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 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO GERÊNCIA DE REDES DE COMPUTADORES EM UM AMBIENTE CORPORATIVO REAL RICARDO FERREIRA FERNANDES WISBLER DA SILVA FARIAS JUNHO 2007

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Gerenciamento de redes com Zabbix

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  • UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS DEPARTAMENTO DE COMPUTAO

    GRADUAO EM CINCIA DA COMPUTAO

    GERNCIA DE REDES DE COMPUTADORES EM UM AMBIENTE CORPORATIVO REAL

    RICARDO FERREIRA FERNANDES WISBLER DA SILVA FARIAS

    JUNHO

    2007

  • i

    UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS DEPARTAMENTO DE COMPUTAO

    GRADUAO EM CINCIA DA COMPUTAO

    GERNCIA DE REDES DE COMPUTADORES EM UM AMBIENTE CORPORATIVO REAL

    Trabalho de Projeto Final de Curso II apresentado por Ricardo Ferreira Fernandes e Wisbler da Silva Farias Universidade Catlica

    de Gois, para obteno do Ttulo de Bacharel em Cincia da Computao, orientado pela professora Dra. Solange da Silva.

  • ii

    GERNCIA DE REDES DE COMPUTADORES EM UM AMBIENTE CORPORATIVO REAL

    RICARDO FERREIRA FERNANDES WISBLER DA SILVA FARIAS

    Trabalho de Projeto Final de Curso II apresentado por Ricardo Ferreira Fernandes e Wisbler da Silva Farias Universidade Catlica de Gois, como requisito parcial para obteno do Ttulo de Bacharel em Cincia da Computao.

    Professora Solange da Silva, Dra. Orientadora

    Professor Olegrio Correa da Silva Neto, Dr. Coordenador de Projeto Final de Curso

  • iii

    DEDICATRIA (EPGRAFE)

    Nenhum homem nem nenhuma nao podem existir sem uma idia sublime. E no

    mundo existe uma nica idia sublime - nomeadamente, a idia da imortalidade da alma do homem - pois todas as outras idias "sublimes" de vida, que do vida ao homem, so meras derivaes desta nica idia.

    Dostoievski, Fiodor

  • iv

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a todos que contriburam direta ou indiretamente para a realizao deste trabalho. Primeiramente a Deus, que me fortalece e est presente em todos os momentos de

    minha vida. Agradeo tambm aos meus familiares e minha namorada, que com muita dedicao e incentivo, me ajudaram nos momentos em que me encontrava cheio de obrigaes. Em especial, minha orientadora, Profa. Dra. Solange da Silva pelo incentivo, apoio e por sua cumplicidade e comprometimento no desenvolvimento deste trabalho.

    Ricardo Ferreira Fernandes

    Agradeo primeiramente a Deus pela vida que me destes, ao meu pai pela vida que me proporciona, a minha irm por, acima de tudo, suportar meus momentos de nervosismo.

    A minha to querida me, que j no se encontra fisicamente em nossa presena, mas que vive eternamente em meu corao, todos os seus predicados, amor, carinho, compaixo, caridade, cumplicidade, compreenso, dedicao, entrega, generosidade, honestidade, integridade e outras palavras do gnero, podem ser resumidos em uma nica

    palavra: me!

    A minha Orientadora Dra. Solange da Silva, por seu apoio, dedicao, pacincia,

    sugestes e amizade. Difcil agradecer a todos que me so caros nessa vida citando seus nomes sem me

    esquecer de pelo menos uma dzia de meus estimados amigos, que mesmo que no deram uma contribuio direta nesse trabalho, muito me ajudaram com o que tm de mais valioso, a amizade, dedicao, carinho, apoio, momentos em que compartilhamos felicidades e dividimos as dificuldades.

    Wisbler da Silva Farias

  • v

    RESUMO

    Este trabalho, tem o objetivo principal de, alm de efetuar um estudo terico sobre o protocolo de gerncia de redes de computadores SNMP (Simple Network Management Protocol), o de implementar uma soluo prtica de gerenciamento de redes de computadores na EMBRAPA Arroz e Feijo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria), utilizando uma ferramenta de custo gratuito, sob a licena General Public License (GPL). Aps o estudo das ferramentas disponveis no mercado e anlise do levantamento de requisitos da empresa, a soluo implantada foi a ferramenta ZABBIX.

    Palavras chave: SNMP, dispositivos gerenciados, MIB, gerenciamento de redes de computadores, ZABBIX.

  • vi

    ABSTRACT

    This work, has the primary objective of, besides occur an abstract study about the computer web management protocol Simple Network Management Protocol) , to implement a custom solution of a computer web services management in EMBRAPA Rice and Beans (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria) using a free cost tool, under the General Public License (GPL). After the study of the available tools on market and analysis of the survey of the company requirements, the introduced chosen solution use the ZABBIX.

    Keywords: SNMP, managed devices, MIB, Network Management, ZABBIX.

  • vii

    GERNCIA DE REDES DE COMPUTADORES EM UM AMBIENTE CORPORATIVO REAL

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................XI

    LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... XII

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .....................................................................XIII

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .....................................................................XIII

    CAPTULO I ....................................................................................................................... 1

    INTRODUO.................................................................................................................... 1

    CAPTULO II ...................................................................................................................... 4

    FUNDAMENTOS SOBRE GERENCIAMENTO DE REDES.......................................... 4

    2.1 INTRODUO ........................................................................................................ 4 2.2 VISO GERAL SOBRE GERENCIAMENTO DE REDES................................... 4 2.3 PROTOCOLO SNMP.............................................................................................. 7 2.4 BASE DE DADOS MIB.......................................................................................... 13

    2.4.1 Tipos de Objetos de uma MIB.......................................................................... 15 2.4.2 Estrutura Lgica da MIB................................................................................. 17 2.4.3 Exemplo dos Grupos da MIB II....................................................................... 19

    2.4.3.1. Grupo System ............................................................................................ 19 2.4.3.2. Grupo Interfaces ....................................................................................... 20 2.4.3.3. Grupo IP ................................................................................................... 20 2.4.3.4. Grupo ICMP ............................................................................................. 20 2.4.3.5. Grupo TCP ............................................................................................... 21 2.4.3.6. Grupo UDP............................................................................................... 21 2.4.3.7. Grupo SNMP ............................................................................................ 21

    2.4.4 Compilador de MIBs........................................................................................ 22

  • viii

    2.5 FERRAMENTAS PARA O GERENCIAMENTO DE REDES ............................ 23 2.5.1 NAGIOS .......................................................................................................... 23 2.5.2 OpenNMS ........................................................................................................ 27 2.5.3 ZABBIX ........................................................................................................... 28 2.5.4 Comparao entre as principais ferramentas de gerenciamento ..................... 30

    CAPTULO III .................................................................................................................. 32

    ANLISE DE REQUISITOS............................................................................................ 32 3.1 INTRODUO ...................................................................................................... 32 3.2 SITUAO ATUAL DA REDE DE COMPUTADORES .................................... 32

    3.2.1 Especificao Tcnica do Escritrio Tcnico .................................................. 34 3.2.2 Especificao do Setor de Servios Auxiliares (SSA) ...................................... 37 3.2.3 Especificao da Administrao (ADM) / Chefia ............................................ 38 3.2.4 Especificao da rea de Comunicao Empresarial (ACE) .......................... 38 3.2.5 Especificao da ADM/Biblioteca ................................................................... 39 3.2.6 Especificao do Banco Ativo de Germoplasa (BAG) ..................................... 39 3.2.7 Especificao da Casa de vegetao ................................................................ 39 3.2.8 Especificao do Laboratrio de Mecanizao................................................ 39 3.2.9 Especificao do Setor de Mquinas e Implementos Agrcolas (SMI) ............ 39 3.2.10 Especificao do Galpo .............................................................................. 39 3.2.11 Especificao da Garagem........................................................................... 40 3.2.12 Especificao da Criao de Insetos ............................................................ 40 3.2.13 Especificao dos Alojamentos .................................................................... 40 3.2.14 Especificao tcnica dos equipamentos de rede ......................................... 40

    3.2.14.1 Switch tipo I .............................................................................................. 40 3.2.14.2 Switch tipo III ........................................................................................... 42 3.2.14.3 Mdulo 1000/BaseLX............................................................................... 42 3.2.14.4 Mdulo Planet SGSW-A1LX ................................................................... 42 3.2.14.5 Transceiver 100BaseFX/100BaseTX ........................................................ 42 3.2.14.6 Placa de rede 1000BaseT .......................................................................... 42 3.2.14.7 Patch Panel 24 portas ............................................................................... 43 3.2.14.8 Patch Panel 48 portas ............................................................................... 43 3.2.14.9 Rack 10U .................................................................................................. 43

  • ix

    3.2.14.10 Rack 12U .................................................................................................. 43 3.2.14.11 Switch KVM (Keyboard, video, mouse) .................................................... 44 3.2.14.12 Cabo KVM 5m....................................................................................... 44 3.2.14.13 Cabo KVM 3m....................................................................................... 44

    3.2.14.14 Adaptador PS/2 para teclado e mouse SUN ............................................... 44 3.2.15 Especificao dos cabos e conectores .......................................................... 44

    3.2.15.1 Tomadas RJ-45 tipo Puch Down ............................................................... 45 3.2.15.2 Conectores RJ-45 Macho .......................................................................... 45 3.2.15.3 Cabo UTP................................................................................................. 45 3.2.15.4 Cabos de comutao no Patch Panel (Patch Cable UTP)........................... 45 3.2.15.5 Conectores pticos .................................................................................... 45 3.2.15.6 Cabo de fibra ptica .................................................................................. 46 3.2.15.7 Cabos de comutao no distribuidor ptico (Patch Cable ptico) .............. 46

    3.3 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS................................................................... 47 3.4 PROPOSTA DE SOLUO .................................................................................... 47

    3.4.1. Prottipo da Proposta de Soluo ...................................................................... 47

    CAPTULO IV................................................................................................................... 49

    ZABBIX.............................................................................................................................. 49

    4.1 INTRODUO ...................................................................................................... 49 4.2 CARACTERSTICAS DO ZABBIX ..................................................................... 49 4.3 COMPONENTES DA FERRAMENTA................................................................ 50

    4.3.1 Servidor ZABBIX .............................................................................................. 51 4.3.2 Agente ZABBIX................................................................................................. 51

    4.3.3 Interface WEB .................................................................................................. 51 4.4 REQUISITOS......................................................................................................... 52

    4.4.1 Requisitos de Hardware.................................................................................... 52 4.4.2 Requisitos de Software...................................................................................... 53

