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PROJETO DE UMA UNIDADE DE DESTILAÇÃO FRACIONADA
Luciano Petrucci Mesquita
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia Mecânica da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de
Engenheiro Mecânico.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
JULHO DE 2017
iii
Mesquita, Luciano Petrucci
Projeto de uma Unidade de Destilação Fracionada/
Luciano Petrucci Mesquita. – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2017.
VII, 100p.: il.;29,7 cm. Orientador: Nísio de Carvalho Lobo Brum Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Mecânica, 2017. Referências Bibliográficas: p. 56-58. 1. Unidade de Destilação Fracionada. I. de Carvalho
Lobo Brum, Nísio. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica. III. Projeto de uma Unidade de Destilação Fracionada.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
PROJETO DE UMA UNIDADE DE DESTILAÇÃO FRACIONADA
Luciano Petrucci Mesquita
Julho/2017
Orientador: Nísio de Carvalho Lobo Brum
Curso: Engenharia Mecânica
Este trabalho visa projetar equipamentos para uma dada Unidade de Destilação
Fracionada. Sendo que, a partir dos dados de entrada do óleo cru na coluna de
fracionamento desta unidade, faz-se o projeto térmico do equipamento Refervedor e uma
estimativa preliminar para a área de troca térmica do equipamento Condensador. Tendo
então proposto uma geometria para ambos os trocadores de calor, faz-se o projeto
mecânico das tubulações de utilidades que chegam e que saem destes equipamentos,
assim como de duas outras linhas. Este projeto de tubulações, mencionado, se restringe à
seleção de materiais para os tubos, seleção de diâmetros, cálculo de espessura de
parede e cálculo de flexibilidade pelo Método da Viga em Balanço Guiada.
Palavras-chave: Refinaria, Destilação Fracionada, Destilação Atmosférica, Frações de
Petróleo, Refervedor, Tubulações, Flexibilidade.
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Mechanical Engineer.
DESIGN OF A FRACTIONAL DISTILLATION UNIT
Luciano Petrucci Mesquita
July/2017
Advisor: Nísio de Carvalho Lobo Brum
Course: Mechanical Engineering
This project aims to design equipments for a given Fractional Distillation Unit. The
thermal design of a Reboiler is made from the inlet data on the atmospheric distillation
column, as well as a preliminary estimate made for the heat transfer area of a Condenser.
A geometry was proposed for both equipment and so the utility pipes from and towards
these equipment were designed, along with two additional lines. The piping design,
mentioned, is restricted to the material selection, diameter selection, minimum wall
thickness calculation and flexibility calculations by the Guided-Catilever Method.
Keywords: Refinery, Fractional Distillation, Atmospheric Distillation, Petroleum Fractions,
Kettle Reboiler, Pipes, Flexibility.
vi
SUMÁRIO
1 Introdução ..................................................................................................................................... 1
1.1 Motivação ...................................................................................................................... 1
1.2 Objetivos........................................................................................................................ 3
1.3 Metodologia .................................................................................................................. 4
2 Cálculo de Propriedades Físicas .................................................................................................... 5
2.1 Composição do óleo cru ................................................................................................ 5
2.2 Propriedades de Frações de Petróleo ........................................................................... 6
2.2.1 Densidade (S) ................................................................................................. 6
2.2.2 Temperatura Média de Ebulição (Tb) ............................................................ 7
2.2.3 Temperatura Pseudocrítica (Tpc) .................................................................. 7
2.2.4 Pressão Pseudocrítica (Ppc) ........................................................................... 7
2.2.5 Massa Molecular (W)..................................................................................... 8
2.2.6 Massa Específica de Frações Líquidas a Baixas Pressões (ρ) ......................... 8
2.2.7 Massa Específica de Frações Líquidas a Altas Pressões (ρ) ........................... 9
2.2.8 Massa Específica de Frações de Vapor (ρ) ................................................... 10
2.2.9 Tensão Superficial (σ) .................................................................................. 11
2.2.10 Calor Específico de Frações Líquidas (Cp) .................................................. 11
2.2.11 Calor Latente de Vaporização (hlv) ........................................................... 12
2.3 Propriedades da Água ................................................................................................. 12
2.3.1 Massa Específica da Água Líquida (ρ) .......................................................... 13
2.3.2 Calor Específico da Água líquida (cp) ........................................................... 13
3 Refervedor ................................................................................................................................... 14
3.1 Introdução ................................................................................................................... 14
3.2 Tarefa térmica e Dados Iniciais ................................................................................... 15
3.3 Cálculo da Área de Troca Térmica ............................................................................... 16
3.4 Verificação do Diâmetro do Casco .............................................................................. 23
3.5 Simulação de parâmetros do Refervedor.................................................................... 26
3.6 Configuração Final ....................................................................................................... 29
vii
4 Dimensionamento Mecânico das Tubulações ............................................................................ 34
4.1 Cálculo de Diâmetro .................................................................................................... 34
4.2 Pontos de Operação e de Projeto das Linhas .............................................................. 37
4.3 Seleção de Materiais e Cálculo de Espessura de Parede............................................. 39
4.4 Cálculo de Flexibilidade ............................................................................................... 44
5 Conclusão .................................................................................................................................... 55
Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 56
Anexo I – Fator de Compressibilidade [8] ...................................................................................... 59
Anexo II – Latente de Vaporização [9] ........................................................................................... 60
Anexo III – Número de Tubos [17] ................................................................................................. 61
Anexo IV – “Dome Segment Area” [16] ......................................................................................... 62
Anexo V – Tubos para trocadores [14] ........................................................................................... 63
Anexo VI – Isolamento Térmico [24] .............................................................................................. 64
Anexo VII – Distância entre tubos [24] ........................................................................................... 65
Apêndice I – Simulação do Refervedor .......................................................................................... 66
Apêndice II – Condensador ............................................................................................................ 80
Apêndice III – Cálculo de Flexibilidade ........................................................................................... 91
Apêndice IV – Planta de Tubulações ............................................................................................ 100
1
1 Introdução
1.1 Motivação
A Indústria de Refino do Petróleo possui um importante papel na sociedade, por
meio dela pode-se obter produtos como combustíveis para transportes terrestres, aéreos
e marítimos, lubrificantes, asfalto, gás natural residencial, produtos nitrogenados para o
agronegócio, entre outros. Além disso, de acordo com o IBGE [1], na Pesquisa Industrial
Anual Produto de 2014, que visa analisar a composição da produção industrial brasileira,
mostra que a “Fabricação de Produtos do Refino de Petróleo” produziu R$203,4 bilhões, o
que representa 7,7% do total produzido pela indústria no ano em questão. Logo, percebe-
se o impacto da atividade de refino na economia.
O refino do petróleo tem como objetivo separar as frações que o compõe,
processando-as e transformando-as em produtos de grande utilidade. Para isto, são
necessárias diversas operações físicas e químicas integradas. De acordo com NETO e
GURGEL [2], os principais tipos de processo de refino podem ser categorizados em:
separação, conversão, tratamento e auxiliares. Alguns exemplos de processos de
separação são: destilação atmosférica, destilação a vácuo, desasfaltação a propano,
desaromatização a furfural, desparafinização a furfural, desparafinação a MIBC,
desoleificação a MIBC, extração de aromáticos e adsorção de parafinas lineares. O
escopo deste trabalho é uma unidade de destilação atmosférica, os dados disponíveis
para o projeto serão mostrados a seguir.
A unidade recebe uma vazão de óleo cru, pré-aquecido a 400oC e dessalgado. A
unidade dessalgadora recebe o óleo pré-aquecido na faixa de 120oC a 160oC e sua
função é remover água, sal e sólidos em suspensão (sedimentos).
O petróleo que deixa a dessalgadora trocará calor com uma corrente de produtos
e refluxos que apresentem uma capacidade de aquecimento disponível maior do que as
correntes da primeira bateria de aquecimento. Este aquecimento após a unidade
dessalgadora constitui a segunda bateria de aquecimento. Em seguida, o petróleo
parcialmente vaporizado segue para um dos três caminhos listados a seguir:
1) Torre de Pré-fracionamento – Onde o restante da nafta leve é
vaporizado.
2) Forno.
2
3) Torre de destilação fracionada atmosférica.
Neste projeto iremos considerar que após a segunda bateria de aquecimento o
petróleo entra na torre de destilação aos 400oC informados acima. Neste ponto temos a
entrada da carga na unidade objeto do presente projeto.
A destilação é fracionada numa coluna vertical, que contém diversos pratos com
enchimento, operando praticamente a pressão atmosférica. Nesta coluna as frações mais
leves saem pelo topo e são condensadas, retornando parcialmente a coluna. A Figura 1.1
ilustra o escoamento do produto de topo.
Figura 1.1 – Topo da coluna, extraído de [3]
A coluna possui no fundo um resíduo (produto de fundo) que retira cortes com
ponto de ebulição mais elevado, que pode ser evidenciado na Figura 1.2, e o destino
deste resíduo atmosférico (RAT) é a coluna de fracionamento da Unidade de Destilação a
Vácuo.
3
Figura 1.2 – Topo da coluna, extraído de [3]
A coluna tem uma única retirada lateral com um corte de querosene o qual tem
seu processamento inicial (acúmulo, resfriamento e bombeamento fora da unidade).
A unidade processa 30.000 m3/do de óleo com 26o API, KUOP=11,7, Boiling
Range de 20ºC e produz desta carga 45% de resíduo, 30% de destilado (gasolina crua) e
o restante será o corte com saída lateral.
A temperatura de saída do corte de topo é de 40oC, o corte lateral sai a 175oC e o
produto de fundo sai da torre a 300ºC. Esta unidade é instalada a céu aberto, na cidade
do Rio de Janeiro, sendo que a coluna terá 15 metros de altura com diâmetro de 1,5 m, o
vaso de acumulação terá 4,5 m de comprimento e diâmetro de 1,5 m, a tubovia deverá ter
3,5 m de altura e o terreno destinado a unidade é de 30 m por 50 m.
Adicionalmente, quanto ao projeto do Refervedor, a tarefa térmica a ser executada
será de elevar a temperatura do produto de fundo de 300ºC até 310ºC, vaporizando 40%
da carga.
1.2 Objetivos
O tema central deste projeto é a atividade de refino de petróleo, no que concerne
majoritariamente à atividade de Projeto na engenharia mecânica. Como já foi mostrado
anteriormente, uma refinaria é composta por diversas unidades que se caracterizam por
4
suas operações físicas e químicas, neste caso, o processo em questão é a separação das
frações do óleo cru pré-aquecido e dessalgado utilizando a destilação atmosférica.
A partir dos dados de entrada do óleo cru na torre de destilação atmosférica, da
caracterização do óleo, da altura da tubovia e das dimensões do vaso de acumulação, os
2 objetivos específicos desta monografia são:
1) Projetar a área de troca térmica do equipamento Refervedor, do tipo Kettle,
assim como estimar sua área em planta.
2) Dimensionar as tubulações de utilidades que chegam e saem do
Refervedor e Condensador, bem como a tubulação do Condensador para o
Vaso de Acumulação, no que tange a seleção de diâmetro, cálculo de
espessura de parede, seleção de material e cálculo de flexibilidade pelo
Método da Viga em Balanço Guiada.
1.3 Metodologia
Este trabalho consiste em 5 capítulos, dos quais este primeiro introduz as
motivações, objetivos, assim como uma breve exposição da estrutura deste trabalho. O
segundo consiste na determinação das propriedades termofísicas das frações de petróleo
e da água, que serão necessárias para o dimensionamento dos equipamentos. O terceiro
capítulo se destina ao cálculo de área de troca térmica do Refervedor. O quarto capítulo
se refere ao dimensionamento mecânico das tubulações desta Unidade. O quinto, por fim,
apresenta a conclusão.
5
2 Cálculo de Propriedades Físicas
2.1 Composição do óleo cru
De acordo com FAHIM, AL-SAHHAF et al. [4], o óleo cru é uma mistura complexa
de diversos compostos de hidrocarbonetos, que são compostos em sua maior parte por
carbonos e hidrogênio, em diferentes proporções, e quanto maior for a razão de
hidrogênios para carbonos maior será o valor deste óleo.
A composição do óleo cru é importante para o projeto de equipamentos e
tubulações de uma refinaria, visto que é a partir dela que se pode avaliar as propriedades
térmicas e físicas, assim como selecionar os materiais mais adequados, como por
exemplo, para que resistam de forma satisfatória à corrosão. GARY e HANDWERK [5]
mencionam algumas propriedades e classificações tipicamente usadas para caracterizar
este óleo bruto, que serão descritas a seguir.
O Grau API (ºAPI) é uma propriedade que está relacionada à massa específica do
óleo, e quanto menor for a massa específica maior será o ºAPI. Esta propriedade, não
linear, geralmente está entre 20 a 45º API no petróleo bruto, mas pode ser menor do que
10 e maior do que 50º API. O petróleo pode ser classificado em petróleo leve quando for
acima de 30º API, petróleo médio quanto estiver entre 21 e 30º API e petróleo pesado
quando menor do que 21º API. A equação que a define será apresentada no próximo
subcapítulo, junto com outras propriedades.
O Teor de Enxofre, em massa, assim como o grau API, é determinante quanto ao
valor deste óleo, já que quanto maior for este teor mais extenso terá que ser seu
processamento. O petróleo pode ser classificado como “doce” quando seu teor de enxofre
for menor de 0,5%, e de “ácido” quanto for maior do que este valor. Este enxofre pode
formar ácidos naftênicos, que são valorados pelo “número de neutralização”, que
representa a quantidade em gramas de KOH necessária para neutralizar 1g de petróleo.
O Fator de Caracterização (Kuop), também chamado de fator de caracterização de
Watson, está relacionado à facilidade de craqueamento da carga de petróleo, quanto
maior este valor, idealmente acima de 11,5, menos severa será a operação. Esta
propriedade determina o teor de parafinas, e varia de um pouco menos de 10 até quase
15.
6
A Faixa de Destilação indica a composição da carga e é especialmente importante
no projeto de um vaso de acumulação, para o cálculo do ponto de bolha e do ponto de
orvalho. Segundo GREEN e PERRY [6], para misturas complexas, pode-se dividir a carga
de petróleo em pseudocomponentes para então estimar a constante de equilíbrio K de
cada um deles, tendo feito isso, pode-se calcular os pontos de bolha e de orvalho da
mistura. Alternativamente, quanto ao tratamento de mistura complexas, a ASTM [7]
padroniza o método de destilação para que se obtenha a curva do ponto verdadeiro de
ebulição (TBP) da mistura de hidrocarbonetos. Contudo, para este projeto, como não se
têm a fração de cada componente que compõe o petróleo bruto, os métodos a serem
usados para o cálculo das propriedades estarão de acordo com as referências
bibliográficas [8] e [9].
2.2 Propriedades de Frações de Petróleo
As propriedades das Frações de Petróleo são calculadas, em sua maior parte, a
partir de um databook sobre refino de petróleo da API [8], mas também, por NELSON [9],
para o calor latente de vaporização. As equações usadas nos cálculos, de acordo com
estas referências, serão apresentadas a seguir. Vale ressaltar que nas equações a seguir,
quando não se conhecerem as propriedades críticas, devem ser usadas as propriedades
pseudocríticas.
Adicionalmente, é importante comentar que neste trabalho optou-se por manter as
unidades originais de todas as equações usadas nesta monografia, conforme
apresentado pelas referências bibliográficas, que em sua maior parte não estão no
Sistema Internacional. Contudo, os resultados finais serão apresentados conforme o S.I.
2.2.1 Densidade (S)
A densidade (S), que é adimensional, é dada por (2.1), e refere-se a 60ºF/60ºF. O
grau API é um dado conhecido do óleo que chega à unidade de refino do presente projeto
e possui valor de 26º API.
𝑆 =
141,5
(𝐴𝑃𝐼 + 131,5) (2.1)
7
Logo, pode-se encontrar o valor de S, que é de 0,898.
2.2.2 Temperatura Média de Ebulição (Tb)
Usando a equação (2.2), pode-se calcular a temperatura média de ebulição, em
graus Rankine, para isto precisa-se apenas de S, que já foi obtida no subitem anterior, e
do fator de caracterização de Watson (Kuop), que também é um dado conhecido do óleo,
cujo valor é de 11,7.
𝑇𝑏 = (𝐾𝑢𝑜𝑝 𝑥 𝑆)3 (2.2)
Portanto, o valor de 𝑇𝑏 é de 1161,41º R.
2.2.3 Temperatura Pseudocrítica (Tpc)
A temperatura pseudocrítica, em graus Rankine, pode ser calculada por meio da
equação (2.3) e tem como parâmetros a temperatura média de ebulição (𝑇𝑏), também em
graus Rankine, e a densidade (S).
𝑇𝑝𝑐 = 10,6443[exp(−5,1747 𝑥10−4𝑇𝑏 − 0,54444𝑆 + 3,5995 𝑥 10−4𝑇𝑏𝑆)]
𝑥 𝑇𝑏0,81067
𝑆0,53691 (2.3)
Usando os parâmetros mencionados, que já foram previamente calculados, têm-se
que o valor de 𝑇𝑝𝑐 é de 1501,43º R.
2.2.4 Pressão Pseudocrítica (Ppc)
Ao utilizar a equação (2.4), pode-se avaliar o valor da pressão pseudocrítica em
[psia], para isto, as variáveis dependentes são as mesmas das do cálculo da temperatura
pseudocrítica, com as mesmas unidades.
𝑃𝑝𝑐 = 6,162 𝑥106 [exp(−4,725 𝑥10−3𝑇𝑏 − 4,8014𝑆 + 3,1939 𝑥 10−3𝑇𝑏𝑆)]
𝑥𝑇𝑏−0,4844𝑆4,0846
(2.4)
8
Então, o valor de 𝑃𝑝𝑐 é de 202,16 psia.
2.2.5 Massa Molecular (W)
A equação (2.5) permite o cálculo da massa molecular (W), mais uma vez
dependendo apenas de 𝑇𝑏 e de S.
𝑊 = 20,486[exp(1,165𝑥10−4 𝑇𝑏 − 7,78712 𝑆 + 1,1582𝑥10−3 𝑇𝑏 𝑆)]
𝑥𝑇𝑏1,26007 𝑆4,98308 (2.5)
O resultado é de 306,89 u.
2.2.6 Massa Específica de Frações Líquidas a Baixas Pressões (ρ)
O método a seguir se restringe ao cálculo da massa específica para frações
líquidas cuja pressão seja próxima da pressão de saturação ou que não seja muito
distante de 1 atm.
1
𝜌= (
𝑅 𝑇𝑝𝑐
𝑃𝑝𝑐) 𝑍𝑅𝐴
[1+(1−𝑇𝑟)2 7⁄ ] (2.6)
Os termos da equação (2.6) serão explicitados a seguir:
𝜌 – massa específica [lb-mol/ft³]
R – constante universal dos gases, 10,731 [psia. ft3. 𝑙𝑏 − 𝑚𝑜𝑙−1. º𝑅−1]
𝑇𝑝𝑐 – temperatura pseudocrítica [ºR]
𝑃𝑝𝑐 – pressão pseudocrítica [psia]
𝑇𝑟 – temperatura reduzida, T/ 𝑇𝑝𝑐
T – temperatura do fluido, em [ºR]
𝑍𝑅𝐴 – constante, encontrada empiricamente
O primeiro passo é encontrar o valor de 𝑍𝑅𝐴 usando a equação (2.6), para isto,
usa-se a massa específica a partir do valor já conhecido da densidade (S),
adicionalmente, usa-se a temperatura em que S é referenciada, 60ºF, bem como o valor
9
da constante universal dos gases e da temperatura e pressão pseudocríticas já
conhecidas. Para este projeto, o resultado encontrado para 𝑍𝑅𝐴 é de 0,242.
