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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014 *As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico. Projeto Educativo

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Projeto Educativo

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

1. Princípios orientadores

Com o presente documento pretende-se determinar as orientações e as metas das políticas

educativas do Colégio tendo como suportes os princípios demarcados no Caráter Próprio do

Colégio, o qual constitui a base do processo educativo da instituição.

O Projeto apresenta-se consolidado, com cinco anos de experiência e afirmação, quer no que

concerne às suas políticas pedagógicas inclusivas bem sucedidas, quer no que respeita ao corpo

docente e à sua prática.

2. Perfil

2.1. Quem somos

O Colégio Letrinhas é um projeto inovador, na ilha do Sal, na medida em que é o primeiro

estabelecimento de ensino privado que abarca Berçário, Creche Infantil, Pré-escolar e Ensino

Básico (1º ciclo – 1º ao 4º anos de escolaridade; 2º ciclo – 5º e 6º anos de escolaridade e 3º ciclo –

7º e 8º anos de escolaridade), dispondo de prática pedagógica articulada entre os subsistemas de que

dispõe, tendo sempre em vista não só o presente, mas também e sobretudo a garantia de pré-

requisitos de qualidade para o futuro académico e profissional.

O projeto integra inovações quer ao nível da pedagogia de ensino, quer ao nível dos meios de que

dispõe. Pretende-se uma educação integral da criança, através de um ensino de qualidade e elevado

grau de exigência, de formação humanista, valorizando-se a relação entre pares no seio do grupo, o

meio familiar e a comunidade em geral.

O projeto assume o compromisso inclusivo, garantindo a integração e inclusão, de acordo com a

Declaração de Salamanca, de modo a que toda a criança tenha o direito:

fundamental à educação, dando-se-lhe a oportunidade de atingir e manter o nível adequado

de aprendizagem;

de possuir características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem únicas;

a programas educacionais específicos com implementação para cada caso, de acordo com

tais características e necessidades;

a uma pedagogia centrada na criança capaz de satisfazer as suas necessidades;

aos meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias.

e os objetivos do Ministério da Educação de Cabo Verde, no que concerne à Educação Inclusiva,

prevista na Lei de Bases (Decreto Legislativo 2/2010, 7 de Maio).

Assim, temos como princípios fundamentais no que concerne à educação inclusiva:

a aprendizagem conjunta por parte de todas as crianças, independentemente de quaisquer

dificuldades ou diferenças entre si;

o reconhecimento e a resposta às necessidades diversas dos alunos, indo ao encontro de

ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade;

a garantia de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de

recurso e parceria com as comunidades;

a receção de suporte extra requerido para assegurar uma educação efetiva;

a receção de sessões especiais de caráter permanente apenas nos casos infrequentes onde

seja claramente impossível atender em contexto de sala de aula regular às necessidades

educacionais ou sociais ou quando sejam requisitados em nome do bem-estar da criança.

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*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

2.2. Onde estamos instalados

O Colégio Letrinhas, com o Alvará n.º 5/2009, emitido pelo Ministério da Educação de Cabo

Verde, situa-se em Espargos, na ilha do Sal, junto às Forças Armadas. O acesso às instalações faz-

se a partir da Avenida Amílcar Cabral, que leva ao Aeroporto Internacional Amílcar Cabral.

2.3. Como nos sentimos

O sentimento a cultivar no seio do Colégio Letrinhas, sobretudo nos que aí trabalham, é da

responsabilidade de formar cidadãos, dotados de espírito criativo e crítico, com a garantia absoluta

de respeito pela individualidade de cada um, assumindo-se o compromisso de contribuir e

acompanhar o crescimento e progresso cultural, social e humano de cada criança.

Os sentimentos de cooperação e entre ajuda, de tolerância e de docilidade são estandarte da prática

educativa que se almeja, alcançando-se assim a motivação para a escola e consequentemente para o

conhecimento – aprendizagem.

No que toca ao caráter inclusivo do Colégio, a comunidade docente sente-se em constante desafio

no que concerne à adoção de sistemas flexíveis e adaptativos, capazes de mais largamente levar em

consideração as diferentes necessidades das crianças, mas satisfeita, pois o trabalho desenvolvido

tem contribuído tanto para o sucesso educacional quanto para a inclusão.

É sentimento comum o de qua há necessidade de uma maior adaptação do currículo às necessidades

das crianças, sobretudo as que são portadoras de deficiências muito graves, devendo providenciar-se

oportunidades curriculares que sejam apropriadas à criança com habilidades e interesses diferentes,

com vista a uma maior independência e autonomia, bem como a uma integração social efetiva,

tendo em conta as caraterísticas de cada um.

2.4. Com quem contamos

O Colégio conta com docentes possuidores de habilitação própria para desempenhar as funções

atribuídas, tanto ao nível da Educação de Infância como ao nível do Ensino Básico (1º ciclo – 1º ao

4º anos de escolaridade; 2º ciclo – 5º e 6º anos de escolaridade e 3º ciclo – 7º e 8º anos de

escolaridade).

O mesmo sucede com os professores que se ocupam das atividades de enriquecimento curricular, a

saber: Línguas Inglesa, Francesa e Espanhola, Educação Física, Sala de Estudo Acompanhado.

Dispõe ainda o Colégio de uma Psicóloga Educacional que presta apoio direto aos docentes e aos

alunos, acompanhando o seu desempenho e atuando ao nível da prática e desempenho de todos; de

uma Técnica de Saúde que garante o acompanhamento dos alunos e a supervisão do espaço em

termos de segurança e higiene no trabalho.

A nível do corpo não docente o Colégio dispõe de três colaboradoras que garantem a manutenção e

vigilância do espaço, contribuindo de forma decisiva para a segurança e higiene da comunidade

educativa em geral. E uma responsável Administrativa que garante o atendimento diário de todos os

que se dirigem ao Colégio e a resposta imediata às necessidades de toda a comunidade educativa.

Conta ainda o Colégio com o apoio dos Pais e Encarregados de Educação, os quais devem estar

envolvidos com as atividades diárias e letivas dos respetivos educandos.

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

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3. As ambições

3.1. Convicções

A convicção de que o Pré-escolar e o EB são fases fundamentais na vida da criança quer a curto,

quer a médio, quer a longo prazos, leva a que o Colégio tenha fundamentalmente em vista facultar

os meios para construir o conhecimento, as atitudes e os valores e adquirir capacidades, tornando-a

capaz de conduzir o seu destino - aprender a aprender, ou seja, adquirir os instrumentos da

compreensão, aprender a fazer, desenvolvendo a capacidade de agir sobre o meio envolvente,

aprender a viver em comunhão, facultando-lhe a oportunidade de participar e cooperar com o

outro, no respeito pelos valores do pluralismo, do entendimento mútuo e da paz, e aprender a ser,

que garantirá o aperfeiçoamento da autonomia, da responsabilidade e do discernimento.

