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Projecto Educativo 2015/2017

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Projecto Educativo 2015/2017

PROJETO EDUCATIVO 2015/2017 – IMVM

Projecto Educativo Página 2

Índice

INTRODUÇÃO ................................................................................. 3

CARACTERIZAÇÃO .......................................................................... 3

1 – Breve História Escolar ......................................................................................................... 3

2 – População Escolar ................................................................................................................. 3

3 – Meio em que se insere a Rede Escolar .......................................................................... 4

4 – Caracterização dos Espaços .............................................................................................. 6

5 – Equipamento Geral e Específico ...................................................................................... 6

6 – Estrutura de Administração e Gestão ............................................................................ 6

7 – Professores .............................................................................................................................. 7

ÂMBITO E OBJECTIVOS DO PROJETO EDUCATIVO ................................ 8

1 – Preâmbulo ................................................................................................................................ 8

2 – Princípios, Fundamentos Pedagógicos e Artísticos .................................................. 8

3 - Constrangimentos .................................................................................................................. 9

4 – Objetivos e Estratégias ..................................................................................................... 10

PLANOS DE ESTUDOS, AVALIAÇÃO .................................................... 13

1 - Cursos a Leccionar ............................................................................................................... 13

2 - Definição dos Planos de Estudos .................................................................................... 13

3 - Avaliação do Aproveitamento Escolar .......................................................................... 14

PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES ....................................................... 15

AVALIAÇÃO ................................................................................... 15

CONCLUSÃO .................................................................................. 16

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I

INTRODUÇÃO 1. O Instituto de Música Vitorino Matono (IMVM) é uma escola particular do

Ensino Especializado da Música, constituída nos termos do Dec. Lei 553/80 de 21 de Novembro e Diplomas Complementares cujo funcionamento foi autorizado por Desp. do Secretário de Estado da Reforma Educativa, de 7 de Novembro de 1988, pelo que goza das prerrogativas de pessoa colectiva de utilidade pública. Desde a publicação dos novos estatutos do Ensino Particular e Cooperativo, nomeadamente o Dec. Lei 152/2013 de 04 de Novembro, que se orienta por estes princípios, dispondo por isso de Autonomia Pedagógica para os cursos que lecciona.

2. O Instituto rege-se por regulamento próprio, dispondo de Direcção Adminis-

trativa secundada por um Assessor de Direcção, e uma Direcção Pedagógica coadjuvada pelo Conselho Pedagógico respectivo.

3. O presente PEE, com a duração de 3 anos, estabelece o quadro geral da

organização pedagógica e da dimensão educativa e cultural do Instituto de Música Vitorino Matono. Os princípios aplicam-se aos alunos do ensino não superior, e fundamentam-se nas Leis n.º 51/2012, Estatuto Aluno e Ética Escolar, n.o 31/2002 de 20 de Dezembro, Lei de Bases do Sistema Educativo, que aprova o sistema de educação e ensino não superior, no Dec. Lei n.º 310/83, e em particular nas Portarias n.º 225/2012 e 243-B/2012 que regulamentam o regime de frequências no ensino artístico especializado Básico e Secundário.

III

CARACTERIZAÇÃO 1 – Breve História Escolar

Após a oficialização dos cursos básicos e complementares para o Acor-

deão, no ano letivo 1992/1993, com os respetivos programas da autoria do mestre Vitorino Matono, permitiu a todos os alunos que completassem este curso, adquirir a habilitação própria para a docência conforme consta na portaria n.º 693/98, de 3 de Setembro e das Portarias subsequentes que a complementam.

Esta docência que é exercida pelos seus alunos em todo o País e sobretudo nesta

Instituição que alberga alunos de todos os pontos de Portugal, permite que a difusão do acordeão proceda rapidamente por todo o território nacional.