Tendo posse do valor de 𝑍𝑅𝐴, utiliza-se novamente a equação (2.6), só que desta
vez o objetivo é encontrar a massa específica para a temperatura em que está o fluido.
2.2.7 Massa Específica de Frações Líquidas a Altas Pressões (ρ)
Como já dito anteriormente, a equação (2.6) tem uma limitação quanto a pressão,
uma equação mais adequada é a equação (2.7), que será descrita a seguir.
𝜌0
𝜌= 1,0 −
𝑝
𝐵𝑇 (2.7)
Sejam:
𝜌0 – massa específica [g/cm³], na temperatura de interesse e pressão
ambiente
𝜌 – massa específica [g/cm³], na temperatura e pressão de interesse
𝑝 – pressão [psig]
𝐵𝑇 – módulo de compressibilidade isotérmico
Neste projeto adotou-se o cálculo da massa específica pela equação (2.6) e em
seguida ela foi usada como 𝜌0. Para usar a equação (2.7) falta apenas encontrar o valor
de 𝐵𝑇. Mas para isto, alguns cálculos adicionais serão necessários.
𝐵𝑇 = 𝑚𝑋 + 𝐵𝐼 (2.8)
Usando a equação (2.8) pode-se encontrar 𝐵𝑇, que depende de 3 variáveis, m
(2.9), X (2.10) e 𝐵𝐼 (2.11). Para isto, p deve ser dado em [psig], bem como T em [ºF].
𝑚 = 21646 + 0,0734𝑝 + 1,4463(10−7)𝑝2 (2.9)
𝑋 =
𝐵20 − 𝐵𝐼.20
𝑚20=
𝐵20 − 100.000
23.170 (2.10)
10
𝐵𝐼 = 1,52(104) + 4,704𝑝 − 2,5807(10−5)𝑝2 + 1,0611(10−10)𝑝3 (2.11)
Para que se possa usar (2.10), faz-se necessário calcular primeiramente 𝐵20 pela
equação (2.12).
log 𝐵20 = − 6,1(10−4)𝑇 + 4,9547 + 0,7133𝑝 (2.12)
Tendo todos estes valores em mãos, pode-se finalmente estimar a massa
específica por meio da equação (2.7).
2.2.8 Massa Específica de Frações de Vapor (ρ)
A massa específica para a fração de vapor pode ser calculada pela equação
(2.13), sendo que z representa o fator de compressibilidade e pode ser calculado por
(2.14).
𝜌 =𝑝
𝑧 𝑅 𝑇 (2.13)
𝑧 = 𝑧 (0) + 𝜔 𝑧
(1) (2.14)
Sejam:
z – fator de compressibilidade
𝑧(0) – fator de compressibilidade para fluido simples
ω – fator de acentricidade
𝑧(1) – correção para o termo de acentricidade molecular
Os valores para 𝑧(0) e 𝑧(1) para o caso de vapor saturado são mostrados no Anexo
1, cuja referência é o Procedimento 6B1.1 da API [8]. O fator de acentricidade (ω) é
calculado com (2.15).
𝜔 =𝑙𝑛 𝑃𝑟
∗′− 5,92714 + 6,09648/𝑇𝑟 + 1,28862 ln(𝑇𝑟) − 0,169347 𝑇𝑟
6
15,2518 − 15,6875/𝑇𝑟 − 13,4721 𝑙𝑛 (𝑇𝑟) + 0,43577 𝑇𝑟6 (2.15)
11
Sejam:
𝑝𝑟∗′
– pressão reduzida de vapor na temperatura reduzida, 𝑝∗/𝑝𝑐
p* – pressão de vapor à temperatura T, em [psia]
𝑝𝑐 – pressão crítica, em [psia]
𝑇𝑟 – temperatura reduzida, T/𝑇𝑐
T– temperatura do fluido, em [ºR]
𝑇𝑐 – temperatura crítica [ºR]
2.2.9 Tensão Superficial (σ)
A tensão superficial do petróleo cru e de frações de petróleo de composição
desconhecida podem ser calculadas pela equação (2.16).
σ = 673,7[(𝑇𝑐 − 𝑇 )/𝑇𝑐]1,232
𝐾𝑢𝑜𝑝 (2.16)
Sendo que:
σ – tensão superficial do líquido em [dyn/cm]
𝑇𝑐 – temperatura crítica [ºR]
𝑇 – temperatura do sistema [ºR]
𝐾𝑢𝑜𝑝 – fator de caracterização de Watson
2.2.10 Calor Específico de Frações Líquidas (Cp)
A equação (2.17) pode ser usada no cálculo do calor específico quando a
temperatura reduzida (𝑇𝑟) for menor ou igual a 0,85. Para isso, são necessárias as
equações auxiliares (2.18), (2.19) e (2.20).
𝐶𝑝 = 𝐴1 + 𝐴2 𝑇 + 𝐴3 𝑇2 (2.17)
𝐴1 = −1,17126 + (0,023722 + 0,024907 𝑆)𝐾𝑢𝑜𝑝 +(1,14982 − 0,046535 𝐾𝑢𝑜𝑝)
𝑆 (2.18)
𝐴2 = (10−4)(1,0 + 0,82463 𝐾𝑢𝑜𝑝) (1,12172 −0,27634
𝑆) (2.19)
12
𝐴3 = (10−8)(1,0 + 0,82463 𝐾𝑢𝑜𝑝) (2,9027 −0,70958
𝑆) (2.20)
Sejam:
𝐶𝑝 – calor específico a pressão constante, em [Btu. 𝑙𝑏−1. º𝑅−1]
T – temperatura em [ºR]
S – densidade
Kuop – fator de caracterização de Watson
2.2.11 Calor Latente de Vaporização (hlv)
Até então, toda metodologia de cálculo usada para as frações de petróleo teve
como base a API [8]. Esta referência possui um procedimento que avalia o latente de
vaporização de frações de petróleo, contudo, é necessário saber a composição da
mistura, dado este que não se tem no presente projeto. Portanto, adotou-se NELSON [9]
para a avaliação desta propriedade.
No Anexo II, de acordo com [9], mostra-se um gráfico em que se pode interpolar o
valor do latente de vaporização. Para isto, precisa-se saber o valor de duas propriedades
dentre 3 possíveis, que são: massa molecular (W), grau API e temperatura média de
ebulição. Com apenas duas dessas propriedades pode-se fazer a leitura do latente no
eixo das ordenadas.
2.3 Propriedades da Água
As equações usadas para avaliar as propriedades da água no estado líquido serão
mostradas a seguir e foram assim escolhidas para facilitar a programação computacional.
Já para a água na saturação, uma opção seria usar as tabelas de algum livro de
termodinâmica, visto que algumas formas encontradas para avaliar estas propriedades
envolveriam o uso de integrais. Contudo, para facilitar a programação e ainda manter
elevada exatidão, optou-se por usar o NIST Chemistry Webbook, LINSTROM e
MALLARD [10], que é a base de dados de referência padrão número 69, e extrair as
propriedades para o vapor saturado apenas nas temperaturas de projeto.
13
2.3.1 Massa Específica da Água Líquida (ρ)
A equação (2.21) tem como única variável dependente a temperatura, que deve
ser usada em [ºC], de forma que a massa específica será dada em [kg/m³]. A equação
mencionada pode ser encontrada em KELL [11].
𝜌 = (999,83952 + 16,945176 𝑇 − 7,9870401. 10−3 𝑇2 − 46,170461. 10−6 𝑇3
+105,56302. 10−9 𝑇4 − 280,54253. 10−12 𝑇5)/(1 + 16,87985. 10−3 𝑇) (2.21)
2.3.2 Calor Específico da Água líquida (cp)
O calor específico da água líquida foi calculado pela equação (2.22), por meio de
OSBORNE, STIMSON et al. [12]. Nesta referência, encontra-se o calor específico para
uma dada temperatura, em [ºC], dividido pelo calor específico para a temperatura de
15ºC, cujo valor é de 4,1855 𝐽. 𝑔.−1 º𝐶−1. Optou-se por apresentar aqui esta equação de
forma direta, sendo que o resultado desta equação é o calor específico em 𝐽. 𝑔.−1 º𝐶−1.
𝑐𝑝(𝑇) = 4,1855 (0,996185 + 0,0002874 ∗ (𝑇 + 100
100)
5,26
+ 0,011160. 10−0,036 𝑇) (2.22)
14
3 Refervedor
3.1 Introdução
De acordo com KERN [13] existem basicamente três equipamentos que tem a
função de transformar um líquido em vapor, Vaporizador é um trocador de calor em que
um fluido é submetido a vaporização e este equipamento não faz parte de um processo
de destilação. Caso o vapor formado seja vapor de água, este trocador é chamado de
Evaporador. Se um Vaporizador for usado para atender uma demanda térmica em um
processo de destilação, no fundo de uma coluna de destilação, este equipamento é
chamado de Refervedor, sendo ou não o vapor produzido como vapor de água.
Este capítulo apresentará a metodologia usada para o dimensionamento da área
de troca térmica do equipamento Refervedor, de forma a manter a coluna de destilação
em funcionamento contínuo, atendendo sua tarefa térmica, de acordo com os dados
mostrados na Introdução. Os modelos mais comuns são Kettle, Termosifão Vertical e
Termosifão Horizontal. O trocador de calor do tipo casco e tubos e modelo Kettle já havia
sido pré-definido. Logo, o casco é do tipo K, segundo o padrão TEMA [14]. O tipo de
tampo não foi escolhido, mas possivelmente será do tipo D, para suportar a alta pressão
do vapor saturado, uma escolha definitiva envolveria o projeto mecânico.
O Kettle possivelmente foi pré-definido devido ao seu alto grau de confiabilidade,
algo extremamente importante em um processo contínuo em uma refinaria, bem como
sua capacidade de atingir altas taxas de vaporização, podendo chegar a 100%. Por outro
lado, as suas desvantagens são o acúmulo de depósitos, alto custo e limitações do fluxo
de calor. A incrustação no casco pode ser minimizada, segundo KERN [13], limitando a
vaporização a 80% e adotando o arranjo dos tubos de 90º, portanto tanto este limite foi
observado bem como este arranjo adotado, devido ao fluido de trabalho.
Como já foi dito anteriormente, a coluna de fracionamento processa 30.000 m³/do
de óleo cru, o que significa uma vazão de 1250 m³/h entrando na torre. Sabe-se também
que esta carga possui as seguintes propriedades: 26º API, Kuop de 11,7, Boiling Range
de 20ºC. Da carga que entra na coluna, 45% (562,5 m³/h) se torna Resíduo Atmosférico
(RAT).
15
3.2 Tarefa térmica e Dados Iniciais
A Tarefa Térmica (�̇�) a ser realizada pelo Refervedor, dada por (3.1), é de elevar a
temperatura do produto de fundo de t1 até t2, ou seja, de 300ºC a 310º, e vaporizar 40%
deste líquido usando vapor saturado. Dessa forma, o calor transferido se divide em
sensível (3.2) e latente (3.3). Além disso, é bom mencionar que o óleo a ser vaporizado foi
colocado no casco e a água nos tubos, devido a escolha do casco tipo K.
�̇� = �̇�𝑠 + �̇�𝐿 (3.1)
�̇�𝑠 = �̇� ∗ 𝑐𝑝 ∗ (t2 − t1) (3.2)
�̇�𝐿 = 0,4 ∗ �̇� ∗ ℎ𝑙𝑣 (3.3)
Precisa-se primeiramente da vazão mássica (�̇�) do produto de fundo na entrada
do Refervedor. A partir da vazão volumétrica de resíduos (562,5 m³/h) e tendo estimado a
taxa de vaporização de 40%, conforme boas práticas, chega-se ao valor de 937,5 m³/h na
entrada deste trocador de calor.
Por meio da equação (3.4), encontra-se o valor de 211,74 kg/s para �̇�, sendo que
a massa específica (𝜌) foi calculada por (2.7) e �̇�, como já foi dito, vale 937,5 m³/h. Um
resumo dos dados na entrada do Refervedor pode ser visto na Tabela 3.1.
Adicionalmente, o calor específico do óleo (𝑐𝑝) é dado por (2.17) e o latente de
vaporização do óleo pode ser encontrado usando o Anexo II.
�̇� = 𝜌 �̇� (3.4)
Portanto, o valor encontrado para a tarefa térmica (�̇�) foi de 22,94 MW, sendo que
73% deste valor é calor latente. Para isto, assumiu-se um único Refervedor, hipótese esta
que deverá ser verificada.
Quanto ao vapor de água saturado, é necessário saber qual sua maior
temperatura disponível na Refinaria. Como neste presente trabalho não foi dada esta
informação, adotou-se a temperatura de 348ºC. Chegou-se neste valor através de uma
pesquisa em empresas fabricantes de caldeiras, e usou-se como base a “Caldeira
16
Convencional (Óleo e Gás) ”, da fabricante CBC, cuja pressão máxima atinge 165 kgf/cm²
(161,8 bar), capacidade disponível de até 500 t/h e temperatura máxima do vapor de
540ºC. Para encontrar a vazão mássica requerida de vapor saturado, usou-se a equação
(3.5), sendo que o latente de vaporização da água, para a temperatura de 348ºC, foi dada
pelo NIST [10]. Chega-se então a 24,90 kg/s (89,64 t/h) para o �̇� do vapor, considerando
preliminarmente apenas 1 Refervedor, caso sejam necessários mais trocadores, essa
vazão deverá ser dividia pela quantidade destes equipamentos.
�̇� =
�̇�
ℎ𝑙𝑣 (3.5)
Tabela 3.1 – Entrada no Refervedor
Fluido Frio (Produto de Fundo) Fluido Quente (Vapor d'água Saturado)
t1 [ºC] 300 T1 [ºC] 348
t2 [ºC] 310 T2 [ºC] 348
�̇� [m³/h] 937,50 �̇� [m³/h] 823,86
�̇� [kg/s] 211,74 �̇� [kg/s] 24,90
3.3 Cálculo da Área de Troca Térmica
O cálculo apresentado a seguir está de acordo com a metodologia de PALEN [15].
O método inicia-se com o projetista propondo uma geometria para o Refervedor do tipo
Kettle: Diâmetro dos tubos (𝐷𝑜), Passo dos tubos (𝑃𝑡), Comprimento dos tubos (L),
Diâmetro do feixe tubular (𝐷𝑏). A partir desses dados pode-se então saber o número
máximo de tubos e escolhendo o número de tubos (𝑁𝑡𝑡) calcula-se área da geometria
proposta (A). Posteriormente, efetuam-se uma série de cálculos que serão descritos a
seguir e por fim, chega-se a um valor para a área requerida.
Quanto a geometria proposta para o Refervedor, uma breve descrição dos
parâmetros geométricos usados será mostrada a seguir, bem como algumas faixas de
valores recomendadas pela TEMA [14].
1) 𝐷𝑜 – diâmetro dos tubos
Os diâmetros externos para os tubos, recomendados pela norma [14]
são: 1/4”, 3/8”, 1/2”, 5/8”, 3/4”, 7/8”, 1, 1-1/4”, 1-1/2”, 2”.
17
2) 𝑃𝑡 – passo dos tubos
O passo transversal deve estar compreendido entre 1,25 - 1,5 x 𝐷𝑜.
Adotou-se 𝑃𝑡 = 1,25 𝐷𝑜 para um menor diâmetro do casco.
3) 𝐿 – comprimento dos tubos
Os comprimentos padrões são 8ft, 10ft, 12ft, 16ft e 20ft.
4) 𝐷𝑠 – diâmetro do casco
Apesar deste não ser um dos parâmetros usados aqui, ele delimita o
valor do diâmetro do feixe tubular (𝐷𝑏). A TEMA deixa a critério de cada
fabricante o tamanho de 𝐷𝑠, mas mostra algumas tabelas de espessura mínima
do casco em função do diâmetro do casco, e o valor máximo mostrado nas
tabelas é de 2.54m. Neste projeto adotou-se este valor como limite máximo
para 𝐷𝑠. A partir disso, viu-se qual o maior diâmetro de feixe tubular possível
(𝐷𝑏) para a geometria proposta, conforme [16], procedimento este que será
apresentado ao longo desta tese.
5) 𝑁𝑡𝑡 – número de tubos
O número máximo de tubos para uma dada geometria, de acordo com
[17], é dada pela equação (3.6) e cujas constantes 𝐾1 e 𝑛1 são mostradas em
uma tabela no Anexo III, e que dependem do tipo de arranjo e número de
passes nos tubos. Para o equipamento deste projeto definiu-se 1 passe no
casco e 2 nos tubos.
𝑁𝑡𝑡 = 𝐾1 (
𝐷𝑏
𝐷𝑜)
𝑛1
(3.6)
O cálculo da área de troca requerida se divide basicamente em 9 passos. O
primeiro passo consiste em calcular o Fator de Mistura (𝐹𝑐), dado por (3.7). Para este
cálculo é necessário conhecer o fluxo de calor e o Boiling Range (BR). O Fluxo de Calor
(�̇�) é calculado dividindo-se a Tarefa Térmica (�̇�), já calculada, pela área da geometria
proposta (A), por meio de (3.8). De acordo com KERN [13], �̇� não deve exceder 12.000
Btu/h.ft² (37.855 W/m²). O boiling range é de 20K.
18
𝐹𝑐 =
1
1 + 0,023 �̇�0,15𝐵𝑅0,75 (3.7)
Sejam:
�̇� – fluxo de calor em [W/m²]
BR – boiling range em [K]
𝐴 = 𝑁𝑡𝑡 𝜋 𝐷𝑜 𝐿 (3.8)
Sejam:
A – área proposta [m²]
𝑁𝑡𝑡 – número de tubos
𝐷𝑜 – diâmetro externo dos tubos [m]
𝐿 – comprimento do feixe tubular [m]
O segundo passo é calcular o Fator de Convecção (𝐹𝑏) dos feixes tubulares,
usando (3.9). Para isto, precisa-se apenas de parâmetros geométricos da geometria
proposta. Vale lembrar das escolhas já feitas, sendo o arranjo tubular de 90º e passo
tubular de 1,25 x 𝐷𝑜.
𝐹𝑏 = 1.0 + 0.1 [
0.785𝐷𝑏
𝐶1(𝑝𝑡/𝐷0)2𝐷0− 1.0]
0.75
(3.9)
Sejam:
𝐹𝑏 – Fator de Convecção
𝐷𝑏 – diâmetro do feixe tubular em [m]
𝐶1 – esta constante vale 1 para os arranjos 90º e 45º, e vale 0,866 para os
arranjos 30º e 60º
𝑝𝑡 – passo tubular em [mm], variando de 1,25 -1,50 x 𝐷𝑜.
𝐷0 – diâmetro tubular em [mm]
O terceiro passo é determinar o Coeficiente de Convecção Natural (𝛼′𝑛𝑐), optou-se
por usar o valor sugerido por Palen para hidrocarbonetos em feixes tubulares.
