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PROJETO INTERDISCIPLINAR 4º ANO 2013

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PROJETO INTERDISCIPLINAR

4º ANO

2013

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DESENVOLVIMENTO

• ALUNOS BENEFICIADOS: 4º ANO

• TEMA: PORTINARI E O NORDESTE

ANÁLISE DA SÉRIE: “OS RETIRANTES”

CANDIDO PORTINARI (1903-1962)

Brasileiríssimo, nasceu na pequena Brodósqui, cidade do interior paulista, em 1903.

Portinari viveu como alguém preocupado com as questões sociais brasileiras, e como um

dos mais importantes pintores modernistas que o Brasil já teve.

Portinari queria fazer uma arte de feição social, em que o Brasil das desigualdades

ganhasse contornos sensíveis, sem os disfarces do belo.

Candinho, franzino, de pés pequenos e fracos, desde a infância sonhava ter pés fortes e

poderosos. No entanto a grandeza de sua existência viria depender de suas mãos... e de seu

coração, retratando nosso país e sua gente em cerca de 5 mil telas e murais.

Antiacadêmico fervoroso, Portinari sempre, e acima de tudo, levou às telas o homem

simples brasileiro, mas os temas foram muitos: crianças brincando, brincadeiras, circo, pessoas,

trabalhadores, retirantes, animais, sua cidade, suas obras nos contam histórias.

Na série "Retirantes" retrata pessoas que fugiam da seca e passavam muitas vezes por

sua cidade, pedindo, mendigando. E o poeta Portinari escreveu:

_ os retirantes vêm vindo com trouxas e embrulhos

vêm das terras secas e escuras; pedregulhos

doloridos como fagulhas de carvão aceso

corpos disformes, uns panos sujos,

rasgados e sem cor, dependurados

homens de enorme ventre bojudo

mulheres com trouxas caídas para o lado

pançudas, carregando ao colo um garoto

choramingando, remelento

mocinhas de peito duro e vestido roto

velhas trôpegas marcadas pelo tempo

olhos de cataratas e pés informes

aos velhos cegos agarradas

pés inchados enormes.

Nós vamos andando

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temos muito que andar neste chão batido

as secas vão a morte semeando.

Portinari morreu em fevereiro de 1962 vítima de complicações provocadas pela presença

de chumbo nas tintas a óleo que utilizava.

Ele se foi mas como diria Jorge Amado.. “ ...Foi um dos homens mais importantes do nosso

tempo, pois de suas mão nasceram a cor e a poesia, o drama e a esperança de nossa gente.

Com seus pincéis, ele tocou fundo em nossa realidade”.

Por meio da arte pode-se obter uma síntese sensível da história de um povo. A arte reflete

não apenas as emoções do artista, mas a influência do meio social em que vive, evidenciando

sempre o momento histórico do homem. A série “Os retirantes” de Portinari é um bom exemplo

de como essa premissa é verdadeira.

ETAPAS:

1. Conhecer Portinari, suas obras e o projeto

� Mostrar para as crianças diversas telas de Portinari, misturando pinturas de brinquedos

e brincadeiras, trabalhadores rurais, com as pinturas da série “Os retirantes”. Conversar

sobre como poderiam separar as obras de Portinari e por que fizeram essa escolha.

� Explicar que os quadros que representam a vida dura do nordestino pertencem a uma

coleção chamada “Os retirantes”.

� Conversar sobre o significado do termo “retirante”, quem são os retirantes, ainda hoje

isso acontece...

� Explicar que o Nordeste é conteúdo do 4º ano e como complemento do conteúdo iremos

estudar a série retirantes de Portinari.

� Contar quem foi Portinari – promover a leitura do livro Encontro com Portinari.

2. Análise da obra “O menino morto”

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� Solicitar que os alunos descrevam os sentimentos transmitidos pela imagem. Comente

que Portinari foi um verdadeiro intérprete do drama dos retirantes, não somente pela

força e pelas características de sua arte, mas também pelo fato de ter nascido numa

região paulista por onde passavam tais indivíduos e pelo caráter social da sua pintura.

Isso fica bastante evidente na tela Menino Morto, em que uma mãe nordestina, que mal

consegue se manter em pé, carrega nos braços seu filho morto.

� Propor à turma, o registro das impressões da obra “O menino Morto” de Candido

Portinari, sendo que os enfoques dados serão êxodo, dificuldades de transporte, seca e

solo seco, pois muitos trabalhadores do campo migram para as cidades em busca de

melhores chances de vida que quase sempre não encontram. Esse tipo de êxodo é o

êxodo rural que causa muitos problemas como a superpopulação e o desemprego na

cidade grande.

