programação do investimento público - appc - intro · av. antónio augusto de aguiar, 126 ......

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n.º 44 · Outubro 2013 Boletim Informativo empresas de projecto e consultoria Este Boletim está também disponível no site da APPC no formato pdf Programação do Investimento Público Desde há muito que a APPC vem defendendo, neste e em outros espaços, a necessidade de estabelecer uma metodologia de avaliação e selecção dos investimentos públicos que permita retirar a sua discussão – frequentemente de forma tecnicamente enviesada – da praça pública. Efectivamente, uma coisa é validar decisões e outra, manifestamente diferente, é a manipulação da opinião pública com argumentos a favor e contra, de forma tecnicamente não informada e não consistente. Vêm estas considerações a propósito da recente constituição, por iniciativa do Governo, de um Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA), orientado para o Sector dos Transportes, com a participação de representantes de reguladores, empresas e associações empresariais enquadradas e com participação relevante nos sectores compreendidos. Saúda-se a iniciativa, com a expectativa positiva de que ela possa contribuir para uma maior estabilidade das decisões e para que as empresas possam saber com o que podem contar, ou seja, possam conhecer com antecipação o mercado público relevante que irá existir em horizonte determinado. Esta sempre foi uma preocupação maior da APPC. Não é possível gerir empresas, ou seja, recursos e equipas técnicas, vendo programas perfeitamente de- finidos e decididos serem algum tempo depois contraditados, suspensos, adiados ou mesmo eliminados. Isso tem acontecido em Portugal, nem sendo necessário que mude o ciclo político. Frequentemente basta que mude o Governo ou mesmo o titular das pastas relevantes. Claro está que o passado recente tem vindo a determinar o agravamento da situação resultante da indefini- ção do mercado público. Sobreveio também a quase total ausência de investimento privado relevante para a actividade do nosso Sector. A situação é muito grave. Muitas empresas entraram em processos de liquidação ou insolvência e as sobre- viventes, com os indispensáveis ajustamentos das respectivas estruturas técnicas e operacionais, vêm, em muitos casos, enfrentando o agravamento da debilidade das suas estruturas técnica e financeira. Certo é que algumas têm conseguido aumentar a sua participação no mercado internacional, mas todos já compreendemos também que esse processo de internacionalização não está isento de riscos e incertezas. Em termos práticos, tal processo está sobretudo ao alcance de empresas que já tinham alguma actividade internacional, sendo bastante mais difícil para quem apenas agora inicia o processo de internacionalização. Assim, e admitindo que o Sector já fez o “ajustamento”, importa que as empresas conheçam com clareza o que vai acontecer a seguir em matéria de investimento público. Por isso saudamos a iniciativa de constituição do GTIEVA, do qual deverá vir a resultar um quadro estabiliza- do e consensualizado do ponto de vista dos operadores e demais intervenientes do sector dos transportes. Esse resultado será tanto mais relevante quanto menos a definição dos investimentos se ativer ao imedia- tismo. O que vier a resultar em termos de prioridades de investimento público deve ter em consideração o posicionamento estratégico