19
𝛼′𝑛𝑐 = 250
𝑊
𝑚2. 𝐾
O quarto passo consiste em calcular o Coeficiente de Transferência de Calor em
Ebulição Nucleada (𝛼𝑛𝑏1) para um único tubo, dado por (3.10). Para isto, precisa-se da
pressão crítica (𝑃𝑐), do fluxo de calor (�̇�) e do fator de correção de pressão (𝐹𝑝), que pode
ser calculado por (3.11) ou (3.12), dependendo do valor da pressão reduzida.
Nesta presente etapa é necessário definir qual será a pressão de operação (P) no
Refervedor, para isto seria necessário saber mais informações sobre o projeto da coluna
de destilação como elevações, pressões, entre outras, para poder fazer o projeto da linha
de tubulação que liga a torre ao Refervedor, bem como a de retorno do resíduo
vaporizado para coluna, além disso, essas informações seriam importantes para avaliar a
necessidade ou não de uma bomba entre a coluna e o trocador de calor.
Portanto, para dar prosseguimento aos cálculos, assume-se que não há bombas
entre os equipamentos mencionados, e que a pressão de operação no casco é
atmosférica. A hipótese de que não há bombas entre este trocador e a coluna é razoável,
visto que o Kettle funcionando à pressão atmosférica possui baixa perda de carga, como
será demonstrado posteriormente, bem como ele será montado próximo ao solo.
𝛼𝑛𝑏1 = 0.00417(𝑃𝑐)0.69(�̇�)0.7𝐹𝑝 (3.10)
𝐹𝑝 = 2,1 (
𝑃
𝑃𝑐)
0,27
+ [9 +1
1 − (𝑃/𝑃𝑐)2] (𝑃
𝑃𝑐)
2
; 𝑃
𝑃𝑐≤ 0,2 (3.11)
𝐹𝑝 = 1,8 (
𝑃
𝑃𝑐)
0,17
; 𝑃
𝑃𝑐> 0,2 (3.12)
Sejam:
𝛼𝑛𝑏1 - coeficiente de transferência de calor em ebulição nucleada em
[W/m².K].
𝑃𝑐 – pressão crítica em [kPa]
�̇� – fluxo de calor em [W/m²]
𝐹𝑝 – fator de correção de pressão, (3.11) ou (3.12)
P – pressão de operação em [kPa]
20
O quinto passo é o determinar o Coeficiente Médio de Transferência de Calor (𝛼𝑏)
para o feixe de tubos, dado por (3.13), cujas variáveis já foram todas avaliadas
anteriormente.
𝛼𝑏 = 𝛼𝑛𝑏1 ∗ 𝐹𝑏 ∗ 𝐹𝑐 + 𝛼𝑛𝑐 (3.13)
Sejam:
𝛼𝑏 – coeficiente médio de transferência de calor [W/m².K]
𝛼𝑛𝑏1 – coeficiente de transferência de calor em ebulição nucleada em
[W/m².K]
𝐹𝑏 – fator de convecção
𝐹𝑐 – fator de mistura
𝛼𝑛𝑐 – coeficiente de convecção natural [W/m².K]
O sexto passo é calcular o Coeficiente Global de Transferência de Calor (𝑈0) por
meio de (3.14). Para isto, faltam o coeficiente de transferência de calor dentro dos tubos
para vapor de água condensando (𝛼𝑐) bem como a resistência ao depósito do RAT em
ebulição (𝑅𝑓𝑏). Da forma que a equação (3.14) está mostrada, já está incluído o fator de
depósito do vapor de água saturada no valor de 𝛼𝑐, cujo valor usado foi de 1500
Btu/h.ft².ºF, segundo [15] e [16]. Já para o valor de 𝑅𝑓𝑏, usou-se o valor proposto na
TEMA [14] para “Asfalto e Resíduo: Produto de fundo da torre atmosférica”, que é de
0,007 h.ft².ºF/Btu.
1
𝑈0=
1
𝛼𝑏+
1
𝛼𝑐+ 𝑅𝑓𝑏 (3.14)
Sejam:
𝑈0 – coeficiente global de transferência de calor em [W/m².K]
𝛼𝑏 – coeficiente médio de transferência de calor [W/m².K]
𝛼𝑐 – 8500 [W/m².K]
𝑅𝑓𝑏 – 0,00123 [m².K/W]
O sétimo passo é calcular a Diferença de Temperatura Efetiva (Δ𝑇𝑒𝑓𝑓). Para isto
fez-se a temperatura média logarítmica (LMTD), (3.15), assumindo a temperatura no
21
casco constante e igual a temperatura de saída do fluido vaporizado, como recomenda
[15]. O que equivale a fazer a temperatura de saturação da água (348ºC) menos a
temperatura de saída do RAT vaporizado (310ºC). De acordo com SERTH e LESTINA
[16], esta aproximação descrita por [15] é conservativa para misturas com amplo boiling
range (maior do que 5ºC) visto que a temperatura do fluido frio aumenta do topo até o
fundo do feixe tubular. Para um cálculo mais preciso para a diferença de temperatura
efetiva seria necessário fazer uma análise incremental.
Δ𝑇𝑒𝑓𝑓 = 𝑇𝑠𝑎𝑡 − 𝑡2 (3.15)
O oitavo passo é de calcular a Área Requerida (𝐴𝑟) com (3.16) e verificar se a área
da geometria proposta é maior do que a área requerida, com algum grau de
superdimensionamento. Seguiu-se a orientação de MUKHERJEE [18] para um
superdimensionamento mínimo de 10% na área de troca.
𝐴𝑟 =
�̇�
𝑈0 ∗ LMTD (3.16)
O nono passo é checar o fluxo de calor máximo para um único tubo (�̇�1,𝑚𝑎𝑥),
usando (3.17). A partir do parâmetro geométrico adimensional do feixe tubular (𝜓𝑏) e com
o fator de correção para o feixe tubular (𝜙𝑏), usando respectivamente (3.18) e (3.19),
pode-se encontrar o fluxo máximo para o feixe tubular (�̇�𝑏,𝑚𝑎𝑥) usando a equação (3.20).
A razão �̇�/�̇�𝑏,𝑚𝑎𝑥 não pode exceder 0,7 para que se trabalhe na região de ebulição
nucleada, cujo coeficiente de transferência de calor é mais alto.
�̇�1,𝑚𝑎𝑥 = 367𝑝𝑐 (
𝑝
𝑝𝑐)
0.35
(1 −𝑝
𝑝𝑐)
0.9
(3.17)
𝜓𝑏 =
𝜋𝐷𝑏𝐿
𝐴 (3.18)
𝜙𝑏 = 3.1 ∗ 𝜓𝑏 (𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝜙𝑏 ≤ 1.0) (3.19)
�̇�𝑏,𝑚𝑎𝑥 = �̇�1,𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝜙𝑏 (3.20)
22
Basicamente, o método termina na verificação do fluxo máximo, caso todas as
restrições mencionadas até aqui sejam atendidas então a geometria proposta será
satisfatória. Contudo, neste trabalho optou-se por colocar restrições adicionais, um
resumo com todas as restrições a serem verificadas será mostrado a seguir:
1) �̇� < 37.855 W/m²
2) 𝑁𝑡𝑡 = 𝑁𝑡𝑡1+ 𝑁𝑡𝑡2
≤ 𝑁𝑡𝑡𝑚𝑎𝑥
3) (𝐴 − 𝐴𝑟)/𝐴𝑟 > 10%
4) max ( 𝜙𝑏) = 1
5) �̇�/�̇�𝑏,𝑚𝑎𝑥 ≤ 0,7
6) 5 𝑚/𝑠 < 𝑣𝑣 < 10 𝑚/𝑠
7) 1,5 𝑚/𝑠 < 𝑣𝑙 < 2,5 𝑚/𝑠
Em palavras, elas significam que o fluxo de calor não pode exceder 37.855 W/m²,
bem como o número de tubos total será a soma do número de tubos do primeiro passe
somado ao número de tubos do segundo passe, cujo resultado deve ser menor do que o
máximo número de tubos, dado por (3.6). A outra restrição diz respeito ao
superdimensionamento da área de troca, que deve ser maior do que 10%, assim como o
valor máximo que pode ser atribuído a 𝜙𝑏 é de 1,0. A restrição 5 é sobre o limite do fluxo
de calor máximo, não podendo exceder 0,7. As duas últimas restrições dizem respeito à
água saturada, no primeiro passe em estado de vapor com velocidade 𝑣𝑣, e no segundo
passe na fase líquida com velocidade 𝑣𝑙. As restrições 6 e 7 estão de acordo com as
recomendações dadas em [17], para velocidades em trocadores do tipo casco e tubos.
Sendo que para a restrição 6, têm-se velocidades de 50 - 70 m/s para vapores numa
operação a vácuo, 10 – 30 m/s numa operação a pressão atmosférica e 5 – 10 m/s para
altas pressões, sendo os limites inferiores para fluidos com alto peso molecular. Já para a
restrição 7, têm-se velocidades de 1 - 2 m/s para fluidos de processo, podendo chegar até
4 m/s para redução de depósito, e velocidades de 1,5 - 2,5 m/s para a água.
Vale comentar que diante de tantos parâmetros não foi muito simples chegar a
uma geometria proposta que atendesse a todos os pré-requisitos estabelecidos, decidiu-
se então fazer um programa em linguagem Python para simular geometrias e facilitar a
escolha de um design adequado. Isto será explicado em mais detalhes em um
subcapítulo dedicado a este assunto. O intuito do uso do Python foi de facilitar a escolha
de uma geometria adequada, porém mais tempo teria que ser dedicado para a criação de
23
um código para uma otimização do design, o que não se justificava visto que esta
monografia não se restringe somente a este cálculo térmico.
3.4 Verificação do Diâmetro do Casco
Este subcapítulo deveria ser o último, visto que o diâmetro do casco só pode ser
dimensionado corretamente após ter-se definido o diâmetro do feixe tubular. No entanto,
colocou-se ele antes para que se tenha uma boa estimativa para o diâmetro máximo do
feixe tubular, garantindo que haja espaço suficiente para desprendimento do vapor e ao
mesmo tempo, que o diâmetro do casco (𝐷s) seja de no máximo 2,54m.
De acordo com COULSON e RICHARDSON [17], uma regra geral para
determinar o diâmetro do casco é baseada em dois parâmetros, o fluxo de calor (�̇�) e o
diâmetro do feixe tubular (𝐷b), isto pode ser visto na Tabela 3.3.
Tabela 3.3 – Determinação de 𝐷s
�̇�[W/m²] 𝐷s/𝐷b
25.000 1,2 – 1,5
25.000 – 40.000 1,4 – 1,8
40.000 1,7 – 2,0
Contudo, um procedimento mais rigoroso é utilizado e é recomendado por SERTH
e LESTINA [16]. É importante ressaltar que o fluido pertinente a esta análise é o fluido no
casco que está sendo vaporizado, neste caso, o produto de fundo da torre. Calcula-se a
carga de vapor que está sendo vaporizada por meio de (3.21). A tensão superficial é dada
por (2.16), a massa específica do vapor por (2.13) e a massa específica do líquido por
(2.7).
𝑉𝐿 = 2290 𝜌𝑣 (
𝜎
𝜌𝐿 − 𝜌𝑣)
0,5
(3.21)
Sejam:
VL – carga de vapor em [lbm/h]
𝜎 – tensão superficial em [dyne/cm]
𝜌𝑣 – massa específica de vapor [lbm/ft³]
𝜌𝐿 – massa específica de líquido [lbm/ft³]
24
Tendo a carga de vapor, pode-se então calcular a área requerida para o segmento
do domo, usando (3.22). Vale lembrar que para calcular a vazão mássica de vapor basta
aplicar a taxa de vaporização, que neste projeto é de 40%, à vazão de entrada do RAT no
Refervedor.
𝑆𝐴𝑟 =
�̇�𝑣
𝐿 . 𝑉𝐿 (3.22)
Sejam:
𝑆𝐴𝑟 – área requerida do segmento do domo em [ft²]
�̇�𝑣 – vazão mássica de vapor [lbm/h]
L – comprimento dos tubos [ft]
VL – carga de vapor em [lbm/h.ft³]
A seguir, é feito um processo iterativo usando a tabela do Anexo IV, nela têm-se
basicamente dois parâmetros, h/D e A. O primeiro, é a razão entre a altura do setor (h) e
o diâmetro do casco (D), diâmetro este que está sendo representado nesta monografia
como 𝐷s e só foi mostrado aqui como D visto a nomenclatura do anexo em questão. O
segundo parâmetro é o fator de segmento de área, que pode ser lido a partir de um valor
para h/D.
Antes de se iniciar o cálculo propriamente dito, é necessário saber a altura do
líquido no casco do trocador, para isso pode-se somar o diâmetro do feixe tubular (𝐷b)
com a folga do feixe até o fundo do trocador, bem como adicionar o valor correspondente
ao efeito da formação de espuma. A folga foi estimada em 2,1cm, considerando uma
velocidade de recirculação no fundo (𝑣) de 1m/s, para isto, considerou-se a área da seção
longitudinal do trocador entre o feixe e o fundo do casco, ou seja, uma área retangular de
comprimento L (estimado em 6,096m) por x (folga), usando (3.23). Além disso, para o
efeito de formação de espuma, [16] recomenda um valor entre 3 - 5 in, optou-se pelo valor
médio, que é de aproximadamente 10cm. Logo, somando-se os três valores têm-se o
nível do líquido, que para fins didáticos chamou-se de 𝑛𝐿.
𝑥 𝐿 =
�̇�
𝜌𝑙 𝑣 (3.23)
25
Sejam:
x – folga entre fundo do casco e o feixe, em [m]
L – comprimento do feixe tubular, em [m]
�̇� – vazão do óleo a ser vaporizado, em [kg/s]
𝜌𝑙 – massa específica do óleo, dada por (2.7), em [kg/m³]
𝑣 – velocidade de recirculação no fundo do casco, em [m/s]
O cálculo então se inicia com um chute inicial para fração do casco destinada ao
desprendimento do vapor, por exemplo 40%, logo h/D=0,4. O diâmetro do casco será
dado por (3.24) e o fator de segmento de área (A) poderá ser lido no Anexo IV a partir de
h/D, que neste primeiro momento vale 0,4.
𝐷s =
𝑛𝐿
1 − h/D (3.24)
Sejam:
𝐷s – diâmetro do casco, em [ft]
𝑛𝐿 – nível do líquido, em [ft]
A partir de 𝐷s e de A, pode-se encontrar o valor de SA com a equação (3.25).
Neste momento, deve-se comparar o valor da área calculada (SA) com o valor da área
requerida (𝑆𝐴𝑟), e naturalmente a área calculada deve ser maior do que a área requerida,
caso seja muito maior, é desejável assumir um valor menor para h/D e recalcular as
equações (3.24) e (3.25). Caso seja menor, assume-se um valor maior para h/D e
também se recalculam as duas equações mencionadas.
𝑆𝐴 = 𝐴 𝐷s2 (3.25)
Sejam:
SA – área calculada do segmento do domo em [ft²]
A – fator de segmento de área
𝐷s – diâmetro do casco em [ft²]
26
Após chegar num design satisfatório, é importante verificar se o diâmetro do
casco, dado por (3.24), é menor ou igual ao diâmetro máximo adotado de 2,54m.
Como este cálculo depende basicamente de propriedades do fluido, do
comprimento (L) do feixe tubular e da vazão mássica na entrada do trocador, adotou-se
inicialmente o comprimento como sendo de 6,096m e o número de Refervedores como 2
(metade da carga total). Percebeu-se que para se ter o diâmetro máximo do casco de
2,54m o diâmetro do feixe não poderia exceder 1,9m. Logo, adotou-se este limite para 𝐷𝑏
no programa escrito em Python, com a ressalva de que os cálculos sejam refeitos ao se
chegar a um design final para o Refervedor, ou melhor, caso o comprimento L ou o
número de trocadores seja diferente das hipóteses aqui assumidas.
3.5 Simulação de parâmetros do Refervedor
Como foi mencionado, criou-se um código em linguagem Python, que pode ser
encontrado no Apêndice I, de forma a simular diversas configurações de geometria, bem
como parâmetros operacionais, como velocidades de escoamento nos tubos.
O código se inicia com a entrada dos dados iniciais do projeto, ou seja,
caracterização do petróleo, API, Kuop e BR, temperatura de entrada e saída do óleo, 𝑡1 e
𝑡2, temperatura do vapor saturado, 𝑇1 e 𝑇2, vazão de óleo que precisa ser vaporizada,
pressão de operação.
Posteriormente, insere-se no programa o cálculo de propriedades para o óleo e
para a água, conforme o Capítulo 2 deste trabalho. Outros dados importantes inseridos
são as configurações de tubos de acordo com a TEMA [14], totalizando 69 configurações
de diâmetros internos, sendo que também foram colocados os diâmetros externos e
espessura de parede correspondentes. Contudo, viu-se que muitas espessuras não
suportariam a pressão nos tubos, logo, adicionou-se no programa o cálculo de espessura
de parede mínima para suportar a pressão e somente foram simulados os tubos que
resistissem a este serviço. A equação utilizada será mostrada no capítulo seguinte, onde
será usada extensivamente, basta dizer que a temperatura usada foi a temperatura de
projeto para a linha de vapor saturado e usou-se o mesmo material desta linha para
avaliação da tensão admissível na temperatura de projeto, tudo isto será apresentado no
Capítulo 4, onde as linhas pertinentes a esta monografia serão dimensionadas.
A seguir serão mostrados quais parâmetros foram simulados e quais faixas de
valores usados.
27
1) Comprimento dos tubos (L), em [m]:
[2,438; 3,048; 3,658; 4,877; 6,096]
(8ft,10ft,12ft,16ft,20ft)
2) Velocidade do vapor de água saturado (𝑣𝑣𝑎𝑝), em [m/s]:
De 0,1m/s até 30m/s, com passo de 0,1m/s
3) Velocidade do condensado (𝑣𝑙), em [m/s]:
De 0,1m/s a 2,5m/s, com passo de 0,1m/s
4) Diâmetro interno dos tubos no 1º passe (𝐷𝑖1), em [mm]:
Tubos do Anexo V, padrão TEMA
5) Diâmetro interno dos tubos no 1º passe (𝐷𝑖1), em [mm]:
Tubos do Anexo V [14], padrão TEMA
6) Diâmetro do feixe tubular (𝐷𝑏), em [m]:
De 1,0m até 1,9 m, com passo de 0,1m
7) Número de Refervedores necessários (𝑁𝑟𝑒𝑓)
De 1 a 5
Em cada iteração, o cálculo é feito a partir dos valores simulados para cada um
dos 7 parâmetros listados acima. Com o valor da velocidade do vapor saturado no
primeiro passe, bem como do diâmetro interno dos tubos do primeiro passe pode-se
calcular a vazão por tubo usando a equação (3.26). A vazão total requerida de vapor
saturado já foi mostrada na Tabela 3.1, basta dividir este valor pelo número de
Refervedores simulado. Pode-se então calcular o número de tubos do primeiro passe
(𝑁𝑡𝑡1) ao dividir a vazão total de vapor em cada Refervedor pela vazão de vapor por tubo.