� É interessante abordar também o contrário do êxodo rural, que ocorre quando alguns

trabalhadores não conseguem nada nas grandes cidades e acabam querendo voltar à

terra natal encontrando outros muitos problemas, como a dificuldade de transporte. Por

exemplo: do Rio de Janeiro a Bom Jesus do Norte são muitos km de ônibus de péssimo

estado e caros, os ônibus são o único meio. Chegando em sua terra vão começar a

encontrar problemas como a seca nordestina, que prejudica o solo tornando-o impróprio

para o plantio. O trabalhador não sabe onde é pior: na cidade ou na terra natal.

� Feita a discussão com os alunos registre as conclusões no caderno, sobre os motivos

que levam as pessoas a saírem de seu lugar de origem.

� No laboratório de informática assistir o clip da música “A Triste Partida”, do poeta

Patativa do Assaré, e que Luiz Gonzaga musicalizou.

Leia o poema que traz todo um regionalismo linguístico trabalhando a questão da

linguagem formal e informal.

Comente com os alunos que esta história é um dos relatos de muitos nordestinos que

foram vítimas da seca e rumaram para São Paulo, pois onde se concentra a maioria das

indústrias no Brasil.

Explore o texto e leve-os a refletir:

Quantos meses o nordestino espera pela chuva?

O que o poeta quer dizer com "...se faz pena o nordestino tão forte e tão bravo, viver

como escravo no norte e no sul".

Em que parte do poema aparece a religiosidade do povo brasileiro?

Por que o fazendeiro alegre compra as terras do nordestino?

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� Apresente um mapa com as rotas do deslocamento da população, para que os alunos

verifiquem que São Paulo não era o único destino da migração – ver mapa em anexo ou

na apresentação de slide.

� Ressalte que atualmente, o Nordeste vem revertendo este quadro migratório, devido à

modernização de outros pólos industriais.

3. Análise da obra “Os retirantes”

� Primeiramente conversar sobre as impressões das crianças sobre a tela.

Qual é sua impressão sobre a obra? As pessoas retratadas apresentam aspecto de

felicidade ou de tristeza? O que, em sua opinião, justifica isso? O que se vê ao fundo: um local

com condições dignas de vida ou um local que agride o ser humano?

As crianças deverão redigir um breve comentário sobre suas impressões.

� Aprofundar a compreensão do quadro.

1. Conteúdo factual – Nota-se a presença de nove figuras humanas, sendo duas crianças

de colo e mais três crianças maiores. Um velho com um cajado, duas mulheres: uma com uma

trouxa na cabeça e uma criança no colo, outra com uma criança no colo. Um homem mais novo

também carregando uma trouxa nas costas, um céu escuro, chão seco, urubus sobrevoando.

2. Conteúdo convencional – Os personagens ilustrados por Candido Portinari aos meus

olhos parecem reais, muito magros, famintos, sedentos de água, de compaixão, de sentimento

de solidariedade. Eles estão descalços, não têm uma boa aparência, dando a sensação de

estarem sujos. As crianças parecem até deformadas, com barrigas enormes.

3. Conteúdo técnico – Candido Portinari em sua obra usou aparentemente as seguintes

cores: marrom, cinza, azul, preto, branco, ocre, verde, rosa, amarelo e vermelho. Tela pintada

por largas e fortes pinceladas, usando tinta a óleo, tendo a obra a dimensão 190X180cm.

4. Conteúdo estilístico – A obra recebe influência do pintor cubista Picasso e mostra a

miséria que atingia e atinge o país.

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5. Conteúdo atualizado – Dá para se ver nitidamente o olhar triste destas pessoas pobres,

aquele olhar que nos diz que já não existe esperança por uma vida melhor em todas as pessoas

apresentadas na obra. As partes do corpo à mostra, parecem não ter pele, apenas ossos e

músculos provavelmente fracos e frágeis, estando a roupa rasgada não cobrindo todo corpo.

6. Conteúdo acrescido – Por ser uma obra de 1944, já deve ter passado por alguma

restauração. Mesmo assim, fazem parte do estilo do autor essas características explícitas na

obra como a tonalidade escura.

7. Conteúdo institucional – A obra Retirantes representa o povo nordestino. Mostra a

necessidade que eles têm de abandonar sua terra em busca de uma vida melhor em outra parte

do país. Portinari retrata com exatidão todo o sofrimento do povo brasileiro, pois ele sofria com

o sofrimento do seu povo.

8. Conteúdo estético – Tela altamente dramatizante, passou para mim uma tristeza, pois

trata da miséria de um povo sofrido e esquecido lá do sertão nordestino em sua forma mais

triste.

� No laboratório de informática fazer uma pesquisa de imagens de retirantes e propor uma

comparação entre a tela de Portinari e as imagens pesquisadas.

� Levar para a sala outras representações artísticas de retirantes e comparar com a de

Portinari.