Este ponto de partida permitiu ao longo destes anos, construir, alargar e

solidificar horizontes ao ensino especializado de outros instrumentos musicais, nos quais se procura também atingir a excelência demonstrada no ensino do acordeão. 2 – População Escolar

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O IMVM encontra-se numa área de proximidade com vários agrupamentos de escolas pertencentes à Rede Escolar Pública, nomeadamente os Agrupamentos das escolas Nuno Gonçalves, Patrício Prazeres e Luís de Camões. Apesar disso, no leque de escolas com protocolo de articulação, não constam atualmente nenhuma destas, quer pela falta de estabilidade das turmas, quer por assumirem projetos educativos que excluem este tipo de parcerias. Desta forma, o raio de ação do IMVM estendeu-se na zona oriental de Lisboa para os agrupamentos das Escolas Filipa de Lencastre e Eça de Queirós. São destes agrupamentos todos os alunos do IMVM em regime articulado. As iniciações, alunos até aos 9 anos, tem alunos da periferia da escola e também dos agrupamentos referidos. Os alunos que frequentam o regime supletivo vêm de zonas ainda mais periféricas, estendendo-se até Leiria. A tabela seguinte mostra em percentagem, relativamente ao total de 131 alunos, a população escolar distribuída pelos cursos e regimes de frequência, para o ano letivo 2014/2015, o ponto de partida deste PEE:

Percentagem (%)

Iniciação Básico Secundário

Articulado Supletivo Articulado Supletivo

16 66 7 0 11

Tabela 1 – Percentagem de alunos por ciclo de estudos e de regime no ano letivo 2014/2015

3 – Meio em que se insere a Rede Escolar

As escolas de ensino regular com protocolo de articulação com o IMVM,

abrangem diversas freguesias: Penha de França, Areeiro, Parque das Nações e Olivais. Isto traduz-se em primeiro lugar numa vasta área urbana situada na zona oriental de Lisboa, e em segundo lugar em múltiplas realidades sociais, económicas e culturais.

Relativamente à zona envolvente do IMVM, esta enquadra-se na Freguesia de Penha de França, que de acordo com os dados fornecidos possui uma área de 2,71 km2 e 27967 habitantes, que engloba desde 2012 a área geográfica pertencente à extinta Freguesia de S. João:

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Imagem 1 – Limites administrativos da Junta de Freguesia da Penha de França

Do ponto de vista económico, e de acordo com os dados fornecidos pela CML

(Censos de 2011), verifica-se uma grande heterogeneidade, apesar do setor de atividade da população ser predominantemente terciário, como acontece praticamente por toda a cidade de Lisboa enquanto capital do país. Uma possível razão para este facto pode estar nos graus de escolaridade predominantes nesta freguesia: 23% da população possui o 1º Ciclo do Ensino Básico e 20% possui Ensino Superior. Este é também um indicador importante do ponto de vista social, demonstrando também a diversidade a este nível. É uma freguesia envelhecida, com um índice de envelhecimento acima da média de Lisboa em contraponto com o índice de população jovem que segue no sentido contrário. É pois uma Freguesia onde escasseia a população alvo do IMVM: indivíduos entre os 6 e os 17 anos de idade.

Do ponto de vista cultural, é também uma freguesia diversificada, porquanto evidencia extratos sociais e económicos distintos, mas também por acolher uma comunidade emigrante muito diversa, situação bem evidente nas mais de 30 nacionalidades diferentes dos alunos do Ensino Básico da Escola Patrício Prazeres. Os espaços culturais mais importantes da freguesia são o Convento de Santos-o-Novo, a Igreja da Penha de França, a Fonte Monumental da Alameda, a Biblioteca Municipal e a Praça Paiva Couceiro.

