projeto integrador ii parte inicial

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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP Centro de Educação a Distância Polo Vila Mariana/SP. CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 8º SEMESTRE DISCIPLINA: Projeto Integrador II TEMA: Plano de Controladoria – Parte Inicial INSTRUTORA: Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares. ALUNOS: Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584 Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192 Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805

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Page 1: Projeto integrador ii   parte inicial

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

Centro de Educação a Distância

Polo Vila Mariana/SP.

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 8º SEMESTRE

DISCIPLINA: Projeto Integrador II

TEMA: Plano de Controladoria – Parte Inicial

INSTRUTORA: Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares.

ALUNOS:

Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584

Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192

Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805

Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984

Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131

São Paulo, maio de 2016.

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ALUNOS:

Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584

Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192

Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805

Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984

Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131

TEMA: Projeto de Controladoria – Parte inicial

Trabalho apresentado como requisito de

avaliação final para obtenção de nota na

disciplina de Projeto Integrador II, do Curso

de Ciências Contábeis - 8º Semestre da

Faculdade Anhanguera Educacional, sob a

orientação da Professora Anna Daphne

Josephine Morais Tavares.

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São Paulo, maio de 2016.

ALUNOS:

Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584

Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192

Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805

Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984

Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131

TEMA: Projeto de Controladoria – Parte inicial

Trabalho apresentado como requisito de

avaliação final para obtenção de nota na

disciplina de Projeto Integrador II, do Curso

de Ciências Contábeis - 8º Semestre da

Faculdade Anhanguera Educacional, sob a

orientação da Professora Anna Daphne

Josephine Morais Tavares.

Aprovada em ______de____________2016.

EXAMINADOR (A)

______________________________________

Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Centro de Educação a Distância

Polo Vila Mariana/SP.

Page 4: Projeto integrador ii   parte inicial

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RESUMO

Este trabalho consiste na apresentação parcial de um Plano de Controladoria, o qual a

nossa equipe decidiu utilizar como modelo a empresa LAGE CONSULTORIA CONTÁBIL

LTDA - ME  que tem o seu segmento na prestação de serviços contábeis. Desta forma,

buscamos de forma sucinta descrever o cenário em que se encontram imersas as Prestadoras

de Serviços Contábeis (PSC´s) no Brasil, e a partir disto, propor um modelo conceitual de

controladoria para a empresa supramencionada.

A abertura dos mercados, no Brasil especialmente a partir do ano de 1990,

desencadeou um cenário distinto nas relações comerciais. O crescimento, dia após dia, da

concorrência, aliada ao aumento contínuo das obrigações acessórias na área tributária,

estabeleceram um novo desafio as PSC’s: contribuir com a competitividade dos seus clientes

e propiciar segurança na área fiscal. Tais fatores impulsionaram o crescimento de tais

organizações, e estas, viram-se obrigadas a criar mecanismos facilitadores à sua continuidade

e vida longa. Assim o modelo conceitual de controladoria proposto, busca a partir da

realidade de tais entidades, identificar os principais requisitos necessários a este modelo.

Dentro da visão de empresa como sistema em constante construção e fruto das relações

endógenas e exógenas, apresentaremos um modelo de processo e de gestão, com as premissas

e os requisitos, para chegar à formatação do modelo proposto.

Palavra Chave: Serviços Contábeis, controladoria, Modelo e Processo de Gestão.

Page 5: Projeto integrador ii   parte inicial

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ABSTRACT

This work consists of partial presentation of a Controlling Plan, which our team has

decided to use as a model the company LAGE CONSULTING ACCOUNTING LTDA -

ME has its segment in providing accounting services. In this way, we seek to briefly describe

the scenario in which they are immersed in the Accounting Services Providers (PSC's) in

Brazil, and from this, propose a conceptual model of controlling for the above-mentioned

company.

The opening of markets, especially in Brazil from 1990, triggered a different scenario

in trade relations. Growth, day after day, competition, coupled with the continued increase in

ancillary obligations in the tax area, set a new challenge the PSC's: contribute to the

competitiveness of its customers and provide security in the fiscal area. These factors boosted

the growth of such organizations, and these were forced to create mechanisms to facilitate the

continuity and long life. Thus the conceptual model proposed controllership, search from the

reality of such entities, identify key requirements for this model. Within the company's vision

as a system in constant construction and the result of endogenous and exogenous relations, we

will present a process model and management, with the assumptions and requirements, to get

the formatting of the proposed model.

