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POTENCIAL NA IGREJA HARTMUT AUGUST 8 marcas de uma comunidade acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge

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8 marcas de uma comunidade acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge Autor: Hartmut AugustNúmero de Páginas: 192Ano: 2013 O autor, Hartmut August, após um profundo trabalho de pesquisa apresenta neste livro Potencial invisível na igreja – 8 marcas de uma comunidade acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge, formas de reconhecimento, acolhimento, compreensão e envolvimento das pessoas adultas sem cônjuge por parte da igreja toda, para que estes possam contribuir com alegria nos diferentes ministérios da igreja. Este livro se destina a pastores e líderes de igrejas, educadores e professores de cursos de teologia, além de estudantes e pesquisadores.

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HARTMUT AUGUST

8 marcas de uma comunidade acolhedora para

pessoas adultas sem cônjuge

Seja por conta dos solteiros, dos viúvos ou das novas confi gurações das famílias brasileiras, como os separados ou os divorciados, o número de pessoas adultas sem cônjuge nas igrejas têm aumentado signifi cativamente. Esse grande potencial humano tem sido muitas vezes negligenciado por pastores e lideranças. Por não se encaixarem nos grupos existentes, essas pessoas acabam se sentindo rejeitadas e, com o tempo, a apatia faz com que muitos até mesmo deixem as igrejas nas quais gostariam de se sentir acolhidos.

O autor, Hartmut August, após um profundo trabalho de pesquisa apresenta neste livro Potencial invisível na igreja – 8 marcas de uma comunidade acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge, formas de reconhecimento, acolhimento, compreensão e envolvimento das pessoas adultas sem cônjuge por parte da igreja toda, para que estes possam contribuir com alegria nos diferentes ministérios da igreja.

Este livro se destina a pastores e líderes de igrejas, educadores e professores de cursos de teologia, além de estudantes e pesquisadores.

Mestre em Teologia (PUCPR), pós--graduado em Ministério Pastoral (Faculdade Fidelis), pós-graduado em Marketing (PUCPR), economista (FADEPS), administrador postal (ESAP). Empresário, professor na Faculdade Fidelis.

Casado há 8 anos com Mariluce, pai de Thomas, Christian (in memorian) e Patricia. Avô de Timothy e Ben Lucca. Líder no Ministério Jovens Adultos e membro da Equipe Pastoral da 1ª Igreja Evangélica Irmãos Menonitas do Boqueirão (Curitiba, Brasil). Tem como hobbies as viagens e o squash.

“Sinto signifi cativa alegria por saudar a primeira edição de um livro que aborda tão oportuno tema, em um momento em que a Igreja, particularmente a brasileira, está em busca de direção séria, bíblica e, sobretudo, contemporânea, para assistir à crescente demanda que o nosso tempo nos apresenta. Quero expressar meu reconhecimento à capacidade, idoneidade e experiência que caracterizam Hartmut August, credenciando-o de maneira ímpar para produzir semelhante trabalho. Como mentor de várias gerações de pastores, quero expressar a profunda relevância deste livro, vindo à luz em um momento de extrema carência e desafi o, a fi m de que a Igreja Brasileira possa cumprir com fi delidade o chamado de cuidar e consolar a todos, particularmente aos que experimentam situações singulares de vida.”

Edson Nepomuceno Barbosa, fundador e coordenador do Projeto Oásis (células de discipulado denominadas RENOVO), docente nacional do Instituto Haggai, fundador e ex-diretor do CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral) e pastor emérito da Igreja Cristã Água Viva.

“Conheço Hartmut há oito anos e pude acompanhar seu despertar para o acolhimento da pessoa adulta sem cônjuge. Juntamente com sua querida esposa Mariluce, envolveu-se no Ministério Jovens Adultos, direcionado a esse público, o que trouxe novos rumos e bênçãos para muitas pessoas. Com certeza, este livro abrirá novas perspectivas e desafi os para nossas igrejas.”

Otto G. Stange, missionário da MEUC (Missão Evangélica União Cristã) e líder no Ministério Jovens Adultos.

Se observarmos o estado de convivência das pessoas, 27% dos adultos no Brasil vivem sozinhos. Como 63% dos adultos no Brasil vivem com um cônjuge ou companheiro, podemos concluir que, para cada duas pessoas adultas que vivem com cônjuge ou companheiro, há uma que vive sem cônjuge ou companheiro, se enquadrando portanto no perfi l de pessoa adulta sem cônjuge.

Portanto, estamos falando de um público enorme que necessita ser evangelizado, pastoreado e envolvido no Reino de Deus, fazendo emergir a pergunta sobre como as igrejas estão

olhando para esse grupo de pessoas.