que o país almeja, sendo que os investimentos devem ser convergentes com essa estratégia, sob pena de podermos estar a desperdiçar recursos, em fase de tão grande escassez. Planear a curto prazo desconsiderando o caminho que queremos trilhar pode comprometer o futuro, não podendo ser essa a lógica desta fase de programação do que pode vir a acontecer a 7-8 anos de vista no sector dos transportes. Esta metodologia participativa, e embora circunscrita às infraestruturas de transportes, será sem dúvida uma experiência relevante e que poderá determinar a sua extensão a outros domínios de intervenção. Transcrevemos aqui, novamente, o que escrevemos no Editorial do Boletim editado em Abril de 2012: “Achamos oportuno repetir aquilo que ao longo de vários anos vimos dizendo: os partidos de governo que nos últimos anos têm alternado no poder não foram capazes de, até hoje, definir e assumir um Projecto Nacional de Infra-estruturas e Requalificação do Meio Ambiente, que não seja interrompido ou posto em causa sempre que se verifica uma alternância no Governo…”. Esperamos, pois, que deste trabalho no sector dos transportes possa resultar, pelo menos, uma articu- lação entre reguladores, gestores e operadores relevantes, de forma a que o plano seja assimilado pelo poder político e seja um verdadeiro Plano Nacional, orientador para o Estado e para as empresas do Sector. Estamos, como sempre, disponíveis para esse trabalho e para contribuir em favor dessa consensualização. Eng. Victor Carneiro, Presidente www.appconsultores.org.pt Porto de Sines Conferência sobre “Dispute Resolution Board”, 4 Outubro Organizada pela Sociedade SRS Advogados e pela The Dispute Resolution Board Foundation, representada em Portugal pelo Engº Manuel Agria, a APPC apoiou a divulgação de uma conferência sobre a metodologia do Conselho de Resolução de Conflitos. Foram apresentados modelos já incorporados na legislação de diversos países enquanto instrumentos expeditos de resolução de litígios, contribuindo para reduzir o recurso à via judicial. De entre as soluções possíveis e hoje já transpostas para diversos contratos, com destaque para os modelos FIDIC, e desenvolvida por instituições como a ICC, surge a figura do Conselho de Resolução de Conflitos, na sua versão original, Dispute Resolution Board. Conferência sobre a Aliança do Pacífico Lisboa, 1 Outubro Iniciativa do Diário Económico, Aliança do Pacifico e BBVA, realizou-se em Lisboa no passado dia 1 de Outubro uma Conferência de apresentação da Aliança do Pacifico, denominada Aliança do Pacifico- Plataforma Estratégica de Negócios, na qual participou o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal. A Aliança do Pacifico reúne quatro países da região (Chile, Colômbia, México e Peru), região de grande dinamismo económico que muito tem interessado aos consultores portugueses. Uma apresentação relevante foi efectuada pelo BBVA e encontra-se disponível na área reservada do site da APPC, no domínio “Internacionalização / Estudos, Análises e Relatórios sobre Mercados”. Seguro de Responsabilidade Civil Profissional O Seguro de Grupo da APPC lançado em 2005 que cobre a actividade de Consultoria e Projecto tem tido um assinalável sucesso ao longo dos anos. As empresas não associadas que queiram obter informações sobre este Seguro (valor dos prémios, abrangência, exclusões, etc) podem solicitar à APPC o envio de um documento com as respectivas Condições.

