está previsto que a execução financeira deverá ficar a cargo do MMA, que ao longo dos dois primeiros anos deverá disponibilizar pessoal, treinar essa equipe, e desenvolver os procedimentos necessários para assumir tal tarefa. É possível também que, dependendo da avaliação do desempenho dos parceiros do MMA no apoio à implementação do Projeto (IBAMA, FUNAI e OEMAs), hajam repasses de recursos para os mesmos, de maneira a descentralizar a execução do AquaBio. Está prevista também a celebração de convênios ou instrumentos congêneres com os proponentes de atividades demonstrativas no âmbito do Sub-componente 2.1 do Projeto. Tais mecanismos para a descentralização de recursos ainda serão objeto de negociação entre o MMA e o Banco Mundial, e serão implementados mediante a não objeção do Banco Mundial.

8.5. Disponibilidade de Recursos Financeiros

O Governo Brasileiro abrirá uma Conta Especial no Banco do Brasil S/A, em nome do MMA, para o recebimento dos recursos financeiros do GEF, por intermédio do Banco Mundial. Os depósitos na Conta Especial serão efetuados em nome do Ministério do Meio Ambiente mediante solicitação ao BIRD. A abertura da Conta Especial será feita por solicitação à COFIN/STN, acompanhada de cópias do documento contratual, formulário específico disponibilizado pela STN preenchido e cópia de ofício enviado pelo MMA ao BIRD identificando as assinaturas autorizadas a movimentar os recursos depositados na Conta Especial.

O MMA tornará disponíveis para a UNESCO os recursos financeiros para a execução do AquaBio especificados no PRODOC, durante os dois primeiros anos de execução. Nos anos subseqüentes está previsto, além a execução direta, repasses de recursos para os parceiros na execução do AquaBio. Está prevista também a celebração de convênios ou instrumentos congêneres com os proponentes de atividades demonstrativas no âmbito do Sub-componente 2.1 do Projeto. Tais mecanismos para a descentralização de recursos ainda serão objeto de negociação entre o MMA e o Banco Mundial, e serão implementados mediante a não objeção do Banco Mundial.

Nos primeiros dois anos de execução, as Declarações de Gastos (SOEs) serão preparadas e consolidadas pela UCP. Em seguida serão remetidas à COFIN/STN, do Ministério da Fazenda, para efetivação da comprovação dos recursos da Contrapartida Nacional e do Banco Mundial. Nos anos subseqüentes os procedimentos serão estabelecidos quando a forma de execução financeira for acordada entre o MMA e o Banco Mundial.

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Diretrizes para Elaboração do POA

Propostas de POA

Consolidação do POA

Aprovação do POA

Programação

OrçamentoAcompanhamento e Avaliação

Execução Financeira

Execução Física

A partir do terceiro ano do AquaBio, na eventualidade de ocorrerem repasses para os parceiros do MMA na execução do AquaBio, os recursos destinados à execução serão depositados em conta bancária específica dos parceiros, constantes dos convênios (ou instrumento congênere), e deverão ser aplicados exclusivamente no pagamento de despesas previstas no POA.

Figura 7: Fluxo dos Recursos Financeiros para a primeira fase de implementação:

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Secretaria do Tesouro Nacional - STN

Ministério do Meio Ambiente - MMAUnidade de Coordenação do Projeto/SIAFI

UNESCO

BIRDConta Doação Conta Especial

Fornecedores de Bens e/ou Serviços

Fonte BIRD

Comprovação

Contrapartida

Secretaria do Tesouro Nacional - STN

Ministério do Meio Ambiente - MMAUnidade de Coordenação do Projeto/SIAFI

BIRDConta Doação Conta Especial

Fornecedores de Bens e/ou Serviços

Fonte BIRD

Comprovação

Contrapartida

Parceiro 1 Parceiro ...

Figura 8: Fluxo dos Recursos Financeiros para a segunda fase de implementação:

8.6. Prestação de Contas

Prestação de Contas nos dois primeiros ficaram a cargo da UCP, com o apoio da UNESCO. A partir do terceiro ano do AquaBio, na eventualidade de ocorrerem repasses para os parceiros do MMA na execução do AquaBio, os recursos destinados à execução deverão ser utilizados em até 60 (sessenta) dias, contados da data do crédito na conta corrente, de pelo menos 80% (oitenta por cento) dos recursos financeiros recebidos. Os demais recursos financeiros devem ser utilizados e comprovados nos 30 (trinta) dias subseqüentes à primeira comprovação, totalizando os 100% (cem por cento) do valor recebido.

Por determinação legal, o MMA deverá incluir, nos Termos de Convênios porventura celebrados, que cada liberação de recursos financeiros só ocorrerá mediante comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos na penúltima parcela.

Tal determinação está contida na Instrução Normativa nº. 01, de janeiro de 1997, da Secretaria do Tesouro Nacional, e deve ser aplicada em todos os Termos de Convênio dos quais participem órgãos do Governo Federal, Estadual, Municipal ou Privado, e que envolvam recursos financeiros:

“nos casos em que estiver estipulado que a liberação dos recursos ocorrerá em três ou mais parcelas, a terceira será liberada somente após a apresentação do Relatório de Execução Físico-Financeira, onde se demonstre o cumprimento da etapa ou fase referente á primeira parcela liberada e assim sucessivamente; cada liberação será feita após a demonstração do cumprimento da penúltima parcela. Após aplicação da última parcela, será apresentada a prestação de contas do total dos recursos recebidos;”

8.7. Auditoria

A auditoria no AquaBio será realizada pela Secretaria Federal de Controle (SFC), do Ministério da Fazenda, de maneira objetiva, segundo programação e extensão racionais, com o propósito de certificar a exatidão e a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, Termos de Convênio, a probidade na aplicação do dinheiro público e a guarda ou administração de valores e outros bens da União, ou a ela confiados. A auditoria das contas do AquaBio, será realizada tanto na primeira, como na segunda fase.

É importante ressaltar que:

• A UCP e também cada parceiro do MMA na execução do AquaBio deverão manter contas separadas, identificando as despesas do subprojeto por níveis do plano de contas e categoria de gastos, assegurando a uniformidade na apresentação das contas e das Declarações de Gastos.

• A Coordenação do AquaBio e as missões de supervisão das entidades financiadoras poderão executar avaliações periódicas na documentação de apoio das Declarações de Gastos, em cada parceiro do MMA na execução do AquaBio, verificando a elegibilidade, pagamentos, entregas e uso de bens, e serviços adquiridos segundo os propósitos estabelecidos no Projeto.

• Até seis meses após o término de cada exercício, o MMA fornecerá ao Banco Mundial relatórios de auditoria, com abrangência e detalhamento razoavelmente solicitados e aceitos.

• Quando solicitadas pelo BIRD e dentro dos parâmetros por eles estabelecidos, o MMA fornecerá outras informações referentes a registros, contas e respectivas auditorias.

8.8. Execução Física e Financeira

Esta é a fase em que as unidades administrativas envolvidas no apoio ao MMA na execução das ações do AquaBio, fazem o Plano de Aquisições Anual, as especificações de bens, e elaboram os termos de referência. Esses instrumentos

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subsidiarão a contratação de fornecedores de bens e serviços de consultoria, mediante os processos licitatórios e de seleção aplicáveis. Depois de assinados os contratos, os fornecedores deverão fornecer os bens e serviços requeridos.

Execução Física: A execução física é a fiscalização pelo gestor do contrato junto ao serviço fornecido pelo contratado, durante e após a execução, em termos de qualidade técnica, cumprimento dos prazos e dos preços (em observância aos compromissos quantitativos e qualitativos que constam no contrato). Ao mesmo tempo, cabe à UCP fazer a supervisão do gestor do contrato, quanto à fiscalização que este procedeu junto ao contratado.

Em seguida é feito o faturamento do contrato que ocorre após a efetivação dos serviços ou entrega dos bens, de acordo com as especificações, consubstanciado na análise técnico-financeira dos fornecimentos. O próximo passo é o encerramento do contrato, com a conseqüente liquidação dos débitos contratuais. O desenvolvimento dos trabalhos desta etapa ocorre de forma interligada com os da etapa de execução financeira, através da preparação e aceitação dos compromissos de pagamento (faturas e recibos devidamente atestados). Para melhor entendimento dessa etapa pode-se analisar a Figura 9.

Figura 9: Fluxo da Execução Física.

Execução Financeira: Após a assinatura dos contratos de fornecimento de bens, serviços ou serviços de consultoria, e a emissão da ordem de serviço para execução de contratos, inicia-se a etapa de execução financeira.

Deverão, inicialmente, serem providenciadas as medidas preliminares para a gestão financeira, assim compreendidas: a abertura de contas bancárias específicas para a movimentação de recursos do AquaBio, toda a tramitação financeira compreendendo a liberação de recursos aos parceiros do MMA na execução do AquaBio, e o pagamento aos fornecedores de bens, obras e serviços de consultoria. A Figura 10 ilustra as etapas de execução financeira.

Figura 10: Fluxo da Execução Financeira.

8.9. Acompanhamento Físico e Financeiro

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Medidas Preliminares p/

Gestão FinanceiraLiberação de

Recursos Pagamento

Prestação de Contas

Comprovação de GastosGeração de

Recursos ExternosAcompanhamento Físico-Financeiro

Execução Física

Programação Anual

Contratação de Bens e Serviços

Especificação dosBens e Serviços

Processo Competitivo para Aquisição de

Bens e Serviços

Fiscalização do Fornecimento de Bens e Serviços

Supervisão das Entidades

Executoras

Encerramento de Contratos

Execução Financeira

Programação

Acompanhamento Físico-Financeiro

Plano de Aquisições

Fatura

O acompanhamento físico-financeiro compreende o conjunto de atividades realizadas nos diversos níveis gerenciais necessárias à verificação do cumprimento das metas estabelecidas no Plano Operativo Anual (POA), iniciando-se pelo nível dos órgãos parceiros do MMA na execução do AquaBio e culminando com os informes à UCP e ao BIRD.

Em cada um dos níveis gerenciais pratica-se, para o universo das respectivas responsabilidades, o processo de verificação dos desvios em relação ao programado, identificação das causas prováveis para tais desvios, adoção das medidas corretivas pertinentes ao nível decisório do agente monitor e solicitação das providências aos níveis decisórios de hierarquia mais elevada para a solução dos problemas identificados. Destaque-se o encadeamento do processo, onde o acompanhamento de nível hierárquico mais baixo constitui-se na base geradora das informações sobre a situação real observada na execução das diversas ações programadas. A Figura 11 ilustra as etapas do acompanhamento físico-financeiro.

Figura 11: Fluxo do Acompanhamento Físico-Financeiro.

Avaliação dos Resultados: Nesta etapa é dada ênfase à verificação da evolução dos indicadores de resultados do AquaBio, formulados para cada Componente e Sub-componente, definidos quando da sua elaboração. Esta verificação é feita com base em estudos específicos que tratem de identificar a efetiva contribuição das ações do AquaBio para o alcance dos resultados pretendidos. A partir da análise e avaliação periódica do desempenho destes indicadores, a UCP, subsidiada pelos Comitês Estaduais, Locais, e pelos parceiros do MMA, deverá sugerir as medidas corretivas pertinentes, retro alimentando assim o planejamento anual do ano seguinte.

O monitoramento não se limita ao controle físico-financeiro das ações e sim é direcionado para o alcance dos objetivos do AquaBio, onde outros indicadores e instrumentos subsidiarão o seu constante aperfeiçoamento. Neste sentido, estudos específicos e outros mecanismos de avaliação devem ser desenvolvidos no decorrer da execução do AquaBio. O fluxo abaixo ilustra o processo de avaliação dos resultados.

Figura 12: Fluxo da Avaliação de Resultados

8.10. Relatórios

Todos os anos, até a conclusão do AquaBio, o MMA, por meio da UCP, submeterá ao Banco Mundial um relatório sobre o desenvolvimento do AquaBio durante o respectivo ano civil imediatamente anterior. Da mesma forma, a UCP também deverá produzir Relatórios de Progresso para a ABC e UNESCO, no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional para a execução dos dois primeiros anos do AquaBio. A Tabela 8 apresenta os principais relatórios a serem fornecidos pela UCP, o destinatário, e a freqüência com que devem ser elaborados e encaminhados.

Tabela 8: Principais relatórios de monitoramento da execução do Projeto AquaBio.

Tipo de Relatório Destinatário FreqüênciaRelatório sobre o Desenvolvimento do Projeto BIRD Semestral (primeiro relatório)

Anual (relatórios posteriores)

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ExecuçãoFísica

Acompanhamento pelos parceiros do

MMAExecução Financeira

Avaliação de Resultados

Monitoramento Geral do Projeto

Acompanhamento pela UCP

Levantamento de Dados e Cálculo de

Indicadores

Análise de Desempenho dos

ResultadosPlanejamento

ExecuçãoFísico-Financeira

Revisão dos Indicadores de

Resultados

Indicação de Medidas Corretivas

Relatório de Monitoração Financeira (RMF) BIRD TrimestralPlano de Aquisições e Contratações BIRD AnualPlano Operativo Anual BIRD Anual (até 30 de outubro)Declaração de Gastos (SOE) BIRD MensalRelatórios de Auditoria BIRD AnualRelatório de Progresso ABC e UNESCO Anual

De uma maneira geral, nos relatórios de progresso e de desenvolvimento do Projeto deverão constar a metodologia adotada na execução das atividades, o processo de implementação, as dificuldades encontradas, os resultados alcançados (avaliação de impacto), e medidas para a correção de dificuldades eventualmente encontradas.

No caso do Relatório sobre o Desenvolvimento do Projeto, este deve ser elaborado a partir de um termo de referência satisfatório para o Banco. O Banco deverá receber o primeiro Relatório no prazo de até seis meses após a Data de Efetividade do Projeto (ver Acordo de Doação), e posteriormente a freqüência será anual. No caso do Relatório de Progresso, a versão preliminar do relatório deverá ser apresentada às partes (UNESCO e ABC) com antecedência mínima de um mês antes da data de realização da reunião tripartite (ver PRODOC UNESCO, Item H).

O Relatório de Monitoração Financeira, (RMF) é um outro instrumento de acompanhamento do Projeto, sendo que sua freqüência de elaboração será trimestral. O RMF é tratado com detalhes no Acordo de Doação, sendo que o mesmo deve conter:

• Especificação das fontes e usos dos fundos para o Projeto, tanto cumulativamente quanto com relação ao período considerado no relatório, demonstrando, em separado, os fundos disponibilizados pela Doação do Fundo Fiduciário GEF e outras contribuições financeiras e não financeiras e, ainda, fornecendo esclarecimentos quanto às diferenças percebidas entre a utilização planejada e a realizada de tais fundos.

• Descrição do progresso físico da implementação do Projeto, tanto cumulativamente quanto com relação ao período considerado no relatório, fornecendo esclarecimentos quanto às diferenças percebidas entre a implementação planejada e a realizada.

• Especificação da situação das aquisições do Projeto até o final do período ao qual se referir o relatório.

O primeiro RMF deverá ser entregue ao Banco em até, no máximo, quarenta e cinco dias decorridos após o término do primeiro trimestre do ano-calendário subseqüente à data do início da vigência, devendo o mesmo cobrir o período iniciando-se na data do evento da primeira despesa relativa ao Projeto até o término do referido trimestre. Posteriormente, todo RMF deverá ser entregue ao Banco em até, no máximo, quarenta e cinco dias após cada trimestre subseqüente do ano-calendário, devendo cobrir o referido trimestre.

Os relatórios de desenvolvimento ou progresso do Projeto deverão ser fornecidos também à SBF, à CONABIO, e às demais partes envolvidas no Projeto, para que a execução do AquaBio possa ser acompanhada por todos os atores e instâncias, tornando sua implementação transparente para os vários parceiros do MMA.

Ao final do Projeto o MMA deverá elaborar, com base em diretrizes aceitáveis pelo Banco, um plano de operações futuras para o Projeto, sendo que tal plano deverá ser entregue ao Banco dentro do prazo máximo de seis meses decorridos após a data de encerramento do Projeto ou qualquer outra data que vier a ser acordada entre o MMA e o Banco. Tal plano deverá ser objeto de análise conjunta entre o MMA e o Banco.

8.11. Aquisição de Bens e Serviços

Os bens, os serviços técnicos e os serviços de consultoria a serem contratados no AquaBio devem constar do Plano Operativo Anual (POA), elaborado com a participação dos parceiros do MMA na implementação do AquaBio, sendo que os POAs de cada uma das sub-bacias serão consolidados pela UCP. O POA consolidado deverá ser apreciado e aprovado pelo Banco Mundial. A execução do POA deverá seguir as normas para a aquisição de bens, obras e serviços do BIRD.

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Deverá ser elaborado, em cada exercício, um Plano de Aquisições e Contratações, baseado no POA do Projeto. Tal Plano deverá ser encaminhado para aprovação do BIRD até o dia 15/12 de cada ano. No Anexo V deste Manual, os procedimentos de aquisição de bens, serviços e serviços de consultoria estão devidamente detalhados.

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MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXOS

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MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXO I - ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

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Função 1: Coordenador Geral do Projeto

A Coordenação Geral do Projeto AquaBio será exercida pelo Secretário de Biodiversidade e Florestas, diretamente subordinado ao(à) Ministro(a) do Meio Ambiente, sendo o representante do Governo da República Federativa do Brasil (GOB) no âmbito do Projeto. O Coordenador Geral assume responsabilidade perante o GOB e os co-financiadores pelo êxito da execução e implementação do Projeto.

O Coordenador Geral tem a responsabilidade de assegurar que a UCP e referidos cargos, funções e atividades do Projeto AquaBio sejam adequadamente providos, podendo delegar suas atribuições ao Diretor da Diretoria do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade (DCBIO/SBF), seguindo e ampliando o modelo já adotado durante a preparação do Projeto. Desse modo, o Diretor da DCBIO (Diretor do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade) fará a administração e supervisão direta das atividades e dos recursos financiados pelo GEF e intermediados pelo Banco Mundial.

O Secretário de Biodiversidade e Florestas presidirá as reuniões do Comitê de Acompanhamento do Projeto, cujas funções serão exercidas pela CONABIO, e seguirá orientação deste Comitê, que é a instância consultiva, da estrutura de gestão do Projeto. O Diretor da DCBIO atuará como substituto do Coordenador nestas reuniões.

As responsabilidades específicas do Coordenador Geral do Projeto incluem:

• Assegurar que todos os pré-requisitos e obrigações prévias do governo para com o Projeto, incluindo contribuições governamentais, estejam apropriados.

• Assegurar que os compromissos e obrigações decorrentes do Acordo de Doação sejam observados e cumpridos durante a implementação do Projeto.

• Exercer completa autoridade administrativa, técnica e financeira do Projeto, incluindo supervisão do pessoal contratado pelo Projeto.

• Monitorar o desempenho físico e financeiro do Projeto e revisão atualizada do plano de trabalho (preparado pelo Gerente Executivo do Projeto) pelo menos a cada seis meses.

• Tomar as providências necessárias para a abertura e operacionalização da conta bancária do Projeto, certificar pedidos de pagamento, e aprovar despesas do Projeto e declarações financeiras, conforme regras e procedimentos financeiros apropriados.

• Assumir responsabilidade direta com o Governo e todos os co-financiadores como requisito básico para a prestação de contas dos recursos do Projeto.

• Garantir a realização dos relatórios de desempenho e de avaliação do Projeto.• Assegurar que o planejamento intersetorial e mecanismos de coordenação em nível local, regional

(Amazônia) e nacional, sejam estabelecidos e institucionalizados.• Atuar como Presidente do Comitê de Acompanhamento do Projeto.

Função 2: Gerente Executivo do Projeto

O Gerente Executivo do Projeto é responsável pela coordenação das atividades do dia-a-dia do Projeto e por assegurar a adequada aplicação dos recursos recebidos do GEF, além de ser o interlocutor entre a Secretaria de Biodiversidade e Florestas e o Banco Mundial para assuntos técnicos.

As atribuições do Gerente Executivo do Projeto estão descritas a seguir:

• Gerenciar a UCP, inserida na DCBIO/SBF, coordenando as atividades técnicas, administrativas e financeiras do Projeto.

• Coordenar os trabalhos das equipes executivas do Projeto a nível estadual e local. • Representar a UCP junto às entidades participantes do Projeto (IBAMA, OEMAs, FUNAI), UNESCO, outras

instituições a serem envolvidas, e durante reuniões e eventos de avaliação e discussão do Projeto.• Coordenar a seleção e a contratação dos profissionais para o Projeto.• Atuar como representante do Projeto em reuniões de revisão, avaliações e discussões junto ao Banco Mundial/GEF

e, conseqüentemente, ser responsável pela preparação da revisão e pelos relatórios de avaliação.• Preparar atualizações sistemáticas e assegurar a implementação de um plano de trabalho detalhado e consistente

com as provisões do Documento de Avaliação de Projeto (PAD).• Assegurar o cumprimento dos cronogramas físico e financeiro, identificando e buscando a superação de restrições à

sua execução.

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• Avaliar continuamente a execução do Projeto, identificando a necessidade de ajustes no planejamento das atividades.

• Solicitar ao Coordenador Geral o ordenamento de despesas.• Solicitar desembolsos dos recursos do Banco Mundial.• Elaborar relatórios gerenciais para o Coordenador Geral, Banco Mundial, CONABIO, e Comitês Estaduais do

Projeto.• Assegurar as condições para o envolvimento efetivo e acompanhamento do Projeto pela CONABIO e pelos

Comitês Estaduais do Projeto.• Mobilizar e articular-se com órgãos da administração pública federal, estadual, órgãos externos e organizações não

governamentais envolvidos na implementação do Projeto, propondo ao Coordenador Geral a formalização de convênios e Termos de Cooperação.

• Representar o Projeto que se refere aos procedimentos para licenciamento ambiental (se necessário) de ações do Projeto (subprojetos) junto ao IBAMA e OEMAs.

• Submeter ao Coordenador Geral as questões e controvérsias que não puderem ser resolvidas no âmbito da UCP.• Supervisionar as atividades desenvolvidas pelos diferentes componentes do Projeto, visando assegurar a

compatibilidade entre seus cronogramas.• Coordenar diretamente os Componentes l e 4 do Projeto.• Consolidar os Planos Operativos Anuais (POAs), assegurando sua compatibilidade com as diretrizes, objetivos,

estratégias, e programação geral do Projeto.• Consolidar os relatórios de monitoramento e avaliação do Projeto.• Apoiar os Coordenadores de Componentes, o Gerente Administrativo-Financeiro, e o Gerente de Aquisições e

Contratações, na elaboração de termos de referência, especificações técnicas, editais e demais documentos e procedimentos necessários para a contratação de consultorias, serviços e aquisições para o Projeto.

• Acompanhar e avaliar a execução física das atividades, propondo eventuais ajustes nos cronogramas.• Analisar, em conjunto com os demais membros da equipe, a necessidade de remanejamento de recursos e

alterações nos Planos de Aquisições e Contratações.• Consolidar solicitações de alterações do Manual Operacional do Projeto e sugerir as mudanças necessárias.• Coordenar os trabalhos das equipes executoras nas sub-bacias hidrográficas (estados), assegurando seu apoio para

o desenvolvimento das ações estaduais previstas pelos diversos componentes.• Coordenar a seleção das Áreas Demonstrativas para a formulação dos Programas de Ação (PAs) e implantação de

subprojetos, observando os critérios definidos pelos Comitês.• Avaliar a abrangência e representatividade das áreas selecionadas para a implantação de Atividades

Demonstrativas (subprojetos) e o andamento da sua implantação, propondo ao Coordenador Geral e aos Comitês Estaduais a realização de novos subprojetos, a adequação de procedimentos e dos critérios de seleção.

• Assegurar as condições para o envolvimento da comunidade científica, organizações não governamentais e outros segmentos sociais na implementação do Projeto.

• Articular e acompanhar os projetos que participam como co-financiadores do AquaBio.

Função 3: Gerente Administrativo-Financeiro

O Gerente Administrativo e Financeiro reporta-se ao Gerente Executivo, sendo responsável pela coordenação de todas as atividades administrativas e financeiras do Projeto.

As atribuições do Gerente Administrativo-Financeiro são as seguintes:

• Coordenar, orientar e controlar os procedimentos e serviços de natureza orçamentária, financeira e contábil referentes ao Projeto.

• Elaborar a proposta orçamentária de acordo com o planejamento previsto nos POAs.• Programar e efetuar pagamentos decorrentes da execução do Projeto.• Fornecer subsídios à Gerência Executiva do Projeto para a elaboração de POAs no que se refere a aspectos

orçamentários e financeiros.• Acompanhar e avaliar a execução financeira.• Analisar, em conjunto com o Gerente Executivo do Projeto, a necessidade de remanejamento de recursos e de

alterações no cronograma de desembolsos, propondo as alterações cabíveis.• Elaborar e submeter ao Banco Mundial as prestações de contas e relatórios financeiros trimestrais.• Preparar as Declarações de Gastos (SOEs) e demais providências para desembolsos conforme previsto no Acordo

de Doação e no Manual de Desembolso do Banco Mundial.• Tomar as providências necessárias para a disponibilização de recursos financeiros nas contas bancárias do Projeto.

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• Manter adequadamente as informações administrativas e financeiras do Projeto em arquivo específico.• Supervisionar a operação e atualização do Sistema de Gerenciamento Físico e Financeiro (SIGMA-I).• Fornecer subsídios quanto a aspectos administrativos e financeiros para a elaboração de convênios (ou

instrumentos congêneres) e termos de cooperação.• Apoiar os Coordenadores e o Gerente de Aquisições e Contratações na elaboração de termos de referência e

especificações técnicas.• Receber e distribuir equipamentos e materiais adquiridos para o Projeto.• Emitir pareceres sobre as prestações de conta das entidades participantes do Projeto.• Articular-se com o Gerente de Aquisições e Contratações e com os demais membros da equipe de execução do

Projeto no que for necessário para a implementação exitosa das atividades. • Acompanhar as auditorias financeiras e adotar as medidas corretivas recomendadas.

Função 4: Gerente de Aquisições e Contratações

O Gerente de Aquisições e Contratações reporta-se ao Gerente Executivo, mas deverá atuar de maneira articulada com o Gerente Administrativo-Financeiro, sendo responsável pela coordenação de todas as atividades de aquisição e contratações do Projeto. Mais especificamente, caberá ao Gerente de Aquisições e Contratações:

• Coordenar a elaboração dos Planos de Aquisições e Contratações, apoiado pelo Gerente Executivo do Projeto e pelo Gerente Administrativo-Financeiro.

• Planejar, coordenar a supervisionar os processos de contratação de consultorias, serviços, e de aquisições, em articulação com os demais Gerentes e Coordenadores do Projeto.

• Elaborar e submeter ao Banco Mundial, para apreciação, a documentação referente a licitações e contratos, conforme previsto no Acordo de Doação.

• Preparar, com apoio da Gerência do Projeto, da Gerência Administrativo-Financeira e dos Coordenadores, as especificações técnicas e termos de referência necessários para as licitações e contratações.

• Orientar as UCEs e outros executores com relação aos procedimentos de licitação e de contratação.• Verificar o cumprimento de todas as normas e disposições por parte das UCEs e executores nos processos de

licitações e contratações com recursos do Projeto. • Orientar os Coordenadores de Componentes e as equipes técnicas para que adotem e cumpram as diretrizes do

Banco Mundial nos procedimentos de aquisição e contratação que utilizem recursos da doação do GEF.

Funções 5 a 8: Coordenadores de Componentes

Cabe aos Coordenadores de Componentes o planejamento e coordenação da execução física das atividades no âmbito de cada componente, além de assegurar a articulação das atividades do Projeto com outras atividades e projetos correlatos desenvolvidos pelas unidades do MMA, do IBAMA, pelas OEMAs, e, quando for o caso, ONGs, nas sub-bacias do Projeto, bem como as articulações interinstitucionais específicas necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos.

As atribuições gerais comuns aos Coordenadores de Componentes estão descritas a seguir:

• Participar da tomada de decisão no que se refere às questões de responsabilidade da equipe da UCP, sempre que convocado pelo Gerente Executivo do Projeto.

• Elaborar proposta de Plano Operativo Anual referente às atividades do componente/sub-componentes.• Acompanhar, supervisionar e avaliar a realização de todas as atividades físicas do componente/sub-componentes,

assegurando a integração entre as atividades do componente sob sua responsabilidade e as desenvolvidas pelos demais componentes do Projeto.

• Planejar as atividades do componente e respectivos sub-componentes, identificando os técnicos e demais profissionais envolvidos na execução.

• Identificar potenciais parcerias e propor a formalização de convênios e termos de cooperação com universidades, instituições de pesquisa e organizações não governamentais, para a realização de estudos e atividades do componente.

• Elaborar Termos de Referência e Especificações Técnicas para a contratação de consultorias, serviços, e aquisição de bens e materiais necessários à execução das atividades previstas no componente/sub-componentes sob sua responsabilidade.

• Supervisionar a execução dos serviços de consultorias e outros serviços contratados pelo Projeto para a implementação das atividades do componente/sub-componentes sob sua responsabilidade.

• Receber e atestar o recebimento dos serviços e consultorias para fins de pagamento.

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• Participar da elaboração do plano de monitoramento de impactos do Projeto, e acompanhar e apoiar sua implementação.

• Fornecer as informações sobre as atividades do componente/sub-componentes sob sua responsabilidade para omonitoramento e avaliação do Projeto.

• Identificar possibilidades e propor parcerias, convênios e termos de cooperação com universidades, instituições de pesquisa e organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades do componente.

• Apoiar a elaboração de material de divulgação do Projeto.• Participar de estudos e seminários de avaliação do Projeto.• Solicitar o pagamento de diárias.• Responsabilizar-se pelos bens e equipamentos disponibilizados pelo Projeto, assegurando sua utilização para a

execução das atividades do componente/sub-componentes sob sua responsabilidade.• As atribuições específicas dos coordenadores de componentes, adicionais às atribuições gerais listadas acima, estão

descritas a seguir:

Função 5: Coordenador do Componente 1 (Planejamento e Políticas Publicas)

• Coordenar as seguintes ações estratégicas do Projeto, assegurando o planejamento participativo e o alcance dos resultados e metas do componente:o Elaboração de Diagnósticos nas Áreas Demonstrativas.o Formulação de Programas de Ação para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos

hídricos (PAs) nas sub-bacias do Projeto.o Negociação com atores chave do Projeto de acordos institucionais para a implementação dos PAs.o Monitoramento e avaliação dos arranjos institucionais adotados durante a formulação dos PAs.o Formulação da Estratégia de Sustentabilidade Financeira (e estudos correlatos) para apoiar a

execução das ações identificadas nos PAs.• Identificar, em conjunto com os demais Coordenadores, os temas a serem abordados nos estudos e workshops

previstos no Componente.• Elaborar relatórios técnicos sobre as atividades desenvolvidas.• Articular e coordenar a eventual participação de pesquisadores de instituições reconhecidas na elaboração de

estudos sócio-econômicos e de mecanismos financeiros, mediante entendimentos com os seus dirigentes.

Função 6: Coordenador do Componente 2 (Atividades Demonstrativas)

• Apoiar a Gerência do Projeto e os Comitês Estaduais e Locais na seleção de áreas para a implantação de Atividades Demonstrativas e na revisão de critérios para a seleção das mesmas.

• Planejar, coordenar e supervisionar a implantação das Atividades Demonstrativas.• Coordenar e apoiar as atividades das equipes locais no que se refere à implantação das Atividades Demonstrativas.• Articular-se com os executores dos subprojetos associados (executados pela SDS, SECTAM, SEMA, PNMA II e

Corredores Ecológicos), prefeituras municipais e demais atores sociais nas Áreas Demonstrativas.• Identificar as organizações não governamentais com atuação nas Áreas Demonstrativas e nos estados do

Amazonas, Mato Grosso e Pará visando subsidiar a eventual seleção de organizações para a execução das atividades de implantação de subprojetos.

• Apoiar a Gerência e os Supervisores de Campo na seleção das instituições (se for o caso) para a implantação dos subprojetos.

• Definir áreas, unidades de paisagem e comunidades a serem abrangidas pelas ações do Componente nas sub-bacias, conforme as diretrizes definidas no Manual Operacional.

• Supervisionar a seleção dos subprojetos para as áreas demonstrativas, assegurando a identificação dos impactos ambientais potenciais e a incorporação de medidas de controle dos mesmos, conforme procedimentos de Avaliação Ambiental do Anexo II do Manual Operacional do Projeto.

• Assegurar que as intervenções e atividades que contemplam exploração de recursos naturais, especialmente os aquáticos, bem como a implantação de sistemas de produção, eventualmente previstas nos subprojetos, estejam devidamente identificadas, de modo a possibilitar a adoção dos procedimentos para o licenciamento ambiental em casos requeridos pela legislação.

• Apoiar os proponente na identificação e viabilização de parcerias e co-financiamentos para a implantação dos subprojetos demonstrativos.

• Apoiar as atividades regionais e locais dos demais Componentes.• Acompanhar, em articulação com os respectivos executores e com o Coordenador Estadual, o andamento dos

Subprojetos Associados (executados pela SDS, SECTAM, SEMA, PNMA II e Corredores Ecológicos)

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implementados no âmbito do Sub-componente 2.2.

Função 7: Coordenador do Componente 3 (Capacitação)

• Articular-se com o Gerente Executivo do Projeto, com a Diretoria de Educação Ambiental do MMA, com os Coordenadores Estaduais do Projeto e com os Coordenadores Estaduais de Capacitação para a realização das atividades de educação ambiental e capacitação.

• Planejar, coordenar e supervisionar as atividades necessárias à capacitação de educadores do ensino formal, em articulação com os Coordenadores Estaduais de Capacitação.

• Planejar, coordenar e supervisionar a realização de encontros de educação ambiental para a gestão participativa nas sub-bacias hidrográficas abrangidas pelo Projeto e de campanhas de sensibilização social, articulando com os Coordenadores Estaduais de Capacitação, com outros programas do MMA e com as instituições parceiras (IBAMA, OEMAs, ONGs, etc.).