O mesmo procedimento é usado para se calcular o número de tubos no segundo passe
(𝑁𝑡𝑡2), só que neste caso é preciso fazer este cálculo com a vazão mássica, visto que não
se tinha calculado a vazão volumétrica para o estado de líquido saturado. Portanto,
substitui-se o valor de �̇� na equação (3.26) usando a equação (3.4), que converte vazão
28
volumétrica em vazão mássica, para isto precisa-se apenas da massa específica do
líquido saturado na temperatura de saturação, usando a equação (2.21). Então, divide-se
a vazão mássica de vapor saturado por Refervedor pela vazão mássica por tubo, tendo
como resultado o número de tubos no segundo passe.
𝑣 =
�̇�
𝐴=
4 ∗ �̇�
𝜋 ∗ 𝐷2 (3.26)
Vale lembrar que o número de tubos por passe está amarrado às velocidades
simuladas, o que não garante que esta configuração atenderá a tarefa térmica, isto só
será verificado posteriormente. O que este procedimento garante, é que estão sendo
simuladas todas as velocidades das faixas de valores mostradas nos parâmetros 2 e 3
listados acima.
O número de tubos total (𝑁𝑡𝑡 ) é a soma do número de tubos do primeiro passe
(𝑁𝑡𝑡1) com o número de tubos do segundo passe (𝑁𝑡𝑡2
). A partir disso, é importante
verificar se este valor é menor do que o número máximo de tubos dado pela equação
(3.6). Só que esta equação assume que todos os tubos possuem mesmo diâmetro, o que
não é o caso aqui, estão sendo simulados diferentes diâmetros para o primeiro e segundo
passe. Então, resolveu-se dividir a área circular do feixe tubular em duas, somente para
efeitos de cálculo, logo a metade superior se refere ao primeiro passe e a metade inferior
ao segundo passe. Para cada passe usa-se seu diâmetro externo correspondente na
equação (3.6), só que o valor desta equação deve ser divido por dois, já que só se usa
metade da seção circular. Consegue-se então verificar se o número de tubos usado é
menor do que o máximo permitido.
Neste momento do cálculo, para cada iteração, já se tem a geometria proposta e a
sua respectiva área de troca é calculada usando a equação (3.8) para cada passe,
somando-se suas contribuições. Pode-se encontrar o fluxo de calor �̇� ao dividir a tarefa
térmica por Refervedor pela área calculada, verificando se ela é menor do que o fluxo
máximo de calor descrito na restrição 1, já mencionada.
A próxima etapa é realizar o cálculo da área de troca requerida, usando os 9
passos apresentados. Caso a área de troca térmica proposta for maior do que a área de
troca requerida, em 10%, assim como o fluxo de calor for menor ou igual a 70% do fluxo
de calor máximo, a geometria proposta é satisfatória e sua configuração e resultados
serão armazenados no programa e mostrados ao fim da simulação.
29
3.6 Configuração Final
A partir dos resultados do programa com as geometrias satisfatórias, fez-se um
ajuste no programa para restringir o número de opções salvas até que se chegou na
configuração escolhida, mostrada na Tabela 3.2.
Tabela 3.2 – Dados do Trocador Escolhido
Refervedor
Número de Trocadores Nref 2
Tarefa Térmica (cada) Duty [MW] 11,47
Diâmetro do Casco 𝐷𝑠 [m] 2,54
Diâmetro do Feixe 𝐷𝑏 [m] 1,90
Comprimento dos Tubos L [m] 6,096
Tubo no 1º Passe Tubo1 1/4” BWG 22
Número de Tubos 1º Passe 𝑁𝑡𝑡1 3327
Tubo no 2º Passe Tubo2 1/4” BWG 22
Número de Tubos 2º Passe 𝑁𝑡𝑡2 1094
Número de Tubos Total 𝑁𝑡𝑡 4421
Velocidade de Vapor nos Tubos 𝑣𝑣 [m/s] 1,8
Velocidade de Líq. nos Tubos 𝑣𝑙 [m/s] 1,0
Área Requerida 𝐴𝑟𝑒𝑞 [m²] 485,37
Área de Design A [m²] 537,64
Superdimensionamento de Área Superdim. [%] 10,77
Razão do Fluxo de Calor q/qb,max 0,53
Antes de passar para o cálculo de perda no trocador de calor, alguns comentários
sobre o design do equipamento devem ser feitos. A lista dos diâmetros do padrão TEMA
[14] totalizam 69 possibilidades de diâmetro interno, contudo, poucos diâmetros foram
efetivamente simulados já que as espessuras destes tubos são em sua maioria baixas
para a pressão e temperatura do presente projeto.
Pode-se perceber que a velocidade do vapor no primeiro passe está muito baixa,
ela deveria ser de pelo menos 5 m/s, conforme [17]. Apesar de haverem poucos
diâmetros efetivamente simulados, a explicação mais simples para esta baixa velocidade
é que o código em Python não foi muito eficiente na sua forma de simular configurações.
O programa foi muito importante para se chegar na geometria mostrada na Tabela
3.2, algo que estava sendo demasiadamente trabalhoso em iterações manuais. Todavia,
o código precisa ser melhorado para que se obtenham velocidades mais altas no primeiro
e segundo passes. Para isto, seria necessário alterar a forma com que as geometrias
30
propostas são simuladas em cada iteração. Requer-se um estudo mais aprofundado para
que se melhore o design deste equipamento, contudo, isto não será feito nesta tese.
Outro ponto importante no projeto desses equipamentos é o cálculo de perdas de
carga, o que será feito apenas localmente no equipamento. Para o cálculo da perda de
carga nas linhas, seria necessário conhecer as pressões das linhas, entre outras
informações, o que também não faz parte do objetivo deste trabalho.
Quanto a perda de carga no casco, [16] menciona que ela é praticamente
desprezível, visto a baixa taxa de circulação, além disso, a velocidade de desprendimento
do vapor também é relativamente baixa, fazendo com que as perdas por aceleração do
vapor também sejam baixas. Contudo, a referência mencionada recomenda considerar
uma perda de carga de 0,2 psi como um fator de segurança.
A perda de carga total nos tubos é dada pela equação (3.27), sendo composta por
três termos. Esta metodologia também é reproduzida a partir da referência [16]. Vale
lembrar que os dados referentes às propriedades da água foram usados conforme
mencionado no Capítulo 2 deste trabalho.
∆𝑃𝑖 = ∆𝑃𝑓 + ∆𝑃𝑛,𝑠𝑡𝑒𝑎𝑚 + ∆𝑃𝑛,𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑡𝑒 (3.27)
• O primeiro termo é dado por (3.28), e representa a perda de carga do vapor em
condensação, ele é aproximado por metade da perda de carga usando as condições da
entrada.
∆𝑃𝑓 ≈
1
2[
𝑓 𝑛𝑝 𝐿 𝐺2
7,5 𝑥 1012𝐷𝑖 𝑆 𝜙] (3.28)
Sejam:
𝑓 – fator de atrito, dado por (3.31), para 𝑅𝑒 ≥ 3000
𝑛𝑝 – número de passes nos tubos
𝐿 – comprimento dos tubos, em [ft]
𝐺 – vazão mássica, dada por (3.29), em [lbm/h.ft²]
𝐷𝑖 – diâmetro interno dos tubos, em [ft]
𝑆 – densidade do vapor (adimensional)
𝜙 – fator de correção para viscosidade, (𝜇/𝜇𝑤)0,14 para turbulento e
(𝜇/𝜇𝑤)0,25 para laminar. Verificar Reynolds com (3.30)
31
𝐺 = 𝜌 𝑣 =
�̇� (𝑛𝑝/𝑛𝑡)
(𝜋/4)𝐷𝑖2 (3.29)
Sejam:
�̇� – vazão mássica total de vapor, em [lbm/hr.ft²]
𝑛𝑝 – número de passes nos tubos
𝑛𝑡 – número de tubos
𝐷𝑖 – diâmetro interno dos tubos, em [ft]
𝑅𝑒 =
𝐷𝑖 𝐺
𝜇 (3.30)
Sejam:
𝐷𝑖 – diâmetro interno dos tubos, em [ft]
𝐺 – vazão mássica, em [lbm/h.ft²]
𝜇 – viscosidade do vapor, em [lb/ft.hr]
𝑓 = 0,4137 𝑅𝑒−0,2585 (3.31)
• O segundo termo da perda de carga é dado por (3.32) e se refere ao bocal de
entrada de vapor, esta fórmula é reescrita a partir da fórmula da perda de carga local
(3.33), considerando K=1 para o regime turbulento. Para isto, usam-se também as
equações (3.34) e (3.35). É importante mencionar que [16] mostra uma tabela com uma
estimativa para os diâmetros do bocal de entrada de vapor e do bocal de saída de
condensado, só que esta tabela mostra apenas a faixa de diâmetro de 0,4 -1,0 m para o
diâmetro externo do casco do trocador, contudo, o trocador aqui projetado possui 2,54m
de diâmetro interno.
A tabela mencionada recomenda 4” para o bocal de vapor e 1,5” para o de
condensado, considerando o diâmetro do casco de 0,4m. Já para 1m de diâmetro do
casco, ela recomenda 8” para o vapor e 4” para o condensado. Optou-se aqui por usar o
valor limite da tabela ao invés de extrapolar, fazendo assim um cálculo mais conservativo.
∆𝑃𝑛,𝑠𝑡𝑒𝑎𝑚 = 1,334 𝑥 10−13
𝐺𝑛2
𝑆 (3.32)
32
∆𝑃 = 𝐾
𝜌𝑣2
2𝑔 (3.33)
Sejam:
𝐺𝑛 – vazão mássica no bocal, dado por (3.34), em [lbm/h.ft²]
𝑆 – densidade do vapor (adimensional)
𝐺𝑛 =
�̇�
(𝜋/4)𝐷𝑖2 (3.34)
Sejam:
𝐺𝑛 – vazão mássica no bocal, em [lbm/h.ft²]
�̇� – vazão mássica total de vapor, em [lbm/hr.ft²]
𝐷𝑖 – diâmetro interno do bocal, considerando sch 40
𝑅𝑒𝑛 =
𝐷𝑖 𝐺𝑛
𝜇 (3.35)
Sejam:
𝐷𝑖 – diâmetro interno do bocal, considerando sch 40
𝐺𝑛 – calculado em (3.33), em [lbm/h.ft²]
𝜇 – viscosidade do vapor, em [lb/ft.hr]
• O terceiro termo se refere ao bocal de saída do condensado, portanto todas
propriedades físicas usadas a seguir são referentes a ele. Para o cálculo deste termo faz-
se uso da equação (3.36), que também nada mais é do que reescrever a equação (3.33)
com K=0,5 para o regime turbulento.
∆𝑃𝑛,𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑡𝑒 = 0,5 𝑥 1,334 𝑥 10−13
𝐺𝑛2
𝑆 (3.36)
Sejam:
𝐺𝑛 – calculado em (3.37), em [lbm/h.ft²]
𝑆 – densidade do condensado (adimensional)
33
𝐺𝑛 =
�̇�
(𝜋/4)𝐷𝑖2 (3.37)
Sejam:
�̇� – vazão mássica total de vapor, em [lbm/hr.ft²]
𝐷𝑖 – diâmetro interno do bocal, considerando sch 40
𝑅𝑒𝑛 =
𝐷𝑖 𝐺𝑛
𝜇 (3.38)
Seja:
𝐷𝑖 – diâmetro interno do bocal, considerando sch 40
𝐺𝑛 – calculado em (3.37), em [lbm/h.ft²]
𝜇 – viscosidade do condensado, em [lb/ft.hr]
Por fim, tendo-se feitos os cálculos, somam-se as contribuições de cada um dos
três termos. Para o primeiro, obteve-se 0,207 psi, para o segundo, 6,62x10−6 psi, e o
terceiro, 0,152 psi. A perda de carga total foi de 0,359 psi, o que corresponde a menos de
3 kPa. Logo, a perda de carga nos tubos é tão baixa quanto a perda no casco.
34
4 Dimensionamento Mecânico das
Tubulações
4.1 Cálculo de Diâmetro
Para o cálculo dos diâmetros das tubulações utiliza-se a equação (3.26). Como as
vazões (�̇�) são conhecidas e utilizando as velocidades econômicas (ν) sugeridas por
TELLES [19] para uma primeira aproximação, pode-se então estimar os diâmetros (D),
sendo que quando não se conseguir alocar a velocidade no intervalo de velocidades
econômicas deve-se utilizar uma velocidade imediatamente abaixo do limite inferior,
conforme mencionado em [19]. Para maior clareza, as velocidades econômicas
pertinentes aos cálculos aqui realizados são mostradas na Tabela 4.1.
Tabela 4.1 – Velocidades Econômicas [19]
Velocidades Recomendadas para Tubulações
Fluido Material dos Tubos Velocidade
[m/s]
Água Doce - redes em instalações industriais Aço-carbono 2 a 3
Água Doce - sucção de bombas Aço-carbono 1 a 1.5
Hidrocarbonetos líquidos, linha de sucção Aço (qualquer tipo) 1 a 2
Hidrocarbonetos líquidos, linha de recalque Aço (qualquer tipo) 1.5 a 2.5
Hidrocarbonetos gasosos Aço (qualquer tipo) 25 a 30
Vapor - até 2 kg/cm² (196 kPa) saturado Aço-carbono 20 a 40
Vapor - 2 a 10 kg/cm² (196 a 981 kPa) saturado Aço (qualquer tipo) 40 a 80
Vapor - mais de 10 kg/cm² (981 kPa) saturado Aço (qualquer tipo) 60 a 100
A partir da estimativa dos diâmetros, verificam-se as dimensões normalizadas
mais usuais dos tubos de aço em TELLES [20], contidos nas Normas ASME B.36.10 e
B.36.19, assim como as normas API-5L, API-5LX e API-5LS. Escolhe-se então diâmetros
que atendam ao intervalo de velocidades econômicas da Tabela 4.1 e calcula-se a
velocidade de escoamento do fluido para o diâmetro escolhido.
Neste presente trabalho, 6 linhas de tubulações serão objeto de estudo, conforme
os objetivos descritos na Introdução. O tipo de fluido, o estado em que ele se encontra,
bem como sua vazão são os dados iniciais para os cálculos que serão efetuados neste
35
capítulo. Os resultados do cálculo do diâmetro para cada uma dessas linhas podem ser
vistos da Tabela 4.2 até a Tabela 4.7, conforme o procedimento descrito acima. Nestas
tabelas ficará explícito a origem e destino de cada uma dessas linhas.
Além disso, é importante mencionar algumas convenções que serão usadas ao
longo deste Capítulo, designou-se esta unidade de destilação como Unidade 1, portanto
as linhas de tubulação se iniciam na numeração 100. Com relação aos equipamentos,
bombas serão representadas pela letra B, torres por T, trocadores de calor
(permutadores) por P, condensadores por C e tanques por TQ. Já para os fluidos, vapor
de água será representado por ”v”, água líquida por ”a”, hidrocarbonetos por ”h”,
condensado de água por ”c”.
Tabela 4.2 – Diâmetro da Linha 100
Refervedor - Saída da Unidade (Tubovia)
Fluido Resíduo
Estado Líquido
Vazão [m³/h] 562,5
Velocidade econômica [m/s] 1,5 - 2,5
Diâmetro escolhido [in] 14
Velocidade na tubulação [m/s] 1,57
Tabela 4.3 – Diâmetro da Linha 101
Entrada da Unidade (Tubovia) - Refervedor
Fluido Água
Estado Vapor Saturado
Vazão [m³/h] 411,9
Velocidade econômica [m/s] 60 - 100
Diâmetro escolhido [in] 2
Velocidade na tubulação [m/s] 56,45
Tabela 4.4 – Diâmetro da Linha 102
Refervedor - Saída da Unidade (Tubovia)
Fluido Água
Estado Líq. (Condensado)
Vazão [m³/h] 411,9
Velocidade econômica [m/s] 2 - 3
Diâmetro escolhido [in] 10
Velocidade na tubulação [m/s] 2,26
36
Tabela 4.5 – Diâmetro da Linha 103
Condensador - Vaso de Acumulação
Fluido Raw Gasoline
Estado Líquido
Vazão [m³/h] 375
Velocidade econômica [m/s] 1,5 – 2,5
Diâmetro escolhido [in] 10
Velocidade na tubulação [m/s] 2,06
Tabela 4.6 – Diâmetro da Linha 104
Entrada da Unidade (Tubovia) - Condensador
Fluido Água de Resfriamento
Estado Líquido
Vazão [m³/h] 38,8
Velocidade econômica [m/s] 2 – 3
Diâmetro escolhido [in] 3
Velocidade na tubulação [m/s] 2,36
Tabela 4.7 – Diâmetro da Linha 105
Condensador - Saída da Unidade (Tubovia)
Fluido Água de Retorno
Estado Líquido
Vazão [m³/h] 38,8
Velocidade econômica [m/s] 2 – 3
Diâmetro escolhido [in] 3
Velocidade na tubulação [m/s] 2,36
Vale a pena comentar como se chega nas vazões em cada linha de tubulação, a
Linha 100 corresponde ao RAT que sai do Refervedor e tem como destino a torre de
destilação a vácuo, que fica em outra Unidade dessa refinaria. Portanto, a Linha 100 tem
como destino, nesta Unidade, a tubovia. A vazão desta linha foi deduzida a partir da
Introdução e dividiu-se seu valor pelo número de Kettle usados. Neste momento, na tese,
já se sabe que são necessários 2 equipamentos para a dada tarefa térmica, portanto a
vazão é a metade do que se infere do enunciado. As Linhas 101 e 102 se referem ao
vapor saturado que chega neste casco e tubos e ao condensado que sai em direção a
tubovia, respectivamente, sua vazão já foi calculada no capítulo sobre o Refervedor.
As Linhas 103, 104 e 105 dizem respeito ao Condensador, e tendo em vista que
seu cálculo de área de troca térmica se baseou apenas numa estimativa conservativa, a
37
partir do limite inferior de uma faixa de valores para o coeficiente global de transferência
de calor (𝑈0), para o serviço em questão, optou-se por não mostrar esta estimativa no
corpo do texto. Basta dizer que analogamente ao Refervedor, o código em Python foi
adaptado para este equipamento no que tange a seleção de parâmetros geométricos e de
operação, este código pode ser encontrado no Apêndice II. Contudo, seria importante
fazer um cálculo com maior rigor quanto a transferência de calor para a estimativa da
área.
Logo, usou-se o código em questão apenas para uma estimativa preliminar para a
área de troca térmica, e consequentemente a área em planta, além de estimar a vazão
requerida da água de resfriamento para o projeto da tubulação da Linha 104, e da linha
105 que leva a água que sai do Condensador para a tubovia. Já para a Linha 103, a
vazão de gasolina crua pode ser inferida a partir da Introdução. O Condensador foi
estimado como tendo 6,096m de comprimento dos tubos e diâmetro externo do casco de
0,8m. Para a área em planta, assumiu-se tanto para este equipamento como para o Kettle
8m de comprimento total.
Quanto ao número de equipamentos, 1 Condensador é suficiente para a tarefa
térmica, colocou-se mais um em bypass. Para o Refervedor, 2 equipamentos são
suficientes, colocou-se mais 1 em standby. Essas escolhas foram feitas visto que a
operação típica em refinarias é uma operação contínua, logo, isto ajuda quando se
precisam fazer paradas programadas, como por exemplo, manutenções.