    4.5 MONITORAMENTO DE DESEMPENHO.......................................................... 55 4.6 MECANISMO DE ALERTA ................................................................................. 56 4.7 VERIFICAO DE INTEGRIDADE DE ARQUIVOS ....................................... 57 4.8 SERVIOS DE AUDITORIA................................................................................ 58 4.9 GERAO DE GRFICOS.................................................................................. 59

  • x

    4.10 CAPACIDADE DE PLANEJAMENTO................................................................ 60 4.11 ACORDO DE NVEL DE SERVIO SLA ......................................................... 61 4.12 CRIAO DE GRUPOS E MODELOS DE CONFIGURAO......................... 61 4.13 EXECUO DE COMANDOS REMOTOS......................................................... 62

    CAPTULO V .................................................................................................................... 64

    INSTALAO DO SISTEMA DE GERNCIA DE REDES DE COMPUTADORES ZABBIX NA EMBRAPA ARROZ E FEIJO ................................................................. 64

    5.1 INTRODUO ........................................................................................................ 64 5.2 INSTALAO DO ZABBIX ................................................................................... 64

    5.2.1 Configurao do Banco de dados ........................................................................ 65 5.2.2 Configurao do ZABBIX .................................................................................... 66

    5.3 O ZABBIX EM OPERAO NA EMPRESA......................................................... 66 5.4 AVALIAO DO ZABBIX EM OPERAO NA EMPRESA ............................. 67

    CAPTULO VI................................................................................................................... 68

    CONCLUSO.................................................................................................................... 68

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.............................................................................. 70

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDA .......................................................................................... 72

  • xi

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1 - A estrutura de gerenciamento de rede [Flint, 1997]. ............................................ 5 Figura 2.2 - Localizao do Protocolo SNMP no TCP/IP [Messias, 2005].............................. 9 Figura 2.3 - Formato de mensagem SNMP [Messias, 2005] ................................................. 13 Figura 2.4 - rvore MIB [Messias, 2005]............................................................................. 18 Figura 2.5 - MIB II [Messias, 2005]. .................................................................................... 19 Figura 2.6 Tela principal do NAGIOS (traduzida para o portugus) [NAGIOS, 2006]....... 25 Figura 2.7 Tela do gerenciamento de falhas de servios [NAGIOS, 2006]......................... 26 Figura 2.8 Tela principal do OpenNMS [OpenNMS, 2006]............................................... 27 Figura 2.9 Tela do ZABBIX: Estrutura da rede [ZABBIX, 2006]. ..................................... 30 Figura 3.1 Ilustrao da estrutura de firewall utilizando uma rede DMZ............................ 33 Figura 3.2 Antena de rdio da EMBRAPA Arroz e Feijo................................................. 34 Figura 3.3 Ala A ............................................................................................................... 35 Figura 3.4 Ala B................................................................................................................ 35 Figura 3.5 Ala C................................................................................................................ 36 Figura 3.6 Rack Ala D ...................................................................................................... 37 Figura 3.7 Switches internos (SSA)................................................................................... 38 Figura 3.8 Fibras pticas .................................................................................................. 46 Figura 3.9 Prottipo da soluo ......................................................................................... 48 Figura 4.1 Interface web do ZABBIX ............................................................................... 52 Figura 4.2 Monitoramento do host GERENTE. ................................................................. 56 Figura 4.3 Monitoramento Alertas.................................................................................. 57 Figura 4.4 Monitoramento de alteraes no arquivo /etc/passwd ....................................... 58 Figura 4.5 Configurao Auditoria ................................................................................. 59 Figura 4.6 Monitoramento grficos: Espao livre no ponto de montagem/do GERENTE 60 Figura 4.7 Monitoramento Servios IT ........................................................................... 61 Figura 4.8 Configurao de grupos e modelos de configurao ......................................... 62 Figura 4.9 Configurao Aes ...................................................................................... 63 Figura 5.1 Diviso dos pr-requisitos ................................................................................ 65

  • xii

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 2.1 - Grupos da MIB II [Messias, 2005].................................................................... 19 Tabela 2.2 - Comparao entre as ferramentas de gerenciamento mais atuais ....................... 31 Tabela 4.1 Requisitos de Hardware [ZABBIX,2006]......................................................... 53

  • xiii

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ACE - rea de Comunicao Empresarial ACL - Access Control List ADM Administrao API - Application Program Interface ARP - Address Resolution Protocol ASCII - American Standard Code for Information Interchange ASN 1 - Abstract Syntax Notation One BAG - Banco Ativo de Germoplasma BOOTP - Bootstrap Protocol CCITT - Consultative Committee for International Telegraph and Telephone DHCP - Dynamic Host Configuration Protocol DMZ De-Militarized Zone Zona Desmilitarizada DNS Domain Name Service

    DSCP - Differentiated Services Code Point EMBRAPA Arroz e Feijo - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria/Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijo FTP File Transfer Protocol GBIC - Gigabit Interface Converter GPL - General Public License - Licena Pblica Geral GUI Graphic User Interface HTTP - Hypertext Transfer Protocol HTTPS - Hypertext Transfer Protocol Security IAB - International Activities Board IBM - International Business Machines ICMP - Internet Control Message Protocol IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers IP - Internet Protocol IPX - Internetwork Packet Exchange ISO - International Organization for Standardization ITU-T International Telecommunication Union - Telecommunications

  • xiv

    KVM - Keyboard, Video, Mouse LAN - Local Area Network LDAP - Lightweight Directory Access Protocol MAC - Message Authentication Code MIB - Management Information Base MRTG - Multi Router Traffic Grapher MSTP - Multiple Spanning Tree Protocol NAGIOS - NAGIOS Ain't Gonna Insist On Sainthood NAT - Network Address Translation NFS - Networking File System NIS - Network Information Service NMS - Network Management Station OSI - Open Systems Interconnection PCI - Peripheral Component Interconnect PCMCIA - Personal Computer Memory Card International Association PDU Protocol Description Unit PHP Hypertext Preprocessor

    PING - Packet Internet Group POP - Post Office Protocol QoS Qualidade de Servios RADIUS - Remote Authentication Dial-In User Service RFC Request For Comments RIP - Routing Information Protocol RJ45 - Registered Jack 45 RMON - Remote Monitoring RNP Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

    RRDTool - Round Robin Database Tool RSTP - Rapid Spanning Tree Protocol SLA Service Level Agreement SMI - Setor de Mquinas e Implementos Agrcolas

    SMS - Short Message Service SMTP - Simple Mail Transfer Protocol SNA - System Network Architecture

  • xv

    SNMP - Simple Network Management Protocol SO Sistema Operacional SQL - Structured Query Language SSA - Setor de Servios Auxiliares

    SSH - Secure Shell SSL - Secure Sockets Layer STP - Spanning Tree Protocol TCP - Transmission Control Protocol TFTP - Trivial File Transfer Protocol UDP - User Datagram Protocol UFG Universidade Feral de Gois UTP - Unshielded Twisted Pair VLAN - Virtual Local Area Network VPN - Virtual Private Network WWW World Wide Web

  • 1

    GERNCIA DE REDES DE COMPUTADORES EM UM AMBIENTE CORPORATIVO REAL

    CAPTULO I

    INTRODUO

    Atualmente, um nmero cada vez maior de negcios baseia seus servios em

    recursos de informaes, telecomunicaes e Internet. Com isso, independente do tamanho de uma rede de computadores, ela precisa ser gerenciada e administrada, a fim de garantir que suas aplicaes de redes estejam disponveis por tempo integral, consumindo um mnimo de recursos fsico, humano e estrutural [Flint, 1997].

    Administradores de redes de computadores gerenciam vrias informaes, de forma a manter todos os servios em pleno funcionamento para o usurio dessa rede. No entanto, existem problemas que o administrador no consegue identificar devido ao grande nmero de servios, trazendo transtornos ao usurio.

    Segundo [Carvalho, 1997], os sistemas de gerenciamento de redes devem prover mecanismos que permitam gerenciar, consultar, contabilizar, organizar e at planejar a utilizao de recursos durante as comunicaes realizadas dentro do ambiente OSI (Open Systems Interconnection). A atuao de tais sistemas deve, ento, englobar cinco reas funcionais:

    gerenciamento de falhas permitem detectar, isolar e corrigir situaes de erro;

    gerenciamento de contabilizao permite determinar o ndice de utilizao de recursos e associar a ele tarifas e custos;

    gerenciamento de configurao possibilita obter informaes, supervisionar e exercer controle sobre a configurao dos componentes de rede;

    gerenciamento de desempenho inclui mecanismos de avaliao do

  • 2

    comportamento dos recursos gerenciados e da eficincia das atividades de comunicao;

    gerenciamento de segurana permite gerenciar o emprego de mecanismos de segurana referente ao controle de acesso, autenticao, criptografia entre outros [Carvalho, 1997].

    Assim, surgiu a necessidade de utilizar sistemas capazes de auxiliar o gerenciamento do funcionamento desses servios de redes de computadores, de forma que notifique ao

    administrador da rede o tipo de problema que est acontecendo e em qual tipo de servio, para que este tome as devidas providncias, de forma que afete o mnimo possvel o usurio, tomando decises eficientes, de forma a manter o funcionamento normal da rede.

    Este trabalho, tem o objetivo principal, alm do estudo terico, de implementar um sistema prtico de gerenciamento de rede de computadores em uma empresa real, no caso, a EMBRAPA Arroz e Feijo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria/Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e feijo); aps o estudo terico dos sistemas disponveis e mais atuais do mercado nessa rea, verificou-se mtodos bastante eficientes para notificar os administradores

    da rede sobre falhas de servios de rede e hardware, facilitando a anlise das falhas mais constantes dos servios e suas correes, de forma a propor a soluo mais adequada para a empresa citada.

    Conforme as pesquisas efetuadas, no mercado atual, so encontrados diversos

    programas capazes de fazer esse tipo de gerenciamento, tais como:

    Solues proprietrias: o Software WhatUp ($ 1.495,00), o Software BigBrother ($ 2.500,00 + $ 100,00 por cliente gerenciado) e o OpenView ($ 40.000,00);

    Solues de Software Livre: NAGIOS, ZABBIX e OpenNMS, todos disponibilizados de forma gratuita sob a licena GPL (General Public License) [Machado, 2006].

    Como a empresa EMBRAPA Arroz e Feijo exigiu uma soluo com software livre, ou seja, de custo gratuito, o foco desse trabalho ser o de realizar um estudo dessas ferramentas disponveis no mercado, buscando aquela que melhor se adequar realidade da rede de computadores da empresa.

  • 3

    Este trabalho est estruturado da seguinte forma: O Captulo 2 apresenta uma viso geral sobre o tema de gerenciamento de servios

    em uma rede de computadores, trazendo seu histrico, desde seu incio at o momento atual. Alm disso, apresenta a viso geral de algumas dos principais softwares livres existentes que

    podem atender as exigncias da empresa para a implantao da ferramenta de gerenciamento de redes de computadores, levantando os seus principais pontos positivos e negativos.