• Assessorar o Gerente Executivo do Projeto no planejamento, coordenação e supervisão de serviços de divulgação por rádio e mídia escrita.

• Selecionar, capacitar e supervisionar as ações com atores envolvidos nas Áreas Demonstrativas e respectivas Atividades Demonstrativas, em estreita articulação com os Coordenadores Estaduais de Capacitação.

• Levantar demandas, planejar, coordenar a supervisionar a realização de cursos de capacitação e eventos, em estreita colaboração com os Coordenadores Estaduais de Capacitação.

• Apoiar o Gerente Executivo do Projeto no planejamento e na execução de campanhas e a elaboração de material de divulgação do Projeto.

Função 8: Coordenador do Componente 4 (Gestão, Monitoramento e Avaliação, Disseminação de Informações)

• Elaborar proposta de plano de monitoramento de impactos do Projeto, em estreita colaboração com os demais Coordenadores, assegurando-se de que o monitoramento de resultados previstos no Marco Lógico do Projeto esteja adequadamente contemplado.

• Supervisionar a execução das atividades necessárias para a implementação do Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Aquática (SIBA), incluindo a elaboração dos Termos de Referência.

• Planejar, coordenar e supervisionar a coleta de dados para a definição do Marco Zero do Projeto.• Implementar o Plano de Monitoramento de Impactos em articulação com os demais Coordenadores de

Componentes, definindo procedimentos, responsabilidades e freqüência para a coleta de dados para o monitoramento dos impactos.

• Acompanhar e avaliar as atividades físicas do Projeto.• Elaborar relatórios de avaliação dos impactos do Projeto.• Fornecer informações para o Coordenador Geral visando subsidiar a tomada de decisão quanto a ajustes no

planejamento das atividades.• Fornecer informações do monitoramento para os Coordenadores de Componentes visando a realização dos ajustes

necessários.• Assegurar a participação da comunidade no monitoramento do andamento e dos impactos do Projeto.• Articular-se com instituições de pesquisa e organizações não governamentais para a realização de atividades do

Componente.• Assegurar a integração das atividades de monitoramento dos impactos do Projeto.• Fornecer informações para a divulgação do Projeto e de seus resultados.• Acompanhar e apoiar a avaliação do Projeto por consultores independentes e a realização de seminários de

avaliação.

Função 9: Coordenadores Técnicos Estaduais (ou de Sub-bacia)

Cabe aos Coordenadores Técnicos Estaduais gerenciar as ações do Projeto a nível estadual/sub-bacia, seguindo as orientações do Manual Operacional e do Plano Operativo Anual, e trabalhando em estreita colaboração com o Gerente Executivo do Projeto, com o Coordenador Político Estadual, com o Coordenador Estadual de Capacitação, e com os demais parceiros estaduais (OEMA, IBAMA Estadual, etc) e municipais. Mais especificamente, cabe aos Coordenadores Técnicos Estaduais:

• Apoiar o Coordenador Político Estadual na formação do Comitês Estadual do Projeto na sub-bacia, solicitando ao

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mesmo a convocação de reuniões.• Atuar como representante do Projeto no estado/sub-bacia durante reuniões, avaliações e discussões sobre o Projeto.• Elaborar proposta de Plano Operativo Anual referentes às atividades Projeto em sua área de atuação (sub-bacia),

seguindo as diretrizes estabelecidas no Manual Operacional, e submetê-la ao Gerente Executivo do Projeto.• Acompanhar, supervisionar e avaliar a realização de todas as atividades físicas do Projeto, assegurando a

integração entre as atividades dos diversos componentes a nível de sub-bacia.• Supervisionar os trabalhos coordenados pelo Supervisor de Campo, em estreita colaboração com o Coordenador

Estadual de Capacitação.• Apoiar o Coordenador Político Estadual na formação dos Comitês Locais do Projeto na sub-bacia.• Atuar como representante do Projeto no campo, durante reuniões, avaliações e discussões sobre o Projeto. • Acompanhar, supervisionar e avaliar a realização de todas as atividades físicas do Projeto, assegurando a

integração entre as atividades dos diversos componentes a nível de campo.• Planejar as atividades locais do Projeto, identificando os técnicos e atores a serem envolvidos na execução,

articulando-se com o Coordenador Estadual de Capacitação.• Identificar potenciais parcerias e propor a formalização de convênios e termos de cooperação com municípios e

organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades do Projeto.• Assessorar, em articulação com o Coordenador Estadual de Capacitação, o Gerente Executivo do Projeto e os

Coordenadores de Componente, na implantação das Atividades Demonstrativas e demais ações de campo (capacitação, planejamento participativo, monitoramento e avaliação, reuniões de Comitê Local, etc.), reportando à coordenação do componente pertinente as eventuais restrições ao desenvolvimento das atividades de campo.

• Assegurar que as medidas destinadas ao controle de eventuais impactos ambientais do Projeto definidas no planejamento dos subprojetos demonstrativos sejam adotadas pela instituição responsável pela implantação destes subprojetos, certificando-se da identificação dos impactos ambientais potenciais e da incorporação de medidas de controle dos mesmos, conforme procedimentos de Avaliação Ambiental descritos no Anexo II do Manual Operacional do Projeto.

• Assegurar o atendimento de exigências e condicionantes eventualmente definidos no licenciamento das atividades de implantação dos subprojetos demonstrativos.

• Atestar o recebimento dos serviços de implantação dos subprojetos demonstrativos para fins de pagamento das notas fiscais/faturas (quando for o caso).

• Articular-se com os técnicos executores locais de Subprojetos Associados (executados pela SDS, SECTAM, SEMA, PNMA II e Corredores Ecológicos) em suas área de atuação, apoiando suas ações.

• Articular-se com os representantes municipais das sub-unidades estaduais do IBAMA, de modo a integrar as ações do Projeto com as demais desenvolvidas pelo MMA e IBAMA na Área Demonstrativa.

• Apoiar a Coordenação Política Estadual na articulação com os Conselhos Municipais relevantes às ações do Projeto (além do Conselho Gestor do PPDS-JUS no caso do Pará), de modo a possibilitar o acompanhamento das ações regionais do Projeto por tais colegiados.

• Articular-se e manter estreita colaboração com as prefeituras municipais, ONGs e comunidades dos municípios com subprojetos demonstrativos, mantendo-os bem informados sobre as atividades do Projeto.

• Mobilizar a comunidade e assegurar sua participação no monitoramento das ações do Projeto.• Responsabilizar por conduzir ou coordenar reuniões com comunidades, sempre que necessário.• Identificar e mobilizar parceiros locais para a implementação do Projeto.• Fornecer todas as informações relativas à execução física do Projeto (incluindo subprojetos do AquaBio e aqueles

executados pela SDS, SECTAM, SEMA, PNMA II e Corredores Ecológicos) para fins de acompanhamento e monitoramento do mesmo.

• Atualizar e se reportar ao Gerente Executivo do Projeto de forma regular/sistemática no que se refere ao avanço e eventuais problemas.

• Manter registros diários do Projeto e elaborar relatórios de gerenciamento a nível estadual, submetendo-os ao Gerente Executivo do Projeto e, quando necessário, uma vez revisados pelo Gerente Executivo, aos Comitês Estaduais.

• Supervisionar as atividades de consultores no campo (e ONGs parceiras contratadas, se for o caso), incluindo trabalho administrativo e entrega de produtos acordados, conforme solicitado pelo Gerente Executivo do Projeto.

• Ser responsável por realizar outras tarefas do Projeto sempre que solicitado pelo Gerente Executivo.

Função 10: Coordenadores Políticos Estaduais

Cabe ao Coordenador Político Estadual articular a formação do Comitê Estadual do Projeto, convocando e participando das reuniões. O Comitê Estadual do Projeto tem, dentre suas principais finalidades, servir como veículo para a transversalização das experiências e lições do Projeto no planejamento e nas políticas públicas ao nível do estado. Além

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dessa atribuição principal, cabe ao Coordenador Político Estadual:

• Atuar como representante do Projeto no estado/sub-bacia durante reuniões, avaliações e discussões sobre o Projeto, quando solicitado pelo Coordenador Técnico Estadual ou pelo Gerente Executivo do Projeto.

• Apoiar o Coordenador Técnico Estadual no processo de elaboração da proposta de Plano Operativo Anual referentes às atividades Projeto em sua área de atuação (sub-bacia), seguindo as diretrizes estabelecidas no Manual Operacional.

• Articular a formação dos Comitês Locais do Projeto na sub-bacia, com o apoio da Coordenação Técnica Estadual.• Atuar como representante do Projeto no campo, durante reuniões, avaliações e discussões sobre o Projeto, quando

solicitado pelo Coordenador Técnico Estadual ou pelo Gerente Executivo do Projeto. • Identificar potenciais parcerias e propor ao Coordenador Técnico Estadual a formalização de convênios e termos de

cooperação com municípios e organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades do Projeto.

• Articular-se com os Conselhos Municipais relevantes às ações do Projeto (além do Conselho Gestor do PPDS-JUS no caso do Pará), de modo a possibilitar o acompanhamento das ações regionais do Projeto por tais colegiados.

• Apoiar a Coordenação Técnica do Projeto na articulação e na manutenção de estreita colaboração com as prefeituras municipais, ONGs e comunidades dos municípios com subprojetos demonstrativos, mantendo-os bem informados sobre as atividades do Projeto.

• Apoiar a Coordenação Técnica Estadual no fornecimento de informações relativas à execução física do Projeto (aqueles executados pela respectiva OEMA) para fins de acompanhamento e monitoramento do mesmo.

• Atualizar a Coordenação Técnica Estadual de forma regular/sistemática no que se refere ao avanço e eventuais problemas no processo de implantação e operacionalização dos Comitês Estaduais e Locais.

Função 11: Coordenadores Estaduais de Capacitação

Cabe ao Coordenador Estadual de Capacitação o planejamento e coordenação da execução física das atividades sob sua responsabilidade, ao nível da sub-bacia (estado), além de assegurar a articulação das atividades de capacitação do Projeto com tais atividades em projetos correlatos desenvolvidos pela representação estadual do MMA, do IBAMA, e pela OEMA, e, quando for o caso, por ONGs, bem como as articulações interinstitucionais específicas a nível estadual e federal necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos, ao nível federal principalmente com a Diretoria de Educação Ambiental do MMA. Cabe ainda ao Coordenador trabalhar em estreita colaboração com o Coordenador Técnico do Projeto no estado, para assegurar a articulação entre as atividades de capacitação e as demais atividades do Projeto.

As atribuições gerais do Coordenador Estadual de Capacitação estão descritas a seguir:

• Participar da tomada de decisão no que se refere às questões de responsabilidade do grupo de profissionais ligados ao Projeto ao nível do estado, sempre que convocado pelo Coordenador Técnico do Projeto ou pelo Gerente Executivo do Projeto.

• Colaborar na elaboração da proposta de Plano Operativo Anual referente às atividades sob sua responsabilidade.• Acompanhar, supervisionar e avaliar a realização de todas as atividades físicas de capacitação na sub-bacia sob sua

responsabilidade.• Assegurar a integração entre as atividades de capacitação e as desenvolvidas pelos demais componentes no estado.• Planejar as atividades do Componente de Capacitação e respectivos resultados no estado, identificando os técnicos

e demais profissionais envolvidos na execução.• Identificar potenciais parcerias e propor a formalização de convênios e termos de cooperação com universidades,

instituições de pesquisa e organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades necessários, em articulação com o Coordenador Técnico do Projeto.

• Participar da elaboração de Termos de Referência e Especificações Técnicas para a contratação de consultorias e serviços e aquisição de bens e materiais necessários à execução das atividades, em articulação com o Coordenador do Componente 3 (Capacitação).

• Supervisionar, em articulação com o Coordenador do Componente 3 (Capacitação), a execução dos serviços de consultorias e outros serviços contratados pelo Projeto para a implementação das atividades na sub-bacia sob sua responsabilidade.

• Receber e atestar o recebimento dos serviços e consultorias pertinentes ao Componente 3 para fins de pagamento.• Participar da elaboração do plano de monitoramento de impactos do Projeto e acompanhar e apoiar sua

implementação.• Fornecer as informações sobre as atividades do Componente 3 (Capacitação) na sub-bacia sob sua responsabilidade

para o monitoramento e avaliação do Projeto.

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• Apoiar a elaboração de material de divulgação do Projeto.• Participar de estudos e seminários de avaliação do Projeto.• Solicitar o pagamento de diárias.• Responsabilizar-se pelos bens e equipamentos disponibilizados pelo Projeto, assegurando sua utilização para a

execução das atividades previstas.• Articular-se com o Coordenador de Capacitação e com o Coordenador Técnico do Projeto para a realização das

atividades de educação ambiental.• Apoiar o Coordenador de Capacitação nos processos de planejamento, coordenação e supervisão das atividades

necessárias à capacitação de educadores do ensino formal.• Apoiar o Coordenador de Capacitação nos processos de planejamento, coordenação e supervisão da realização de

encontros de educação ambiental para a gestão participativa na sub-bacia e de campanhas de sensibilização social, articulando com outros programas do MMA e instituições parceiras (IBAMA, OEMA, ONGs, etc.) ao nível do estado.

• Apoiar o Coordenador de Capacitação no planejamento, coordenação e supervisão de serviços de divulgação por rádio e mídia escrita.

• Apoiar o Coordenador Técnico do Projeto no acompanhamento das atividades do Supervisor de Campo.• Apoiar o Coordenador de Capacitação na seleção, capacitação e supervisão das ações junto aos atores envolvidos

nas Áreas Demonstrativas e respectivas Atividades Demonstrativas (subprojetos).• Apoiar o Coordenador de Capacitação no levantamento de demandas de capacitação, planejando, coordenando e

supervisionando a realização de cursos de capacitação e eventos, em articulação com o Coordenador Técnico do Projeto.

• Apoiar o Coordenador Técnico do Projeto no planejamento e na execução de campanhas e a elaboração de material de divulgação do projeto.

Função 12: Supervisores de Campo

Em cada sub-bacia hidrográfica abrangida pelo Projeto será disponibilizado um profissional para atuar como Supervisor de Campo, que coordenará os trabalhos locais na Área Demonstrativa, com as seguintes atribuições:

• Coordenar as ações do Projeto a nível local/municipal, seguindo as orientações do Manual Operacional e do Plano Operativo Anual, e trabalhando em estreita colaboração com o Coordenador Técnico Estadual, com o Coordenador Estadual de Capacitação, com os Agentes Multiplicadores, e com os parceiros a nível estadual (OEMA, IBAMA estadual, etc), municipal e comunitário.

• Apoiar as atividades dos Agentes Multiplicadores locais do Projeto.• Apoiar o Coordenador Político Estadual na articulação a formação dos Comitês Locais do Projeto.• Atuar como representante do Projeto no campo durante reuniões, avaliações e discussões sobre o Projeto. • Elaborar proposta de Plano Operativo Anual referente às atividades Projeto em sua área de atuação (Área

Demonstrativa), seguindo as diretrizes do Manual Operacional, e submeter à Coordenação Técnica Estadual.• Acompanhar, supervisionar e avaliar a realização de todas as atividades físicas do Projeto, assegurando a

integração entre as atividades dos diversos componentes a nível de campo.• Planejar as atividades locais do Projeto, identificando os técnicos e atores a serem envolvidos na execução.• Identificar potenciais parcerias e propor a formalização de convênios e termos de cooperação com municípios e

organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades do Projeto.• Assessorar o Gerente Executivo do Projeto, a Coordenação Técnica Estadual e os Coordenadores de Componente

na implantação dos Projetos Demonstrativos e demais ações de campo (capacitação, planejamento participativo, monitoramento e avaliação, reuniões de Comitê Local, etc.), reportando à Coordenação Técnica Estadual as eventuais restrições ao desenvolvimento das atividades de campo.

• Assegurar que as medidas destinadas ao controle de eventuais impactos ambientais do Projeto definidas no planejamento das atividades demonstrativas (subprojetos) sejam adotadas pela instituição responsável pela implantação dos mesmos, assegurando a identificação dos impactos ambientais potenciais e a incorporação de medidas de controle, conforme procedimentos de Avaliação Ambiental descritos no Anexo II do Manual Operacional do Projeto.

• Assegurar o atendimento de exigências e condicionantes eventualmente definidos no licenciamento das atividades de implantação das atividades demonstrativas.

• Atestar o recebimento dos serviços de implantação dos subprojetos demonstrativos para fins de pagamento das notas fiscais/faturas (quando for o caso).

• Articular-se com os técnicos executores locais de outros projetos associados/correlatos (Corredores Ecológicos,

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PNMA, Pará Rural, etc) em suas área de atuação, apoiando suas ações.• Articular-se com os representantes municipais das sub-unidades estaduais do IBAMA, de modo a integrar as ações

do Projeto com as demais desenvolvidas pelo MMA e IBAMA na área demonstrativa.• Em estreita colaboração com a Coordenação Política Estadual, articular-se com os Conselhos Municipais

relevantes às ações do Projeto (além do CONJUS no caso do Pará), de modo a possibilitar o acompanhamento das ações regionais do Projeto por tais colegiados.

• Articular-se e manter estreita colaboração com as prefeituras municipais, ONGs e comunidades dos municípios com subprojetos demonstrativos, mantendo-os bem informados sobre as atividades do Projeto.

• Mobilizar a comunidade e assegurar sua participação no monitoramento das ações do Projeto.• Responsabilizar-se por conduzir ou coordenar reuniões com comunidades, sempre que necessário.• Identificar e mobilizar parceiros locais para a implementação do Projeto.• Fornecer todas as informações relativas à execução física do Projeto (incluindo subprojetos) para fins de

acompanhamento e monitoramento.• Atualizar e se reportar ao Coordenador Técnico Estadual de forma regular/sistemática no que se refere aos avanços

e eventuais problemas.• Manter registros diários do Projeto e elaborar relatórios de acompanhamento a nível local, submetendo-os ao

Coordenador Técnico Estadual e, quando necessário, uma vez revisados, aos Comitês Locais.• Supervisionar as atividades de consultores no campo (e ONGs parceiras contratadas, se for o caso), incluindo

trabalho administrativo e entrega de produtos acordados, conforme solicitado pela Coordenação Técnica Estadual.• Ser responsável por realizar outras tarefas do Projeto sempre que solicitado pelo Gerente Executivo ou pelo

Coordenador Técnico Estadual do Projeto.

Função 13: Agentes Multiplicadores

Em cada área demonstrativa serão identificadas lideranças locais que serão capacitadas pelo Projeto com a finalidade de, em estreita articulação com o Supervisor de Campo, apoiar as atividades e disseminar as informações geradas pelo AquaBio.

As atribuições gerais dos Agentes Multiplicadores estão descritas a seguir:

• Apoiar o Supervisor de Campo na coordenação das ações do Projeto a nível local/municipal, seguindo as orientações do Manual Operacional e do Plano Operativo Anual, e trabalhando em estreita colaboração com as coordenações do Projeto, com os parceiros a nível estadual (OEMA, IBAMA Estadual, etc.), municipal e comunitário.

• Apoiar o Supervisor de Campo na articulação e formação dos Comitês Locais do Projeto nas áreas demonstrativas (municípios).

• Na ausência do Supervisor de Campo, atuar como representante do Projeto nas áreas demonstrativas durante reuniões, avaliações e discussões sobre o Projeto.

• Apoiar o Supervisor de Campo na elaboração da proposta de Plano Operativo Anual referente às atividades Projeto em sua área de atuação.

• Apoiar o Supervisor de Campo no acompanhamento, supervisão e avaliação de atividades físicas do Projeto, assegurando a integração entre as atividades dos diversos componentes ao nível das áreas demonstrativas do Projeto na sub-bacia.

• Apoiar o Supervisor de Campo no planejamento das atividades locais do Projeto, e em conjunto com os atores relevantes, apoiando ainda na identificação dos técnicos e atores a serem envolvidos na execução.

• Identificar potenciais parcerias e propor ao Supervisor de Campo a formalização de convênios e termos de cooperação com municípios e organizações não governamentais para a realização de estudos e atividades do Projeto.

• Assessorar o Supervisor de Campo na implantação das atividades demonstrativas (subprojetos) e demais ações de campo (capacitação, planejamento participativo, monitoramento e avaliação, reuniões de Comitê Local, etc.), reportando ao mesmo eventuais restrições ao desenvolvimento das atividades de campo.

• Assegurar que as medidas destinadas ao controle de eventuais impactos ambientais do Projeto definidas no planejamento dos subprojetos sejam adotadas pela instituição responsável pela implantação dos mesmos, assegurando a identificação dos impactos ambientais potenciais e a incorporação de medidas de controle, conforme procedimentos de análise ambiental descritos no Anexo II do Manual Operacional do Projeto.

• Assegurar o atendimento de exigências e condicionantes eventualmente definidos no licenciamento das atividades de implantação dos subprojetos.

• Articular-se com os técnicos executores locais de outros projetos associados/correlatos (Corredores Ecológicos, PNMA, Pará Rural, etc) em sua área de atuação, apoiando as ações do respectivo programa.

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• Articular-se com os representantes municipais, das sub-unidades estaduais do IBAMA, de modo a integrar as ações do Projeto com as demais desenvolvidas pelo IBAMA nas áreas demonstrativas.

• Articular-se com os Conselhos Municipais relevantes às ações do Projeto, de modo a possibilitar o acompanhamento das ações locais do Projeto por tais colegiados.

• Articular-se e manter estreita colaboração com as prefeituras municipais, ONGs e comunidades dos municípios com subprojetos, mantendo-os informados sobre as atividades do Projeto.

• Mobilizar a comunidade e assegurar sua participação no monitoramento das ações do Projeto e se responsabilizar por conduzir ou coordenar reuniões com comunidades, sempre que necessário.

• Identificar e mobilizar parceiros locais para a implementação do Projeto.• Fornecer informações relativas à execução física do Projeto (incluindo subprojetos) para fins de acompanhamento e

monitoramento do mesmo.• Atualizar e se reportar ao Supervisor de Campo de forma regular/sistemática no que se refere aos avanços e

eventuais problemas.• Manter registros diários do Projeto e apoiar o Supervisor de Campo na elaboração de relatórios de

acompanhamento a nível local, apresentando tais relatórios aos Comitês Locais sempre que solicitado pelo Supervisor.

• Apoiar as atividades de consultores no campo (e ONGs parceiras contratadas, se for o caso), incluindo trabalho administrativo, quando solicitado pelo Supervisor de Campo.

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MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXO II - PROCEDIMENTOS PARA APRESENTAÇÃO DE

PROPOSTA PARA ATIVIDADE DEMONSTRATIVA, AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PROJETO AQUABIO E DAS

ATIVIDADES DEMONSTRATIVAS

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Apresentação do Anexo

Este anexo contem os procedimentos e orientações para a apresentação de propostas de atividades demonstrativas no âmbito do Sub-componente 2.1 do Projeto AquaBio.

O anexo é dividido em três partes:

• Parte A - Formulário para Prospecção de Atividades Demonstrativas: refere-se a informações gerais sobre potenciais proponentes (necessariamente pessoa física legalmente constituída), informações ambientais, sociais e econômicas da localidade/microbacia onde a proposta será implementada, atividades desenvolvidas na região que tem afinidade com os objetivos do Projeto AquaBio, informações sobre os problemas que se pretende resolver e a forma como vai se trabalhar, além das parcerias envolvidas na proposta e outras em potencial. Este formulário deverá ser aplicado durante o diagnóstico detalhado, permitindo atualizar e refinar o conhecimento sobre as organizações interessadas, sobre os problemas e os temas que são prioritários nas áreas demonstrativas para fins de apoio financeiro pelo Sub-componente 2.1. O formulário também poderá ser acessado no endereço http://www.mma.gov.br/aquabio, preenchido e enviado para a UCP por instituição que porventura não tiver sido contatada durante o diagnóstico detalhado.

• Parte B - Roteiro para Elaboração de Proposta de Subprojeto: contém as instruções e orientações sobre o conteúdo das propostas a serem submetidas visando a obtenção de apoio financeiro pelo Sub-componente 2.1. É de fundamental importância que as propostas sejam construídas pelas instituições locais que irão executá-las, por meio de um processo participativo que envolva todos os atores relevantes. Todas as propostas deverão apresentar também uma avaliação ambiental (ver Parte C abaixo).

• Parte C - Avaliação Ambiental: inclui a Avaliação Ambiental do Projeto AquaBio bem como os procedimentos para Avaliação Ambiental das Propostas de Atividades Demonstrativas (Subprojetos). É importante que os usuários do MOP bem como os proponentes em potencial tenham conhecimento das salvaguardas ambientais do Projeto AquaBio, uma vez que os subprojetos devem necessariamente atendê-la

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Parte A - Formulário para Prospecção de Atividades Demonstrativas

I - Informações sobre o Proponente:

Nome:___________________________________________________________________________________Endereço:_________________________________________________________________________________Telefone: _________________________________________________________________________________E-mail:__________________________________________________________________________________Nome da pessoa responsável pelas informações:__________________________________________________Natureza da organização:

Prefeitura Municipal ( )Empresa ou autarquia municipal ( )Órgão da Administração Estadual ( )Organização não governamental ambientalista ( )Associação de produtores rurais ( )Cooperativa de produtores rurais ( )Organização Indígena ( )Outros (especificar):________________________________________________________________

Objetivos ou finalidades da organização:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________Principais atividades desenvolvidas pela organização (indicar abrangência: local, municipal, regional, estadual ou nacional): _______________________________________________________________________

II - Informações sobre a localidade:

Nome da localidade/comunidade: ____________________________________________________________Curso d’água principal:______________________________________________________________________Município(s) de Localização: ________________________________________________Principal via de acesso:______________________________________________________________________Coordenadas do curso d'água (se a informação estiver disponível):____________________________________A comunidade participa de algum programa governamental?

Sim ( )Qual:_____________________________________________________________________________Não ( )

A comunidade participa de algum programa não-governamental?Sim ( )Qual:_____________________________________________________________________________Não ( )

III - Informações sobre o(s) ecossistema(s) aquático(s):

Algum desses ecossistemas aquáticos está presente na localidade? Rios ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIgarapés ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoLagos ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoVárzea ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIgapó ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

Esses ecossistemas são:Conservados: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoPouco degradados: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoMuito degradados: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

Esses ecossistemas são usados pela população local para:Abastecimento de água ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoCriação de animais ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIrrigação ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoRecreação (banho) ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDescarga de resíduos ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoTransporte ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

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Pesca ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAgricultura ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoOutros usos: __________________________________________________________________________

IV - Informações sobre vegetação e áreas protegidas:

Existem remanescentes significativos de vegetação nativa na localidade?Sim ( ) Tipos: __________________________________________________________________________Não ( )Descrever situação, se possível (ou juntar fotos):_______________________________________________

______________________________________________________________________________________

Existem áreas protegidas na localidade? Sim ( ) Quais: __________________________________________________________________________Não ( )

V - Informações sobre uso do solo, atividades econômicas e organização social:

Principais atividades econômicas desenvolvidas na comunidade:Pecuária ( )Culturas perenes ( )Culturas temporárias ( )Principais culturas:_______________________________________________________________________Pesca ( )Principais espécies capturadas:______________________________________________________________

Outras atividades (mineração/turismo /aqüicultura /extrativismo/etc.):__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Número de famílias/propriedades existentes na localidade:Menos de 10 ( )De 11 a 40 ( )De 41 a 80 ( )Mais de 81 ( )Não sei ( )

Qual o percentual de propriedades com tamanho igual ou menor que 30 ha (com relação ao número total de propriedades) ?

Menos de 10% das propriedades ( )De 11 a 30 % das propriedades ( )De 31 a 60% das propriedades ( )Mais de 61% das propriedades ( )

Existe cadastro atualizado de propriedades contendo área e número de pessoas residentes em cada propriedade?Sim ( )Não ( )Não sei ( )Em caso afirmativo, anexar o cadastro à documentação da proposta.

Quantas pessoas residem ou trabalham na localidade/comunidade, considerando proprietários, trabalhadores rurais e outros ( em números aproximados) ? ____________________________________________________

Quais as principais instituições atuantes na localidade/microbacia e no município, considerando cooperativas, associações, sindicatos, ONGs e outras?________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Se possível informar as principais atividades desenvolvidas e número de participantes:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Existe alguma organização com atuação específica na localidade/comunidade?Sim ( )Não ( )Não sei ( )

Especificar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

VI - Informações sobre a situação das áreas marginais aos cursos d’água:

Uso predominante das áreas marginais a cursos d’água:Vegetação nativa ( )Vegetação degradada ( )Se degradada, especificar estágio de regeneração :_________________________________________Agricultura ( )Principais culturas nas áreas marginais dos cursos d’água:____________________________________________________________________________________________________________________Pastagem ( )Áreas abandonadas ( )Outros usos ( )Especificar:____________________________________________________________________

Existem iniciativas de recuperação de matas ciliares na localidade/ comunidade? Sim ( )Não ( )Não, mas há projeto ainda não implantado ( )Em caso afirmativo informar responsável pelo projeto, recursos investidos, resultados obtidos e outrasinformações pertinentes:______________________________________________________________________________________________________________________________________________

VII – Informações sobre o problema a ser trabalhado pela proposta e sobre a metodologia de trabalho:

Qual o problema que a proposta de subprojeto pretende resolver?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Descreva como a proposta pretende resolver o problema:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Descreva quem são as pessoas que participam (membros da associação, cooperativa, número de pessoas e famílias, número de homens e mulheres, parceiros locais e outros, qual o papel de cada um para resolver o problema):_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

VII – Outras informações:

Informar se existem outras organizações dispostas a estabelecer parceria para execução da proposta na localidade/microbacia e para a implementação de projetos de educação ambiental e mobilização, considerando ONGs, cooperativas, associações, sindicatos, empresas, escolas, patrocinadores, etc.: _______________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________(juntar carta ou outro documento que comprove interesse/compromisso e informações sobre recursos eventualmente disponibilizados).

Informar sobre a existência de outros programas e projetos com temas relacionados ao AquaBio na localidade/ microbacia e no município: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Outras informações julgadas importantes: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Anexar:

Carta do IBGE ou desenho com a delimitação da localidade/ microbacia, das principais referências geográficas (estradas, rios, igarapés, ilhas) e a localização das ocupações humanas.

Fotografias que ilustrem as informações fornecidas.

Cartas de interesse/compromisso de instituições parceiras para a implantação da proposta.

Informações sobre projetos relacionados à conservação da natureza já desenvolvidos ou em desenvolvimento na localidade/ microbacia.

Informações sobre outros programas correlatos em desenvolvimento na localidade/ comunidade, no município ou na região.

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Parte B - Roteiro para Elaboração de Proposta de Subprojeto

Este roteiro apresenta, em linhas gerais, orientações para os proponentes elaborarem suas propostas de atividade demonstrativa (subprojeto) com o objetivo de acessar recursos do Sub-componente 2.1 do Projeto AquaBio. Este roteiro poderá sofrer aperfeiçoamentos como conseqüência das atividades decorrentes do diagnóstico detalhado a ser realizado nas sub-bacias do Projeto AquaBio durante seu primeiro ano de execução (ver descrição do Sub-componente 2.1 na Seção 4 do Manual Operacional do Projeto). O Projeto AquaBio também fornecerá capacitações aos proponentes para apoiar o processo de elaboração dos subprojetos.

Recursos Financeiros

O Sub-componente 2.1 do Projeto AquaBio irá financiar, em escala piloto, atividades demonstrativas que possam fornecer insumos para o desenvolvimento de Programas de Ação para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos (PAs). Essas atividades serão enquadradas em duas classes de acordo com o valor: pequenos subprojetos (valor máximo de até US$ 30.000) e grandes subprojetos (valor máximo de até US$ 70.000). Os proponentes deverão apresentar contrapartida no valor de 5% do montante da proposta de subprojeto. O processo de seleção dos subprojetos será pautado pela qualificação técnica dos mesmos e seguirá, no que couber, as Diretrizes do Banco Mundial e o Acordo de Doação.

Condições para Enquadramento de Subprojetos

Princípios gerais a serem observados:

Participação social: garantir a participação dos atores envolvidos em todas as fases do subprojeto.

Cooperação interinstitucional: viabilizar amplo intercâmbio (técnico, operacional e administrativo) entre as instituições parceiras na elaboração e condução das ações, assim como na aplicação dos recursos financeiros disponíveis. Para tanto, deverá ser previsto no subprojeto a participação do Comitê Local do Projeto AquaBio no acompanhamento de suas atividades. O Comitê terá, dentre as suas atribuições, que participar efetivamente do acompanhamento da execução do subprojeto (para detalhes sobre as atribuições dos Comitês Locais ver Seção 2 do MOP).

Incorporação do saber local: as atividades do subprojeto deverão incorporar o saber local, de forma participativa, considerando as experiências e os conhecimentos práticos dos produtores, munícipes e/ou das instituições locais e regionais.

Replicabilidade: os subprojetos deverão prever a capacidade de multiplicação das informações técnicas, experiências bem sucedidas e saberes locais.

Regularidade: prever ações continuadas que resultem na sustentabilidade socioambiental dos subprojetos.

Aspectos obrigatórios a serem contemplados

Com relação à instituição proponente e parceiras

• Apresentar equipe técnica multidisciplinar, composta por técnicos da instituição proponente e/ou parceiras, com experiência profissional no tema do subprojeto, em mobilização social e em gestão participativa.

• Constituir parcerias com os atores regionais envolvidos com o tema do subprojeto, apresentando termo de adesão dos parceiros. Esses atores incluem as organizações ambientalistas, o Poder Público (órgãos de fiscalização ambiental, Ministério Público, etc.), representantes dos produtores rurais, das instituições de ensino, pesquisa e extensão, de consórcios intermunicipais, conselhos municipais e outras parcerias relevantes na região onde o subprojeto estará inserido.

• Comprovar disponibilidade de infra-estrutura física, administrativa e gerencial da proponente e/ou parceiras para a gestão do subprojeto.

• A instituição proponente ou a parceira deverão comprovar experiência na execução de trabalhos no tema do subprojeto.

Com relação ao subprojeto • O subprojeto deverá conter um diagnóstico da situação atual e do problema a ser trabalhado (para detalhes ver

abaixo).

