projecto educativo

PROJECTO EDUCATIVO

2008-2012

Agrupamento de Escolas Mouzinho da Silveira PROJECTO EDUCATIVO DE AGRUPAMENTO

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 3

2. LINHAS DE ORIENTAÇÃO .......................................................................................................................... 4

2.1. Conceitos de Educação e de Instrução ................................................................................................. 4 2.2. Princípios de Carácter Pedagógico ....................................................................................................... 5

3. O AGRUPAMENTO E O MEIO..................................................................................................................... 6

3.1. Caracterização do Meio ........................................................................................................................ 6 3.2. Caracterização das Escolas do Agrupamento ...................................................................................... 7

3.2.1. Escola EB2,3 Mouzinho da Silveira .............................................................................................. 7 3.2.2. EB1/JI da Baixa da Banheira nº1 .................................................................................................. 8 3.2.3. EB1/JI da Baixa da Banheira nº 2 ................................................................................................. 8 3.2.4. EB1/JI da Baixa da Banheira nº3 .................................................................................................. 9 3.2.5. EB1 nº 6 da Baixa da Banheira ................................................................................................... 10

3.3. Relação com a comunidade ................................................................................................................ 10 4. PROJECTO EDUCATIVO 2008-2012 ........................................................................................................ 12

4.1. Diagnóstico da Situação ..................................................................................................................... 12 4.1.1. Elaboração de Questionários ...................................................................................................... 12 4.1.2. Identificação do Problema-Chave ............................................................................................... 12

4.2. Princípios Orientadores do Projecto Educativo ................................................................................... 13 4.2.1. Objectivos Gerais ........................................................................................................................ 13 4.2.2. Articulação entre Objectivos Gerais, Específicos e Estratégias de Actuação ........................ 14

4.3. Divulgação .......................................................................................................................................... 17 4.4. Avaliação ............................................................................................................................................ 17

4.4.1. Instrumentos de Avaliação .......................................................................................................... 17 4.4.2. Momentos de Avaliação .............................................................................................................. 17

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 18

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 20


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1. INTRODUÇÃO

“Só podemos provocar transformações se estivermos conscientes

do que importa mudar, o que mudar e como mudar.”

(GESTÃO FLEXÍVEL DO CURRÍCULO, p.306)

Viver a Escola é fazer parte dela e sentir que ela, de um modo quase inevitável, é parte integrante de muitos de nós. Assim sendo, o “intervir” não surge como imperativo legal mas como necessidade decorrente de uma maneira de estar no ensino e no mundo, em que os objectivos da escola e da vida se entrelaçam.

Construir um Projecto Educativo para um Agrupamento de Escolas marca a passagem do falar da Escola e do ensino para a reflexão cuidada, objectiva e séria sobre o rosto e os percursos de uma determinada comunidade educativa. Passa-se do geral para o particular, da entidade abstracta para a quase personificação de um espaço que fala connosco e de nós.

É nossa intenção construir um Projecto Educativo que se constitua como elo de ligação desta comunidade escolar, fundamentado numa análise cuidada, séria e verdadeira dos vários grupos que a constituem (assente em questionários distribuídos a alunos, docentes, pessoal não docente e encarregados de educação). Iremos ao encontro dos problemas, encarando-os sem receios e com a vontade firme de encontrar soluções que conduzam, directa ou indirectamente, à melhoria do processo do ensino-aprendizagem.

A incerteza de estarmos à altura da tarefa é condição essencial para pesquisas e aprendizagens sempre renovadas e constantes. A única certeza é a de nos darmos por inteiro, sem fronteiras nem condições, à tarefa privilegiada e única de educar as nossas crianças e jovens, para que seja depois deles a chave da mudança para um mundo melhor e mais justo.


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2. LINHAS DE ORIENTAÇÃO

2.1. Conceitos de Educação e de Instrução

Os conceitos de “Educação” e de “Instrução” foram, durante muito tempo, utilizados de um modo indiferenciado. Contudo, embora os dois conceitos apresentem afinidades de sentido, revelam também as suas diferenças. Importa, pois, clarificar a acepção de um e de outro.

O termo “educar” vem do latim “ducere” que significa “conduzir para fora de”. O acto de educar está, assim, relacionado com a intenção de conduzir o indivíduo para fora do seu estado mais primário, no sentido de tornar possível a concretização real das potencialidades que transporta em si, conduzindo à sua socialização.