As freguesias do Areeiro e Parque das Nações, principalmente esta última talvez por se enquadrar numa zona nova da cidade, possuem uma população jovem superior à média de Lisboa. A freguesia dos Olivais, neste aspeto possui uma realidade mais aproximada à freguesia da Penha de França. Do ponto de vista económico e cultural, o cenário é o mesmo. A população das freguesias do Areeiro e

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do Parque das Nações pertencem a uma classe média/alta com maior ênfase para a segunda, fruto de um grau de escolaridade predominante de Ensino Superior – 36% e 39% respetivamente. Nestas freguesias existem também salas culturais muito importantes a nível nacional, como são as da Caixa Geral de Depósitos e o Teatro Camões.

Apesar da gratuitidade do ensino artístico, não obstante os custos inerentes a este tipo de ensino – aquisição de instrumento musical e acessórios, partituras e bibliografia – é uma oportunidade que se provou ser mais apelativa e aproveitada por uma realidade socioeconómica e cultural mais alta. 4 – Caracterização dos Espaços

São utilizados dois andares no prédio n.º 47 da Rua Morais Soares, distribuídos

por quatro apartamentos, que foram remodelados com as seguintes salas distri-buídas: 1º Andar Direito é composto pela secretaria geral, sala de espera, gabinete das direções, Biblioteca, sala n.º 3 de Análise e Técnicas de Composição e uma casa de banho; 1º Andar esquerdo é composto pelas salas: 1.7, História da Música e Acústica; 1.8, Formação Musical; 1.10 Acordeão e Violino, Acordeão e Violino; 1.11, Piano, e uma casa de banho; 5º Andar Direito é composto pelas salas: 5.1, Acordeão; 5.2, Guitarra e Violino; 5.4, sala de Iniciações; 5.5, Violino, Guitarra e Acordeão e uma casa de banho. 5º Andar Esquerdo é composto pelas salas: 5.6, Música de Câmara, Classe de Conjunto, Formação Musical e Sala de Reuniões; 5.7, Acordeão, Violino e Guitarra; 5.8, Acordeão; 5.9, arrumos de instrumentos; 5.10, arrumos; 5.11, Ante Câmara e uma casa de banho. Todas as salas têm luz natural e climatização. 5 – Equipamento Geral e Específico

O Instituto dispõe de mobiliário e equipamento geral, didático e instrumentos musicais adequados aos cursos e disciplinas que ministra.

Apesar do material existente garantir o funcionamento da escola, está em curso um levantamento do equipamento específico, do qual se determinarão necessidades e prioridades de substituição, reparação ou compra. 6 – Estrutura de Administração e Gestão

O Instituto possui como órgãos de Gestão e Administração uma Direção

Administrativa, uma Direção Pedagógica, um Conselho Pedagógico e um Conselho Escolar. Possui ainda os Serviços Administrativos, nos quais constam a secretaria, a contabilidade, a reprografia e o apoio jurídico.

A estrutura e competência destes órgãos estão definidas no Regulamento Interno do IMVM. O seguinte organograma permite visualizar e compreender a sua constituição atual e como interagem no funcionamento desta instituição:

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Prof. Vitorino Matono

Direcção Executiva

Dr. Ruben Matono

Diretor Executivo

Serviços Administrativos

- Secretaria - Contabilidade - Reprografia - Apoio Jurídico

Prof. Nelson Almeida

Diretor Pedagógico

Conselho Pedagógico

Departamentos:

Disciplinas Teóricas: Prof. Luis Santos

Sopros: Prof. Nelson Almeida

Cordas: Prof. Ricardo Nogueira

Classes de Conjunto e Teclas: Prof. Diogo Pombo

Conselho Escolar

Professores:

- A. T. C. - Acordeão - C. C. - Clarinete - F. M. - Flauta B. - Flauta T. - Guitarra - H. C. A. - Iniciações - Oboé - Piano - Saxofone - Violino - Violoncelo

Organograma 1 – Constituição e interação dos Órgãos de Gestão e Administração do IMVM

7 – Professores

O atual Corpo Docente é composto por 20 professores, todos eles possuidores de habilitação própria para a docência. Mais de 50% dos professores são profissionalizados, e os restantes ou possuem mais de 20 anos de tempo de serviço ou estão em vias em obter esta habilitação.