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1ª edição

Curitiba2013

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8 marcas de uma comunidade acolhedora para

pessoas adultas sem cônjuge

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Hartmut AugustPotencial invisível na igreja

8 marcas de uma comunidade acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge

Coordenação editorial: Walter FeckinghausRevisão: Josiane Zanon MoreschiEdição: Sandro BierCapa: Sandro BierEditoração eletrônica: Josiane Zanon Moreschi

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1.. Ministério para pessoas adultas sem cônjuge : Teologia pastoral : Cristianismo 253

As citações bíblicas foram extraídas da Bíblia de Estudo NVI, Editora Vida (2003).

Todos os direitos reservados.É proibida a reprodução total e parcial sem permissão escrita dos editores.

Editora Evangélica EsperançaRua Aviador Vicente Wolski, 353 - CEP 82510-420 - Curitiba - PR

Fone: (41) 3022-3390 - Fax: (41) [email protected] - www.editoraesperanca.com.br

August, HartmutPotencial invisível na Igreja : 8 marcas de uma comunidade acolhedora

para pessoas adultas sem cônjuge / Hartmut August. - - 1. ed. - - Curitiba, PR : Editora Esperança, 2013.

ISBN 978-85-7839-084-6

1. Igreja - Trabalho com pessoas adultas sem cônjuge 2. Liderança cristã 3. Pessoas sozinhas - Vida religiosa 4. Teologia pastoral I. Título.

13-02062 CDD-253

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Dedicatória

Dedico este livro àqueles que têm um coração que arde em favor das pessoas adultas sem cônjuge e que buscam, como eu, por caminhos para sua inclusão saudável e produtiva em suas comunidades de fé.

Agradecimentos

A Deus, por ter me possibilitado enxergar para além dos sonhos despedaçados.

Aos meus pais, Jacob e Gredel August, in memoriam, que, por seu exemplo me mostraram o caminho para a intimidade com Deus e para o serviço desprendido em seu Reino.

À minha esposa, Mariluce, pelo apoio incondicional em todos os momentos e pelo privilégio de podermos servir a Deus juntos.

Aos meus filhos Thomas, Christian, in memoriam, e Patricia, por compreenderem que Deus em tudo tem um propósito eterno.

Às pessoas adultas sem cônjuge e às igrejas que me permitiram a aproximação e convivência, sem as quais este livro não teria sido possível.

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Sumário

Prefácio.............................................................................................9

A quem se destina este livro..............................................................11

Como ler o livro.....................................................................................15

Aconteceu comigo!.................................................................................17

PARTE 1..................................................................................................21

1. Pessoas adultas sem cônjuge: conceitos e realidade.....................23Conceito de “pessoa adulta sem cônjuge”...................................23Conceito de igreja..............................................................................24O contexto brasileiro.........................................................................25Realidade no meio evangélico.........................................................29Pesquisa Sepal/Apoio........................................................................30Pesquisa de Opinião August, August..............................................31Biopoder e biopotência....................................................................32Capacitação de pastores e líderes..................................................34Processos de subjetivação de pessoas solteiras..........................35Características das igrejas que favorecem o acolhimento e a integração...........................................................36

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PARTE 2Marcas de uma igreja acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge.....................................................41

2. Marca 1 - Compreende a realidade das pessoas adultas sem cônjuge........................................................................................43

3. Marca 2 - Pratica princípios bíblicos quanto ao divórcio e ao novo casamento........................................................59

4. Marca 3 - Capacita pessoas para atuarem junto às PASCs..........775. Marca 4 - Adequa as estruturas às novas necessidades.............896. Marca 5 - Estimula a organização de pequenos

grupos específicos............................................................................1017. Marca 6 - Favorece o convívio fraterno.....................................1178. Marca 7 - Proporciona oportunidades para servir...................1319. Marca 8 - Desenvolve a comunicação bidirecional....................143

PARTE 3Desenvolvendo um ministério para pessoas adultas sem cônjuge...........................................................153

10. Marcas de uma igreja saudável de Schwarz..........................15511. E agora, por onde eu começo?................................................15912. Diagnóstico da sua igreja..........................................................16113. Apresentando uma ferramenta de gerenciamento..............169

Conclusão...........................................................................................183

Referências Bibliográficas...................................................................187

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Prefácio

Foi a vida que encaminhou e, por assim dizer, determinou este li-vro. O que segue não é apenas fruto de uma curiosidade intelectual, mas foram acontecimentos inesperados e doloridos para todos os envolvidos, sobretudo para o autor do livro, que provocaram esta pesquisa.

Quando a dor achou a porta de saída, ela permitiu reflexão e novas conclusões. E o que é melhor ainda: um novo agir. Um novo agir não só na vida do autor do livro, que experimentou “o vale da sombra da morte”, mas um agir novo primeiramente em sua igreja, depois ultrapassando as barreiras da igreja e agora trazendo um enfoque novo ao meio evangélico brasileiro.