“Instruir” tem também a sua origem no latim, provem do termo “instruere” e está relacionado com o fornecimento e transmissão de conhecimentos.

A noção mais abrangente que o conceito de “educação” veicula, complementa-se com o sentido mais restrito de “instrução”, sendo esta última um dos meios que torna possível aceder àquela. Cabe à Escola, articular de um modo harmonioso, estas vertentes da formação individual das crianças e dos jovens.

Não descurando nunca a transmissão de conhecimentos explícita em todo o processo educativo, a Escola procurará, por todos os meios ao seu alcance, promover a socialização e desenvolver a personalidade dos alunos. Tão importante como transmitir conhecimentos e técnicas, é a promoção da descoberta de novos saberes, facilitar a integração do jovem na comunidade em que vive e na sociedade em geral, desenvolvendo as suas potencialidades e promovendo a sua auto--estima e auto-realização.

Como afirma RIBEIRO DIAS (1993, p.12) “importa ensinar e aprender sobretudo não conhecimentos, mas a conhecer, não os objectos de aprendizagem mas a aprender, não reflexões mas a reflectir, não pensamentos mas a pensar, não resoluções mas a resolver, não investigações mas a investigar, não o ser (substantivo, passivo, estático), mas a ser (verbo, activo, dinâmico).”

Em suma, os alunos devem ser encarados como sujeitos de educação, participantes activos na construção do sistema e das práticas educativas e dentro dos princípios que orientam a sua acção, devendo a Escola estar cada vez mais ao serviço da comunidade.

Sabemos, no entanto, que o percurso que teremos de encetar para tornar possível a concretização deste propósito não é fácil, tanto mais que as práticas educativas tradicionais estão ainda amplamente enraizadas entre os diversos membros da comunidade educativa. Porém, o caminho que já percorremos ao longo dos anos de implementação dos anteriores Projectos Educativos, a experiência e maturidade daqueles que asseguram o funcionamento das estruturas de orientação e gestão escolar, a tendência para a fixação


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do corpo docente e não docente, o clima de alguma cooperação e participação que se vive na Escola, criaram em muitos de nós expectativas de mudança muito positivas, das quais não poderemos nem queremos abdicar.

2.2. Princípios de Carácter Pedagógico

O modelo formativo da Escola tem que permitir a convivência de todos, enriquecida pelas diferentes

posturas individuais. Assim, a Escola deverá:

- Desenvolver a sensibilidade aos princípios, tradições e normas, quer da própria Escola, quer do exterior;

- Desenvolver o espírito de tolerância, compreensão, colaboração e solidariedade;

- Implicar toda a comunidade educativa na tarefa de educar;

- Incentivar a procura de novos métodos, técnicas e ritmos de trabalho, conducentes não apenas ao aprender, mas ao aprender a aprender.

Outro dos objectivos da Escola Básica deve ser o estabelecimento de uma continuidade, ligando os momentos precedentes e seguintes do sistema educativo, na procura de uma articulação entre ciclos.

A Escola de hoje deve constituir-se como uma identidade de formação multifacetada, baseada na investigação, na construção de saberes e na aquisição de competências, capaz de desenvolver nos alunos a iniciativa e o sentido de responsabilidade. Assim, é necessário que se criem condições que facilitem o desenvolvimento pleno dos alunos, quer na sua componente formativa, quer nas componentes sociais, motoras, emotivas e intelectuais.

Sendo a Escola um ambiente criado para as aprendizagens, tem que assumir a responsabilidade de garantir a todas as crianças e jovens a igualdade de oportunidades, no acesso à informação/formação.

A Escola enquanto agente social, não pode por si só desenvolver todas as funções educativas imprescindíveis para o progresso integral das crianças e jovens. Deste modo, revela-se necessário que esta se relacione com o exterior por um lado, com a família com a qual deve partilhar a responsabilidade de educar e, por outro, com a comunidade social em que está inserida, quer permitindo, quer solicitando a sua colaboração.

Para que a Escola atinja as suas finalidades de um modo eficiente e eficaz é necessário que, sem inibir a iniciativa e a criatividade dos actores envolvidos, existam linhas gerais que confiram unidade à organização.