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• O subprojeto deverá justificar como irá apoiar a conservação e/ou o uso sustentável dos recursos aquáticos.• O subprojeto deverá prever processos participativos de gestão tais como a constituição de comissões de

monitoramento das ações e intercâmbios entre proponente, parceiros e beneficiários.• Apresentar uma proposta de sustentabilidade após a conclusão do apoio financeiro do Projeto AquaBio.• Apresentar, mapas e/ou cartogramas, em escala compatível, que informem a localização da bacia, sub-bacia ou

microbacia a ser trabalhada. • Apresentar uma estratégia de mobilização social (para detalhes ver abaixo).• Apresentar uma estratégia de monitoramento (para detalhes ver abaixo).• Apresentar uma Avaliação Ambiental (para detalhes ver Parte C deste anexo).

Diagnóstico da situação atual e do problema a ser trabalhado pelo subprojeto Solicita-se que os diagnósticos contenham informações necessárias para definir a localização e auxiliar a caracterização e a justificativa das ações do subprojeto. Os diagnósticos deverão incluir dados quantitativos e qualitativos, se possível, acompanhados das respectivas referências bibliográficas ou de outras fontes de informação que permitam contextualização da proposta no âmbito local, da sub-bacia, estadual e nacional.

Diagnóstico da caracterização de área de abrangência do subprojeto A proposta deve apresentar informações bibliográficas e cartográficas da bacia ou sub-bacia a ser trabalhada identificando se a área escolhida consta na lista de áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira (Decreto no. 5.092/2004 e Portaria MMA no. 126/2004).

A proposta deve apresentar mapas, cartogramas, croquis ou desenhos da região selecionada, podendo, preferencialmente, ser apresentados nas escalas de 1:50.000, 1:100.000, ou nas escalas disponíveis, dando destaque para a representação do relevo, da hidrografia; uso do solo, localização dos assentamentos humanos (sede municipal, assentamentos rurais, propriedades rurais, comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas, etc.) e outros aspectos fisiográficos relevantes para o tema do subprojeto, como por exemplo:

• No caso de subprojetos que tratem do uso dos recursos pesqueiros, indicar a localização dos lagos a serem manejados, a localização dos pesqueiros, etc.

• No caso de subprojetos que tratem da conservação de recursos/ecossistemas aquáticos, indicar a localização das áreas prioritárias para conservação.

• No caso de subprojetos que tratem da recuperação de matas ciliares e nascentes: indicar a localização das matas ciliares, o número e localização das nascentes, etc.

• No caso de subprojetos que tratem do manejo de recursos florestais para fins de utilização em artesanato: indicar a localização das áreas onde os produtos florestais (fibras, sementes, óleos, essências, etc.) serão extraídos.

• No caso de subprojetos que tratem de ecoturismo: indicar as áreas de visitação para observação de animais e plantas, localização das trilhas, etc.

A proposta deve descrever os aspectos fisiográficos da área de abrangência do subprojeto contendo dados sobre o clima, solo, topografia, vegetação, superfície em km2, hidrografia, nome da região e dos municípios envolvidos, tomando como referência a bacia ou sub-bacia hidrográfica, bem como o grau de degradação da paisagem e a eventual existência de focos de poluição que possam estar afetando águas superficiais ou subterrâneas, e de outras características relevantes para o tema do subprojeto.

A proposta deve também apresentar uma síntese dos dados hidrometeorológicos da área de abrangência do subprojeto (quantidade e qualidade), que poderão ser obtidos no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), na Agência Nacional de Águas (ANA), na EMBRAPA, ou em outras instituições afins.

Diagnóstico socioambiental da área de abrangência do subprojeto

A proposta deve apresentar uma identificação do perfil socioeconômico da(s) comunidade(s) envolvidas, considerando a unidade territorial abordada (município, bacia ou sub-bacia hidrográfica). Os eventuais conflitos com relação ao uso dos recursos aquáticos devem ser descritos, tomando como referência o município, a bacia ou sub-bacia hidrográfica, e evidenciando os principais atores envolvidos com seus respectivos posicionamentos nas negociações.

A proposta dever conter uma síntese das características socioeconômicas da área de abrangência do subprojeto, incluindo, dentre outras, informações sobre a estrutura fundiária (terras devolutas, propriedades rurais, posses,

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assentamentos, etc.), e um levantamento das principais dificuldades para a conservação dos recursos naturais, com foco naquele que é tema do subprojeto (por exemplo, recursos pesqueiros, matas ciliares) da região selecionada, indicando se estão relacionados a questões legais, de organização social ou a confrontos de natureza política e econômica.

Caso existam, a proposta deve indicar as experiências em recuperação e proteção dos recursos aquáticos ou de medidas que, eventualmente, já tenham sido adotadas pela instituição proponente ou por outras entidades regionais, para resolver algumas das questões citadas, evidenciando os programas passíveis de articulação com o subprojeto (por exemplo, projetos de reflorestamento utilizando essências nativas em matas ciliares, negociação de acordos de pesca).

Outras informações relevantes ao tema do subprojeto

O diagnóstico deve conter também informações relevantes ao tema do subprojeto, que podem ser as mais variadas considerando a diversidade de temas passíveis de apoio pelo Projeto AquaBio. Por exemplo, um subprojeto que se proponha a recuperar matas ciliares com essências nativas deverá informar sobre a disponibilidade de sementes e mudas da área de abrangência do subprojeto. Deverá ainda apontar a diversidade de sementes e mudas florestais de espécies nativas com potencial de utilização pelos executores do subprojeto, de acordo com a disponibilidade do mercado, e também levantar o valor de mercado das sementes e mudas florestais e frutíferas ofertadas, e apresentar o custo médio de transporte das mudas florestais do local de produção até as áreas de plantio.

Resultados esperados dos subprojetos

Os subprojetos a serem apoiados financeiramente pelo Projeto AquaBio deverão buscar alcançar resultados que contribuam para o objetivo maior do AquaBio, que é a conservação dos recursos e ecossistemas aquáticos da Amazônia. Os subprojetos poderão ter alguns resultados em comum, como por exemplo: (i) beneficiários comprometidos com a conservação dos recursos aquáticos e (ii) envolvimento efetivo dos atores relevantes na conservação dos recursos aquáticos da região onde o subprojeto estará inserido. Por outro lado, os subprojetos deverão alcançar também resultados específicos ao seu tema, como por exemplo: (i) impactos positivos na qualidade e da quantidade de água na área de abrangência do subprojeto, no caso de um subprojeto que trabalhe com o terma recuperação de nascentes e recomposição de matas ciliares , (ii) redução de conflitos com relação ao acesso e uso de recursos pesqueiros, no caso de um subprojeto que trabalhe com o tema manejo de pesca, ou (iii) impactos positivos na diversidade ou número de espécies aquáticas, ou na qualidade do habitat aquático, no caso de subprojetos que trabalhem com o tema de conservação da biodiversidade aquática. O proponente deverá usar os resultados esperados do subprojeto para desenvolver indicadores de monitoramento (ver abaixo o item Estratégia de monitoramento e avaliação dos subprojetos).

Como conseqüência da execução do subprojeto deverão ser apresentados relatórios periódicos em que constem as seguintes informações:

• Atividades realizadas de mobilização da sociedade e seleção dos beneficiários, visando o envolvimento desses atores com o subprojeto, e das interações do subprojeto com o Comitê Local do AquaBio.

• Metodologia e análise dos resultados obtidos (monitoramento).• Atividades de comunicação social e divulgação dos resultados e produtos do subprojeto.• Prestação de contas.• Estratégia para a continuidade das ações do subprojeto.

Metodologia de trabalho

As propostas deverão conter a descrição da metodologia de trabalho, que guarda forte relação com as estratégias de mobilização da sociedade e de monitoramento (ver descrição dessas estratégias abaixo). Mas a descrição da metodologia incorpora também outros aspectos, que dizem respeito a técnicas específicas que serão utilizadas para que o subprojeto alcance seus resultados. Dessa maneira, a metodologia a ser empregada pelo subprojeto depende do tema do mesmo. Essa parte do subprojeto deve conter também um cronograma das atividades que serão executadas.

Estratégia de mobilização da sociedade e seleção dos beneficiários Essa estratégia deve buscar sensibilizar a sociedade local e da área de abrangência do subprojeto para a mudança de atitude em relação à proteção e conservação dos recursos naturais, notadamente os recursos aquáticos, que são enfocados pelo AquaBio, bem como identificar e selecionar os beneficiários (por exemplo, pescadores, produtores rurais, comunidades, governos locais) que participarão das atividades do subprojeto.

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A mobilização da sociedade na área de abrangência do subprojeto deverá nortear a seleção dos beneficiários. Desse modo, aquelas pessoas que espontaneamente demonstrarem interesse em participar das atividades propostas deverão prioritariamente ser selecionadas.

Para uma efetiva mobilização da sociedade e seleção dos beneficiários a utilização dos meios de comunicação disponíveis na região (rádio, jornal, televisão, palestras, cursos, vídeos, seminários, cartilhas, dentre outros) é fundamental para o êxito da iniciativa.

A realização periódica de eventos (encontros, reuniões, palestras e seminários) com a participação dos possíveis beneficiários (sindicatos, associações de classe, cooperativas, conselhos públicos, comitês, dentre outros), poderá ser utilizada com o propósito de obter a adesão espontânea dos possíveis beneficiários e parceiros para o subprojeto.

Métodos diferenciados de mobilização social poderão ser utilizados para atrair e sensibilizar os atores da região do subprojeto, tais como: oficinas, concursos de redação ou de fotografia, adaptação de temas para teatro, músicas, mutirões, dias de campo, fóruns simulados de debates, etc.

Várias dessas atividades poderão ser feitas pelos proponentes dos subprojetos em parceria com outras atividades a serem realizadas por meio do Componente 3 do Projeto AquaBio nas áreas demonstrativas (para detalhes das atividades previstas no Componente 3 ver Seção 4 do Manual). O Projeto AquaBio também promoverá eventos de intercâmbio entre os subprojetos, com o objetivo de trocar experiências entre os diversos executores.

Estratégia de monitoramento e avaliação do subprojeto

O monitoramento da implementação dos subprojetos deverá ser realizado periodicamente durante o período de execução e constará da avaliação das etapas descritas no mesmo, comparando-se o que foi previsto com o que foi, de fato, executado. Alguns indicadores podem ser de execução física (por exemplo, número de reuniões realizadas para discussão de um acordo de pesca ou número de hectares de mata ciliar recuperados), mas outros indicadores precisam ser necessariamente voltados para medir os benefícios ambientais e sociais do subprojeto (por exemplo, diminuição no número de focos de incêndios, número de observações de espécies aquáticas na área de estudo, diversidade animal e vegetal na mata ciliar, renda per capita da comunidade). O subprojeto deverá conter indicadores de monitoramento pertinentes à sua metodologia de trabalho e ao seu tema, e capazes de medir as mudanças esperadas (sociais, ambientais e econômicas) ao longo de sua implementação. O processo de monitoramento está diretamente relacionado aos resultados esperados do subprojeto.

Em alguns casos, os subprojetos deverão também monitorar os impactos ambientais de certas atividades que podem, durante sua execução, resultar em alguma alteração ambiental mitigável (para detalhes ver Parte C desse anexo). O monitoramento deve ser realizado pelo proponente e informado nos relatórios periódicos de progresso. Além desse monitoramento realizado pelo próprio proponente, haverá também um acompanhamento dos subprojetos por parte dos Comitês Locais do AquaBio e um acompanhamento realizado pelas equipes técnicas do AquaBio e de seus parceiros estaduais. O Projeto AquaBio fornecerá capacitações aos proponentes para apoiar na elaboração dos subprojetos.

Quadros e tabelas demonstrativas do orçamento e da equipe técnica do subprojeto

O subprojeto deverá apresentar informações referentes ao orçamento para execução das atividades propostas, em modelo a ser definido, mas que necessariamente deverá incluir: memória de cálculo, tabelas e quadros demonstrando, por categoria de despesa, os itens solicitados ao AquaBio e aqueles apresentados como contrapartida do proponente para o subprojeto, e um cronograma de desembolsos financeiros. Também deverão constar informações sobre o pessoal técnico da instituição proponente e parceira(s) envolvidos no subprojeto, especificando o papel de tais pessoas no subprojeto, o tempo disponibilizado, e as qualificações profissionais.

Encaminhamento e seleção dos subprojetos

O subprojeto, elaborado seguindo as orientações gerais acima delineadas, deverá ser encaminhado à Unidade de Coordenação do Projeto (UCP), por meio de expediente formal (ofício) assinado pelo representante legal da instituição proponente. Cabe ressaltar que os comitês locais, estaduais e nacional (CONABIO) também participarão do processo de seleção, apoiando o trabalho da UCP.

Critérios de seleção

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Os critérios para a seleção de subprojetos serão específicos para cada área demonstrativa, e serão desenvolvidos durante o primeiro ano do Projeto, com a participação dos atores locais, durante a realização do diagnóstico detalhado. Entretanto, e com base nos diagnósticos realizados durante a preparação do AquaBio, os seguintes critérios gerais guiarão a elaboração de critérios específicos para cada uma das três sub-bacias: as propostas deverão (i) corresponder a atividades definidas como prioritárias durante o diagnóstico participativo da área demonstrativa, (ii) envolver o uso e/ou a conservação de recursos naturais, (iii) abordar a conservação de biodiversidade aquática ou envolver atividades que combatam a degradação de recursos aquáticos, (iv) ter um impacto positivo no uso sustentável e conservação dos ecossistemas aquáticos, incluindo a biodiversidade aquática, (v) ter o potencial de causar impactos positivos quando comparado ao custo de implementação, (vi) ter potencial para replicação, (vii) ser apresentado por uma organização local (pessoa jurídica legalmente constituída) ou em associação com uma, (viii) fornecer contrapartida de pelo menos 5% do custo total do subprojeto, em dinheiro ou em contrapartida não-financeira, (ix) ter desenvolvido seu próprio sistema de monitoramento e avaliação para monitorar os resultados e impactos do subprojeto, e (x) ter um Plano de Gestão Ambiental adequado (para detalhes sobre o Plano de Gestão Ambiental ver a Parte C deste anexo).

Contratação dos subprojetos selecionados

As instituições proponentes que tiverem subprojetos selecionados serão convocadas a apresentar os documentos necessários à celebração de convênio ou instrumento congênere, dentre os quais se incluem: (i) Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições Federais Administrados pela Secretaria da Receita Federal, (ii) Certidão quanto à Dívida Ativa da União, fornecida pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Fazenda, (iii) Certidões de Quitação de Tributos e Contribuições Estaduais e Dívida Ativa Estaduais (ou equivalentes), (iv) Certidões de Quitação de Tributos e Contribuições Municipais e Dívida Ativa Municipal (ou equivalentes), (v) Certidão Negativa de Débito emitida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social e, se for o caso, também a regularidade quanto ao pagamento das parcelas mensais relativas aos débitos renegociados (Lei 8.212/1991), (vi) Certificado de Regularidade de situação perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço fornecido pela Caixa Econômica Federal, e (vii) Prova de regularidade relativa à Seguridade Social expedida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, inclusive aquelas relativas à Saúde e Segurança do Trabalho. Outros documentos e comprovações serão necessários, dependendo do tipo de instituição proponente.

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Parte C - Avaliação Ambiental

1. Avaliação Ambiental

1.1 Objetivo da Avaliação Ambiental

Instrumentalizar o Projeto AquaBio com ferramentas que possam avaliar os impactos positivos, neutros ou negativos, resultantes de ações implementadas no seu desenvolvimento e recomendar, quando necessário, medidas mitigadoras para dar sustentabilidade ambiental a essas ações.

1.2 Arcabouço Legal

Na Legislação Federal destacam-se as seguintes leis e regulamentos que têm relação direta com as atividades demonstrativas do AquaBio:

• Lei no. 6.938, de 31 de Agosto de 1981 e 10.165, de 27 de Dezembro de 2000, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

• Lei no. 4.771, de 15 de Setembro de 1965, Medida Provisória no. 2.166-67, de 24 de Agosto de 2001 e regulamentos, que institui o Código Florestal Brasileiro.

• Decreto-Lei no. 221, de 28 de Fevereiro de 1967 e regulamentos, que dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras providências.

• Lei no. 5.197, de 3 de Janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.• Lei no. 7.754, de 14 de abril de 1989, estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas nascentes dos

rios e dá outras providências.• Lei no. 9.433, de 8 de Janeiro de 1997 e regulamentos, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e o

Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.• Lei no. 9.605, de 15 de Fevereiro de 1998 e regulamentos, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Os estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará (onde se prevê a implementação de atividades demonstrativas) possuem legislações específicas pertinentes, as quais também serão, obrigatoriamente, respeitadas quando da implementação dos subprojetos do AquaBio.

Além da legislação nacional, as seguintes convenções e códigos internacionais têm relevância direta com o Projeto:

• Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), ratificada pelo Brasil em 13 de junho de 1994.• Código de Conduta para a Pesca Responsável (aprovado 31 de outubro de 1995 e adotado pelo FAO Ministerial

Meeting on Fisheries - incluindo o Brasil - em março de 1999).• Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas (1971), ratificada pelo Brasil em 24 de setembro de 1993.• Tratado de Cooperação Amazônica, assinado em 3 de julho de 1978 pela Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador,

Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, com o objetivo de promover ações conjuntas para o desenvolvimento harmônico da Bacia Amazônica.

1.3 Avaliação Ambiental Global do Projeto

O AquaBio tem o potencial de viabilizar, em três tributários do Rio Amazonas, a adoção de ações estratégicas para a implantação do manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos, por meio das quais os princípios de conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática serão internalizados nas políticas e programas de desenvolvimento sustentável. Além do Amazonas, Mato Grosso e Pará, os demais estados que constituem a Amazônia Legal, bem como os demais países que compartilham a Bacia Amazônica com o Brasil, devem também se beneficiar das lições geradas pelo Projeto. Experiências recentes demonstram a capacidade que projetos tem para a construção e implementação de políticas públicas, como é o caso do ProVárzea, com uma contribuição significativa no que diz respeito à regularização fundiária e para a gestão do uso das várzeas, e na regulamentação da atividade desenvolvida pelos agentes ambientais voluntários, dentre outras. Tendo a CONABIO como instância nacional de acompanhamento, o AquaBio irá facilitar a transversalização do tema biodiversidade aquática em outros setores da economia e do governo.

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Além da potencial contribuição positiva para as políticas públicas, o AquaBio fornecerá oportunidades adicionais para a participação local na gestão dos recursos aquáticos, para melhorar a vida e o bem-estar econômico das comunidades rurais e ribeirinhas nas três sub-bacias selecionadas, como resultado da criação e apoio a espaços de discussão, da melhor organização dos pescadores, agricultores e comunidades rurais, e do melhor conhecimento dessas comunidades sobre a importância e sobre o uso sustentável dos recursos aquáticos, conseqüência do processo de mobilização, dos investimentos e das capacitações previstas. Os impactos positivos do Projeto serão nacionais e globais. Os benefícios nacionais incluem a redução da pobreza rural por meio da: i) resolução dos conflitos sobre uso dos recursos pesqueiros, ii) melhor manejo sustentável dos recursos aquáticos; iii) maior produtividade do solo em terras agrícolas que atualmente sofrem processos erosivos e baixa produtividade; iv) novas oportunidades de geração de renda que reduzam a pressão sobre os recursos aquáticos; v) produção de serviços ambientais associados à recuperação de matas ciliares e conservação de espécies aquáticas sobreexplotadas. Os benefícios globais incluem: i) fortalecimento do governo e da sociedade civil para tratar das ameaças e barreiras à proteção dos recursos aquáticos da Amazônia como uma questão ambiental global e de desenvolvimento sustentável, e para cumprir as obrigações decorrentes dos compromissos internacionais do país na conservação e uso sustentável desses recursos; ii) conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática em ecossistemas de importância global; e iii) maior alcance e envolvimento da sociedade civil e do setor privado no planejamento e manejo de recursos aquáticos da Amazônia.

1.4 Avaliação Ambiental do Sub-componente 2.1 do Projeto AquaBio

Esse componente irá financiar, em escala piloto, atividades demonstrativas que possam fornecer insumos para o desenvolvimento de Programas de Ação para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos (PAs). Essas atividades serão enquadradas em duas classes de acordo com o valor: pequenos subprojetos (valor máximo de até US$ 30.000) e grandes subprojetos (valor máximo de até US$ 70.000). Um dos critérios para que uma atividade demonstrativa possa ser considerada para financiamento é de que ela tenha algum impacto potencial positivo sobre a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática nas sub-bacias/regiões de interesse do Projeto. Dessa forma, parte-se do princípio de que todas as atividades financiadas pelo Componente 2 terão um impacto ambiental positivo, especialmente naqueles subprojetos que tenham por objetivo o manejo de recursos pesqueiros e florestais, a conservação do solo e da água, a recuperação de matas ciliares, e a proteção dos recursos hídricos, por exemplo.

No entanto, algumas das atividades apoiadas pelo sub-componente poderão ter o potencial de causar impacto ambiental negativo, de forma localizada, caso alguns dos subprojetos produtivos venham a ser mal administrados. Nesses casos, procedimentos rígidos de avaliação ambiental e monitoramento, mecanismos de licenciamento ambiental e medidas de mitigação deverão ser utilizados. Na atual fase não se tem ainda a possibilidade de identificar os reais impactos que serão causados pelos subprojetos a serem apoiados nas áreas demonstrativas do AquaBio, pois estes só serão definidos a partir de demandas a serem levantadas pelas comunidades e parceiros locais ao longo do primeiro ano de execução do Projeto.

O Projeto irá promover oficinas para capacitar os interessados na elaboração das propostas, e dentre os temas a serem abordados nas oficinas deverá constar a elaboração da avaliação ambiental, a qual será parte integrante do subprojeto. O AquaBio deverá oferecer também, quando necessário, assistência técnica aos proponentes para a elaboração da avaliação ambiental dos subprojetos.

1.5 Diretrizes

Para a realização da avaliação dos impactos ambientais do Projeto é necessário estabelecer algumas premissas básicas:

• Identificação das ações incentivadas pelo Projeto que tem o potencial de causar impactos ambientais positivos e negativos.

• Definição, quando necessário, de medidas mitigadoras ou compensatórias, para permitir a redução dos impactos ambientais, as quais devem ser incorporadas no desenho dos subprojetos apoiados pelo AquaBio, inclusive com orçamento previsto para executá-las.

• Sensibilização de todos os atores envolvidos para a utilização de medidas mitigadoras dos impactos ambientais.• Capacitação dos proponentes e dos técnicos envolvidos na elaboração e acompanhamento dos subprojetos em

legislação ambiental e em avaliação e monitoramento de impactos.• Medidas mitigadoras devem seguir rigorosamente a legislação ambiental.

1.6 Relação das Principais Intervenções a Serem Apoiadas pelo Projeto e com Potencial para Causar Impactos Ambientais

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Dentre os tipos/temas de subprojetos identificados até o momento, com potencial de serem apoiados pelo AquaBio, destacam-se:

a) Estratégias e Práticas Conservacionistas

• Gestão compartilhada de recursos aquáticos associada à resolução de conflitos pelo acesso e uso sustentável de recursos pesqueiros.

• Gestão do acesso e uso sustentável de recursos pesqueiros ornamentais.• Redução de resíduos agrícolas poluidores (sedimento, fertilizantes, pesticidas).• Proteção e recuperação de matas ciliares e nascentes.• Destinação correta de resíduos domésticos.

b) Alternativas Econômicas para a Conservação da Biodiversidade Aquática e dos Recursos Hídricos

• Manejo de organismos aquáticos (por exemplo, quelônios e jacarés).• Produção familiar de horticultura, pequenos animais, piscicultura, apicultura, artesanato, essências, plantas

medicinais.• Manejo da pesca.• Manejo florestal (recursos não madeireiros).• Ecoturismo e integração das comunidades na atividade turística em geral.

2. Plano de Gestão Ambiental do Projeto

O Plano de Gestão Ambiental do Projeto tem como meta realizar a avaliação ambiental e o acompanhamento do impacto ambiental do Projeto como um todo, e em particular dos subprojetos, buscando a sustentabilidade ambiental durante a após a conclusão do AquaBio.

O Plano de Gestão Ambiental prevê cinco grandes linhas de ação:

• Capacitação dos proponentes para a elaboração da Avaliação Ambiental dos subprojetos.• Procedimentos de Avaliação Ambiental, Revisão e Aprovação de Subprojetos (atividades demonstrativas).• Restrições em casos de Áreas Protegidas.• Assistência Técnica.• Monitoramento e Avaliação.

A seguir, se descreve em detalhe cada uma dessas cinco grandes linhas de ação.

2.1. Capacitação para Elaboração da Avaliação Ambiental pelos Proponentes

Para que os impactos positivos e negativos sejam conhecidos, e as medidas potencializadoras ou mitigadoras, respectivamente, sejam recomendadas e acompanhadas de forma adequada, os responsáveis pelos subprojetos (proponentes e técnicos) receberão embasamento através de programas de educação ambiental, incluindo capacitação em avaliação e legislação ambiental. O programa de capacitação, a ser executado durante os dois primeiros anos de implementação do AquaBio, deverá necessariamente incluir orientações para a identificação dos impactos ambientais dos subprojetos, meios e mecanismos para avaliação e monitoramento, e legislação ambiental. Tal capacitação fará parte do programa de treinamento em elaboração de propostas de projetos a ser oferecido pelo AquaBio (inclusive pelos parceiros estaduais) nas três sub-bacias selecionadas. Os custos deste programa (aproximadamente US$ 200.000) foram devidamente incluídos nos custos do Sub-Componente 3.1.

2.2. Procedimentos de Avaliação Ambiental, Revisão e Aprovação dos Subprojetos

Para acessar os recursos disponíveis para as atividades demonstrativas do Sub-componente 2.1 os proponentes deverão elaborar propostas, as quais serão, obrigatoriamente, submetidas por pessoas jurídicas (ONGs, associações, colônias e cooperativas, ou mesmo prefeituras). A proposta deve conter um item específico onde deverão ser indicados os impactos ambientais esperados.

A Avaliação Ambiental é constituída por análises técnicas realizadas sobre uma atividade ou subprojeto proposto, a fim de pré-identificar os possíveis impactos ambientais, positivos ou negativos, que podem ser derivados da execução,

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propondo-se então as ações e/ou medidas para prevenir, amenizar e corrigir efeitos degradantes ao meio ambiente, bem como medidas para potencializar os impactos positivos das ações do subprojeto. Como já enfatizado anteriormente, os tipos de subprojetos previstos no AquaBio devem se caracterizar pelo impacto ambiental positivo, neutro ou baixo. Além disso, estes atuarão em áreas limitadas, dado os limites em recursos financeiros para investimentos, além do caráter demonstrativo dos subprojetos que serão apoiados. Por este motivo, os procedimentos de avaliação ambiental propostos são simplificados. A adoção destes procedimentos tem como pré-condição a capacitação para elaboração da avaliação ambiental descrita no item anterior.

Para o Projeto AquaBio a Avaliação Ambiental de Propostas de Subprojetos será conduzida em duas etapas:

Primeira etapa: Elaboração da Avaliação Ambiental dos Subprojetos pelos Proponentes

Para executar uma Avaliação Ambiental é necessário ter uma clara definição dos procedimentos propostos no subprojeto: O que se pretende fazer? Onde? Que tipo de materiais, trabalhos e/ou recursos estarão envolvidos? Que maneiras diferentes existem para executá-los? Quais são as características ambientais da área, descrevendo: a existência de corpos d'água (cano, rio, lago ou lagoa); os tipos de animais e de vegetação (florestas, pastagens, arbustos ou árvores); a existência de áreas protegidas (incluindo áreas de preservação permanente); e a distância da área de influência do subprojeto com relação a sítios ecológicos, históricos, arqueológicos ou fisiográficos únicos que poderiam ser afetados.

Com o embasamento proporcionado pela capacitação oferecida pelo Projeto, caberá ao proponente descrever os impactos ambientais esperados, classificando-os como positivo, negativo, ou neutro. Dependendo do tipo de proposta, pode ser necessário refinar a classificação de maneira a caracterizar os impactos com um maior grau de detalhamento, informando se os mesmo seriam diretos/indiretos, reversíveis/irreversíveis, locais/regionais, temporários/permanentes/periódicos. Além disso, e também dependendo da natureza e característica de cada caso em particular, se recomenda determinar o nível dos impactos identificados (por exemplo: impacto não significativo, moderado ou significativo).

Uma vez identificados os impactos ambientais negativos, é necessário definir as respectivas medidas de mitigação (incluindo seus respectivos custos), e incorporar as medidas mitigadoras, indicadores de monitoramento e seus custos, ao subprojeto. Para orientar o proponente na identificação dos impactos ambientais, de medidas mitigadoras e de indicadores, este anexo inclui vários exemplos no Apêndice 1, para diferentes modalidades de subprojetos.

Sempre que for possível, deve-se quantificar os indicadores (exemplos: quantidade de solo a ser perdido e o grau de erosão que poderá ocorrer; quantidade de defensivos agrícolas e potencial de poluição de cursos d’água). No caso de subprojetos com impactos ambientais positivos, esses também necessitam ser monitorados, com indicadores adequados. Esses impactos ambientais positivos normalmente confundem-se com o(s) objetivo(s) do subprojeto (por exemplo, um subprojeto que envolva a recuperação de matas ciliares, um impacto positivo no meio ambiente, teria como indicador o número de hectares de mata ciliar reflorestada/recuperada).

Por último, o proponente deve apresentar os resultados da avaliação de maneira que a análise das possíveis conseqüências ambientais das ações propostas sejam utilizadas no processo de gestão do subprojeto, incorporando no mesmo as medidas de conservação da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos, objetivo do AquaBio.

Segunda etapa: Análise da Avaliação Ambiental dos Subprojetos

Durante o processo de seleção dos subprojetos, a equipe responsável por essa atividade (composta por técnicos capacitados da UCP, parceiros estaduais - incluindo representante do órgão ambiental estadual, e de representantes do setor acadêmico) deverá elaborar parecer analisando, em um item específico, a avaliação ambiental apresentada pelos proponentes, classificando a proposta em uma das duas categorias descritas abaixo:

• Categoria I: Subprojetos nos quais não são previstos efeitos adversos ao meio ambiente, não requerendo, portanto, medidas de mitigação.

• Categoria II: Subprojetos nos quais são previstas possibilidades de impactos ambientais negativos localizados e/ou temporários, e que podem ser evitados ou mitigados com ações específicas do proponente, especificadas no Plano de Gestão Ambiental do Subprojeto.

Dependendo da qualidade da avaliação apresentada pelo proponente e das recomendações propostas pela equipe responsável pela avaliação ambiental, o subprojeto poderá ser aprovado, reprovado, ou devolvido ao proponente para a

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complementação de informações nesse quesito. Além do parecer, a equipe técnica responsável deverá preencher o Formulário de Avaliação Ambiental constante no Apêndice 2 deste anexo.

Subprojetos enquadrados na Categoria I, uma vez aprovados pela equipe responsável pela Avaliação Ambiental, estarão automaticamente pré-selecionados do ponto de vista de atender aos requisitos ambientais. No caso de subprojetos enquadrados na Categoria II a pré-seleção será condicionada ao referendo do Comitê Local do Projeto. Este comitê deverá ainda assegurar que o subprojeto identificou adequadamente os impactos ambientais e propôs as medidas de mitigação necessárias no Plano de Gestão Ambiental, assessorado por técnicos do AquaBio.

Tendo em vista o objetivo do Projeto AquaBio, sua característica de ser um projeto piloto, e a pequena escala das atividades a serem apoiadas, é pouco provável que sejam propostos subprojetos que causem efeitos adversos significativos ao meio ambiente, ainda que passíveis de reversão. Contudo, existe um risco de que subprojetos mal administrados que venham a atuar, por exemplo, na diversificação da agricultura, agro-processamento e aqüicultura, produzam impactos negativos relevantes a nível local. Tais subprojetos, caso sejam apresentados e apoiados pelo AquaBio, deverão passar por avaliação ambiental rigorosa para salvaguardar prejuízos ao meio ambiente.

A qualidade técnica dessas propostas e a qualificação do pessoal responsável pela execução deverão ser objeto de análise criteriosa, assim como o detalhamento da natureza e do alcance de medidas de mitigação adotadas no Plano de Gestão Ambiental do Subprojeto. Caso haja necessidade, por indicação da equipe responsável pela avaliação ambiental, pode-se contratar/disponibilizar assessoria especializada para fazer estudos específicos sobre aspectos críticos identificados e da viabilidade ambiental. Tais subprojetos deverão, necessariamente, atender a legislação ambiental vigente, e deverão, ainda, obter o referendo do Comitê Estadual do Projeto e da UCP. Caso algum subprojeto necessite de Licenciamento Ambiental, a obtenção do mesmo será de responsabilidade do proponente. O Apêndice 3 deste anexo apresenta uma lista ilustrativa de propostas de subprojetos que poderiam ser incluídos nas categorias acima descritas.

Cabe ressaltar que quando um subprojeto envolver atividades enquadradas em mais de uma das duas categorias mencionadas acima, este será necessariamente classificado com pertencendo à Categoria II. Conforme mencionado anteriormente, um subprojeto classificado na Categoria I não necessita de medidas de recuperação ambiental, pois o mesmo já é, por conseqüência, um subprojeto de recuperação e/ou conservação dos recursos naturais. Para os subprojetos classificados na Categoria II, o proponente deverá propor medidas de mitigação e/ou prevenção, parte integrante do subprojeto e orçada nos recursos pleiteados.

Controle do Uso de Pesticidas ou Herbicidas

A necessidade de uso de pesticidas ou herbicidas nos subprojetos deverá ser indicada na ficha de avaliação ambiental de cada subprojeto, bem como as medidas de manejo integrado de pragas (IPM) adotadas pelo subprojeto. Quando o uso de pesticidas ou herbicidas for justificado, a ficha de análise ambiental deverá incluir uma análise do potencial de impactos negativos originados pelo uso dessas substâncias, bem como dos riscos associados ao manuseio ou estocagem inadequados das suas embalagens. Além disso, o Plano de Gestão Ambiental do subprojeto deverá incluir medidas (de acordo com a Lei 7802/89) para reduzir esses riscos.