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� Ouvir as músicas “Retirantes” de Dorival Caymmi e “Retirantes” de Mário Bárbara. –

fazer a interpretação.

a) As chuvas no Nordeste – alegria ou tristeza

• Ouvir e analisar a música “Asa branca”

• Confeccionar o chapéu nordestino - Guia Prático do Professor – ensino fundamental

1 - nº 101 – pág. 12

• Ler o artigo “As mudanças climáticas agravam seca no nordeste e criam quatro

desertos na região.”

http://fatosnoespelho.blogspot.com/2010/08/mudancas-climaticas-agravam-seca-no.html

� Trabalhar o vocabulário do texto: clima, temperatura, semiárido, desertificação,

discuta com eles esses termos e o artigo, para haver uma compreensão da notícia.

� Discutir a seca no nordeste via aspectos sociais e econômicos.

Apresentar uma galeria de fotos que retratem a seca no nordeste. Mostrar o tipo de

vegetação e como ficam no período de seca; os animais que se adaptam a esse tipo de

ambiente, que são criados como economia doméstica, o estrago que a seca faz aos animais,

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provocando morte por falta de água e de alimentação, o tipo de habitação do camponês do

nordeste e a possibilidade de produção em pleno período de seca.

Foto 1 – juazeiro http://ricardoamancio.zip.net/

Foto 2 - Catingueira http://ricardoamancio.zip.net/

Foto 3 - nome popular macambira

http://3.bp.blogspot.com/_nRmLM9rp1Dk/SWkIS23oXUI/AAAAAAAABCU/po0gaQ7N_Gg/s1600-

h/DSC00456.jpg

Foto 4 – cactus – nome popular: xiquexique e cardeiro

http://www.vegetacaodobrasil.hpg.com.br/caatinga-02.jpg

Foto 5 – cactus - nome popular: coroa de frade.

http://eptv.globo.com/ETG_FOTOS/FLORA/50.jpg

Foto 6 – cactus – nome popular facheiro

http://www.frigoletto.com.br/GeoAlagoas/Cactos/facheiro.jpg

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Foto 7 - criação de cabras http://oliveirajunior2.zip.net/images/seca.jpg

Foto 8 – O gado morto. http://farm3.static.flickr.com/2652/3779283526_612013bc4d.jpg

Foto 9 – moradia do camponês nordestino.

http://contenti1.espn.com.br/foto/pequena/490506f7-12eb-3ffc-8f17-cb318785e350.JPG

A partir das fotos estudar com os alunos alguns aspectos relacionados à compreensão do

problema da seca no nordeste.

• O que é um clima semiárido?

• O que é vegetação denominada caatinga;

• O tipo de cultivo é adequado ao clima do semiárido?

• Como vive o camponês nordestino e quais as suas condições de vida no sertão do

nordeste?

• Por que o camponês nordestino abandona a sua terra e se aventura à busca da sua

sobrevivência nos grandes centros (êxodo rural)?

• Quais as alternativas que podem amenizar o problema da seca?

SUGESTÃO DE TEXTOS

A seca no Nordeste

http://www.passeiweb.com/saiba_mais/voce_sabia/nordeste_seca

Clima semiárido Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_semi%C3%A1rido

Caatinga Wagner de Cerqueira e Francisco Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/brasil/caatinga.htm

Caatinga Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Caatinga

Organizar com os alunos uma pesquisa e montagem de painéis sobre a seca no nordeste,

prepare uma atividade de busca que precise do trabalho dos alunos em equipe, para montagem

de diferentes painéis retratando o problema da seca:

• fotos.

• obras de artes.

• notícias.

• artigos

� Explicar o porquê das enchentes no nordeste brasileiro:

o No laboratório de informática assistir ao vídeo da enchente em Alagoas.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2010/07/04/04021C326CD4A133A6.jhtm

No vídeo eles vão observar o rio da cidade e a localização das casas e deduzirem a causa

do rio mudar o curso e invadir parte da cidade. Assim, os alunos fazem as primeiras explicações

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sobre o fenômeno de enchentes no nordeste. Discutir com os alunos por que muitas cidades se

formam à margem e perto dos rios.

� No laboratório de informática assistir ao vídeo do programa Nordeste: viver e

preservar, do Globo Nordeste. Ao final, organize os alunos em pequenos grupos para que

elaborem um resumo do programa e destaquem as explicações da enchente em Alagoas e em

Pernambuco.

http://consciencia.blog.br/2010/07/causas-reais-das-enchentes-da-zona-da-mata-

nordestina.html

� Os alunos farão um relato sobre as enchentes no nordeste, fazendo os comentários

pessoais sobre o fenômeno. Ao final, transforme as opiniões em um debate na turma.

No debate, o professor faz a coordenação dos turnos das falas e os alunos se inscrevem,

com direito a cinco minutos de expressão.