A maioria dos professores está a tempo parcial e alguns em acumulação, tanto com o ensino oficial, como também com outras Escolas de Música Particulares.

O IMVM tem procurado manter a estabilidade do seu corpo docente, e nesse sentido tem atualmente mais de 50% dos seus professores com pelo menos 7 anos ao serviço desta instituição.

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III ÂMBITO E OBJECTIVOS DO PROJETO EDUCATIVO

1 – Preâmbulo

Terminada a fase de Oficialização dos programas e currículos dos Cursos Básico e Secundário de Acordeão e da obtenção da Autorização Definitiva de Funcionamento do Instituto n.º 2013 de 2 de Abril de 1993, com a recuperação e apetrechamento das instalações, adequando os espaços e equipamento aos novos Cursos e às novas exigências didáctico-pedagógicas e artísticas, iniciou-se nos anos lectivos anteriores reforma de estruturas e de métodos, de acordo com as exigências que a legislação publicada determinava, dando uma nova dimensão organizativa a todos os sectores, tanto administrativos como pedagógico-didácticos, com vista a serem atingidos dois objectivos primordiais, a excelência do ensino, (em especial a do Acordeão) e o progresso e sucesso escolar dos nossos alunos.

Este Instituto, no qual o Curso Oficial de Acordeão teve a sua origem, sempre

visou estes objectivos – disso são prova os grandes sucessos mundiais alcançados por alguns dos seus alunos em muitos concursos nacionais e internacionais, até aos dias de hoje. Este facto serve ainda como força motriz que dinamiza e motiva as outras áreas de ensino instrumental desta escola.

O IMVM tem como objectivo o ENSINO ESPECIALIZADO DA MÚSICA numa

perspectiva vocacional e profissional, suscitando uma participação dinâmica e qualificada na vida cultural e profissional da comunidade.

Paralelamente, tem-se tornado uma das prioridades a consolidação do corpo

docente, pela contratação de professores de reconhecida qualidade pedagógica e artística, e pela criação de condições de trabalho e perspectivas de carreira.

Só uma apetência efetiva de todas as actividades escolares, poderá incrementar qualidade da aprendizagem e permitir virmos a atingir, em pleno, o sucesso deste projecto.

2 – Princípios, Fundamentos Pedagógicos e Artísticos Como sempre tem feito, o IMVM propõe-se continuar a servir a música

alargando o seu projecto educativo tanto interna como externamente. Sendo a música uma linguagem de vital importância na formação da

personalidade e capacidades do cidadão, a par da Língua Portuguesa e da Matemática, deverá esta chegar à criança como uma linguagem de referência básica o mais cedo possível. As redes cerebrais (como provam os cientistas) muito importantes para a sua aprendizagem precoce, poderão já não existir no adolescente “tardio” e adulto, provando-se assim que a música deve ser aprendida cedo. Mais tarde serão os aperfeiçoamentos, as escolhas e, se o instruído decidir seguir a música ou não deverá ser de sua livre opção.

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Para aprendizagem da linguagem musical existem duas condições imprescindíveis para se esperar obter resultados de excelência, isto é, sem falhas: 1ª - As aulas semanais entre o aluno e o professor do instrumento – o único modo de comunicabilidade regular através de uma arte! 2ª - Prática diária e experimental do aluno com o seu instrumento escolhido.

Isto significa que, quer em casa, quer na escola, o aluno terá de ter acesso ao instrumento que estuda.