Para os subprojetos, o uso dessas substâncias, quando necessário, deverá se restringir aos produtos de menor toxicidade enquadrados na Classe IV do Decreto 98.816/90, que equivalem aos produtos classificados como “U” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na eventualidade de que produtos da classe “U” não sejam disponíveis para os fins necessários, a UCP poderá autorizar o uso de produtos enquadrados na classe III da OMS.

2.3. Restrições em Casos de Áreas Protegidas

Quando um subprojeto estiver localizado dentro de áreas protegidas (ou de áreas propostas para proteção), as instalações ou atividades agropecuárias, florestais, comerciais, industriais ou turísticas propostas deverão seguir necessariamente às seguintes condições:

• Estar localizado fora de unidades de conservação de preservação permanente, ou seja, zonas restritas de Parques Nacionais, Reservas, dentre outros.

• As atividades propostas deverão ser compatíveis com os usos previstos no Plano de Manejo da área protegida, ou na ausência deste, com a legislação de criação da mesma. A agência ambiental competente deverá ser contatada para fornecer as autorizações e orientações necessárias.

No caso do subprojeto proposto estar localizado na zona de entorno de unidades de conservação de proteção permanente, recomenda-se limitar as atividades propostas aos seguinte tipos:

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• Agricultura de conservação (sejam cultivos ou atividades extrativistas).• Plantações florestais, preferencialmente com espécies nativas ou reflorestamentos em áreas já desmatadas.• Ecoturismo.• Outras atividades agroflorestais sustentáveis.

2.4. Assistência Técnica

Assistência Técnica será disponibilizada pelo Projeto (inclusive pelos parceiros estaduais). Esta assistência técnica específica poderá ser realizada com a contratação (de curta duração) de um perito em meio ambiente para apoiar os proponentes. Tal consultor poderá também ser responsável: pela capacitação dos técnicos do Projeto em avaliação e monitoramento de impactos ambientais, e pela revisão das propostas para identificar possíveis impactos ambientais não previamente identificados, recomendando medidas mitigadoras. Por fim, o consultor poderá elaborar um manual para a avaliação e o monitoramento de impactos ambientais, a ser adotado por todos os subprojetos apoiados pelo AquaBio. Suplementarmente, é possível que os proponentes busquem apoio especializado em avaliação ambiental (existem várias ONGs com técnicos capacitados atuando nas áreas de interesse do AquaBio e que poderiam colaborar na elaboração da avaliação ambiental). Os custos desta consultoria para assistência técnica (aproximadamente US$ 40.000) foram devidamente incluídos nos custos do Sub-Componente 4.1.

2.5. Monitoramento e Avaliação

Uma vez aprovado o subprojeto, este passará a ser monitorado periodicamente para verificar seu andamento. O monitoramento do impacto ambiental e das medidas mitigadoras (no caso daqueles com impactos ambientais negativos) será atribuição da UCP, apoiada pelos parceiros estaduais.

O monitoramento do impacto ambiental deverá ocorrer concomitantemente ao monitoramento da execução físico-financeira e técnica dos subprojetos. O monitoramento do impacto ambiental executado durante a implantação do subprojeto permitirá verificar se as medidas de recuperação e conservação ambiental estão sendo executadas satisfatoriamente, e caso haja necessidade, será possível tomar medidas em tempo hábil para corrigir eventuais problemas identificados.

Para a avaliação do impacto ambiental global de vários subprojetos apoiados pelo AquaBio, estão previstas ações no Componente 4. Os custos de monitoramento dos impactos ambientais foi devidamente incluído nos custos do Componente 4.

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Apêndice 1 - Impactos e Ações para a Mitigação e Monitoramento e Impactos Ambientais

Subprojetos voltados para extrativismo vegetal (palmito, açaí, piaçava, castanha etc.).

Impactos (negativos ou positivos) Ações Mitigadoras Indicadores de Monitoramento- Aumento da coleta. - Estabelecimento de estratégias para melhorar o aproveitamento.

- Diversificação dos produtos coletados na área.- Melhoria do sistema de estocagem.

- Controle do material não-aproveitado.

Subprojetos voltados para recuperação e conservação de matas ciliares.

Impactos (negativos ou positivos) Ações Mitigadoras Indicadores de Monitoramento- Introdução de espécies que não ocorrem na área. - Formação de mudas de espécies nativas - Inventário florestal de áreas próximas.- Diminuição do assoreamento de corpos d’água. - Monitoramento da qualidade da água (sólidos em

suspensão).- Monitoramento da profundidade do corpo d’água.

- Aumento da abundância de peixes insetívoros e frugívoros.

- Pescarias experimentais.

- Aumento de animais característicos de áreas florestadas.

- Censo faunístico.- Monitoramento biológico do livre movimento da fauna silvestre.

Subprojetos voltados para práticas aprimoradas de manejo sustentável de terras para uso agropecuário.

Impactos (negativos ou positivos) Ações Mitigadoras Indicadores de Monitoramento- Melhoria das características do solo cultivável. - Diminuição da área desmatada para agricultura.- Maior aproveitamento das áreas de pastagem. - Aumento da produção de gado comparada à

diminuição da área de pastagem.- Diminuição da erosão dos solos. - Diminuição de áreas abandonadas pela atividade

agropecuária.

Subprojetos voltados para manejo de animais aquáticos

Impactos (negativos ou positivos) Ações Mitigadoras Indicadores de Monitoramento- Diminuição da pressão de caça sobre quelônios e jacarés.

- Plano de manejo implementado.

- Aumento das populações de animais ameaçados. - Censo faunístico.- Diminuição da pressão de caça em unidades conservação de proteção integral.

- Fiscalização.

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Subprojetos voltados para aqüicultura.

Possíveis Impactos (negativos e positivos) Ações Mitigadoras Indicadores de Monitoramento- Aumento de resíduos orgânicos em igarapés. - Redução da quantidade de ração. - Monitoramento da qualidade da água.- Introdução de indivíduos com baixa variabilidade genética no ambiente natural.

- Utilização de várias matrizes para produção de alevinos. - Conhecimento da procedência dos alevinos.

- Introdução de parasitas/doenças no ambiente natural. - Profilaxia dos organismos aquáticos utilizados na aqüicultura. - Controle de parasitas e doenças.- Introdução involuntária de espécies que não ocorrem na área.

- Criação de espécies com ocorrência comprovada na área. - Monitoramento da captura comercial.

- Diminuição da pressão de pesca sobre a espécie ou grupo de espécies.

- Monitoramento do esforço de pesca.- Acompanhamento da comercialização do pescado capturado em comparação com o cultivado.

Subprojetos voltados para ecoturismo.

Impactos (negativos ou positivos) Ações Mitigadoras Indicadores de Monitoramento- Limpeza do terreno para implantação de trilhas e áreas para acampamento na mata.

- Retirada apenas da vegetação arbustiva. - Limpeza periódica da trilha/acampamento.

- Aumento do risco de incêndios em áreas de mata. - Adequação de áreas para fazer fogueiras.- Orientação aos turistas e operadores de ecoturismo.

- Identificação/controle de focos de incêndios em áreas destinadas ao ecoturismo.

- Aumento de lixo orgânico e inorgânico nas trilhas e acampamentos.

- Orientação para turistas e operadores.- Estabelecimento de recipientes fechados para estocagem temporária de lixo.

- Retirada periódica do lixo.

- Diminuição da fauna do local. - Estabelecimento de estratégias para manutenção da fauna no local.

- Censo faunístico.- Monitoramento biol6gico do movimento da fauna silvestre.

- Diminuição da atividade de caça. - Censo faunístico.- Monitoramento biológico do movimento da fauna silvestre.

- Conservação dos ecossistemas de interesse do ecoturismo.

- Censo faunístico.- Monitoramento biológico do movimento da fauna silvestre.

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Apêndice 2 - Formulário para Avaliação Ambiental de Proposta de Subprojeto

Este formulário deverá ser preenchido para todas as propostas de subprojetos avaliados pela equipe técnica do AquaBio. Subprojetos enquadrados na Categoria I, uma vez aprovados pela equipe responsável pela Avaliação Ambiental, estarão automaticamente pré-selecionados do ponto de vista de atender aos requisitos ambientais. No caso de subprojetos enquadrados na Categoria II, a pré-seleção será condicionada ao referendo do Comitê Local do Projeto. Este comitê deverá ainda assegurar que o subprojeto identificou adequadamente os impactos ambientais e propôs as medidas de mitigação necessárias. O formulário preenchido deverá acompanhar, obrigatoriamente, as propostas, quando submetidas à Comitê Local do Projeto e demais instâncias de acompanhamento do Projeto.

A - Classificação e Tipo do rojeto:

1) Quanto à classificação: ( ) I ( ) II

2) Quanto ao tamanho: ( ) até US$ 30.000,00 ( ) até US$ 70.000,00

3) Quanto ao tipo (ecoturismo, pesca, aquicultura, extrativismo vegetal, agricultura etc.):________________________________________________________________________________________________

B - Área de abrangência:

Sub-bacia: _____________________________________________________________________________________________Rio:__________________________________________________________________________________________________Município:_________________________________________________________________________________________Comunidade:_____________________________________________________________________________________________

C - Responsável pela proposta:__________________________________________________________________________

D. Impactos do subprojeto em relação à:

1) Terras agrícolas:

1a) O subprojeto melhorará as condições químicas, físicas e biológicasdas terras cultiváveis? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

l b) O subprojeto poderá degradar terras cultiváveis? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

2) Erosão do solo:

2a) O subprojeto contribuirá no controle das perdas de solo por erosão? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

2b) O subprojeto direta ou indiretamente poderá aumentar as perdas dosolo por erosão? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

2c) O subprojeto contribuirá para diminuir o assoreamento dos rios? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

3) Conservação dos recursos hídricos:

3a) O subprojeto ajudará a aumentar ou manter o fornecimento de águadisponível como, por exemplo, pelo incremento das condições de vazão,proteção de mananciais etc.? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

3b) O subprojeto aumentará a demanda ou causará perdas de água de superfície,direta ou indiretamente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

3c) O subprojeto provocará descargas adicionais por interferência antrópicanas águas de superfície? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

4) Unidades de conservação e/ou terras indígenas:

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4a) O subprojeto contribuirá para a proteção do entorno de Unidades deConservação e/ou Terras Indígenas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

4b) O subprojeto terá algum impacto negativo sobre Unidades deConservação e/ou Terras Indígenas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

5) Ecossistema aquático:

5a) Algum ecossistema aquático natural, listado abaixo, pode ser considerado importante ou único, pelo seu tamanho, abundância ou tipo, e poderá ser afetado pelo subprojeto?Rios: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIgarapés: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoLagos: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoVárzea: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIgapó: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

5b) Estes ecossistemas são:Conservados: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoPouco degradados: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoMuito degradados: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

5c) Estes ecossistemas são usados pela população local para:Abastecimento de água: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoCriação de animais: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIrrigação: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoRecreação (banho): ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDescarga de resíduos: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoTransporte: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoPesca: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAgricultura: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

5d) O subprojeto afetará diretamente o uso de água para consumo?( ) Sim, de forma positiva ( ) Sim, de forma negativa ( ) Não ( ) Desconhecido

5e) O subprojeto poderá afetar direta ou indiretamente a água destes ecossistemas para consumo ou não, no que se refere à:Uso de produtos tóxicos: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDescarga de resíduos orgânicos: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAumento da erosão: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAssoreamento: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoImpedimento da navegação: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAumento da população levando a maior degradação dos ecossistemas: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

6) Outros ecossistemas:

6a) Alguns dos ecossistemas listados abaixo poderão ser impactados pelo subprojeto:Floresta: ( ) Sim, de forma positiva ( ) Sim, de forma negativa ( ) Não ( ) DesconhecidoCerrado: ( ) Sim, de forma positiva ( ) Sim, de forma negativa ( ) Não ( ) DesconhecidoCampinarana: ( ) Sim, de forma positiva ( ) Sim, de forma negativa ( ) Não ( ) DesconhecidoOutro? ( ) Sim, de forma positiva ( ) Sim, de forma negativa ( ) Não ( ) DesconhecidoInformar outro:__________________________________________________________________________________

6b) Estes ecossistemas são:Conservados: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoPouco degradados: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoMuito degradados: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

6c) Estes ecossistemas são usados pela população local para:Agricultura e pecuária: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

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Criação de animais: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoRefúgio da fauna: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoExtrativismo vegetal: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

6d) O subprojeto afetará o ecossistema, direta ou indiretamente, por meio de:Mudança no uso da terra pelo aumento da drenagem? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoUso de matéria-prima do ecossistema? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDiminuição do uso de produtos do ecossistema, produzindoou fornecendo material substituto? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAumento de população na área causando maior degradaçãodos ecossistemas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

7) Recursos pesqueiros:

7a) O subprojeto contribuirá para a conservação dos recursospesqueiros? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

7b) O subprojeto contribuirá para a proteção de algumaespécie de peixe ou grupo de espécies? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

7c) O subrojeto contribuirá para aumentar o esforçode pesca? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

8) Recursos da fauna:

8a) O subprojeto contribuirá para a conservação de algumaespécie da fauna ou grupo de espécies? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

8b) O subprojeto poderá interferir na área de distribuiçãode alguma espécie da fauna? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

9) Espécies ameaçadas:

9a) Existem espécies animais e/ou vegetais ameaçadasna área do subprojeto? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

9b) Estas espécies são:De interesse cientifico: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDe interesse comercial: ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

9c) O subprojeto afetará o habitat destas espécies:Diretamente destruindo estes habitats: ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDiretamente recuperando/conservando estes habitats ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoIndiretamente alterando estes habitats (drenagem, uso dosolo, desmatamento, etc.): ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

10) Espécies invasoras (plantas ou animais):

10a) Existe atualmente, algum problema com espéciesinvasoras na área do subprojeto? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoSe afirmativo, informar a(s) espécie(s): _______________________________________________________________

10b) Existe alguma espécie invasora, em potencial,conhecida na área do subprojeto? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoSe afirmativo, informar a(s) espécie(s): _______________________________________________________________

l0c) O subprojeto poderá:Aumentar o habitat das espécies invasoras? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDiminuir o habitat das espécies invasoras? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoFornecer oportunidade de controle das espécies invasoras? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

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Aumentar a possibilidade da introdução de espécies invasoras? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

11) Pragas

11a) Existem problemas de praga dentro da área do subprojeto? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

11b) Existem espécies dentro da área do subprojeto que,alterando as condições ecológicas, possuem potencial parase tornar pragas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

11c) Estas pragas estão associadas a:Solo degradado? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoMonocultura? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoUso incorreto de inseticidas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

11d) O subprojeto irá:Aumentar o habitat das pragas? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDiminuir o habitat das pragas? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoAumentar a possibilidade de introdução de outras pragas? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDar oportunidade para controle das pragas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

12) Transmissores de doenças

12a) Existem problemas de doenças transmitidas porespécies vetores como mosquitos, moscas, etc. na áreado subprojeto? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

12b) As espécies estão associadas com:Habitats aquáticos? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoRestos vegetais? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoOcupação humana? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDejetos animais? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

12c) O subprojeto irá:Favorecer o hábitat do vetor? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoReduzir o hábitat do vetor? ( ) Sim ( ) Não ( ) DesconhecidoDar oportunidade de controle do vetor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

13) Fontes convencionais e não-convencionais de energia?

13a) O subprojeto aumentará a demanda por fontes convencionais de energia (petróleo, hidrelétrica, etc.)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

13b) O subprojeto aumentará a demanda de fontes não-convencionais de energia (madeira, esterco,resíduos agrícolas, energia solar, etc.)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

14. Recursos naturais/uso da terra:

14a) Os recursos naturais estão sendo usados intensamentena área do subprojeto? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

14b) O uso e aptidão do solo na área do subprojetosão compatíveis? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

14c) O subprojeto aumentará a intensidade de uso dosrecursos naturais (solos, floresta, água)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

14d) O subprojeto contribuirá para o aumento da coletade algum recurso natural? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconhecido

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Apêndice 3 - Categorização Ambiental das Atividades Demonstrativas

De maneira preliminar, e sujeitas à revisão periódica durante a execução do Projeto, as propostas de subprojetos identificadas até o momento poderiam ser incluídas nas seguintes categorias:

Categoria I

Subprojetos nos quais não são previstos efeitos adversos significativos ao meio ambiente, não requerendo, em conseqüência, medidas de mitigação ambiental. A seguir são listados exemplos de temas de alguns subprojetos que poderão ser financiados pelo AquaBio em, pelo menos, uma das sub-bacias selecionadas.

• Gestão compartilhada de recursos aquáticos, visando à resolução de conflitos pelo acesso e uso sustentável de recursos pesqueiros.

• Recuperação e conservação de matas ciliares.• Produção familiar de horticultura, pequenos animais, apicultura, artesanato, essências, plantas medicinais.• Integração das comunidades na atividade turística em geral.

Categoria II

Subprojetos nos quais se tem a previsão de ocorrência de impactos ambientais baixos ou moderados, que podem ser mitigados. Aqui é necessária a identificação dos possíveis impactos ambientais e uma descrição das medidas de mitigação incorporadas no plano de execução da atividade.

• Ecoturismo.• Melhoramento do extrativismo e beneficiamento em pequena escala (palmito, piaçava, castanha, açaí).• Estação de triagem de peixes ornamentais.• Aqüicultura para consumo e ornamentação.• Manejo de espécies aquáticas visando à comercialização.• Práticas aprimoradas de manejo sustentável de terras para uso agropecuário.• Aproveitamento florestal de produtos madeireiros e não madeireiros, com Plano de Manejo aprovado pela

instituição competente (IBAMA, IPAAM, SECTAM, SEMA, etc.).• Aprimoramento de técnicas de aproveitamento/reciclagem de madeira para trabalhos artesanais.

Cabe mencionar que a categorização ambiental proposta é somente uma orientação para julgar os subprojetos apresentados sem perder de vista suas características e méritos próprios. As atividades de capacitação e assistência técnica em avaliação ambiental irão contribuir para melhorar substancialmente o entendimento dos proponentes e técnicos sobre o significado das Categorias I e II.

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MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXO III - ESTRATÉGIA INDÍGENA

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Sumário Executivo

O Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia tem por objetivo apoiar a adoção de uma abordagem participativa de manejo integrado dos recursos aquáticos nas políticas públicas e programas da Bacia Amazônica, visando a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática. Os resultados do Projeto serão atingidos por meio da implementação de Planos de Ação para o manejo integrado em três áreas demonstrativas localizadas (i) no médio-baixo Rio Negro, (ii) nas cabeceiras do Rio Xingu, e (iii) no baixo Rio Tocantins, à jusante da UHE Tucuruí.

O Projeto irá envolver atores locais, incluindo povos indígenas, principalmente em treinamentos e capacitações com o objetivo de permitir uma participação efetiva nos fóruns locais que o Projeto pretende criar ou apoiar, e possivelmente em algumas das atividades demonstrativas (subprojetos que serão apoiados pelo AquaBio). Espera-se, ainda, a participação de representantes indígenas nos comitês de acompanhamento do Projeto voltados para o planejamento e para a elaboração de políticas públicas, bem como a participação em atividades de monitoramento e avaliação. Povos indígenas estão presentes nas áreas demonstrativas dos rios Negro e Xingu e ausentes na área do Rio Tocantins.

O Projeto não irá gerar impactos negativos em povos indígenas. Ao contrário, estes grupos são percebidos como um segmento importante entre os atores sociais com alto potencial para se beneficiarem das atividades do Projeto.

A preparação do Projeto incluiu várias consultas envolvendo povos indígenas nas áreas demonstrativas dos rios Negro e Xingu, e como detalhado abaixo, participantes indígenas expressaram preocupações com as ameaças aos recursos aquáticos e hídricos que utilizam, e de uma maneira geral demonstraram interesse em participar do Projeto. Como o AquaBio é considerado um “projeto processo”, nem todos os arranjos são conhecidos a priori. Mesmo assim, este anexo descreve a estratégia que o Projeto irá seguir para envolver e trabalhar efetivamente com os povos indígenas.

Povos Indígenas na Área Demonstrativa do Baixo-Médio Rio Negro

A maioria dos povos indígenas que vivem no baixo-médio Rio Negro migrou do alto Rio Negro durante os séculos XIX e XX, sendo que até hoje estes mantêm forte relação com os grupos do alto Rio Negro, particularmente por meio da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).

Existem 24 comunidades indígenas ribeirinhas na área demonstrativa do Rio Negro. Estas comunidades estão distribuídas ao longo do canal principal do rio e em alguns de seus tributários. A maioria dessas comunidades é constituída por indivíduos de etnias variadas e formadas por menos de 100 pessoas. A população total dessas 24 comunidades é estimada em cerca de 1.300 indígenas, principalmente dos grupos Baré, Baníwa e Tukano, além de membros das etnias Arapaso, Pirá-Tapuia, Tariana, Macuxi, Dessana, Curipako, Kuruáia, Tuiuku, e Maku-Nadeb. Todos falam português e alguns são também fluentes em suas línguas indígenas.

Essas comunidades praticam predominantemente agricultura de subsistência e pescarias em rios, lagos e igarapés, tendo algumas pequenas criações de galinhas e porcos. A caça é também uma atividade realizada ocasionalmente, assim como a coleta de produtos não florestais como a castanha do Pará e a piaçava. A farinha de mandioca é o principal produto agrícola, mas plantam também batata-doce e frutas tais como abacaxi, banana, caju e cupuaçu. A maioria das comunidades pratica atividades extrativistas como fonte de renda, sendo a coleta de castanha predominante na parte Sul da bacia (embora em declínio devido aos preços baixos) e a coleta de piaçava (para a fabricação de vassouras) a principal atividade na parte Norte da bacia. Algumas famílias também obtêm renda a partir da comercialização de farinha de mandioca, pequenas quantidades de pescado, bananas e outras frutas, e umas poucas se dedicam à captura e comercialização de peixes ornamentais. Encontrar alternativas de renda é uma grande preocupação para essas comunidades.

Situação Fundiária : Nenhuma das 24 comunidades indígenas ribeirinhas na área demonstrativa do baixo-médio Rio Negro ocupa áreas regularizadas. Entretanto, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) iniciou atividades voltadas para a regularização de seis terras indígenas que irão incluir a maioria dessas comunidades, trabalho que vem sendo apoiado pelo Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal (PPTAL).8 No caso do baixo Rio Negro, a FUNAI já tem o primeiro estudo necessário para a identificação de grupos indígenas (Romcy 2003).

8 Embora a contribuição financeira do Banco Mundial para o PPTAL tenha se encerrado no final de 2005, o apoio financeiro da Alemanha, com um saldo de aproximadamente 5 milhões de dólares, irá continuar pelo menos até 2008. A FUNAI participa de outros projetos GEF do Banco Mundial e do PPG7 que proporcionam apoio direto e indireto para diagnósticos sócio-econômicos, treinamentos, e regularização fundiária, como por exemplo os projetos ARPA e PDPI.

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As comunidades indígenas do médio-baixo Rio Negro têm dois grandes desafios pela frente. O primeiro refere-se à luta que começou nos anos 70 quando as comunidades começaram a reconhecer sua identidade indígena e começaram a enfrentar o preconceito racial contra as populações indígenas. O segundo desafio corresponde aos impactos adversos do aumento da comercialização e mesmo da sobre-exploração dos recursos naturais dos quais dependem, como os pescados e outros produtos oriundos da atividade extrativista.

Nos anos 90 duas associações indígenas foram constituídas, a Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN) que representa 21 comunidades ribeirinhas, e a Associação Indígena de Barcelos (ASIBA), ambas filiadas à Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).

Povos Indígenas na Área Demonstrativa das Cabeceiras do Rio Xingu

Os indígenas da área demonstrativa das cabeceiras do Rio Xingu dividem-se em dois grandes grupos, os Xinguanos e os Xavantes. “Xinguanos” é um termo genérico usado para se referir às 14 etnias que vivem dentro do Parque Indígena do Xingu (PIX9), cuja maior parte da extensão está fora da área demonstrativa do AquaBio. Já os Xavantes vivem em duas terras indígenas: Pimentel Barbosa e Areões.

Situação Fundiária : O PIX compreende uma área de 2,8 milhões de hectares e foi regularizado como terra indígena em 1961. Além do PIX, e também parcialmente contida na área demonstrativa do Projeto nas cabeceiras do Xingu, está a Terra Indígena Pimentel Barbosa (329 mil hectares, regularizada em 1986). Por fim, a Terra Indígena Areões (219 mil hectares, regularizada em 1996), está totalmente incluída na área demonstrativa do Projeto.

O PIX tem uma população de aproximadamente 4.700 indivíduos vivendo em 49 comunidades e pertencendo às etnias Aweti, Kalapalo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinaku, Nahukwá, Trumái, Waurá, Yawalapiti, Ikpeng, Kaiabi, Suiá e Yudja. Em sua grande maioria (exceto, até certo ponto, para os Ikpeng, Kaiabi, Suiá e Yudja, que estão a menos tempo no Parque), os grupos étnicos do PIX vêm se mesclando por meio de casamentos e outras formas, a tal ponto que hoje em dia são considerados “Xinguanos” e compartilham numerosos traços culturais. Atividades de subsistência são a pesca e a agricultura itinerante. A pesca é praticada tanto individualmente quanto em grupos e usando uma variedade de métodos, inclusive timbó. No caso da agricultura, a principal cultura é a mandioca, mas que também inclui o plantio de milho, abóbora, melancia e mamão para consumo, urucum e fumo para fins rituais, e cabaça e algodão para fins artesanais. A caça de aves e pequenos animais bem como as coletas de frutas e outros produtos silvestres (mel, formigas, ovos de quelônios e lenha) são também importantes, mas secundários. Artefatos, tais como cerâmicas, cestarias e bijuterias feitas com contas e miçangas contribuem com parte da renda.

A Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX) foi constituída em 1994 com o objetivo de representar os interesses de todas as etnias do PIX. A ATIX recebe assistência técnica e apoio de várias ONGs, incluindo o Instituto Socioambiental (ISA), o qual tem um programa voltado para o desenvolvimento sustentável e proteção, em parceria com a ATIX, e que já dura vários anos. A Associação é dominada por lideranças jovens e ocasionalmente ocorrem situações conflituosas com as lideranças tradicionais, constituídas por indivíduos mais velhos. Dessa maneira, para efetivamente trabalhar com os povos indígenas do Xingu, o Projeto deve se esforçar para interagir com ambos os tipos de lideranças Xinguanas. Mais recentemente, uma outra entidade indígena foi constituída, o Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu (IPEAX). A maioria dos Xinguanos fala fluentemente o Português.

Os Xavantes ocupam a região de transição entre as florestas e os cerrados do Brasil Central do Leste do Mato Grosso pelo menos desde a metade dos anos 1800, e a população dessa etnia no estado, estimada hoje em cerca de 9.700 indivíduos, está localizada primariamente ao longo dos rios das Mortes, Culuene, Couto Magalhães, Botovi e Garças. Durante o Século XIX os Xavantes, na tentativa de evitar contato com o homem branco, buscaram se infiltrar cada vez mais para o interior. Mas por volta dos anos 1940 a expansão da fronteira voltou a encontrá-los. Nos anos de 1970 a FUNAI implementou junto aos Xavantes um grande projeto para o cultivo mecanizado de arroz, voltado para consumo próprio e para a comercialização, e que causou considerável degradação ambiental e problemas nutricionais devido a mudanças na dieta alimentar. O projeto não teve êxito e foi abandonado devido, entre outros fatores, aos baixos preços do produto. A população Xavante dentro da área de interesse do AquaBio, nas terras indígenas Pimentel Barbosa e Areões, é estimada em cerca de 1.400 indígenas. Tradicionalmente, este povo dedicava-se predominante à caça e secundariamente à pesca e à coleta de produtos silvestres.

Os Xavantes se tornaram conhecidos nas últimas décadas pelo ativismo político, principalmente voltado para o reconhecimento de seu território tradicional. Eles formam associações normalmente representando aldeias específicas. O maior desafio para o Projeto, no que diz respeito a esta etnia, será o de trabalhar ao nível das lideranças das aldeias.

9 Os termos “parque” e “reserva” eram comumente usados no passado para se referir a terras indígenas. Nas últimas décadas o termo “terra indígena” passou a ser adotado. Entretanto, a Terra Indígena Parque do Xingu é ainda citada como Parque Indígena do Xingu.

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Considerando a estrutura social do tipo clã, é recomendável que o Projeto trabalhe sempre com dois representantes de cada aldeia. Uma vez que, ao que tudo indica, parte da área de atuação do AquaBio está incluída dentro da área de reivindicação territorial de alguns grupos Xavante, um outro desafio para o Projeto será o de trabalhar com um registro diferente das reivindicações territoriais, mostrando as vantagens do monitoramento e do gerenciamento dos recursos pesqueiros numa região cujos recursos naturais foram depauperados pela agricultura e pecuária.

Questões Legais

Após séculos de legislação de caráter tutelar alternada por legislação de caráter integracionista, a Constituição Brasileira de 1988 forneceu uma base sólida para o reconhecimento pelo Estado do direito dos povos indígenas a uma existência diferenciada, além do direito de usufruto perpétuo das terras tradicionalmente ocupadas por eles. A Constituição também protege os costumes e tradições indígenas, tanto quanto seus direitos exclusivos para o uso dos recursos naturais terrestres e aquáticos em suas áreas tradicionais. Terras indígenas no Brasil, demarcadas ou não, pertencem à União.

Embora as terras indígenas não tenham sido explicitamente incluídas na recente legislação brasileira sobre unidades de conservação (SNUC), a Constituição Federal estabelece que o Estado tem a obrigação de proteger os recursos naturais em terras indígenas. O Estado também tem a responsabilidade de preservar a cultura indígena e prestar serviços educacionais de acordo com a cultura desses povos.

Participação Indígena no Projeto

Participação durante a Preparação : Em 2004 foram realizadas sete consultas com a sociedade civil, que incluíram representantes de povos indígenas, em Brasília e em vários locais do Amazonas e do Mato Grosso. Em 2005 ocorreu uma consulta pública em Canarana (Mato Grosso), que também envolveu a participação de organizações indígenas, e uma reunião com representantes de indígenas da área demonstrativa do Rio Negro em Manaus. Lideranças e membros de comunidades indígenas, associações e organizações indígenas e indigenistas participaram desses eventos, incluindo a Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX), o Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu (IPEAX), a Associação Indígena de Barcelos (ASIBA), a Federação de Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Também participaram ONGs como a Operação Amazônia Nativa (OPAN) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), bem como órgãos governamentais como a FUNAI, a Superintendência Estadual para Políticas Indígenas de Mato Grosso e a Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Estado do Amazonas (FEPI).

Preocupações dos Povos Indígenas : Em geral, representantes indígenas expressam numerosas preocupações relativas a ameaças sobre as águas e os recursos aquáticos, ressaltando-se, em particular, os impactos da sobre exploração dos recursos aquáticos e da contaminação ambiental sobre a saúde e a qualidade de vida de suas comunidades. No médio e baixo Rio Negro, a maior preocupação foi com relação aos efeitos negativos do aumento do uso comercial de recursos aquáticos (pesca comercial, coleta de peixes ornamentais e pesca esportiva) sobre as comunidades indígenas locais. Representantes da ASIBA expressaram grande interesse em capacitações para o monitoramento do impacto da pesca comercial. Na área do Rio Xingu, os indígenas se mostraram bastante preocupados com os efeitos adversos sobre o meio ambiente e a saúde, decorrentes das atividades humanas nas áreas das cabeceiras do rio, fora dos limites do PIX, mas que têm afetado o interior do Parque. Em resumo, os povos indígenas consultados durante a preparação do Projeto concordaram que o AquaBio enfoca preocupações que eles compartilham e que consideram importantes. Eles também concordaram em terem uma participação mais ativa nos esforços para o manejo sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos.

Participação Indígena no Projeto: Durante as consultas houve o consenso de que nas sub-bacias do Rio Negro e do Xingu todas as comunidades indígenas ribeirinhas localizadas dentro das áreas demonstrativas seriam elegíveis para todas as atividades do Projeto. Para a sub-bacia do Rio Xingu, os Xinguanos já expressaram forte interesse em participar ativamente no monitoramento e avaliação dos impactos do Projeto sobre a biodiversidade aquática e a qualidade da água.

Com relação ao Componente 1 (Planejamento e Políticas Públicas) é esperado que os povos indígenas participem nos Sub-componentes 1.1 e 1.2. No caso do primeiro sub-componente (Programas de Ação para as Sub-bacias), estes serão um dos grupos de atores envolvidos no desenvolvimento dos Programas de Ação para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos (PAs), com elaboração prevista para estar concluída no quinto ano do Projeto, a partir de um processo de construção envolvendo os vários atores locais relevantes. No caso do segundo sub-componente (Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos), este irá apoiar as discussões e a participação necessária para definir os arranjos institucionais e parcerias para o desenvolvimento e a implementação inicial dos PAs. Os tipos de atividades previstas nesses dois sub-componentes incluem, dentre outras, apoio para viagens

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e participação em eventos relacionados ao Projeto, tais como seminários, reuniões para a resolução de conflitos, e outros fóruns de discussão, além dos grupos e comitês locais que serão constituídos e/ou apoiados.

O componente de Projeto em que se espera maior envolvimento indígena é o Componente 3, Desenvolvimento de Capacidades. O objetivo deste componente é ajudar a preparar os atores, especialmente os locais (indivíduos e organizações governamentais e não-governamentais), para participarem e contribuírem ativamente e efetivamente na formulação, implementação e monitoramento das estratégias e programas de ação direcionados para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos aquáticos nas áreas de interesse do Projeto. As atividades incluem, dentre outras, apoio para treinamentos (por exemplo, em legislação indígena e ambiental, e técnicas para a resolução de conflitos), capacitações (por exemplo, em pesca sustentável e co-manejo de recursos naturais), educação ambiental e formação de parcerias. Dentro desse componente os povos indígenas, suas comunidades e organizações serão elegíveis para uma variedade de capacitações e atividades educacionais bem como para assistência a organizações indígenas em treinamentos específicos e assistência técnica. Por meio desse componente os atores locais, incluindo povos indígenas, serão empoderados por meio de nivelamento (i) do acesso e melhoria das informações e conhecimentos (ambientais, ecológicos, políticos, etc., via treinamentos, educação ambiental e outros meios), (ii) da habilidade de exercer seus direitos e responsabilidades de cidadão, e (iii) do fortalecimento das organizações locais, incluindo organizações indígenas, para a preparação e apoio para uma participação mais efetiva em debates públicos e nos fóruns que serão criados e/ou apoiados pelo Projeto.