Keyword: Financial Services, controllership, Model and Process Management.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................7

CAPÍTULO 1 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PROJETO...................................................9

1.1 – Problema de Pesquisa...................................................................................9

1.2 – Objetivos......................................................................................................9

1.3 – Justificativa................................................................................................10

CAPÍTULO 2 – MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO............................11

2.1 – Apresentação da Empresa..........................................................................13

2.2 – Principais serviços da Empresa..................................................................14

2.3 – Organograma da Empresa..........................................................................15

2.4 – Metas e Objetivos.......................................................................................16

2.5 – Sistema de Informação Contábil................................................................16

2.6 – A Controladoria..........................................................................................16

CAPÍTULO 3 – A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS

ORGANIZAÇÕES....................................................................................................................18

3.1 – O objetivo da Auditoria Interna.................................................................19

CAPÍTULO 4 – EVA-ECONOMIC VALUE ADDED (Valor Econômico Adicionado)........20

4.1- A origem do EVA........................................................................................21

4.2 - Objetivos do EVA.......................................................................................21

4.3 – Fatores........................................................................................................21

4.4 – Metodologia do Cálculo do EVA...............................................................22

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................26

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INTRODUÇÃO

Em tempos de mudanças sociais cada vez mais velozes, as empresas buscam evoluir

na mesma proporção imposta pelo ambiente externo em que estão inseridas, uma vez que

interagem com as mesmas variáveis.

A evolução da tecnologia, a necessidade de informações mais precisas, a mudança da

economia que compõem cenários cada vez mais complexos demonstram esse

desenvolvimento empresarial. Diante dessa conjuntura, aumenta significativamente a

necessidade das empresas em adotar ferramentas que permitam a correta gestão de seus

recursos.

Nesse contexto, a controladoria surge com ferramentas adequadas para assessorar o

meio empresarial. Para sugerir melhorias no processo de gestão é indispensável saber de que

forma as ferramentas da controladoria podem ser utilizadas e quais benefícios a utilização de

modelo de gestão proposto após o estudo pode trazer para a empresa observada.

A controladoria tem o papel de contribuir no assessoramento das informações. A

importância da informação adequada e mensurada do processo decisório direciona a

controladoria como uma ferramenta essencial ao processo de gestão. A controladoria deve

assessorar no sentido de contribuir para o aprimoramento da empresa.

O presente trabalho foi realizado através de estudo de caso que possibilitou um

diagnóstico e permitiu identificar que a empresa objeto da pesquisa nunca se preocupou

efetivamente em desenvolver e utilizar um modelo de gestão com base em informações

contábeis e gerenciais para a obtenção de seus resultados. Esse posicionamento que pode se

explicado em decorrência da desinformação da própria administração. A partir deste contexto,

busca-se saber quais os benefícios que a empresa em estudo pode obter com a implantação de

um modelo de gestão adequado a sua realidade. O objetivo geral do estudo consiste em

diagnosticar quais os benefícios que a empresa pesquisada poderá obter com a implantação de

um modelo de gestão adequado a sua realidade. Por meio dos objetivos específicos pretende-

se: Apresentar um modelo de gestão que seja adequado e eficaz à realidade da empresa, bem

como demonstrar a importância da controladoria para a gestão empresarial, identificando os

benefícios obtidos com a implantação do modelo.

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CAPÍTULO 1 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PROJETO

Neste projeto, iremos utilizar como modelo a empresa Zanata Assessoria Contábil S/S

Ltda. que tem o seu segmento na prestação de serviços contábeis, onde um dos integrantes do

grupo desenvolve suas atividades profissionais.

As prestadoras de serviços contábeis são inúmeras no Brasil. Com o passar dos anos

surge um enorme obstáculo no sentido de dar vida longa e fazer crescer tais organizações.

Pela própria especificidade, que exige continuamente estarem atualizadas nos mais diversos

ramos do conhecimento, muitas organizações contábeis não conseguem evoluir, adquirir e

manter as características e diferenciais competitivos. Um grande percentual não atinge os

objetivos pelas dificuldades em acompanhar as exigências do mercado. Diante desta realidade

torna-se vital fazer uso de instrumentos facilitadores ao crescimento e à continuidade de tais

entidades. A Controladoria, desenvolvida nos moldes existentes nas grandes entidades, pode

tornar-se ferramenta indispensável à tarefa de impulsionar estas organizações.

O foco deste trabalho é desenvolver um modelo conceitual de Controladoria para a

empresa que está sendo objeto deste estudo.

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Os principais serviços ofertados pelas Prestadoras de Serviços Contábeis, doravante

PSC’s, geralmente, são:

Constituições de empresas,

Contabilidade Gerencial e Fiscal,

Recursos Humanos,

Legalização de Empresas,

Consultoria Fiscal,

Gestão Tributária,

Arquivos de documentos fiscais e contábeis,

Cursos ligados à área empresarial,

Auditoria e Perícia Contábil.

O modelo proposto poderá ser utilizado por qualquer PSC’s, desde que compreenda o

rol dos referidos serviços ou pelo menos parte destes.

A parametrização do modelo conceitual de controladoria será de acordo com as

seguintes bases:

Sociedade Simples,

Estrutura interna departamentalizada, aproximadamente cinquenta colaboradores

diretos e tributadas pelo Simples Nacional e enquadrada na categoria de EPP – Empresa de

Pequeno Porte.

Por meio da Controladoria, buscar-se alcançar melhores serviços e consequentemente

melhores indicadores de rentabilidade e ainda propiciando o que preconiza um dos mais

importantes princípios contábeis: a continuidade.