Ao propormos o melhor ensino e aprendizagem de uma arte, somos nós que

devemos funcionar segundo as regras dessa arte, nunca o contrário. A música desenvolve o pensamento espírito, capacidade de expressão, coorde-

nação dos três sentidos: visão, tacto e audição, sendo exigente e rápida, logo a partir do primeiro instante. Por exemplo a visão: na Música, lê-se em 5, 10 ou mais linhas e espaços horizontais – da esquerda para a direita; na vertical - dos graves para os agudos, formando com as linhas verticais das figuras e demais escritas e aparecendo aos nossos olhos como uma imensa rede e universo (a Língua Portuguesa lê-se numa só linha e da esquerda para a direita).

O Ensino Especializado da Música é complexo e especial, não se compadecendo

com faltas de frequência ou outros tipos de falhas, à semelhança do que acontece com o Português e a Matemática. Imaginemos, por um momento, que as crianças do 1º e 2º ciclos do Ensino Regular só tinham uma lição de uma hora semanal nas disciplinas de Português e de Matemática!?

A Escola deve ainda proporcionar a realização profissional e pessoal dos

docentes e não docentes. A autonomia de Administração e Gestão da Escola e a criação e desenvolvimento do respetivo projeto educativo pressupõe a responsabilidade de todos os membros da comunidade educativa pela salvaguarda efetiva do direito à igualdade de oportunidades dos alunos do IMVM no acesso e no sucesso escolares, pela prossecução integral dos objetivos do projeto Educativo. 3 - Constrangimentos

Para a implementação do PEE é fundamental ter presente o exemplo do caminho feito por esta escola com mais de 50 anos a servir e a formar músicos, e ainda os valores, princípios e fundamentos que servem de base a este projeto. Mas os Objetivos a traçar neste triénio, tendo como Metas o ensino de excelência numa perspetiva vocacional e profissional e ainda na participação dinâmica e qualificada na vida cultural e profissional da comunidade, deverão ser formulados a partir da identificação dos constrangimentos existentes atualmente que impedem ou dificultam atingir estas metas.

Assim sendo, a tabela seguinte indica os constrangimentos existentes nos vários planos estruturais do IMVM:

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Plano Constrangimentos

Recursos Humanos

Há atualmente pessoal docente nas seguintes condições: sem profissionalização, sem exclusividade no IMVM, fora dos quadros da escola.

Organização da Escola

Insuficiente informatização da gestão pedagógica. Existem computadores insuficientes para acesso dos professores e dos alunos. A comunicação entre os diferentes órgãos da escola nem sempre é a melhor, o mesmo acontece na relação escola/encarregados de educação.

Legal

Existem limitações nas vagas financiadas pelo Ministério da Educação para o ensino articulado e supletivo e as iniciações não são comparticipadas a 100%.

Instalações e equipamento

As instalações são alugadas num edifício. Não existe auditório, fundamental para as classes de conjunto e para os concertos do IMVM. As salas têm insonorização insuficiente. Algum do mobiliário existente é desadequado. A escola não possui salas de estudo.

Organização Curricular

Alguns programas oficiais estão datados e necessitam de atualização. A elaboração dos horários é tardia e carece de maior articulação com o ensino regular. Indefinição sobre o programa oficial da disciplina de Acompanhamento e Improvisação.

Percurso Educativo dos Alunos

São muito poucos os alunos que chegam ao 5º ano de escolaridade com conhecimentos musicais. Existe falta de conhecimento dos encarregados de educação e dos alunos acerca do Ensino Artístico Especializado e dos regimes de frequência. Há ainda resistência dos alunos ao estudo diário e a uma maior vivência musical, fomentada pela falta de acompanhamento e desinteresse dos encarregados de educação, até que os resultados dos educandos sejam negativos. São muito poucos os alunos que seguem para o curso secundário de música, por um lado porque o regime articulado é muito limitante nas opções futuras de percurso académico, por outro lado porque o regime supletivo é caro.

Meio envolvente

A relação com a Junta de Freguesia onde pertence o IMVM não é tão frutuosa como o desejado, a colaboração é pontual ao longo do ano letivo. A participação nas atividades da escola Filipa de Lencastre é praticamente nula e na Escola Vasco da Gama poderia ser ainda mais envolvente. Não existem atualmente intercâmbios relevantes com outras escolas do Ensino Artístico Especializado.