Para assegurar o envolvimento, de maneira apropriada, das populações indígenas nas atividades de capacitação, o Projeto realizará diagnóstico de campo detalhado sobre as comunidades locais, buscando a colaboração tanto de entidades governamentais (como a FUNAI) quanto de organizações não-governamentais experientes (tais como o ISA e outras), de organizações indígenas como as associações mencionadas anteriormente, bem como de lideranças tradicionais. Será dada atenção a aspectos tais como: se os treinamentos devem se desenhados e realizados exclusivamente para populações indígenas ou se serão direcionados para vários tipos de audiência, qual será o idioma apropriado (provavelmente o Português, a menos que voltados especificamente para subgrupos sem a fluência necessária na língua nacional), o nível do material didático, e outras considerações, para assegurar o pleno aproveitamento das atividades de capacitação.

Os povos indígenas também poderão participar do Componente 2, Atividades Demonstrativas nas sub-bacias selecionadas10. O Componente 2 do AquaBio terá um pequeno número de atividades demonstrativas (estimado em 20-30 subprojetos) para testar novas tecnologias ou sistemas produtivos que incorporem a conservação da biodiversidade aquática nas atividades produtivas nas três sub-bacias de interesse do Projeto. Atividades possíveis podem incluir, dentre outras, (i) co-manejo de recursos aquáticos associados com a resolução de conflitos sobre acesso e uso sustentável dos recursos pesqueiros; (ii) manejo e uso sustentável de recursos pesqueiros ornamentais; (iii) atividades econômicas que apresentem alternativas a atividades predatórias ou que degradam o meio ambiente. Assistência técnica será oferecida para a preparação e implementação das atividades demonstrativas. Cabe enfatizar que o AquaBio não é um projeto voltado para a geração de renda e que os recursos destinados para atividades demonstrativas são bastante limitados. É esperado que atividades demonstrativas bem sucedidas sejam disseminadas com o aporte de novas contribuições financeiras e, possivelmente, por uma subseqüente fase do Projeto. Critérios de seleção para atividades demonstrativas – que serão desenvolvidos no primeiro ano do Projeto, juntamente com os diagnósticos detalhados – incluirão o critério principal do impacto potencial da atividade sobre a conservação dos recursos aquáticos, bem como a diversidade de tecnologias e metodologias a serem utilizadas, contrapartida disponível, e outros aspectos.

Também se espera que os povos indígenas participem do Componente 4 (Gestão, Monitoramento e Avaliação, e Disseminação da Informação) via representação no Comitê de Acompanhamento do Projeto (CONABIO) e nos comitês estaduais e locais. Discussões sobre a participação indígena nas atividades de monitoramento dos impactos do Projeto sobre a biodiversidade aquática dentro do PIX já foram iniciadas.

Arranjos Institucionais

Durante a implementação do Projeto, os atores indígenas serão representados no Comitê de Acompanhamento do Projeto (CONABIO) e também estarão representados nos comitês estaduais e nos comitês locais do AquaBio. Espera-se também que o Projeto estabeleça parcerias de trabalho com agências de governo, universidades, organizações indigenistas e indígenas, e com outras organizações da sociedade civil. Considerando que é um projeto processo, nem

10 Atividades demonstrativas adicionais a serem apoiadas com recursos de projetos identificados como fonte de co-financiamento para o AquaBio, como por exemplo o Projeto Corredores Ecológicos, provavelmente envolverão povos indígenas, uma vez que este irá apoiar atividades piloto nas áreas de interstício entre unidades de conservação e terras indígenas, sendo que poderá incluir comunidades indígenas que buscam a regularização de suas áreas como terras indígenas.

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todos os arranjos de implementação podem ser detalhados previamente, mas o Projeto está comprometido em trabalhar com as populações indígenas como um dos atores-chave dentre os muitos atores envolvidos no manejo integrado para a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos. O Ministério do Meio Ambiente também deverá negociar um instrumento de cooperação técnica com a FUNAI para facilitar a colaboração nas atividades do Projeto.

Monitoramento e Avaliação

O sistema de monitoramento e avaliação do Projeto será desenvolvido de maneira participativa em seminários que incluirão os atores locais e povos indígenas, os quais ocorrerão durante o primeiro ano do Projeto. Antecipa-se que os arranjos institucionais para o monitoramento e avaliação incluirão órgãos governamentais federais e estaduais, ONGs e associações locais, inclusive associações indígenas. Indicadores sociais serão desenvolvidos, incluindo aqueles especificamente voltados para avaliar a efetividade de atividades envolvendo povos indígenas, sendo que os povos indígenas do PIX já indicaram seu interesse na execução de atividades de monitoramentos da qualidade da água.

Bibliografia

Romcy, R. N. 2003. Relatório de levantamento preliminar das comunidades indígenas do Baixo Rio Negro sobre a reivindicação das áreas indígenas denominadas Rio Cuieras e Baixo Rio Negro (AM) – Instrução Normativa no. 94/DAF/02 de 07/08/2002. FUNAI. Brasília.

90

MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXO IV - PROCEDIMENTOS PARA PROGRAMAÇÃO

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Objetivos da Programação

A Programação é sempre uma ação de caráter normativo e indicativo. Constitui-se num quadro de referência no qual se inserem as atividades que se julga mais adequadas para o alcance de objetivos previamente estabelecidos. Todas as atividades previstas pelo planejamento destinam-se à obtenção dos Resultados do Plano Plurianual do Projeto. Estes podem ser avaliados através de indicadores e metas, estabelecidos especialmente para essa finalidade e vinculados aos objetivos maiores do Projeto. A obtenção dos Resultados de Realização também é verificada por meio de indicadores qualitativos e quantitativos, que permitem identificar se os resultados previstos como conseqüência da execução das atividades propostas foram alcançados. Para o gerenciamento da execução de um Plano são utilizados dois tipos de programação: a plurianual e a anual.

A Programação Plurianual do Projeto é um detalhamento das ações estabelecidas no Documento de Avaliação do Projeto (Project Appraisal Document ou PAD), dentro de uma estratégia estabelecida e apresenta o conjunto de ações propostas para alcançar os resultados previstos no Projeto. A Programação Anual resulta no Plano Operativo Anual (POA), e é obtida mediante o detalhamento das ações do Plano Plurianual do Projeto, que devem ser executadas no período de um ano. Para tanto, deve-se considerar a situação de execução, no momento da programação, a qual será fornecida, ao preparar a primeira programação, pelo planejamento elaborado quando da concepção do Projeto. Nos anos subseqüentes a programação se dá por meio da monitoria desse planejamento. A elaboração do POA também permite a preparação do Plano de Aquisições e Contratações, que deve ser enviado anualmente ao Banco para que o mesmo se manifeste e envie a “não objeção” (Apêndice 1). O Plano de Aquisições e Contratações sintetiza todos os procedimentos de compras e contratações que serão realizados em um determinado ano. A programação está consubstanciada nas rotinas a seguir.

Rotina para a Orçamentação

Procedimentos ResponsabilidadeEtapa Título SBF UCP

01Dimensionamento geral da Proposta Orçamentária, através da execução orçamentário-financeira do ano vigente e considerando as metas definidas no Plano Plurianual do Projeto.

X

02 Dimensionamento das necessidades totais de investimento e custeio para o ano seguinte e das disponibilidades potenciais de recursos do Acordo de Doação. X

03 Participação em reunião na SBF para definição dos critérios e limites para a elaboração da Proposta Orçamentária. X X

04 Disposição da Proposta Orçamentária no Quadro de Detalhamento de Despesa (QDD). X X

05 Formalização do documento e encaminhamento ao Coordenador Geral do Projeto, para posterior envio à SPOA. X

06 Execução, acompanhamento e monitoramento do Orçamento Anual. X

Insumos: Acordo de Doação e PAD, PPA do Projeto e do Governo Federal, POA do ano anterior; relatórios de monitoria e avaliação dos resultados do Projeto, registros da execução do Projeto no SIGMA-I.

Instrumentos a utilizar: Formulários-padrão da SOF/MP fornecidos pela SPOA; relatórios de elaboração, execução, acompanhamento e controle do Orçamento Anual, garantindo a execução físico-financeira das ações, e relatórios de monitoramento do Projeto.

Orientações específicas: As atividades relativas ao processo de orçamentação são desenvolvidas através de articulações sistemáticas e específicas entre a UCP, SBF e SPOA.

Rotina para a Elaboração e Revisão do Plano Operativo Anual (POA)

Procedimentos ResponsabilidadesEtapa Título SBF UCP CONABIO UCE

01 Análise das metas e resultados alcançados pelo Projeto no ano anterior e das previsões do PAD. X X X X

02 Identificação de condicionantes, limitações de recursos e prioridades para a execução do Projeto no ano seguinte. X

03 Elaboração de versão preliminar das Diretrizes do POA. X

92

04 Apresentação da síntese dos resultados e da proposta para a SPOA. X05 Versão final das Diretrizes, com base nas orientações finais da SPOA. X

Insumos: Acordo de Doação e PAD, PPA do Projeto e do Governo Federal, POA do ano anterior; relatórios de monitoria e avaliação dos resultados do Projeto, dados registrados no SIGMA-I.

Orientações específicas: Considerar, no processo de estabelecimento das diretrizes as metas programadas no PAD, o desempenho acumulado na execução do Projeto e a disponibilidade orçamentário-financeira para o ano sob programação disponibilizada pela SPOA.

Rotina para Elaboração das Propostas, Consolidação e Aprovação do POA

Procedimentos ResponsabilidadesEtapa Título UCP CONABIO UCE CL/CE* PARCEIROS

01 Elaboração das propostas do POA. X X X

02 Validação das propostas do POA a nível local e estadual. X

02Análise, crítica e consolidação das propostas elaboradas à luz das Diretrizes definidas para o POA e dos recursos orçamentários previstos.

X X

03 Revisão/adequação das propostas e encaminhamento à CONABIO. X

04 Validação final da proposta do POA. X05 Consolidação do POA do Projeto. X06 Encaminhamento à manifestação do BIRD. X07 Execução do POA aprovado. X X

* Os Comitês Locais (CL) e Estaduais (CE) de Acompanhamento do Projeto participação do processo de elaboração do POA, validando-os a nível local e estadual, respectivamente.

Insumos: Acordo de Doação e PAD, Diretrizes para elaboração do POA.

Instrumentos a utilizar: Orientações para a elaboração de POAs (Apêndice 2) e Formulário para a elaboração do POA (ver Apêndice 3)

Orientações Específicas: Além das Diretrizes, todos os PARCEIROS do MMA na execução do AquaBio (IBAMA, SDS, SECTAM e SEMA) deverão considerar, quando da elaboração do POA, todas as atividades e metas previstas no PAD, as aquisições de bens e serviços, o POA do ano anterior e os relatórios de acompanhamento e avaliação do Projeto.

Estrutura do POA

Para permitir o gerenciamento das ações do Projeto deverá ser estabelecido um Plano de Programação (que também corresponde ao Plano de Contas) que apresenta o relacionamento das mesmas, em forma compatível com os elementos da sua estrutura programática (ver Seção 6 do Manual). Este Plano é obtido a partir da identidade das ações, na forma a seguir especificada. Cabe ressaltar que deverá haver compatibilidade entre os elementos da estrutura programática do Projeto AquaBio e aqueles utilizados pelo SIGMA-I para permitir a monitoria das ações do Projeto.

Indicação dos Componentes do Programa (eg. Projeto AquaBio) - serão utilizados dois dígitos, que terão a correspondência a seguir relacionada:

Parte A ou Componente 1 - Planos e Políticas PúblicasParte B ou Componente 2 - Atividades DemonstrativasParte C ou Componente 3 - Desenvolvimento de CapacidadesParte D ou Componente 4 - Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A), e Disseminação de

Informação

Observação: esses dígitos (|**|) identificam o componente na identidade da programação.

Indicação dos Sub-componentes - será feita por dois dígitos para cada um dos Sub-componentes: (|**|**|).

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Indicação do Projeto - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Programação (que é o mesmo utilizado para as Contas), segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|).

Indicação do Subprojeto - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Programação (que é o mesmo utilizado para as Contas), segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|**|).

Indicação da Atividade - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Contas, segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|**|**|).

Indicação das Tarefas - será feita por meio de dois dígitos no Plano de Contas, segundo as informações provenientes da estrutura programática do Projeto: (|**|**|**|**|**|**|).

Complemento da identidade do Plano de Contas: o código de identificação do Plano de Contas ficará completo com a adição, ao final do campo, de mais dois algarismos, para representar o desdobramento da "Natureza da Despesa", em concordância com os itens passíveis de financiamento, os quais, para atendimento às apurações requeridas pelo BIRD e ainda para o acompanhamento da execução dos demais recursos previstos para o Projeto, devem seguir a seguinte codificação:

Categoria 1.0 - Bens,Serviços de Consultoria e Treinamento (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) – BIRD.

Categoria 2.0 - Subprojetos – BIRD.

Categoria 3.0 - Custos operacionais (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - BIRD.

Categoria 4.0 - Recursos Nacionais.

Categoria 4.1 - Bens, Serviços de Consultoria, Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários, Custos Operacionais, Subprojetos - MMA.

Categoria 4.2 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento, Custos Operacionais, Funcionários - IBAMA.

Categoria 4.3 – Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - SDS

Categoria 4.4 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - SEMA.

Categoria 4.5 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - PNMA II.

Categoria 4.6 - Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) - Corredores Ecológicos.

Categoria 4.7 - Bens, Instalações, Serviços de Consultoria e Treinamento (inclusive itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto), Funcionários - Beneficiários.

Observação: O formato final do identificador programático é o seguinte: (|**|**|**|**|**|**|**|).

Estrutura Programática do Projeto AquaBio

A estrutura programática do Projeto AquaBio apresenta o relacionamento entre suas diversas partes e permite estabelecer o planejamento das ações de forma a relacionar cada uma delas aos resultados para os quais contribui. No quadro a seguir os códigos numéricos de cada elemento são estabelecidos até o nível de sub-componente, já que a partir desse ponto a seqüência dos projetos, subprojetos, atividades e tarefas terão seu código numérico colocados automaticamente pelo SIGMA e serão incluídos para compor o POA em função do recebimento das propostas para o primeiro POA.

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PROJETO AQUABIO - ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

COMPONENTES SUB-COMPONENTES PROJETOS SUBPROJETOS ATIVIDADES TAREFAS

1. Planos e Políticas Públicas

1.1 Programas de Ação para as Sub-bacias1.2 Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado de Recursos Aquáticos1.3 Sustentabilidade Financeira

2. Atividades Demonstrativas

2.1 Transversalização dos subprojetos sobre biodiversidade aquática2.2 Atividades de apoio à transversalização dos subprojetos sobre biodiversidade aquática.

3. Desenvolvimento de Capacidades

3.1 Treinamento

3.2 Educação Ambiental3.3 Fortalecimento Institucional3.4 Fóruns Públicos Sustentáveis para o Manejo Integrado de Recursos Aquáticos

4. Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, e Disseminação de Informação

4.1 Gerenciamento e Coordenação4.2 Monitoramento e Avaliação

4.3 Disseminação de Informação

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Apêndice 1 - Plano de Aquisições e Contratações

CONSULTORIAS

PROJETO MANEJO INTEGRADO DOS RECURSOS AQUÁTICOS NA AMAZÔNIA: AQUABIO11

Valores em USD T0=Julho 2006

Descrição Método Revisão do Contrato pelo Banco Mundial (Prévia ou Posterior)

Valor Estimado Data de Preparação do TOR

Revisão pelo Banco Mundial

Data Aprovação do TOR pelo Banco Mundial

Data de Recebimento da Proposta

Data de Assinatura do Contrato

Data de Entrega do Contrato ao BM

Data de Entrega do Produto Final

Consultorias Coordenação Geral Rio Negro CI Posterior 40.950,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Coordenação Geral Rio Xingu CI Posterior 40.950,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Coordenação Geral Rio Tocantins CI Posterior 40.950,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007

Coordenação Rio Negro – Capacitação CI Posterior 21.840,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/11/2006 1/1/2007 1/1/2007 30/12/2007

Coordenação Rio Xingu – Capacitação CI Posterior 21.840,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/11/2006 1/1/2007 1/1/2007 30/12/2007

Coordenação Rio Tocantins – Capacitação CI Posterior 21.840,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/11/2006 1/1/2007 1/1/2007 30/12/2007Supervisor de Campo: Rio Negro CI Posterior 18.000,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Supervisor de Campo: Rio Xingu CI Posterior 18.000,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Supervisor de Campo: Rio Tocantins CI Posterior 18.000,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Coordenador do Componente de Capacitação CI Posterior 30.000,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Consultor Senior em Capacitação CI Posterior 16.200,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007

Assistente da Mobilização nas Áreas Piloto CI Posterior 5.460,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/2/2007 30/12/2007

Levant. e Sistemat. de Experiências de EA Não-Formal para Agricultores CI Posterior 8.190,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/7/2007

Consultoria para Diagnóstico Detalhado (3) CI Posterior 233.770,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/10/2006 30/12/2007Estratégia de Divulgação do Projeto CI Posterior 8.000,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/4/2007 1/5/2007 1/5/2007 30/9/2007

11 O presente Plano de Aquisições será revisado e enviado ao Banco para nova aprovação na ocasião da efetividade do Projeto, para atualização das datas em função do inicio real das atividades de implementação do Projeto.

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Consultoria Sustentabilidade Financeira CI Posterior 9.480,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/4/2007 1/5/2007 1/5/2007 30/9/2007

Consultoria para Desenho do Sistema de Informação SIBA CI Posterior 40.000,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/2/2007 30/6/2007

Instrutor Multiplicadores Estaduais (4 cursos) CI Posterior 7.300,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/12/2007

Instrutor Multiplicadores Áreas Piloto (4 cursos) CI Posterior 7.300,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/12/2007Moderador de Eventos (50 eventos) CI Posterior 91.000,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/12/2007

Instrutor para Fortalecimento do Cooperativismo (12 eventos) CI Posterior 8.700,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/12/2007Instrutor para Fortalecimento de Mulheres e Jovens (12 eventos) CI Posterior 8.700,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/12/2007

Instrutor de Oficinas e Cursos Diversos (pescadores, agricultores) (30 eventos) CI Posterior 21.800,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/3/2007 30/12/2007Subtotal 738.270,00 Descrição Método Revisão do

Contrato pelo Banco Mundial (Prévia ou Posterior)

Valor Estimado Data de Preparação das Especificações Técnicas

Data de Envio do Primeiro Pedido de Cotação

Data de Avaliação das Primeiras Propostas Enviadas

Data de Entrega do Produto Final

Serviços e Eventos

Serviços de Diagramação e Impressão (10 processos) SHOP Posterior 158.888,80 1/10/2006 1/11/2006 1/12/2006 30/12/2007

Produção de Vídeos e Programas de Rádio (5 processos) SHOP Posterior 34.400,00 1/10/2006 1/11/2006 1/12/2006 30/12/2007

Exibição de Programas de Rádio (10 processos) SHOP Posterior 60.000,00 1/10/2006 1/11/2006 1/12/2006 30/12/2007Serviços de Hotelaria (62 processos) SHOP Posterior 380.720,00 1/4/2006 1/5/2006 1/6/2006 30/12/2007

Instalação do Kit Monitoramento (3 processos) SHOP Posterior 2.400,00 1/10/2006 1/11/2006 1/12/2006 30/12/2007Passagens* ------- Posterior 181.683,33 30/12/2007Subtotal 818.092,13 * Passagens serão adquiridas por meio de empresa licitada pela UNESCO

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Descrição Método Revisão do Contrato pelo Banco Mundial (Prévia ou Posterior)

Valor Estimado Data de Preparação das Especificações Técnicas

Revisão das Especificações Técnicas e do Pedido de Cotação pelo Banco Mundial

Data de Envio do Pedido de Cotação

Data de Recebimento das Propostas

Avaliação pelo Banco do Resultado do Processo

Data de Conclusão do Processo de Aquisição

Data de Entrega do Produto Final

Veículos

Pick-up 4x4 (3 unidades): Avaliação Prévia SHOP Prévia 65.400,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/4/2007 30/12/2007

Barcos de alumínio com motor de popa (5 unidades) SHOP Posterior 21.850,00 1/11/2006 1/1/2007 1/2/2007 30/12/2007Equipamentos

Kit Informática (computador, impressora, nobreak) (13 unidades) SHOP Prévia 48.600,00 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/4/2007 30/12/2007

Kit Informática SIG (notebook, desktop, plotter, mesa digitalizadora, scanner de mesa, no-break, software) SHOP Prévia 18.075,00 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/4/2007 30/12/2007Imagens de satélite SHOP Posterior 7.440,00 1/11/2006 1/1/2007 1/2/2007 30/12/2007

Kit Escritório (móveis de escritório e ar condicionado) (10) SHOP Posterior 18.745,00 1/11/2006 1/1/2007 1/2/2007 30/12/2007Kit Monitoramento: 3 unidades de cada exceto quando indicado (estação meteorológica automática, GPS, régua limnimétrica, linígrafos automáticos, micromolinetes, amostradores de sedimento em suspensão, kit portátil análise de água (12)) SHOP Posterior 39.225,00 1/11/2006 1/1/2007 1/2/2007 30/12/2007Subtotal 219.335,00 Total Geral 1.775.697,13

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Apêndice 2 - Orientações para a Elaboração do Plano Operativo Anual (POA)

Diretrizes Gerais

O Plano Operativo Anual (POA) é composto pelo conjunto de ações necessárias para alcançar as metas definidas para um determinado ano, os quais em maior ou menor grau, contribuem para a obtenção dos resultados estabelecidos para os Projetos, Sub-componentes e Componentes, nos quais está organizado o Projeto AquaBio. Essas ações estão organizadas em ordem decrescente em atividades e tarefas. Isto significa que uma ou mais tarefas são necessárias para alcançar os resultados de uma atividade; os resultados combinados de uma ou mais atividades devem levar a alcançar o proposto em um subprojeto, dos quais um ou mais são necessários para obter os resultados de um projeto, e assim sucessivamente, em acordo com a estrutura programática do AquaBio, que resulta do formato como o mesmo foi elaborado.

A estrutura programática permite entender as relações entre seus diversos elementos. A estratégia adotada para a execução de um subprojeto levará as atividades a serem cumpridas. Caberá aos coordenadores de componentes e às coordenações estaduais supervisionar o processo de elaboração dos POAs. Cabe ressaltar que o Projeto AquaBio prevê a construção do planejamento de maneira participativa.

Ao nível local, será fundamental a participação dos Agentes Multiplicadores, levantando demandas específicas passíveis de serem apoiadas pelo Projeto AquaBio, tais como reuniões para a elaboração dos Programas de Ação para o manejo integrado da biodiversidade aquática, para a negociação de acordos de pesca, realização de treinamentos, eventos, etc. Esse processo de levantamento de demandas locais deverá ser acompanhado pelo Supervisor de Campo, o qual, por sua vez, apoiado pelos Agentes Multiplicadores, elaborará a proposta de POA para as localidades. Essa proposta deverá ser validada pelo Comitê de Acompanhamento local do Projeto AquaBio. Uma vez validada, a proposta seguirá para a UCE que, por sua vez, fará as adequações necessárias, acrescentando inclusive demandas específicas para atender as necessidades operacionais e de execução do Projeto ao nível estadual. Uma vez complementado e consolidado pela UCE, o POA será submetido ao Comitê de Acompanhamento Estadual do Projeto, para fins de validação. Obtida a validação ao nível do estado, a proposta seguirá para a UCP que, por sua vez, fará as adequações necessárias, acrescentando demandas voltadas para atender às necessidades operacionais e de execução do Projeto ao nível nacional. Uma vez consolidado e complementado pela UCP, o POA deverá ser validado também na instância de acompanhamento nacional, a CONABIO, e uma vez aprovado, encaminhado ao BIRD para a “não objeção”. O processo de elaboração do POA terá, portanto, a participação dos principais atores envolvidos na implementação do Projeto AquaBio e, dada às várias instâncias envolvidas, tal processo deverá ser supervisionado de maneira muito próxima pelas coordenações, que deverão ainda fornecer as informações necessárias para o dimensionamento dos POAs, de maneira que os mesmos sejam adequados à disponibilidade orçamentária do Projeto.

Para o detalhamento das despesas necessárias para a realização das atividades é fundamental prever, ao nível de tarefa, os insumos necessários, com quantidades e valores unitários, seja para bens, obras ou serviços. Para tanto:

• Quando se tratar da aquisição de bens, relacione nome do bem (por exemplo, barco), quantidade (por exemplo, 2 unidades) e valor unitário (por exemplo, R$ 7.543,00).

• No caso de bens de consumo de pequeno valor (caneta esferográfica, borracha, papel) pode ser apresentado um valor de um conjunto (que pode ser especificado à parte), ou detalhado quando possível (por exemplo, gasolina, 789 litros, R$ 1747,00).

• Os serviços são especificados por unidade (impressão de 30.000 folhetos para a divulgação do Projeto AquaBio) ou por pessoas/mês no caso de consultoria e similares.

Para cada item que compõe o POA, desde Componente até Atividade, deve ser informado: (i) a data de início e de término; (ii) Objetivos; (iii) Resultados (expresso em indicadores); e (iv) Responsável.

No caso das Tarefas não é necessário informar o Resultado, mas deve ser preenchido o item Execução, onde deve aparecer quem será o responsável pela tarefa (ONG, município, IBAMA, etc.).

Com relação às datas de início e término, todas as tarefas têm como data última de término 31 de dezembro do ano do POA. Os demais elementos (componentes, sub-componentes, projetos, subprojeto e atividades) têm a data de início e término definida dentro do período em que devem ocorrer, considerando todo o período do Projeto.

A digitação do POA do Projeto será feita pela UCP, bastando, portanto, que as fichas preenchidas com a programação sejam enviadas até o ano anterior ao do POA em elaboração, sendo que o processo de elaboração deve se dar como descrito acima.

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Vale enfatizar que o POA deve ser elaborado de acordo com os montantes de recursos definidos no PAD e no Acordo de Doação. Qualquer proposta de modificação de atividades previstas deve ser explicada e justificada (por exemplo, eliminação ou diminuição de uma determinada atividade devido à falta de tempo ou um impedimento para executar em um determinado exercício previsto). O mesmo se aplica ao acréscimo de atividades o qual, além de ser justificado, dependerá de recursos previstos e não utilizados em outras atividades. Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos junto à UCP do Projeto AquaBio ([email protected]).

Segue abaixo um exemplo de preenchimento de POA até o nível de sub-componente, com datas, objetivos e resultados. Os executores, ao elaborar o POA, devem especificar os projetos, os subprojetos (quando houver), as atividades e as tarefas.

Exemplo de Preenchimento de POA até o Nível de Sub-componente

Componentes

01: Planos e Políticas Públicas. Data início: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivo: Desenvolver e implementar o manejo integrado de recursos aquáticos através da preparação e implementação parcial de Programas de Ação para o manejo integrado de recursos aquáticos (PAs) em três sub-bacias da Amazônia brasileira.Resultados: Arranjos e processos institucionais estabelecidos em três sub-bacias da Amazônia brasileira para apoiar a adoção de uma abordagem de manejo integrado aplicada às principais questões e problemas que afetam a biodiversidade aquática, os recursos hídricos e as condições de vida das comunidades locais.Responsável: UCP.

02: Atividades Demonstrativas.Data de inicio: 01/03/2010.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Gerar experiências e lições aprendidas, incluindo novas tecnologias ou sistemas de produção, visando incorporar as preocupações com a biodiversidade aquática nas várias atividades produtivas, contribuindo dessa maneira para o desenvolvimento dos PAs, e conseqüentemente para a formulação e implementação do manejo integrado de recursos aquáticos.Responsável: UCP.

03: Desenvolvimento de Capacidades.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Auxiliar na preparação dos atores sociais relevantes, especialmente os locais (incluindo povos indígenas), para que possam participar ativamente e contribuir efetivamente para a formulação, implementação e monitoramento de estratégias e Programas de Ação voltados para a conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos nas sub-bacias selecionadas pelo Projeto, e trazer as perspectivas ambientais locais e o conhecimento tradicional para este processo.Resultados: Maior capacidade operacional e decisória nas instituições e organizações da sociedade civil nos níveis local, estadual e federal na Amazônia, para realizar planejamentos de médio e longo prazo, e para manejar conflitos, em apoio à implementação do manejo integrado dos recursos aquáticos.Responsável: UCP.

04: Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, e Disseminação de Informação.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Coordenação, gerenciar e monitorar, de forma contínua, de todas as atividades apoiadas pelo Projeto, assim como a disseminação dos resultados do AquaBio e as lições aprendidas nos níveis local, de sub-bacia, nacional e internacional.Resultados: (i) Obter a participação efetiva, incluindo apoio financeiro, de diferentes instituições governamentais setoriais, sociedade civil e setor privado, em atividades do Projeto, incluindo aquelas associadas à preparação e implementação dos PAs; (ii) Um sistema integralmente implementado para monitorar os impactos do Projeto, com a participação de lideranças locais; (iii) Um sistema de monitoramento físico-financeiro (SIGMA) implementado e fornecendo informações para o aprimoramento contínuo da implementação do Projeto; (iv) Um Sistema de Informação sobre Biodiversidade Aquática (SIBA) desenvolvido e gerando informações disponíveis para o público em geral; e (v)

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Resultados do Projeto disseminados através de eventos e campanhas de mídia que levam à adoção de práticas para o manejo integrado de recursos aquáticos pelas instituições e pela sociedade civil em geral. Responsável: UCP.

Sub-componentes

01.01: Programas de Ação para as Sub-bacias.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Apoiar a preparação e implementação parcial, de forma participativa, de Programas de Ação (PAs) para testar e implementar o manejo integrado de recursos aquáticos em porções das sub-bacias do Negro, Tocantins e Xingu, com arranjos institucionais formulados e negociados com usuários de recursos naturais.Resultados: Estrutura institucional estabelecida e operando; Plano elaborado e aprovado; sistema de monitoramento e fiscalização revisado e implementado.Resultados: (i) Realizar diagnósticos participativos detalhados nas áreas demonstrativas do Projeto; (ii) Identificar e negociar as ações e atividades a serem incluídas nos PAs; (iii) Formular os PAs, incorporando experiências e lições obtidas durante a implementação das atividades demonstrativas; (iv) Monitorar e avaliar os arranjos institucionais adotados durante a formulação dos PAs; e (v) Realizar eventos participativos levando ao endosso dos PAs. Responsável: UCP.

01.02: Arranjos Institucionais para o Manejo Integrado de Recursos Aquáticos.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Apoiar a formulação e discussão, com contribuições de experiências geradas nas três sub-bacias do Projeto, de uma proposta de arranjos institucionais e de processos para permitir a adoção e expansão da abordagem de manejo integrado para outras sub-bacias na Amazônia Legal.Resultados: (i) Organizar e apresentar as “lições aprendidas” resultantes da preparação de diagnósticos participativos e da formulação dos PAs; (ii) Definir um conjunto de alternativas para o desenvolvimento e implementação de PAs que possam servir como exemplos para expandir a abordagem de gestão integrada para outras sub-bacias da Amazônia; e (iii) Realizar seminários e reuniões com partes interessadas dos outros seis estados da Amazônia Legal para apresentar, discutir, e eventualmente obter endosso para a abordagem do Projeto na implementação do manejo integrado de recursos aquáticos.Responsável: UCP.

01.03: Sustentabilidade Financeira.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Desenvolver e implementar uma estratégia de sustentabilidade financeira para apoiar a execução de atividades identificadas nos PAs após o término do Projeto, com mecanismos financeiros piloto adotados até o final do Projeto.Resultados: (i) Identificar os parceiros e atores relevantes; (ii) Identificar os resultados e atividades que terão continuidade após o término do Projeto; (iii) Avaliar o potencial das atividades identificadas para atrair recursos externos e/ou gerar retorno financeiro para assegurar sua sustentabilidade financeira; (iv) Identificar e/ou desenvolver mecanismos/modelos financeiros viáveis para apoiar a sustentabilidade financeira de atividades selecionadas; e (v) Desenvolver e implementar de um plano de ação para assegurar a sustentabilidade financeira, tornando os mecanismos financeiros propostos integralmente operacionais. Responsável: UCP. 02.01: Transversalização dos subprojetos sobre biodiversidade aquática:Data de inicio: 01/03/2010.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Financiar o desenvolvimento e a implementação de um número limitado de atividades demonstrativas piloto (subprojetos), com o objetivo de transversalizar a conservação e o uso sustentável da biodiversidade aquática nos setores produtivos, por meio da geração de exemplos de sistemas e tecnologias de produção adaptáveis que eliminem ou reduzam os impactos negativos do uso dos recursos naturais sobre os ecossistemas aquáticos.Resultados: Aproximadamente 30 atividades demonstrativas financiadas e gerando experiências e lições aprendidas para a elaboração dos PAs.Responsável: UCP.

02.02: Atividades de apoio à transversalização dos subprojetos sobre biodiversidade aquática.

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Data de inicio: 01/03/2010.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Apoiar atividades, dentro da linha de base redirecionada (recursos correspondentes aos co-financiamentos das OEMAs e dos projetos Corredores Ecológicos e PNMA II), que transversalizam a conservação e o uso sustentável da biodiversidade aquática.Resultados: Atividades, dentro da linha de base redirecionada, financiadas e gerando experiências e lições aprendidas para a elaboração dos PAs.Responsável: UCP.