É ainda convicção desta instituição, através da sua equipa, em geral, e da administração, em

particular, que, ao nível da Educação Inclusiva, se devem continuar a adotar procedimentos mais

flexíveis, a reaplicar recursos instrucionais, a diversificar opções de aprendizagem, a mobilizar

auxílio individual, a oferecer apoio aos alunos experimentando dificuldades e a desenvolver

relações com pais e comunidades, de modo a garantir o envolvimento ativo e reativo não só da

comunidade educativa em específico, mas de outros (Câmara Municipal do Sal, Hospital do Sal,

Centro de Juventude, Associações, etc.), que possam constituir-se parceiros.

3.2. Prioridades de Intervenção

O ensino, de um modo geral, orienta-se por uma matriz disciplinar convencional que vê o aluno

como um receptor de conhecimentos, estando as matérias muitas vezes organizadas em

compartimentos, fazendo assim com que o papel da disciplina, em particular, e da escola, em geral,

esteja muitas vezes associado ao da transmissão de conhecimentos. O paradigma existente, cujo

foco está centrado nos conteúdos a serem ensinados, coloca o aluno numa posição passiva – ouve,

memoriza, questiona e participa pouco, e resolve situações, mas habitualmente do ponto de vista da

reprodução. O currículo aparece até então como um fim, alvo do controlo oficial que se traduz no

seu cumprimento anual, que condiciona a actividade do professor – que sabe, explica, anima,

pergunta, responde.

O programa é para a equipa deste Colégio o projeto de intenções a ser posto em prática pelo

professor na sala de aula. O seu sucesso depende em larga medida das representações do professor,

das suas expetativas do seu grau de exigência e das expetativas do pais e familiares dos alunos.

O paradigma do Colégio dá prioridade às competências a serem desenvolvidas, nos saberes – saber,

saber-fazer, saber-estar e saber-ser, a serem construídos. É necessário promover um equilíbrio

entre o saber e o saber-fazer, entre a teoria e a prática, entre a cultura académica e a cultura

quotidiana. O currículo surge como conjunto integrado e articulado de situações-meio,

pedagogicamente desenvolvidas e ordenadas para fomentar aprendizagens significativas, que se

traduzirão num aluno ativo, agente da sua própria aprendizagem, que vivencia o processo, que

pensa e opera, resolvendo problemas.

Tendo em conta que o sucesso da inclusão se deve em muito à identificação precoce, à avaliação e

à estimulação das crianças em idade pré-escolar com necessidades educativas especiais, o Colégio

aposta num programa de bolsas* de integração e inclusão (em parceria com a asa, s.a.), de crianças

portadoras de deficiência física ou mental, permanente ou temporária, independentemente do nível

socioeconómico, com vista ao desenvolvimento de programas orientados no sentido de promover o

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desenvolvimento físico, intelectual e social e a prontidão para a escolarização. Acredita-se que este

tipo de intervenção tem um valor económico, familiar e social na prevenção do agravamento de

condições que inabilitam a criança. Tem-se associado esta estratégia à saúde infantil, através da

supervisão do Técnico de saúde e da Psicóloga do Colégio, que os encaminham em conformidade

com as suas caraterísticas, bem como de informação às famílias e de atividades de conscientização

com as mesmas.

Os objetivos do colégio norteiam-se por uma formação integral do aluno, em que é possível a

contextualização e a integração de saberes de diferentes áreas disciplinares, dando-se o progresso e

aperfeiçoamento de competências pessoais, sociais e académicas relacionadas com a comunicação,

providenciando-se as devidas adaptações curriculares, no concernente aos alunos portadores de

Necessidades Educativas Especiais.

Visa-se uma prática que permita aumentar a capacidade comunicativa, na Língua Oficial, mas

sabendo lidar com a língua materna – a Língua Cabo Verdiana, pois a linguística moderna já

demonstrou que não há línguas melhores ou piores, nem variedade linguística que não tenha

gramática articulada e consistente (Britto e D’Angelis, 2003). Expressar-se oralmente exige que o

aluno tenha confiança em si próprio, situação que nem sempre acontece devido ao uso frequente do

crioulo – língua em afirmação, motivo pelo qual se tem de criar um ambiente favorável à

comunicação na Língua Segunda, de modo que aquilo que se pensa, se sente e, acima de tudo, se é,

possa germinar em Língua Portuguesa.

Pretende-se dar visibilidade e atribuir prestígio ao crioulo, tanto na escola como no espaço de

sala de aula, incentivando o uso das duas línguas, pois a melhor forma de desenvolver o

conhecimento da língua segunda é levar o aluno a tomar consciência de que são bem diferenciadas,

ambas legítimas e de igual valor. Neste caso, o reforço das motivações que levam ao estudo da

língua oficial é substancial para o sucesso da aprendizagem, mas garantindo sempre a valorização

do crioulo, sobretudo na perspectiva funcional, acentuando as vantagens do seu uso.

Ao nível linguístico, em termos de alunos portadores de limitações linguísticas, o Colégio promove

a adoção de estratégias específicas ou de encaminhamento para o Terapeuta de fala, e

desenvolvimento de estratégias através dos docentes titulares ou dos docentes de apoio, no sentido

de favorecer o desempenho da língua oficial e da língua materna.

3.3. Caminhos de realização

Para que seja possível promover a formação integral do aluno tem-se exposto a um conjunto de

situações de comunicação linguística, quer em crioulo, quer em português, (quer em outras línguas,

atendendo ao contexto do país, em geral, e da ilha, em específico, nomeadamente o Francês e o

Espanhol), de modo a que assim se promova a reflexão sobre o funcionamento das línguas, da sua

diversidade, demonstrando aos alunos o seu saber real e aquele que é esperado em relação à Língua

Portuguesa e às outras. Recorre-se a um contraste explícito entre as duas línguas, situação que

favorece o aceleramento do processo de aprendizagem do Português, sempre de forma adaptada ao

nível e faixa etária dos alunos. Isto porque a proximidade aparente entre as línguas faz com que os

alunos projetem na sua produção (em Português) muitas estruturas e unidades da língua materna.