Muitos anos atrás uma irmã solteira da minha igreja me surpre-endeu com um pedido: “Pastor, não quero passar todas as tardes de domingo ao lado de minha mãe assistindo televisão ou então conversando com amigas em uma mesa com café e bolo”. “E o que você quer então?”, perguntei sem saber onde ela queria chegar. Ela ficou um pouco en-rubescida e, depois de alguns gaguejos, ousou dizer: “Eu gostaria de ter também figuras masculinas na roda de conversa”. E aí fiquei eu sem saber o que fazer.

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Temos em nossas igrejas um número muito grande de PASCs (Pessoas Adultas Sem Cônjuge) e, na maioria das vezes, não sabe-mos o que fazer. E pior: tendemos a nem enxergá-las. Conheço uma igreja em que, entre os membros, o número das PASCs é maior que o número de pessoas casadas, mas a igreja continua focada basica-mente nos casais e seus filhos. Lá, quem é PASC é invisível.

O autor constata que “sem relacionamentos cristãos saudáveis, facil-mente a fé da pessoa adulta sem cônjuge esfria, seu testemunho fica fragili-zado e seu envolvimento no Reino é comprometido.”

Precisamos conhecer esse grupo tão numeroso e importante em nossas igrejas. Precisamos fazer alguma coisa. O autor deste traba-lho, de modo muito claro e com muita paixão, nos dá a análise e os caminhos que poderemos seguir se quisermos integrar esse grupo até agora relegado a segundo plano.

A igreja cristã precisou esperar até o século 18 para descobrir a necessidade da escola dominical para as crianças. E dois mil anos para entender que “Pessoa Adulta Sem Cônjuge” igualmente preci-sa de uma atenção específica.

Este é um livro de um homem corajoso e persistente que, moti-vado por um drama pessoal, conseguiu transformar suas lágrimas e seu desespero em um instrumento para a obra do Senhor.

Que Deus seja louvado e este livro inspire muitas pessoas a igualmente ousarem esse passo de transformação!

Dr. J. Udo SiemensPastor na COBIM (Convenção Brasileira

das Igrejas Evangélicas Irmãos Menonitas), professor universitário e conselheiro

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A quem se destina este livro

Ao escrever este livro, tenho em mente os seguintes grupos de leitores:

a. Pastores e líderes de igrejas

Sei que qualquer ministério novo que se deseje implantar na igreja precisa, não só da aprovação, mas do apoio dos pastores e da lide-rança. Nada acontecerá de relevante e duradouro se as pessoas que estão à frente da igreja não estiverem convencidas da sua importân-cia. Em minha experiência no ministério com pessoas adultas sem cônjuge, tenho observado como é fundamental que os pastores e líderes compreendam a realidade dessas pessoas. Tenho visto pas-tores e líderes reconhecendo a ênfase que a Palavra de Deus dá ao cuidado com os menos favorecidos e fragilizados, o que em muitos casos inclui as pessoas adultas sem cônjuge. Portanto, se você, caro leitor, é pastor ou líder eclesiástico, minha oração é que este livro o ajude a firmar a convicção da relevância de um ministério dire-cionado às pessoas adultas sem cônjuge em sua comunidade, para que essas pessoas se sintam acolhidas, compreendidas e envolvidas ministerialmente na igreja.

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b. Líderes e apoiadores de ministérios para pessoas adultas sem cônjuge

Tenho em mente também as inúmeras pessoas que atuam ou gos-tariam de atuar em um ministério direcionado às pessoas adultas sem cônjuge. Sei, por experiência própria, que não é fácil começar um ministério. Ainda mais quando esse ministério tem por objetivo acolher, restaurar e integrar na igreja local um público que, muitas vezes, é ignorado ou até discriminado. Como evangélicos, temos larga experiência em ministérios para crianças, adolescentes, jo-vens, casais, mulheres e homens. Mas temos uma longa jornada de aprendizado quando pensamos em atender pessoas que não veem suas necessidades atendidas nos ministérios citados, como é o caso das pessoas adultas sem cônjuge. Se esse é o seu caso, querido leitor, meu desejo é que este livro confirme em você o chamado de Deus para atuar junto a essas pessoas.

c. Educadores e professores de cursos de teologia

Desconheço alguma grade de curso de graduação, pós-graduação ou mestrado em teologia que apresente conteúdos referentes às pesso-as adultas sem cônjuge. Embora estas representem um contingente expressivo da sociedade brasileira, os cursos que formam os líderes eclesiásticos do futuro ainda não captaram essa nova realidade. Des-de que iniciamos o Ministério Jovens Adultos temos tido a oportuni-dade de ministrar aulas esporádicas em diversos cursos de graduação e de pós-graduação em teologia. A ministração dessas aulas me aju-dou a estruturar o material que agora tenho o privilégio de publicar. Se você é educador ou professor de algum curso de teologia, quero motivá-lo a incluir conteúdos referentes ao atendimento das pessoas adultas sem cônjuge. Inclua este livro na bibliografia da sua discipli-na e estimule seus alunos a pesquisarem e a escreverem artigos, tra-balhos de conclusão de curso, monografias e dissertações a respeito de temas relacionados a elas. Estaremos assim, juntos, contribuindo para desenvolver um potencial invisível na igreja, representado pe-las pessoas adultas sem cônjuge, e para construir uma igreja mais madura e inclusiva para todos os segmentos da sociedade.