1. Exaltação ao Nordeste

� Ler o poema

EXALTAÇÃO AO NORDESTE

Luiz Gonzaga de Moura

Eita, Nordeste da peste,

Mesmo com toda seca

Abandono e solidão,

Talvez pouca gente perceba

Que teu mapa aproximado

Tem forma de coração

E se dizem que temos pobreza

E atribuem à natureza,

Contra isso, eu digo não.

Na verdade temos fartura

Do petróleo ao algodão.

Isso prova que temos riqueza

Embaixo e em cima do chão.

Procure por aí a fora "Cabra"

que acorda antes da aurora

E da enxada lança mão.

Procure mulher com dez filhos

Que quando a palma não alimenta

Bebem leite de jumenta

E nenhum dá pra ladrão

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Procure por aí a fora

Quem melhor que a gente canta,

Quem melhor que a gente dança

Xote, xaxado e baião.

Procure no mundo uma cidade

Com a beleza e a claridade

Do luar do meu sertão.

Peça que leiam a poesia silenciosamente. Depois organize a leitura de forma que cada

aluno leia um verso da poesia. Em seguida, faça a leitura integral da poesia.

• Do que fala a poesia?

• O que sentiram ouvindo a poesia?

• Quais as palavras ou termos que desconhecem?

• A Região Nordeste forma mesmo um coração?

• Quais os Estados que compõem a Região Nordeste?

� Apresente as imagens representativas de duas obras de arte. A 1ª de Candido Portinari

e a 2ª de Ana Maria Dias.

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Indague-os e promova um debate com base nas seguintes perguntas:

• A que se referem essas imagens?

• O que nos remetem essas imagens?

• Qual a possível intenção dos artistas ao produzirem tais obras?

� Em seguida, distribua as seguintes letras de música e disponibilize para que também as

ouça.

ADMIRÁVEL GADO NOVO

Zé Ramalho

Vocês que fazem parte dessa massa

Que passa nos projetos do futuro

É duro tanto ter que caminhar

E dar muito mais do que receber

E ter que demonstrar sua coragem

À margem do que possa parecer

E ver que toda essa engrenagem

Já sente a ferrugem lhe comer

Êh, oô, vida de gado

Povo marcado

Êh, povo feliz!

Lá fora faz um tempo confortável

A vigilância cuida do normal

Os automóveis ouvem a notícia

Os homens a publicam no jornal

E correm através da madrugada

A única velhice que chegou

Demoram-se na beira da estrada

E passam a contar o que sobrou!

Êh, oô, vida de gado

Povo marcado

Êh, povo feliz!

O povo foge da ignorância

Apesar de viver tão perto dela

E sonham com melhores tempos idos

Contemplam esta vida numa cela

Esperam nova possibilidade

De verem esse mundo se acabar

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A arca de Noé, o dirigível,

Não voam, nem se pode flutuar

Êh, oô, vida de gado

Povo marcado

Êh, povo feliz!

LUAR DO SERTÃO

Luiz Gonzaga

"Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

"Oh! que saudade do luar da minha terra

Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade tão escuro

Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Se a lua nasce por detrás da verde mata

Mais parece um sol de prata prateando a solidão

E a gente pega na viola que ponteia

E a canção é a Lua Cheia a nos nascer do coração

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Mas como é lindo ver depois por entre o mato

Deslizar calmo regato transparente como um véu

No leito azul das suas águas murmurando

E por sua vez roubando as estrelas lá do céu

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

Não há, ó gente, ó não

Luar como esse do sertão

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Explore as letras com o grupo quanto :

• as intenções dos compositores;

• as formas como isso se apresentam nas letras;

• aos termos regionais.

� Organize a turma em duplas para que produzam um texto sobre as impressões quanto á

audição e leitura das letras.

� Em roda, peça que as duplas leiam suas produções para o grande grupo.

� Em casa as crianças deverão pesquisar se sua família é retirante. Fazer um gráfico com

as informações.

� Fazer uma pesquisa por estado da região nordeste, destacando a cultura de cada

estado. Na aula seguinte, comparar os resultados: o que é comum a todos os estados,

quais costumes são diferentes...

ROTEIRO PARA PESQUISA

GRUPO: _________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

ESTADO: ________________________________________________________________

CAPITAL: ________________________________________________________________

ESTADOS FRONTEIRIÇOS: _________________________________________________

ÁREA: ___________________________________________________________________

POPULAÇÃO: ____________________________________________________________

HISTÓRIA: _______________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

CARACTERISTICAS GEOGRÁFICAS: _________________________________________

_____________________________________________________________________________

INFRA-ESTRUTURA: ______________________________________________________

_____________________________________________________________________________

ECONOMIA: CULTURA: ____________________________________________________

_____________________________________________________________________________

CURIOSIDADES: __________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

6. Festas Tradicionais do Nordeste

• Conversar sobre os folguedos nordestinos – Apoio: A arte de olhar – festas, Editora

Scipione (o livro está separado junto com o material do projeto)

Folguedos

Os Folguedos são festas populares, cuja origem pode ser religiosa, tanto católica como

também na forma cultos africanos.