O aluno do Ensino Básico não é visto como detentor de um saber linguístico equivalente ao de um

falante que tem a Língua Portuguesa como materna, quer ao nível do vocabulário, quer quanto à

forma como desenvolve o seu conhecimento gramatical e lexical. Leve-se sempre em conta que o

aluno tem poucas oportunidades de contato com o Português e que, por esse motivo, há necessidade

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de exposição reforçada ao modelo da língua de aprendizagem, nas suas diferentes modalidades e

variedades. Só assim, através da criação de oportunidades de uso da língua, de contacto com textos

escritos em diferentes estilos, e sobretudo com enunciados orais produzidos em contextos diversos

(formais e informais).

A aprendizagem depende de múltiplos fatores como se tem verificado até então, motivo pelo qual se

deve ter presente que a proficiência linguística se incrementa por estádios; que o erro não deve ser

tomado como indicador de mau desempenho (devendo-se ter em atenção que a fala do aluno,

quando constantemente admoestada ou mesmo coibida, conduz à inibição e consequentemente à sua

não progressão, devendo por isso ser-se perspicaz e sensível ao que se deve ou não corrigir,

dependendo da fase em que o primeiro se encontra), mas sobretudo como elemento revelador de

possível estratégia de aprendizagem; que cada micro sistema está sujeito a uma sequência de

aquisição, que condiciona a aprendizagem e por isso limita a sua prática; e que o conhecimento

prévio das temáticas desenvolvidas e dos seus referentes determina a compreensão dos conteúdos.

A implementação das atividades de Complemento Curricular, Línguas Inglesa, Francesa,

Espanhola, Educação Física, Estudo Acompanhado, Educação Moral e Religiosa (para os que

pretendam essa área) querem favorecer o crescimento do aluno, promovendo uma visão aberta

sobre o mundo, a construção das noções de estética e do Belo, o desenvolvimento harmonioso em

termos psico-motores, a descoberta do que se passa ao seu redor e formas de posicionamento, a

aprendizagem e a consolidação de métodos de trabalho e de formas de reflexão.

4. A Execução

4.1. Operacionalização

4.1.1. Organização

4.1.1.1. Horário de funcionamento

O Colégio funciona em regime diurno, com dois turnos letivos, um de manhã e outro de tarde, entre

as 08:00 e as 12:00 e as 14:00 e as 17:30, para o Ensino Básico, e entre as 08:00 e as 12:00 e as

14:00 e as 17:30. Oferece-se um período de recepção a partir das 07:30 e de entrega até às 18:30, de

segunda a sexta-feira**.

**As reuniões de docentes têm lugar habitualmente às 17:00, semanalmente, de cada sexta-

feira, sendo o término das aulas à sexta-feira, às 17:00.

4.1.2. Atividades a desenvolver no âmbito de cada ano letivo

Tabela de atividades, de acordo com cada ano letivo (c.f. Plano Anual de Atividades)

4.1.3. Projeto Curricular de Escola

Princípios gerais

A gestão dos curricula é uma tarefa que envolve todo o corpo docente, recaindo a sua organização

na Direção do Colégio, no Conselho Pedagógico e nos professores. As opções e organização das

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diversas áreas e disciplinas/áreas dos curricula determinam o projeto curricular do Colégio, o qual

se revela instrumento fundamental para o Projeto Educativo.

Subjacente ao Projeto Curricular estão os alunos que compõem as turmas, as famílias e as suas

expetativas em relação a todo o processo de ensino aprendizagem. O Colégio define aqui as

prioridades e as acções a colocar em prática de modo a atingir os objetivos preconizados no Projeto

Educativo.

O processo de ensino aprendizagem em sala de aula é, no entanto, o núcleo que determina o

aprimoramento das competências de cada aluno em particular, e da turma em geral, pelo que o

Projeto de Turma é indispensável – trata-se pois do conjunto de experiências de aprendizagem que

tem de ser articulado entre as diversas áreas do curriculum e adaptado às situações individuais que

se apresentam estabelecendo a necessidade de diversificação de práticas e metodologias. Este

Projeto é elaborado sob proposta do docente ou do grupo de docentes, acompanhado pelo Conselho,

sob coordenação do(a) Diretor(a) Pedagógico(a), tendo como base os pressupostos e as linhas

mestras definidas no Projeto Curricular do Colégio.

4.1.4. Instrumentos de suporte à implementação do projeto educativo

1. Princípios gerais

Caraterização e âmbito

i. Componentes do currículo no ensino dos 0 aos 2 anos

1. A educação dos 0 aos 2 anos enquadra-se nos objetivos de proteção da infância e

consubstancia-se num conjunto de ações articuladas com a família visando, por um lado o

desenvolvimento da criança e, por outro, a sua preparação para o ingresso no sistema pré-

escolar, nomeadamente ao nível da linguagem, da socialização, da exploração do mundo que

a rodeia.

2. A educação dos 0 aos 3 anos de idade é de frequência facultativa.

ii. Componentes do currículo no ensino pré-escolar 1. A educação pré-escolar enquadra-se nos objectivos de proteção da infância e consubstancia-

se num conjunto de ações articuladas com a família, visando, por um lado, o

desenvolvimento da criança e, por outro, a sua preparação para o ingresso no sistema

escolar.

2. A educação pré-escolar é de frequência facultativa e destina-se às crianças com idades

compreendidas entre os 4 anos e a idade de ingresso no Ensino Básico.

Objetivos

São objetivos essenciais da educação pré-escolar:

a) Apoiar o desenvolvimento equilibrado das potencialidades da criança;

b) Possibilitar à criança a observação e a compreensão do meio que a cerca;

c) Contribuir para a estabilidade e segurança afetiva da criança;

d) Facilitar o processo de socialização da criança;

e) Promover a aprendizagem das línguas oficiais e, de pelo menos, uma língua estrangeira;

f) Favorecer a revelação de caraterísticas específicas da criança e garantir uma eficiente orientação

das suas capacidades.

(Decreto Legislativo 2/2010, 7 Maio, artigo 17º)

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2. O que é o Pré-escolar?

Visa-se com o pré-escolar proporcionar uma integração social harmoniosa e equilibrada, livre de

tensões, fomentando o desenvolvimento integral da criança ao longo do seu percurso escolar.

Sendo a escola o espaço em que a criança vai passar muito do seu tempo, é importante que se

adapte e que a atenção da família apoie e facilite essa mesma integração.

