projeto imagens do cotidiano invisível

PORTFOLIO YURI SALVADOR | IMAGENS DO COTIDIANO INVISÍVEL

PORTFOLIO YURI SALVADOR | PROJETO IMAGENS DO COTIDIANO INVISÍVEL Pesquisa fotográfica sobre aspectos do cotidiano

“Beach Party”, 2007, 76cm x 100cm

O subjetivo e o sensível sempre foram para mim instigantes, desde criança, mesmo na condição de quem somente recebia informa- ções. Com o passar dos anos e o contato com as artes, a música, o audiovisual, a fotografia e o design gráfico, despertaram-me para o outro lado do processo, a produção.

Desde então, caminho em busca da experimentação e do desenvol- vimento de linguagem, instigado pelo poder de significação daquilo que não é objetivo, que se presta a sensibilizar. Esse processo de pesquisa de linguagem ocorre sob a influência de uma inquietação que surge diante dos cenários co- tidianos, lindos e exuberantes nas mais diversas formas.

A abundância de vida e o excesso de sons e imagens ao nosso redor parecem se tornar uma massa de ruído. Milhares de fragmentos únicos, em um ambiente onde a profusão de vidas, signos e signi- ficados, incitam à reflexão sobre a (in) significância e a solidão do indivíduo.

A apreensão desses elementos, através liguagem fotográfica, re- sulta em imagens carregadas de sentimento e apreço pelo instante subjetivo observado e evidencia um estado de imersão, que existe em outro tempo, próprio do devaneio.

Yuri Salvador


“O Homem do Frango”, 2007, 50cm x 70cm


“Trem W”, 2007, 50cm x 70cm

“0 oposto do repórter - e do fotógrafo de guerra - e aquele que vagueia, a câmera na mão, sem direção nem horário, pelas ruas. Ou aquele que, como um paisagista, contempla o panorama do mundo. Ele tem calma. Suas fotos tem uma coisa em comum tempo: Elas, sabem esperar. Deixar as coisas se configurarem ante os nossos olhos.”

Nelson Brissac


“Caminho”, 2007, 50cm x 70cm


Sem título, 2010

“As cenas - feitas à margem do ritmo acelerado das informações e dos acontecimentos — consistem, em geral, Justamente nisso: imagens do invisível. (...)

E quando nada, aparentemente, está acontecendo? 0 vento soprando nas árvores ou uma mulher que levanta a mio, com graça, como se fosse soltar um balão. Aí não se vê nada. Mas, de fato, tudo está acontecendo. Essas cenas delicadas demais ou grandiosas demais para ficarem impressas na retina habituada só ao que é passageiro.”

Nelson Brissac


Sem título, 2010

Sem título, 2010

“(...) Das imagens não interessa tão somente a sua função de representação, perfeitamente comparável à das idéias, e sim a sua presencialidade, sua “tremendidade”, sua possibilidade de estremecer de uma maneira cognitiva, referencial, doa- dora de sentido, e não somente como “impacto emocional“, consumístico e passageiro.(...) O papel captador-descritivo-organizador do conceito é, assim, atravessado pela capacidade da imagem de afetivizar-se, na medida em que essa afetivização seja cognitivamente aproveitada. Essa interação deverá mostrar como as idéias representam melhor o mundo quando afetivamente reforçadas, e como as imagens são mais “tremendas” na medida em que são mais fortemente cognitivas. (..)”

Júlio Cabrera


Sem título, 2010


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