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Suas representações possuem muitos ritmos embalados pelo som de instrumentos

musicais, outra característica é seu enredo, o qual conta uma história retratando através de seus

personagens, as diferentes tradições culturais locais.

Parte inerente da cultura popular, o folguedo ocorre em quase todos os lugares no Brasil,

sendo mais presente em terras nordestinas.

Mas quais são os outros folguedos do Nordeste Brasileiro?

O Afoxé, Reisado, Caboclo, Congada, Maracatu, Marujada são famosos folguedos

Nordestinos, sendo o Bumba-meu-boi um dos mais conhecidos, e seu personagem principal o

"Boi" ter sua história narrada em várias partes do Brasil com diferentes nomes tais como

"Bumba-meu-boi" no Maranhão, "Boi-Bumbá" no Amazonas, "Boi de Reis" no Rio Grande do

Norte, "Boi de mamão" em Santa Catarina.

• Apresentar o áudio Professor gente brasileira: parte 5: folguedos, danças e músicas

bumba-meu-boi e festa de São João

Sinopse: o áudio fala das festas dos meses de junho e julho, espalhadas pelo nordeste

brasileiro. É tempo de “Bumba-meu-boi” e “São João”, festas tradicionais que se incorporaram

na cultura brasileira e revelam nosso jeito de ser. A primeira é um folguedo que tem influência

dos brancos (no enredo), dos negros (no batuque) e dos índios (na dança). Já a Festa Junina é

uma homenagem aos Santos: São Pedro, Santo Antônio e São João. De origem portuguesa,

tem na quadrilha uma dança que veio junto com a colonização. Essa era uma dança de salão

que ao chegar no nordeste brasileiro teve suas adaptações. Osvald Barroso (diretor do museu

da imagem e do som do Ceará) comenta que essa é uma das maiores festas popular do Brasil e

afirma que é sempre reinventada e sobrevive ao longo do tempo e se tornou também uma festa

urbana.

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=18074 – já baixada

Antes da apresentação do áudio passar no quadro o roteiro para que os alunos se atentem

para os pontos mais importantes.

Sugestão de roteiro para o áudio:

– Os povos brancos, negros e os indígenas influenciaram na formação da cultura brasileira

de que forma?

– Qual é a história do Bumba-meu-boi?

– Quem são os personagens do Folguedo Bumba-meu-boi?

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– Em outras partes do País ele se modificou, quais foram as principais mudanças na região

norte, principalmente em Parintins?

– O que é o Bumbódromo e onde é realizado?

– De onde vem a dança chamada Quadrilha?

• Assistir ao vídeo “Danças Brasileiras – Bumba-meu-boi”.

Sinopse do documentário: "Viajando pelo Brasil, procurando conhecer e aprender os

passos, gingados dos dançarinos populares, aprendemos que as danças circulam, e que o corpo

informa sobre a vida de cada dançarino.

Documentário produzido pelo Canal Futura apresentado por Antônio Nóbrega e Rosane

Almeida. Nesse episódio, o Bumba-meu-boi do Mestre Ciriaco.

“Danças Brasileiras – Bumba-meu-boi” - parte 1

Disponível em:

www.youtube.com/watch?v=t_cziTYeoLY (acessado em 05/10/2010).

“Danças Brasileiras – Bumba-meu-boi” - parte 2

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Disponível em:

www.youtube.com/watch?v=_FFSF_C0Bio&feature=related

(acessado em 05/10/2010).

• Solicitar aos alunos após a apresentação dos vídeos que elaborem um texto sobre qual

a importância de se preservar a cultura e tradição, e quais festas, danças ou tradições

você conhece em sua região.

Festa em Parintins (AM) - Garantido e Caprichoso

A história mais contada sobre a origem dos nomes dos bois, Garantido e Caprichoso, fala

de um amor que o poeta Emídio Rodrigues Vieira teria pela mulher do repentista Lindolfo

Monteverde. Ambos apresentavam seus bois todos os anos, até que Emídio desafiou: "Se cuide

que este ano eu vou caprichar no meu boi". Ao que o repentista respondeu: "Pois capriche no

seu que eu garanto o meu". A partir daí, a cada ano, um queria ser melhor do que o outro.

• Sobre Bumba-meu-boi, ver Revista do Professor nº 103 – pág. 14 e 15

• Mostrar para as crianças que Portinari também pintou a alegria do Nordeste. Mostrar o

quadro “Bumba-meu-boi” de Portinari.

• Confeccionar com sucata bois (Garantido e Caprichoso) - escolher apenas uma das

sugestões a seguir.

I – Boi com garrafa PET

Material: sucata (caixa de sapatos, garrafa pet e bloco de isopor), areia, tecidos (lisos e

estampados), crystal cola, cola para lantejoula, Guache preto, papel laminado, cola quente e

cola pra tecido, tesoura, olhos móveis e fitas.