Nesta perspetiva, o pré-escolar tem como objetivo:

apresentar um meio favorável, com instalações adequadas e pessoal docente devidamente

habilitado, os quais proporcionem um desenvolvimento à criança que vá ao encontro das

suas necessidades e interesses e também de acordo com as expetativas das famílias;

utilizar uma metodologia programática voltada para a criança, de acordo com programa em

vigor, mas valorizando sempre a individualidade de cada aluno, bem como as suas

especificidades culturais (atendendo à realidade do país), as sua potencialidades de modo a

promover um desenvolvimento equilibrado;

desenvolver técnicas educativas voltadas para a educação das perceções sensoriais, para o

desenvolvimento do espírito crítico e criativo e para as funções mentais que preparem as

futuras aquisições instrumentais.

As atividades em sala de aula têm em linha de conta a necessidade de atuar em relação à criança, de

modo a que sinta bem como a sua curiosidade natural que a leva à descoberta do mundo e favorece

a sua capacidade de investigação. As observações, as induções diretas e os estímulos fazem parte

das estratégias utilizadas para que a criança evolua pelos seus próprios meios. Assim, o jogo será a

estratégia/recurso privilegiado. Apresentar-se multifacetado, tendo como base a interação de grupo

ou as atividades individualizadas que promovem uma maior concentração na criança.

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*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

I. Educação do senso

social

Nesta área importa

desenvolver na criança

aspetos relacionados

com o saber estar com

o outro e o saber agir,

assim levar-se-ão em

conta os seguintes

aspetos: a autonomia,

o senso social

propriamente dito e os

valores éticos e morais.

II. Educação

percetiva

A educação

percetiva baseia-se

em três aspetos que

estão interligados no

processo de

aprendizagem das

crianças: a atenção,

a perceção e a

memória.

III. Educação intelectual

No pré-escolar, a

educação intelectual

desenvolve-se em quatro

áreas:

1. Expressão

Verbal

2. Pré-Leitura

3. Pré-escrita

4. Matemática

5. Meio Físico e

Social

IV. Educação estética

As atividades artísticas são

fundamentais ao longo de

todo o percurso humano,

mas sobretudo nesta fase,

pois permitem-lhe expressar

espontaneamente as suas

emoções, sensações,

sentimentos, dando vazão

V. Educação psico-motora

Como responsável pelo

desenvolvimento global da

criança, o pré-escolar tem

como fundamental a educação

psico-motora, já que esta

promove a relação

harmoniosa entre o equilíbrio

psicológico, o funcionamento

motor e o controlo do seu

corpo.

a) Autonomia

A criança, após a

transição sofrida, da

dependência familiar

para uma dependência

relativa, irá desenvolver

a aprendizagem dos atos

quotidianos, as atitudes

de delicadeza, posse de

bens, ordem, boa

educação, normas de

funcionamento,

horários, entre tantas outras.

b) O senso social

A integração em grupo,

a troca de experiências e

a descoberta de pontos

comuns, a necessidade

de um comportamento

que fomente o

equilíbrio e a

autonomia, o respeito

pelos seus colegas é o

objectivo fundamental,

pois nesta fase já existe

a consciência de que o

mundo não gravita em exclusivo à sua volta.

c) Valores ético-

morais

Pretende-se aqui

proporcionar

aprendizagens

específicas no que

respeita a valores como

a amizade, a tolerância,

a honestidade, o

respeito pelo próximo, o

São aspetos

fundamentais a serem

levados em conta no

desenvolvimento de

atividades de sala ou

apenas lúdicas, sejam

jogos de exterior ou

interior. Desta forma

a despistagem em

relação a aspetos de

deficiências de visão

ou audição pois estes

dois sentidos são

primordiais para o

desenvolvimento

equilibrado. Além

destes, também o

aspeto táctil, o gosto e

o olfato são

importantes para

aprimoramento das

relações sociais.

Compete ao pré-escolar

proporcionar os meios

adequados para uma

correta evolução na

expressão oral, quer em

Crioulo, quer em

Língua Portuguesa,

dando igualmente

importância a atividades

que proporcionem um

correto desenvolvimento

paralelo no campo da

leitura e da escrita (esta

em Língua Portuguesa).

Saliente-se, no entanto,

que não há um carácter

rígido nestas atividades,

pois não se pretende que

a criança já saiba ler ou

escrever quando

terminar o ensino pré-

escolar. Visa-se

potenciar capacidades

que lhe irão permitir

mais tarde uma melhor

aprendizagem.

No aspeto verbal

interessa que a criança

desenvolva as suas

potencialidades vocais,

através de jogos e/ou

brincadeiras que

motivem a criança, nas

duas línguas – Crioulo e

Língua Portuguesa.

Importa iniciar um

processo de educação

à capacidade criativa.

Neste caso, a educadora

apenas gere todo o capital de

criatividade que o grupo lhe

proporciona, canalizando-o

para aspetos em que as

crianças melhor se expressem,

desenvolvendo a sua

autoestima e propiciando a

sua veia criadora.

No que respeita ao

desenvolvimento do sentido

estético enquanto tal, os

esforços a desenvolver devem

centrar-se na possibilidade da

criança tomar contacto com

gravuras desenhos, pinturas,

obras dramáticas adaptadas à

sua idade, obras musicais de

qualidade, de modo a ir

formando lentamente o seu

próprio conceito de Belo, o

qual, mesmo para nós, tem

uma enorme carga subjetiva.

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

respeito pelo meio, a

responsabilidade, o

valor do esforço e do trabalho.

É fundamental a união

de esforços entre

família e escola para

que se favoreça um

desenvolvimento e

crescimento equilibrado

na criança.

dos órgãos vocais.

Também os conceitos

matemáticos são

abordados através de

jogos que ajudem a

entender conceitos como

relações, conjuntos,

associações.

Em relação ao meio físico

e social importa explorar

o património dos alunos

do grupo. Através de

atividades em que os

alunos são levados a

trocar impressões e

informações da sua

experiência anterior ou do

capital cultural que lhes

foi transmitido pelos seus

pais, consegue-se levar as

crianças a retirar

conclusões da sua própria

observação,

proporcionando-lhe uma

melhor integração no

meio. Desta forma as

crianças vão aprendendo a

respeitar-se a si próprios,

aos seus colegas e ainda

ao espaço comum a todos.