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d. Estudantes e pesquisadores

Quando minha esposa Mariluce e eu iniciamos o Ministério Jovens Adultos, logo identificamos que havia pouca literatura voltada a esse público. Praticamente não há pesquisas no meio acadêmico que se debrucem sobre a realidade das pessoas adultas sem cônjuge no meio evangélico brasileiro. Diante desse cenário, para a mono-grafia de conclusão do Curso de Pós-graduação em Teologia Pas-toral, realizamos juntos uma ampla pesquisa junto a essas pessoas para compreendermos melhor como elas se sentem, em especial no relacionamento com sua igreja local. Posteriormente, para nossas dissertações de conclusão do Curso de Mestrado em Teologia, no-vamente realizamos pesquisas junto a esse público no meio evan-gélico. Com os resultados dessas pesquisas podemos agora dar voz às pessoas adultas sem cônjuge. Essa voz pode ser ouvida nos grá-ficos e nas falas dos entrevistados deste livro. Portanto, se você é estudante ou pesquisador, faça bom uso dos dados apresentados. Minha oração é para que muitos outros trabalhos de pesquisa, arti-gos científicos, cursos e livros direcionados às pessoas adultas sem cônjuge venham enriquecer as bibliotecas das instituições de ensi-no, das igrejas e dos lares cristãos, para suprir uma carência que, no momento, é flagrante.

A quem se destina este livro

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Como ler o livro

Estruturei o livro em três partes.Na parte 1, composta pelo capítulo 1, explico os conceitos de

pessoa adulta sem cônjuge (PASC) e de igreja, empregados no li-vro. Apresento também dados das PASCs no contexto brasileiro, bem como dados e estudos relativos à realidade das PASCs no meio evangélico.

Na parte 2, que vai dos capítulos 2 a 9, são apresentadas as oito marcas de uma igreja acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge. Para cada marca de uma igreja acolhedora você verá os resultados da minha pesquisa, bem como o embasamento bíblico que confirma a relevância da respectiva marca. Igualmente, em cada marca são apresentadas áreas nas quais a igreja pode investir para fortalecer sua atuação, a fim de se tornar uma igreja que desenvolve adequa-damente o potencial invisível representado pelas pessoas adultas sem cônjuge.

Por fim, a parte 3, composta pelos capítulos 10 a 13, contém orientações práticas para o desenvolvimento de um ministério para pessoas adultas sem cônjuge. Nesse bloco, você poderá fazer um diagnóstico da sua igreja, para avaliar como ela se comporta em relação às oito marcas de uma igreja acolhedora para PASCs.

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Receberá, também, dicas úteis de como implantar ou aperfeiçoar um ministério direcionado a esse público em sua igreja.

Tendo essa estrutura do livro em mente, não é necessário fazer a leitura dos capítulos de modo sequencial. Você pode ir direto ao capítulo que mais lhe interessa, retornando mais tarde para os que não foram lidos.

Talvez você tenha curiosidade em fazer o diagnóstico da sua igre-ja para descobrir como ela se comporta em cada uma das marcas de uma igreja acolhedora de pessoas adultas sem cônjuge. Se esse for o seu caso, vá direto ao capítulo 11 – Diagnóstico da sua igreja. Com o diagnóstico em mãos, sugiro que você retome a leitura do livro desde o princípio.

Talvez você já esteja convencido da importância de um ministé-rio direcionado ao atendimento das pessoas adultas sem cônjuge em sua igreja. O que lhe falta, são ferramentas para iniciar ou am-pliar o alcance desse ministério. Se você se encaixa nessa situação, pode ir direto para os capítulos 12 em diante. Ali encontrará uma ferramenta prática para apoiá-lo na implantação e gerenciamento do ministério. Apresento, inclusive, formulários que você pode em-pregar nas reuniões de planejamento e de acompanhamento dos trabalhos.

Com essas orientações dadas, desejo a você uma boa leitura e um excelente aproveitamento do conteúdo! Que Deus o abençoe nessa jornada!

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Aconteceu comigo!

Era uma tarde de sábado. Minha esposa e eu caminhávamos pela praia no intervalo do retiro de casais do qual estávamos participan-do. Enquanto contemplávamos o movimento incansável das ondas do mar ela me disse que não queria mais estar casada comigo. De-pois de 23 anos de casamento e 3 filhos já jovens, ela afirmou que me queria apenas como amigo.