1.1 – Problema de pesquisa

A Contabilidade tem contribuído ao longo de milênios com o crescimento do ser

humano. Com o desenvolvimento do sistema comercial, como concebido hoje, especialmente

no final da Idade Média, a ciência em formação, ocupou lugar de destaque na expansão e

crescimento das empresas. Com o advento de novas técnicas contábeis, foi possível

aperfeiçoar cada vez mais, o método utilizado para controlar o patrimônio, objeto de estudo

da Contabilidade. Percebe-se que com a enorme expansão das empresas, especialmente as

multinacionais, a Contabilidade, especificamente a Controladoria, ficou muito restrita às

empresas de grande porte. A diretiva acima exposta, de certa forma, deixou as empresas de

pequeno porte sem ter acesso por completo a todos os recursos e benefícios possíveis no

campo da Controladoria, situação esta, que precisa ser resgatada, para tornar possível à sua

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ação nas empresas por menor que sejam, aqui especialmente as prestadoras de serviços

contábeis.

1.2 – Objetivos

A seguir, serão elencados o objetivo geral e os objetivos específicos a serem

alcançados no final deste projeto.

Objetivo Geral

Caracterizar um modelo conceitual de Controladoria para a empresa prestadora de

serviços contábeis denominada Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.

Objetivos Específicos:

Caracterizar as atividades da Prestação de Serviços Contábeis;

Desenvolver a estrutural conceitual de modelo de Controladoria;

Identificar os requisitos que devem ser considerados na formulação de um modelo

conceitual de Controladoria;

Mensurar quais os produtos da Controladoria são aplicáveis na Prestação de Serviços

Contábeis.

1.3 – Justificativa

As empresas atuam em um ambiente de incertezas e sua sobrevivência depende da

forma como ela age e se relaciona com este meio. Portanto, a empresa necessita de ser

estruturada e organizada, de acordo com as condições e variáveis que possam impactar suas

atividades e resultados. Para que a empresa possa se relacionar e ser bem sucedida utiliza-se

da contabilidade para fornecer informações úteis aos usuários. No entanto, a contabilidade

ainda não fornece todas as informações necessárias para supri-las. Com o objetivo de projetar

os dados obtidos, pode-se utilizar o planejamento, a implantação e a manutenção de um

sistema de informação que permita agregar várias funções existentes dentro de uma empresa,

para isso, é necessário a intervenção da controladoria, que é uma ferramenta importante para

os gestores no processo de tomada de decisão.

As transformações de cenários obrigam as prestadoras de serviços contábeis, (PSC’s)

a atualização constante, bem como, uma organização estrutural cada vez maior para atender as

conjunturas implantadas pela própria concorrência. “As organizações, visando à continuidade

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11

em um mercado cada vez mais disputado, tendem a ajustar seus produtos e serviços às

exigências do ambiente”.

De um lado, existem as questões competitivas e de mercado, e, de outro, a própria

responsabilidade social ligada a tais organizações, uma vez que de acordo com o

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) no início do ano de 2015, só no

Brasil, existiam 491 mil profissionais registrados e 82 mil escritórios ativos. A região Sudeste

é destaque e concentra mais da metade dos contadores, seguida do Sul, Nordeste, Centro-

Oeste e Norte. Nos últimos cinco anos, houve aproximadamente 170 mil novos registros de

profissionais da Contabilidade. Do total de contadores e técnicos em contabilidade registrados

nos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), cerca de 140 mil estão na faixa etária

de até 35 anos, e, essas organizações contábeis empregam milhares de pessoas. A

complexidade cada vez maior das atividades das empresas prestadoras de serviços contábeis,

(PSC’s) bem como o consequente crescimento destas, torna necessária a implantação de

controles internos cada vez mais eficazes para atender as necessidades existentes.

Diante de tal panorama, torna-se importante avaliar a contribuição que a Controladoria

pode dar ao segmento em estudo, especialmente no sentido de levar as organizações a

conquistarem e manterem-se no mercado, alcançando assim, os objetivos propostos.

CAPÍTULO 2 – MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO

O modelo de gestão é oriundo de um conjunto de especificidades, com destaque as

crenças e valores presentes na formação conceitual dos administradores ou gestores,

responsáveis pela área estratégica da empresa. Tal relevância é demonstrada por Schmidt e

Santos (2007, p. 10) “As crenças e valores são os elementos geradores da real missão da

entidade, por isso, é fundamental que eles façam parte da cultura organizacional”. Tudo isto

torna a empresa única com suas especificidades, que segundo Stadler (2007, p. 69) “cada

Organização possui uma cultura única”. Outro fator importante é destacado por Figueiredo e

Caggiano (2006, p. 30) “As mudanças no modelo de gestão dão-se por mudanças nas pessoas

e não no ambiente”. A gestão empresarial precisa mostrar-se essencialmente dinâmica frente à

realidade. Para Ribeiro et al (2008, p. 50) “este cenário requer pessoas que sejam capazes de

fazer constantes ajustes nos planejamentos estratégico, tático e operacional das empresas”.