    O Captulo 3 traz um levantamento e anlise de requisitos in loco, apresentando a situao atual da rede de computadores da empresa EMBRAPA Arroz e Feijo, os problemas enfrentados e uma proposta de soluo (prottipo) que auxilie no gerenciamento dos servios disponveis dessa rede. Alm disso, apresentada uma proposta de soluo com a ferramenta

    que poder corresponder s necessidades da EMBRAPA Arroz e Feijo. O Captulo 4 apresenta uma viso geral da ferramenta ZABBIX, que uma das mais

    robustas, em se tratando de software livre para a gerencia de rede de computadores, a qual possui caractersticas que possibilita o gerenciamento de dispositivos que possuam o protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol), suporta a maioria dos Sistemas Operacionais (Unix, Windows e Novell), interface Web, banco de dados MYSQL e PostgreSQL e gerao de grficos em tempo real.

    O Captulo 5 trata da instalao da soluo proposta para o sistema de gerenciamento de redes de computadores ZABBIX na empresa EMBRAPA Arroz e Feijo.

    Finalmente, o captulo 6 traz as concluses gerais do trabalho.

  • 4

    CAPTULO II

    FUNDAMENTOS SOBRE GERENCIAMENTO DE REDES

    2.1 INTRODUO

    Este captulo traz uma viso geral sobre gerenciamento de servios em uma rede de computadores baseado no modelo de referncia TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), trazendo seu histrico at o momento atual. Alm disso, apresenta a viso geral de algumas das principais ferramentas disponveis no mercado,

    priorizando as solues de software livre. A seo 2.2 trata dos fundamentos bsicos sobre gerenciamento de servios. A seo

    2.3 diz respeito ao funcionamento e caractersticas do Protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol). A seo 2.4 apresenta as MIBs (Management Information Base), suas categorias, os tipos de objetos utilizados em sua estrutura, sua rvore hierrquica com a representao de cada n, como as informaes ficam armazenadas em sua base de dados seguindo um padro para que o compilador MIB possa acessar essas informaes e trat-las. A seo 2.5 mostra o funcionamento de algumas ferramentas livres para o gerenciamento de redes, mostrando uma viso geral do NAGIOS, OpenNMS e do ZABBIX.

    2.2 VISO GERAL SOBRE GERENCIAMENTO DE REDES

    Atualmente os sistemas de redes de computadores comerciais existentes esto se

    tornando extremamente complexos. Partindo de algumas poucas redes locais isoladas, esses sistemas se expandiram em LANs (Local Area Network) que operam ao longo de corporaes inteiras. Roteadores conectam LANs a escritrios remotos e redes de alcance

  • 5

    mundial se tornam cada vez mais presentes. Gerenciar e fazer manuteno desses sistemas, para no mencionar problemas isolados, pode ser um desafio.

    Entre as atividades bsicas do gerenciamento de redes, esto a deteco e correo de falhas, em um tempo mnimo, e o estabelecimento de procedimentos para a previso de

    problemas futuros. O gerenciamento de redes composto pelo hardware que constitui a rede, o qual

    inclui as estaes de trabalho, servidores, placas de rede, roteadores, pontes e hubs. Os fabricantes desses dispositivos os construram com capacidades de gerenciamento de rede, a fim de se saber remotamente sobre seu estado e permitir que eles nos alertem quando ocorre certo tipo de evento. Os sistemas de gerenciamento de rede empregam um software, implementado em um host da rede, que controla e administra os dispositivos dessa rede. Para se gerenciar um servio de rede, apenas esses recursos no so suficientes. Todas as

    ferramentas de gerenciamento de redes que sero apresentadas neste trabalho so grtis, com a licena GLP [Flint, 1997].

    Segundo [Flint, 1997], o gerenciamento de rede dividido em quatro categorias, conforme apresentado na figura 2.1:

    Figura 2.1 - A estrutura de gerenciamento de rede [Flint, 1997].

    Ns de gerenciamento so os dispositivos que se quer gerenciar, o qual

    possuem um software ou firmware que detecta o estado do dispositivo gerenciado.

    Estao de gerenciamento de rede (gerente) dispositivo centralizado que comunica e apresenta o estado dos agentes nos ns gerenciados, geralmente

  • 6

    uma estao de trabalho dedicada (UNIX ou DOS/Windows) que executa algum software de gerenciamento de rede.

    Protocolo de gerenciamento de rede usado pela estao de gerenciamento de rede e pelos agentes para trocar informaes de gerenciamento.

    MIB (Management Information Base) base de dados onde ficam armazenadas as informaes dos dispositivos gerenciados.

    Muitos fabricantes, SynOptics, Cisco e outros, produzem equipamentos gerenciveis pelo protocolo SNMP, que um conjunto de funcionalidades que permitem a consulta remota de variveis da MIB de um dispositivo SNMP, que por sua vez pode gerar alarmes no console

    de gerenciamento (gerente). Ao projetar e estabelecer a infra-estrutura de gerenciamento de rede necessrio se

    levar em considerao dois axiomas [Flint, 1997]: 1. O trfego devido s informaes de gerenciamento no deve aumentar

    significativamente o trfego da rede. 2. O agente de protocolo no dispositivo gerenciado no deve aumentar

    significativamente o resultado de processamento a ponto de prejudicar a funo principal daquele dispositivo.

    Atualmente existe uma grande diversidade de ambientes de rede, podendo se encontrar tanto um mainframe IBM (International Business Machines) com uma rede SNA (System Network Architecture), que a arquitetura proprietria da IBM, como uma rede local com ambiente Linux. Diante de tal heterogeneidade, a dificuldade de se projetar um gerenciamento de rede pode ser grande, o qual podem ser resolvidos padrozinando as

    informaes provenientes dos dispositivos gerenciados utilizando, por exemplo, o protocolo SNMP [Flint, 1997] e [Messias, 2005].

    Segundo [Carvalho, 1997], as atividades de gerenciamento de redes so divididas em cinco reas funcionais denominadas: Gerenciamento de Falhas, Gerenciamento de Configurao, Gerenciamento de Desempenho, Gerenciamento de Segurana e Gerenciamento de Contabilizao. Estas reas funcionais constituem processos de aplicao

    de gerenciamento que utilizam os servios oferecidos pela camada de aplicao do Modelo OSI (Open Systems Interconnection).

    Cada uma das reas funcionais, dentro de seu escopo, buscam resolver problemas

  • 7

    relativos a falhas de componentes, configurao da rede, nveis de desempenho alcanados pela rede, segurana e contabilizao de sua utilizao.

    A rea de Gerenciamento de Falhas busca isolar e corrigir operaes anormais do ambiente OSI. Sua principal funo investigar a ocorrncia de falhas, identificar falhas,

    realizar seqncias de testes para fins de diagnsticos e corrigir falhas. O Gerenciamento de Contabilizao oferece funes que possibilitam determinar o

    custo associado utilizao dos recursos da rede, e inclui funes que permitem determinar quais recursos e quanto desses recursos est sendo utilizado.

    O Gerenciamento de Configurao tem como funo controlar as condies do ambiente de comunicao do sistema aberto, identificando mudanas significativas e

    modelando a configurao dos recursos fsicos e lgicos da rede. O Gerenciamento de Desempenho oferece funes para medir, gerenciar, avaliar e

    relatar os nveis de desempenho alcanados pela rede. Tais informaes podem ser utilizadas para fins de planejamento e controle da qualidade de servios da rede.

    A rea funcional de Gerenciamento de Segurana apresenta trs categorias de atividades gerenciamento de segurana do sistema, gerenciamento dos servios de segurana e gerenciamento dos mecanismos de segurana e inclui funes que buscam garantir a poltica de segurana definida para a rede [Carvalho, 1997].

    2.3 PROTOCOLO SNMP

    O protocolo SNMP foi projetado para permitir a comunicao entre os agentes e os gerentes. Essa comunicao possui basicamente duas funes: uma de obteno dos valores

    dos objetos (funo GET) e outra de alterao desses valores (funo SET) que pode ser usada para disparar remotamente a execuo de operaes nos recursos associados aos objetos gerenciados (como uma reinicializao). ainda previsto um mecanismo de notificao de alteraes nos objetos da MIB (TRAP). Tal estrutura torna um protocolo simples, flexvel e estvel, pois mantm um formato bsico fixo, mesmo que novos objetos sejam implementados ou mesmo que novas operaes sejam definidas, o que poder ser feito utilizando as operaes bsicas [Messias, 2005].

    O SNMP implementado usando uma abordagem cliente/servidor assncrona, para

    que o trfico do gerenciamento de rede seja mnimo [Flint, 1997]. um protocolo da camada

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    de aplicao, como mostrado na Figura 2.2, que usou primeiramente UDP/IP para se comunicar atravs da rede interna [Harnedy, 1997].

    A console de gerenciamento SNMP um programa executado em um PC ou estao de trabalho UNIX que rene informaes gerenciais fornecidas pelos agentes SNMP. Os

    agentes SNMP so componentes sofisticados de comunicao de rede, como pontes, roteadores e concentradores de fiao. Os agentes enviam informaes gerenciais console

    no formato MIB. MIB um padro que define o tipo das informaes que o agente deve reunir e como elas devem ser armazenadas. Existem duas MIBs padro a MIB I e a MIB II. Elas definem determinadas variveis de informao que toda console SNMP deve monitorar [Rigney, 1996].

    A principal vantagem do SNMP est no fato de ele ser um padro e de um agente SNMP de determinado fornecedor comunicar com uma console de gerenciamento SNMP de

    outro fornecedor. Um problema est nao fato de as MIBs padro I e II estarem limitadas ao volume de informaes que obtm do seu componente de rede, fazendo com que os diversos fornecedores adotem os padres de diferentes maneiras. Para aumentar a funcionalidade e melhorar o gerenciamento, os fornecedores de SNMP criam suas prprias MIBs (MIB privada) para reunirem mais informaes sobre o hardware. No entanto, convm notar que, se a console de gerenciamento no reconhecer a MIB privada, no poder reunir as informaes necessrias [Rigney, 1996].

    Segundo [Rigney, 1996], a maioria das consoles de gerenciamento SNMP oferece um compilador MIB, capaz de obter o contedo da MIB privada de um fornecedor. O

    compilador permite que a console de gerenciamento rena informaes especficas sobre o hardware desse fornecedor. De modo geral, o SNMP o que mais se assemelha a um padro universal de gerenciamento, mas no deve-se pressupor que toda console de gerenciamento conseguir se comunicar com o agente de gerenciamento SNMP.