Modo de fazer:

1 – Corpo do boi

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1. Encha a garrafa PET com areia e tampe.

2. Faça um furo na caixa de sapatos (fundos) e encaixe a garrafa pet.

3. Corte uma tira de tecido estampado, 50% maior que a volta toda da caixa. Decore e

realce as estampas com Crystal cola.

4. Corte uma tira de tecido liso mais curta que o tecido estampado. Ela deverá ter o

mesmo comprimento do tecido estampado. Decore com Crystal cola.

5. Cole o tecido estampado levemente franzido nas laterais da caixa de sapato.

6. Cole um tecido liso por cima do estampado, no mesmo lugar.

7. Arredonde a caixa de sapatos na parte superior.

8. Encape essa caixa com tecido liso. Dê acabamento com uma fita larga colada em toda a

volta da caixa, sobre o início dos babados.

9. Cole estrelas de papel alumínio, lantejoulas e pedras na parte superior da caixa de

sapatos.

2 – Cabeça do boi

• Pegue um bloco de isopor e, com a ajuda de uma faquinha, vá modelando a cabeça do

boi. Pinte-a de preto com guache.

• Cole lantejoulas, pedras e fitas.

• Com cola quente, cole a cabeça no corpo do boi.

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II – Boi com embalagens de tinta acrílica

Material: Primer, tinta acrílica fosca, sucata (embalagem vazia de tinta acrílica / bisnagas),

papelão, EVA preto, olhos móveis, pincel e tesoura.

Modo de fazer:

1. Desenhe os chifres do boi, as orelhas e a cara no papelão. Recorte e pinte.

2. Pinte a caixa de tintas (sucata) com primer. Dê duas demãos.

3. Pinte com tinta acrílica fosca.

4. Recorte duas ovais em EVA preto e cole sobre a caixinha. Cole os olhos móveis.

5. Cole os chifres, as orelhas, e a cara.

6. Para fazer um fantoche, cole o boi pronto sobre uma régua ou pedaço de madeira e

aproveite para criar histórias inéditas com eles.

III – Boi com rolinhos de papel higiênico

Material: Crystal cola, cola de EVA, cola branca, EVA, tesoura, rolinho de papel higiênico,

potinho de iogurte pequeno, palitos de sorvete e olhos móveis.

Modo de fazer:

• Recorte os chifres do boi em EVA e cole atrás da embalagem de iogurte (cabeça) com

cola para EVA. Espere secar.

• Cole o rolinho de papel higiênico atrás da cabeça do boi.

• Corte dois palitos de sorvete ao meio e cole as metades no rolinho pra fazer as pernas

do boi.

• Corte um retângulo em EVA e decore com crystal cola. Cole sobre o rolinho.

• Picote uma tira de EVA, cole como um rolinho e cole atrás, por dentro do rolinho de

papel higiênico (rabo do boi).

• Cole os olhinhos móveis e, com crystal cola preta, faça as narinas do boi.

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• Propor a apresentação de danças típicas do Nordeste.

SUGESTÕES:

1. Frevo – Ver livro Arte na sala de aula – 2º ano pág. 26

2. CARIMBÓ – pedir ajuda à professora de balé

7. Conhecendo Mestre Vitalino

• Conhecer o trabalho de Mestre Vitalino e fazer uma escultura em argila - desenvolver as

atividades propostas nos livros: Criança e a Arte – 5º ano – págs. 33 a 35 e Educação Artística –

Reviver nossa arte – vol 2 – pág. 65

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ARTE POPULAR (Obras de Mestre Vitalino)

8. Conhecendo o Cordel e o repente

REPENTE

• Ler o gibi “Chico Bento – um repente não mais que de repente”

• No laboratório de informática assistir a vídeos de repentes.

• Em dupla produzir repentes e depois apresentá-los à escola no horário do recreio.

���� OBS.: Na Escola tem um livro de repentes e vários de cordel que a Tia Eliana trouxe

de Natal.

LITERATURA DE CORDEL

A Literatura de Cordel é formada por versos na maioria das vezes rimados; o cordel fala

sobre o amor, festas, saudades, alegrias e tristezas. Os textos dessa literatura são ilustrados por

meio de uma técnica chamada Xilogravura.

� Ver mais informações sobre cordel nos livros – A arte na sala de aula – 1º ano – págs.

56 e 57 e Criança e arte 4º ano pág. 99

Xilogravura

Gravura em madeira trabalhada na superfície paralelamente às fibras da prancha; o termo

também se aplica à estampa assim obtida.