O processo de gestão possui como principal finalidade balizar e manter a empresa

dentro dos limites que propiciem a alcançar o cumprimento da missão proposta. Este processo

precisa preocupar-se em manter a empresa aberta ao novo, e, dele possa fazer instrumento de

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crescimento e da própria continuidade da organização. Conforme Oliveira, Perez Jr e Silva

(2007, p. 56) “um dos maiores desafios para os responsáveis pela gestão das empresas é a

criação de um clima organizacional para antecipar tendências”.

A gestão necessita estar alicerçada na coerência lógica e identificar constantemente as

melhores alternativas aplicáveis à realidade da empresa, não esquecendo do processo como

um todo, especialmente voltado ao planejamento, execução e controle, amparados e

suportados por um sistema de informações que possa nortear as tomadas de decisões. É

preciso visualizar os cenários, estabelecer os possíveis parâmetros presentes, inclusive as

prováveis ameaças e oportunidades, maximizar os pontos fortes e controlar os pontos fracos,

lembrando que “os pontos fortes e fracos são elencados para apreciação das áreas

competentes” (JUND, 2002, p. 236). Quanto às estratégias Schmidt e Santos (2006, p. 33)

ensinam que “na formulação das estratégias, deverão ser analisados fatores externos e internos

à entidade”.

O Planejamento Operacional tem por finalidade estabelecer os objetivos e metas

operacionais, buscando as melhores alternativas de ação. Para Chiavenato (2003, p. 654)

“cada organização requer um sistema básico de controles para aplicar seus recursos

financeiros, desenvolver pessoas, analisar o desempenho financeiro e avaliar a produtividade

operacional”. Quanto aos controles é tarefa da Controladoria atentar-se a sua real

aplicabilidade, como bem lembra Almeida (1996, p. 60) “Acontece com frequência que uma

empresa tem um excelente sistema de controle interno descrito em seu manual de

procedimentos; entretanto, na prática, a situação é totalmente diferente”. É mister lembrar

que: “as atividades de controle servem de mecanismo para gerenciar o alcance do objetivo”

(OLIVEIRA; D’AVILA, 2002, p. 85).

Ainda quanto à gestão é coerente relembrar: “a maior parte do trabalho gerencial

envolve a necessidade de resolver problemas e tomar decisões” (MAXIMIANO, 1991, p. 92).

A controladoria está profundamente envolvida com a busca da eficácia organizacional,

para alcançá-la é preciso que sejam definidos modelos que eficientemente conduzam ao

cumprimento de sua missão. Quando são observados os modos de operação e as

características da administração das diversas organizações, nota-se as mais diferenciadas

preocupações em relação aos elementos e variáveis empresariais. Deste modo é possível

observar inúmeras diferenças em relação ao enfoque dado ao processo de planejamento e

controle e à utilização dos recursos organizacionais: humanos, físicos e financeiros, e o

posicionamento em relação às variáveis ambientais. A causa destes diferentes

posicionamentos fundamenta-se nas crenças, valores, convicções e expectativas dos

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empreendedores e administradores da empresa, e são estas que determinam o conjunto de

regras que compõem as diretrizes básicas da empresa, portanto, seu modelo de gestão. Um

modelo de gestão pode ser definido como um conjunto de princípios e definições que

decorrem de crenças específicas e traduzem o conjunto de ideias, crenças e valores dos

principais executivos, impactando assim todos os demais subsistemas empresariais, sendo, em

síntese, nada mais que um grande modelo de controle, pois, nele são definidas as diretrizes de

como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de como a empresa vai ser administrada.

As mudanças no modelo de gestão se dão por mudanças nas pessoas e não no ambiente. Nem

sempre o modelo é devidamente definido e explicitado gerando por isso conflitos e

indefinições entre os gestores, ocasionando muitas vezes que sejam tomadas decisões que

conduzem ações que não estão de acordo com os objetivos principais da empresa. Por esta

razão é que um dos princípios básicos da gestão é uma clara definição do seu modelo de

gestão e a integração deste com os modelos de decisão, informação e mensuração que serão

discutidos posteriormente.

Na definição do modelo de gestão são contemplados conceitos de:

Estilo de Gestão

Processo de Gestão

Os Princípios da Organização

Os Princípios de Comunicação/Informação

Os Conceitos e Critérios de Avaliação dos Gestores.

Avaliação de Resultados (com finalidades específicas de otimização)

Avaliação de Desempenho

Conceitos de “Accountability”

2.1– Apresentação da Empresa

Conforme já mencionado anteriormente, a empresa modelo que está sendo objeto

deste estudo é o Escritório de contabilidade denominada Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.

Cujos dados seguem abaixo:

LOGOTIPO: 

RAZÃO SOCIAL: Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.

ENDEREÇO: Rua Vinte e Quatro de Maio, 35 – Salas 614/615 – Centro.

CIDADE: São Paulo/SP.

CEP: 01041-001

Page 14: Projeto integrador ii   parte inicial

14

TELEFONE: (11) 3223-5615 / 3337-1274

CNPJ: 01.226.049/0001-20

E-MAIL [email protected]

WEBSITE: www.zanatacontabilidade.com.br

RAMO DE ATIVIDADE: Assessoria e Consultoria Contábil

PORTE DA EMPRESA: Pequeno

Nº DE EMPREGADOS: 13, sendo 12 funcionários efetivos e 01 estagiária.