    O SNMP a estrutura de gerncia de redes mais utilizada atualmente. Fornece uma estrutura bsica para a administrao, autenticao, autorizao, controle de acesso e das

    polticas de privacidade que podem ser alcanadas com a gerncia de redes. Segundo [Harnedy, 1997], os principais desenvolvedores do SNMP verso 1 (RFCs

    SNMP) so Jeffrey, Mark Fedor, Martin Schoffstall, e James Davin e os escritores do SNMP verso 1. Marshal Rose e Keith McCloghrie tambm fizeram muitas contribuies, escreveram o SMI RFC e editaram a MIB-I e a MIB-II RFCs. Os princpios para a verso 2 so o exemplo de Jeffrey, Keith McCloghrie, Marshall Rosa e Steven Waldbusser.

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    As execues da verso 1 do SNMP apareceram primeiramente em 1988. O SNMP v2 que props padres foi publicado originalmente em abril 1993, mas modificado extremamente pelas propostas de esboo apresentadas em Janeiro 1996.

    Os processos que implementam as funes de gerenciamento da Internet atuam

    como agentes ou gerentes. Assim sendo, os agentes coletam as informaes relevantes para o gerenciamento de rede junto aos objetos gerenciados. O gerente processa as informaes recolhidas pelos agentes, com o objetivo de detectar falhas no funcionamento dos componentes da rede, para que os sistemas de gerenciamento de redes possam tomar as devidas providncias, com o objetivo de corrigir as falhas decorridas [Flint, 1997] e [Soares, 1995].

    As informaes sobre os objetos gerenciados so armazenadas na MIB, que contm informaes sobre o funcionamento dos hosts, gateways, e processos que executam os

    protocolos de comunicao (IP, TCP, ARP etc) [Soares, 1995].

    Figura 2.2 - Localizao do Protocolo SNMP no TCP/IP [Messias, 2005]

    A estao de gerenciamento SNMP uma coleo de aplicaes e uma base de

    dados que controlam um grupo de agentes. Composta por quatro componentes, sendo uma interface para o usurio (agente), aplicaes de gerenciamento (gerente), uma base de dados, um dispositivo SNMP (canal de transporte/ligao entre gerente e agente).

    A interface do usurio permite ao administrador da rede mandar comandos de

    gerenciamento e receber do agente as respostas solicitadas ou no. Tal interface poderia ser em formato texto ou em algum tipo de interface grfica para o usurio GUI (Graphic User Interface).

    As aplicaes de gerenciamento operam na anlise e processamento da informao

    de gerenciamento de rede obtida do agente. A base de dados, ou variveis de interesse, contm todos os nomes, configuraes, desempenhos, topologia e dados examinados da rede. A base de dados separada em categorias que incluem a MIB, a base de dados do elemento

    de rede e a base de dados da aplicao de gerenciamento [Messias, 2005].

    SNMP HTTP SMTP ......

    UDP TCP

    IP

    Protocolo dependente da Rede

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    2.3.1 Agentes

    No modelo de gerenciamento SNMP, hosts, bridges, roteadores, hubs, etc, devem possuir agentes SNMP para que possam ser gerenciados pela estao de gerenciamento NMS (Network Management Station) atravs do gerente SNMP. O agente responde a requisies da estao de gerenciamento, que pode ser o envio de informaes de gerncia ou aes sobre as variveis do dispositivo onde est.

    O funcionamento desta estrutura s possvel graas ao acesso direto MIB que o agente possui, pois todas as informaes de gerncia encontram-se l. Ao receber uma

    mensagem SNMP do gerente, o agente identifica que operao est sendo requisitada e qual(is) a(s) varivel(is) relacionada(s), e a partir da executa a operao sobre a MIB. Em seguida, monta uma nova mensagem de resposta, que ser enviada ao gerente.

    concedido ao agente um certo poder de deciso, cabendo a ele, a partir da anlise do contexto da MIB, decidir se ou no necessrio enviar o trap ao gerente. Esse poder de deciso concedido ao agente para que em certas situaes, como quando da inicializao do sistema, traps desnecessrios no sejam trafegados pela rede, o que, em se tratando de dezenas de agentes, poderia interferir no desempenho global da rede [Messias, 2005].

    2.3.2 Gerente

    A interface entre as aplicaes de gerncia correntes no NMS e os agentes espalhados pelos dispositivos da rede o gerente. Cabe ao gerente enviar comandos aos

    agentes, solicitando informaes sobre variveis de um objeto gerenciado ou modificando o valor de determinada varivel.

    Os gerentes ento processam estas informaes colhidas pelos agentes e as repassam aplicao que as requisitou. A comunicao entre o gerente e as aplicaes possvel

    atravs da utilizao das API (Application Program Interface) do gerente SNMP pelo sistema.

    A API um conjunto de funes que fazem o intermdio na execuo de comandos entre um programa e outro, de forma a simplificar a um programa o acesso a funes de outro programa e que, no caso do SNMP, fazem o intermdio das execues entre uma aplicao de gerncia e o gerente SNMP.

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    Cabe tambm ao gerente encaminhar aplicao de gerncia os traps que porventura sejam enviados pelos agentes. Assim, o software de gerncia ter conhecimento da presena de um novo equipamento na rede ou do mau funcionamento de algum dos dispositivos da rede [Messias, 2005].

    2.3.3 Operaes SNMP

    No gerenciamento SNMP, segundo [Messias, 2005], existem vrias operaes para a comunicao entre os gerentes e agentes SNMP para obter informaes dos dispositivos gerenciados.

    Get - o gerente SNMP envia o comando Get a um determinado agente toda vez que necessita recuperar uma informao de gerenciamento especfica do objeto gerenciado pelo agente. Estas informaes encontram-se na forma bsica de variveis, que por sua vez, esto na MIB do elemento de rede gerenciado.

    Set - a operao Set requisita a um determinado agente a atribuio/alterao do valor de determinada(s) varivel(is) de uma MIB. Alguns desenvolvedores, por exemplo, acreditam que este comando no deve retornar um Response. J outros acham que a operao Set deve retornar alguma indicao de que a operao foi

    efetuada. Porm o mais correto seria que, aps cada operao Set sobre uma varivel, uma operao Get fosse efetuada sobre a mesma varivel a fim de assegurar que a operao Set foi efetuada.

    Trap - a operao Trap difere de todas as outras. Ela utilizada por um agente SNMP para notificar de forma assncrona a um gerente algum evento extraordinrio que tenha ocorrido no objeto gerenciado. Diversos questionamentos so feitos quanto a esta operao. Talvez o maior deles seja sobre a escolha dos eventos que devem realmente ser notificados ao gerente. Embora seja quase unnime que o gerente deve ser informado de alguns eventos significativos, muitos fornecedores de produtos que implementam o SNMP trazem Traps especficos, muitos deles

    desnecessrios. Outro importante questionamento como um agente pode ter certeza de que o gerente o recebeu, visto que a operao Trap no gera um Response, o que pode ocorrer quando, por exemplo, a mquina estiver perdendo pacotes. Isso no fcil de solucionar. Uma possibilidade seria o agente gerar tantos Traps quanto

    necessrio at que o gerente seja informado do evento. Essa soluo, no entanto,

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    aumentaria o trfego na rede, afetando o seu desempenho.

    Responses - como j descrito, sempre que um agente recebe um comando Get, GetNext ou Set ele tenta executar a operao associada e, conseguindo ou no, constri uma outra mensagem que enviada ao emissor da requisio. Esta mensagem a GetResponse. Das operaes SNMP, apenas o Trap no gera um Response [Messias, 2005].

    2.3.4 Funcionamento do Protocolo SNMP

    O SNMP realiza um processo de autenticao para permitir, ou no, o acesso de clientes aos objetos gerenciados. Essa autenticao, para o SNMP verso 3, realizada atravs da verificao da comunidade, para confirmar se ela , ou no, daquela rede, e uma senha agregada a essa comunidade. Ao invs de apresentar muitos comandos como outros protocolos, ele possui apenas um pequeno conjunto de operaes, com funes bsicas de busca/alterao.

    O SNMP foi est baseado apenas em estaes de gerenciamento de rede e elementos

    da rede. As estaes de gerenciamento da rede so responsveis por rodar aplicaes de gerenciamento que monitorem e controlem os elementos da rede, que podem ser hubs inteligentes, roteadores e pontes, entre outros.

    Cada mquina gerenciada vista como um conjunto de variveis que representam informaes referentes ao seu estado atual, estas informaes ficam disponveis ao gerente atravs de consulta e podem ser alteradas por ele. Cada mquina gerenciada pelo SNMP deve

    possuir um agente e uma base de informaes MIB. um protocolo que permite a um administrador inspecionar ou alterar variveis em

    um elemento de rede a partir de uma estao de gerenciamento remota. Todo o gerenciamento SNMP realizado pelo sistema de gerenciamento de rede. As

    estaes de gerenciamento acessam os elementos de rede para obter a informao desejada ou para mudar uma varivel. Nesse caso estar sendo realizada uma operao de polling.

    O agente um componente que pode ser implementado em hardware ou em software. O que ele realiza na verdade coletar dados de um dispositivo e armazen-los na MIB.

    No SNMP, as informaes so trocadas entre os gerentes e agentes na forma de mensagens. Cada mensagem possui duas partes, um cabealho e uma PDU (Protocol Data

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    Unit). O formato geral de uma mensagem SNMP pode ser visualizado na Figura 2.3.

    Version Community PDU SNMP

    Mensagem SNMP PDU-type Request-id 0 0 Variable-bindings

    Get PDU, Set PDU PDU-type Request-id Variable-bindings

    Response PDU

    PDU-type Enterprise Agent-addr Generic-trap Specific-trap Time-

    stamp Variable-bindings

    Trap PDU

    Nome1 Valor1 Nome2 Valor2 ... NomeN ValorN

    Variable-bindings Figura 2.3 - Formato de mensagem SNMP [Messias, 2005]

    version - Indica a verso do protocolo SNMP utilizado.

    community - O nome de comunidade atua como uma senha para autenticar a

    mensagem SNMP.

    PDU SNMP - a unidade de dados de protocolo, PDU, utilizada pelo SNMP. Contm os dados referentes operao desejada (Get, Set, etc) [Messias, 2005].

    2.4 BASE DE DADOS MIB

    A MIB o conjunto dos objetos acessados pelo SNMP, que procura abranger todas as informaes necessrias para a gerncia da rede. O conjunto de todos os objetos SNMP coletivamente conhecido como MIB.

    Um dos fatores mais importantes em sistema de gerenciamento de uma rede a

    forma como as informaes sobre os elementos de rede esto armazenadas. Tais informaes precisam estar disponveis segundo um determinado padro para que possam ser reconhecidas

    e utilizadas por qualquer aplicao. Os objetos so imagens virtuais dos elementos bsicos que se quer gerenciar. Um

    objeto gerenciado a viso abstrata de um recurso real do sistema. Assim, todos os recursos

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    da rede que devem ser gerenciados so modelados, e as estruturas dos dados resultantes so os objetos gerenciados [Messias, 2005].