Naquele momento, fiquei sem ação. Não sabia se deveria levar o assunto a sério ou se era apenas mais uma fase difícil que estávamos passando. Depois de algumas semanas de muita hesitação, retomei o assunto com ela. Perguntei se suas colocações referentes à separa-ção eram pra valer. Como ela insistiu, meu mundo desabou. Fiquei sem chão.

Na verdade, nossa convivência vinha sendo muito trabalhosa para ambos. Embora tivéssemos conseguido criar os filhos dentro da igreja e estivéssemos bastante envolvidos em diversos ministé-rios, nosso relacionamento como casal oscilava muito. Era difícil saber quando as coisas estavam boas e sob controle e quando es-távamos passando por mais uma “calmaria antes da tempestade”. Porém, dessa vez ela estava determinada a dar um fim ao nosso relacionamento e isso me levou ao desespero.

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Procurei os pastores da igreja, falei com os familiares, insisti com ela para que, juntos, buscássemos ajuda terapêutica. Mas infeliz-mente nada disso foi capaz de fazê-la mudar de ideia. E assim, cerca de 5 meses após aquela tarde à beira da praia, eu saí de casa. Resta-va-me ainda a esperança de que as coisas se acalmassem e que dali a algum tempo pudéssemos reatar nosso casamento. Infelizmente isso não aconteceu.

Durante o processo de separação recebi assistência exemplar dos pastores da minha igreja e de um terapeuta cristão. Porém, senti na própria pele o que é não ser casado. Meu envolvimento ministerial foi interrompido. Fui destituído de funções de liderança na comuni-dade. Por me achar desqualificado em função de meu novo estado civil, pedi afastamento do conselho pastoral da igreja. Deixei de ser convidado para realizar estudos bíblicos. Perdi quase todos os rela-cionamentos de amizade na igreja, pois os mesmos eram mantidos pelo casal.

Durante esse período de luto interior fui profundamente traba-lhado por Deus, embora, no início, eu não o percebesse. Quando me dei conta de que a separação e o consequente divórcio eram irrever-síveis, fiquei indignado com Deus. Como ele era capaz de permitir isso? Como era possível ele, que tudo pode e que havia instituído o casamento, não interferir para salvar o meu? Diante dessa indig-nação parei de orar e ler a Bíblia. Eu simplesmente não sabia mais como me relacionar com Deus. Depois de anos nos quais eu o havia servido fielmente, agora, na hora em que eu mais precisava, ele ha-via me deixado na mão.

Nessa época, eu e minha filha caçula morávamos de aluguel em um apartamento mobiliado. Resolvemos que iríamos partir para um sobrado alugado, sem mobília, para que, aos poucos, pudés-semos adquirir os móveis e eletrodomésticos da casa. Depois de algumas semanas de procura, nos decidimos por um sobrado per-to do meu trabalho. Quando saímos da imobiliária com a reserva feita, tínhamos três dias úteis para trazer os documentos e assinar o contrato de aluguel. Ao sairmos, passamos por um conjunto de

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sobrados novos, que estavam à venda. Propus à minha filha darmos uma espiada, só para ver como era um sobrado novo. Resumindo a história, o vendedor nos colocou em contato com a construtora, que me facilitou de maneira inacreditável as condições de compra de um sobrado. Com isso, no final daqueles três dias úteis que eu tinha para assinar os papéis do aluguel de um sobrado, estava com os papéis assinados para a compra de um. Quando saí da construtora com o negócio fechado, percebi o que havia acontecido. Deus, que eu achava que havia me abandonado, me proporcionara a compra de um sobrado por um custo mensal um pouco superior ao custo do sobrado que eu queria alugar. Me dei conta de que ele nunca me havia abandonado, mesmo nesse período tão difícil para mim. Sim, ele havia silenciado, certamente por entender que essa era a melhor forma de me fazer ouvi-lo. Mas aquela compra do sobrado me fez ver que ele se importava comigo. Naquela noite, chorei muito. Pedi perdão a Deus por não ter conseguido compreender a forma como ele estava lidando comigo. E renovei meu compromisso de vida com o Senhor. Um compromisso firmado em outras bases. Me dei conta que, em muitas situações do passado, eu tomara as decisões e simplesmente pedia que Deus me abençoasse. Percebi também que essa minha maneira de agir estava na raiz de diversos erros que eu havia cometido. E decidi que, dali em diante, eu iria submeter mi-nha vontade à dele.

Após esse período de restauração, em determinado momento fi-cou claro para mim que somente seria possível imaginar um novo envolvimento ministerial depois que estivesse novamente casado. Assim, dois anos após a separação, em um retiro para pessoas adul-tas não casadas organizado pelo Ministério Jovens Adultos, conheci Mariluce, minha atual esposa. Algum tempo depois, reconheci que Deus tinha um chamado claro para atuarmos com pessoas adultas não casadas, visando sua restauração e integração na Igreja.