Histórico da empresa

A Zanata Assessoria Contábil é um escritório de contabilidade situada na Rua Vinte e

Quatro de Maio, 35, salas 614/615 no centro da cidade de São Paulo/SP.

Fundada em 28 de maio de 1996 pelo seu sócio administrador José Augusto Zanata,

devidamente registrado no CRC sob o registro 1-SP 152.902/O-8, com o intuito de uma

prestação de serviços contábeis diferenciadas para Pessoa Física e Pessoa Jurídica nos mais

diversos ramos de atividade e formas de tributação. Ao longo de sua trajetória, a Zanata

Assessoria Contábil expandiu juntamente com os seus clientes, sempre prezando pela

excelência na prestação de seus serviços e conquistando a satisfação e confiança.

O escritório conta com uma forte equipe nas áreas contábil, tributária, trabalhista e

societária e com uma ampla estrutura física e tecnológica para cuidar dos aspectos

burocráticos de seus clientes.

Missão da empresa

Desenvolver um trabalho sério, com ética e compromisso, fidelizando o cliente e

tornando-se um referencial de qualidade em serviços contábeis.

Visão da empresa

Empresa voltada a todos os segmentos empresariais, buscando novas parcerias e

soluções, sintonizada com as mudanças no universo empresarial.

Valores da empresa

Ética profissional e pessoal, respeito, profissionalismo, pontualidade, trabalho em

equipe, integridade, segurança e transparência.

Política da Empresa

Operar de acordo com a legislação pertinente promulgada pelos órgãos públicos

oficiais;

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15

Contar com o quadro de funcionários altamente profissionais para a realização das

atividades a serem desempenhadas.

2.2 - Principais serviços da empresa

Serviços Prestados : Transformação de sociedades: anônimas em limitadas e vice-

versa e demais tipos societários, Cisão, fusão e incorporação de empresas; Constituição de

companhias e manutenção do controle operacional; Consultoria em geral nas áreas contábil,

administrativa e tributária.

Serviços a Repartições Públicas : Orientação completa para a constituição e

legalização de empresa; Preparação e encaminhamento de processos de constituição; alteração

ou encerramento de empresas, junto a JUCESP e Cartórios; Certidões e certificados para

processos em geral; Certidões Negativas: Federal, Estadual, Municipal, INSS, FGTS,

Procuradoria e as demais previstas em lei; Certidões e certificados da JUCESP;

Assessoria Contábil : Sistema de contabilidade totalmente informatizado e integrado

em rede, atendendo a qualquer tipo de empresa; Elaboração de balancetes mensais; Balanço

mensal, trimestral ou anual, elaborado de acordo com as normas legais vigentes; Elaboração

do Diário Geral e do Razão Analítico; Acompanhamento e análise da situação contábil e

fiscal, inclusive do movimento de compras, vendas, origens e aplicações dos recursos

monetários, visando prevenir descontroles econômicos, financeiros e riscos fiscais, através de

relatórios, gráficos e índices; Relatórios gerenciais de acordo com as necessidades do cliente;

Controle analítico dos bens que integram o ativo permanente e das depreciações; Apuração,

controle dos cálculos e emissão de guias dos tributos em geral devidos pelas empresas;

Elaboração e entrega anual da DIRF; Elaboração e entrega trimestral da DCTF; Elaboração e

entrega anual da DIPJ; Fcont, PER/DCONT, entre outros; Completa assessoria e orientação

para aplicação das disposições legais vigentes, tanto para pessoas jurídicas, como para

pessoas físicas.

Assessoria Fiscal : Orientação e controle de aplicação dos dispositivos legais em vigor

sejam: Federal (IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, SIMPLES); Estadual (ICMS) e Municipal

(ISS); Escrituração dos registros fiscais (Contabilidade tributária) e emissão das guias dos

impostos a recolher; Atendimento das obrigações acessórias previstas nos Regulamentos;

Planejamento tributário para o adequado aproveitamento das disposições legais que

beneficiam as empresas; Orientação e assessoria para o encaminhamento de consultas,

regimes especiais e outros assuntos, junto as Repartições Públicas; Atendimento completo aos

Auditores Fiscais, nos casos de fiscalização.

Page 16: Projeto integrador ii   parte inicial

16

Assessoria Trabalhista : Orientação e controle da aplicação dos dispositivos da

Legislação Trabalhista (CLT), Previdência Social, FGTS, Sindical e outras; Manutenção do

Registro de Empregados e serviços correlatos; Confecção da Folha de Pagamento dos

empregados e dos Sócios (Pró- Labore) e emissão das guias de recolhimento dos encargos

sociais: Previdência Social; FGTS e outros devidos pelas empresas; Controle dos pagamentos

a Estagiários e Autônomos; Atendimento das demais obrigações acessórias previstas nos

Regulamentos, bem como de eventuais visitas de Auditores Fiscais; Completo atendimento a

fiscalização do Trabalho e da Previdência Social.