    Segundo [Messias, 2005], at o presente momento, foram definidos, basicamente, quatro tipos de MIBs que so: a MIB I, a MIB II, a MIB experimental e a MIB privada,

    descritas a seguir:

    MIB I - As MIBs do tipo I fornecem informaes gerais sobre os elementos da

    rede, sem levar em conta as caractersticas especficas dos equipamentos.

    MIB II ou MIB Padro - considerada uma evoluo da MIB I, fornece 21 informaes gerais de gerenciamento sobre um determinado equipamento

    gerenciado. possvel atravs das MIBs I e II obter informaes como tipo e status da interface (Ethernet, FDDI, ATM), nmero de pacotes transmitidos, nmero de pacotes com erro, endereo IP das rotas, etc. Possui um conjunto de objetos bem definidos, conhecidos e aceitos pelos grupos e padres Internet;

    MIB Experimental so aquelas em que seus componentes (objetos) esto em fase de desenvolvimento e teste. Em geral, as MIBs experimentais fornecem

    caractersticas mais especficas sobre a tecnologia dos meios de transmisso e equipamentos empregados. Estas MIBs podem conter informaes especficas sobre outros elementos da rede e gerenciamento de dispositivos que so considerados importantes.

    MIB Privada - As MIBs privadas ou proprietrias foram elaboradas com o objetivo de atuar sobre um equipamento em especfico, possibilitando que detalhes caractersticos do mesmo possam ser obtidos. Desta forma, possvel obter

    informaes sobre colises, configurao, swap de portas, e muitas outras, de um roteador. Tambm possvel fazer testes, reinicializar ou desabilitar uma ou mais

    portas do roteador atravs das MIBs privadas.

    No modelo SNMP, os recursos de uma rede so representados como objetos. Cada objeto , essencialmente, uma varivel que representa um aspecto do dispositivo gerenciado. Todos os objetos (variveis) so armazenados na MIB.

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    2.4.1 Tipos de Objetos de uma MIB

    Segundo [Messias, 2005], os objetos da MIB tm um tipo especfico de valores. O SNMP define vrios tipos primitivos, como se segue:

    Tipo de Objetos de Texto - Define-se o tipo DisplayString que pode conter informao textual arbitrria (normalmente para um mximo de 256 caracteres). O texto deve conter somente caracteres de impresso. Exemplos deste tipo de objeto incluem valores sysDescr e ifDescr. Este tipo de objeto bastante utilizado nas MIB.

    Tipo de Objetos Contadores - Define-se o tipo Counter que um valor numrico que s pode aumentar. Este o tipo mais comum de objeto de SNMP na MIB padro e inclui objetos como ipInReceives, ipOutRequests, e snmpInPkts. Contadores ultrapassam o valor mximo da varivel, mas nunca podem ser negativos.

    Tipo de Objetos de Medida - Define-se o tipo Gauge que um valor numrico o qual pode aumentar ou pode diminuir. Este tipo encontrado em apenas algumas

    localizaes dentro da MIB padro. Exemplos deste tipo de objeto incluem o objeto tcpCurrEstab.

    Tipo de Objetos Inteiros - Define-se o tipo Integer que pode conter valores positivos ou negativos. Este valor normalmente fornecido por valores de tipo Counter ou Gauge, mas s vezes expresso em MIB de equipamentos de fabricantes.

    Tipo de Objetos Enumerados - Define-se um tipo Enumerated Value que associa um campo textual com um valor numrico. Este tipo bastante comum na MIB padro e inclui objetos como ifAdminStatus, cujo valores enumerados, so up(1), down(2), e testing(3). Geralmente os valores enumerados so formatados da seguinte forma: nome (nmero).

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    Tipo de Objetos Tempo - Define-se um tipo TimeTicks que representa um tempo decorrido. Este tempo sempre tem uma resoluo de um centsimo de segundo, at

    mesmo quando esta resoluo no usada. Administradores de rede freqentemente formatam este valor de tempo como HH:MM:SS para exibio. Por exemplo, o valor sysUp-Time indica o tempo decorrido desde que um dispositivo foi reiniciado.

    Tipo de Objetos Object - Define-se um tipo Object que pode conter o identificador para outro objeto SNMP. Se o objeto nomeado compilado na MIB, o nome geralmente apresentado com o mesmo nome no objeto SNMP. Um exemplo deste tipo de objeto a varivel sysObjectID da MIB.

    Tipo de Objetos Endereo IP - Define-se um tipo IP address, que contm o endereo IP de um dispositivo de rede. Este tipo de objeto exibido freqentemente como um endereo IP convencional. Exemplos deste tipo de

    objeto incluem ipRouteDest, ipRouteNextHop e ipRouteMask.

    Tipo de Objetos Endereo Fsico - Define-se um tipo Physical address, que contm o endereo fsico de um dispositivo de rede. Gerentes exibem

    freqentemente este tipo de objeto como uma sucesso de valores hexadecimal, precedidos pela palavra-chave hex:, separados atravs de dois pontos. Exemplos

    deste tipo de objeto incluem o objeto ifPhysAddress.

    Tipo de Objetos String - Define-se um tipo String, que contm uma cadeia de caracteres arbitrrios. Quando a cadeia de caracteres contm s caracteres ASCII (American Standard Code for Information Interchange), os gerentes exibem este valor como uma string de texto. Caso contrrio, gerentes exibem este tipo como

    uma sucesso de valores hexadecimal, precedidos pela palavra-chave hex:, e separados atravs de dois pontos. Este tipo de valor incomum, mas

    ocasionalmente encontrado em MIB proprietrias.

    Tipo de Objetos Tabela - O tipo Table um objeto que contm entradas da tabela. Este tipo de objeto sempre um nome intermedirio que contm um

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    diretrio de Entrada e que contm vrios objetos da tabela.

    Tipo de Objetos Auxiliares - O tipo Branch um objeto que contm tipos adicionais, tabelas, ou qualquer tipo de objeto listado anteriormente.

    2.4.2 Estrutura Lgica da MIB

    A rvore hierrquica, mostrada na figura 2.4, definida pela ISO, representa a estrutura lgica da MIB, mostra o identificador e o nome de cada objeto [Messias, 2005]:

    O n raiz da rvore MIB no possui rtulo, mas possui pelo menos trs subnveis,

    sendo eles:

    N 0 - administrado pela CCITT (Consultative Committe for International Telegraph and Telephone), atualmente ITU-T (International Telecommunication Union - Telecommunications);

    N 1 - que administrado pela ISO;

    N 2 - que administrado em conjunto pela CCITT e pela ISO. Sob o n ISO fica o n que pode ser utilizado por outras instituies: o org (3), abaixo dele fica o DOD (6), que pertence ao departamento de defesa dos EUA. O Departamento de Defesa dos EUA alocou um sub-n para a comunidade Internet, que administrado pela IAB (International Activities Board) e abaixo deste n tem-se, entre outros, os ns: management, experimental e private. Sob o n management ficam as informaes de gerenciamento, sob este n que est o n da MIB II. Sob o n experimental esto as MIBs experimentais. Sob o n private fica o n enterprises e sob este n ficam os ns das indstrias de equipamentos.

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    Figura 2.4 - rvore MIB [Messias, 2005].

    Como exemplo de um objeto, pode-se citar o ipInReceives pertencente ao grupo IP: ipInReceives Object Type Object Identifier: 1.3.6.1.2.1.4.3 Access: read-only

    Syntax: Counter32

    Description: O nmero total de datagramas que chegam s interfaces, incluindo aqueles com erro.

    Conforme se observa na figura 2.5, a MIB II organizada a partir do n mgmt (management). Abaixo da subrvore MIB II esto os objetos usados para obter informaes especficas dos dispositivos da rede. Esses objetos esto divididos em 10 grupos, os quais esto listados na tabela 2.1.

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    Figura 2.5 - MIB II [Messias, 2005].

    GRUPO INFORMAO System (1) Informaes bsicas do sistema Interfaces (2) Interfaces de rede AT (3) Traduo de endereos IP (4) Protocolo IP ICMP (5) Protocolo ICMP TCP (6) Protocolo TCP UDP (7) Protocolo UDP EGP (8) Protocolo EGP Transmisso (10) Meios de transmisso SNMP (11) Protocolo SNMP

    Tabela 2.1 - Grupos da MIB II [Messias, 2005].

    2.4.3 Exemplo dos Grupos da MIB II

    Conforme [Messias, 2005], alguns dos objetos pertencentes aos grupos da MIB II, tais como: Grupo System, Grupo Interfaces, Grupo IP, Grupo ICMP, Grupo TCP, Grupo UDP e Grupo SNMP so descritos a seguir.

    2.4.3.1. Grupo System

    Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.1, e sua funo de

    System (1)Interfaces (2)

    AT (3)

    MIB II (1)

    ISO.ORG.DOD.INTERNET.MGMT(1.3.6.1.2)

    IP (4) ICMP (5) TCP (6) UDP (7) EGP (8)Transmisso (10)

    SNMP (11)

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    definir uma lista de objetos pertencentes operao do sistema, como o tempo de funcionamento, contato e nome do sistema:

    sysDescr (1.3.6.1.2.1.1.1): Descrio textual da unidade. Podem-se incluir o nome e a verso do hardware, sistema operacional e o programa de rede;

    sysUpTime (1.3.6.1.2.1.1.3): Tempo decorrido (em milhares de segundos) desde a ltima reinicializao do gerenciamento do sistema na rede;

    sysContact (1.3.6.1.2.1.1.4): Texto de identificao do gerente da mquina gerenciada e como contat-lo.

    2.4.3.2. Grupo Interfaces Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.2, e sua funo de

    rastrear o status de cada interface em uma entidade gerenciada. O grupo interfaces gerencia as interfaces em funcionamento ou inativas e rastreia aspectos, como octetos enviados e

    recebidos, erros e eliminaes. Utiliza os seguintes comandos:

    ifNumber (1.3.6.1.2.1.2.1): Nmero de interfaces de rede (no importando seu atual estado) presentes neste sistema;

    ifOperStatus (1.3.6.1.2.1.2.2.1.8): Estado atual da interface; ifInOctets (1.3.6.1.2.1.2.2.1.10): Nmero total de octetos recebidos pela interface.