Page 11: Projecto educativo revisto

Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

4. Áreas de conteúdo – 4/5 anos

Educação do senso -

social

Autonomia

Senso – social

Valores ético-

morais

Educação percetiva

Visão

Audição

Tato

Gosto e

olfato

Educação intelectual

Expressão

verbal

Pré – leitura

Pré – escrita

Matemática

Educação estética

Expressão plástica

Educação psicomotora

Movimento

Educação do senso social

1 . Autonomia

2 . Senso – social

3 . Valores ético –

morais

1.1. Alimentação:

saber comer de faca e

garfo;

desenvolver formas de

atuação em sociedade,

à refeição;

1.2. Vestuário:

aprender a vestir-se e a

despir-se;

a atar os sapatos;

organizar os seus

pertences;

responsabilizar-se

pelos seus pertences;

1.3. Higiene:

lavar-se de forma

autónoma (cara e

mãos);

escovar corretamente

os dentes;

limpar/arrumar aquilo

que suja/desarruma

Jogos em que

proteja e ajude

os mais novos

Jogos de

competição

Ser útil,

ajudando os

adultos nas suas

tarefas

Trabalho em

grupo

Modos:

cumprimentar e

perguntar “como

está ? “, a

diferentes

pessoas, em

diferentes

situações; como

se deve dirigir aos

professores,

empregados,

adultos, entre

outros; como

pedir as coisas à

mesa, no café, na

aula, nas lojas,

entre outros.

Regras: ter

conhecimento das

regras de

funcionamento

existentes dentro

da sala de aula e

nos espaços

exteriores e saber

cumpri-las

3.1. Reconhecimento

e prática das

qualidades

essenciais:

a) Respeito pelo

meio

b) Respeito pelos

outros

c) Amizade

d) Tolerância

e) Franqueza,

honestidade,

veracidade

f) Honra

g) …

3.2. Aquisição do

sentido de

responsabilidade.

3.3. Tomada de

consciência do valor

do esforço e do

trabalho

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Educação percetiva

Visão Audição Tato Gosto e Olfato

Jogos de atenção

visual

Identificação de

formas

geométricas planas

Identificação de

formas

geométricas

tridimensionais

simples

Combinações de

cores

Dominós de

formas, cores e

imagens

Coleções

Seriações

Puzzles

Jogos de construção

Jogos de

observação de

diferenças

Imagens para

classificar

Observação da

natureza

Observação do

quotidiano

Jogos de atenção

auditiva

Tomada de

consciência dos

elementos sonoros:

altura e intensidade

Jogos de diferenças

sonoras

Localização,

direção e distância

das fontes sonoras

Identificação dos

sons

Reconhecimento de

timbres

Observação de

ruídos e sons da

natureza

Observação de

ruídos e sons da

vida quotidiana

Jogos espaço – temporais:

jogo da “cabra –

cega“

reconhecimento de

diversos materiais

pelo tato

reconhecimento,

pelo tato, de

diversos objetos

classificação de

quantidades

(água mais ou

menos

açucarada);

perfumes mais

ou menos

intensos

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Educação intelectual

1 . Expressão verbal 1 . 1 Expressão vocal:

palavras recitadas

ritmicamente (em

Crioulo e em Língua

Portuguesa)

imitação de sons

1 . 2 Ênfase :

expressões diferentes de

uma pequena frase: com

força, com majestade, com

alegria com serenidade, com

dor, entre outras. (em

Crioulo e em Língua

Portuguesa)

1 . 3 Expressão Oral :

invenção de histórias e de situações (em Crioulo e

em Língua Portuguesa)

interpretação de textos simples (em Crioulo e em

Língua Portuguesa)

jogos de emissão e receção oral (em Crioulo e em

Língua Portuguesa)

jogos de expressão dramática, fantoches, poesias,

lengas – lengas, descrição de imagens; tudo o que

leve ao enriquecimento expressivo do

vocabulário. (em Crioulo e em Língua

Portuguesa)

2 Pré-leitura

desenvolvimento auditivo – percetivo – motor e visuo – percetivo – motor através de

jogos expressivo – criativos

conhecimento de algumas letras (este conhecimento vai sendo adquirido conforme a

curiosidade da criança e através das suas próprias descobertas, de acordo com o método

de leitura global)

jogos visuais e motores

jogos de atenção

jogos de memória

jogos de identificação de semelhanças

jogos de discriminação de diferenças…

3 . Pré – escrita: desenvolvimento da habilidade manual – leveza, precisão, destreza, coordenação e rapidez

de movimentos

preparação dos automatismos através de jogos de expressão rítmica

familiarização com os diversos materiais de escrita

aprendizagem da forma de pegar e de utilizar os instrumentos de escrita; seus cuidados e

manutenção

aquisição do hábito de estar bem sentado e com o material de trabalho disposto de forma

ordenada

picagens

desenhos e modelagens

dobragens

recorte

grafismo…

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Educação intelectual

4 . Matemática

4 . 1 Exploração

do espaço :

noção da posição

no espaço

linhas abertas e

fechadas

noção de interior

e exterior

noção de longe e

de perto

noção de

velocidade

noção de peso

noção de ordem

4 . 2 Exploração de

formas :

algumas formas

geométricas bi e

tridimensionais

(quadrado, triângulo,

círculo, cubo, esfera)

4 . 3 Conjuntos :

formação de

agrupamentos

(grupos de crianças;

grupos de objetos)

classificações livres

de agrupamentos

classificações de

agrupamentos

segundo critérios

dados

noção de

propriedade, de

pertença

a negação

união de

agrupamentos

separação de

agrupamentos

4 . 4 Relações:

correspondências

(emparelhamentos)

equivalências (quantidades)

seriações (ordenação por

grandeza)

quantidades : mais do que …

; menos do que … ; tantos como

representação : < > ; = / #

intersecção de conjuntos

4 . 5 Numeração:

- correspondência termo a termo (ex . pedir para se numerarem numa fila de crianças)

- conservação das quantidades (água , areia , plasticina)

- um; nenhum; algum; poucos; muitos; todos

- cálculo mental simples na prática de jogos

- agrupamentos por dois, três, quatro; cinco, ao nível da manipulação de jogos

- adições e subtrações simples ao nível da manipulação de jogos

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Educação estética

As atividades artísticas permitem à criança expressar-se livre e espontaneamente todas

as suas sensações e sentimentos, fazendo apelo às suas faculdades de imaginação e de

invenção.

É essencial:

motivar a confiança e toda a liberdade de expressão

respeitar a personalidade da criança , as suas capacidades e incapacidades

estimular a expressão e a criatividade

proporcionar os meios e os materiais mínimos que assegurem a realização

técnica da criação

valorizar e incentivar a atividade criadora

As técnicas de expressão plástica:

1 . Desenho :

a giz

com carvão

com lápis de

cera

com

marcadores

com lápis de

cores

2 . Pintura:

com água

sobre papel

que manche

com a mão e

dedos

com

carimbos

com pincéis

com escovas

com

palhinhas

3 . Modelagem:

barro

plasticina

massa de

cores

massa de pão

esferovite e

diluente

4 . Decoração:

caixas, frascos,

garrafas,

embalagens,

boiões...