4.2 Pontos de Operação e de Projeto das Linhas
A temperatura de projeto (𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗) e a pressão de projeto (𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗) são determinadas
de acordo com as condições mais severas que podem ocorrer para uma dada tubulação
em serviço. Para a Linha 100, na Tabela 4.8, a temperatura de projeto foi estimada em
350ºC, um valor típico que pode se chegar no fundo de uma torre de destilação
atmosférica. Já nas Linhas 101 e 102, a temperatura de projeto considerou uma
temperatura máxima de vapor saturado disponível de 360ºC. Na Linha 103, considerou-se
a temperatura de lavagem com vapor de 150ºC, já para as Linhas 104 e 105, considerou-
se 60ºC a temperatura máxima que a tubulação pode atingir. Essas informações podem
ser vistas da Tabela 4.8 até a Tabela 4.13.
Para as pressões de projeto das Linhas 100, 102, 103, 104 e 105, fez-se uma
primeira aproximação para o golpe de aríete, conforme TELLES [19], considerando uma
38
pressão de choque de 1,2 Mpa para cada m/s de velocidade do líquido, e somou-a com a
pressão de operação (𝑃𝑜𝑝). Para a Linha 101, considerou-se a pressão de projeto como a
própria pressão de saturação para a temperatura de projeto de 360ºC.
Tabela 4.8 – Ponto de Projeto da Linha 100
Refervedor - Tubovia
Fluido Resíduo (líq.)
D[in] 14
v[m/s] 1,57
𝑇𝑜𝑝 [ºC] 310
𝑃𝑜𝑝 [Mpa] 0,10
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 350
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 1,98
Tabela 4.9 – Ponto de Projeto da Linha 101
Tubovia - Refervedor
Fluido Vapor d'água sat
D [in] 2
v [m/s] 56,45
𝑇𝑜𝑝 [ºC] 348
𝑃𝑜𝑝 [Mpa] 16,14
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 360
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 18,68
Tabela 4.10 – Ponto de Projeto da Linha 102
Refervedor - Tubovia
Fluido Condensado (água)
D [in] 10
v [m/s] 2,26
𝑇𝑜𝑝 [ºC] 348
𝑃𝑜𝑝 [Mpa] 0,30
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 360
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 3,01
39
Tabela 4.11 – Ponto de Projeto da Linha 103
Condensador - Vaso de Acumulação
Fluido Raw Gasoline (líq.)
D [in] 10
v [m/s] 2,06
𝑇𝑜𝑝 [ºC] 40
𝑃𝑜𝑝 [Mpa] 0,10
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 150
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 1,82
Tabela 4.12 – Ponto de Projeto da Linha 104
Tubovia - Condensador
Fluido Água de Resfriamento
D [in] 3
v [m/s] 2,36
𝑇𝑜𝑝 [ºC] 32
𝑃𝑜𝑝 [Mpa] 0,20
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 60
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 3,03
Tabela 4.13 – Ponto de Projeto da Linha 105
Condensador - Tubovia
Fluido Água de Retorno
D [in] 3
v [m/s] 2,36
𝑇𝑜𝑝 [ºC] 35
𝑃𝑜𝑝 [Mpa] 0,20
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 60
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 3,03
4.3 Seleção de Materiais e Cálculo de Espessura de Parede
As escolhas para a seleção de material das tubulações ocorreram conforme a
norma Petrobrás N-1693 [21], que define as diretrizes para a padronização de material de
tubulação para instalações de refino e de transporte, mas também pelo uso da norma
Petrobrás N-76 [22], que complementa [21] e padroniza os materiais a serem utilizados
nas instalações mencionadas. Contudo, em alguns casos específicos, seguiu-se a
40
recomendação dada por TELLES [23] visto que este autor foi mais específico quanto a
sua recomendação, no que diz respeito ao fluido e as condições de operação,
apresentando maior similaridade com o presente projeto. Haja vista que não se conhece a
quantidade de ácidos naftênicos deste óleo, informação primordial para a seleção
adequada de material para resistir a corrosão, assumiu-se que KOH < 0,5, mas com teor
de enxofre maior do que 3%, isso significa uma situação com corrosão significativa,
exigindo aço-liga, mas não tão severa quanto o KOH > 0,5 – 1,0, que exigiria como
qualidade mínima o aço inoxidável 316. Portanto, para uma decisão final quanto ao
material é importante saber a composição de ácidos naftênicos. Para efeitos deste
trabalho, optou-se por não escolher imediatamente algum aço inoxidável, visto o custo
deste material, no entanto fica a ressalva de que a escolha aqui feita é condicionada ao
KOH < 0,5, e logo precisa ser revista quando se obtiver a informação em questão.
Tendo selecionado os materiais para as 6 linhas, calculou-se a espessura mínima
da tubulação por meio da equação (4.1), dada em [19]. Para a tensão admissível, usou-se
a norma ASME B31.1 Power Piping para as Linhas 2 e 3, e a norma ASME B31.3 Process
Piping para as outras. A diferença entre essas duas normas é que a Power Piping assume
tensões admissíveis menores para um mesmo material, quando se trata de linhas de
Centrais de Vapor. Os valores da tensão admissível foram extraídos de [19].
𝑡𝑚 = 1,143 [
𝑃 𝐷
2 (𝑆ℎ 𝐸 + 𝑃𝑌)+ 𝐶] (4.1)
Sejam:
𝑡𝑚 – espessura mínima de parede do tubo, em [in]
P – pressão interna de projeto, em [psig]
D – diâmetro externo, em [in]
𝑆ℎ – tensão admissível na temperatura de projeto, em [psi]
E – coeficiente de eficiência da solda, E=1 para tubos em costura
Y – coeficiente de redução, de acordo com material e temperatura. Para
aços carbono e outros aços ferríticos Y=0,4 para temperaturas de até
485ºC.
C – margem para corrosão, em [in]
41
A espessura escolhida para cada tubulação foi a espessura imediatamente
superior a mínima calculada, de acordo com as recomendações de TELLES [20] de
diâmetros mais usuais, bem como respeitando as recomendações do mesmo autor em
[19] para as espessuras mínimas estruturais de série 80 para diâmetros nominais de até
1-1/2” (inclusive), série 40 para diâmetros de 2” até 12” (inclusive) e 9mm (3/8”) para 14”
ou mais.
Outro ponto importante é estimar a espessura de isolamento térmico para então
descrever a metodologia usada para o cálculo de flexibilidade. Esta estimativa foi feita
usando o Anexo VI [24], usando como material o hidrossilicato de cálcio para
temperaturas de operação (𝑇𝑜𝑝) a partir de 75ºC. É importante mencionar que este
isolamento térmico deve ser protegido, por exemplo, com uma chapa lisa de aço inox, que
deverá ser soldada, já que as tubulações estão sujeitas a intempéries.
Devido a temperatura de operação mínima mencionada, as Linhas 103, 104 e 105
não precisarão de isolamento térmico. O isolamento foi estimado apenas para que se
pudesse calcular as distâncias mínimas entre as linhas de centro dos tubos ao longo da
unidade, inclusive na tubovia, sendo a recomendação usada se encontra no Anexo VII.
Para os tubos na tubovia, assumiu-se uma bitola imediatamente acima da que foi usada
para cada tubulação projetada. As tabelas 4.14 até a 4.19 mostram as especificações das
tubulações conforme a metodologia aqui apresentada.
Tabela 4.14 – Especificação Linha 100
Refervedor - Tubovia
Fluido Resíduo (líq.)
D [in] 14
𝐷𝑒𝑥𝑡 [mm] 355,6
v [m/s] 1,57
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 350
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 1,98
Material Aço-Liga 5 Cr-1/2 Mo
Especificação ASTM A335 Gr. P5 (SC)
Margem corrosão [mm] 3
Esp. Min (𝑡𝑚) [mm] 6,9
Especificação do Tubo 14" Std 30
Esp. Isol. Tem [mm] 89
𝐷𝑒 [mm] 533,6
42
Tabela 4.15 – Especificação Linha 101
Tubovia - Refervedor
Fluido Vapor d'água sat
D [in] 2
𝐷𝑒𝑥𝑡 [mm] 60,3
v [m/s] 56,45
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 360
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 18,68
Material Aço Liga 1 1/4 Cr 1/2 Mo
Especificação ASTM A335 P11 (SC)
Margem corrosão [mm] 1,6
Esp. Min (𝑡𝑚) [mm] 7,6
Especificação do Tubo 2" 160
Esp. Isol Tem [mm] 63
𝐷𝑒 [mm] 186,3
Tabela 4.16 – Especificação Linha 102
Refervedor - Tubovia
Fluido Condensado (água)
D [in] 10
𝐷𝑒𝑥𝑡 [mm] 273
v [m/s] 2,26
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 360
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 3,01
Material Aço Carbono
Especificação API 5L Gr B (SC)
Margem corrosão [mm] 3
Esp. Min (𝑡𝑚) [mm] 7,5
Especificação do Tubo 10" Std 40
Esp. Isol Tem [mm] 92
𝐷𝑒 [mm] 457
43
Tabela 4.17 – Especificação Linha 103
Refervedor - Saída da Unidade
Fluido Raw Gasoline (líq.)
D [in] 10
𝐷𝑒𝑥𝑡 [mm] 273
v [m/s] 2,06
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 150
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 1,82
Material Aço Carbono
Especificação API 5L Gr B (SC)
Margem corrosão [mm] 4
Esp. Min (𝑡𝑚) [mm] 6,6
Especificação do Tubo 10" Std 40
Esp. Isol Tem [mm] -
𝐷𝑒 [mm] 273
Tabela 4.18 – Especificação da Linha 104
Tubovia - Condensador
Fluido Água de Resfriamento
D [in] 3
𝐷𝑒𝑥𝑡 [mm] 88,9
v [m/s] 2,36
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 60
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 3,03
Material Aço Carbono
Especificação API 5L Gr B (SC)
Margem corrosão [mm] 1,6
Esp. Min (𝑡𝑚) [mm] 2,9
Especificação do Tubo 3" Std 40
Esp. Isol Tem [mm] -
𝐷𝑒 [mm] 88,9
44
Tabela 4.19 – Especificação da Linha 105
Condensador - Tubovia
Fluido Água de Retorno
D [in] 3
𝐷𝑒𝑥𝑡 [mm] 88,9
v [m/s] 2,36
𝑇𝑝𝑟𝑜𝑗 [ºC] 60
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 [Mpa] 3,03
Material Aço Carbono
Especificação API 5L Gr B (SC)
Margem corrosão [mm] 1,6
Esp. Min (𝑡𝑚) [mm] 2,9
Especificação do Tubo 3" Std 40
Esp. Isol Tem [mm] -
𝐷𝑒 [mm] 88,9
4.4 Cálculo de Flexibilidade
O cálculo de flexibilidade é algo de grande importância no projeto de tubulações,
sempre que houver uma variação de temperatura em uma tubulação haverá variação no
comprimento, portanto, onde houver fixações, suportes ou equipamentos conectados
surgirão reações internas devido a essas dilatações ou contrações dos tubos. De acordo
com a magnitude dessas reações as tubulações ou equipamentos podem se romper
tendo potencialmente riscos materiais, ambientais e/ou de vidas humanas.
Há vários métodos para o cálculo de flexibilidade, que de forma geral se resumem
a três tipos, conforme [19]: O Método Analítico Geral, que é mais completo, mas devido
ao grande número de equações é bem trabalhoso de se fazer manualmente,
alternativamente pode-se programá-lo computacionalmente ou usar softwares comerciais
que o utilizam; Métodos gráficos que resolvem configurações específicas; por último,
métodos simplificados que se aplicam a diversas configurações. Os métodos simplificados
são bem úteis para uma análise preliminar de um projeto de tubulações ou para uma
verificação final de uma tubulação com serviços que não sejam muito severos.
Neste trabalho foi usado um método simplificado para uma análise preliminar das
tubulações, utiliza-se o Método da Viga em Balanço Guiada, contudo, devido as altas
temperaturas que alguns tubos são submetidos, a alta rigidez devido a grandes diâmetros
e também visando economia de materiais seria necessário usar o Método Analítico Geral.
45
De qualquer forma, o Método da Viga em Balanço Guiada é considerado conservativo,
visto que ele não considera que os ângulos se deformem ou rotacionem, não levando em
conta essa flexibilidade adicional que as tubulações reais possuem. Contudo, não é
possível garantir que qualquer sistema estará a favor da segurança.
O projeto se inicia com o traçado das tubulações, que não podem ser
completamente lineares, mudanças de direção na tubulação são muito importantes para
acomodar dilatações térmicas. Todos os métodos citados consistem em propor um
traçado e então verificar se há flexibilidade suficiente, ou seja, se as reações internas são
menores do que a tubulação pode suportar.
De acordo com TELLES [19], o Método da Viga em Balanço Guiada pode ser
usado para qualquer configuração, mas tem algumas premissas, dentre as quais: Todos
os lados sejam retos e paralelos a uma das direções ortogonais; Todos os lados façam
ângulo reto entre si; Todos os lados sejam constituídos com tubos de mesmo material,
diâmetro e espessura de parede; E que o sistema tenha apenas como restrições os
extremos, não podendo haver nenhuma restrição intermediária.
Vale ressaltar que a dilatação unitária (e), módulo de elasticidade na temperatura
de trabalho (𝐸ℎ), módulo de elasticidade a temperatura ambiente (𝐸𝑐), tensão admissível
na temperatura de trabalho (𝑆ℎ), tensão admissível a temperatura ambiente (𝑆𝑐) e
momento de inércia (I) foram todos tirados das tabelas de [19].
As dilatações (𝛿) em cada lado podem ser calculadas por (4.2), bastando
multiplicar o coeficiente de dilatação unitária do material (e) pelo comprimento do lado (L).
Entende-se por lado cada segmento da tubulação em uma determinada direção, antes de
uma mudança de direção.
𝛿 = 𝑒 ∗ 𝐿 (4.2)
Sejam:
𝛿 – dilatação, em [in]
e – dilatação unitária, em [in/ft]
L – comprimento, em [ft]
Para que o sistema seja considerado com flexibilidade suficiente, as tensões
máximas em todos os lados e em todas as direções devem ser inferiores à tensão
admissível (4.3), mas antes precisa-se das constantes 𝐾𝑥 (4.4), 𝐾𝑦 (4.5) e 𝐾𝑧 (4.6). As
dilatações totais (∆𝑥, ∆𝑦 𝑒 ∆𝑧) são calculadas somando-se algebricamente as dilatações de
46
cada um dos lados, sendo que apenas o valor absoluto das dilatações totais é importante.
Para maior clareza, isto pode ser visto em (4.7), (4.8) e (4.9).
𝑆𝑎 = 𝑓 (1,25 𝑆𝑐 + 0,25 𝑆ℎ) (4.3)
Sejam:
𝑆𝑎 – tensão admissível combinada, em [psi]
𝑓 – fator de redução para serviços cíclicos, f=1 para até 7000 ciclos
𝑆𝑐 – tensão admissível na temperatura ambiente, em [psi]
𝑆ℎ – tensão admissível na temperatura de trabalho, em [psi]
𝐾𝑥 =
𝐸𝑐 ∗ 𝐷 ∗ ∆𝑥
48(∑ 𝐿𝑦3 + ∑ 𝐿𝑧
3) (4.4)
𝐾𝑦 =
𝐸𝑐 ∗ 𝐷 ∗ ∆𝑦
48(∑ 𝐿𝑥3 + ∑ 𝐿𝑧
3) (4.5)
𝐾𝑧 =
𝐸𝑐 ∗ 𝐷 ∗ ∆𝑧
48(∑ 𝐿𝑥3 + ∑ 𝐿𝑦
3 ) (4.6)
∆𝑥 = Σ 𝛿𝑥 (4.7)
∆𝑦 = Σ 𝛿𝑦 (4.8)
∆𝑥 = Σ 𝛿𝑧 (4.9)
Sejam:
𝐾𝑥 , 𝐾𝑦 , 𝐾𝑧 – constantes
𝐸𝑐 – módulo de elasticidade a temperatura ambiente, em [psi]
𝐷 – diâmetro externo, em [in]
∆𝑥 , ∆𝑦 , ∆𝑧 – dilatações totais, em [in]
𝐿𝑥 , 𝐿𝑦
, 𝐿𝑧 – comprimentos nas direções x, y e z, em [ft]
𝛿𝑥 , 𝛿𝑦
, 𝛿𝑧 – dilatações nas direções x, y e z, em [in]
47
Quanto ao cálculo das tensões máximas, para exemplificar, o lado 𝐿1 na direção x
têm componentes de tensões 𝑆1𝑦 (4.10) na direção y e 𝑆1𝑧 (4.11) na direção z. A tensão
máxima em cada lado é a composição da tensão das outras duas direções, representada
por 𝑆𝑛 (4.12), caso o lado esteja na direção x, a tensão máxima é composta pelas tensões
nas direções y e z. Na prática, não é usual compor as tensões para compensar a não
consideração da elasticidade adicional que as mudanças de direção e torções
proporcionam. Optou-se por calcular o valor da tensão em cada lado, nas três direções
ortogonais, e garantir que elas (𝑆𝑥, 𝑆𝑦 e 𝑆𝑧) sejam menores do que a tensão admissível,
dada por (4.3).
É importante reiterar que 𝑆𝑛, dado por (4.12), é a tensão de um lado na direção x,
caso o lado fosse na direção y, a tensão máxima seria dada pelas tensões em x e em z, e
no último caso, em que o lado fosse na direção z, a tensões usadas para o cálculo seriam
em x e em y.
𝑆1𝑦 = 𝐾𝑦 ∗ 𝐿1 (4.10)
𝑆1𝑧 = 𝐾𝑧 ∗ 𝐿1 (4.11)
Sejam:
𝑆𝑥 , 𝑆𝑦 , 𝑆𝑧 – tensões máximas, em [psi]
𝐾𝑥 , 𝐾𝑦 , 𝐾𝑧 – constantes, calculadas em (4.4), (4.5) e (4.6)
L – comprimento do lado, em [ft]
𝑆𝑛 = √𝑆1𝑦
2 + 𝑆1𝑧2 (4.12)
Após o cálculo das tensões máximas é importante calcular as reações nos
extremos. Mais uma vez, para o exemplo do lado 1 na direção x, as reações serão nas
direções y e z. Logo, os momentos resistentes são dados por (4.13) e (4.14), bem como
as forças resistentes por (4.16) e (4.17). Basta usar-se de analogia para aplicar isto para
um lado em qualquer direção, seja ela x, y ou z.