Tabela 2 – Constrangimentos educativos da escola

4 – Objetivos e Estratégias

Área de Intervenção

Objetivos Estratégias Calendarização

Professores Promover a formação dos professores e

Informar os professores dos cursos de profissionalização e sensibilizá-los da sua importância

Ano letivo 2016/2017

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consolidar o vínculo ao IMVM

Criar classes interessantes de alunos para os professores, e cumprir escrupulosamente com todos os direitos e deveres na relação escola/professor

Em cada ano letivo

Funcionamento dos órgãos da escola

Desburocratização de registos

Informatização do processo de lançamento de sumários, avaliações e relatórios dos alunos

Outubro de 2015

Dar formação ao corpo docente sobre o software de gestão pedagógica

Outubro de 2015

Aquisição de computadores para uso dos professores

Setembro de 2015

Melhorar comunicação entre os diferentes órgãos escolares e encarregados de educação

Realização de reuniões entre departamentos Ano letivo 2015/2016

Consolidar a comunicação institucional via correio eletrónico

Ano letivo 2015/2016

Institucionalizar a comunicação regular dos professores com os encarregados de educação via correio eletrónico

Ano letivo 2015/2016

Realização de reuniões entre a Direção Pedagógica, o Diretor de Turma e os Encarregados de Educação

Uma a cada período letivo

Limitação de vagas financiadas

Criar curso de iniciação nas escolas do 1º ciclo dos agrupamentos com protocolo para incentivar os alunos a continuar a estudar música independentemente do regime de frequência

Realizar reuniões com as direções dos Agrupamentos com protocolo de articulação com IMVM dando a conhecer este projeto

Ano letivo 2015/2016

Promover sessões de esclarecimento aos encarregados de educação dos alunos do 1º e 2º anos de escolaridade, para sensibilização do projeto

Ano letivo 2015/2016

Implementar o curso de iniciação nas escolas do agrupamento

Ano letivo 2016/2017

Cativar novos alunos para outros regimes de frequência

Divulgar as atividades do Plano Anual de Atividades nas escolas e freguesias

Em cada ano letivo

Desenvolver atividades que tragam as pessoas da comunidade envolvente à escola, nomeadamente aulas abertas, cursos de verão, palestras.

Em cada ano letivo

Instalações e equipamentos

Melhorar as condições de funcionamento das aulas

Renovar mobiliário escolar e recuperar/adquirir instrumentos musicais

2015-2017

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Mudança de instalações

Estabelecer contactos com diversas entidades, nomeadamente as Juntas de Freguesia do meio envolvente, Câmara Municipal de Lisboa, Parque Escolar, entre outras, com o objetivo de cedência de espaços com condições para implementação da escola.

2015-2017

Programas escolares

Atualização dos Programas das disciplinas

Promover reuniões por departamento e de Conselho Pedagógico para revisão dos programas existentes.

Ano letivo 2015/2016

Programa de Acompanhamento e Improvisação

Proceder à contratação de professor para a disciplina de Acompanhamento e Improvisação e definir em reunião de grupo das disciplinas teóricas, o programa da disciplina

Até Outubro de 2015

Percurso formativo dos alunos

Melhorar os resultados escolares

Promover concursos internos e externos nas classes de instrumento

Em cada ano letivo

Incentivar a participação de mais alunos nas audições de classe, e se possível em conjunto com outras classes instrumentais

Em cada ano letivo

Organizar projetos artísticos multidisciplinares que promovam a interdisciplinaridade

Em cada ano letivo

Promover a utilização das tecnologias de informação por parte dos professores e alunos no processo de ensino/aprendizagem

Ano letivo 2015/2016

Realizar sessões de esclarecimento sobre o papel fundamental dos pais e encarregados de educação no processo de aprendizagem musical dos alunos