03.01: Treinamento.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Realizar: (i) treinamento ambiental para agentes e facilitadores (multiplicadores), para que eles possam obter uma compreensão clara das interações, conceitos e princípios do manejo integrado da biodiversidade aquática; e (ii) treinamento operacional para associações de produtores em geral e fazendeiros, para que adotem tecnologias e conhecimento tradicional apropriados para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos hídricos.Resultados: (i) Treinamentos realizados; (ii) Informações e capacidades sendo utilizadas para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos nas três sub-bacias selecionadas pelo Projeto.Responsável: UCP. 03.02: Educação Ambiental.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Aumentar a conscientização e o conhecimento, entre os atores relevantes, sobre as principais questões e problemas que afetam a biodiversidade aquática e os recursos hídricos na Bacia Amazônica, e sua relação com as condições de vida das comunidades que vivem na região.Resultados: (i) Aumentar a conscientização entre as lideranças locais sobre questões relevantes para a biodiversidade aquática; (ii) Criar condições que fomentem mudanças no comportamento humano e organizacional, através do estabelecimento de grupos de trabalho nos níveis local e estadual, inclusive por meio de atividades formais e informais de educação.Responsável: UCP.

03.03: Fortalecimento Institucional.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: (i) Promover a formação de parcerias entre organizações existentes; e (ii) Fortalecer ou apoiar a criação de iniciativas locais para o estabelecimento de associações comunitárias e cooperativas rurais relacionadas com o uso sustentável da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos.Resultados: (i) Fomentar o estabelecimento de parcerias entre organizações sociais relevantes; (ii) auxiliar na criação ou fortalecimento de organizações relacionadas à conservação de ecossistemas aquáticos, envolvendo-as no desenvolvimento e implementação de estratégias que levem a uma maior eficácia de suas próprias atividades; e (iii) Apoio direcionado a grupos de interesse especial, tais como mulheres, povos indígenas e jovens.Responsável: UCP.

03.04: Fóruns Públicos Sustentáveis para a Gestão Integrada dos Recursos Aquáticos.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: (i) Desenvolver ou fortalecer, e implementar parcialmente, uma Estrutura Institucional para apoiar a sustentabilidade das atividades e resultados do AquaBio além da duração do Projeto. Resultados: Fortalecer as instâncias de coordenação e apoio ao desenvolvimento local/territorial, tais como o desenvolvimento ou fortalecimento de fóruns e conselhos locais nas três sub-bacias do Projeto.Responsável: UCP.

04.01: Gerenciamento e Coordenação.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Coordenar, nos níveis federal, de sub-bacia e local, as ações internas e externas necessárias para a execução do Projeto, incluindo: (i) inserção de dados no SIGMA e uso da informação resultante nas decisões diárias para a implementação bem sucedida do Projeto; (ii) execução do Projeto com relação a procedimentos de compras, financeiros e de contabilidade; (iii) consolidação de despesas e outros relatórios sobre a implementação, e fornecimento de

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orientação e treinamento para aprimorar as capacidades de gerenciamento para todas as partes envolvidas na implementação do Projeto; (iv) fomento da integração entre os vários componentes do Projeto, e do AquaBio com outros projetos e programas correlatos; e (v) identificação e indicação de possíveis mudanças necessárias nos procedimentos de implementação do Projeto.Resultados: Estruturas e mecanismos de gerenciamento e coordenação nos níveis federal, de sub-bacia e local, elaborados e implementados.Responsável: UCP.

04.02: Monitoramento e Avaliação.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Monitorar o progresso diário da execução do Projeto. Resultados: Sistema de monitoramento e avaliação do projeto elaborado e implementado.Responsável: UCP.

04.03: Disseminação de Informação.Data de inicio: 01/03/2007.Data de término: 28/02/2012.Objetivos: Divulgar conhecimentos sistematizados, experiências validadas e estratégias que possam ser adaptadas para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos. Resultados: Instituições e sociedade civil com acesso a conhecimentos sistematizados, experiências validadas, e estratégias estabelecidas que podem ser adaptadas para o manejo integrado da biodiversidade aquática e dos recursos hídricos.Responsável: UCP.

NOTA: O código numérico apresentado acima para componentes e sub-componentes é indicativo, devendo ser alterado no POA, uma vez que Programa SIGMA-I coloca o código de cada elemento na seqüência de introdução dos dados.

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Apêndice 3 - Formulário para Elaboração do Plano Operativo Anual

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

PROJETO MANEJO INTEGRADO DOS RECURSOS AQUÁTICOS NA AMAZÔNIA: AQUABIO

PLANO OPERATIVO ANUAL ANO _________

1: COMPONENTE:

2: SUB-COMPONENTE:

3: PROJETO:

4: SUBPROJETO:

5: OBJETIVO DO SUBPROJETO:

6: RESULTADOS do SUBPROJETO (informar somente produtos, indicadores e metas):

7: ATIVIDADES (para cada uma informar: resultado, título descritivo, data de início e de término, e o responsável):

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8: TAREFAS (para cada tarefa informar título descritivo, data de início e de término, executor, tipo da execução: direta, contratada e conveniada, todos em relação ao MMA, especificação dos insumos com unidade de medida, quantidades, custo unitário, custo total, e elemento de despesa, tendo como base os dados da memória de cálculo):

9: MEMÓRIA DE CÁLCULO:

10: OBSERVAÇÕES (sobre qualquer aspecto da programação):

11: JUSTIFICATIVAS (para atividades não constantes do Plano Plurianual do Projeto):

12: RESPONSAVEL PELA ELABORAÇÃO: 13: LOCAL/DATA: 14: ASSINATURA:

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MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXO V - PROCEDIMENTOS PARA A AQUISIÇÃO DE BENS, CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS E CONSULTORIAS

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Introdução

Este anexo do Manual tem como objetivo orientar os Gerentes e Coordenadores do Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia (AquaBio), quanto à aquisição de bens, contratação de serviços de consultoria e outros serviços, financiados com recursos do Acordo de Doação TF nº. 56255, firmado entre o Governo Brasileiro e o Banco Mundial.

Os bens e serviços (exceto serviços de consultoria) deverão, na sua totalidade, serem adquiridos conforme previsto na Cláusula I das “Diretrizes para Aquisição no Âmbito de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID”, datada de junho de 2004 (Diretrizes de Aquisição) e, ainda, conforme as disposições do Acordo de Doação TF nº. 56255.

Todos os serviços de consultoria deverão ser adquiridos em conformidade às Cláusulas I e IV das “Diretrizes: Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial”, datada de maio de 2004 (Diretrizes de Consultoria) e, ainda, conforme as disposições do Acordo de Doação TF nº. 56255, e o disposto no art. 42, parágrafo 5º, da Lei nº. 8666/93, alterada pelas Leis nº. 8883/94 e nº. 9648/98, que não esgotam toda a matéria relativa a aquisições.

Durante os dois primeiros anos do Projeto AquaBio, o MMA contará com a assistência da UNESCO para a execução do Projeto, por meio de um Projeto de Cooperação Técnica Internacional.

Comentários quanto aos assuntos contidos neste anexo do Manual, bem como esclarecimentos poderão ser submetidos e/ou obtidos na Unidade de Coordenação do Projeto (UCP), através dos telefones (0xx61 4009-9592 e 4009-9556), e do fax (0xx61 4009-9594) ou e-mail: [email protected].

Principais Aspectos a Serem Considerados

Os bens, serviços de consultoria e outros serviços necessários à consecução do objetivo do AquaBio devem constar do Plano Operativo Anual (POA), aprovado pelo Banco Mundial, e do Plano de Aquisições e Contratações, encaminhado anualmente ao BIRD.

Os fornecedores de bens, serviços de consultoria e outros serviços deverão ser originários de países elegíveis. Os bens e serviços de consultoria a serem fornecidos devem ser originários de países elegíveis. A nacionalidade dos bens não se confunde com a do seu fornecedor.

Deverá ser elaborado, em cada exercício, um Plano de Aquisições e Contratações, baseado no Plano Operativo Anual do Projeto. Tal plano deverá ser encaminhado ao BIRD até o dia 15/12 de cada ano.

Quando da contratação de bens e serviços, os mesmos devem ser agrupados, sempre que possível, em lotes de valor superior a US$ 100.000, e adquiridos através de licitação pública nacional.

Todos os documentos que devam receber a “não objeção” do Banco serão encaminhados, obrigatoriamente, através da UCP do AquaBio.

Os métodos comumente utilizados para a aquisição de bens, serviços e seleção e contratação de serviços de consultoria do AquaBio, são os seguintes:

Para bens e outros serviços:

• Comparação de preços: 3 (três) cotações (shopping).• Licitação pública nacional (NCB).• Licitação pública internacional (ICB).• Participação comunitária.

Serviços de consultoria de empresas:

• Seleção baseada na qualidade e custo (SBQC).• Seleção baseada na qualidade (SBQ).• Seleção baseada em orçamento fixo (SOF).• Seleção baseada no menor custo (SMC).• Seleção baseada nas qualificações do consultor (SQC).

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• Contratação direta.

Serviços de consultoria de consultor individual:

• Seleção baseada nas qualificações do consultor (SQC).• Contratação direta.

O Acordo de Doação e o Plano de Aquisições e Contratações do Projeto definem condições e procedimentos especiais relacionados às aquisições e contratações, a saber:

• Todos os termos de referência para a contratação de consultores deverão ser submetidos ao BIRD para revisão prévia (não-objeção)..

• Os dois primeiros processos de shopping realizados (além dos processos de aquisição de veículos e de equipamentos de informática) deverão ser submetidos ao BIRD para revisão prévia.

• Limites adotados para pagamento de despesas por contrato, por categoria de despesa:- Obras e contratos com valor superior a US$ 1.000.000 por contrato.- Mercadorias e serviços (que não os de consultoria) com valor superior a US$ 500.000 por contrato.- Serviços de firmas de consultoria com valor superior a US$ 200.000.

• Limites adotados para as despesas por contrato, por método de aquisição, que requerem a revisão prévia pelo Banco:- Bens com valor superior a US$100.000.- Serviços de Consultoria de firmas com valor superior a US$100.000.- Consultoria Individual com valor superior a US$50.000.

Informações Adicionais sobre Contratação

Para orientar os processos de licitação foram editados pelo Banco Mundial normas e critérios para todas as modalidades de contratação, disponibilizados aos interessados, inclusive em português, no site do Banco Mundial:

http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477.html.

Além das normas, são disponibilizados exemplos de editais referentes a aquisições de bens e equipamentos, para contratação de obras civis, e solicitação de propostas para serviços de consultorias.

Procedimentos para a Contratação de Bens, Obras e Serviços (Exceto os de Consultoria)

O Acordo de Doação permite que a aquisição de bens, obras e serviços seja efetuada conforme abaixo:

Bens, obras e serviços de valor menor do que US$ 100.000: serão adquiridos mediante comparação de preços nacional ou internacional (shopping), de no mínimo 3 (três) propostas válidas, em resposta a pedido de cotação no qual deve constar descrição detalhada do bem, respectiva quantidade, especificação técnica, data e local previsto para entrega.

Bens,obras e serviços de valor maior ou igual a US$ 100.000 e menor ou igual a US$ 500.000: serão adquiridos mediante Licitação Pública Nacional (NCB), sendo necessária a aprovação pelo Banco Mundial do edital padrão SEAIN12 devidamente preenchido. Neste caso, cabe observar o seguinte:

• Os termos e condições do contrato não deverão diferir materialmente dos constantes do edital de licitação, sem a prévia anuência do BIRD.

• Imediatamente após a assinatura do contrato e antes do pagamento da primeira parcela do contrato, deverá ser entregue ao BIRD uma cópia do instrumento contratual.

12 Para o edital padrão SEAIN consultar: www.planejamento.gov.br (Assuntos Internacionais, Documentos Disponíveis, Documentos e Manuais, Edital Padrão, Bens).

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• Todos os relatórios de avaliação serão acompanhados de um sumário de licitação em formulário fornecido pelo BIRD. A descrição e o valor do contrato, juntamente com o nome e endereço do licitante vencedor, estão sujeitos à divulgação pelo Banco, após a confirmação pelo MMA da adjudicação do serviço.

Bens e serviços de valor maior do que US$ 500.000 serão adquiridos mediante Licitação Pública Internacional (ICB), sendo necessária a aprovação pelo Banco Mundial do edital padrão SEAIN13 devidamente preenchido. Neste caso, cabe observar o seguinte:

• Os termos e condições do contrato não deverão diferir materialmente dos constantes do edital de licitação, sem a prévia anuência do Banco.

• Imediatamente após a assinatura do contrato e antes do pagamento da primeira parcela do contrato, deverá ser entregue ao BIRD uma cópia do instrumento contratual.

• Todos os relatórios de avaliação serão acompanhados de um sumário de licitação em formulário fornecido pelo Banco. A descrição e o valor do contrato, juntamente com o nome e endereço do licitante vencedor, estão sujeitos à divulgação pelo Banco, após a confirmação pelo MMA da adjudicação do contrato.

Participação Comunitária: este método será utilizado exclusivamente nas aquisições de bens e serviços (que não os de consultoria) necessários para as atividades de monitoramento em campo relacionadas com os subcomponentes 4.2 e 4.3, quando realizadas por comunidades, associações, universidades, ou outros executores locais.

Esse método pode ser utilizado para a contratação de pequenos serviços com utilização de mão-de-obra local, tais como transporte de voadeira, elaboração de refeições, hospedagem; e para a compra de pequenas quantidades de insumos necessários para as atividades de monitoramento em campo tais como: alimentos, combustível, balde, foice, corda, pilha, etc. Tais contratações serão realizadas mediante a convocação de até 3 (três) fornecedores locais, que apresentem propostas válidas para análise, sendo a escolha (adjudicação) feita pelo fornecedor que ofertar o menor preço, desde que atendidas às especificações.

Caso a associação não consiga obter pelo menos 2 (duas) propostas, a contratação será realizada como Contratação Direta, com a indicação do fornecedor ou do prestador do serviço, devendo a proposta de preço ser acompanhada de parecer do respectivo Coordenador Estadual, ratificando a justificativa da associação.

[ISABEL, O MEU ENTENDIMENTO, QUANDO CONVERSAMOS SOBRE UTILIZARMOS ESSE MÉTODO, SERIA NO ESCOPO DO PESSOAL DO PROJETO TER ACESSO A UM MECANISMO SIMPLIFICADO PARA AQUISIÇÃO DE SUPRIMENTOS E SERVIÇOS QUANDO EM TRABALHO DE CAMPO. PELO QUE SE DEPREENDE DA REDAÇÃO PROPOSTA PELO BANCO, TAL MÉTODO NÃO SE APLICARÁ A PESSOAL DO PROJETO. NÃO CONSIGO PERCEBER A UTILIDADE DESSE PROCEDIMENTO DE AQUISIÇÃO PARA AS ASSOCIAÇÕES, ETC, UMA VEZ QUE ELAS NÃO DESENVOLVERÃO AÇÕES NO ÂMBITO DOS SUBCOMPONENTES 4.2 E 4.3 (LEMBRAR QUE AS ATIVIDADES DE MONITORAMENTO DOS SUBPROJETOS PELAS ASSOCIAÇÕES SE DARÁ NO AMBITO DO SUBCOMPONENTE 2.1. QUEM EXECUTA OS SUBCOMPONESTES 4.2 E 4.3 É A COORDENAÇÃO DO PROJETO).]

CONSULTEI O ARPA E O PROCEDIMENTO DESENVOLVIDO POR ELES NÃO É POSSÍVEL DE SER ADOTADO POR NÓS, POIS OS NOSSOS RECURSOS ENTRAM VIA ORÇAMENTO DA UNIÃO, ENQUANTO OS RECURSOS DO ARPA SÃO EXECUTADOS PELO FUNBIO.

ASSIM, GOSTARIA QUE VC SUGERISSE UMA MANEIRA DE ATENDERMOS AS NECESSIDADES QUE TEREMOS NO CAMPO, EM LOCALIDADES REMOTAS, PARA O PAGAMENTO DE PEQUENOS SERVIÇOS (QUE NÃO OS DE CONSULTORIA) E AQUISIÇÃO DE BENS DE PEQUENA MONTA. LEMBRO QUE O CORREDORES ESTÁ PROPONDO EM SEU MANUAL UMA LISTA POSITIVA, PARA ATENDER A ESSAS NECESSIDADES]

13 Para o edital padrão SEAIN consultar: www.planejamento.gov.br (Assuntos Internacionais, Documentos Disponíveis, Documentos e Manuais, Edital Padrão, Bens).

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Para outros procedimentos específicos e informações adicionais consultar as Diretrizes para Aquisição no Âmbito de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID, no endereço http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477.html.

Procedimentos Gerais para a Contratação de Serviços de Consultoria

Os procedimentos do Banco Mundial para seleção e contratação de consultores são muito diferentes das práticas locais. A expressão consultores compreende ampla variedade ou entidades públicas e privadas, tais como empresas de consultoria de engenharia, empresas de gerenciamento de obras, agente de compras, inspetores, auditores, órgãos das Nações Unidas e outras organizações multilaterais, bancos comerciais e de investimento, universidades, instituições de pesquisa, órgãos governamentais, organizações não-governamentais (ONGs) e indivíduos. O Termo de Referência (TOR) deverá definir claramente os objetivos, metas e escopo dos serviços, fornecendo todas as informações relevantes para que os consultores possam elaborar suas propostas. Quando se tratar de contratação de serviços de consultoria com valor igual ou maior do que US$ 200.000 deverá ser publicado online no dgMarket e no United Nations Development Business (UNDB online) um pedido de expressões de interesse para que seja formada uma “lista longa”, da qual serão selecionadas no mínimo (seis) empresas, sendo não mais de 2 (duas) do mesmo país, com qualificação necessária para a execução dos serviços previstos no TOR.

A contratação de serviços de consultoria de pessoa física para contratos abaixo de US$ 100.000 deve ser feita mediante comparação das qualificações de no mínimo 3 (três) candidatos que manifestem interesse na execução dos serviços, sendo que é necessária aprovação prévia pelo Banco Mundial dos TORs. No caso de contratos de valor superior a US$ 100.000, estes devem ser submetidos ao Banco para revisão prévia.

A seleção e contratação de serviços de consultoria de pessoa física é normalmente utilizada quando não é necessária uma equipe de técnicos, e a experiência e qualificação das pessoas são requisitos primordiais.

Seleção e Contratação de Serviços de Consultoria de Empresa

A seleção e contratação de serviços de consultoria de empresa devem ser realizadas preferencialmente através do método de Seleção Baseada na Qualidade e Custo (SBQC). A SBQC representa o processo competitivo entre empresas constantes da lista curta, cujo critério de seleção baseia-se na qualidade da proposta e no custo dos serviços. Os procedimentos aplicados constam da Seção II das “Diretrizes para a Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial”, de maio de 2004.

Na seleção e contratação de serviços de consultoria de empresa deverá ser observado o seguinte:

• A lista curta (para serviços menores que U$ 500.000) pode ser constituída apenas por empresas nacionais.

• Para a avaliação das propostas recebidas devem ser seguidas as instruções dos itens 2.13 a 2.19 da Seção II (Seleção Baseada na Qualidade e Custo - SBQC) das Diretrizes para a Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial. 14

• Na hipótese do MMA, por intermédio da UNESCO, efetuar prorrogação substancial do prazo para a execução do contrato, concordando com qualquer modificação substancial dos escopos do serviço, substituição de pessoal chave, remissão de obrigações constantes das condições do contrato, ou proceder a qualquer mudança no contrato que possa no conjunto elevar seu valor original em mais de 15%, deverá o MMA, por meio da UCP, informar previamente o BIRD, indicando os motivos. Concluindo o BIRD pela incompatibilidade dessa proposição com as disposições do Acordo de Doação, informará prontamente ao MMA declarando suas razões. Uma cópia de todos os aditivos do contrato deverá ser fornecida ao BIRD para arquivamento.

Para contratos de valor igual ou maior do que US$ 100.000 e inferior a US$ 500.000 é necessária prévia aprovação pelo BIRD, devendo ser observados os seguintes procedimentos:

• O MMA, por intermédio da UNESCO, e antes de solicitar propostas, submeterá à revisão do BIRD a lista curta e o texto proposto da Solicitação de Proposta (SDP), procedendo às modificações razoavelmente solicitadas pelo BIRD. Quaisquer outras modificações estarão subordinadas à prévia “não-objeção” do BIRD, antes do envio da SDP aos consultores constantes da lista curta.

14 http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477.html.

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• Recebida a “não-objeção” do BIRD, o MMA, por intermédio da UNESCO, solicitará aos consultores constantes da “Lista Curta” suas propostas, dando-lhes prazo para a entrega da SDP. Recebida as SDP, o MMA, com o apoio da UNESCO, analisará sob o aspecto técnico as propostas e as submeterá ao BIRD para revisão.

• Recebida a “não-objeção” do BIRD relativamente à avaliação técnica, procederá o MMA, com a participação da UNESCO, à abertura dos envelopes financeiros e, a seguir, à avaliação financeira, de acordo com as disposições da SDP. O MMA fornecerá ao BIRD, em tempo hábil para sua revisão, o Relatório de Avaliação Final, com sua recomendação da empresa vencedora. Concluindo o BIRD pela incompatibilidade da avaliação e seleção propostas em face da SDP, informará prontamente o MMA, indicando as razões de sua posição. Do contrário, o BIRD informará a sua “não-objeção” à seleção proposta.

• Concluídas as negociações com a empresa selecionada, deverá o MMA fornecer ao BIRD a minuta definitiva do contrato, ressaltando qualquer substituição de pessoal chave ou mudanças no TOR e no contrato com base nos quais foram solicitadas as propostas. Os termos e condições do contrato não devem, sem a concordância do BIRD, sofrer alteração de modo a diferir substancialmente daqueles com base nos quais foram solicitadas as propostas. O MMA, por intermédio da UNESCO, só poderá adjudicar o objeto do contrato após a “não-objeção” do BIRD.

• O MMA, por intermédio da UNESCO, ao assinar o contrato e antes de efetuar o primeiro pagamento relativo ao mesmo, fornecerá ao Banco uma cópia do termo do contrato. 15

• A descrição e o montante do contrato, bem como o nome e endereço da empresa, estarão sujeitos à divulgação pelo Banco, quando da confirmação da adjudicação pelo MMA.

Outros Métodos de Seleção e Contratação de Serviços de Consultoria

O Acordo de Doação prevê a possibilidade de utilização de outros métodos de contratação para serviços de consultoria, sendo todos os métodos variações da Seleção baseada na qualidade e custo (SBQC):

Seleção Baseada na Qualidade (SBQ): toda prestação de serviços para atribuições que o Banco julgar condizente e satisfatória às disposições do parágrafo 3.2 das Diretrizes de Consultoria poderá ser prospectada nos contratos celebrados com base na Seleção Baseada na Qualidade, conforme previsto nas disposições dos parágrafos 3.1 a 3.4 das Diretrizes de Consultoria.

Seleção Baseada em Orçamento Fixo (SOF): toda prestação de serviços para atribuições que o Banco julgar condizente e satisfatória às disposições do parágrafo 3.5 das Diretrizes de Consultoria poderá ser prospectada por meio de Seleção Baseada em Orçamento Fixo, conforme previsto nos parágrafos 3.1 e 3.5 das Diretrizes de Consultoria.

Seleção pelo Menor Custo (SMC): toda prestação de serviços para atribuições que o Banco julgar condizente e satisfatória às disposições do parágrafo 3.6 das Diretrizes de Consultoria poderá ser prospectada por meio de Seleção pelo Menor Custo, conforme previsto nos parágrafos 3.1 e 3.6 das Diretrizes de Consultoria.

Contratação Direta: os serviços direcionados a trabalhos cujas circunstâncias sejam conformes às disposições do parágrafo 3.10 das Diretrizes de Consultoria para Seleção de Fonte Única poderão, mediante prévia aprovação do Banco, ser adquiridos em obediência ao previsto nas disposições de tal método.

Seleção Baseada na Qualificação do Consultor (SQC): os serviços estimados em menos de o equivalente a US$ 100.000 por contrato poderão ser adquiridos conforme previsto nos parágrafos 3.1, 3.7 e 3.8 das Diretrizes de Consultoria.

Consultores Individuais (CI): Os serviços direcionados a trabalhos que se enquadrem no disposto na introdução do parágrafo 5.1 das Diretrizes de Consultoria poderão ser adquiridos e contratados de pessoas físicas na competência de consultores, conforme previsto nos parágrafos 5.2 a 5.3 das Diretrizes de Consultoria. Nas circunstâncias previstas no parágrafo 5.4 das Diretrizes de Consultoria, tais serviços poderão ser contratados de consultores individuais na condição de contratação direta.

15 O Projeto AquaBio será executado durante os dois primeiros anos pela UNESCO, cabendo a esta agência a assinatura dos contratos.

111

Termo de Referência

O Termo de Referência (TOR) é um documento que tem como propósito fornecer parâmetros à contratação de consultor individual (pessoa física) ou empresa (pessoa jurídica), visando a execução de determinado serviço de consultoria.

O Termo de Referência deve apresentar, de forma sintética e objetiva, as informações necessárias à caracterização do serviço e as diretrizes para sua contratação, execução e acompanhamento. Deve-se evitar, quando da sua elaboração, expressões que não tenham significado preciso ou que permitam interpretações dúbias.

Conteúdo do Termo de Referência

Termos de Referência devem definir claramente os objetivos, metas e escopo dos serviços, fornecendo as informações disponíveis (inclusive bibliografia e dados básicos relevantes) tendo em vista facilitar a elaboração das propostas pelos consultores. Em geral os TORs seguem a seguinte estrutura:

• Contexto• Justificativa• Objetivo• Atividades a Serem Desenvolvidas• Abrangência• Produto• Forma de Apresentação• Prazo• Qualificação• Supervisão• Estratégia de Execução• Elementos Disponíveis

Os tópicos acima, bem como a ordem em que foram apresentados, não são, necessariamente, obrigatórios. O fundamental é que o Termo de Referência seja coerente, estruturado logicamente e que descreva, com precisão, a obtenção dos resultados esperados e o serviço de consultoria pretendido, facilitando assim a seleção do consultor.

Objetivos do Termo de Referência

O Termo de Referência tem os seguintes objetivos:

• proporcionar, por meio de uma descrição objetiva e sucinta, o entendimento satisfatório da natureza do trabalho a ser realizado;

• fornecer os elementos necessários à formulação de propostas técnicas e financeiras, pelos consultores interessados;

• servir como referencial à avaliação das propostas apresentadas, no que diz respeito à qualificação dos consultores, à qualidade da proposta técnica, aos prazos e aos custos;

• definir os aspectos básicos da contratação, a forma de acompanhamento e de avaliação dos trabalhos; e• dirimir dúvidas acerca do objeto do contrato.

Os TORs, não serão demasiadamente detalhados e inflexíveis, de forma a possibilitar aos consultores a apresentação de metodologia e pessoal próprios. As empresas devem ser orientadas no sentido de comentar os Termos de Referência em suas propostas. O escopo dos serviços descritos nos Termos de Referência deverá ser compatível coma disponibilidade orçamentária. Os Termos de Referência também devem estabelecer, claramente, as responsabilidades do contratante e dos consultores. O Apêndice 1 apresenta em detalhes a estrutura do Termo de Referência.

Observação Importante sobre Estimativa de Custos

Embora o custo da consultoria não faça parte do Termo de Referência, pode ser necessário elaborar uma estimativa do valor do serviço, em separado, para ser enviada ao Banco. A definição de uma estimativa precisa do custo dos serviços pode ser necessária tanto para a aprovação do Termo de Referência pelo Banco Mundial, quanto para permitir a compatibilidade entre os recursos disponibilizados no POA e o preço de mercado desses serviços. Esta compatibilidade, por sua vez, assegura a viabilidade do procedimento licitatório, evitando sua revogação em virtude da estimativa orçamentária ser incompatível com as propostas apresentadas por licitantes de boa fé.

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A discriminação dos componentes do custo dos serviços é necessária tanto nas contratações por preço global, quanto nas contratações por preço unitário (por produtos singulares ou pontuais). Para a contratação de pessoa(s) física(s), basta detalhar o preço dos serviços em nível de remuneração básica (homem/hora, homem/dia ou homem/mês), encargos tributários e, quando não forem de responsabilidade do contratante, despesas com diárias, viagens e trabalhos de apoio (digitação, cópias, desenhos, etc.).

Normalmente, a discriminação das despesas de uma empresa de consultoria indicará: remuneração da equipe alocada na execução do contrato e respectivos encargos sociais; remuneração dos consultores autônomos e respectivos encargos sociais; despesas com viagens e diárias; serviços gráficos e material de consumo; despesas indiretas (aqui entendidas como seguros, impostos, depreciações, amortizações, aluguéis, utilidades e serviços de terceiros, etc.) e a remuneração da empresa.

Rotinas

A seguir, são apresentadas as rotinas utilizadas para a aquisição de bens, obras e outros serviços, e para a seleção de consultores. No endereço http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477.html estão à disposição dos usuários documentos e informações sobre as rotinas abaixo.

Aquisição de Bens, Obras e Serviços

Aquisição de Bens, Obras e Serviços no valor menor do que US$ 100.000 (Comparação de Preços Nacional ou Internacional - Shopping)

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Solicitação para aquisição, incluindo especificações técnicas e custo estimado. X X

02 Verificação quanto à aquisição estar prevista no Plano Operativo Anual. X X

03 Elaboração do documento para cotação de preços. X04 Elaboração de minuta de contrato, quando aplicável. X

05aª Envio do documento aos fornecedores para apresentação de propostas (aquisições até US$ 30.000, inclusive). X

05b Envio do documento aos fornecedores para apresentação de propostas (aquisições acima de US$ 30.000). X

06aª Análise das propostas (aquisições até US$ 30.000 inclusive). X X

06b Análise das propostas (aquisições acima de US$ 30.000). X X07 Homologação do resultado final. X

Insumos: Diretrizes para Aquisições no Âmbito de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID (Maio de 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Especificações Técnicas de Equipamentos e Materiais.

Instrumentos a utilizar: Formulário padrão para shopping (ver Apêndice 2).

Orientações Específicas: a comparação de preços (shopping) é o método de aquisições baseado na comparação de preços obtidos de vários fornecedores, resultando em pelo menos 03 (três) propostas válidas. O procedimento objetiva assegurar preços competitivos. Para as duas primeiras aquisições do Projeto, aquisição de veículos e de equipamentos de informática é necessária a prévia aprovação pelo Banco Mundial dos termos do convite, especificações, minuta do contrato e relatório de avaliação.

Aquisição de Bens e Serviços de valor maior do que US$ 100.000 e menor ou igual a US$ 500.000 (Concorrência Nacional - NCB)

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Solicitação para aquisição, incluindo especificações técnicas e custo estimado. X X

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02 Verificação quanto à aquisição estar prevista no Plano Operativo Anual. X X

03 Elaboração do edital. X X04 Elaboração de minuta do contrato. X

05 Envio do edital e da minuta do contrato ao BIRD para “não objeção”. X

06 Publicação do aviso específico de licitação. X07 Distribuição do edital (prazo mínimo de 30 dias). X08 Recebimento e abertura das propostas. X09 Análise das propostas. X X

10 Envio do Relatório de Julgamento ao BIRD para ”não objeção”. X

11 Conclusão do processo. X12 Homologação/Adjudicação do resultado final. X13 Assinatura do contrato. X

14 Envio de cópia do contrato na BIRD (antes do pagamento da primeira parcela do contrato) X

Insumos: Diretrizes para Aquisições no Âmbito de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID (Maio de 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Especificações Técnicas de Equipamentos e Materiais.

Instrumentos a utilizar: Edital Padrão, Concorrência Pública com Divulgação Nacional para a Contratação de Bens, versão revisada e consolidada sob a coordenação da SEAIN, disponível no endereço www.planejamento.gov.br/arquivos_down/seain/bens_2004.doc.

Aquisição de Bens e Serviços no valor maior do que US$ 500.000 (Concorrência Internacional - ICB)

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Solicitação para aquisição, incluindo especificações técnicas e custo estimado. X X

02 Verificação quanto à aquisição estar prevista no Plano Operativo Anual. X X

03 Elaboração do edital. X X04 Elaboração de minuta do contrato. X05 Envio do edital e da minuta do contrato ao BIRD para “não

objeção”. X

06 Publicação do aviso específico de licitação. X07 Distribuição do edital (prazo mínimo de 30 dias). X08 Recebimento e abertura das propostas. X09 Análise das propostas. X X10 Envio do Relatório de Julgamento ao BIRD para ”não

objeção”. X

11 Conclusão do processo. X12 Homologação/Adjudicação do resultado final. X13 Assinatura do Contrato. X

14 Envio de cópia do contrato na BIRD (antes do pagamento da primeira parcela do contrato). X

Insumos: Diretrizes para Aquisições no Âmbito de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID (Maio de 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Especificações Técnicas de Equipamentos e Materiais.

Instrumentos a utilizar: Edital Padrão, Concorrência Pública com Divulgação Nacional para a Contratação de Bens, versão revisada e consolidada sob a coordenação da SEAIN, disponível no endereço www.planejamento.gov.br/arquivos_down/seain/bens_2004.doc.

Contratação de Serviços de Consultoria

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Contratação de Serviços de Consultoria de empresas com valor menor do que U$ 100.000 (Seleção Baseada na Qualidade e no Custo - SBQC)

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Solicitação da consultoria, incluindo Termo de Referência detalhado e custo estimado. X X

02 Envio do TOR ao BIRD para “não objeção”. X03 Publicação da Manifestação de Interesse. X 04a Elaboração de Lista Curta (para contratos no valor de até

US$ 30.000, inclusive). X X

04b Elaboração de Lista Curta (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X X

05a Elaboração da solicitação de propostas (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X

05b Elaboração da solicitação de propostas (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X

06 Elaboração da minuta do contrato. X07a Envio da solicitação de propostas e minuta do contrato às

empresas da Lista Curta (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive).

X

07b Envio da solicitação de propostas e minuta do contrato às empresas da Lista Curta (para contratos no valor acima de US$ 30.000).

X

08a Recebimento das propostas técnicas e financeiras (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X

08b Recebimento das propostas técnicas e financeiras (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X

09a Abertura e análise das propostas técnicas (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X X

09b Abertura e análise das propostas técnicas (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X X

10a Comunicação aos participantes do resultado (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X

10b Comunicação aos participantes do resultado (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X

11a Abertura e análise das propostas financeiras (mínimo de 2 semanas após o item acima) (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive).