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3. O AGRUPAMENTO E O MEIO

3.1. Caracterização do Meio

As Escolas do Agrupamento Vertical Mouzinho da Silveira estão situadas na freguesia da Baixa da Banheira, concelho da Moita.

O núcleo inicial da Baixa da Banheira formou-se no princípio do séc. XX, a partir da abertura do Caminho de Ferro, construído em 1863. Nos seus primórdios constituía uma área residencial de ferroviários e operários corticeiros, que se formou numa faixa fronteiriça ao Lavradio e ao longo do caminho-de-ferro, no sítio denominado Cabeço de Alhos Vedros. O desenvolvimento da zona deu-se ao longo da estrada Barreiro – Moita e, sobretudo, ao sul da linha férrea. No seu crescimento a Baixa da Banheira absorveu alguns núcleos de formação espontânea, entre eles a Baixa da Serra, Alto da Serra e Vale da Amoreira; este último e o mais antigo, constitui-se também como freguesia.

A Baixa da Banheira cresceu a um ritmo vertiginoso, a partir dos anos 50, com migrações oriundas da Beira Baixa, do Alentejo e do Algarve. A procura destas paragens deveu-se essencialmente à existência de indústrias empregadoras – oficinas do Caminho de Ferro, fábricas da CUF, indústrias transformadoras de cortiça e pela proximidade de Lisboa.

Nas décadas de 40 a 60 a Baixa da Banheira absorveu praticamente todo o crescimento urbano do concelho da Moita.

A inauguração da ponte sobre o Tejo, em 1966, fez diminuir substancialmente o transporte ferroviário e o fluvial, substituindo-os pelo transporte rodoviário. Com a ponte veio também um rápido crescimento urbano.

O final da década de 70 traz a decadência e encerramento das principais corticeiras, que cedem o seu lugar aos têxteis, também eles em crise uma década depois.

Perdidas as grandes empresas empregadoras que a rodeavam, a Baixa da Banheira tornou-se numa zona dormitório da grande Lisboa. A elevada densidade populacional desta zona deve-se, em parte, à vinda de muitos naturais das antigas colónias portuguesas em África, nomeadamente Guiné, Cabo Verde, Angola e S.Tomé e ainda à presença da comunidade cigana.

Nos últimos anos a zona acolheu ainda naturais dos países de Leste, da Ásia e do Brasil. Tradicionalmente, a população banheirense estava ligada às indústrias existentes nas zonas limítrofes, que não têm hoje a dinâmica de outros tempos. Nos nossos dias, para além de uma classe média ligada aos


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serviços e ao comércio, encontramos um grupo populacional de baixo nível económico com situações de pobreza que, em geral, se relacionam com o desemprego e o trabalho precário, a marginalidade e a toxicodependência.

A população residente é particularmente jovem e culturalmente diversificada, facto que confere à zona pitorescos contrastes e uma riqueza humana muito peculiar.

A diversidade cultural decorrente dos contextos multi-étnicos da população escolar e os problemas sócio-económicos das famílias (baixos níveis de escolaridade, baixos salários, sub-emprego e desemprego, clandestinidade, bairros e habitações degradadas,...), fizeram aumentar as responsabilidades e os espaços de intervenção das Escolas do Agrupamento, que têm desenvolvido acções que vão muito para além das suas tradicionais competências.

3.2. Caracterização das Escolas do Agrupamento 3.2.1. Escola EB23 Mouzinho da Silveira

O dia da Escola celebra-se a 3 de Março, dia em que Mouzinho da Silveira foi nomeado Ministro da Fazenda e da Justiça do rei D. Pedro IV.

O símbolo e a bandeira da Escola foram escolhidos em 1993, após um concurso em que participaram dezenas de alunos.

As actuais instalações da Escola Mouzinho da Silveira foram inauguradas no ano lectivo 1992/93. É uma Escola com boas condições físicas e encontra-se equipada, quer a nível de mobiliário, quer de material didáctico.

É um edifício único, constituído por três blocos interligados por amplos corredores, dois deles com primeiro andar e um só de rés-do-chão.

Existe um espaço envolvente ao edifício propriamente dito, vedado, que comporta um campo de jogos e respectivos balneários e ainda zonas ajardinadas.