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n.º 44 · Outubro 2013 Boletim Informativoempresas de projecto e consultoria

prOprIedade e edIçãO associação portuguesa de projectistas e Consultores dIreCtOreng. Victor Carneiro

COOrdeNadOr edItOrIal dr. Manuel Baptista

prOJeCtO GrÁFICO atelier Henrique Cayatte

paGINaçãO e prOdUçãO GrÁFICa Nastintas – design e Comunicação

exeMplares 2500

dIFUsãOeste Boletim é regularmente enviado às seguintes entidades,Organizações e empresas:

• administração Central: Ministérios, secretarias de estado, direcções-Gerais, Institutos públicos e outras entidades equiparadas• administração regional: Governos regionais dos açores e Madeira• administração local: Câmaras Municipais• empresas contratantes• Organizações de interesse público• Meios de Comunicação social• empresas do sector

appCav. antónio augusto de aguiar, 126 - 7.º1050-020 lisboatel 213 580 785/6Fax 213 150 [email protected]

Este Boletim está também disponível no site da APPC no formato pdf

FIlIações INterNaCIONaIs da appC

Federação Europeia das Associações de Consultores de Gestãowww.feaco.org

Federação Europeia das Associaçõesde Consultores de Engenhariawww.efcanet.org

Federação Internacional dos Engenheiros Consultoreswww.fidic.org

Programação do Investimento PúblicoDesde há muito que a APPC vem defendendo, neste e em outros espaços, a necessidade de estabelecer uma metodologia de avaliação e selecção dos investimentos públicos que permita retirar a sua discussão– frequentemente de forma tecnicamente enviesada – da praça pública.Efectivamente, uma coisa é validar decisões e outra, manifestamente diferente, é a manipulação da opinião pública com argumentos a favor e contra, de forma tecnicamente não informada e não consistente.Vêm estas considerações a propósito da recente constituição, por iniciativa do Governo, de um Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA), orientado para o Sector dos Transportes, com a participação de representantes de reguladores, empresas e associações empresariais enquadradas e com participação relevante nos sectores compreendidos.Saúda-se a iniciativa, com a expectativa positiva de que ela possa contribuir para uma maior estabilidade das decisões e para que as empresas possam saber com o que podem contar, ou seja, possam conhecer com antecipação o mercado público relevante que irá existir em horizonte determinado.Esta sempre foi uma preocupação maior da APPC.Não é possível gerir empresas, ou seja, recursos e equipas técnicas, vendo programas perfeitamente de-finidos e decididos serem algum tempo depois contraditados, suspensos, adiados ou mesmo eliminados.Isso tem acontecido em Portugal, nem sendo necessário que mude o ciclo político. Frequentemente basta que mude o Governo ou mesmo o titular das pastas relevantes.Claro está que o passado recente tem vindo a determinar o agravamento da situação resultante da indefini-ção do mercado público. Sobreveio também a quase total ausência de investimento privado relevante para a actividade do nosso Sector.A situação é muito grave. Muitas empresas entraram em processos de liquidação ou insolvência e as sobre-viventes, com os indispensáveis ajustamentos das respectivas estruturas técnicas e operacionais, vêm, em muitos casos, enfrentando o agravamento da debilidade das suas estruturas técnica e financeira.Certo é que algumas têm conseguido aumentar a sua participação no mercado internacional, mas todos já compreendemos também que esse processo de internacionalização não está isento de riscos e incertezas. Em termos práticos, tal processo está sobretudo ao alcance de empresas que já tinham alguma actividade internacional, sendo bastante mais difícil para quem apenas agora inicia o processo de internacionalização.Assim, e admitindo que o Sector já fez o “ajustamento”, importa que as empresas conheçam com clareza o que vai acontecer a seguir em matéria de investimento público.Por isso saudamos a iniciativa de constituição do GTIEVA, do qual deverá vir a resultar um quadro estabiliza-do e consensualizado do ponto de vista dos operadores e demais intervenientes do sector dos transportes.Esse resultado será tanto mais relevante quanto menos a definição dos investimentos se ativer ao imedia-tismo. O que vier a resultar em termos de prioridades de investimento público deve ter em consideração o posicionamento estratégico que o país almeja, sendo que os investimentos devem ser convergentes com essa estratégia, sob pena de podermos estar a desperdiçar recursos, em fase de tão grande escassez. Planear a curto prazo desconsiderando o caminho que queremos trilhar pode comprometer o futuro, não podendo ser essa a lógica desta fase de programação do que pode vir a acontecer a 7-8 anos de vista no sector dos transportes.Esta metodologia participativa, e embora circunscrita às infraestruturas de transportes, será sem dúvida uma experiência relevante e que poderá determinar a sua extensão a outros domínios de intervenção.Transcrevemos aqui, novamente, o que escrevemos no Editorial do Boletim editado em Abril de 2012: “Achamos oportuno repetir aquilo que ao longo de vários anos vimos dizendo: os partidos de governo que nos últimos anos têm alternado no poder não foram capazes de, até hoje, definir e assumir um Projecto Nacional de Infra-estruturas e Requalificação do Meio Ambiente, que não seja interrompido ou posto em causa sempre que se verifica uma alternância no Governo…”.Esperamos, pois, que deste trabalho no sector dos transportes possa resultar, pelo menos, uma articu-lação entre reguladores, gestores e operadores relevantes, de forma a que o plano seja assimilado pelo poder político e seja um verdadeiro Plano Nacional, orientador para o Estado e para as empresas do Sector.

Estamos, como sempre, disponíveis para esse trabalho e para contribuir em favor dessa consensualização.