5 . Colagens:

com papel de

revista, de lustro,

de embrulho,

pratas...

bidimensionais

: com massas,

feijão, grão,

botões, folhas,

conchas, papel,

fósforos,

pedrinhas,

tecidos..

tridimensionais

: construções

com caixas e

embalagens;

com pedras,

com ramos…

6 . Bordado:

em

sarapilheira

ou em cartão

com furos,

usando

agulha grossa

e fio de lã

grosso .

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Educação psicomotora

A Educação Psicomotora é uma das que mais contribui para a formação das crianças.

Visa:

o desenvolvimento das capacidades psicomotoras da criança

a despistagem de certas dificuldades biológicas e psicomotoras com o sentido de

manter um equilíbrio saudável

assegurar uma melhor disponibilidade corporal e intelectual, ao ajudar no

desenvolvimento da psicomotricidade e das faculdades de adaptação

ajudar na educação social, incitando a criança a ultrapassar-se a si própria, a

dominar os seus impulsos naturais, a respeitar o outro, a cumprir as regras, a

integrar-se num grupo e a sentir-se responsável pela sua saúde .

1 . Movimento

1 . 1 Ativação cardio -pulmonar

1 . 2 Equilíbrio:

estático

dinâmico

1 . 3 Coordenação:

dinâmica geral

1 . 4 Cinestesia:

lateralização e

orientação

perceção segmentar

perceção das atitudes

gerais associadas aos

movimentos

perceção das atitudes

segmentares,

associadas aos

movimentos

(respiração, relax)

1 . 5 Atitude corporal:

com e sem

interiorização

1 . 6 Organização

temporal:

perceção da

duração

perceção das

estruturas rítmicas

1 . 7 Organização

espacial:

perceção dos

objetos no espaço

(trajetórias,

velocidade)

perceção da

criança no seu

meio de ação:

- ela e o meio

material

- ela e o meio

social (os outros)

- atividades livres

- jogos

- relax

1 . 8 Qualidades do

movimento

força

peso

impulso

sustentação

precursão

suspensão

vibração

torcer

empurrar

pressão

1 . 9 Improvisação

com som como

motivação

com propostas

reais ou

imaginárias

a dois ou em

grupo

2 . Exploração expressiva do

corpo

equilíbrio

coordenação

flexibilidade

respiração

olhar

tato

2 . 1 Locomoção :

andar

correr

saltar

rodar

movimentos

locomotores aos pares

ou em grupo

3 . Exploração expressiva

do espaço Organização Espacial e

Exploração Expressiva do

Espaço:

dimensões

direções

planos

agrupamentos e

associações

4 . Exploração Expressiva

do Tempo:

tempo

ritmo

intensidade

frases

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

iii. Componentes do currículo do Ensino Básico

1. Princípios Gerais

1. O ensino básico deve proporcionar a todos os que o frequentam em Cabo Verde uma formação

geral que, mediante a ligação equilibrada entre a teoria e a prática, o saber, o saber ser e o saber

fazer, a cultura escolar e a cultura geral, lhes permitam desenvolver capacidades de raciocínio e

aprendizagem, espírito crítico e criatividade, contribuindo para a sua realização pessoal e social,

enquanto cidadãos.

2. O ensino básico constitui um ciclo único e autónomo.

3. O ensino básico postula a integração do indivíduo na comunidade. (Decreto Legislativo 2/2010, 7 Maio, artigo 19º adaptado)

1.1.São objetivos do Ensino Básico:

São objetivos do ensino básico:

a) Favorecer a aquisição de conhecimentos, hábitos, atitudes e habilidades que contribuam para o

desenvolvimento pessoal e para a inserção do indivíduo na comunidade;

b) Desenvolver capacidades de imaginação, observação, reflexão, como meios de afirmação

pessoal;

c) Fomentar a aquisição de conhecimentos que contribuam para a compreensão e preservação

do meio circundante;

d) Fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em

que se assenta a vida social;

e) Desenvolver atitudes positivas em relação às questões ambientais;

f) Despertar o interesse pelos ofícios e profissões;

g) Desenvolver atitudes, hábitos e valores de natureza ética;

h) Promover o domínio da língua Portuguesa como instrumento de comunicação e de estudo,

reforçando a capacidade de expressão oral e escrita dos educandos;

i) Proporcionar a aprendizagem de uma língua estrangeira e a iniciação facultativa de uma segunda,

nas escolas que reúnam condições para o efeito;

j) Promover o conhecimento, apreço e respeito pelos valores que consubstanciam a identidade

cultural cabo-verdiana. (Decreto Legislativo 2/2010, 7 Maio, artigo 22º)

1.2. Organização

1. O ensino básico tem a duração de oito anos e compreende três ciclos sequenciais, sendo o 1º de

quatro anos, o 2º e o 3º de dois anos cada, organizados da seguinte forma:

a) No 1º ciclo, o ensino é globalizante, da responsabilidade de um professor único, que pode ser

coadjuvado em áreas especializadas;

b) No 2º ciclo, o ensino organiza-se por áreas interdisciplinares de formação básica e desenvolve-se

predominantemente em regime de docente por área;

c) No 3º ciclo, o ensino organiza-se segundo um plano curricular unificado, integrando áreas

vocacionais diversificadas, e desenvolve-se em regime de um docente por disciplina ou grupo de

disciplinas.

2. A articulação entre os ciclos obedece a uma sequencialidade progressiva, conferindo a cada ciclo

a função de completar, aprofundar e alargar o ciclo anterior, numa perspetiva de unidade global do

ensino básico.

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Projeto Educativo - Colégio Letrinhas - atualização de 2014

*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

3. Os objetivos específicos de cada ciclo integram-se nos objetivos gerais do ensino básico, nos

termos dos números anteriores e de acordo com o desenvolvimento etário correspondente, tendo em

atenção as seguintes particularidades:

a) Para o 1º ciclo, o desenvolvimento da linguagem oral e a iniciação e progressivo domínio da

leitura e da escrita, das noções essenciais da aritmética e do cálculo, do meio físico e social e das

expressões plástica, dramática, musical e motora;

b) Para o 2º ciclo, a formação humanística, artística, física e desportiva, científica e tecnológica e a

educação moral e cívica, visando habilitar os alunos a assimilar e interpretar crítica e criativamente

a informação, de modo a possibilitar a aquisição de métodos e instrumentos de trabalho e de

conhecimento que permitam o prosseguimento da sua formação, numa perspetiva do

desenvolvimento de atitudes ativas e conscientes perante a comunidade e os seus problemas mais

importantes;

c) Para o 3º ciclo, a aquisição sistemática e diferenciada da cultura moderna, nas suas dimensões

humanística, literária, artística, física e desportiva, científica e tecnológica, indispensável à

orientação escolar e profissional que possibilite o ingresso na vida ativa e o prosseguimento de

estudos.