X X

11b Abertura e análise das propostas financeiras (mínimo de 2 semanas após o item acima) (para contratos no valor acima de US$ 30.000).

X X

12a Homologação do resultado final (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X X

12b Homologação do resultado final (para contratos no valor acima de US$ 30.000) X X

13a Negociação e adjudicação à empresa selecionada (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X X

13b Negociação e adjudicação à empresa selecionada (para contratos no valor acima de US$ 30.000) X X

14 Assinatura do contrato. X

Insumos: Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial (Maio 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Apêndice 1 deste Anexo – Orientações para a Elaboração de Termos de Referência.

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Instrumentos a utilizar: Modelo de Manifestação de Interesse; Minuta Padrão de Solicitação de Proposta – Seleção de Consultores, Documento Padrão para Relatório de Avaliação, Minuta Padrão de Contrato para Remuneração por Preço Global (disponíveis no endereço http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477).

Contratação de Serviços de Consultoria de empresas com valor maior ou igual a US$ 100.000 e menor do que US$ 500.000 (Seleção Baseada na Qualidade e no Custo - SBQC)

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Solicitação da consultoria, incluindo Termo de Referência detalhado e custo estimado. X X

02 Envio ao Banco Mundial para “não objeção”. X03 Publicação de Manifestação de Interesse. X04 Elaboração de Lista Curta. X X05 Elaboração da solicitação de propostas. X06 Elaboração da minuta de contrato. X

07 Envio ao Banco Mundial para “não objeção” à Solicitação de Propostas, à minuta do contrato e à lista curta. X

08 Envio da solicitação de propostas às firmas da Lista Curta. X09 Recebimento e abertura das propostas técnicas. X10 Análise das propostas técnicas. X X

11 Envio da análise das propostas técnicas ao BIRD para “não objeção”. X

12 Após “não objeção”, comunicação aos participantes do resultado. X

13 Abertura e análise das propostas financeiras (mínimo de 2 semanas após etapa acima). X X

14 Envio do Relatório de Avaliação Final da qualidade e custo para “não objeção” do Banco Mundial. X

15 Negociação e adjudicação à empresa selecionada. X X16 Assinatura do contrato X

Insumos: Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial (Maio 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Apêndice 1 deste Anexo – Orientações para a Elaboração de Termos de Referência.

Instrumentos a utilizar: Modelo de Manifestação de Interesse; Minuta Padrão de Solicitação de Proposta – Seleção de Consultores, Minuta Padrão de Contrato para Remuneração por Preço Global (disponíveis no endereço http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477).

Contratação de Serviços de Consultoria de empresas (Contratação Direta)

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Verificação quanto à consultoria estar prevista no Plano Operativo Anual. X X

02 Elaboração do TOR. X X03 Solicitação, ao Banco Mundial, da não objeção ao TOR. X04 Elaboração da Solicitação de Propostas. X05 Elaboração da minuta de contrato. X06 Envio da solicitação de proposta. X07 Recebimento da proposta. X08 Negociação do contrato. X X09 Assinatura do contrato. X

Insumos: Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial (Maio 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Apêndice 1 deste Anexo – Orientações para a Elaboração de Termos de Referência.

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Instrumentos a utilizar: Minuta Padrão de Solicitação de Proposta – Seleção de Consultores, Minuta Padrão de Contrato para Remuneração por Preço Global (disponíveis no endereço http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477).

Rotinas para Outras Modalidades de Contratação de Serviços de Consultoria de Empresas

Como pode ser observado nas rotinas acima apresentadas, existem algumas variações nos procedimentos, vinculados a limites nos valores dos contratos dos serviços de consultoria definidos no Acordo de Doação, bem como à divisão no encaminhamento dos processos de licitação entre o GAP/SECEX/MMA e a UNESCO. Tais limites também se aplicam às demais modalidades de contratação de serviços de consultoria:

• Contratação de Serviços de Consultoria (Seleção Baseada na Qualidade - SBQ)• Contratação de Serviços de Consultoria (Seleção Baseada em Orçamento Fixo - SBOF)• Contratação de Serviços de Consultoria (Seleção Baseada no Menor Custo - SBMC) • Contratação de Serviços de Consultoria (Seleção Baseada na Qualificação do Consultor)

O quadro a seguir descreve as principais etapas relacionadas à contratação de serviços de consultoria de empresas, devendo ser consideradas as variações nas etapas que são decorrentes dos limites nos valores dos contratos dos serviços de consultoria definidos no Acordo de Doação, bem como à divisão na execução dos processos de seleção de propostas (licitações) entre o GAP/SECEX/MMA e a UNESCO.

Como regra geral, os contratos com valores acima de US$ 100.000 requerem um maior número de consultas ao BIRD, para que este analise a documentação apresentada e se manifeste quanto à “não objeção”. Ainda com relação à execução dos procedimentos para a seleção das propostas, deve-se considerar o seguinte:

• O GAP/SECEX/MMA executa os procedimentos quando o valor do contrato é inferior a US$ 30.000 (inclusive).

• A UNESCO executa os procedimentos quando o valor do contrato é superior a US$ 30.000.

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Solicitação da consultoria, incluindo Termo de Referência detalhado e custo estimado. X X

02 Envio do TOR ao BIRD para “não objeção”. X03 Publicação da Manifestação de Interesse. X 04a Elaboração de Lista Curta (para contratos no valor de até

US$ 30.000, inclusive). X X

04b Elaboração de Lista Curta (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X X

05a Elaboração da solicitação de propostas (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X

05b Elaboração da solicitação de propostas (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X

06 Elaboração da minuta do contrato. X07a Envio da solicitação de propostas e minuta do contrato às

empresas da Lista Curta (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive).

X

07b Envio da solicitação de propostas e minuta do contrato às empresas da Lista Curta (para contratos no valor acima de US$ 30.000).

X

08a Recebimento das propostas técnicas e financeiras (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X

08b Recebimento das propostas técnicas e financeiras (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X

09a Abertura e análise das propostas técnicas (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X X

09b Abertura e análise das propostas técnicas (para contratos no valor acima de US$ 30.000). X X

10a Comunicação aos participantes do resultado (para contratos X

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no valor de até US$ 30.000, inclusive).10b Comunicação aos participantes do resultado (para contratos

no valor acima de US$ 30.000). X

11a Abertura e análise das propostas financeiras (mínimo de 2 semanas após o item acima) (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive).

X X

11b Abertura e análise das propostas financeiras (mínimo de 2 semanas após o item acima) (para contratos no valor acima de US$ 30.000).

X X

12a Homologação do resultado final (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X X

12b Homologação do resultado final (para contratos no valor acima de US$ 30.000) X X

13a Negociação e adjudicação à empresa selecionada (para contratos no valor de até US$ 30.000, inclusive). X X

13b Negociação e adjudicação à empresa selecionada (para contratos no valor acima de US$ 30.000) X X

14 Assinatura do contrato. X

Insumos: Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial (Maio 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Apêndice 1 deste Anexo – Orientações para a Elaboração de Termos de Referência.

Instrumentos a utilizar: Modelo de Manifestação de Interesse; Minuta Padrão de Solicitação de Proposta – Seleção de Consultores, Minuta Padrão de Contrato para Remuneração por Preço Global (disponíveis no endereço http://www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_document/477).

Contratação de Serviços de Consultoria Individual (CI) no valor menor do que US$ 100.000

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO GAP UCP UCE

01 Elaboração do TOR. X X02 Solicitação, ao Banco Mundial, da não objeção ao TOR. X

03Envio do TOR à CGRH/MMA consultando quanto à disponibilidade de pessoal do MMA com qualificação para o serviço de consultoria.

X

04Envio do TOR e da Declaração da CGRH (quando não existir profissional no MMA) para o GAP, solicitando a publicação do edital.

X

05 Publicação do edital para seleção de consultor. X06 Análise dos currículos e seleção de consultor. X07 Elaboração da minuta de contrato. X08 Homologação do resultado final. X09 Assinatura do contrato. X

Insumos: Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial (Maio 2004), Manual do Grupo de Apoio a Projetos (GAP/SECEX/MMA), Manual de Procedimentos Operacionais da UNESCO, Anexo 3 do Acordo de Doação, Apêndice 1 deste Anexo – Orientações para a Elaboração de Termos de Referência.

Instrumentos a utilizar: Modelo de TOR, Minuta Padrão de Contrato para Remuneração por Preço Global – Pequenos Serviços.

Orientações específicas: O Termo de Referência deverá definir claramente os objetivos, metas e escopo dos serviços, fornecendo todas as informações relevantes para que os consultores desempenhem as atividades requeridas. Para a contratação será necessária a não objeção do BIRD para o TOR, as qualificações e experiência do consultor e as condições de emprego.

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Apêndice 1 - Orientações para a Elaboração de Termo de Referência

O Termo de Referência é um documento que tem como propósito fornecer parâmetros para a contratação de consultor individual (pessoa física) ou empresa (pessoa jurídica), visando a execução de determinado serviço de consultoria.

O Termo de Referência deve apresentar, de forma sintética e objetiva, as informações necessárias à caracterização do serviço e as diretrizes para sua contratação, execução e acompanhamento. Deve-se evitar, quando da sua elaboração, expressões que não tenham significado preciso ou que permitam interpretações dúbias.

O Termo de Referência tem, geralmente, a seguinte estrutura:

• Contexto• Justificativa• Objetivo• Atividades a Serem Desenvolvidas• Abrangência• Produto• Forma de Apresentação• Prazo• Qualificação• Supervisão• Estratégia de Execução• Elementos Disponíveis

Observe-se que os tópicos acima, bem como a ordem em que foram apresentados, não são, necessariamente, obrigatórios. O fundamental é que o Termo de Referência seja coerente, estruturado logicamente e que descreva, com precisão, o serviço de consultoria pretendido, facilitando assim a obtenção dos resultados esperados.

Em síntese, o Termo de Referência tem os seguintes objetivos:

• proporcionar, por meio de uma descrição objetiva e sucinta, o entendimento satisfatório da natureza do trabalho a ser realizado;

• fornecer os elementos necessários à formulação de propostas técnicas e financeiras, pelos consultores interessados;• servir como referencial à avaliação das propostas apresentadas, no que diz respeito à qualificação dos consultores, à

qualidade da proposta técnica, aos prazos e aos custos;• definir os aspectos básicos da contratação, a forma de acompanhamento e de avaliação dos trabalhos; e• dirimir dúvidas acerca do objeto do contrato.

Dele deverão constar, em regra, as seguintes informações:

• indicações sobre o contexto, meio e condições em que o trabalho deve ser feito;• uma justificativa que esclareça as razões pelas quais o trabalho não pode ou não deve ser executado pelos técnicos

da instituição e, portanto, deve ser contratado;• o objetivo a ser alcançado com a execução do trabalho a contratar;• as atividades a serem cumpridas pelo técnico ou empresa contratada;• limites geográficos, áreas de conhecimento, nível de detalhamento das atividades a serem desenvolvidas, definindo

a abrangência dos serviços;• indicação dos produtos a serem obtidos em razão do contrato;• descrição clara e precisa da forma de apresentação dos produtos e/ou relatórios a serem fornecidos;• o prazo para entrega dos produtos ou o tempo em que os serviços do consultor serão utilizados;• definição da qualificação mínima considerada necessária à boa execução dos serviços;• indicação da entidade e, se possível, da pessoa que será encarregada da supervisão e aprovação dos trabalhos;• indicação da estratégia de ação a ser adotada; e• relação dos elementos disponíveis para a realização dos serviços, sejam recursos humanos, documentos, apoio

logístico ou outros.

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Encontram-se, a seguir, comentários sobre cada um dos títulos constantes do item do Termo de Referência acima identificados.

Contexto

O contexto deve proporcionar ao candidato à realização do trabalho informações em relação ao meio em que prestará seus serviços, ao meio em que serão utilizados os produtos e às condições que envolvem a execução do contrato.

Em sua elaboração, deve-se ter o cuidado de não superestimar o conhecimento que os potenciais prestadores do serviço possuam em relação ao meio em que deverão trabalhar ou ao meio ao qual os produtos se destinam, pois, em razão de tendermos a considerar nosso ambiente como comum a todos os locais, somos predispostos a descrevê-lo de forma muito limitada para uma pessoa que não o conhece.

No caso de um produto ou de atividades orientadas a um público específico, as características deste devem ser descritas nesta parte do Termo de Referência, para que o trabalho alcance os resultados esperados. Um documento ou vídeo para trabalho com populações rurais ou indígenas será muito diferente de outro para periferia urbana ou alunos universitários.

Também é comum que desta parte do Termo de Referência constem informações sobre fontes financeiras e aspectos contratuais relevantes, que impliquem condições especiais para a execução do trabalho, tais como empréstimos internacionais ou nacionais, trabalho conjugado com outras instituições que não a contratante, exigências de outras instâncias, etc. Neste caso, deve ser indicado o componente e, se possível, a atividade do Projeto à qual é vinculado o trabalho a contratar.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• descrever o ambiente no qual o trabalho será executado; • descrever as características do ambiente onde serão utilizados os produtos de seu trabalho, caso relevantes; • indicar aspectos contratuais que impliquem condições especiais de execução dos serviços.

Dele deverão constar, em regra, as seguintes informações:

• local onde será realizado o trabalho, e/ou o local a que se destina, e o quadro geral da situação existente;• indicação da instituição contratante e a repartição ou setor a que os serviços estarão afetos;• como o trabalho a ser executado se inter-relaciona com os outros programas e atividades da instituição contratante;• identificação dos atores com os quais o consultor deve interagir;• forma de utilização do produto do contrato;• origem dos recursos financeiros, e, se for o caso, as condições impostas para sua utilização no pagamento dos

serviços; e• outros fatores que possam afetar as condições de trabalho.

Justificativa

O objetivo deste item é informar os motivos pelos quais o serviço é necessário, e porque a instituição deseja contratá-lo com terceiros, ao invés de executá-lo com seus próprios recursos.

As razões expostas para demonstrar a necessidade do serviço devem ser coerentes com o quadro geral informado no item "Contexto". Normalmente, a execução dos serviços por pessoal alheio à instituição se justifica em razão de limitações qualitativas, quantitativas, estruturais ou transitórias de recursos humanos, ou pela inconveniência de empregá-los na realização deste trabalho específico.

Trata-se de uma informação dirigida tanto ao Banco Mundial, para o qual ela serve como justificativa de despesa, quanto ao prestador do serviço, que terá uma melhor noção das necessidades da instituição (muito embora ele possa, em princípio, elaborar sua proposta sem saber das razões pelas quais seus serviços são requeridos).

Em síntese, os objetivos deste item são:

• indicar os motivos que tornam necessária a execução do serviço; e• informar as razões pelas quais a instituição contratante não pode ou não deve executá-lo com seus próprios recursos

humanos.

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As informações normalmente apresentadas para justificar a contratação, conforme o caso, são:

• demonstração da necessidade da execução dos serviços, em razão das informações apresentadas no item contexto;• alta especialização do serviço, não estando os técnicos da instituição capacitados para executá-los;• insuficiência do número de técnicos existentes na instituição para a realização do trabalho;• eventualidade da necessidade dos serviços a contratar, sendo eles estranhos à rotina de trabalho da instituição;• necessidade de serem os serviços executados de forma independente, isenta da influência da contratante, como nas

avaliações de resultados e nas auditorias; e• as disposições existentes no Acordo de Doação que obrigam a este tipo de obtenção de serviços.

Objetivo

Esta parte do Termo de Referência deve apresentar, com clareza, o que se quer obter com a execução dos serviços a contratar. O objetivo é geralmente definido pelo nome geral do produto a ser obtido (por exemplo, Sistema de Monitoramento da Biodiversidade Aquática), pelo efeito que se espera de atividades a serem desenvolvidas (por exemplo, Moderação da Oficina para Troca de Experiências) ou outras indicações que esclareçam como se pensa resolver as necessidades referidas na justificativa.

É importante não confundir o objetivo do Termo de Referência com o objetivo geral de um projeto ou programa. Ainda que o trabalho a ser contratado deva contribuir para chegar ao objetivo geral, o objetivo do Termo de Referência deve ficar restrito ao produto ou atividade que se quer obter com o mesmo. Da mesma forma, quando, para o melhor entendimento do problema, for conveniente a definição dos resultados esperados, deve-se tomar o cuidado de indicar apenas os resultados referentes à contratação, e não os do projeto como um todo.

Para se obter maior clareza na descrição, principalmente quando o serviço especificado apresenta maior complexidade, pode ser definido o objetivo geral e os objetivos específicos que representem etapas ou partes do mesmo. Isto é particularmente conveniente quando são estabelecidos produtos que correspondem a cada objetivo específico, ou quando existem atividades a serem cumpridas que correspondem a esses objetivos. Em síntese, este item visa informar:

• objetivo geral da contratação, normalmente sintetizado no título do principal produto ou mesmo do projeto; e• objetivos específicos, consistentes em etapas ou partes do objetivo geral.

Devem constar dele as seguintes informações:

• indicação, explícita e concisa, do que se deseja obter com o trabalho a ser contratado;• forma genérica sob a qual se processará o trabalho; e• outras informações que contribuam para explicitar a natureza das obrigações a serem assumidas.

Atividades a Serem Desenvolvidas

Neste item devem ser identificadas as principais ações a serem executadas visando a obtenção dos produtos mencionados no Termo de Referência.

Seu objetivo é fornecer ao consultor uma idéia mais precisa dos aspectos operacionais que envolvem o trabalho proposto. Por este motivo, este item normalmente apresenta uma relação de providências concretas envolvendo atores, locais, períodos e conhecimentos específicos, as quais viabilizarão a consecução do objetivo ou do produto.

Em alguns casos não é possível especificar um produto, porque os serviços consistem em atividades a serem cumpridas junto ao contratante ou a outras instituições. Este é o caso dos trabalhos de assessoria, de capacitação em serviço, de pesquisa e outros, nos quais é difícil dimensionar antecipadamente as tarefas. Nestes casos, a definição das atividades é necessária para que se acompanhe o cumprimento do contrato.

Eventualmente podem ocorrer, também, dificuldades na definição das atividades. Neste caso devem ser apresentadas as deficiências a suprir, cabendo aos proponentes fornecerem sugestões de atividades saneadoras e o cronograma de sua execução. Esta alternativa geralmente traz maiores dificuldades ao julgamento das propostas.

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Em síntese, os objetivos deste item são:

• fornecer uma visão mais detalhada dos aspectos operacionais que envolvem a consecução dos produtos desejados;• indicar a natureza das obrigações que o consultor assumirá, quando os produtos não puderem ser definidos com

precisão; e• indicar as deficiências a suprir, quando as atividades não puderem ser explicitadas.

Deles constam, geralmente, as seguintes informações:

• uma relação de providências concretas, a serem tomadas pelo consultor, envolvendo atores, locais, períodos e conhecimentos específicos; e

• deficiências ou problemas a serem sanados, quando não puderem ser explicitadas as atividades.

Abrangência

Este item deve estabelecer os limites dentro dos quais deve ser buscado o Objetivo, de modo a definir o espaço de atuação do contratado, os equipamentos e os serviços de terceiros pelas quais será responsável.

Normalmente, são prestadas neste tópico informações como o âmbito geográfico em que o contratado atuará (por exemplo: levantamento do município X), a área de conhecimento a ser considerada (por exemplo: quanto aos aspectos de saúde da população), o grau de detalhe (por exemplo: todas as espécies com diâmetro maior que 5 cm), aspectos temporais (por exemplo: verificar com freqüência diária durante três meses), e as obrigações complementares (por exemplo: fornecimento de equipamento, serviços de terceiros, etc.).

A correta definição da Abrangência é fundamental para o dimensionamento das propostas e para o julgamento das mesmas. É em grande parte com base neste detalhamento que poderá ser calculado o volume do serviço a executar e, conseqüentemente, os homens/mês necessários16, os equipamentos e materiais a serem empregados, as viagens, diárias e outros serviços de terceiros obtendo-se, assim, elementos para elaboração da estimativa orçamentária, pelo contratante, e do custo da proposta, pelo consultor.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• fornecer uma visão da amplitude das ações a serem desenvolvidas;• embasar a elaboração da estimativa orçamentária; e• permitir o correto dimensionamento das propostas.

Dele deverão constar, pelo menos, as seguintes informações:

• limites temáticos e geográficos do serviço especificado;• aspectos temporais (freqüência, prazos) de atividades específicas;• nível de detalhamento a ser observado nas fases de diagnóstico e tratamento de dados; e• equipamentos, serviços de terceiros e outros recursos cujo fornecimento serão de responsabilidade do consultor.

Produto

A maneira mais fácil de definir o que é esperado da contratação de um serviço de consultoria é especificar o produto que deve ser entregue pelo contratado. Os produtos podem ser parciais, correspondentes a determinada fase do trabalho, ou finais, correspondentes ao efetivo objeto da contratação.

Quando se tem objetivos específicos para um projeto, é desejável que se disponha de produtos correspondentes aos mesmos, salvo no caso da determinação de atividades que correspondam a um objetivo. Outras vantagens da definição dos produtos esperados são a facilidade na verificação da qualidade do trabalho recebido e a possibilidade de sua correlação com prazos e formas de pagamento, as quais simplificam o controle da execução do serviço.

A especificação do produto deve informar sobre a sua natureza (por exemplo: documento, relatório, projeto, parecer, etc.) e descrever seu conteúdo (por exemplo: assunto, plantas, tabelas, síntese, índice, etc.).

16 Homem/hora, homem/dia ou homem/mês são unidades de medida que correspondem ao trabalho de um homem durante uma hora, um dia ou um mês.

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Também é importante definir o tipo de uso que será dado ao produto a ser obtido (cursos, referência permanente no trabalho, execução de atividades descritas, etc.), a profundidade esperada no tratamento do tema proposto e o tipo de abordagem obrigatória ou desejável.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• explicitar os produtos finais a serem fornecidos em razão do contrato; e• explicitar os produtos parciais, correspondentes às etapas previstas na consecução do objeto do Termo de

Referência, caso existam.

Dele devem constar as seguintes informações:

• tipo de produto a ser fornecido, e o seu conteúdo básico;• abordagens obrigatórias ou facultativas dos problemas indicados no "Contexto";• dimensionamento do produto, com a indicação do grau de profundidade que será requerido; e• modo de utilização dos produtos.

Forma de Apresentação

Neste item devem ser indicados os requisitos formais do fornecimento dos produtos, com o objetivo de tornar a utilização dos mesmos mais fácil e proveitosa.

Geralmente, são consideradas as seguintes formas de apresentação: por escrito (caso em que se recomenda a indicação do formato de papel, número de folhas, organização de capítulos/anexos, número de exemplares, forma de encadernação, etc.), gravação em mídia eletrônica (especificando-se o processador de textos e tipo de mídia), gráficos, fotos, transparências, diapositivos e gravação em vídeo (com a especificação do sistema de TV: PAL-M, NTSC, etc., dimensão da fita, com ou sem animação, etc.).

É necessária a indicação do idioma ou dos idiomas em que os produtos devem ser escritos, digitados ou narrados, assim como o número de cópias de cada produto.

Convém especificar que os produtos serão apresentados ao contratante em versão preliminar e que, depois de analisados, deverão ser reapresentados em versão final, como condição à efetivação dos pagamentos.

Nos casos em que a consultoria consiste em desempenho de determinadas atividades, não havendo produtos específicos, deve ser indicado o modo de apresentação dos relatórios de atividades, que normalmente não requerem maiores formalidades.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• explicitar as exigências formais a que estará submetida a apresentação dos produtos ou, quando for o caso, dos relatórios de atividades; e

• indicar os procedimentos a que estará submetida a apresentação dos produtos ou dos relatórios de atividades, visando sua aceitação pelo contratante.

Dele devem constar as seguintes informações:

• indicação do idioma em que devem ser apresentados os produtos e relatórios de atividades;• meio de comunicação em que será apresentado o produto (escrito, gravado em mídia eletrônica, vídeo, etc.);• detalhamento da forma de apresentação, para cada meio: formato de papel, número de cópias, organização em

capítulos, uso de recursos gráficos, etc.; sistema de TV, dimensão do vídeo tape, tipo de equipamento de reprodução; transparências, diapositivos, outras formas de projeção; gravação em disquetes ou CDs”, tipo de processador de texto, etc.;

• indicação sobre a necessidade de apresentação dos produtos em versão preliminar e em versão definitiva; e• especificação da forma de apresentação de relatórios, nos casos de contratos por atividades.

Prazo

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Nesta parte do Termo de Referência devem ser indicados os prazos estimados para obtenção de cada um dos produtos parciais (quando exigidos) e finais, e o limite de duração do contrato. Para isto, é importante reportar-se aos objetivos e produtos já definidos, pois os prazos devem ser coerentes com os mesmos. Também devem estar definidos os períodos necessários para as revisões dos produtos, que serão feitas pelo contratante, antes de sua aceitação final.

No caso da contratação por atividades, os prazos se referem ao tempo durante o qual cada uma das atividades vai ser desenvolvida e aos períodos em que devem ser entregues os relatórios relativos ás mesmas. Em certos tipos de consultoria, especialmente em assessoria muito especializada, pode ser dimensionado um número limite de homens/hora ou homens/dia ou homens/mês, que serão utilizados conforme a necessidade eventual, mas previsível, de sua demanda, sendo também estabelecido o período máximo para sua utilização.

A apresentação de um cronograma no Termo de Referência é muito conveniente, especialmente quando se tratar de trabalho de maior complexidade, que apresente várias atividades e produtos interdependentes. Os prazos deverão ter como ponto de referência o início da execução do trabalho, e não uma data específica do calendário, o que os tornariam, facilmente, ultrapassados. Em qualquer hipótese, deve ser solicitado que as propostas de trabalho apresentem cronogramas sob a forma de um gráfico de barras ou quadros, em que sejam apresentados os períodos de execução dos produtos e/ou atividades solicitadas, e a correlação entre as mesmas.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• estabelecer os limites de tempo para a apresentação dos produtos parciais e finais ou para a conclusão das atividades; e

• no caso de consultorias pontuais, determinar o número limite de homens/hora, homens/dia ou homens/mês a serem empregados nos objetivos do Termo de Referência.

Dele devem constar, conforme o caso, as seguintes informações:

• tempo previsto para a conclusão de produtos parciais ou finais, em suas versões preliminares e definitivas;• tempo disponível ao contratante para análise e devolução de documentos entregues em versão preliminar;• tempo estabelecido para o cumprimento das atividades especificadas e a entrega dos respectivos relatórios;• número de horas ou dias previstos em um contrato para consultoria pontual, e o período de utilização da mesma; e• cronograma de atividades e/ou de entrega dos produtos.

Qualificação

Em qualquer das hipóteses apresentadas na "Justificativa" para respaldar a contratação, deve ser especificada, com clareza, a qualificação profissional mínima para a execução dos serviços.

Estas qualificações são geralmente definidas a partir da formação acadêmica (estabelecendo-se um nível mínimo: curso universitário, especialização, mestrado, doutorado) e da experiência mínima que deva ter o contratado na área específica do serviço a realizar (comprovação de execução de um determinado número de trabalhos similares aos solicitados no Termo de Referência e/ou de um determinado número de anos de atividade profissional).

Também deve ser considerada, principalmente na contratação de consultores internacionais, a experiência do consultor na área geográfica onde será desenvolvido o trabalho (ou pelo menos no país ou continente) e o conhecimento do idioma. Este conhecimento local pode ser essencial em atividades relacionadas ao meio ambiente, assim como no trato com as populações locais.

A capacitação para redigir documentos, apresentar verbalmente os temas, organizar cursos, etc., se necessária à execução do trabalho, deve ser expressamente indicada.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• definir a qualificação mínima considerada aceitável para a execução dos serviços especificados no Termo de Referência; e

• fornecer, aos responsáveis pela seleção dos consultores, parâmetros para a avaliação das qualificações dos mesmos.

Dele devem constar as seguintes informações:

• tipo de formação profissional mínima exigida;

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• natureza e amplitude da experiência específica na área temática do trabalho;• obrigatoriedade de experiência no local (área específica, país, continente), se for o caso;• obrigatoriedade do conhecimento do idioma e costumes do local de trabalho, se necessário; e• capacidade de redação e outras habilidades necessárias à execução dos serviços, conforme o caso.

Supervisão

O Termo de Referência deve definir a instituição, departamento ou o setor que ter a responsabilidade da supervisão dos trabalhos. Isto não implica somente fiscalização, mas também acompanhamento e apoio ao trabalho do consultor, na revisão e discussão dos documentos produzidos e na aprovação dos mesmos, inclusive para fins de pagamento parcial e final dos serviços.

Dentro do possível, deve ser definida a forma como se processará essa supervisão, não necessariamente detalhando procedimentos, mas fornecendo diretrizes para essa atividade. É recomendável evitar estabelecer mais de um responsável ao qual o consultor deva reportar-se, para não criar duplicidade de supervisão e problemas decorrentes.

Muitas vezes, os convênios ou contratos que definem a alocação de recursos financeiros exigem o acompanhamento dos trabalhos contratados, o acesso aos mesmos a qualquer momento, e até a aprovação final de alguns produtos ou relatórios de atividades. Quando ocorrer este tipo de situação, ela deve ser indicada no Termo de Referência, para conhecimento dos consultores interessados no serviço.

Com freqüência, a execução de tarefas dentro de um programa implica cumprir procedimentos de monitoramento físico e financeiro, assim como obediência à estratégia de execução definida pelo contratante. O Termo de Referência deve explicitar essas obrigações.

O controle dos serviços contratados sob a forma de atividades depende da apresentação de relatórios periódicos sujeitos à aprovação do contratante. Estes relatórios devem referir-se ao tipo de atividades executadas, às datas em que ocorreram, aos resultados obtidos, aos problemas encontrados e fornecer sugestões para o desenvolvimento dos serviços em etapas seguintes.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• Definir a responsabilidade pela supervisão e aceitação dos serviços a serem contratados e a forma de cumprir com esta função; e

• Relacionar as obrigações do consultor quanto a informações para monitoramento e avaliação, além do atendimento a missões de acompanhamento.

Dele devem constar as seguintes informações:

• Instituição, o departamento e a pessoa responsáveis pela supervisão do trabalho; e• Procedimentos gerais de acompanhamento e aprovação dos serviços.

Estratégia de Execução

Com freqüência, o objeto do contrato não se resume simplesmente a obter um produto ou cumprir com uma atividade, mas que deve seguir uma estratégia que está orientada por finalidades maiores. É o caso, por exemplo, dos trabalhos de consultoria contratados para obter a capacitação em serviço dos servidores da instituição contratante.

De igual forma, o trato com populações locais, especialmente os povos da floresta, implica a execução do trabalho dentro de procedimentos determinados pela política institucional do contratante. Determinados serviços, como o levantamento na zona tampão de uma Unidade de Conservação, podem exigir métodos de trabalho que não sejam, necessariamente, os de maior rendimento físico, mas que se subordinem a cuidados com a natureza e proteção de espécies que ali vivem.

Estes e vários outros possíveis condicionantes do serviço correspondem a estratégias de execução ditadas por políticas do contratante ou por diretrizes maiores a que o mesmo está sujeito, as quais devem ser indicadas, ainda que sucintamente, no Termo de Referência.

Em síntese, os objetivos deste item são:

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• dar conhecimento, aos possíveis executores, da estratégia de execução a ser adotada na prestação do serviço de consultoria; e

• permitir à fiscalização do contratante avaliar o cumprimento desta estratégia.

Dele devem constar, conforme o caso, as seguintes informações:

• estratégias da instituição, relativas à capacitação em serviço de seus servidores;• estratégias relativas ao trato e envolvimento das populações locais;• estratégias de execução provenientes de aspectos de proteção do meio ambiente e outras peculiaridades locais; e• estratégias de nível governamental ou contratual a que o contratante está sujeito, e que deverão ser consideradas

pelo consultor.

Elementos Disponíveis

Devem ser apresentados no Termo de Referência os documentos e demais elementos que estarão à disposição do consultor para facilitar a execução dos trabalhos. Serão indicados os elementos de informação (por exemplo: dados já disponíveis, documentos sobre o assunto, bibliografia, etc.) e facilidades de instalações físicas, equipamentos e serviços (por exemplo: salas, móveis, computadores, digitadores, cópias, etc.) que ficarão à disposição do consultor para a execução de suas tarefas.

Quando for o caso, devem ser mencionados os servidores que colaborarão na execução do serviço e os respectivos níveis de capacitação.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• indicar as informações que estarão à disposição do consultor, para subsidiar a execução dos serviços a serem contratados; e

• subsidiar a definição dos custos da proposta do consultor, indicando os recursos necessários à execução dos serviços, cujo fornecimento ficará a cargo do contratante.

Dele devem constar as seguintes informações:

• documentos, bibliografia e outras informações referentes ao serviço a ser contratado;• disponibilidade dos meios físicos (salas, móveis, equipamentos) que poderão ser utilizados pelo consultor em seu

trabalho;• serviços da instituição (digitação, cópias, preparação de desenhos, etc.) que estarão à disposição do consultor; e• pessoal da instituição que apoiará ou funcionará como contraparte do consultor na execução dos serviços.

Observação Importante: Estimativa de Custos

Embora o custo da consultoria não seja parte do Termo de Referência, pode ser necessário elaborar uma estimativa do valor do serviço, em separado, para ser enviado ao Banco. A definição de uma estimativa precisa do custo dos serviços pode ser necessária tanto para a aprovação do Termo de Referência pelo Banco Mundial, quanto para permitir a compatibilidade entre os recursos disponibilizados no POA e o preço de mercado desses serviços. Esta compatibilidade, por sua vez, assegura a viabilidade do procedimento licitatório, evitando sua revogação em virtude da estimativa orçamentária ser incompatível com as propostas apresentadas por licitantes de boa fé.

A discriminação dos componentes do custo dos serviços é necessária tanto nas contratações por preço global, quanto nas contratações por preço unitário (por produtos singulares ou pontuais). Para a contratação de pessoa(s) física(s), basta detalhar o preço dos serviços em nível de remuneração básica (homem/hora, homem/dia ou homem/mês), encargos tributários e, quando não forem de responsabilidade do contratante, despesas com diárias, viagens e trabalhos de apoio (digitação, cópias, desenhos, etc.).