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Trata-se da mais antiga técnica de gravura, e seus princípios são muito simples. O artista

desenha uma imagem sobre a superfície lisa e plena de um bloco de madeira e então, com a

faca e as goivas, entalha as partes que deverão ser brancas, deixando a imagem projetar-se em

relevo. Depois de revestir a superfície do bloco com nanquin, o xilógrafo coloca-o sobre uma

folha de papel. Finalmente aplicando pressão sobre as costas da folha, à mão ou por meio de

uma prensa, transfere para o papel uma impressão invertida da imagem gravada.

A história e a prática da xilogravura sempre estiveram intimamente ligadas à arte do livro.

� Produzir um cordel (ver planejamento de redação) e ilustrá-lo utilizando a técnica a

seguir:

Sugestão de atividade: Xilogravura em bandeja de isopor (Isogravura)

Materiais: Bandeja de isopor, folha de sulfite, papel vegetal, lápis, caneta esferográfica, big

caneta hidrográfica, têmpera guache, pincel chato de pelos e poesia ou letra de música.

Modo de fazer:

• Escolha uma estrofe de poesia ou letra de música. Escreva-a em uma parte da folha de

sulfite utilizando a big caneta hidrográfica.

• No papel vegetal crie um desenho relacionado com a letra escrita.

• Transfira-o para o isopor com o lápis calcando o desenho.

• Com a caneta esferográfica reforce os traços formando sulcos.

• Com o pincel, passe a têmpera guache sobre todo o isopor

• Transfira a gravura para o papel, fazendo uma pressão do isopor sobre o papel e depois

do papel sobre o isopor. Retire o isopor e terá a estampa transferida.

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SUGESTÕES PARA PESQUISA

Escritores de cordel: Abraão Batista, Ciro Fernandes, José Costa Leite, Marcelo Alves

Soares, Minelvino Francisco Silva, Severino Gonçalves de Oliveira.

Artistas da xilogravura: Lasar Segall, Oswaldo Goeldi, Lívio Abramo, Renina Katz,

Marcelo Grassmann, Fayga Ostrower, Maria Bonomi, Carlos Scliar, Gilvan Samico, entre outros.

9. Paisagem nordestina

• Fazer uma pintura com areia de uma paisagem que lembre o nordeste brasileiro – Livro

Educação Artística – Reviver nossa arte – 3 pág. 29

10. Analisar a tela Cangaceiro de Aldemir Martins em comparação com Os retirantes

de Portinari e verificar que visão cada qual mostra do nordestino

• Fazer a releitura da tela de Aldemir Martins

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11. Festival de comidas típicas nordestinas

• Cada família deverá pesquisar um prato tipicamente nordestino e preparar para um

concurso na escola.

• No dia marcado, cada família traz seu prato, expõe e um júri passa experimentando e

dando notas.

• Providenciar um troféu ou medalhas para premiar.

12. Fotografar as crianças como nas telas da série Retirantes

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SUGESTÃO DE QUADRILHA

Mas como desenvolver essa atividade?

Para acontecer a dança é preciso seguir os seguintes passos:

01. Forma-se uma fileira de damas e outra de cavalheiros. Uma, diante da outra, separadas

por uma distância de 2,5m. Cada cavalheiro fica exatamente em frente à sua dama.

Começa a música. BALANCÊ é o primeiro comando.

02. CUMPRIMENTO ÀS DAMAS OU “CAVALHEIROS CUMPRIMENTAR DAMAS”

Os cavalheiros, balançando o corpo, caminham até as damas e cada um cumprimenta a

sua parceira, com mesura, quase se ajoelhando em frente a ela.

03. CUMPRIMENTO AOS CAVALHEIROS OU “DAMAS CUMPRIMENTAR

CAVALHEIROS”

As damas, balançando o corpo, caminham até aos cavalheiros e cada uma cumprimenta o

seu parceiro, com mesura, levantando levemente a barra da saia.

04. DAMAS E CAVALHEIROS TROCAR DE LADO

Os cavalheiros dirigem-se para o centro. As damas fazem o mesmo. Com os braços

levantados, giram pela direita e dirigem-se ao lado oposto. Os cavalheiros vão para o lugar antes

ocupado pelas damas. E vice-versa.

05. PRIMEIRAS MARCAS AO CENTRO

Antes do início da quadrilha, os pares são marcados pelo nº 1 ou 2. Ao comando “Primeiras

marcas ao centro, apenas os pares se vão ao centro, cumprimentam-se, voltam, os outros fazem

o passo no lugar. Estando no centro, ao ouvir o marcador pedir balanceio ou giro, executar com

o par da fileira oposta. Ouvindo “aos seus lugares, os pares de nº 1 voltam à posição anterior.

Ao comando de “Segundas marcas ao centro", os pares de nº 2 fazem o mesmo.

06. GRANDE PASSEIO

As filas giram pela direita, se emendam em um grande círculo. Cada cavalheiro dá a mão

direita à sua parceira. Os casais passeiam em um grande círculo, balançando os braços soltos

para baixo, no ritmo da música.