4. Em escolas especializadas do ensino básico podem ser reforçadas componentes de ensino

artístico ou de educação física e desportiva, sem prejuízo da formação básica.

5. Os planos curriculares do ensino básico integram áreas curriculares disciplinares e não

disciplinares, em termos a estabelecer por diploma regulamentar.

6. A conclusão com aproveitamento do ensino básico confere o direito à atribuição de um diploma,

devendo igualmente ser certificado o aproveitamento de qualquer ano ou ciclo, quando solicitado.

(Decreto Legislativo 2/2010, 7 Maio, artigo 23º)

2. Pressupostos, metodologias e perspetivas

O ensino tem-se orientado por uma matriz disciplinar convencional que vê o aluno como um recetor

de conhecimentos, estando as matérias muitas vezes organizadas em compartimentos, fazendo

assim com que o papel da disciplina, em particular, e da escola, em geral, esteja muitas vezes

associado ao da transmissão de conhecimentos. O paradigma existente, cujo foco está centrado nos

conteúdos a serem ensinados, coloca o aluno numa posição passiva – ouve, memoriza, questiona e

participa pouco, e resolve situações, mas habitualmente do ponto de vista da reprodução. O

currículo aparece até então como um fim, alvo do controlo oficial que se traduz no seu

cumprimento anual, que condiciona a atividade do professor – que sabe, explica, anima, pergunta,

responde.

O programa é para a equipa deste Colégio o projeto de intenções a ser posto em prática pelo

professor na sala de aula. O seu sucesso depende em larga medida das representações do professor,

das suas expetativas do seu grau de exigência e das expetativas do pais e familiares dos alunos.

O paradigma em implementação no Colégio, dará prioridade às competências a serem

desenvolvidas, nos saberes – saber, saber-fazer e saber-ser, a serem construídos. É necessário

promover um equilíbrio entre o saber e o saber-fazer, entre a teoria e a prática, entre a cultura

académica e a cultura quotidiana. Almeja-se um currículo como conjunto integrado e articulado de

situações-meio, pedagogicamente desenvolvidas e ordenadas para fomentar aprendizagens

significativas, que se traduzirão num aluno ativo, agente da sua própria aprendizagem, que vivencia

o processo, que pensa e opera, resolvendo problemas.

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*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

Os objetivos do colégio norteiam-se por uma formação integral do aluno, em que é possível a

contextualização e a integração de saberes de diferentes áreas disciplinares, dando-se o progresso e

aperfeiçoamento de competências pessoais, sociais e académicas relacionadas com a comunicação.

3. A Língua Crioula e a Língua Portuguesa

Visa-se uma prática que permita aumentar a capacidade comunicativa, na Língua Oficial, mas

sabendo lidar com a língua materna – a Língua Cabo Verdiana, pois a linguística moderna já

demonstrou que não há línguas melhores ou piores, nem variedade linguística que não tenha

gramática articulada e consistente (Britto e D’Angelis, 2003). Expressar-se oralmente exige que o

aluno tenha confiança em si próprio, situação que nem sempre acontece devido ao uso frequente do

crioulo – língua em afirmação, motivo pelo qual se tem de criar um ambiente favorável à

comunicação na Língua Segunda, de modo que aquilo que se pensa, se sente e, acima de tudo, se é,

possa germinar em Língua Portuguesa.

Pretende-se dar visibilidade e atribuir prestígio ao crioulo, tanto na escola como no espaço de

sala de aula, incentivando o uso das duas línguas, pois a melhor forma de desenvolver o

conhecimento da língua segunda é levar o aluno a tomar consciência de que são bem diferenciadas,

ambas legítimas e de igual valor. Neste caso, o reforço das motivações que levam ao estudo da

língua oficial é substancial para o sucesso da aprendizagem, mas garantindo sempre a valorização

do crioulo, sobretudo na perspetiva funcional, acentuando as vantagens do seu uso.

O aluno é exposto a um conjunto de situações de comunicação linguística, quer em crioulo, quer em

português, de modo a que assim se promova a reflexão sobre o funcionamento das duas línguas, da

sua diversidade, demonstrando aos alunos o seu saber real e aquele que é esperado em relação à

Língua Portuguesa. Recorre-se a um contraste explícito entre as duas línguas, situação que favorece

o aceleramento do processo de aprendizagem do Português. Isto porque a proximidade aparente

entre as línguas faz com que os alunos projetem na sua produção (em Português) muitas estruturas e

unidades da língua materna.

O aluno do 1º ciclo não pode ser visto como detentor de um saber linguístico equivalente ao de um

falante que tem a Língua Portuguesa como materna, quer ao nível do vocabulário, quer quanto à

forma como desenvolve o seu conhecimento gramatical e lexical. Leve-se sempre em conta que o

aluno tem poucas oportunidades de contacto com o Português e que, por esse motivo, há

necessidade de exposição reforçada ao modelo da língua de aprendizagem, nas suas diferentes

modalidades e variedades. Só assim, através da criação de oportunidades de uso da língua, de

contacto com textos escritos em diferentes estilos, e sobretudo com enunciados orais produzidos em

contextos diversos (formais e informais).

A aprendizagem depende de múltiplos fatores como se tem verificado até então, motivo pelo qual se

deve ter presente que a proficiência linguística se incrementa por estádios; que o erro não deve ser

tomado como indicador de mau desempenho (devendo-se ter em atenção que a fala do aluno,

quando constantemente admoestada ou mesmo coibida, conduz à inibição e consequentemente à sua

não progressão, devendo por isso ser-se perspicaz e sensível ao que se deve ou não corrigir,

dependendo da fase em que o primeiro se encontra), mas sobretudo como elemento revelador de

possível estratégia de aprendizagem; que cada micro sistema está sujeito a uma sequência de

aquisição, que condiciona a aprendizagem e por isso limita a sua prática; e que o conhecimento

prévio das temáticas desenvolvidas e dos seus referentes determina a compreensão dos conteúdos.