Normalmente, a discriminação das despesas de uma empresa de consultoria indicará: remuneração da equipe alocada na execução do contrato e respectivos encargos sociais; remuneração dos consultores autônomos e respectivos encargos sociais; despesas com viagens e diárias; serviços gráficos e material de consumo; despesas indiretas (aqui entendidas como seguros, impostos, depreciações, amortizações, aluguéis, utilidades e serviços de terceiros, etc.) e a remuneração da empresa.

Além da decomposição do custo dos serviços, deve-se indicar neste item a moeda ou moedas de pagamento e a forma em que eles serão feitos; o órgão responsável pelos pagamentos; os descontos obrigatórios, a serem executados na fonte

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pagadora e a fórmula de reajuste do preço, caso necessário e legalmente amparado. Todos esses aspectos são de fundamental interesse para o consultor, e podem determinar um nível maior ou menor de interesse pela execução dos trabalhos.

A forma de pagamento dos serviços prestados deve ser relacionada com os produtos parciais e finais, atividades a cumprir e prazos estabelecidos, assim como com as normas de entrega e aprovação dos trabalhos. Os custos relativos à mão-de-obra devem ser compatíveis com as qualificações profissionais exigidas no item "Qualificação" do Termo de Referência.

Em síntese, os objetivos deste item são:

• indicar o preço estimado da contratação;• discriminar os custos unitários dos diversos fatores que compõem o preço total;• estabelecer a forma de contratação (por preço global, por serviço prestado pontualmente, por atividades executadas

em determinado período de tempo); e• estabelecer a forma de pagamento e os fatores que afetarão o desembolso dos recursos, a cargo do contratante.

Dele devem constar as seguintes informações:

• moeda ou moedas em que serão pagos os serviços;• estimativa de preço total dos serviços e, quando for o caso, o valor estimado para cada um dos produtos parciais ou

finais exigidos, para a conclusão de parte das atividades ou por períodos de trabalho;• discriminação dos custos unitários dos diversos fatores (remunerações, passagens, diárias, serviços gráficos,

encargos sociais, etc.) que compõem o preço total estimado;• indicação do contratante, da forma de contratação dos serviços e das possíveis limitações ou vantagens que essa

forma de contratação pode oferecer;• indicação da forma de pagamento e dos possíveis descontos a que estará sujeito o contratado; e• forma de reajuste do preço do contrato, quando for o caso.

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Apêndice 2 - Modelo de Fax para a Solicitação de Propostas para Comparação de Preços (Shopping)

PROJETO AQUABIO

CAPA PARA FAC-SÍMILE

Fax no. __/20__ Data:

Remetente: Nome: Cargo:

Destinatário: Nome: Órgão: Cargo: Fac-Símile:

Assunto:Solicita Cotação de Preços dos Itens em Anexo.

Total de Páginas (incluindo a capa): 02

MENSAGEM

Prezado Senhores,

O PROJETO AQUABIO, através do governo brasileiro, recebeu a Doação ............. do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), para financiar parte de suas atividades, pretendendo aplicar parte dessa doação para fazer face aos pagamentos referentes aos itens expressos em anexo (elaborar anexo com a relação dos equipamentos/materiais).

O PROJETO AQUABIO convida à apresentação de Cotações com vistas ao fornecimento de equipamentos/materiais, conforme relação anexa.

As Propostas deverão conter as seguintes informações:

1. Prazo de validade da proposta.2. Prazo de garantia, nos casos dos equipamentos, impressoras, gravadoras de CD-ROM, não inferior a 3 (três) anos.3. Prazo de entrega dos produtos igual ou inferior a 30 (trinta) dias, _____ dias após a adjudicação.4. Dispor de assistência técnica local.5. Prazo máximo para atendimento de chamada, para equipamentos em garantia: 02 (dois) dias.6. Encaminhar as propostas para o endereço abaixo até às 18 horas do dia ____ (mínimo de três dias úteis).

PROJETO AQUABIO(indicar endereço).Sr./Sra. (indicar nome). Fone: (0.xx.DDD) número do telefone.FAX: (0.xx.DDD) número do telefone.E-mail Projeto: ..........@endereço.

7. O local de entrega dos Bens relacionados no anexo é o mesmo do item 6 acima.

128

Apêndice 3 - Modelo de Contrato de Serviços de Consultoria

PROJETO AQUABIO MODELO DE CONTRATO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA (PARA PEQUENOS SERVIÇOS)(Valores inferiores a US$ 100.000)

CONTRATO Nº ____/200_

POR MEIO DESTE INSTRUMENTO, doravante denominado CONTRATO, firmado e em vigor a partir de (indicar data de início do serviço), (indicar o Contratante), com sede (indicar endereço), neste ato representada por (indicar representante), CPF nº (indicar número), doravante denominada ............., e, do outro lado, (indicar o nome do consultor/empresa), doravante designado CONSULTOR/EMPRESA, CPF/CNPJ nº. (indicar número), residente e domiciliado ou com sede em (indicar endereço),

CONSIDERANDO a necessidade da (indicar o Contratante) de contratar a execução dos Serviços objeto do presente instrumento,

CONSIDERANDO que o/a CONSULTOR/EMPRESA se propõe a prestar esses Serviços,

ACORDAM as partes, na forma das seguintes Cláusulas:

1. DOS SERVIÇOS

i. O CONSULTOR/EMPRESA obriga-se a executar os serviços especificados no Anexo A: "Termos de Referência e Escopo dos Serviços", que faz parte integrante deste Contrato (“Serviços”).ii. Obriga-se o CONSULTOR/EMPRESA a alocar aos Serviços o pessoal relacionado no Anexo B: "Pessoal da Consultora", tendo em vista propiciar a execução dos Serviços. (aplica-se somente nos casos de Empresas). iii. O CONSULTOR/EMPRESA deverá apresentar à ......... os relatórios, na forma e nos prazos fixados no TOR.

2. DO PRAZO

A menos que as partes subseqüente e expressamente acordem de modo diferente, o CONSULTOR/EMPRESA deverá executar os Serviços no período compreendido entre (indicar prazo de execução).

3. DO PAGAMENTO

A. LimiteObriga-se a ............., em face da execução do Serviços especificados no Anexo A, a pagar ao CONSULTOR/EMPRESA a quantia que não exceda o limite de R$ (indicar valor), na qual presume-se incluídos todos os custos e lucros do CONSULTOR/EMPRESA, bem como quaisquer obrigações fiscais que sobre o(a) mesmo(a) recaiam.

B. Cronograma de PagamentosOs pagamentos atenderão ao cronograma:(inserir cronograma especificando valor, moeda e forma de pagamento).

C. Condições de PagamentoOs pagamentos devem ser feitos em (especificar a moeda), em até 30 (trinta) dias contados da apresentação, pelo CONSULTOR/EMPRESA, das respectivas faturas, acompanhadas de uma cópia, ao Coordenador designado na Cláusula 4.

4. ADMINISTRAÇÃO DO PROJETO

A. CoordenadorA .............. designa (indicar nome), como seu Coordenador, o qual será responsável pela supervisão das atividades objeto deste CONTRATO, pela aceitação e aprovação dos relatórios e outros documentos entregues à ................., e pelo recebimento e aprovação das faturas para pagamento.B. RelatóriosOs relatórios elencados no Anexo: "Relatórios do Consultor", deverão ser apresentados no decorrer da execução dos Serviços e constituirão a base para a efetivação dos pagamentos a serem feitos conforme a Cláusula 3.

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5. PADRÕES DE DESEMPENHO

O CONSULTOR/EMPRESA se compromete a executar os Serviços de acordo com os mais elevados padrões de competência e integridade profissional e ética. Na hipótese da (indicar o Contratante) considerar insatisfatórios os serviços de algum profissional designado para os Serviços objeto deste CONTRATO, o CONSULTOR/EMPRESA deverá, prontamente, substituí-lo.

6. SIGILOO CONSULTOR/EMPRESA não deverá, no decorrer deste CONTRATO e por (2) dois anos contados do seu término, divulgar quaisquer informações confidenciais ou particulares da (indicar o Contratante), relativas ao Serviço, a este CONTRATO ou aos negócios ou operações da ..........., sem o seu prévio e expresso consentimento.

7. PROPRIEDADE MATERIALTodos os estudos, relatórios ou outros materiais, como gráficos, software, etc., elaborados pelo CONSULTOR/EMPRESA para o Cliente sob este CONTRATO pertencerão ao Cliente. O CONSULTOR/EMPRESA poderá reter uma cópia de tais documentos e software.

8. INCOMPATIBILIDADEO CONSULTOR/EMPRESA concorda que, no decorrer deste CONTRATO e após o seu término, estará desqualificado para o fornecimento de bens, obras ou serviços (salvo os Serviços, objeto do CONTRATO, ou sua continuação) para qualquer projeto resultante ou vinculado aos Serviços.

9. SEGUROO CONSULTOR/EMPRESA se responsabilizará pela contratação de quaisquer seguros que se fizerem adequados.

10. CESSÃOÉ vedado ao Consultor ceder, no todo ou em parte, o objeto deste CONTRATO ou subcontrato sem o prévio e escrito consentimento da .............

11. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E IDIOMAAo CONTRATO serão aplicáveis as leis do _______, e o idioma de regência será o ___________.

12. SOLUÇÃO DE CONFLITOS

Qualquer controvérsia resultante deste Contrato, não solucionada amigavelmente pelas Partes, deverá ser submetida a adjudicação de acordo com as leis do país de domicílio da ....................

_______________________________ ______________________________ EMPRESA/CONSULTOR PROJETO

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MANUAL OPERACIONAL

PROJETO AQUABIO

ANEXO VI - PROCEDIMENTOS PARA EXECUÇÃO

FINANCEIRA

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Introdução A primeira fase da execução físico/financeira do Projeto AquaBio, correspondente aos dois primeiros anos do Projeto, será realizada por meio da UNESCO, com o apoio da UCP. A segunda fase, para os quatro anos subseqüentes, será implementada diretamente pelo próprio Ministério do Meio Ambiente.

Para a segunda fase estão previstos repasses de recursos para os parceiros na execução do AquaBio, por meio de celebração de convênios ou instrumentos congêneres com os proponentes de atividades demonstrativas no âmbito do Subcomponente 2.1 do Projeto ou ainda com a SDS, SEMA, SECTAM e IBAMA. Esses e outros mecanismos para a descentralização de recursos do Projeto ainda serão objeto de negociação entre o Ministério e o BIRD.

Assim, o presente anexo do Manual Operacional tem como objetivo orientar nos procedimentos operacionais para adiantamento dos recursos financeiros pela STN e desembolso dos recursos do Acordo de Doação TF nº. 056255, firmado ente o Governo Brasileiro e o BIRD, para os dois primeiros anos de execução do Projeto, além de apresentar os procedimentos de prestação de contas do Projeto para o BIRD e aqueles vinculados à Auditoria Financeira da execução do Projeto.

Para orientar a aplicação dos recursos externos na execução de projetos, a Secretaria do Tesouro Nacional disponibiliza aos interessados informações sobre a legislação brasileira aplicada à operacionalização de recursos externos:

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi/projetos_download.asp.

Comentários quanto aos assuntos contidos neste Anexo, bem como esclarecimentos adicionais, poderão ser submetidos e/ou obtidos junto à UCP, nos telefones (0xx61) 4009-9592/9556, no fax (0xx61) 4009-9594 ou no e-mail [email protected].

Principais Aspectos a Serem Considerados

Os órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal e de Administração Financeira Federal (SPOA) deverão informar à STN até 31 de março de cada ano os limites de movimentação e empenho e o cronograma de pagamento mensal de cada um dos projetos financiados com recursos externos, tanto da parte referente aos recursos externos como da contrapartida, se houver. Para tanto, a UCP do Projeto AquaBio deverá fornecer à SPOA/MMA os valores necessários para a movimentação financeira do ano em curso, baseado no Plano Operativo Anual do Projeto.

A execução orçamentária e financeira do Projeto será registrada no Sistema de Administração Financeira do Serviço Público Federal (SIAFI), por meio da Unidade Gestora (UG) 440071, criada para o acompanhamento da execução do Projeto.

É vedado o pagamento de despesas mediante o saque direto da conta do Acordo de Doação ou Conta Especial, devendo toda a movimentação financeira ser feita por meio do SIAFI.

A STN estabelecerá anualmente para o AquaBio um Fundo Fixo, cujo valor será determinado pela COFIN/STN, equivalente ao adiantamento de 3 (três) meses do limite do pagamento anual do AquaBio, informado pela SPOA, respeitados os limites estabelecidos no Decreto de Programação Financeira do exercício.

Visão Geral do Fluxo de Recursos da Doação e do Tesouro

Conforme os novos procedimentos estabelecidos pela STN, todos os recursos oriundos da Doação e necessários para a execução do Projeto, serão adiantados pela STNpelo Banco Mundial através da Conta Designada do Projeto, criada no Banco do Brasil, e operacionalizados Unidade Gestora do Projeto (UG), estabelecida no via SIAFI, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional. Com a aprovação anual do Orçamento Geral da União e de acordo com as solicitações de recursos por parte da UCP (via Programação Financeira), a STN adiantará enviara os Pedidos de Saque acompanhados das Declarações de Gastos do Projeto para ao Banco Mundial, que disponibilizara os recursos de Doacao na Conta Designada UG, por meio de liberação, os recursos solicitados correspondentes à Doação. Os recursos da contrapartida nacional (Ação 6016 – Manejo Integrado da Biodiversidade na Amazônia) serão liberados posteriormente, quando da publicação do Decreto de liberação financeira referente à Lei Orçamentária Anual (LOA).

Esses recursos serão, então, descentralizados para a UNESCO, que fará a sua execução financeira, de acordo com as demandas do Projeto, e documentará todos os pagamentos feitos com os adiantamentos recebidos por meio de seu próprio sistema. A UNESCO disponibilizará todas as informações à UCP, que emitirá a documentação necessária para

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a comprovação dos gastos. Especificamente no caso dos recursos oriundos do Acordo de Doação, a UCP submeterá a comprovação dos gastos ao BIRD, por intermédio da STN, para o reembolso do adiantamento realizado.

A comprovação dos gastos se dará, preferencialmente, mediante a elaboração de SOEs (Declarações de Gastos), referentes às categorias de despesas elegíveis, previstas no Acordo de Doação (ver tabela na “Rotina para Solicitação de Desembolso de Recursos Externos” abaixo). Um relatório de pagamentos será extraído periodicamente (ex.: mensalmente ou trimestralmente), classificado por categoria de despesa, e incluído numa SOE, que será então submetido ao BIRD. Para fins de comprovação de gastos, a UCP terá acesso aos registros da UNESCO para verificar os pagamentos realizados no período.

O Acordo de Doação prevê também a possibilidade de utilização de comprovação de gastos mediante Relatórios, cuja forma e conteúdo serão estipulados pelo BIRD, sendo que os referidos Relatórios deverão, ainda, incluir o Relatório de Monitoria Financeira (RMF) e quaisquer outras informações adicionais que o BIRD vier a solicitar por meio de notificação ao MMA. No caso da primeira solicitação de saque dos recursos da Doação, caberá ao MMA fornecer ao BIRD uma declaração na qual conste uma projeção das fontes e aplicações dos recursos para o Projeto, para o período de seis meses subseqüentes à data de tal solicitação.

Para mais detalhes sobre os procedimentos relacionados à comprovação de gastos e do fluxo dos recursos oriundos do BIRD ver o Anexo 1 do Acordo de Doação.

Relatórios de Monitoração Financeira

O MMA deverá elaborar trimestralmente e fornecer ao BIRD um Relatório de Monitoração Financeira (RMF), de forma e conteúdo satisfatórios para o BIRD, fazendo dele constar o seguinte:

• Especificação das fontes e usos dos recursos para o Projeto, tanto cumulativamente quanto com relação ao período considerado no relatório, demonstrando, em separado, os recursos disponibilizados pela Doação do Fundo Fiduciário GEF e outra contribuições financeiras e, ainda, fornecendo esclarecimentos quanto às diferenças percebidas entre a utilização planejada e a realizada de tais recursos.

• Descrição do progresso físico da implantação do Projeto, tanto cumulativamente quanto com relação ao período considerado no relatório, fornecendo esclarecimentos quanto às diferenças percebidas entre a implantação planejada e a realizada.

• Especificação da situação das aquisições do Projeto com relação ao final do período ao qual se referir o relatório.

O primeiro RMF deverá ser entregue ao BIRD em até, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias decorridos após o término do primeiro trimestre do ano-calendário subseqüente à data de início de vigência do Projeto, devendo o mesmo cobrir o período iniciando-se na data do evento da primeira despesa relativa ao Projeto até o término do referido trimestre. Posteriormente, todo RMF deverá ser entregue ao BIRD em até, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias após cada trimestre subseqüente do ano-calendário, devendo cobrir o referido trimestre. Os seguintes RMFs trimestrais serão emitidos diretamente do SIGMA para propósitos de gerenciamento e apresentação de relatórios:

• RMSF 1 – Origem e uso dos recursos por categoria de custo conforme o Acordo de Doação.• RMSF 2 – Extrato de Investimentos por componentes e sub-componentes.• RMF 3 • RMF 4 3 – Reconciliação de desembolsos com a página eletrônica de Conexão do Cliente do BIRD (Client

Connection).

Todos os RMFs deverão ser preparados na moeda local (R$) e os valores das despesas serão exibidos por trimestre e acumulados para o Projeto. Os RMFs de final de ano poderão ser utilizados para propósitos de auditoria externa.

A seguir, são apresentadas as rotinas utilizadas para a movimentação dos recursos financeiros no âmbito do Projeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia (AquaBio) durante os dois primeiros anos de execução.

Rotina para Solicitação de Adiantamento de Recursos

Esta rotina compreende as atividades a serem realizadas com vistas a disponibilizar recursos financeiros para a execução do Projeto, mediante a solicitação de adiantamento de recursos à STN e que serão, posteriormente,

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reembolsados pelo BIRD, como despesas financiáveis pela Doação, mediante comprovação de gastos (ver próxima rotina). Para tanto, os seguintes procedimentos deverão ser realizados:

• A UCP deverá elaborar uma Proposta de Programação Financeira (PPF), contendo a programação mensal das liberações de adiantamento de recursos externos e de contrapartida nacional para todo o exercício financeiro e enviar a SPOACOF/SBF/MMA.

• A SPCOAF, após análise e aprovação, incluirá no SIAFI a PPF (mensal) correspondente ao exercício financeiro e enviará à COFIN/STN.

• Observada a programação financeira da STN e o valor do Fundo Fixo estabelecido para o Projeto, e desde que atendidas as exigências contidas no item 4.3.4.2 do Manual de Projetos Externos da STN (ver endereço indicado acima), a COFIN/STN aprovará a liberação dos recursos.

• A COFIN promoverá então a liberação dos recursos para a SPOACOF/SBF/MMA, que os transferirá à UCP, via UG.

• A SPOACOF/SBF/MMA procederá, de acordo com demanda do Projeto, a transferência dos recursos para a UNESCO, agência de cooperação técnica que apoiará o MMA na execução financeira do Projeto durante os dois primeiros anos.

RETIRAR O controle dos adiantamentos será registrado no SIAFI no momento da liberação do recurso para a SPOA/MMA.

A utilização dos recursos liberados pela STN obedecerá, no que couber, aos critérios estabelecidos pela Instrução Normativa STN nº. 001, de 15 de janeiro de 1997.

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO COFIN UCP/DCBIO UCP/SPO

ACOF01 Elaboração da PPF e envio para a COFSPOA. X02 Solicitação de adiantamento de recursos ao BIRD ,

através da à STN (Pedidos de Saque).X

03 Liberação de recursos para a SPOACOF. X04 Descentralização de recursos para UNESCO, com o

respectivo registro no SIAFI. X

05 Execução Financeira dos recursos X06 Registro da liberação de recursos no SIGMA X

Rotina para Solicitação de Desembolso de Recursos Externos Para que haja o desembolso dos recursos externos, oriundos do Acordo de Doação, para reembolso da Conta Única do Tesouro, correspondente aos gastos realizados pelo Projeto, é necessário que seja preenchido o(s) formulário(s) “Declaração de Gastos” (Statement of Expenditure - SOE) e/ou o “Detalhamento de Gastos” (Schedule of Statement - SS), de acordo com os modelos disponibilizados pelo BIRD (Apêndices 1 e 2, respectivamente). O formulário Detalhamento de Gastos (SS) deve ser utilizado apenas quando os valores de aquisições e contratos excederem os limites definidos no Acordo de Doação, a saber:

• Obras com contratos de valor superior a US$ 1.000.000.

• Mercadorias e serviços com contratos de valor superior a US$ 500.000.

• Serviços de firma de consultoria com contratos de valor superior a 200.000.

Além desse(s) formulários, deve ser preenchida a Ficha Resumo (FR), com a síntese das despesas por categoria, conforme o Acordo de Doação (Apêndice 3).

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As seguintes atividades caracterizam a contabilização dos custos do Projeto e a comprovação do adiantamento realizado pela STN para o procedimento de desembolso por parte do BIRD:

• A UCP consolida os registros contábeis do Projeto no Sistema SIGMA, considerando os códigos da estrutura programática do Projeto (ver Seção 6 e Anexo IV deste Manual) seguindo a seguinte hierarquia: Componente, Sub-componente, Projeto, Subprojeto, Atividade, Tarefa, Categoria de Despesa e Datas.

• A partir das informações do SIGMA a UCP confecciona uma Declaração de Gastos (SOE) (e/ou o Detalhamento de Gastos) e a Ficha Resumo, de todas as despesas realizadas no período em questão. Tais formulários deverão ser emitidos pelas categorias de financiamento para despesas reembolsadas pelo BIRD e apresentar seus valores em reais e dólares, convertidos de acordo com a data do reembolso.

• A SPOA COF/SBF//MMA registra a solicitação de desembolso no SIAFI.

• A UCP encaminha por ofício, à COFIN/STN, em duas vias, os seguintes documentos:

- O “Pedido de Saque” (Formulário 1903), com base monetária em Reais.- A Declaração de Gastos (Formulário Declaração de Gastos, Apêndice 1). - O Detalhamento de Gastos (Formulário Detalhamento de Gastos, Apêndice 2), caso algum contrato exceda os valores acima indicados.- A Ficha Resumo (Formulário Ficha Resumo, Apêndice 3).

• A STN encaminha ao BIRD, por ofício, os acima referidos documentos, para que sejam tomadas as providências necessárias ao desembolso na Conta Única do Tesouro Nacional.

• A Declaração de Gastos consolidada e demais formulários, elaborada pela Área Financeira da UCP, deverão ser arquivados, para fins de auditoria.

• Com base na documentação que lhe for submetida, o BIRD realiza o saque na Conta do Acordo de Doação e deposita o recurso na Conta Especial Designada do Projeto.

O quadro abaixo sintetiza as etapas e as responsabilidades vinculadas a essa rotina.

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO BIRD STN UCP

01 Disponibilização dos registros contábeis e documentos referentes às despesas realizadas. X

02 Inserção das despesas no SIGMA. X03 Consolidação das despesas do Projeto. X

04

Comprovação de despesas ao BIRD, via Declarações de Gastos/Detalhamento de Gastos/Fichas Resumo (SOE/SS/FR) e Pedidos de Saque (Formulário 1903).

X

05Encaminhamento das SOE/SS/FR e Pedido de Saque à STN com vistas à autorização para remessa ao BIRD.

X

06 Encaminhamento das SOE/SS/FR e do Pedido de Saque (Formulário 1903) ao BIRD. X

07 Recebimento do das SOE/SS/FR e do Pedido de Saque e desembolso da conta do Acordo de Doação. X

08 Aviso de crédito na Conta EspecialDesignada. X09 Registro no SIGMA. X

Conforme o Acordo de Doação negociado com o BIRD, o reembolso dos recursos do Projeto será efetuado pelos percentuais correspondentes às categorias de despesa elegíveis para financiamento. Deverá ser observado o que consta do Acordo de Doação:

Custos do Projeto por Categoria BIRD (US$) Financiamento (%)

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Categoria 1 – Bens, Serviços de Consultoria e Treinamento (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) 4.541.100 100%Categoria 2 – Subprojetos 1.274.140 100%*Categoria 3 - Custos operacionais (exceto itens da Parte B ou Componente 2 do Projeto) 1.007.760 100%Não Alocado (Contingência) 357.000 100%Total 7.180.000

* 100% dos bens, obras e serviços dos respectivos subprojetos.

Rotina Referente aos Procedimentos para Auditoria Financeira

Esta rotina compreende as atividades a serem desenvolvidas com relação ao controle da movimentação dos recursos alocados para fornecimento de informações à Secretaria Federal de Controle nas auditorias.

O início deste processo é a elaboração dos relatórios de execução físico-financeira que devem demonstrar quanto, como e onde foram aplicados os recursos globais do Projeto, devendo sempre ser apresentados em reais e em dólares. Os relatórios devem ser elaborados explicitando os seguintes níveis de agregação:

• Por Componente.• Por Categoria de Despesa.• Por Fonte.

A auditoria é realizada anualmente, sob a incumbência da SFC, em nome do BIRD. Nela, realiza-se a análise da execução financeira, incluindo a aplicação dos recursos externos e de contrapartida, mediante checagem dos dados constantes dos adiantamentos da STN, das Declarações de Gastos, demais formulários, e dos "Pedidos de Saque" elaboradas pela UCP, bem como da contabilização dos percentuais de financiamento das categorias durante o exercício em questão. Anteriormente à realização da auditoria, o MMA, através da UCP, deve apresentar à STN um fechamento contábil do exercício a ser auditado, que contenha os quadros demonstrativos, conforme os modelos por ela fornecidos, nos quais constem as seguintes informações:

Demonstrativo das Origens e Aplicações dos Recursos no Projeto (Apêndice 4)

Nas origens devem ser relacionadas as fontes de financiamento BIRD e CONTRAPARTIDA. Nas aplicações, devem ser apresentados os montantes despendidos. Tanto nas origens quanto nas aplicações, os valores devem ser apresentados em dólares e em reais.

É importante ressaltar que nas origens e aplicações devem constar somente os valores efetivamente sacados das Contas do Acordo de Doação, constando os investimentos no exercício e o acumulado até o final do mesmo.

Demonstrativo dos Certificados de Despesas (Apêndice 5)

Este demonstrativo deve conter o total das despesas efetuadas no exercício, mediante detalhamento das Declarações de Gastos, demais formulários e “Pedidos de Saque”. Os quadros devem ser elaborados em dólares e em reais.

Os “Pedidos de Saque” que contenham despesas do exercício anterior, porém que tenham sido sacados da Conta do Acordo no exercício auditado, somente deverão constar na coluna "Reembolsado pelo BIRD".

A tabela abaixo sintetiza as principais atividades vinculadas ao processo de auditoria.

PROCEDIMENTOS RESPONSABILIDADEEtapa Descrição UNESCO SFC UCP

01 Registro e acompanhamento da movimentação dos recursos do Projeto no SIGMA. X

02 Disponibilização dos registros contábeis e X X

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documentos referentes às despesas realizadas.

03 Elaboração de quadros demonstrativos e relatórios de execução física e financeira. X

04 Elaboração e encaminhamento dos relatórios ao BIRD. X

05 Análise e elaboração de parecer sobre a auditoria nas execução física e financeira do Projeto. X

06 Registro no SIGMA. X

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Apêndice 1 - Formulário Declaração de Gastos

TF 56255-BR - Declaração de Gastos (SOE) Data: ___/____/______.

Pedido Nº.: Empréstimo Nº.: TF 56255-BR

Pagamentos realizados durante o período de ________________ a ____________________.

Para despesas realizadas em Reais com: - Obras com contratos de valor inferior a US $ 1.000.000 equivalentes.- Mercadorias e serviços com contratos de valor inferior a US $ 500.000 equivalentes.- Serviços de firma de consultoria com contratos de valor inferior a US $ 200.000 equivalentes.- Serviços de consultoria individual:- Treinamentos e custos operacionais

Categoria Nº. < Inserir Nº. da Categoria>

Obs.: 11- Documentos de Suporte para este SOE arquivados em ___/____/_____. 12- Preparar uma Declaração de Gastos para cada categoria.

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1 2 3 4 5 6 7 8 9ItemNº.

Nome do fornecedor/firma/consultor ou beneficiário Valor Total do Contrato (R$)

Valor Total Pago (R$)

% Financ. pelo BIRD

Valor financiado pelo Banco Mundial

(4x5)

Moeda e Valor pago através da Conta

Especial (USD), se for o caso

Taxa de Câmbio do dia do Saque da

Conta Especial

Data do Pagamento

10-Total

Instruções para Preenchimento do Formulário Declaração de Gastos (SOE).

Campo 1 - Item Indicar o número seqüencial do item.

Campo 2 - Fornecedor/Firma/Consultor/BeneficiárioIndicar o nome do fornecedor ou beneficiário que recebeu os recursos.

Campo 3 – Valor Total do ContratoIndicar o valor total do contrato assinado.

Campo 4 – Valor Total PagoIndicar o valor total pago.

Campo 5 - % Financ. Pelo BIRD% do valor pago financiado pelo BIRD.

Campo 6 - Valor financiado pelo BIRD (4x5)Do valor total pago, indicar o valor financiado pelo BIRD.

Campo 7 - Moeda e Valor pago através da Conta Especial (USD), se for o caso Valor pago por meio da Conta Especial.

Campo 8 – Taxa de Câmbio do dia do Saque da Conta EspecialIndicar o valor da taxa de câmbio realizada no dia do saque da Conta Especial.

Campo 9 - Data de pagamentoIndicar a data em que foi realizado o pagamento.

Campo 10 – TotalInformar somatório dos valores constantes no Campo 6.

Campo 11 - Documentos de Suporte para este SOE arquivados emInforma a data.

Campo 12 - Preparar uma Declaração de Gastos por categoria Preencher os formulários de Declaração de Gastos por categoria de despesa segundo o Acordo de Doação.

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Apêndice 2 - Formulário Detalhamento de GastosTF 56255-BR – Detalhamento de Gastos (SS)

Data: Pedido Nº.:

Empréstimo Nº.: TF 56255-BRPagamentos realizados durante o período de ________________ a ____________________.

Para despesas realizadas com:- Obras com contratos de valor superior a 1.000.000 equivalentes- Mercadorias e serviços com contratos de valor superior a 500.000 equivalentes- Serviços de firma de consultoria com contratos de valor superior a 200.000 equivalentes- Serviços de consultoria individual:- Treinamentos e custos operacionais

Categoria Nº. < Inserir Nº. da Categoria>

Obs.: 11- Comprovantes de Despesa em anexo. 12- Incluir subtotal por contrato. 13- Preparar um formulário para cada categoria.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10ItemNº.

Nome da firma ou consultor

Número do Contrato

Número da Fatura

Valor Total do Contrato (R$)

Valor Total das Faturas (R$)

% Financ. pelo BIRD

Valor financiado pelo BIRD (6x7)

Data do Pagamento

Observações

Subtotal

SubtotalTotal

140

Instruções para preenchimento do Formulário Detalhamento de Gastos (SS).

Campo 1 - Item Indicar o número seqüencial do item.

Campo 2 - Firma/ConsultorIndicar o nome da firma ou consultor que recebeu os recursos.

Campo 3 – Número do ContratoIndicar o número do contrato assinado.

Campo 4 – Número da FaturaIndicar o número da fatura paga.

Campo 5 - Valor Total do ContratoIndicar o valor total do contrato assinado.

Campo 6 - Valor Total das FaturasIndicar o valor total das faturas pagas.

Campo 7 - % Financ. Pelo BIRD% do valor pago financiado pelo BIRD.

Campo 8 – Valor financiado pelo BIRD (6x7)Do valor total pago, indicar o valor financiado pelo BIRD.

Campo 9 - Data de pagamentoIndicar a data em que foi realizado o pagamento.

Campo 10 – ObservaçõesInserir observações pertinentes sobre o contrato, como por exemplo a data da “não objeção” do BIRD ao contrato.

Campo 11 - Comprovantes de Despesa em anexoAnexar os comprovantes das despesas realizadas informadas no formulário.

Campo 12 - Incluir subtotal por contratoInserir no campo subtotal a soma das faturas pagas por contrato.

Campo 13 - Preparar um formulário para cada categoriaPreencher os formulários de Detalhamento de Gastos por categoria de gasto realizado.

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Apêndice 3 - Formulário Ficha Resumo

TF 56255-BR – Ficha Resumo (FR) Data:

Pedido Nº.: Empréstimo Nº.: TF 56255-BR

Pagamentos realizados durante o período de ________________ a ____________________.

Categoria Descrição Valor (R $) Valor (US $)

TotalObs: Utilizar as categorias previstas no Acordo de Doação.

__________________________________________ Assinatura

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Apêndice 4 - Formulário Demonstrativo das Origens e Aplicações dos Recursos

Órgão/Entidade: Ministério do Meio AmbienteProjeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia – AquaBioAcordo de Doação: GEF/BIRD TF n°. 056255Exercício:

Demonstrativo das Origens e Aplicações no Projeto

Acumulado Ajustes Movimento Acumuladoaté o início do período de exercícios anteriores do exercício até ___/___ /___R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$

Origens (A)BIRDConta EspecialAbertura da Conta EspecialRealimentaçõesRendimentosPagamento Direto da Conta do ContratoContrapartida Nacional

Total das Origens

Aplicações (B)Conta EspecialRendimentosPagamento Direto da Conta do ContratoContrapartida Nacional

Total das Aplicações

Conta EspecialRendimentos

Total do Saldo

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Apêndice 5 - Formulário Demonstrativo dos Certificados de Despesas

Órgão/Entidade: Ministério do Meio AmbienteProjeto Manejo Integrado dos Recursos Aquáticos na Amazônia -– AquaBioAcordo de Doação: GEF/BIRD TF n°. 056255Exercício:

Demonstrativo dos Certificados de DespesasUS$

PR Categoria Total Total Reembolsado1 2 3 4.1 4.2 4.n 100% solicitado BIRD

Total

144