Faz ainda parte do recinto escolar o pavilhão gimnodesportivo, localizado em zona próxima da escola (Rua Soeiro Pereira Gomes), onde decorre parte das actividades lectivas e lúdicas da comunidade escolar e local.

Na Escola funciona um pólo do Centro de Formação das Escolas dos Concelhos do Barreiro e Moita. Está instalado também, no estabelecimento de ensino, um núcleo do Gabinete de Segurança do Ministério da Educação.


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3.2.2. EB1/JI da Baixa da Banheira nº1

A Escola fica situada na Rua Augusto Gil, na Baixa da Banheira.

Trata-se de um edifício tipo “P3”, construído em 1973. É composto por um único piso que se estende por cinco núcleos. O espaço exterior foi, recentemente, objecto de uma requalificação espacial.

Possui dezasseis salas de aula. O 1º Ciclo funciona em onze destas salas, dispondo ainda a escola de um Laboratório de informática, uma Biblioteca Escolar e de uma sala para o A.T.L., da responsabilidade de Associação de Pais.

O Jardim de Infância funciona num dos cinco núcleos da Escola, sendo composto por três salas, uma casa de banho completamente remodelada e com as condições necessárias às necessidades básicas das crianças. Comum às três salas existe uma outra área: a chamada “área suja” que, após ter sido sujeita a obras, serve de apoio à expressão plástica e lanches. As salas de Pré-escolar estão bem equipadas.

A escola possui ainda uma sala polivalente que funciona como refeitório para os alunos do 1º CEB e crianças do Pré-escolar e um ginásio, também utilizado pelos dois níveis.

As refeições são confeccionadas por uma empresa do sector, na cozinha existente.

No exterior, para além dos espaços verdes e lúdicos, existem brinquedos e mobiliário de exterior, bem como caixas de areia.

Esta escola tem instalações sanitárias adaptadas a alunos com necessidades educativas especiais.

A Associação de Pais deste estabelecimento mantém uma óptima relação de trabalho com o Agrupamento, sendo entidade promotora das Actividades de Enriquecimento Curricular.

3.2.3. EB1/JI da Baixa da Banheira nº 2

A Escola fica situada na Rua dos Açores, na Baixa da Banheira. Esta escola é um edifício tipo P3, inicialmente de área aberta, tendo as salas sido fechadas

posteriormente. Tendo sido construída em 1983, foi sujeita em 2001/2002 a obras de restauro – pintura interior e exterior e montagem do equipamento de cozinha. No ano lectivo 2002/2003 foi recuperado o espaço exterior do recreio, tendo sido criadas novas áreas de jogos, jardinagem, horticultura, alpendre coberto, entre outros.

É composta por um edifício de r/c e 1º andar, com um total de 8 salas e 4 “zonas sujas”. O edifício conta, ainda, com um espaço polivalente, zona de refeitório, cozinha, 1 despensa, 2 arrecadações (1 do Jardim de Infância), 1 gabinete, 1 reprografia, 1 laboratório de Informática, 6 casas de banho (1 do Jardim de Infância).


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O mobiliário é variado e encontra-se em bom estado, sendo facilmente deslocável, o que permite adaptar minimamente as salas de aula às necessidades das várias actividades.

A área destinada ao funcionamento do Jardim de Infância situa-se no rés-do-chão da Escola, na ala esquerda, e é composta por duas salas abertas, bem iluminadas e com duas portas cada uma, uma delas de acesso directo ao exterior. Possuem em comum um espaço designado por “área suja”.

No ano lectivo 2009-2010 irá aqui funcionar uma Unidade de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo (1º CEB), com capacidade para 6 utentes.

As salas encontram-se em bom estado de conservação. A escola tem instalações sanitárias adaptadas a alunos com necessidades educativas especiais.

O espaço exterior é bastante amplo. O edifício é murado e vedado com rede. A Escola tem dois portões que, por norma, se encontram fechados.

Os problemas relacionais entre crianças e adultos são notórios. No espaço escolar os alunos revelam comportamentos agressivos no recreio e mesmo dentro da sala de aula, mostrando-se pouco solidários, as atitudes de inter-ajuda e/ou cooperações são diminutas e os conflitos resolvem-se quase sempre de forma violenta

3.2.4. EB1/JI da Baixa da Banheira nº3

Este estabelecimento de ensino foi inaugurado em 1954.