    2.4.3.3. Grupo IP

    Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.4, e sua funo de rastrear os diversos aspectos do IP, incluindo o roteamento do IP. Utiliza os seguintes

    comandos:

    ipForwarding (1.3.6.1.2.1.4.1): Indica se esta entidade um gateway; ipInReceives (1.3.6.1.2.1.4.3): Nmero total de datagramas recebidos pelas

    interfaces, incluindo os recebidos com erro;

    ipInHdrErrors (1.3.6.1.2.1.4.4): Nmero de datagramas que foram recebidos e descartados devido a erros no cabealho IP.

    2.4.3.4. Grupo ICMP

    Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.5, e sua funo de

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    rastrear aspectos como erros do ICMP. Utiliza os seguintes comandos:

    icmpInMsgs (1.3.6.1.2.1.5.1): Nmero total de mensagens ICMP recebidas por esta entidade. Incluindo aquelas com erros.

    icmpOutMsgs (1.3.6.1.2.1.5.14): Nmero total de mensagens ICMP enviadas por esta entidade. Incluindo aquelas com erros.

    2.4.3.5. Grupo TCP

    Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.6, e sua funo de rastrear entre outros aspectos, o estado das conexes TCP (como closed, listen, sysSent, etc). Utiliza os seguintes comandos:

    tcpMaxConn (1.3.6.2.1.6.4): Nmero mximo de conexes TCP que esta entidade pode suportar.

    tcpCurrentEstab (1.3.6.2.1.6.9): Nmero de conexes TCP que esto como estabelecidas ou espera de fechamento.

    tcpRetransSegs (1.3.6.2.1.6.12): Nmero total de segmentos retransmitidos.

    2.4.3.6. Grupo UDP

    Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.7, e sua funo de rastrear dados estatsticos do UDP. Utiliza os seguintes comandos:

    udpInDatagrams (1.3.6.1.2.1.7.1): Nmero total de datagramas UDP entregues aos usurios UDP.

    udpNoPorts (1.3.6.1.2.1.7.2): Nmero total de datagramas UDP recebidos para os quais no existia aplicao na referida porta.

    udpLocalPort (1.3.6.1.2.1.7.5.1.2): Nmero da porta do usurio UDP local.

    2.4.3.7. Grupo SNMP

    Este grupo identificado pela MIB atravs do cdigo 1.3.6.1.2.1.11, e sua funo de avaliar o trfego SNMP. Utiliza os seguintes comandos:

    snmpInPkts (1.3.6.1.2.1.11.1): Nmero total de mensagens recebidas pela entidade SNMP.

    snmpOutPkts (1.3.6.1.2.1.11.2): Nmero total de mensagens enviadas pela

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    entidade SNMP.

    snmpInTotalReqVars (1.3.6.1.2.1.11.13): Nmero total de objetos da MIB que foram resgatados pela entidade SNMP.

    2.4.4 Compilador de MIBs

    Um compilador de MIBs um programa script, em uma linguagem qualquer, que percorre um arquivo contendo uma MIB e gera um esqueleto em C contendo um arquivo header que pode ser usado como base para a implementao do modulo, que depois de editado recompilado, permitindo que o agente SNMP suporte a nova MIB. Possibilitando

    fazer com que as informaes sobre os objetos gerenciados das MIBs privadas ou de novas MIBs que sejam padronizadas estejam disponveis para uma aplicao de gerenciamento existente.

    Uma MIB pode ser compilada por um compilador de MIBs de forma que as informaes presentes na MIB estejam disponveis para aplicaes como MIB browsers e graphers. So aplicaes simples que obtm toda a sua capacidade de gerenciamento atravs

    da anlise de uma MIB, sem interveno humana [Messias, 2005]. A entrada para um compilador de MIBs uma coleo de mdulos de MIBs escritos

    em um subconjunto da linguagem ASN.1 (Abstract Syntax Notation One). Estes mdulos contm definies de objetos gerenciados que correspondem s informaes sobre os dispositivos da rede que podem ser manipulados atravs do protocolo SNMP. Os compiladores de MIBs podem gerar vrias representaes das definies dos objetos gerenciados contidos nas MIBs usadas como entrada. Estas representaes podem ser processadas mais facilmente pelos agentes e aplicaes de gerenciamento do que a

    representao ASN.1. Algumas destas representaes so declaraes de estruturas de dados em

    linguagens de programao de alto nvel, como C, que podem ser compiladas e ligadas em uma aplicao de gerenciamento ou agente. Outras so arquivos de dados contendo representaes das definies dos objetos gerenciados que podem ser lidas para a memria por uma aplicao de gerenciamento ou agente em tempo de execuo. Em alguns casos, o compilador de MIBs gera um cdigo de sada que auxilia na implementao das MIBs de entrada. Por exemplo, um compilador de MIBs pode gerar esqueletos de rotinas para a

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    recuperao ou alterao do valor de um objeto gerenciado, ou rotinas para a gerao de Trap-PDUs (Protocol Description Unit) especficas [Messias, 2005].

    A habilidade de reconhecer as descries presentes em uma MIB mecanicamente muito atraente, principalmente para os fabricantes de aplicaes genricas, pois estas podem

    cobrir uma grande variedade de agentes de MIBs. Com o grande nmero de MIBs padronizadas e MIBs proprietrias disponveis atualmente, os compiladores de MIBs reduzem

    o esforo dos fornecedores para manterem suas aplicaes atualizadas. Atualmente os programas de gerenciamento apenas se limitam a coletar e exibir

    informaes sobre os elementos da rede sem, entretanto, analis-las. Assim, o papel de compreender o estado atual da rede e de encontrar solues para os problemas cabe ao

    administrador dessa rede. Esse aspecto dificulta muito a compreenso de MIBs desconhecidas relativas a um dispositivo desconhecido [Messias, 2005].

    2.5 FERRAMENTAS PARA O GERENCIAMENTO DE REDES

    Atualmente existem diversas ferramentas capazes de fazer esse tipo de gerenciamento como, por exemplo, NAGIOS, ZABBIX e OpenNMS. Que sero apresentadas nesse trabalho, mostrando uma viso geral de cada uma dessas ferramentas, por se tratar de solues com softwares livres, gratuitos, sob a licena GPL ou Licena Pblica Geral, possuindo muitos recursos.

    2.5.1 NAGIOS

    NAGIOS um software de gerenciamento de rede, de cdigo aberto e licenciado pelo sistema GPL, com uma interface web amigvel, conforme ilustrado na figura 2.6. Pode gerenciar tanto hosts quanto servios conforme mostra a figura 2.7, alertando-o quando ocorrerem problemas e tambm quando os problemas forem resolvidos.

    O NAGIOS foi criado em 14 de Maro de 1999, originalmente sob o nome de Netsaint (NetSaint Network Monitor). Foi escrito e atualmente mantido por Ethan Galstad. Por ser de cdigo aberto, conta com um grande nmero de desenvolvedores, espalhados por todo planeta, o que lhe possibilita manter e atualizar os plugins oficiais e no-oficiais (no homologados). Dentre os principais colaboradores esto: Karl DeBisschop, Felipe Almeida,

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    Subhendu Ghosh, Ton Voon e Stanley Hopcroft, entre outros [NAGIOS,2006].

    Essa ferramenta possui muitos recursos, tais como:

    Gerencia servios de rede (SMTP, POP3, HTTP, NNTP, ICMP, SNMP)

    Gerencia recursos de computadores ou equipamentos de rede (carga do processador, uso de disco, logs do sistema) na maioria dos sistemas operacionais com suporte a rede, mesmo o Microsoft Windows com o plugin NRPE_NT.

    Gerenciamento remoto suportado atravs de tneis encriptados SSH ou SSL.

    Desenvolvimento simples de plugins que permite aos usurios facilmente criar seus prprios modos de gerenciamento dependendo de suas necessidades, usando a ferramenta de desenvolvimento de sua escolha (Bash, C, Perl, Python, PHP, C#, etc.).

    Checagem dos servios paralelizados, ou seja, se voc tiver muitos tens gerenciados no h risco de alguns deles no serem checados por falta de tempo.

    Capacidade de definir a rede hierarquicamente definindo equipamentos "pai", permitindo distino dos equipamentos que esto indisponveis daqueles que esto

    inalcanveis.

    Capacidade de notificar quando um servio ou equipamento apresenta problemas e quando o problema resolvido (via e-mail, pager, SMS, ou qualquer outro meio definido pelo usurio por plugin).

    Capacidade de definir tratadores de eventos que executam tarefas em situaes pr-determinadas ou para a resoluo pr-ativa de problemas.

    Rotao automtica de log.

    Suporte para implementao de gerenciamento redundante.

    Excelente interface web para visualizao do atual status da rede, notificaes, histrico de problemas, arquivos de log, etc [wikipedia, 2006].

    O NAGIOS faz uso de tratadores de eventos para corrigir e resolver

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    automaticamente um problema como reiniciar o servidor web, caso ele no esteja respondendo, gerencia carga em processador, uso de disco ou memria, possibilita desenvolvimento de plugins customizados, possui interface web para visualizar todo o processo de gerenciamento. Tratadores de eventos so uma srie de aes pr-determinadas

    que sero tomadas em caso de falhas. Quando o NAGIOS detecta uma falha em algum cliente, ele segue uma lista de aes a serem tomadas, que vo de uma simples mensagem de

    texto at mesmo, em casos mais graves, reinicializao do servidor. Os plugins so extenses do browser, fornecidas pelo fabricante ou empresas

    parceiras que fornecem recursos adicionais (por exemplo, de multimdia), facilitando a visualizao de textos, som, vdeo, etc. e maior interao com o usurio. Nesse caso, sero

    para atribuir novas funes ferramenta que no possua em sua configurao anterior.

    Figura 2.6 Tela principal do NAGIOS (traduzida para o portugus) [NAGIOS, 2006]

    O NAGIOS pode ser executado em sistemas operacionais Unix e a visualizao

    grfica pela web mais interessante o Servidor de web Apache [Apache, 2006], conforme observa-se na figura 2.6, pode-se restringir o acesso por IP, configurao de perodos de tempo onde se pode determinar o horrio de funcionamento da secretaria ou do suporte, por

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    exemplo, capaz de fazer agrupamento dos computadores em grupos especficos e gerenciar servios especficos nos grupos.

    possvel, no gerenciamento, fazer a distino se o problema est ocorrendo porque o servio est inoperante, se simplesmente, o computador parou de funcionar, conforme observa-se na figura 2.7, Caso no haja resposta do funcionamento do servio enviado uma mensagem ICMP (Internet Control Message Protocol) para o computador para saber se o mesmo est ativo.

    No caso em que existem roteadores ou firewall, entre o cliente remoto e o gerente de gerenciamento, ser feita uma anlise pela rvore de dependncia at chegar ao topo, ou at um dos ns pai responder mensagem ICMP. O NAGIOS descobrir se o problema com a rede (computer UNREACHABLE), com o servio do computador checado, e at mesmo se o problema est nos roteadores.