𝑀1𝑦 = 𝐶 ∗ 𝑆1𝑧 (4.13)
48
𝑀1𝑧 = 𝐶 ∗ 𝑆1𝑦 (4.14)
𝐶 =
𝐼
6𝐷
𝐸ℎ
𝐸𝑐 (4.15)
Sejam:
𝑀𝑥 , 𝑀𝑦 , 𝑀𝑧 – momentos resistentes nos extremos, em [ft.lb]
C – constante
𝑆𝑥 , 𝑆𝑦 , 𝑆𝑧 – tensões máximas, em [psi]
𝐸ℎ – módulo de elasticidade a temperatura de trabalho, em [psi]
𝐸𝑐 – módulo de elasticidade a temperatura ambiente, em [psi]
𝐼 – momento de inércia, em [𝑖𝑛4]
D – diâmetro externo, em [in]
𝑅𝑦 =
2 ∗ 𝑀1𝑧
𝐿1 (4.16)
𝑅𝑧 =
2 ∗ 𝑀1𝑦
𝐿1 (4.17)
Sejam:
𝑅𝑥 , 𝑅𝑦 , 𝑅𝑧 – forças resistentes nos extremos, em [lb]
𝑀𝑥 , 𝑀𝑦 , 𝑀𝑧 – momentos resistentes nos extremos, em [ft.lb]
L – comprimento do lado extremo, em [ft]
É importante mencionar que deve se tomar um cuidado especial com os esforços
nos extremos quando eles representarem máquinas, como bombas, compressores,
turbinas ou equipamentos que possuam peças em movimento. Para o presente projeto,
este não é o caso, as linhas aqui projetadas são entre equipamentos ou entre
equipamentos e outras tubulações.
De acordo com [19], para equipamentos de caldeiraria fabricados em chapas de
aço, como trocadores de calor, torres ou ainda, vasos, estes esforços em geral não são
graves, e que quando uma tubulação atende ao critério de flexibilidade os valores das
reações nos extremos estão geralmente muito abaixo dos limites admissíveis. Isto ocorre
49
principalmente por dois motivos, o primeiro é que nestes equipamentos fabricados em
chapas de aço podem ser tolerados pequenas deformações locais, que não prejudiquem
o funcionamento, e segundo, que as tensões provenientes dessas deformações
decrescem com o tempo. Mas é importante dizer que isto pode se tornar grave com um
número elevado de aquecimentos e resfriamentos, gerando trincas por fadiga.
Tendo então apresentado a metodologia usada para o cálculo de flexibilidade,
foram propostas configurações para o traçado das tubulações até que se chegou a uma
configuração final em que as tensões em cada segmento são menores do que a tensão
admissível combinada (𝑆𝑎). O Apêndice III mostra o resultado final do cálculo de
flexibilidade para cada Linha, mostrando detalhadamente a tensão em cada direção, para
cada segmento da tubulação, bem como as reações calculadas nos extremos.
A Figura 4.1 ilustra como os equipamentos estão dispostos no layout final da
planta, que foi obtido após se fazer o cálculo de flexibilidade para todas as linhas e
compatibilizá-las. Os objetivos deste trabalho já foram explicados de forma clara, mas
talvez seja importante reiterar que o dimensionamento de suportes, o projeto de
instrumentação e o de controle não fazem parte do escopo desta monografia, eles são
muito importantes no projeto de tubulações, mas não são pertinentes a esta tese.
Figura 4.1 – Equipamentos na Planta
50
A Figura 4.1 serve para mostrar ao leitor uma primeira imagem da planta, sem
estar abarrotada com tantas informações. Um detalhamento desta figura é necessário e
será mostrado ao longo deste Capítulo.
O software AutoCAD Plant 3D, da Autodesk, foi usado para uma modelagem 3D
dos equipamentos e linhas projetadas neste trabalho. As Figuras 4.2 e 4.3 representam o
Refervedor, na cor preta, com suas respectivas tubulações projetadas. A linha de número
100 leva o resíduo atmosférico que sai deste equipamento, ela é representada em ciano.
A linha de número 101 leva vapor saturado para o Refervedor, ela é representada na cor
amarela. A última, a linha 102, é a tubulação de condensado que sai do equipamento,
representada na cor vermelha. É importante comentar a necessidade de se colocar
purgadores de vapor tanto na linha 102, do condensado que sai do equipamento quanto
na linha 101, na derivação que foi representada no desenho, em virtude de uma subida
desta tubulação. Os purgadores destas linhas não foram dimensionados neste trabalho.
Figura 4.2 – Refervedor, Isométrico 1
51
Figura 4.3 –– Refervedor, Isométrico 2
As Figuras 4.4 até a 4.7 representam as outras três linhas projetadas (103 a 105),
bem como os dois Condensadores, em uma plataforma elevada, acima de um Vaso de
Acumulação. Na Figura 4.4, deu-se o enfoque para a linha 103, que leva a gasolina crua
já condensada para o Vaso de Acumulação, ela está na cor vermelha, apenas um
condensador funciona por vez, eles estão em by-pass.
A Figura 4.5 enfoca as linhas 104 e 105, a primeira está na cor preta e representa
a água de resfriamento que entra no condensador, a segunda está na cor amarela e
representa a água de retorno, ou seja, é a água que sai do equipamento após ter trocado
calor.
Na Figura 4.6, pode-se ver a plataforma onde estão os condensadores, bem como
todas as 3 linhas de tubulação. Adicionalmente, mostrou-se parte de um tubo na cor
verde, saindo da parte de baixo do Vaso, apenas para representar a distância ao solo que
terá esta tubulação. A Figura 4.7 mostra mais detalhes da plataforma.
É importante dizer que não foram representadas grades de proteção, escadas,
apoios para os equipamentos, entre outras coisas, a modelagem foi feita de forma
simplificada para ilustrar e facilitar o entendimento do que foi feito neste trabalho.
52
Figura 4.4 – Equipamentos, Isométrico 1
Figura 4.5 – Equipamentos, Isométrico 2
53
Figura 4.6 – Plataforma, Vista
Figura 4.7 – Plataforma, Isométrico
54
Tendo mostrado as ilustrações das linhas e dos equipamentos, falta apenas
mostrar a planta de tubulações, indicando cotas, elevações, linhas e equipamentos nesta
Unidade. Para melhor visualização da planta de tubulações, ela foi colocada no Apêndice
IV.
55
5 Conclusão
Esta monografia tem como tema central a atividade de refino de petróleo, tema
este que impacta diretamente a sociedade nos âmbitos econômico, social e ambiental. A
partir dos dados iniciais da refinaria do presente projeto, mostrados na Introdução, foi
possível estimar as propriedades térmicas e físicas dos fluidos de trabalho que foram
usados nos equipamentos pertinentes a este trabalho. A metodologia para a obtenção
destas propriedades pode ser encontrada no Capítulo 2.
No Capítulo 3, foi possível dimensionar trocadores de calor do tipo casco e tubos
para vaporizar o produto de fundo da coluna de fracionamento da refinaria em questão. O
número de Refervedores calculado para atender a demanda térmica da torre foi de 2,
adicionou-se um terceiro trocador para permitir manutenções programadas, haja vista o
processo contínuo de uma refinaria. Para o cálculo destes equipamentos, um programa
em linguagem Python foi escrito para auxiliar na seleção de parâmetros geométricos, visto
que o método usado é muito sensível ao input de uma geometria proposta, para que
então se verifique se ela é aceitável ou não. Atingiu-se o primeiro objetivo específico.
No Capítulo 4, mostrou-se a metodologia usada para o projeto mecânico de
tubulações de algumas linhas desta unidade. A partir de informações dos três capítulos
anteriores, pôde-se projetar tais linhas para atender aos seus respectivos processos,
selecionou-se materiais adequados conforme normas vigentes e por meio de boas
práticas, cujas referências bibliográficas podem ser encontradas ao longo do texto. Tendo
dimensionado as tubulações para resistir às condições de projeto, foi especialmente
importante fazer o cálculo de flexibilidade das tubulações, visto que alterou
consideravelmente o traçado das linhas. O segundo objetivo também foi atingido.
Tendo em vista a complexidade e o elevado número de processos que ocorre em
uma unidade, limitou-se nesta tese a 2 objetivos específicos. Para projetos futuros desta
mesma unidade, sugere-se o projeto térmico do Condensador, o projeto mecânico de
todos os trocadores de calor envolvidos, o dimensionamento das bombas da unidade, a
instrumentação e controle das tubulações. Além disso, dada a severidade do serviço,
seria importante fazer o cálculo de flexibilidade pelo Método Analítico Geral, bem como
interessante economicamente otimizar o projeto térmico do Refervedor.
56
Referências Bibliográficas
[1] IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual
Produto: Tabelas 2014 [S.l.]. Disponível em:
<https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/produtos/produto2014/d
efaulttab_xls.shtm>. Acesso em: 23 jun. 2017.
[2] NETO, A. A., GURGEL, A. DEQ0370 – Refino de Petróleo e Petroquímica [S.l.].
Aulas Expositivas do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Petróleo e Gás UFRN. Disponível
em: <http://www.nupeg.ufrn.br/downloads.html>. Acesso em: 22 jun. 2017.
[3] BRASIL, N. I., ARAÚJO, M. A., SOUSA, E.C, 2012, Processamento de PETRÓLEO E
GÁS. 2 ed. Rio de Janeiro, LTC.
[4] FAHIM, M. A., AL SAHHAF, T. A., ELKILANI, A. S., 2010, Fundamentals of
Petroleum Refining. 1 ed. Amsterdam, Elsevier.
[5] GARY J. H., HANDWERK, G. E., 2001, Petroleum Refining – Technology and
Economics, 4 ed. New York, Marcel Dekker.
[6] GREEN, D. W., PERRY, R. H., Perry’s Chemical Engineers’ Handbook, 8 ed. New
York, McGraw-Hill.
[7] ASTM – American Society for Testing Materials. ASTM Standard D86-17: Standard
Test Method for Distillation for Petroleum Products, 2017.
[8] API, 1997, Technical Databook – Petroleum Refining. 6 ed. Refining Department.
[9] NELSON, W. L., 1958, Petroleum Refinery Engineering, 4 ed. New York, McGraw-
Hill.
57
[10] LINSTROM, P. J., MALLARD, W. G., NIST Chemistry WebBook [S.l.]. NIST
Standard Reference Database Number 69, National Institute of Standards and
Technology. Disponível em: <doi:10.18434/T4D303>. Acesso em 30 jun. 2017
[11] KELL, G. S., 1975, “Density, Thermal Expansivity, and Compressibility of Liquid Water
from 0ºC to 150ºC: Correlations and Tables for Atmospheric Pressure and Saturation
Reviewed and Expressed on 1968 Temperature Scale” - Journal of Chemical and
Engineering Data, v. 20, n. 1, pp. 97-105.
[12] OSBORNE, N. S., STIMSON, H. F., GINNINGS, D. C., 1939, “Thermal Properties of
Saturated Water and Steam”, Journal of Research of the National Bureau of
Standards, v. 23, pp. 197.
[13] KERN, D. Q., 1965, Process Heat Transfer. 1 ed. New York, McGraw-Hill.
[14] Standards of Tubular Exchanger Manufacturers Association. 8 ed. New York, 1999.
[15] PALEN, J. W.,1998, Heat Exchanger Design Handbook, v. 3, 2 ed. New York,
Begell House.
[16] SERTH, R. W., LESTINA, T. G., 2014, Process Heat Transfer – Principles,
Applications and Rules of Thumb, 2 ed. Amsterdam, Elsevier.
[17] COULSON, J. M., RICHARDSON, J. F., Chemical Engineering Design, v. 6, 4 ed.
Amsterdam, Elsevier.
[18] MUKHERJEE, R., 2004, Practical Thermal Design of Shell-and-Tube Heat
Exchanger, 1 ed. New York, Begell House.
[19] TELLES, P. C., 2014, Tubulações Industriais: Cálculo. 9 ed. Rio de Janeiro, Grupo
Editorial Nacional (GEN).
[20] TELLES, P. C., Barros, D., 2011, Tabelas e Gráficos para Projetos de Tubulações.
7 ed. Rio de Janeiro, Interciência.
58
[21] N-1693, Diretrizes para Elaboração de Padronização de Material de Tubulação
para Instalações de Refino e Transporte. Normas Técnicas Petrobrás, Rev. F.,
CONTEC, 2012.
[22] N-76, Materiais de Tubulação para Instalações de Refino e Transporte. Normas
Técnicas Petrobrás, Rev. F., CONTEC, 2012.
[23] TELLES, P. C., 2003, Materiais para Equipamentos de Processo. 6 ed. Rio de
Janeiro, Interciência.
[24] TELLES, P. C., 2014, Tubulações Industriais: Materiais, Projeto e Montagem. 10
ed. Rio de Janeiro, LTC.
[25] Kellogg Company, M. W., 1967, Design of Piping Systems, 2 ed. New York, John
Wiley & Sons.
59
Anexo I – Fator de Compressibilidade [8]
A tabela a seguir é da referência [8], no Procedimento 6B1.1, e está sendo usada
para o cálculo de compressibilidade do vapor da fração de petróleo.
60
Anexo II – Latente de Vaporização [9]
A figura a seguir, de [9], mostra o calor latente de vaporização do petróleo.
61
Anexo III – Número de Tubos [17]
62
Anexo IV – “Dome Segment Area” [16]
63
Anexo V – Tubos para trocadores [14]
64
Anexo VI – Isolamento Térmico [24]
65
Anexo VII – Distância entre tubos [24]
66
Apêndice I – Simulação do Refervedor
#Código do Programa de simulação escrito em linguagem Python
import time
start_time = time.time()
from math import *
################################################################################
#Dados de entrada
api=26.
kuop=11.7
BR=20. #Boiling Range [K]
Q = (30000/24.)*0.45/0.6 #Vazao que chega ao Refervedor [m3/h]
t1=300. #Tin oleo Ref [ºC]
t2=310. #Tin oleo Ref [ºC]
Pop=1.*101.325 #Pressao de Operacao [KPa]
Pop_psi=Pop/6894.76 #Pressao de Operacao [Psi]
taxa_vap=0.4 #40% Vaporiz no Ref
db=[0.8,0.9,1.0,1.1,1.2,1.3,1.4,1.5,1.6,1.7,1.8,1.9] #Bundle Diameter [m]
l=[2.4384,3.048,3.6576,4.8768,6.096] #Comprimento dos Tubos[m]
################################################################################
#Propriedades Vapor agua sat em Tproj, NIST
cp_a=[15535] #Cp vapor agua sat [J/kg.K]
cv_a=[3698.5] #Cv vapor agua sat [J/kg.K]
hlv_a=[0.9219] #Entalpia de vaporiz agua [MJ/kg]
P_a=[161.28] #Pressão vap agua sat [bar]
rho_a=[108.88] # Massa esp vap agua sat [kg/m3]
67
T_a=[348] # Temp Vapor agua Sat [ºC]
i=0 #Tsat vapor agua sat 348C
Tsat=T_a[i]
Psat=P_a[i]
rho_sat=rho_a[i]
hlv_sat=hlv_a[i]
cp_sat=cp_a[i]
################################################################################
#Propriedades agua liq
def rho_a( Temperatura_Celcius ):
"Retorna a densidade da agua em Kg/m3"
T=Temperatura_Celcius
rho_agua=(999.83952+16.945176*T-7.9870401*0.001*T**2-
46.170461*0.000001*T**3+105.56302*\
0.000000001*T**4-280.54253*0.000000000001*T**5)/(1+16.87985*0.001*T)
# print "rho_agua= ",rho_agua, " Kg/m3"
return rho_agua
rho_a_liq=rho_a(T_a[i])
################################################################################
#Propriedades Oleo na temperatura media
hlv_o=(85.*2326)/(1*10**6) #[MJ/kg] NELSON
def rho_o( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a densidade do oleo em Kg/m3"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
68
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
Zra=((1./(S*0.999014))*(Ppc*0.068046)*(1.8/Tpc)*(W/82.057338))**(1/(1+(1-
(60+459.67)/Tpc)**(2./7)))
rho0=(1./82.057338)*(1.8/Tpc)*(Ppc*0.068046)*(1./(Zra**(1+(1-((T+459.7)/Tpc))**(2./7))))*W
m=21646+0.0734*P+1.4463*0.0000001*P**2
Bi=1.52*10000+4.704*P-2.5807*0.00001*P**2+1.0611*0.0000000001*P**3
B20=10**(-6.1*0.0001*(T*9./5+32)+4.9547+0.7133*rho0)
X=(B20-100000.)/23170
Bt=m*X+Bi
rho_o=(rho0)/(1.-(P/Bt))
# print "rho_oleo= ",rho_o, " Kg/m3"
return rho_o*1000.
def mu_o ( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a viscosidade do oleo em m2/s"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
69
Zra=((1./(S*0.999014))*(Ppc*0.068046)*(1.8/Tpc)*(W/82.057338))**(1/(1+(1-
(60+459.67)/Tpc)**(2./7)))
rho0=(1./82.057338)*(1.8/Tpc)*(Ppc*0.068046)*(1./(Zra**(1+(1-((T+459.7)/Tpc))**(2./7))))*W
m=21646+0.0734*P+1.4463*0.0000001*P**2
Bi=1.52*10000+4.704*P-2.5807*0.00001*P**2+1.0611*0.0000000001*P**3
B20=10**(-6.1*0.0001*(T*9./5+32)+4.9547+0.7133*rho0)
X=(B20-100000.)/23170
Bt=m*X+Bi
rho_o=(rho0)/(1.-(P/Bt))
nu_ref=10**(-1.35579+8.16059*0.0001*Tb+8.38505*0.0000001*Tb**2)
nu_cor=10**((3.4931*10-8.84387*0.01*Tb+6.73513*0.00001*Tb**2-
1.01394*0.00000001*Tb**3)+\
(-2.92649+6.98405*0.001*Tb-
5.09947*0.000001*Tb**2+7.49378*0.0000000001*Tb**3)*(kuop))
nu100=nu_ref+nu_cor
nu210=10**(-1.92353+2.41071*0.0001*Tb+0.5113*log10(Tb*nu100))
Z1=nu100+0.7+exp(-1.47-1.84*nu100-0.51*nu100**2)
Z2=nu210+0.7+exp(-1.47-1.84*nu210-0.51*nu210**2)
B=(log10(log10(Z1))-log10(log10(Z2)))/(log10(100+459.67)-log10(210+459.67))
Z=10**(10**(log10(log10(Z2))+B*(log10(1.8*T+459.67)-log10(100+459.67))))
nu=(Z-0.7-exp(-0.7487-3.295*(Z-0.7)+0.6119*(Z-0.7)**2-0.3193*(Z-0.7)**3))
mu0=(nu*0.00001076*62.428*rho_o)/(0.0006721)
mu_oleo=0.001*abs(mu0)*10**abs(((P-14.6959)*(-0.0102+0.04042*mu0**0.181)/1000.))