É um edifício do tipo Plano Centenário, com dois edifícios geminados de quatro salas de aula cada, respectivos blocos sanitários e alpendre e um edifício onde funcionava a antiga cantina, com a respectiva instalação sanitária.

Uma das salas do edifício da cantina foi adaptado a biblioteca, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, tendo sido a outra adaptada a sala polivalente.

Existem ainda dois pavilhões independentes com arrecadação e instalação sanitária incorporada, onde funciona o Jardim de Infância.

O logradouro é bastante amplo e encontra-se devidamente murado, envolvendo não só os edifícios acima mencionados como também a Escola adjacente – EB1/JI Baixa da Banheira nº 2. Possui campo de jogos, pérgola, brinquedos e mobiliário exterior. As referidas escolas partilham ainda outros recursos: o refeitório, o laboratório de informática e a biblioteca escolar.

A zona onde se localiza a Escola está inserida num meio sócio-económico e cultural desfavorável, verificando-se casos pontuais de nível médio alto. Uma importante parte desta população escolar é constituída por famílias desagregadas, onde o desemprego e a toxicodependência se fazem sentir. Também


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por esta razão tem aumentado, progressivamente, o número de crianças com dificuldades de aprendizagem e instabilidade comportamental.

Neste âmbito, para além de querermos despertar o gosto pela Escola, que tem como principal função a troca de saberes, propomo-nos também apelar a um conjunto de valores morais, cultivando-os para que as nossas crianças possam tornar-se reflexivas, com atitudes correctas e com capacidades de análise e decisão perante situações de intolerância, racismo, falta de solidariedade, entre outros, possibilitando a aquisição de uma cultura democrática.

3.2.5. EB1 nº 6 da Baixa da Banheira

A Escola fica situada na Rua da Amizade, na Baixa da Banheira. Esta escola é o estabelecimento do 1º ciclo mais recente do concelho e não obedece a nenhum dos

padrões de construção já existentes.

É uma escola de linhas modernas, espaços amplos e agradáveis, mas que oferece poucas condições de segurança, devido ao uso excessivo de vidros e dos varandins com escadas. Constituem a sua área coberta uma sala de professores, três pequenas arrecadações, uma biblioteca/mediateca anexa à salinha de informática, seis casas de banho, uma cozinha, um polivalente e seis salas de aula.

Esta escola tem, actualmente, serviço de refeições assegurado por uma empresa do sector.

Os espaços exteriores incluem campo de jogos e mobiliário de exterior.

3.3. Relação com a comunidade

As escolas do Agrupamento mantêm parceria com:

• Câmara Municipal da Moita

• Junta de Freguesia da Baixa da Banheira

• Centro de Saúde da Baixa da Banheira

• Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Moita

• Escola Segura (PSP)

• Centro de Formação de Escolas do Barreiro e Moita

• Escola Superior de Educação de Setúbal

• Escola Superior de Educação Jean Piaget de Almada

• Instituto Superior de Ciências Educativas de Odivelas


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• Cooperativa de Educação “Rumo”

• Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Moita e Barreiro (CERCIMB)

• Associação de Moradores da Zona Norte, Baixa da Banheira

• Clube União Banheirense “O Chinquilho”

• Sociedade Recreativa da Baixa da Serra, Baixa da Banheira

• Instituto de Emprego e Formação Profissional do Barreiro

• Instituto de Reinserção Social do Barreiro


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4. PROJECTO EDUCATIVO 2008-2012

4.1. Diagnóstico da Situação

“Sentimos que estamos a aprender uns com os outros a discutir e partilhar ideias e saberes que podem ajudar a mudar atitudes”.


4.1.1. Elaboração de Questionários

Para elaborar um Projecto Educativo de Agrupamento é condição essencial o conhecimento do tecido social deste e do meio envolvente. Tendo em vista o cumprimento deste objectivo foi necessário elaborar questionários que fornecessem elementos conducentes à caracterização do Agrupamento a vários níveis: ambiente, relações sociais, de liderança, bem como à situação sócio-económica e cultural dos actores envolvidos e detecção dos seus interesses e expectativas relativamente à Escola.

Assim, os questionários foram distribuídos à comunidade escolar e analisados por amostragem.