Atualmente, Mariluce e eu estamos envolvidos na coordenação do Ministério Jovens Adultos. Para saber mais desse ministério, consulte nossa página na internet, no endereço www.ministeriojovensadultos.com.br. Organizamos, junto com uma equipe de preciosos irmãos e

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irmãs de diferentes denominações, congressos, retiros para líderes e cooperadores e encontros mensais de jovens adultos. Em nossa igre-ja, supervisionamos os grupos familiares voltados a esse público. Através de nosso envolvimento com pessoas adultas não casadas, temos acompanhado muitas histórias, tanto de fracassos quanto de sucessos. Temos tido o privilégio de ver Deus agindo e restaurando vidas. E estamos conscientes do quanto ainda falta para que uma pessoa adulta não casada seja considerada “normal” no meio evan-gélico e seja aceita como ela é.

Após concluirmos o Curso de Pós-Graduação em Ministério Pas-toral pela Faculdade Fidelis, nos propusemos a fazer o Mestrado em Teologia pela PUCPR visando ampliar nossa compreensão da realidade das pessoas adultas sem cônjuge. Assim, pretendemos, através dos conteúdos desenvolvidos ao longo de nossa caminhada, proporcionar ferramentas de ajuda às igrejas para que as mesmas conheçam a realidade dessas pessoas e saibam agir de maneira mais eficaz.

Motivado por minha trajetória pessoal, meu desejo é que este li-vro seja um estímulo e uma ferramenta útil para todos os que dese-jam transformar sua comunidade em um ambiente acolhedor para pessoas adultas sem cônjuge, contribuindo assim para o desenvol-vimento desse significativo potencial invisível na igreja.

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PARTE 1

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Pessoas adultas sem cônjuge: conceitos e realidade

Inicialmente, quero definir alguns conceitos que serão empregados neste livro.

Conceito de “pessoa adulta sem cônjuge”

Ao utilizar a expressão “pessoa adulta sem cônjuge”, estarei me re-ferindo a pessoas, de ambos os sexos, com idade entre vinte e cinco anos e cinquenta e nove anos, que não são casadas.

A idade inicial de vinte e cinco anos justifica-se pelo fato de que, nas igrejas, geralmente os ministérios direcionados aos jovens conseguem dar assistência aos mesmos até que eles alcancem essa idade. Em algumas igrejas, os jovens já começam a sair antes dos vinte e cinco anos. Em outras, há jovens com idade acima. Mas, em linhas gerais, entendo que vinte e cinco anos representa uma idade de referência a partir da qual muitos jovens que não estão casados passam a se sentir deslocados na sua comunidade.

Por outro lado, pessoas com sessenta anos ou mais, em muitos casos passam a ser atendidos por ministérios direcionados às pesso-as de terceira idade. Frequentemente, pessoas a partir dos sessenta anos já não estão mais ativas profissionalmente, o que permite tam-bém desenvolver um atendimento em outro formato.

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Quanto à condição de convivência, utilizo a designação “pessoas adultas sem cônjuge” para incluir todas as pessoas adultas que vi-vem sem cônjuge ou sem companheiro. Essa designação inclui, por-tanto, as pessoas solteiras, as viúvas, as separadas e as divorciadas.

Gary Collins, psicólogo com doutorado em psicologia clínica e autor do livro best seller Aconselhamento Cristão, menciona as cinco categorias mais numerosas de pessoas adultas sem cônjuge:

a) as que não encontraram um companheiro ou decidiram adiar o casamento;

b) as que escolheram não se casar;c) as que tiveram casamentos fracassados;d) as que perderam o cônjuge por morte;e) pessoas com outras razões para permanecerem solteiras.

(2004, p. 430-432)

Na literatura, a categoria de pessoas adultas sem cônjuge também é denominada de “jovens adultos”, “pessoas adultas não casadas” ou singles (em inglês). Você encontrará essas diferentes designações neste livro. Porém a expressão que considero a mais adequada é “pessoa adulta sem cônjuge” ou sua sigla “PASC” (“PASCs”, no plural), por entender que ela caracteriza com mais precisão o perfil das pessoas que desejamos focalizar:

• a palavra “pessoa” contempla ambos os gêneros, podendo ser utilizada tanto para pessoas do gênero masculino quanto fe-minino;

• a expressão “pessoa adulta” deixa claro que se trata de pesso-as da faixa etária adulta, excluindo, por consequência, crian-ças, jovens e idosos;

• a expressão “sem cônjuge” deixa claro que se busca identifi-car pessoas que não são casadas, referindo-se, assim, aos sol-teiros, viúvos, separados e divorciados.