No início de cada ano letivo

Integrar os pais nas atividades e disciplinas escolares, nomeadamente na criação de um coro e aulas de instrumento para os pais

Ano letivo 2016/2017

Promover intercâmbios escolares Em cada ano letivo

Aumentar o número de alunos no secundário

Organizar Masterclasses e outras atividades artísticas que envolvam os alunos e promover a atividade da orquestra de alunos

Em cada ano letivo

Participação em concursos de reconhecido mérito nacional e internacional

Em cada ano letivo

Desenvolvimento de Parcerias

Enriquecer a oferta cultural no meio envolvente

Estabelecer contactos com as entidades locais para animação em escolas, bibliotecas, lares e colaborar em atividades culturais relevantes.

Em cada ano letivo

Tabela 3 – Objetivos e Estratégias para o triénio 2015/2017

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IV PLANOS DE ESTUDOS, AVALIAÇÃO

1 - Cursos a Leccionar

No Instituto de Música Vitorino Matono serão seleccionados os seguintes Cursos de Música seguindo o calendário anual estipulado pela Tutela: INICIAÇÃO BÁSICO COMPLEMENTAR LIVRES

2 - Definição dos Planos de Estudos

2.1 INICIAÇÃO

2.1.1 É uma fase de sensibilidade de formação sensitiva e global e de desenvolvimento integral da criança.

2.1.2 É composto por 6 anos, especificamente:

o Pré-Iniciação, 2 anos o Iniciação, I, II, III, IV, correspondendo aos quatro níveis do

1º ciclo do Ensino Básico. 2.1.3 Excepcionalmente poderão ser dadas autorizações para que alunos

talentosos se possam matricular no Curso Básico. 2.1.4 Disciplinas e carga horária

Disciplinas Blocos Semanais

Iniciação Musical Iniciação ao instrumento

2 1/2 (a)

a) 2 alunos por aula.

2.2 BÁSICO

2.2.1 É composto por cinco anos, respectivamente: 1º, 2º, 3º, 4º e 5º Graus 2.2.2 O seu plano de estudos é o fixado pela Portaria n.º 225/2012 de

30 de Julho.

2.3 COMPLEMENTAR 2.3.1 É composto por 3 anos, respectivamente: 6º, 7º e 8º Graus/ou 1º, 2º e 3º anos

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2.3.2 O seu plano de estudos é o fixado pela Portaria n.º 243-B/2012 de 13 de Agosto.

2.4 CURSOS LIVRES

2.4.1 Os planos de estudo são fixados pela Direcção Pedagógica para cada tipo de instrumento ou disciplina. Estes planos objectivam a preparação deste tipo de alunos para ingressarem nos cursos oficiais.

3 - Avaliação do Aproveitamento Escolar 3.1 NATUREZA DA AVALIAÇÃO

Os procedimentos de avaliações do Instituto de Música V. Matono são automaticamente ajustados às legislações, res-pectivas, em vigor e àquelas que vão sendo revogadas. A avaliação do aproveitamento escolar dos alunos é constituída pelas modalidades formativa, sumativa, aferida, sumativa extraordinária e espe-cializada; sendo da responsabilidade dos docentes. Para todas as modalidades de avaliação são contributo decisivo os testes de instrumento vocacional e das disciplinas específicas. A formalização numa escala de valores/níveis traduz o aproveitamento escolar nas suas múltiplas vertentes, apurado ao longo do processo que comporta 3 momentos sumativos. Os dois primeiros exclusivamente informativos (Salvo se o aluno, durante o 3.º período lectivo se encontrar involuntária e justificadamente sem elementos de avaliação) e o terceiro predominantemente delibe-rado de passagem do aluno, tendo em conta todas as variáveis do processo Ensino/Aprendizagem ao longo do ano lectivo. A classificação a atribuir ao aluno no terceiro período deve resultar de uma análise ponderada de todos os dados recolhidos das diferentes modalidades de avaliação ao longo do ano traduzindo sempre a grau de consecução do aluno relativamente às competências/capacidades estabe-lecidas, considerando todos os condicionalismos que envolveram o seu trabalho ao longo ano lectivo, nomeadamente as capacidades eviden-ciadas, a regularidade e a perspectiva no trabalho, o interesse manifes-tado, bem como, as repercussões da decisão no futuro escolar do aluno e no seu desenvolvimento artístico e de cidadania.