4.1.2. Identificação do Problema-Chave

Da análise dos quadros de cruzamento da informação recolhida nos questionários aplicados aos alunos, professores, funcionários e encarregados de educação destacamos um aspecto primordial:

“Necessidade de consolidar a articulação entre os vários ciclos de ensino”

Com o primeiro Projecto Educativo tinha surgido a necessidade de aproximação entre a Escola e a

Família, já que esta se sentia como “intrusa” num espaço que não era o seu. Completada uma importante etapa do processo de aproximação em que a Escola se tornou mais liberta e receptiva, foi necessária uma segunda etapa. Surgiu um segundo Projecto Educativo que privilegiou a abertura e aproximação à comunidade em geral. Novos desafios se impuseram com vista ao florescimento de novas relações sempre conducentes ao sucesso educativo dos alunos.

E, agora, eis chegado o tempo de cuidar, de novo, do “pequeno mundo”, desta vez alargado em Agrupamento.

Para que um Agrupamento de Escolas se constitua como um grande espaço de trabalho, com intervenientes unidos por objectivos comuns e estratégias combinadas, muitas são as etapas a percorrer.


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Alguns passos já foram dados, especialmente no que se refere, por um lado, ao estreitamento das relações interpessoais, e por outro, à articulação sistemática entre o órgão de gestão da escola sede e a coordenação das escolas do Agrupamento, com resultados francamente positivos em ambas as vertentes.

Assim sendo, com vista ao aprofundamento, reforço e sistematização da articulação entre os vários ciclos de ensino, a temática escolhida para este Projecto Educativo é:

- ARTICULAR PARA AGRUPAR -

Embora o tema-problema do Projecto Educativo seja único e abrangente, fazemos questão em deixar espaço para a afirmação individual de cada escola do Agrupamento. Cada uma será responsável pela escolha do caminho que conduza à consecução dos objectivos comuns, pois todas têm características próprias, comunidades escolares irrepetíveis, posturas e práticas únicas. Queremos preservar a individualidade de cada Escola, para que cada uma esteja, emocionalmente, disponível para enriquecer o todo e dotá-lo de uma personalidade própria, fonte de orgulho e de realização pessoal e profissional de todos e de cada um.

4.2. Princípios Orientadores do Projecto Educativo

4.2.2. Objectivos Gerais

“Querer mudar é também um acto de vontade e disponibilidade para a mudança, uma atitude a desenvolver em todos nós”


São os seguintes os objectivos gerais do Projecto Educativo da Escola:

1. Favorecer um percurso sequencial e articulado; 2. Dar continuidade ao desenvolvimento da humanização e valorização do espaço

escolar, para tornar as escolas do Agrupamento, em locais agradáveis e eficazes; 3. Continuar a preservar os laços já estabelecidos entre a Escola, a Família e a

Comunidade; 4. Promover o sucesso educativo.


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4.2.3. Articulação entre Objectivos Gerais, Específicos e Estratégias de Actuação

OBJECTIVOS GERAIS: 1. Favorecer um percurso escolar sequencial e articulado

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ESTRATÉGIAS • Articular, horizontalmente, os

vários anos de escolaridade do mesmo ciclo

• Articular, verticalmente, os vários anos de escolaridade dos três ciclos

• Estimular a aquisição do

conhecimento tecnológico e informático

• Fomentar a articulação entre a

Equipa de Educação Especial e o Serviço de Psicologia

Planificação e execução dos Projectos Curriculares de Turma, contemplando a articulação das competências específicas; Diversificação das estratégias de apoio na sala de aula, de forma a não sobrecarregar os alunos com APA´s além do tempo

lectivo, devendo esta modalidade ser atribuída, preferencialmente, a alunos com NEE de carácter permanente; Organização do trabalho de equipa entre docentes, contrariando o individualismo; Planificação de reuniões conjuntas entre professores dos diferentes ciclos, de modo a favorecer a integração dos alunos num

novo ciclo; Realização de encontros de reflexão e actualização científica e pedagógica entre ciclos; Realização de encontros informais de professores para troca de experiências; Dinamização de acções de formação sistemáticas, visando a aquisição de competências de utilização das TIC, por todos os

professores do Agrupamento; Dinamização de acções de formação, em sala de aula, visando a aquisição de competências de utilização das TIC, por todos

os alunos do 4º ano de escolaridade; Utilização de equipamento tecnológico e informático na leccionação das diferentes disciplinas; Realização de reuniões periódicas entre os docentes da Educação Especial e a psicóloga; Divulgação da informação e orientação escolar/profissional dos alunos. Realização de actividades que envolvam e articulem os vários anos de escolaridade e a educação pré-escolar das várias

escolas, nomeadamente através da dinamização de actividades lúdicas. Dinamização de Actividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo e articulação dos docentes que as implementam com

os dos vários Departamentos.