# print "mu_oleo= ",mu_oleo, "m2/s"
return mu_oleo
def cp_o( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna o calor escpecifico do oleo em J/Kg.Celcius"
T=Temperatura_Celcius
api=API
70
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
Cp_oleo=4186.800000009*((-1.17126+(0.023722+0.024907*S)*kuop+(1.14982-
0.046535*kuop)/S)+(0.0001*(1+0.82463*kuop)*\
(1.12172-0.27634/S))*(1.8*T+491.67)+(-0.00000001*(1+0.82463*kuop)*(2.9027-
0.70958/S))\
*(1.8*T+491.67)**2)
# print "Cp_oleo= ",Cp_oleo, " J/Kg.Celcius"
return Cp_oleo
def Pc_o( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a Pressao Pseudocritica do oleo em kPa"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
Ppc=Ppc*6.89476
return Ppc
71
################################################################################
#Listas para armazenamento
tm=304.97 #Temp med. cal. do oleo
Bundle=[] #Diametro do Feixe tubular
Comprimento=[] #Comprimento do Feixe tubular
Coef_glob=[] #Coef global de trans. calor (U0)
Vvap=[] #Velocidade de Vapor agua saturado m/s
Vliq=[] #Velocidade de Liq agua saturado m/s
Tubo1=[] #Configuracao do Tubo 1
Tubo2=[] #Configuracao do Tubo 2
Dint=[] #Diametro interno do Tubo 1[mm]
Dint2=[] #Diametro interno do Tubo 2 [mm]
Dext1=[] #Diametro externo do Tubo 1[mm]
Dext2=[] #Diametro externo do Tubo 2[mm]
Nref=[] #Numero de Refervedores
Ntubes=[] #Numero de tubos total (Ntt)
Ntubes1=[] #Numero de tubos no primeiro passe
Ntubes2=[] #Numero de tubos no segundo passe
Duty_ref=[] #Tarefa termica por Refervedor [MW]
Fluxo_maxi=[] #Razao q_ponto/qb,max
Saturacao=[Tsat] #Tsat vapor agua [C]
Pressao=[Psat] #Psat vapor agua [bar]
Superdim=[] #Superdimensionamento de Area [%]
Acalculada=[] #Area calculada m2
Arequerida=[] #Area requerida m2
Rf_disp=[] #Rf disponivel
Coef_proj=[] #Coeff projeto Ud
#$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
72
#Tubos da TEMA (69 configuracoes)
##tubo=['1/4 BWG 22','1/4 BWG 24','1/4 BWG 26','1/4 BWG 27','3/8 BWG 18','3/8 BWG 20','3/8
BWG 22','3/8 BWG 24','1/2 BWG 16','1/2 BWG 18','1/2 BWG 20','1/2 BWG 22',\
## '5/8 BWG 12','5/8 BWG 13','5/8 BWG 14','5/8 BWG 15','5/8 BWG 16','5/8 BWG 17','5/8 BWG
18','5/8 BWG 19','5/8 BWG 20','3/4 BWG 10','3/4 BWG 11','3/4 BWG 12',\
## '3/4 BWG 13','3/4 BWG 14','3/4 BWG 15','3/4 BWG 16','3/4 BWG 17','3/4 BWG 18','3/4 BWG
20','7/8 BWG 10','7/8 BWG 11','7/8 BWG 12','7/8 BWG 13','7/8 BWG 14',\
## '7/8 BWG 15','7/8 BWG 16','7/8 BWG 17','7/8 BWG 18','7/8 BWG 20','1 BWG 8','1 BWG 10','1
BWG 11','1 BWG 12','1 BWG 13','1 BWG 14','1 BWG 15','1 BWG 16','1 BWG 18',\
## '1 BWG 20','1-1/4 BWG 7','1-1/4 BWG 8','1-1/4 BWG 10','1-1/4 BWG 11','1-1/4 BWG 12','1-1/4
BWG 13','1-1/4 BWG 14','1-1/4 BWG 16','1-1/4 BWG 18','1-1/4 BWG 20',\
## '1-1/2 BWG 10','1-1/2 BWG 12','1-1/2 BWG 14','1-1/2 BWG 16','2 BWG 11','2 BWG 12','2 BWG
13','2 BWG 14']
##
##Do=[6.35,6.35,6.35,6.35,9.53,9.53,9.53,9.53,12.7,12.7,12.7,12.7,15.88,15.88,15.88,15.88,15.88,
15.88,15.88,15.88,15.88,\
##
19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,22.23,22.23,22.23,22.23,22.23,22.2
3,22.23,22.23,22.23,22.23,\
##
25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,31.75,31.75,31.75,31.75,31.75,31.75,31.75,31.7
5,31.75,31.75,\
## 33.1,33.1,33.1,33.1,50.8,50.8,50.8,50.8]
##
##dint=[4.93,5.23,5.44,5.54,7.04,7.75,8.10,8.41,9.40,10.21,10.92,11.28,10.34,11.05,11.66,12.22,1
2.57,12.93,13.39,13.74,14.10,\
##
12.24,12.95,13.51,14.22,14.83,15.39,15.75,16.10,16.56,17.27,15.42,16.13,16.69,17.40,18.01,18.5
7,18.92,19.28,19.74,20.45,\
73
##
17.02,18.59,19.30,19.86,20.57,21.18,21.74,22.10,22.91,23.62,22.61,23.37,24.94,25.65,26.21,26.9
2,27.53,28.45,29.26,29.97,\
## 31.29,32.56,33.88,34.80,44.70,45.26,45.97,46.58]
##
##t=[0.711,0.559,0.457,0.406,1.245,0.889,0.711,0.559,1.651,1.245,0.889,0.711,2.769,2.413,2.108,
1.829,1.651,1.473,1.245,1.067,\
##
0.889,3.404,3.048,2.769,2.413,2.108,1.829,1.651,1.473,1.245,0.889,3.404,3.048,2.769,2.413,2.10
8,1.829,1.651,1.473,1.245,\
##
0.889,4.191,3.404,3.048,2.769,2.413,2.108,1.829,1.651,1.245,0.889,4.572,4.191,3.404,3.048,2.76
9,2.413,2.108,1.651,1.245,\
## 0.889,3.404,2.769,2.108,1.651,3.048,2.769,2.413,2.108]
#Outros Diametros, ASME B36.10 e B36.19
tubo=['1/4 BWG 22','1/4 Std 40','1/4 Std 80','3/8 Std 40', '3/8 Std 80','1/2 Std 40','1/2 Std 80','1/2
Std 160','1/2 XXS','1/4 XS']
Do=[6.35,13.7,13.7,17.1,17.1,21.3,21.3,21.3,21.3,13.7]
dint=[4.93,9.2,7.7,12.5,10.7,15.8,13.8,11.8,6.4,7.7]
t=[0.711,2.23,3.02,2.31,3.2,2.77,3.73,4.75,7.47,3.02]
################################################################################
#Espessura minima de parede tmin[mm]
def t_min( P_MPa, Do_mm, Sh_MPa, margem_corr_mm ):
"Espessura minima de parede do tubo vapor sat em mm"
P=P_MPa*145.038
De=Do_mm/25.4
Sh=Sh_MPa*145.038
E=1.
74
Y=0.4
C=margem_corr_mm/25.4
tmin_in= 1.143 * (P*De/(2.*(Sh*E+P*Y)) + C) #in
tmin=tmin_in*25.4
return round(tmin,2)
#$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
contador=0
Sh=103.42 #tensao adm material tubo na Tproj
for n in db:
Db=n
for m in l:
L=m
for i in range (50,100+1,1): #Vapor
v_vapor=i/10.
for w in range(1,25+1,1): #Liq
vl=w/10.
for z in dint:
di=z
do=Do[dint.index(di)]
tubo1=tubo[dint.index(di)]
thickness1=t[dint.index(di)]
Pt=1.25*do
for k in dint:
di2=k
do2=Do[dint.index(di2)]
tubo2=tubo[dint.index(di2)]
thickness2=t[dint.index(di2)]
75
if thickness1>=t_min(Psat/10.,do,Sh,0) and thickness2>=t_min(Psat/10.,do2,Sh,0):
for j in range (2,2+1): #Numero de Reboilers
contador+=1
Vz_o=Q/j #Vazao oleo por Refervedor [m3/kg]
m_ponto_o=Q*rho_o(tm,api,kuop,Pop_psi)/3600. #Vazao total oleo [kg/s]
m_ponto_o_ref=m_ponto_o/j #Vazao oleo por Refervedor [kg/s]
duty=m_ponto_o_ref*(cp_o(tm,api,kuop,Pop_psi)*(t2-t1)+taxa_vap*hlv_o*1E6)
duty=duty/(1E6) #MW
Vz_tubo=3600.*pi*((di/1000.)**2)*v_vapor/4 #Vazao vapor agua sat em 1 tubo
[m3/h]
m_ponto_sat=duty/hlv_sat #Vazao total vapor agua sat [kg/s]
Vz_tot=m_ponto_sat/rho_sat*3600. #Vazao total vapor agua [m3/h]
Ntt1=ceil(Vz_tot/Vz_tubo)
Ntt2=ceil(m_ponto_sat/(vl*rho_a_liq*pi*((di2/1000.)**2)/4.))
Ntt=Ntt1+Ntt2
k1=0.156
n1=2.291
Ntt_max=(k1*(Db*1000./do)**n1)/2. + (k1*(Db*1000./do2)**n1)/2.
A=pi*L*((do/1000.)*Ntt1 + (do2/1000.)*Ntt2) #Area proposta (A) [m2]
q_ponto=duty*1E6/A #[W/m2]
if q_ponto<37855 and Ntt<Ntt_max:
delta_t=abs(((Tsat-t2)-(Tsat-t1))/log((Tsat-t2)/(Tsat-t1))) #LMTD
Fc=1./(1.+0.023*(q_ponto**0.15)*(BR**0.75))
C1=1.
Fb=1.+0.1*((0.785*Db*1000)/(C1* ((Pt/do)**2) *do)-1.)**0.75
alfa_nc=250. #[W/m2.K]
Pc=Pc_o(tm,api,kuop,Pop_psi)
Pr=Pop/Pc
76
if Pr>0.2:
Fp=1.8*Pr**0.17;
if Pr<=0.2:
Fp=2.1*Pr**0.27+(9+1./(1.- Pr**2))*Pr**2
alfa_nb1=0.00417*Pc**0.69*q_ponto**0.7*Fp
alfa_b=alfa_nb1*Fb*Fc+alfa_nc
alfa_c=8500.
Rfb=0.007/5.6779 #[m2.K/W]
Upalen=(1./alfa_b+1./alfa_c+Rfb)**-1 #U0 c/ fouling
Uc=(1./alfa_b+1./alfa_c)**-1 #Uc (limpo)
U0=Upalen #Palen
Ud=(1./Uc + Rfb)**-1 #Palen
## U0=Uc #Kern
## Ud=q_ponto/(A*delta_t) #Kern
Rfdisp=1./Ud - 1./Uc
Ar=duty*1E6/(U0*delta_t) #Area requerida [m2]
superdim=(A-Ar)/Ar*100 #Superdimensionamento da area [%]
if Rfdisp>=Rfb:
if superdim>10:
q1=367.*Pc* (Pr**0.35) * ((1.-Pr)**0.9) #q1,max
psi_b=(pi*Db*L)/A
fi_b=3.1*psi_b
if fi_b>1:
fi_b=1.
qb=q1*fi_b #qb,max
razao=q_ponto/qb
if razao<=0.7:
if superdim<=15: #Armazenar
Vvap.append(v_vapor)
77
Vliq.append(vl)
Tubo1.append(tubo1)
Tubo2.append(tubo2)
Dint.append(di)
Dext1.append(do)
Dint2.append(di2)
Dext2.append(do2)
Nref.append(j)
Duty_ref.append(round(duty,2))
Superdim.append(round(superdim,2))
Acalculada.append(round(A,2))
Arequerida.append(round(Ar,2))
Fluxo_maxi.append(round(razao,2))
Ntubes.append(int(Ntt))
Ntubes1.append(int(Ntt1))
Ntubes2.append(int(Ntt2))
Comprimento.append(L)
Bundle.append(Db)
Coef_glob.append(round(U0,2))
Coef_proj.append(round(Ud,2))
Rf_disp.append(round(Rfdisp,5))
##print "Velocidade do Vapor[m/s] = ",Vvap
##print "Velocidade do Liq[m/s] = ",Vliq
##print "Tubo 1 = ",Tubo1
##print "Tubo 2 = ",Tubo2
##print "Diametro interno do tubo 1 [mm] = ",Dint
78
##print "Diametro externo do tubo 1 [mm] = ",Dext1
##print "Diametro interno do tubo 2 [mm] = ",Dint2
##print "Diametro externo do tubo 2 [mm] = ",Dext2
##print "Numero de Refervedores = ",Nref
##print "Duty[MW] = ",Duty_ref
##print "Superdimensionamento de Area [%] = ",Superdim
##print "Area Calculada [m2] = ",Acalculada
##print "Area Requerida [m2] = ",Arequerida
##print "Razao q_ponto/qb,max = ",Fluxo_maxi
##print "Numero de Tubos no passe 1 Ntt1 = ",Ntubes1
##print "Numero de Tubos no passe 2 Ntt2 = ",Ntubes2
##print "Numero Total de Tubos Ntt = ",Ntubes
##print "Comprimento dos tubos = ",Comprimento
##print "Diametro do feixe tubular = ",Bundle
##print "Coef Global U0 = ",Coef_glob
79
if len(Vvap)>0:
print len(Nref)," possibilidades"
print "max(Vliq) = ",max(Vliq)," ; ","Vvap = ",Vvap[Vliq.index(max(Vliq))]
print "Ntt1(max(Vliq)) = ",Ntubes1[Vliq.index(max(Vliq))]
print "Ntt2(max(Vliq)) = ",Ntubes2[Vliq.index(max(Vliq))]
print "max(Vvap) = ",max(Vvap)," ; ","Vliq = ",Vliq[Vvap.index(max(Vvap))]
print "Ntt1(max(Vvap)) = ",Ntubes1[Vvap.index(max(Vvap))]
print "Ntt2(max(Vvap)) = ",Ntubes2[Vvap.index(max(Vvap))]
print "FIM"
elapsed_time = time.time() - start_time
print "Iteracoes = ",contador/1e6," M"
print "Tempo de simulacao = ",round(elapsed_time/60.,2), " min"
80
Apêndice II – Condensador
from math import *
################################################################################
#Dados de entrada
api=60. #Gasolina, Curso de Refino UFRN
kuop=11.7
Q = (30000/24.)*0.3 #=375 m3/h (0.46kg/s) Vazao que chega ao Condensador [m3/h]
t1=32. #Tin agua Cd [ºC]
t2=35. #Tin agua Cd [ºC]
Tsat=40. #Tsat raw gasoline [ºC]
T1=Tsat
T2=Tsat
Pop=1.*101.325 #Pressao de Operacao [KPa]
Pop_psi=Pop/6894.76 #Pressao de Operacao [Psi]
db=[0.5,0.6,0.7,0.8,0.9,1.0,1.1,1.2,1.3,1.4,1.5] #Bundle Diameter [m]
l=[2.4384,3.048,3.6576,4.8768,6.096] #Comprimento dos Tubos[m]
################################################################################
#Propriedades Raw Gasoline Liq
def rho_o( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a densidade do oleo em Kg/m3"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
81
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
Zra=((1./(S*0.999014))*(Ppc*0.068046)*(1.8/Tpc)*(W/82.057338))**(1/(1+(1-
(60+459.67)/Tpc)**(2./7)))
rho0=(1./82.057338)*(1.8/Tpc)*(Ppc*0.068046)*(1./(Zra**(1+(1-((T+459.7)/Tpc))**(2./7))))*W
m=21646+0.0734*P+1.4463*0.0000001*P**2
Bi=1.52*10000+4.704*P-2.5807*0.00001*P**2+1.0611*0.0000000001*P**3
## rho_low=(Ppc*1.8*0.068046*W)/(Tpc*82.057338*Zra**(1./(1+(1-
(1.8*T+491.67)/Tpc)**(2./7))))
B20=10**(-6.1*0.0001*(T*9./5+32)+4.9547+0.7133*rho0)
X=(B20-100000.)/23170
Bt=m*X+Bi
rho_o=(rho0)/(1.-(P/Bt))
# print "rho_oleo= ",rho_o, " Kg/m3"
return rho_o*1000.
def mu_o ( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a viscosidade do oleo em m2/s"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
82
Zra=((1./(S*0.999014))*(Ppc*0.068046)*(1.8/Tpc)*(W/82.057338))**(1/(1+(1-
(60+459.67)/Tpc)**(2./7)))
rho0=(1./82.057338)*(1.8/Tpc)*(Ppc*0.068046)*(1./(Zra**(1+(1-((T+459.7)/Tpc))**(2./7))))*W
m=21646+0.0734*P+1.4463*0.0000001*P**2
Bi=1.52*10000+4.704*P-2.5807*0.00001*P**2+1.0611*0.0000000001*P**3
## rho_low=(Ppc*1.8*0.068046*W)/(Tpc*82.057338*Zra**(1./(1+(1-
(1.8*T+491.67)/Tpc)**(2./7))))
B20=10**(-6.1*0.0001*(T*9./5+32)+4.9547+0.7133*rho0)
X=(B20-100000.)/23170
Bt=m*X+Bi
rho_o=(rho0)/(1.-(P/Bt))
nu_ref=10**(-1.35579+8.16059*0.0001*Tb+8.38505*0.0000001*Tb**2)
nu_cor=10**((3.4931*10-8.84387*0.01*Tb+6.73513*0.00001*Tb**2-
1.01394*0.00000001*Tb**3)+\
(-2.92649+6.98405*0.001*Tb-
5.09947*0.000001*Tb**2+7.49378*0.0000000001*Tb**3)*(kuop))
nu100=nu_ref+nu_cor
nu210=10**(-1.92353+2.41071*0.0001*Tb+0.5113*log10(Tb*nu100))
Z1=nu100+0.7+exp(-1.47-1.84*nu100-0.51*nu100**2)
Z2=nu210+0.7+exp(-1.47-1.84*nu210-0.51*nu210**2)
B=(log10(log10(Z1))-log10(log10(Z2)))/(log10(100+459.67)-log10(210+459.67))
Z=10**(10**(log10(log10(Z2))+B*(log10(1.8*T+459.67)-log10(100+459.67))))
nu=(Z-0.7-exp(-0.7487-3.295*(Z-0.7)+0.6119*(Z-0.7)**2-0.3193*(Z-0.7)**3))
mu0=(nu*0.00001076*62.428*rho_o)/(0.0006721)
## if mu0 < 0:
## return mu0=5.16/10000
## else:
## return 0.001*mu0*10**((P-14.6959)*(-0.0102+0.04042*mu0**0.181)/1000.)
mu_oleo=0.001*abs(mu0)*10**abs(((P-14.6959)*(-0.0102+0.04042*mu0**0.181)/1000.))
83
# print "mu_oleo= ",mu_oleo, "m2/s"
return mu_oleo
def cp_o( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna o calor escpecifico do oleo em J/Kg.Celcius"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
## rho0=S*0.062428*W*(999.83952+16.945176*(5*(60-32)/9.)-7.9870401*0.001*(5*(60-
32)/9.)**2-46.170461*\
## 0.000001*(5*(60-32)/9.)**3+105.56302*0.000000001*(5*(60-32)/9.)**4-
280.54253*\
## 0.000000000001*(5*(60-32)/9.)**5)/(1+16.87985*0.001*(5*(60-32)/9.))
## Zra=(Ppc*1.8*0.068046*W/((rho0*0.0160185/W)*Tpc*82.057338))**(1/(1+(1-
(60+491.67)/Tpc)**2/7.))