2.3 – Organograma da Empresa

A empresa conta com uma estrutura muito bem dividida e planejada, que embora

simples, é de grande importância, pois é ela que será responsável por organizar as

informações, as atividades, relacionamentos e escala hierárquica, conforme organograma

apresentado abaixo:

2.4 – Metas e Objetivos

Atenta ao mercado, a empresa espera cada vez mais expandir seus negócios, e espera

em pouco tempo atingir um patamar de uma organização cada vez mais qualificada, prestando

serviços de qualidade aos seus clientes, acompanhando as mudanças impostas para a

contabilidade, gerando assim, informações úteis a tomada de decisões, buscando o sucesso e o

diferencial baseado na confiança mútua.

2.5 – Sistema de informação Contábil

O Sistema de Informação Contábil ou o Sistema de Informação de Controladoria é o

meio que o contador geral, contador gerencial ou o controller utiliza para efetivar a

contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que esta seja utilizada em

toda a sua plenitude. Para tanto, há necessidade de se aplicar à estruturação do sistema de

DIRETORIA

DEPTº CONTÁBIL

DEPTº FISCAL

DEPTº PESSOAL

ASSESSORIA E

CONSULTORIA

Page 17: Projeto integrador ii   parte inicial

17

informação contábil o enfoque sistêmico, pois, além de ser um sistema de informação, a

contabilidade, como um sistema aberto, está inserida dentro do ambiente do sistema empresa.

Mesmo que a Ciência Contábil propugne uma sistematização única para a informação

contábil, as empresas têm, de um modo geral, partilhado os sistemas de informação contábil

em duas grandes áreas:

A área societária e fiscal, a área legal, que é denominada de escrituração,

A área gerencial, que é denominada de planejamento e controle.

Dentro da parte considerada legal, existem alguns subsistemas de informação para o

primeiro gerenciamento da empresa, que, mesmo tendo conotação gerencial, são análises de

elaboração rotineira, tal como análise de balanço e de caixa, e gestão dos impostos.

Em nosso entendimento, não é necessário que as duas áreas sejam operacionalizadas

de forma diferente ou por setores diferentes. Todo o sistema de informação contábil, seja a

parte denominada legal, seja a parte denominada gerencial, deve ser operacionalizada como

um todo, sem dar maior ou menor importância à determinada área ou subsistema. A

escrituração dos lançamentos é tão importante como a mais profunda análise de custo, ou

projeção de resultados.

2.6 – A Controladoria

O aumento da complexidade na organização das empresas, o maior grau de

interferência governamental através de políticas fiscais, a diferenciação nas fontes de

financiamentos das atividades, a percepção das necessidades de consideração dos padrões

Page 18: Projeto integrador ii   parte inicial

18

éticos na condução dos negócios, e principalmente a demanda por melhores práticas de

gestão, criando a necessidade de um sistema contábil mais adequado para um controle

gerencial mais efetivo, tem sido, entre outras, algumas das razões para que a responsabilidade

com o gerenciamento das finanças das empresas tenha aumentado de importância dentro do

processo de condução dos negócios. Consequentemente, a função e as responsabilidades do

executivo financeiro, individualmente, têm mudado. Considerando essas razões, a separação

entre a função contábil e a função financeira foi o caminho lógico a ser tomado e neste

período, ocorreu o nascimento e desenvolvimento de uma função diferenciada de

Controladoria. A Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos

a gestão econômica.

Pode ser visualizada sob dois enfoques:

Como um órgão administrativo com uma missão, função e princípios norteadores

definidos no modelo de gestão do sistema empresa.

Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e

métodos oriundos de outras ciências.

CAPÍTULO 3 - A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS

ORGANIZAÇÕES

A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo

examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas

contábeis, financeiras e operacionais da entidade.

A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que

se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um

controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da eficiência de outros

controles.

O mundo dos negócios é dinâmico, as mudanças se processam em todos os setores

sociais e econômicos. A globalização da economia e o surgimento de mercados comuns

fazem com que a Auditoria Interna deixe de ter uma função com conotação Policialesca e

Repressiva para ter uma função de assessoramento à Alta Administração e Gestores para o

cumprimento da missão empresarial e, para isso a Auditoria Interna precisa estar preparada e

com suporte adequado para que possa cumprir sua missão com eficácia e eficiência.

Empregada como ferramenta de Controle e Gestão de Riscos Empresariais, a

Auditoria Interna estará contribuindo com seu trabalho de forma eficaz na condução dos

negócios pelos Gestores.

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Neste cenário, a Auditoria Interna desempenha um papel de importância fundamental

para as empresas quando identifica riscos e falhas de controles em seus trabalhos.

Os resultados do trabalho da Auditoria Interna, além de se constituírem em algo

precioso para a tranquilização dos Gestores do alto comando, fornecem recomendações

corretivas e preventivas à exposição da organização face aos riscos empresariais que podem

ser de natureza; sistêmica, operacional, financeira, tecnologia da informação, recursos

humanos, mercadológicas e de fatores externos que podem impactar os resultados e

estratégias globais da empresa.