    Figura 2.7 Tela do gerenciamento de falhas de servios [NAGIOS, 2006]

    Diversas formas de notificao podem ser utilizadas pelo NAGIOS como e-mail, pager, celular, PopUp e alertas sonoros [Machado, 2006].

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    2.5.2 OpenNMS

    O OpenNMS uma ferramenta de software livre, escrita em Java. Essa ferramenta suporta apenas Sistemas Operacionais Unix, tais como: RedHat, Mandrake, Solaris, Debian e Suse.

    A ferramenta OpenNMS possui um projeto de rede voltado principalmente para a camada de aplicao HTTP (Hypertext Transfer Protocol), FTP (File Transfer Protocol), DNS (Domain Name Service), POP (Post Office Protocol) e SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), mas suporta tambm outros servios tais como bancos de dados: Oracle, SQLServer, MySQL e PostgreSQL.

    A tela principal, conforme mostra a figura 2.8, apresenta a interface com o usurio que pode ser feita via web, possibilitando o acesso de qualquer ponto da rede ou fora dela, para o acompanhamento do estado dos servios, interface da rede, disponibilidade dos servios, grficos de desempenho e informaes de equipamentos. Pode-se ainda realizar

    algumas configuraes, tais como: a criao/alterao/excluso de usurios e grupos, notificaes, processos de escalada, habilitar/desabilitar o gerenciamento de servios e

    interfaces, definir os servios a serem gerenciados e solicitar a emisso de relatrios.

    Figura 2.8 Tela principal do OpenNMS [OpenNMS, 2006]

    A necessidade de desabilitar o gerenciamento dos servios na rede se justifica, devido a manutenes que estejam sendo realizadas na rede, realizao de aplicaes que so incomuns de serem realizadas na rede (como por exemplo, migrao ou atualizao de

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    sistema). Essa ferramenta possibilita que, ao se fazer uma configurao dos endereos IP da

    rede, a partir dessa lista, faa uma varredura na rede buscando os servios associados (HTTP, FTP, DNS, POP, SMTP e etc), esse processo de varredura pode ser re-executado a cada 24hs, ou quando o administrador da rede achar necessrio.

    As principais vantagens da ferramenta OpenNMS so:

    Configurar comandos, tais como: notificaes automticas e execuo de comandos para serem executados de acordo com a ocorrncia de eventos.

    As notificaes automticas podem ocorrer por meio do envio de e-mail ou SMS para usurios ou grupos, de acordo com as necessidades pr-

    estabelecidas pelo administrador da ferramenta.

    possvel definir um calendrio com a escala dos funcionrios que esto de planto ou de servio no horrio em que ocorre a falha para que o

    mesmo possa ser notificado.

    As principais desvantagens da ferramenta OpenNMS so:

    Por ser uma ferramenta open-source, traz a vantagem de possuir flexibilidade de suas configuraes e armazena suas informaes na base

    de dados SQL. No entanto, tem a desvantagem de no disponibilizar um guia de orientao ao usurio, o que dificulta o aprendizado de suas diversas funcionalidades. Alm disso, esta soluo de gerenciamento no permite uma evoluo, no que diz respeito a servios monitorados,

    reconhece apenas os servios nativos a sua construo original [Oyama, 2002].

    2.5.3 ZABBIX

    O ZABBIX tambm uma ferramenta de gerncia de redes de computadores, de

    valor gratuito. Surgiu em 2001, implementada pelo programador Alexei Vladishev.

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    Esta soluo oferece caractersticas avanadas de gerenciamento, alertas e interface grfica bastante simplificada, o que a torna uma das mais completas ferramentas da categoria, alm de realizar as funes e operaes das outras ferramentas citadas anteriormente.

    O ZABBIX suporta a maioria dos Sistemas Operacionais (Unix, Windows e Novell), suporte nativo ao SNMP, interface web, banco de dados MySQL e PostgreSQL e gerao de grficos em tempo real. Em sua interface web possvel fazer o acompanhamento do desempenho completo da rede e dos dispositivos gerenciados, o status dos servidores, roteadores e conexes. Conforme mostrado na figura 2.9, pode-se ainda, fazer configuraes dos objetos gerenciados, execuo de comandos para correo de falhas detectadas, habilitao e desabilitao de componentes da rede.

    Para a instalao do ZABBIX so necessrias, no mnimo, as seguintes ferramentas, em termos de software: Servidor de web Apache, PHP (Hypertext Preprocessor), MYSQL ou PostgreSQL. Em termos de hardware necessrio, no mnimo, 32 MB livres em disco rgido, 32 MB de memria principal e processador Intel Pentium II 300 Mhz ou compatvel.

    importante salientar que, a partir da verso 4.1.x, ter de ser testado sua compatibilidade com o PHP-4 ou mesmo o PHP-5, Libnet e Net-SNMP.

    O ZABBIX possui um grande potencial de evoluo, sujeito capacidade do programador, que pode ser escrita em qualquer linguagem de programao. As notificaes das falhas no ZABBIX podem ocorrer por meio de SMS, e-mail e alertas sonoros, alm de executar comandos remotos, pr-definidos pelo administrador da ferramenta, com capacidade de gerenciar at 5000 estaes em tempo real [ZABBIX, 2006].

    As vantagens do ZABBIX, frente a outros programas deste tipo, so:

    Possui suporte SNMP nativo, ou seja, no precisa de um daemon de SNMP operando na mquina para que ele mesmo funcione.

    Toda a sua configurao feita via interface web, gravando os dados no MySQL ou PostgreSQL, tornando o mesmo mais amigvel que seu concorrente direto, o NAGIOS.

    Possui portabilidade para os mais diversos sistemas operacionais da famlia Unix, sendo tambm encontrado verses em Windows (para que se possa gerenciar hosts Windows na rede).

    Possui gerao de grficos on line, trabalhando em cima dos dados colhidos na

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    sua rede, assim, d ao administrador a possibilidade de saber o SLA da sua rede.

    As principais desvantagens do ZABBIX so:

    A implementao do servidor de gerenciamento ZABBIX pode ser complexa devido instalao e configurao de seus pr-requisitos.

    Faz muitos acessos ao banco de dados, com isso pode causar sobrecarga do link, no caso do banco de dados estar em outro host.

    Figura 2.9 Tela do ZABBIX: Estrutura da rede [ZABBIX, 2006].

    2.5.4 Comparao entre as principais ferramentas de gerenciamento

    A Tabela 2.2 apresenta uma comparao entre as ferramentas de gerenciamento pesquisadas nesse projeto, trazendo as suas principais caractersticas.

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    FERRAMENTAS CARACTERSTICAS

    NAGIOS OpenNMS ZABBIX Software Gratuito Sim Sim Sim Realiza anlise de dependncias de servios monitorados

    Sim No Sim

    Possui interface Web Sim Sim Sim

    Pacote para gerao de grficos dos relatrios e mapas

    MRTG MRTG RRDTool

    Capacidade de solucionar problemas de acordo com os alertas recebidos

    Sim No Sim

    Pode produzir grficos de tendncias (previso de problemas)

    No No Sim

    Permite configurao via web No Sim Sim

    Possui suporte SNMP nativo (no possui necessidade de instalar o pacote SNMP)

    No No Sim

    Tabela 2.2 - Comparao entre as ferramentas de gerenciamento mais atuais

    Para um melhor entendimento da tabela, importante conhecer os pacotes para gerao de grficos RRDTool (Round Robin Database Tool) e MRTG (Multi Router Traffic Grapher).

    O RRDTool uma ferramenta poderosa para gerenciamento de trfego, que reduz

    sensivelmente a carga gerada pelo gerenciamento para a exibio dos grficos, o que possibilita uma representao visual em tempo real do trfego.

    MRTG (Multi Router Traffic Grapher) outra ferramenta para gerenciamento de trfego. Ela gera um relatrio que exibido em HTML com imagens. Foi desenvolvido

    usando as linguagens de programao PERL e C. Pode ser instalado no sistema operacional Linux ou Windows.

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    CAPTULO III

    ANLISE DE REQUISITOS

    3.1 INTRODUO

    Este captulo trata do levantamento e anlise de requisitos, apresentando a situao atual da rede da EMBRAPA Arroz e Feijo, os problemas atualmente enfrentados pelos administradores da rede e uma proposta de soluo (prottipo) para auxiliar na gerncia de servios oferecidos pela empresa.

    A seo 3.2 mostra a situao atual da rede de computadores da EMBRAPA Arroz e Feijo. A seo 3.3 apresenta os problemas enfrentados atualmente a respeito de servios de rede. A seo 3.4 traz a proposta de soluo a ser implantada na empresa.

    3.2 SITUAO ATUAL DA REDE DE COMPUTADORES

    A rede de computadores da empresa EMBRAPA Arroz e Feijo constitui-se de uma rede TCP/IP, com links de fibra ptica multimodo interligando os diversos prdios da empresa, e dentro de cada prdio, os equipamentos so interligados via cabo par tranado.

    As descries detalhadas dos equipamentos que compem a rede, bem como os equipamentos sero apresentadas nas sees seguintes.

    Rede interna - A rede de computadores interna est dividida entre servidor DNS, PDC, NFS e demais servidores, alm dos clientes internos. O servidor DNS uma mquina

    SUN Ultra 10m. Os servidores da rede interna apresentam diferentes instalaes, tais como: FreeBSD, Linux, Plataforma Intel, Plataforma AMD64.

    Os clientes da rede interna podem ter instalado um dos seguintes sistemas

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    operacionais: Windows 98, Windows 2000 e Windows XP. Rede externa - A rede externa est dividida entre servidores para acesso pblico,

    em uma DMZ (De-Militarized Zone) e um roteador/rdio externo. O servidor externo uma mquina Intel com o sistema operacional Linux instalado. O roteador/rdio uma mquina

    Intel, com o Linux e uma placa de rdio PCMCIA. Firewall O firewall, uma mquina Intel Pentium III 800 MHz, com duas placas

    de rede. Possui 512 MB de memria 133 MHZ, HD (Hard Disk) de 15 GB. atravs desse servidor que se d a interligao das duas redes, rede interna e rede externa como ilustra a figura 3.1:

    Figura 3.1 Ilustrao da estrutura de firewall utilizando uma rede DMZ

    Com a instalao desse servidor filtrando os acessos de uma rede outra, garantido certo nvel de segurana e qualidade de servio. A rede interna, basicamente prov servios para os usurios internos. O firewall, est ligado via cabo UTP/Categoria 6 diretamente ao

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    switch. O switch, por sua vez, est conectado ao roteador/rdio atravs de um cabo UTP/Categoria 5.