Conceito de igreja

Considerando os diversos significados da palavra “igreja”, é impor-tante definir o que será empregado neste livro. “O vocábulo ‘igreja’

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se deriva do latim ecclesia, que, por sua vez, vem do grego ekkesia. No Novo Testamento, o termo ekklesia aparece cento e quinze vezes” (RIE-NECKER, 1998, p. 288). Na grande maioria das passagens bíblicas, o termo refere-se a uma congregação local de cristãos, jamais a um edifício (ROBINSON, 1979, p. 735). Nesse sentido, a primeira vez que o termo “igreja” é citado nas Escrituras é em Mateus 16.18, quando Je-sus afirma a Pedro: “E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la”. Nessa passagem, Cristo anuncia que erguerá a “sua comunidade, sua ekklesia” (RIENECKER, 1998, p. 288). Como podemos ver, desde a primeira utilização da palavra “igreja”, fica claro que o construtor da comunidade é o próprio Senhor Jesus. Assim, “qualquer que seja o uso da palavra ‘igreja’ no Novo Testamento, uma ideia está inerente, a saber, um povo segregado ou chamado dentre a massa para ser um grupo distinto em si mesmo” (CHAFER, 2003, p. 406). Se por um lado, a igreja é chamada para ser um grupo distinto, por outro, tem uma missão, um propósito. Esse propósito da “igreja” é o anúncio da se-gunda vinda de Cristo e da instauração do novo céu e da nova terra.

O vocábulo “igreja” também é empregado para designar o con-junto de cristãos ou o coletivo de congregações como, por exemplo, a Igreja do Novo Testamento ou a Igreja Primitiva. Portanto, para carac-terizar o significado no âmbito deste livro, será empregada a palavra “igreja” ou “comunidade de fé” para designar um conjunto de pes-soas que participam de uma congregação local de cristãos. Por outro lado, será utilizada a palavra “Igreja” para designar um conjunto mais amplo de cristãos, como por exemplo, a Igreja Evangélica no Brasil.

O contexto brasileiro

As igrejas brasileiras estão inseridas em um contexto que experimenta uma profunda transformação, pois cresce o número de lares formados por apenas um adulto, com ou sem filhos. As pesquisas revelam que:

a) é cada vez maior o número de adultos que vivem sem parceiro;b) tem aumentado a idade das pessoas em seu primeiro casamen-

to, sendo que a média atual é de 32 anos (MARTINS, 2011);c) tem aumentado o número de divórcios e separações.

Pessoas adultas sem cônjuge: conceitos e realidade

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Diferentemente de como era no passado, não há mais a imposição so-cial ou econômica sobre a instituição matrimonial, ou seja, a sociedade não exerce mais uma pressão para que as pessoas se casem. A revista de economia e negócios Exame (STEFANO, SANTANA, ONAGA, 2008), em um interessante artigo de capa referente aos novos consumidores brasileiros, revela que a cada dez anos dobra o número de pessoas que moram sozinhas, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

2016 12.000.000

2006 6.000.000

1996 3.200.000

5.000.000 10.000.000 15.000.000

Figura 1 - Número de pessoas que moram sozinhas. Projeção para 2016. Fonte: stefano; santana; onaga, 2008

Essa nova realidade das estruturas familiares já tem sido perce-bida pelo mercado, pois o contingente crescente de pessoas brasi-leiras sem cônjuge movimenta mais de 400 bilhões de reais ao ano (MARTINS, 2011).

Da mesma forma, as pessoas já não permanecem mais casadas por pressão da sociedade ou por dependência financeira de um dos cônjuges. Diante desse novo cenário, “as pessoas hoje em dia só se mantêm casadas por opção” (ALECRIM, CARDOSO, 2011). Nesse ce-nário pós-industrial, a família “tem uma marca de maior liberdade, pelo questionamento das tradições e pela flexibilidade em cumprir as regras e as normas” (PORRECA, 2010, p. 31). Além dessas transfor-mações sociais ocorridas nos últimos anos, houve também mudanças jurídicas no Brasil, como a lei do divórcio, que simplificaram os passos

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para a dissolução do casamento. Com isso, surgiram brechas para um aumento significativo de divórcios e recasamentos.

Os dados oficiais confirmam que é crescente o número de casa-mentos interrompidos por separação ou divórcio, ao passo que o número de casamentos apresenta um leve declínio. Surge assim o aumento dos novos arranjos familiares, pois,

em 15 anos, entre 1992 e 2007, o número de casais com filhos, o estere-ótipo da família tradicional, caiu 11,2%. A queda foi compensada pelo au-mento dos novos arranjos familiares: casais sem filhos, mulheres solteiras, mães com filhos, homens solteiros e pais com filhos. (BOREKI, 2010)

Os dados do Censo Demográfico 2000 do IBGE comprovam como é considerável o número de pessoas adultas não casadas, con-forme pode ser observado no quadro a seguir:

Esta

do c

ivil

Não casado (a) 44%

Casado (a) 56%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Figura 2 – Estado civil das pessoas entre 25 e 59 anos. Fonte: ibge, 2000

Os dados confirmam que, em cada dez pessoas adultas do Brasil, quatro não são casadas, sendo que entre as pessoas não casadas es-tão somadas as separadas, divorciadas, viúvas e solteiras.