Assim, adicionalmente, o trabalho eficaz da Auditoria Interna libera os Gestores para a

condução e o gerenciamento dos negócios, permitindo-lhes exercer com segurança o processo

decisório sobre as importantes transações Empresariais.

3.1 – O objetivo da Auditoria Interna

O objetivo da auditoria interna é auxiliar todos os membros da administração no

desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes análises,

apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas.

O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do negócio em que

possa ser útil à administração. Isto pressupõe sua incursão em campos além de contabilidade e

finanças, a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame. Testa a

qualidade dos trabalhos, revisa, recomenda, enfim, assiste à administração e lhe fornece

informações periódicas principalmente no que tange:

À aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e operacionais,

revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando os controles contábeis, financeiros e

outros de natureza operacional, propiciando controles eficazes a um custo razoável;

À extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos, determinando o

grau de atendimento;

À salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de todas as espécies,

determinando o grau de controle dos ativos da empresa quanto à proteção contra perdas de

qualquer tipo;

À avaliação da qualidade e desempenho na execução das responsabilidades delegadas

determinando a fidelidade dos dados administrativos originados na empresa;

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À recomendação de melhorias operacionais.

A auditoria interna presta ajuda à administração, com vistas à possibilidade de

eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão, por ser empregado da empresa, o auditor

interno perde sua independência profissional.

Pode ser muito zeloso e cumpre a ética, mas é evidente sua demasiada submissão aos

administradores. Servindo à empresa, a auditoria interna não se presta para informações. As

responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser claramente determinadas

pelas políticas da empresa.

A autoridade correspondente deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos os

registros, propriedades e pessoal da empresa que possam vir a ter importância para o assunto

em exame. O auditor interno deve sentir-se à vontade para revisar e avaliar diretrizes, planos,

procedimentos e registros. (CREPALDI, 2007, p.26).

CAPÍTULO 4 – EVA-ECONOMIC VALUE ADDED (VALOR ECONÔMICO

ADICIONADO)

Valor econômico adicionado ou simplesmente valor adicionado ou, ainda, valor

agregado é uma noção que permite medir o valor criado por um agente econômico. É o valor

adicional que adquirem os bens e serviços ao serem transformados durante o processo

produtivo.

Auditoria Interna

Assistência Metodológica

Treinamentos

Suporte técnico

Cartografias de

riscos

Revisão dos

Processos

avaliação dos

controles

Plano de

ação

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Em uma empresa, o valor adicionado é a contribuição adicional de um recurso,

atividade ou processo para a fabricação de um produto ou prestação de um serviço.

Em termos macroeconômicos, é o valor dos bens produzidos por uma economia,

depois de deduzidos os custos dos insumos adquiridos de terceiros (matérias-primas, serviços,

bens intermediários), utilizados na produção.

A fórmula para o cálculo do EVA é composto por:

Lucro Operacional após o Imposto de Renda e Custo de Capital, desta forma:

EVA= Lucro Operacional após o Imposto de Renda - (Capital Investido x Custo de

Oportunidade).

4.1 – A origem do EVA

Há uma certa controvérsia quanto a origem do método, alguns autores afirmam que foi

introduzido pela General Motors em meados de 1920, outros estudos mostram que já era

utilizado por estudiosos alemães no início do século passado.

De qualquer forma ficou esquecido ou pouco utilizado até os anos 1980, quando foi

patenteado por Joel Stern e G. Bennett Stewart III, sendo posteriormente disseminado pela

Consultoria Stern Stewart Co, tornando-se a partir daí popular em muitas empresas como

medida de performance.

4.2 – Objetivos do EVA

Um dos objetivos principais do EVA, cuja metodologia principal está apoiada em

conceitos de Administração Financeira, é demonstrar se uma empresa está efetivamente

criando valor aos seus acionistas. Baseado neste ponto, o indicador permite a executivos,

acionistas e investidores, avaliar com, clareza se um capital empregado aplicado em um

determinado negócio está sendo bem remunerado.

Principais objetivos:

Possibilita a avaliação das decisões tomadas pelos gestores da empresa bem como a

projeção de cenários futuros;

Possibilita o conhecimento das causas da criação/destruição de valor e permite indicar

as alternativas que podem reverter a situação;

Concentra os esforços de toda a empresa para incrementar operacionalmente os

negócios e aumentar a riqueza dos sócios/investidores no longo prazo;

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Torna transparente aos gestores o objetivo mínimo de remuneração aos sócios e

acionistas;

Pela sua simplicidade, permite a gestores não financeiros o entendimento do método, o

qual permite seu acompanhamento e a aplicabilidade na busca dos resultados traçados.