    Roteador/rdio - O roteador/rdio uma mquina Intel, com o sistema operacional Linux instalado e uma placa para acesso via ondas de rdio. Do roteador/rdio sai um cabo de

    antena e interliga a rede da Embrapa antena de rdio que ilustrada na figura 3.2, por sua vez, comunica-se com a antena de rdio do Campus II da UFG (Universidade Federal de Gois). Na antena da UFG est conectado, atravs de um cabo de antena, um roteador conectado RNP, disponibilizando assim, a Internet. O roteador/rdio conecta-se RNP a uma taxa de 8 MB para download e 4 MB para upload.

    Figura 3.2 Antena de rdio da EMBRAPA Arroz e Feijo

    3.2.1 Especificao Tcnica do Escritrio Tcnico

    O Escritrio Tcnico subdividido em quatro alas: A, B, C e D, contando com salas de pesquisadores e laboratrios especficos. Nesse escritrio est a sala de administrao da

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    rede, juntamente com as estaes e servidores, de onde se gerencia a rede interna, externa e o firewall.

    Segue as especificaes tcnicas dos equipamentos, conforme as respectivas Alas:

    Ala A Conforme a figura 3.3, existe um rack 12U, onde esto concentrados um switch tipo II e dois PathPanels 24 portas/Categoria 5. Uma das portas do rack da ala A destinada conexo com o rack da ala D. Um cabo UTP/Categoria 6 de 1 Gbps sai do rack da ala A e conecta-se um cabo UTP/Categoria 5 de 100 Mbps, que, por sua vez, conecta-se ao rack da ala D.

    Figura 3.3 Ala A

    Ala B Conforme a figura 3.4, h um rack 12U, onde esto concentrados um switch tipo II e dois PathPanels 24 portas/Categoria 5. Uma das portas do rack da Ala B destinada conexo com o rack da Ala D. Um cabo

    UTP/Categoria 6 de 1 Gbps sai do rack da ala B e conecta-se um cabo UTP/Categoria 5 de 100 Mbps, que, por sua vez, conecta-se ao rack da ala D.

    Figura 3.4 Ala B

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    Ala C Na ala C, conforme mostra a figura 3.5, existe um rack 12U, onde esto concentrados dois switches tipo II e dois PathPanels 48 portas/Categoria 5. Os dois switches esto conectados entre si atravs de um cabo UTP/Categoria 6 de 1Gbps. Uma das portas do rack da ala C destinada conexo com o rack da ala D. Um cabo UTP/Categoria 6 de 1 Gbps sai do rack da ala C e conecta-se a um cabo UTP/Categoria 5 de 100 Mbps, que, por sua vez, conecta-se ao rack da ala D.

    Figura 3.5 Ala C

    Ala D Nesta Ala, conforme mostra a figura 3.6, existe um rack 40U, que concentra um distribuidor ptico, um switch tipo I, dois mdulos 1000BaseLX, 4 transceivers 100Base FX/100BaseT. Nesse rack h tambm um switch tipo II, um switch tipo III, trs PathPanels 24 portas/Categoria 5 e um PathPanel 24 portas/Categoria 6. Neste ltimo PathPanel, conecta-se o cabo UTP/Categoria 5 de 100 Mbps que concentra os cabos vindos das alas A, B e C. Desse mesmo

    PathPanel, sai um cabo UTP/Categoria 6 que, por sua vez, conecta-se ao firewall.

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    Figura 3.6 Rack Ala D

    3.2.2 Especificao do Setor de Servios Auxiliares (SSA)

    Equipamentos No SSA existe um rack 24U, ilustrado na figura 3.7, onde esto concentrados uma placa 3COM Superstack IIIc 16471 e quatro transceivers Planet FT 801. No rack do SSA tambm existem dois distribuidores pticos que esto conectados entre si e na placa 3COM atravs de fibra ptica 100BaseFX. Do

    primeiro distribuidor ptico saem 6 cabos de fibra ptica 100BaseFX para conectarem-se aos equipamentos dos seguintes locais: laboratrio de mecanizao, SMI, galpo, criao de insetos, casa de vegetao e distribuidor ptico da ala D. Do segundo distribuidor ptico do SSA sai um cabo de fibra ptica 100BaseFX para conectar-se ao transceiver localizado na garagem.

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    Figura 3.7 Switches internos (SSA)

    3.2.3 Especificao da Administrao (ADM) / Chefia

    Equipamentos Na ADM existe um rack 40U, onde esto concentrados um switch tipo II, um mdulo 1000BaseLX e dois PatchPanels 24 portas/Categoria 5. No switch da ADM est chegando uma fibra ptica 1000BaseLX, originada do

    distribuidor ptico situado na ala D.

    3.2.4 Especificao da rea de Comunicao Empresarial (ACE) Equipamentos Na ACE existe um rack 24U, onde esto concentrados dois

    PatchPanels 24 portas/Categoria 5, um Planet SGSW 4802 e um mdulo SGSW-A1LX. No Planet da ACE est chegando uma fibra ptica 1000BaseLX, originada do distribuidor ptico situado na ala D.

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    3.2.5 Especificao da ADM/Biblioteca

    Equipamentos Na Biblioteca existe um rack 10U, onde esto concentrados uma placa 3COM Superstack IIIc 16471 e um transceiver Planet FT 801. No rack da biblioteca chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado na ala D.

    3.2.6 Especificao do Banco Ativo de Germoplasa (BAG) Equipamentos No BAG existe um rack 10U, onde esto concentrados um

    Alliede AT-FH824u, um transceiver Planet FT 801 e um PatchPanel 24 portas/Categoria 5. No rack do BAG chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado na ala D.

    3.2.7 Especificao da Casa de vegetao

    Equipamentos Na casa de vegetao chega uma fibra ptica 100BaseFX

    originada do distribuidor ptico situado no rack do SSA.

    3.2.8 Especificao do Laboratrio de Mecanizao

    Equipamentos No laboratrio de mecanizao existe um transceiver Planet FT 801. Nesse transceiver chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado no rack do SSA.

    3.2.9 Especificao do Setor de Mquinas e Implementos Agrcolas (SMI) Equipamentos No SMI h um transceiver Planet FT 801. Nesse transceiver

    chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado no rack do SSA.

    3.2.10 Especificao do Galpo

    Equipamentos No galpo chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado no rack do SSA.

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    3.2.11 Especificao da Garagem

    Equipamentos Na garagem existe um transceiver Planet FT 801. Nesse transceiver chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do segundo distribuidor ptico situado no rack do SSA.

    3.2.12 Especificao da Criao de Insetos

    Equipamentos Na rea de criao de insetos chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado no rack do SSA.

    3.2.13 Especificao dos Alojamentos Equipamentos Nos alojamentos existe um rack 10U, onde esto concentrados

    um Alliede AT-FS708 e um transceiver Planet FT 801. No rack dos alojamentos chega uma fibra ptica 100BaseFX originada do distribuidor ptico situado na ala D.

    3.2.14 Especificao tcnica dos equipamentos de rede

    Atualmente, a rede de computadores da EMBRAPA Arroz e Feijo dispe dos seguintes equipamentos de rede:

    3.2.14.1 Switch tipo I

    Portas - Este switch composto por 20 portas 10/100/1000BaseT, 4 portas GBIC (SFP) e 1 porta serial RS-232 DB9;

    Desempenho - possui capacidade de comutao de 80 Gbps e uma taxa de forwarding de 80 Mbps;

    Caractersticas da camada 2 (layer 2) Possui negociao automtica de velocidade e modo duplex por porta (autosensing e auto-negotiation), encaminhamento de pacotes baseado no esquema store-and-forward. O controle de trfego baseado sobre IEEE 802.3x e Back-Pressure. Possui suporte ao protocolo Spanning Tree Protocol (STP, RSTP e MSTP) e a 255 VLANs IEEE

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    802.1Q. Tambm suporta 6 Grupos de Trunk com at 8 Links cada. Contm Multicast Sooping via IGMP v1 e v2 e tabela de endereos MAC com 16K;

    Caractersticas da camada 3 (layer 3) - Suporta os protocolos: ARP, RIP v1 e v2 e 10 rotas estticas;

    Gerenciamento O gerenciamento pode ser via Telnet, Web (HTTPS e HTTP), RMON, SNMP v1,v2 e v3. Possui endereamento IP via BOOTP e DHCP e

    suporte a SNTP. Realiza Upload e Download de arquivos de configurao via servidor TFTP;

    Expanso Faz empilhamento de at 8 equipamentos, com capacidade de 40 Gbps de barramento e gerencivel com um nico IP. Possui 1 slot de expanso para Link de 10Gbps;

    Segurana Possui suporte aos protocolos: SSH v2 e SSL e filtragem de pacotes

    com Lista de Controle de Acesso (ACL). Tambm suporta IEEE 802.1X e faz autenticao via RADIUS.

    3.2.14.2 Switch tipo II Portas - Este switch composto por 48 portas 10/100BaseT e 2 portas GBIC

    (SFP); Desempenho - possui capacidade de comutao de 12.8 Gbps; Caractersticas da camada 2 (layer 2) Possui negociao automtica de

    velocidade e modo duplex por porta (autosensing e auto-negotiation), encaminhamento de pacotes baseado no esquema store-and-forward. O controle de trfego baseado sobre IEEE 802.3x e Back-Pressure. Possui suporte ao protocolo Spanning Tree Protocol (STP, RSTP e MSTP) e a 255 VLANs IEEE 802.1Q. Tambm suporta 4 Grupos de Trunk com at 8 Links cada. Contm Multicast Sooping via IGMP v1 e v2 e tabela de endereos MAC com 8K;

    Gerenciamento O gerenciamento pode ser via Telnet, Web (HTTPS e HTTP), RMON, SNMP v1 e v2. Possui endereamento IP via BOOTP e DHCP e suporte a SNTP. Realiza Upload / Download de arquivos de configurao via servidor TFTP;

    Expanso Faz empilhamento de at 8 equipamentos, gerencivel com um nico IP;

    Segurana Possui suporte aos protocolos: SSH v2 e SSL e filtragem de pacotes

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    com Lista de Controle de Acesso (ACL). Tambm suporta IEEE 802.1X e faz autenticao via RADIUS.

    3.2.14.2 Switch tipo III

    Portas - Este switch composto por 12 portas 10/100BaseT; Desempenho - possui capacidade de comutao de 3.2 Gbps; Caractersticas da camada 2 (layer 2) Possui negociao automtica de

    velocidade e modo duplex por porta (autosensing e auto-negotiation), encaminhamento de pacotes baseado no esquema store-and-forward. Possui tabela de endereos MAC com 2 K;

    Gerenciamento O gerenciamento pode ser via Telnet, Web (HTTPS e HTTP), RMON, SNMP v1 e v2.

    3.2.14.3 Mdulo 1000/BaseLX

    Caractersticas - Mdulo SFP 1000Bas