Por outro lado, o quadro a seguir apresenta o percentual de pes-soas adultas, agrupadas pelo estado de convivência. Nesse quadro, não importa o estado civil oficial, mas se essa pessoa convive com um cônjuge ou companheiro ou não.

Pessoas adultas sem cônjuge: conceitos e realidade

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POTENCIAL

NA IGREJA

HARTMUT AUGUST

8 marcas de uma comunidade acolhedora para

pessoas adultas sem cônjuge

Seja por conta dos solteiros, dos viúvos ou das novas confi gurações das famílias brasileiras, como os separados ou os divorciados, o número de pessoas adultas sem cônjuge nas igrejas têm aumentado signifi cativamente. Esse grande potencial humano tem sido muitas vezes negligenciado por pastores e lideranças. Por não se encaixarem nos grupos existentes, essas pessoas acabam se sentindo rejeitadas e, com o tempo, a apatia faz com que muitos até mesmo deixem as igrejas nas quais gostariam de se sentir acolhidos.

O autor, Hartmut August, após um profundo trabalho de pesquisa apresenta neste livro Potencial invisível na igreja – 8 marcas de uma comunidade acolhedora para pessoas adultas sem cônjuge, formas de reconhecimento, acolhimento, compreensão e envolvimento das pessoas adultas sem cônjuge por parte da igreja toda, para que estes possam contribuir com alegria nos diferentes ministérios da igreja.

Este livro se destina a pastores e líderes de igrejas, educadores e professores de cursos de teologia, além de estudantes e pesquisadores.

Mestre em Teologia (PUCPR), pós--graduado em Ministério Pastoral (Faculdade Fidelis), pós-graduado em Marketing (PUCPR), economista (FADEPS), administrador postal (ESAP). Empresário, professor na Faculdade Fidelis.

Casado há 8 anos com Mariluce, pai de Thomas, Christian (in memorian) e Patricia. Avô de Timothy e Ben Lucca. Líder no Ministério Jovens Adultos e membro da Equipe Pastoral da 1ª Igreja Evangélica Irmãos Menonitas do Boqueirão (Curitiba, Brasil). Tem como hobbies as viagens e o squash.

“Sinto signifi cativa alegria por saudar a primeira edição de um livro que aborda tão oportuno tema, em um momento em que a Igreja, particularmente a brasileira, está em busca de direção séria, bíblica e, sobretudo, contemporânea, para assistir à crescente demanda que o nosso tempo nos apresenta. Quero expressar meu reconhecimento à capacidade, idoneidade e experiência que caracterizam Hartmut August, credenciando-o de maneira ímpar para produzir semelhante trabalho. Como mentor de várias gerações de pastores, quero expressar a profunda relevância deste livro, vindo à luz em um momento de extrema carência e desafi o, a fi m de que a Igreja Brasileira possa cumprir com fi delidade o chamado de cuidar e consolar a todos, particularmente aos que experimentam situações singulares de vida.”

Edson Nepomuceno Barbosa, fundador e coordenador do Projeto Oásis (células de discipulado denominadas RENOVO), docente nacional do Instituto Haggai, fundador e ex-diretor do CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral) e pastor emérito da Igreja Cristã Água Viva.

“Conheço Hartmut há oito anos e pude acompanhar seu despertar para o acolhimento da pessoa adulta sem cônjuge. Juntamente com sua querida esposa Mariluce, envolveu-se no Ministério Jovens Adultos, direcionado a esse público, o que trouxe novos rumos e bênçãos para muitas pessoas. Com certeza, este livro abrirá novas perspectivas e desafi os para nossas igrejas.”

Otto G. Stange, missionário da MEUC (Missão Evangélica União Cristã) e líder no Ministério Jovens Adultos.

Se observarmos o estado de convivência das pessoas, 27% dos adultos no Brasil vivem sozinhos. Como 63% dos adultos no Brasil vivem com um cônjuge ou companheiro, podemos concluir que, para cada duas pessoas adultas que vivem com cônjuge ou companheiro, há uma que vive sem cônjuge ou companheiro, se enquadrando portanto no perfi l de pessoa adulta sem cônjuge.

Portanto, estamos falando de um público enorme que necessita ser evangelizado, pastoreado e envolvido no Reino de Deus, fazendo emergir a pergunta sobre como as igrejas estão

olhando para esse grupo de pessoas.

POTENCIAL

NA IGREJA