OBJECTIVOS GERAIS: 2. Dar continuidade ao desenvolvimento da humanização e valorização do espaço escolar, para tornar as escolas do agrupamento, em locais agradáveis e eficazes

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ESTRATÉGIAS • Promover condições

pedagógicas, físicas e ambientais Manutenção, conservação e limpeza dos espaços escolares; Dinamização das salas/espaços de convívio dos alunos;


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motivadoras Oferta diversificada das actividades de enriquecimento / complemento curricular; Dinamização do Plano Anual de Actividades.

OBJECTIVOS GERAIS: 3. Continuar a preservar os laços já estabelecidos entre a escola, a família e a comunidade

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ESTRATÉGIAS • Dar continuidade à parceria com a

Câmara Municipal da Moita e Junta de Freguesia da Baixa da Banheira

• Continuar a promover a aproximação das escolas com os pais/encarregados de educação

• Continuar a celebrar protocolos com outras entidades do meio envolvente

Participação nas iniciativas promovidas pela CMM (Biblioteca Viva, Natação, Feira de Projectos Educativos, entre outras);

Realização de reuniões entre o órgão de gestão e os pais/encarregados de educação no início de cada ano escolar; Motivação das Associações de Pais/EE para desenvolverem actividades, em consonância com as escolas e participarem

activamente na concretização das mesmas; Disponibilidade por parte do órgão de gestão e dos Directores de Turma no atendimento aos EE; Planificação de actividades que envolvam os vários intervenientes da comunidade educativa, de forma a criar um clima de

cooperação e identificação com o agrupamento como um todo;

Criação de parcerias com entidades externas ao Agrupamento, visando o desenvolvimento de projectos vários.

OBJECTIVOS GERAIS: 4. Promover o sucesso educativo

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ESTRATÉGIAS

• Reduzir o insucesso escolar, promovendo a integração

• Reduzir o abandono escolar e o absentismo

• Reduzir a indisciplina e a violência

Utilização de pedagogias diferenciadas, valorizando o que há de positivo nas vivências de cada aluno, no respeito pela diversidade cultural;

Criação de turmas de Cursos de Educação e Formação e de Percursos Curriculares Alternativos; Organização e dinamização de medidas de apoio educativo (Actividades de APA, Aulas de Recuperação, Actividades de

Compensação, Actividades de Português como Língua Não Materna, Oficinas e Clubes e Plataforma Moodle); Atribuição de Programas de Tutoria a alunos em risco; Criação do Gabinete Porta Aberta; Agilização do apoio dos serviços da Acção Social Escolar; Encaminhamento de alunos em situação de risco para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Moita; Actuação preventiva, a nível de sala de aula, gerindo o ambiente com bom senso; Actuação disciplinar, contra os actos que ofendem a integridade do indivíduo, de acordo com o Estatuto do Aluno e com o


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• Promover medidas de aquisição de competências à disciplina de Língua Portuguesa

• Facilitar a implementação do

Plano de Acção para a Matemática II, de modo a promover o sucesso dos alunos nesta disciplina

• Criar hábitos de vida saudáveis

que promovam uma eficaz Educação para a Saúde

• Promover a formação contínua de

todos os elementos da comunidade escolar, de forma a dar resposta aos desafios da educação

• Analisar e monitorizar os

resultados escolares

Regulamento Interno; Valorização da Educação para a Cidadania, preferencialmente nas aulas de Formação Cívica, tendo em apreço os valores

de Justiça, de Verdade e de Solidariedade; Co-responsabilização dos Pais/EE no cumprimento das regras constantes no Regulamento Interno; Continuidade das medidas do Plano Nacional de Leitura; Continuidade das actividades de Português como Língua Não Materna;