## m=21646+0.0734*P+1.4463*0.0000001*P**2
## Bi=1.52*10000+4.704*P-2.5807*0.00001*P**2+1.0611*0.0000000001*P**3
## rho_low=(Ppc*1.8*0.068046*W)/(Tpc*82.057338*Zra**(1/(1+(1-
(1.8*T+491.67)/Tpc)**2/7)))
## B20=10**(-6.1*0.0001*(T*9/5.+32)+4.9547+0.7133*rho0)
## X=(B20-100000)/23170.
## Bt=m*X+Bi
## rho_o=(rho0*0.0160185/W)/(1.-P/Bt)
84
Cp_oleo=4186.800000009*((-1.17126+(0.023722+0.024907*S)*kuop+(1.14982-
0.046535*kuop)/S)+(0.0001*(1+0.82463*kuop)*\
(1.12172-0.27634/S))*(1.8*T+491.67)+(-0.00000001*(1+0.82463*kuop)*(2.9027-
0.70958/S))\
*(1.8*T+491.67)**2)
# print "Cp_oleo= ",Cp_oleo, " J/Kg.Celcius"
return Cp_oleo
def Pc_o( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a Pressao Pseudocritica do oleo em kPa"
T=Temperatura_Celcius
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
Ppc=Ppc*6.89476
return Ppc
################################################################################
#Propriedades Raw Gasoline Vapor
hlv_o=(142.*2326)/(1*10**6) #[MJ/kg] Nelson
def rho_o_v( Temperatura_Celcius , API, Kuop, P_Psi ):
"Retorna a densidade do oleo em Kg/m3"
T=Temperatura_Celcius
85
api=API
kuop=Kuop
P=P_Psi
S=141.5/(api+131.5)
Tb=(kuop*S)**3
Tpc=10.6443*exp(-5.1747*0.0001*Tb-
0.54444*S+3.5995*0.0001*Tb*S)*(Tb)**0.81067*(S)**0.53691
Ppc=6.162*1000000*exp(-4.725*0.001*Tb-4.8014*S+3.1939*0.001*Tb*S)*(Tb)**(-
0.4844)*(S)**(4.0846)
W=20.486*exp(1.165*0.0001*Tb-7.78712*S+1.1582*0.001*Tb*S)*Tb**(1.26007)*S**(4.98308)
Zra=((1./(S*0.999014))*(Ppc*0.068046)*(1.8/Tpc)*(W/82.057338))**(1/(1+(1-
(60+459.67)/Tpc)**(2./7)))
rho0=(1./82.057338)*(1.8/Tpc)*(Ppc*0.068046)*(1./(Zra**(1+(1-((T+459.7)/Tpc))**(2./7))))*W
m=21646+0.0734*P+1.4463*0.0000001*P**2
Bi=1.52*10000+4.704*P-2.5807*0.00001*P**2+1.0611*0.0000000001*P**3
## rho_low=(Ppc*1.8*0.068046*W)/(Tpc*82.057338*Zra**(1./(1+(1-
(1.8*T+491.67)/Tpc)**(2./7))))
B20=10**(-6.1*0.0001*(T*9./5+32)+4.9547+0.7133*rho0)
X=(B20-100000.)/23170
Bt=m*X+Bi
rho_o=(rho0)/(1.-(P/Bt))
# print "rho_oleo= ",rho_o, " Kg/m3"
Tr=(Tsat+273.15)/((Tpc-491.67)/1.8+273.15)
Pr=Pop/(Ppc*6.89476)
lnPr=log(Pr)
P_asterisco=14.7 #Vapor pressure at T, psi absolute
Pr_asterisco_linha=P_asterisco/Ppc #P*/Pc Reduced vapor pressure at reduced temperature
z0=0.935 #Interpolado a partir de Pr , Procedimento 6B1.1, p.505 pdf API
z1=0 #Interpolado a partir de Pr , Procedimento 6B1.1, p.505 pdf API
w=(log(Pr_asterisco_linha)-5.92714+6.09648/Tr+1.28862*log(Tr)-0.169347*Tr**6)/(15.2518-
15.6875/Tr-13.4721*log(Tr)+0.43577*Tr**6)
86
Z=z0+w*z1
rho_o_v=Pop/(Z*(8.314/W)*(Tsat+273.15))
return rho_o_v
################################################################################
#Propriedades Agua liq
def rho_a( Temperatura_Celcius ):
"Retorna a densidade da agua em Kg/m3"
T=Temperatura_Celcius
rho_agua=(999.83952+16.945176*T-7.9870401*0.001*T**2-
46.170461*0.000001*T**3+105.56302*\
0.000000001*T**4-280.54253*0.000000000001*T**5)/(1+16.87985*0.001*T)
# print "rho_agua= ",rho_agua, " Kg/m3"
return rho_agua
def cp_a( Temperatura_Celcius):
"Retorna o calor especifico da agua em J/Kg.Celcius"
T=Temperatura_Celcius
Cp_agua=4.1855*(0.996185+0.0002874*((T+100.)/100.)**5.26+0.01116*10**(-0.036*T))*1000
# print "Cp_a= ",Cp_agua, " J/Kg.Celcius"
return Cp_agua
################################################################################
#Tubos da TEMA (69 configuracoes)
tubo=['1/4 BWG 22','1/4 BWG 24','1/4 BWG 26','1/4 BWG 27','3/8 BWG 18','3/8 BWG 20','3/8
BWG 22','3/8 BWG 24','1/2 BWG 16','1/2 BWG 18','1/2 BWG 20','1/2 BWG 22',\
87
'5/8 BWG 12','5/8 BWG 13','5/8 BWG 14','5/8 BWG 15','5/8 BWG 16','5/8 BWG 17','5/8 BWG
18','5/8 BWG 19','5/8 BWG 20','3/4 BWG 10','3/4 BWG 11','3/4 BWG 12',\
'3/4 BWG 13','3/4 BWG 14','3/4 BWG 15','3/4 BWG 16','3/4 BWG 17','3/4 BWG 18','3/4 BWG
20','7/8 BWG 10','7/8 BWG 11','7/8 BWG 12','7/8 BWG 13','7/8 BWG 14',\
'7/8 BWG 15','7/8 BWG 16','7/8 BWG 17','7/8 BWG 18','7/8 BWG 20','1 BWG 8','1 BWG 10','1
BWG 11','1 BWG 12','1 BWG 13','1 BWG 14','1 BWG 15','1 BWG 16','1 BWG 18',\
'1 BWG 20','1-1/4 BWG 7','1-1/4 BWG 8','1-1/4 BWG 10','1-1/4 BWG 11','1-1/4 BWG 12','1-1/4
BWG 13','1-1/4 BWG 14','1-1/4 BWG 16','1-1/4 BWG 18','1-1/4 BWG 20',\
'1-1/2 BWG 10','1-1/2 BWG 12','1-1/2 BWG 14','1-1/2 BWG 16','2 BWG 11','2 BWG 12','2 BWG
13','2 BWG 14']
Do=[6.35,6.35,6.35,6.35,9.53,9.53,9.53,9.53,12.7,12.7,12.7,12.7,15.88,15.88,15.88,15.88,15.88,15.
88,15.88,15.88,15.88,\
19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,19.05,22.23,22.23,22.23,22.23,22.23,22.2
3,22.23,22.23,22.23,22.23,\
25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,25.4,31.75,31.75,31.75,31.75,31.75,31.75,31.75,31.7
5,31.75,31.75,\
33.1,33.1,33.1,33.1,50.8,50.8,50.8,50.8]
dint=[4.93,5.23,5.44,5.54,7.04,7.75,8.10,8.41,9.40,10.21,10.92,11.28,10.34,11.05,11.66,12.22,12.5
7,12.93,13.39,13.74,14.10,\
12.24,12.95,13.51,14.22,14.83,15.39,15.75,16.10,16.56,17.27,15.42,16.13,16.69,17.40,18.01,18.5
7,18.92,19.28,19.74,20.45,\
17.02,18.59,19.30,19.86,20.57,21.18,21.74,22.10,22.91,23.62,22.61,23.37,24.94,25.65,26.21,26.9
2,27.53,28.45,29.26,29.97,\
31.29,32.56,33.88,34.80,44.70,45.26,45.97,46.58]
88
t=[0.711,0.559,0.457,0.406,1.245,0.889,0.711,0.559,1.651,1.245,0.889,0.711,2.769,2.413,2.108,1.
829,1.651,1.473,1.245,1.067,\
0.889,3.404,3.048,2.769,2.413,2.108,1.829,1.651,1.473,1.245,0.889,3.404,3.048,2.769,2.413,2.10
8,1.829,1.651,1.473,1.245,\
0.889,4.191,3.404,3.048,2.769,2.413,2.108,1.829,1.651,1.245,0.889,4.572,4.191,3.404,3.048,2.76
9,2.413,2.108,1.651,1.245,\
0.889,3.404,2.769,2.108,1.651,3.048,2.769,2.413,2.108]
#Outros Diametros, ASME B36.10 e B36.19
##tubo=['1/4 BWG 22','1/4 Std 40','1/4 Std 80','3/8 Std 40', '3/8 Std 80','1/2 Std 40','1/2 Std
80','1/2 Std 160','1/2 XXS','1/4 XS']
##Do=[6.35,13.7,13.7,17.1,17.1,21.3,21.3,21.3,21.3,13.7]
##dint=[4.93,9.2,7.7,12.5,10.7,15.8,13.8,11.8,6.4,7.7]
##t=[0.711,2.23,3.02,2.31,3.2,2.77,3.73,4.75,7.47,3.02]
#$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
#Calculos
Vliq=[] #Velocidade do liquido
Dint=[] #
Dext=[]
Tubo=[]
Dbundle=[]
Duty_Cd=[]
Comp=[]
Ntubes=[]
Area=[]
tm=(t1+t2)/2.
89
LMTD=abs(((T1-t2)-(T2-t1))/log((T1-t2)/(T2-t1)))
rho_o_l=rho_o(Tsat,api,kuop,Pop_psi) #kg/m3
rho_o_v=rho_o_v(Tsat,api,kuop,Pop_psi) #kg/m3
m_ponto_o=Q*rho_o_v/3600. #kg/s
duty=m_ponto_o*hlv_o #MW
m_ponto_a=duty*10**6/(cp_a(tm)*(t2-t1)) #kg/s
U0=312. #W/m2.ºC #312-1022 W/m2.ºC Gasoline-water
Areq=duty*10**6/(U0*LMTD)
for i in range(89,300+1,1): #1.5-3.0 m/s Vliq
vl=i/100.
for j in l:
L=j
for k in dint:
for x in db:
Db=x
di=k
do=Do[dint.index(di)]
tubo1=tubo[dint.index(di)]
Pt=1.25*do
k1=0.215
n1=2.207
Ntt_max=k1*(Db*1000./do)**n1 #1 passe tubos
m_ponto_a_tubo=rho_a(tm)*vl*pi*(di/1000.)**2/4.
Ntt=ceil(m_ponto_a/m_ponto_a_tubo)
## Db_min=(Ntt/k1)**(1./n1)*do/1000.
90
Acalc=pi*(do/1000.)*L*Ntt
superdim=(Acalc-Areq)/Areq*100. #Superdimensionamento da area [%]
if Ntt<Ntt_max and Acalc>Areq:
if 10. <= superdim <= 20:
Vliq.append(vl)
Dint.append(di)
Dext.append(do)
Dbundle.append(Db)
Tubo.append(tubo1)
Duty_Cd.append(round(duty,2))
Area.append(round(superdim,2))
Comp.append(round(L,2))
Ntubes.append(int(Ntt))
print "Velocidade do Liq[m/s] = ",Vliq
print "Diametro interno[mm] = ",Dint
print "Diametro externo[mm] = ",Dext
print "Tubo = ",Tubo
print "Duty[MW] = ",Duty_Cd
print "Superdimensionamento de Area [%] = ",Area
print "Comprimento do Tubo [m] = ",Comp
print "Numero de Tubos Ntt = ",Ntubes
print "Bundle diameter [m] = ",Dbundle
91
Apêndice III – Cálculo de Flexibilidade
• Linha 100: Refervedor - Saída da Unidade (Resíduo liq)
e [mm/m] 4.0042
D [mm] 355.6
Eh [GPa] 190.12
Ec [GPa] 212.99
I[cm^4] 15525
Sa (Tproj) [MPa] 200.86
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z - 0.50 6.79 8.75 0.00
L2 y + 2.00 27.15 0.00 23.17
L3 x - 3.00 0.00 52.52 34.76
L4 y - 4.00 54.31 0.00 46.34
L5 z + 4.00 54.31 70.03 0.00
L6 y + 4.00 54.31 0.00 46.34
L7 x + 3.00 0.00 52.52 34.76
L8 y + 0.80 10.86 0.00 9.27
L9 x - 3.00 0.00 52.52 34.76
L10 z - 0.73 9.91 12.78 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
6823 5291 0 28697 37001 18062
Reações no Extremo L 10
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
9961 7725 0 28697 37001 18062
92
• Linha 101: Entrada da Unidade - Refervedor (Vapor d'água sat)
Válida para 101-1, 101-2 e 101-3
e [mm/m] 4.5214
D [mm] 60.3
Eh [GPa] 182.22
Ec [GPa] 204.70
I[cm^4] 48.41
Sa (Tproj) [MPa] 155.13
A linha 101 foi dividida em 3 partes para o cálculo, 101-1 tem origem no
Refervedor e vai até a derivação, 101-2 vai da derivação até a tubovia e a 101-3 vai da
derivação até a linha de condensado.
➢ 101-1
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z + 0.5 16.97 22.45 0.00
L2 x + 1.85 0.00 83.08 10.81
L3 y + 2 67.89 0.00 11.68
L4 z - 1 33.94 44.91 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
321 243 0 1316 1741 167
Reações no Extremo L 4
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
642 485 0 1316 1741 167
93
➢ 101-2
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 y + 7.2 0.00 0.00 4.42
L2 z + 3.01 0.00 151.51 0.00
L3 y + 2.23 0.00 0.00 1.37
L4 z - 1.6 0.00 80.54 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
63 0 0 0 1439 24
Reações no Extremo L 4
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
1151 0 0 0 1951 18
➢ 101-3
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z - 1 38.27 125.57 0.00
L2 y + 1.5 57.40 0.00 57.40
L3 x + 1 0.00 125.57 38.27
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
1795 547 0 1483 4867 1094
Reações no Extremo L 3
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
0 547 1795 1094 4867 1483
94
• Linha 102: Refervedor - Saída da Unidade (Condensado)
Válida para 102-1 e 102-2
e [mm/m] 4.5214
D [mm] 273
Eh [GPa] 177.54
Ec [GPa] 203.30
I[cm^4] 6692.9
Sa (Tproj) [MPa] 201.16
A linha 102 foi dividida em 2 partes para o cálculo, 102-1 tem origem no
Refervedor e vai até o local em que a linha de vapor saturado, após passar por um
purgador, se une a ela. A 101-2 vai deste ponto, onde essas duas tubulações se unem,
até a tubovia.
➢ 102-1
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z - 0.3 4.61 3.77 0.00
L2 x + 4.85 0.00 60.89 5.27
L3 y - 1.75 26.92 0.00 1.90
L4 x - 2 0.00 25.11 2.17
L5 z + 3.5 53.83 43.94 0.00
L6 x + 2 0.00 25.11 2.17
L7 y + 3.5 53.83 0.00 3.80
L8 x - 2 0.00 25.11 2.17
L9 z - 3.5 53.83 43.94 0.00
L10 x + 2 0.00 25.11 2.17
L11 y + 1.75 26.92 0.00 1.90
L12 x - 2 0.00 25.11 2.17
L13 y + 0.5 7.69 0.00 0.54
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
1613 1976 0 17859 14577 931
95
Reações no Extremo L 13
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
233 0 3293 17859 10752 1262
➢ 102-2
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 y + 0.9 0.00 0.00 14.80
L2 z + 2 0.00 57.70 0.00
L3 x + 3 0.00 86.55 49.34
L4 y + 2.9 0.00 0.00 47.70
L5 x - 3 0.00 86.55 49.34
L6 z - 2 0.00 57.70 0.00
L7 y + 1.4 0.00 0.00 23.03
L8 x + 3 0.00 86.55 49.34
L9 z + 3.8 0.00 109.64 0.00
L10 x - 3 0.00 86.55 49.34
L11 y + 1.67 0.00 0.00 27.47
L12 z - 0.73 0.00 21.06 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
6338 0 0 0 24708 19097
Reações no Extremo L 12
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
9018 0 0 0 33500 14085
96
• Linha 103: Condensador - Vaso de Acumulação (Raw Gasoline)
Válida para 103-1 e 103-2
e [mm/m] 1.5298
D [mm] 273
Eh [GPa] 195.12
Ec [GPa] 203.30
I[cm^4] 6692.9
Sa (Tproj) [MPa] 206.85
A linha 103 foi dividida em 2 partes para o cálculo, 103-1 tem origem no
Condensador e vai até uma ancoragem, a 103-2 vai desta ancoragem até o Vaso de
Acumulação.
➢ 103-1
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z - 0.5 0.00 0.00 0.00
L2 x - 2.6 0.00 0.00 11.63
L3 y + 3.3 0.00 0.00 14.77
L4 z - 1.38 0.00 0.00 0.00
L5 y - 3.3 0.00 0.00 14.77
L6 x + 2.6 0.00 0.00 11.63
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
0 0 0 0 0 4211
Reações no Extremo L 6
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
0 5474 0 0 0 5709
97
➢ 103-2
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z - 0.7 3.18 5.54 0.00
L2 x - 2 0.00 15.83 1.02
L3 y + 4.2 19.09 0.00 2.14
L4 x + 2 0.00 15.83 1.02
L5 z + 0.7 3.18 5.54 0.00
L6 x - 2 0.00 15.83 1.02
L7 y - 2.1 9.54 0.00 1.07
L8 x + 3.5 0.00 27.70 1.78
L9 z - 0.3 1.36 2.37 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
2607 1497 0 5800 10099 479
Reações no Extremo L 9
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
1117 642 0 5800 10099 479
98
• Linha 104: Entrada da Unidade - Condensador (Água de Resfriamento)
e [mm/m] 0.4405
D [mm] 88.9
Eh [GPa] 200.81
Ec [GPa] 203.30
I[cm^4] 125.7
Sa (Tproj) [MPa] 206.85
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z - 0.5 0.08 13.82 0.00
L2 x - 1 0.00 27.63 0.65
L3 y + 1 0.15 0.00 0.65
L4 x + 1.3 0.00 35.92 0.84
L5 y + 3.58 0.54 0.00 2.32
L6 z - 0.86 0.13 23.77 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
386 2 0 11 2093 36
Reações no Extremo L 6
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
664 4 0 11 2093 36
99
• Linha 105: Entrada da Unidade - Condensador (Água de Retorno)
e [mm/m] 0.4405
D [mm] 88.9
Eh [GPa] 200.81
Ec [GPa] 203.30
I[cm^4] 125.7
Sa (Tproj) [MPa] 206.85
Comprimento Tensões Máximas
[m] Sx [MPa] Sy [MPa] Sz [MPa]
L1 z + 0.5 0.04 3.72 0.00
L2 x - 1 0.00 7.43 0.22
L3 y + 2 0.16 0.00 0.44
L4 z - 1.8 0.14 13.38 0.00
L5 y + 4.7 0.37 0.00 1.04
L6 z + 1.8 0.14 13.38 0.00
L7 y + 5.35 0.42 0.00 1.18
L8 z - 2.96 0.23 22.00 0.00
Reações no Extremo L 1
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
104 1 0 6 563 12
Reações no Extremo L 8
Mx [N.m] My [N.m] Mz [N.m] Rx [N] Ry [N] Rz [N]
614 7 0 6 563 12
100
Apêndice IV – Planta de Tubulações