3.2 Momentos de Avaliação Sumativa

Sem prejuízo do disposto do número anterior, a avaliação do aprovei-tamento escolar processar-se-á em datas indicadas no calendário letivo.

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3.3 Escalas de Classificação Sumativa O aproveitamento escolar dos alunos será classificado:

Numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas constantes do Curso Básico em Regime Articulado.

Numa escala de 0 a 20, em todas as disciplinas constantes do Curso Complementar

Qualificativamente para ao Cursos de Iniciação e Livres. Nas Iniciações utilizam-se letras na seguinte correspondência:

a) Não Satisfatório b) Suficiente c) Suficiente + d) Bom e) Bom + f) Muito Bom

Ao Cursos Livres regem-se pelas avaliações dispostas dos números anteriores.

4.4 CRITÉRIOS

O Conselho Pedagógico, ouvidos os Departamentos de Disciplina, antes de cada um dos momentos de avaliação e após análise nas condições de desenvolvimento do processo Ensino/Aprendizagem, proporá os critérios de avaliação que assegurem uniformidade de procedimentos na ponde-ração da situação escolar dos alunos e na atribuição da classificação. Os critérios de avaliação anuais definidos pela Direcção Pedagógica, ouvido o Conselho Pedagógico, serão transmitidos a todos os professores no início do ano letivo, e cada um projeta as suas planificações de acordo com estes.

4.5 PAUTAS

4.5.1 As classificações respeitantes a cada um dos períodos escolares

serão registadas em pauta. 4.5.2 As pautas serão afixadas em local apropriado, no interior do

Instituto.

VI PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES

Para cada ano lectivo será elaborado um Plano que se anexará em todos os

meses de Setembro.

VII AVALIAÇÃO

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A avaliação do Projeto Educativo é feito anualmente, durante o mês de Julho. A avaliação é feita em conjunto pelas Direções Executiva e Pedagógica e o

Concelho Pedagógico, por análise e comparação dos objetivos propostos no Projeto Educativo e o relatório de atividades e resultados académicos.

De cada avaliação devem ser determinados os seguintes pontos: - Fazer o balanço dos objetivos propostos com aqueles atingidos no ano letivo. - Verificar se o Plano Anual de Atividades e a estratégia pedagógica concretizam o

Projeto Educativo - Que obstáculos ou dificuldades impedem a aplicação do Projeto Educativo, e

determinar formas de superação Deverá ser feito um relatório, lavrado em ata, e dependendo dos resultados

obtidos, dos desvios ao Projeto Educativo traçado, das razões e das exigências da realidade envolvente, poderá implicar uma revisão e atualização deste.

VII

CONCLUSÃO

O IMVM continuará a garantir a qualidade de ensino nas definições e propostas apresentadas, na procura sistemática da excelência e no cumprimento do presente Projecto Educativo.

São seguidos os princípios consagrados na Constituição Portuguesa, em particular os que se relacionam com a Educação, Cultura e Ensino dos cidadãos, alinhamento com as medidas Europeias que visam as melhorias, igualdade de oportunidades e acessibilidades do cidadão ao Ensino Especializado da Música numa perspectiva aberta.

O presente Projecto Educativo foi homologado pela Direcção do Instituto de Música Vitorino Matono em 20 de julho de 2015.

O Presidente da Direcção O Director Pedagógico Ruben Matono Nelson Almeida

________________________ ________________________