07. TROCAR DE DAMA

Cavalheiros à frente, ao lado da dama seguinte. O comando é repetido até que cada

cavalheiro tenha passado por todas as damas e retornado para a sua parceira.

08. TROCAR DE CAVALHEIRO

O mesmo procedimento. Cada dama vai passar por todos os cavalheiros até ficar ao lado

do seu parceiro.

09. O TÚNEL

Os casais, de mãos dadas, vão andando em fila. Pára o casal da frente, levanta os braços,

voltados para dentro, formando um arco. O segundo casal passa por baixo e levanta os braços

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em arco. O terceiro casal passa pelos dois e faz o mesmo. O procedimento se repete até que

todos tenham passado pelo tunel.

10. ANAVAN TUR

A dama e o cavalheiro dançam como no TUR. Após uma volta, a dama passa a dançar

com o cavalheiro da frente. O comando é repetido até que cada dama tenha dançado com todos

os cavalheiros e alcançado o seu parceiro.

11. CAMINHO DA ROÇA

Damas e cavalheiros formam uma só fila. Cada dama à frente do seu parceiro. Seguem na

caminhada, braços livres, balançando. Fazem o BALANCÊ, andando sempre para a direita.

12. OLHA A COBRA

Damas e cavalheiros, que estavam andando para a direita, voltam-se e caminham em

sentido contrário, evitando o perigo. Vários comandos são usados para este passo: “Olha a

chuva, “Olha a inflação, Olha o assalto, “Olha o (cita-se o nome de um político impopular na

região). A fileira deve ir deslizando como uma cobra pelo chão.

13. É MENTIRA

Damas e cavalheiros voltam a caminhar para a direita. Já passou o perigo. Era alarme

falso.

14. CARACOL

Damas e cavalheiros estão em uma única fileira. Ao ouvir o comando, o primeiro da fila

começa a enrolar a fileira, como um caracol.

15. DESVIAR

É a palavra-chave para que o guia procure executar o caracol, ao contrário, até todos

estarem em linha reta.

16. A GRANDE RODA

A fila é única agora, saindo do caracol. Forma-se uma roda que se movimenta, sempre de

mãos dadas, à direita e a esquerda como for pedido. Neste passo, temos evoluções. Ouvindo

“Duas rodas, damas para o centro"; as mulheres vão ao centro, dão as mãos. Na marcação

“Duas rodas, cavalheiros para dentro , acontece o inverso. As rodas obedecem ao comando,

movimentando para a direita ou para esquerda. Se o pedido for “Damas à esquerda" e

“Cavalheiros à direita ou vice-versa, uma roda se desloca em sentido contrário à outra, seguindo

o comando.

17. COROAR DAMAS

Volta-se à formação inicial das duas rodas, ficando as damos ao centro. Os cavalheiros, de

mãos dadas, erguem os braços sobre as cabeças das damas. Abaixam os braços, então, de

mãos dadas, enlaçando as damas pela cintura. Nesta posição, se deslocam para o lado que o

marcador pedir.

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18. COROAR CAVALHEIROS

Os cavalheiros erguem os braços e, ao abaixar, soltam as mãos. Passam a manter os

braços balançando, junto ao corpo. São as damas agora, que erguem os braços, de mãos

dadas, sobre a cabeça dos cavalheiros. Abaixam os braços, com as mãos dadas, enlaçando os

cavalheiros pela cintura. Desloca-se para o lado que o marcador pedir.

19. DUAS RODAS

As damas levantam os braços, abaixando em seguida. Continuam de mãos dadas, sem

enlaçar os cavalheiros, mantendo a roda. A roda dos cavalheiros é também mantida. São

novamente duas rodas, movimentando, os dois, no mesmo sentido ou não, segundo o comando.

Até a contra-ordem!

20. REFORMAR A GRANDE RODA

Os cavalheiros caminham de costas, se colocando entre as damas. Todos se dão as mãos.

A roda gira para a direita ou para a esquerda, segundo o comando.

21. DESPEDIDA

De um ponto escolhido da roda os pares se formam novamente, Em fila, saem no

GALOPE, acenando para o público. A quadrilha está terminada. Nas Festas Juninas Mineiras,

Paranaenses e Paulistas, após o encerramento da quadrilha, os músicos continuam tocando e o

espaço é liberado para os casais que queiram dançar.

Objetivos Específicos:

• Ter contato com a arte de maneira prazerosa e lúdica

• Conhecer a vida e obra de Candido Portinari

• Apreciar estética e criticamente obras do artista estudado

• Entender as causas dos movimentos migratórios

• Refletir sobre questões sociais

• Interpretar letra de música sobre a difícil vida do retirante

• Registrar informação partindo da observação e análise de imagens

• Compreender porque a imigração dos nordestinos para as grandes capitais é tão

frequente.

• Aprender melhor como os imigrantes nordestinos se sentem frente a tanta miséria.