PAM: estratégias definidas em projecto próprio;

Criação de parcerias com entidades exteriores para o desenvolvimento de projectos nas áreas da educação para a saúde; Valorização da higiene pessoal e colectiva, ao nível das várias disciplinas, nomeadamente ao nível da Formação Cívica; Criação de momentos de informação e de formação para o desenvolvimento de atitudes positivas face à sexualidade; Motivação para os hábitos de uma alimentação saudável; Esclarecimento sobre os direitos e deveres do consumidor responsável; Alerta para o perigo de consumos nocivos;

Aprovação de um plano de formação, privilegiando a realização de acções de formação nas áreas mais deficitárias para o

pessoal docente e não docente; Optimização da distribuição do serviço docente e não docente;

Desenvolvimento, de forma sistemática e sistematizada, da avaliação dos resultados internos e externos dos alunos, em

reuniões de Conselho Pedagógico, de Departamentos Curriculares e de Conselhos de Turma.


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4.3. Divulgação

O Projecto Educativo será apresentado e sujeito à aprovação do Conselho Geral e divulgado, posteriormente, à Comunidade.

Estará também disponível para consulta pública no Portal do Agrupamento, existindo um exemplar, em suporte de papel em cada escola do Agrupamento.

4.4. Avaliação

O acompanhamento e a avaliação do Projecto Educativo serão feitos pelo Conselho Geral, no âmbito da legislação em vigor.

4.4.1. Instrumentos de Avaliação

Serão utilizados diversos instrumentos de avaliação adequados aos objectivos propostos, a saber:

• Relatórios de avaliação das actividades do Plano Anual;

• Questionários;

• Actas de Grupo disciplinar, Departamento, Conselhos de Turma, Conselho de Docentes e Conselho Pedagógico;

4.4.2. Momentos de Avaliação

Sempre que tenha lugar uma actividade do Plano Anual, será elaborado um relatório de avaliação, a ser entregue na direcção, que servirá de suporte à elaboração do relatório periódico.

Da análise das actas dos diversos órgãos da Escola serão retirados os elementos considerados pertinentes para a consecução dos objectivos do projecto.

Os dados recolhidos serão encaminhados para o Conselho Geral, no mês de Julho, no sentido de se avaliar o trabalho desenvolvido e possibilitar o reajustamento e/ou alteração de estratégias de actuação.


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5. CONCLUSÃO

Chegou ao fim um período de reflexão sistemática, de análise aturada, de levantamento de problemas, do estabelecimento de objectivos e de definição de estratégias.

Contudo, numa Escola, o final de uma etapa corresponde, inevitavelmente, ao início de outras. Assim, o ano lectivo 2008 / 2009 trará consigo a implementação do novo Projecto Educativo e o respectivo processo de acompanhamento. Novos caminhos serão percorridos, mas assentes sempre em posturas de investigação e actualização, de colaboração e de partilha, de optimismo capaz de renovar vontades em cada sucesso menos conseguido. Nem todas as estratégias vão surtir o efeito desejado e, provavelmente, surgirão dificuldades de vária ordem. Contudo, por muito longo que seja o caminho, o importante é dar o primeiro passo e na direcção certa. No final, o percurso de vida dos jovens terá ganho alguma cor e o investimento de todos, não terá sido em vão.

Pelo sonho é que vamos, Comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos,

pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo Que talvez não teremos. Basta que a alma dêmos,

com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos? - Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama, 1953


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A Directora

Visto e aprovado em reunião de Conselho Geral, em 15 de Dezembro de 2009.

O Presidente do Conselho Geral


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BIBLIOGRAFIA

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• BARROSO, J., Para o Desenvolvimento de uma Cultura de Participação na Escola, Cadernos de Organização e Gestão Escolar, IIE

• CARVALHO, A., (1993), A Construção do Projecto de Escola, Porto, Porto Editora • CORTESÃO, I., (1993), Olhar e Melhorar a Escola – Uma contribuição para o sucesso escolar,

Porto, Ed. ASA

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• FRIEDBERG, E., (1995), O Poder e a Regra: Dinâmicas da Acção Organizada, Lisboa, Instituto

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Banheira

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• WHITAKER, T., (2000), Gerir a Mudança nas Escolas, Porto, Ed. ASA

projecto educativo

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