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*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

4. Áreas de atividades

As áreas curriculares disciplinares e não disciplinares do Ensino Básico:

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*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

5. Caracterização das turmas

(Decreto Legislativo 2/2010, 7 Maio)

5.. As turmas

Cada grupo – cada turma, será motivo de observação e análise, de modo a que se proceda, não só, a

uma caraterização global, como também à definição do perfil de cada aluno, de modo a que toda a

planificação vá ao encontro das expetativas e das necessidades das crianças, quer a curto, quer a

médio, quer a longo prazos.

Visa-se desta forma consagrar a participação ativa de todos os elementos ligados à criança: todos os

membros da comunidade educativa, os pais, os familiares e os colegas.

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*As bolsas são extensivas dos 0 anos ao 3º ciclo do Ensino Básico.

O número de alunos por turma é determinado pela Direção do Colégio, no início de cada ano letivo,

de acordo com as especificidades das crianças que a frequentem, tendo como limite 20 alunos, salvo

exceções devidamente justificadas.

6. Plano Anual de Atividades

O tema que irá dar unidade à escola define-se no início de cada ano letivo (0-3 anos, Pré-escolar e

Ensino Básico) e estará na base da maior parte das atividades da escola no seu todo, sejam elas

festas tradicionais, atividades pontuais ligadas a datas importantes ou ainda saídas de estudo aos

diversos locais decididos.

O Colégio pretende ser uma escola viva, atenta às realidades atuais, adaptando cada item do

programa à realidade da escola, da ilha e do país, a cada criança, turma e família, explorando-os de

forma exaustiva e criativa, fazendo do programa apenas a espinha dorsal de um plano de estudos

nacional.

iii. Objetivos das áreas curriculares não disciplinares (1º e 2º ciclos)

a) Estudo Acompanhado/Reforço

b) Língua Inglesa, Língua Francesa, Língua Espanhola

a) Estudo Acompanhado

Esta é uma área que tem como objetivo a criação de hábitos, método e organização de estudo por

parte do aluno. Pretende-se também que o aluno desenvolva uma autonomia na resolução de

dificuldades que vai enfrentando no cumprimento das suas obrigações escolares.

Objetivos

1. Ajudar o aluno a encontrar as melhores estratégias de estudo em função das suas características

individuais;

2. Desenvolver competências de consulta e de utilização de diversas fontes de informação;

3. Criar o sentido de responsabilidade pelas tarefas cumpridas;

4. Fomentar a apropriação pelo aluno do conceito de esforço para atingir objetivos.

2ª Fase

1. Aprender a tirar apontamentos;

2. Desenvolver a utilização de esquemas;

3. Utilizar estratégias de memorização.

b) Línguas Inglesa, Francesa e Espanhola

As áreas de Línguas Inglesa, Francesa e Espanhola visa fornecer aos alunos mais uma ferramenta

linguística que lhes permitirá uma nova representação do mundo, dando-lhe mais oportunidades de

se envolverem em tarefas e atos ilocutórios.

Objetivos

1. Desenvolver a audição e a reprodução de sons, músicas, rimas

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2. Conhecer (produzir verbalmente e por escrito) vocabulário diversificado (cores, números,

alfabeto, alimentos, animais, casa, escola, festividades)

3. Participar em jogos e em diálogos simples do dia a dia

4. Comunicar instruções simples e informações básicas

5. Reagir verbalmente e por escrito a mensagens escritas/visuais

6. Ler textos simples

7. . Aspetos transversais a desenvolver no âmbito da aplicação do projeto educativo

7.1. Avaliação

A avaliação do Ensino Básico deve ter em conta as competências "gerais" que correspondem ao

perfil do aluno à saída do EB e as específicas de cada área curricular ou disciplina.

A clarificação das competências a alcançar no final do Ensino Básico baseia-se num conjunto de

valores e princípios:

- a tomada de consciência da identidade pessoal;

- a participação na vida escolar de forma responsável e solidária;

- o respeito pelo outro;

- a valorização de diferentes formas de saber;

- o desenvolvimento do gosto pelo saber, pelo trabalho e pelo estudo;

- a construção de uma consciência ecológica;

7.2. Metodologias de trabalho

Em ambiente de trabalho na sala de aula, os alunos devem apropriar-se das diferentes formas de

proceder para pôr em prática uma dada tarefa. As atividades devem ser preparadas de forma a que

ao aluno possa:

· Exprimir dúvidas e dificuldades.

· Planear, e organizar as suas tarefas.

· Aplicar diferentes métodos de trabalho

· Confrontar os resultados dos diferentes métodos de trabalho para a realização da mesma tarefa.

· Ajustar os métodos de trabalho à sua forma de aprender e aos objectivos visados.

7.3. Meios de pesquisa, recolha e tratamento de informação

Ao longo do primeiro ciclo, os alunos devem aprender a utilizar as diversas fontes de informação,

desde os simples livros a enciclopédias, dicionários, a Internet. Além disso devem consciencializar

a importância da correta utilização das novas tecnologias de informação. Desta forma, os alunos

devem aprender a:

· Pesquisar selecionar, organizar e interpretar informação em função de questões, necessidades ou

problemas a resolver.

· Utilizar as tecnologias da informação e comunicação nas tarefas de construção de conhecimento.

7.4. Autonomia, responsabilidade e criatividade

Ao longo do ensino básico, os alunos devem desenvolver uma autonomia própria que lhes permita

desenvolver trabalhos individualmente e resolver situações problemáticas simples que lhes

apareçam aquando da execução dos trabalhos. Desta forma devem:

· Realizar tarefas por iniciativa própria.

· Aplicar métodos de trabalho, numa perspetiva crítica e criativa.

· Responsabilizar-se pela realização integral de uma tarefa, não desistindo perante a primeira

dificuldade.

· Valorizar a realização de atividades intelectuais que envolvam esforço, persistência, iniciativa e

criatividade.

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· Serem capazes de se avaliar e controlar o desenvolvimento das tarefas que se propõem realizar.

7.5. Espírito de colaboração

Ao longo do ensino básico devem estabelecer-se as premissas para que os alunos se habituem a

trabalhar em grupo, colaborando uns com os outros, na prossecução de objetivos pré-estabelecidos.

Desta forma os alunos devem:

· Participar em atividades de grupo, respeitando normas, regras e critérios de atuação, de

convivência e de trabalho.

· Manifestar sentido de responsabilidade, de flexibilidade e de respeito pelo seu trabalho e pelo dos

outros.

· Comunicar, discutir e defender descobertas e ideias próprias, dando espaço de intervenção aos

seus parceiros.

· Ajustar os métodos de trabalho à sua forma de aprender, às necessidades do grupo e aos objetivos

visados.