4.3 – Fatores

Basicamente são três os meios de adicionar valor e uma empresa:

Tentar lucrar mais sem usar mais capital: geralmente esta alternativa está associada à

redução de custos e cortes: porém é importante lembrar que existem diversas formas de elevar

o faturamento, explorando-se oportunidades de mercado e as necessidades dos clientes;

Usar menos capital nas operações: neste caso, a empresa deve centrar ações na revisão

dos processos e das despesas e custos a eles atrelados;

Investir em projetos de retorno elevado: a utilização de todo ou parte do capital, deve

ser extremamente criteriosa, de maneira que somente se busque selecionar e investir em

projetos de alto retorno.

Na figura abaixo vemos o conceito de Goodwill, onde o processo de mais valia, foi

adicionado e o mercado, se propõe a pagar mais pela empresa, devido a geração de valor. Em

contrapartida vemos também a destruição de valor, onde o valor de mercado proposto é menor

do que efetivamente vale seu capital.

4.4 – Metodologia do Cálculo do EVA

O cálculo do EVA assume inúmeras variantes, porém no seu conceito básico pode ser

demonstrado abaixo:

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Cálculo do EVA - Através da Teoria das Finanças

Cálculo do Capital EmpregadoCapital Empregado R$ %Passivo Circulante/Exigível

60.000 60,00%

Patrimônio Líquido 40.000 40,00%

Total do Passivo 100.000

100,00%

Custo do Capital Próprio 18,0%

Custo do Capital de Terceiros 20,0%

Alíquota do Imposto de Renda 25,0%

Cálculo do Custo do Capital de Terceiros

Taxa Bruta X (1 - IR) 20,0% x (1-0,25) = 15,0%

Cálculo médio ponderado de CapitalWACC3 = (0,60 x 15,0%) + (0,40 x 18,0%) WACC = 16,2%

Custo do Capital Próprio: Definido pelo acionista, ou seja, quando ele espera ganhar

comparando com o custo de oportunidade oferecido por outra fonte.

Custo do Capital de Terceiros: Definido pelo mercado (geralmente expresso por taxas de

financiamentos/empréstimos).

Cálculo do EVA

Estrutura do Balanço Patrimonial DRE Simplificado (R$) Cálculo da ROIAtivo Total (Investimentos) R$ 100.000 Receitas 150.000 ROI = Lucro Oper (-) IR / Investimentos

(-) Custos (80.000)Passivo Total =  R$  60.000 Lucro Bruto 70.000 ROI = R$ 40.000 - 25,0% / % 100.000Patrimônio Líquido = R$ 40.000 (-) Despesas (30.000)

Lucro Operacional 40.000Imposto de Renda (10.000) ROI = R$ 30.000 / R$ 100.000

ROI = 30,0%

NOPAT (Lucro Operacional - Imposto de Renda) 30.000

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Lucro Operacional

após os Impostos (NOPAT)

EVA

Custo de Capital

R$ R$ 30.000 R$ 16.200 R$ 13.800

% 30,00% 16,20% 13,80%

Representação Gráfica do Valor Agregado

EVA R$ - EVA em valores Absolutos  EVA % - EVA em valores percentuais

EVA R$ = (ROI - WACC) x Investimentos EVA% = ROI - WACC

EVA R$ = (30,0% - 16,2%) x 100.000 EVA% = 30,0% - 16,2%

EVA R$ = 13,80 % x 100.000 EVA% = 13,80% (ROI Residual)

EVA R$ = R$ 18.000

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No transcorrer deste trabalho, gradativamente, foi possível perceber a importância e a

aplicabilidade da Controladoria no quotidiano da empresa Prestadora de Serviços Contábeis

“Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda”. Partindo do pressuposto que as PSC’s nascem e

buscam crescer cada vez mais no universo empresarial competitivo, assume-se que a

Controladoria possui relação direta com a continuidade e o sucesso de uma empresa do

segmento de serviços contábeis.

A administração de qualquer empresa exige cuidados, assim para as PSC’s espera-se

do gestor soluções quotidianas às inúmeras realidades adversas encontradas. Após estabelecer

os parâmetros departamentais necessários, a gestão do negócio, entra em cena na tarefa fim da

Controladoria: estabelecer a sinergia entre as partes, envolvendo aspectos materiais e

humanos, buscando tornar o todo maior que o somatório das partes. Neste quesito é possível

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deixar claramente evidenciada a contribuição da Controladoria, conforme o modelo

previamente proposto.

O modelo de Controladoria proposto a ser aplicado à empresa objeto deste estudo, é

projetado para atender as diversas atividades que formam o “mix” de serviços de tal

segmento.

Iniciou-se por estabelecer de forma clara todas as atividades realizadas pela PSC’s. Em

seguida com fulcro nas atividades foi possível propor a partir das necessidades detectadas a

estrutura conceitual do modelo de Controladoria. Diante da realidade dos departamentos

tornou-se mais fácil estabelecer os requisitos a serem considerados na formulação do referido

modelo. Por fim, já com o modelo conceitual estabelecido foi possível visualizar diante do

todo, que além de possível é imprescindível à tarefa da Controladoria na gestão das empresas

foco deste trabalho.

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demais sociedades / FIPECAFI; diretor responsável Sérgio de Iudícibus; coordenador técnico

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