Eng. Victor Carneiro,Presidente

www.appconsultores.org.pt

Federação Pan-Americana de Consultoreswww.fepac.org

Assembleia Geral e Conferênciada FEACO – Roma, 20-21 Junho

porto de sines

Conferência sobre “Dispute ResolutionBoard”, 4 OutubroOrganizada pela Sociedade SRS Advogados e pela The Dispute Resolution Board Foundation, representada em Portugal pelo Engº Manuel Agria, a APPC apoiou a divulgação de uma conferência sobre a metodologia do Conselho de Resolução de Conflitos. Foram apresentados modelos já incorporados na legislação de diversos países enquanto instrumentos expeditos de resolução de litígios, contribuindo para reduzir o recurso à via judicial. De entre as soluções possíveis e hoje já transpostas para diversos contratos, com destaque para os modelos FIDIC, e desenvolvida por instituições como a ICC, surge a figura do Conselho de Resolução de Conflitos, na sua versão original, Dispute Resolution Board.

Conferência sobre a Aliança do PacíficoLisboa, 1 OutubroIniciativa do Diário Económico, Aliança do Pacifico e BBVA, realizou-se em Lisboa no passado dia 1 de Outubro uma Conferência de apresentação da Aliança do Pacifico, denominada Aliança do Pacifico- Plataforma Estratégica de Negócios, na qual participou o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal. A Aliança do Pacifico reúne quatro países da região (Chile, Colômbia, México e Peru), região de grande dinamismo económico que muito tem interessado aos consultores portugueses. Uma apresentação relevante foi efectuada pelo BBVA e encontra-se disponível na área reservada do site da APPC, no domínio “Internacionalização / Estudos, Análises e Relatórios sobre Mercados”.

Seguro de Responsabilidade CivilProfissionalO Seguro de Grupo da APPC lançado em 2005 que cobre a actividade de Consultoria e Projecto tem tido um assinalável sucesso ao longo dos anos. As empresas não associadas que queiram obter informações sobre este Seguro (valor dos prémios, abrangência, exclusões, etc) podem solicitar à APPC o envio de um documento com as respectivas Condições.

Organizada pela assOCONsUlt, associação Italiana de Consultores de Gestão, realizou--se em roma, nos dias 20 e 21 de Junho de 2013 uma Conferência subordinada ao tema “Growing europe – the role of Management Consulting”. a appC fez-se representar pelo membro da direcção, antónio seixas de aguiar.

a Conferência realizou-se na COFINdUstrIa e acolheu representantes de vários paí-ses, nomeadamente dos que têm associações federadas na FeaCO e individualidades, particularmente preocupadas com o futuro da Consultoria na europa.

a Conferência acolheu cerca de 100 participantes que se debruçaram sobre o sector em Itália e no resto da europa, no impacto da consultoria no desenvolvimento das empresas privadas, particularmente nas grandes empresas, e na questão da contribuição da consultoria para o crescimento económico.

para analisar o tema foram convidadas diversas personalidades, destacando-se os gestores de empresas que adquirem serviços de consultoria, académicos que têm efectuado pesquisas e análises ao mercado e, naturalmente, os gestores das empresas de consultoria. Neste quadro foi estabelecido um diálogo que conduziu a que o sector efectivamente tenha de ser repensado e novas estratégias e metodologias tenham que ser seguidas.

entre as diversas reflexões sobre o tema, destacamos os seguintes:• Ospreçospraticadospelaconsultoriaestão,nageneralidadedospaíses,asofrer decréscimos;• Asformasdecontrataçãodosectorprivadoestãotendencialmenteasermodificadas.

O cliente vem exigindo que o pagamento esteja associado ao sucesso na realização, partilhando assim os riscos com os consultores. significa isto que a prática do “success fee” tem tendência a equilibrar-se face aos conceitos tradicionais de pagamento;

• Asempresasprivadas,clienteshabituaisdaconsultoria,procuramcadavezresolver as suas necessidades “in house”;• Aconsultoriaprestadaaosectorpúblicotembaixadosignificativamente,umavez que os estados efectuaram cortes significativos na contratação de estudos e projectos;• Estasituaçãoestáaconduziraque,paraconcursoslançadospelosEstados,se

apresentem cada vez mais empresas, daí decorrendo um abaixamento dos valores propostos;

• Asempresasdeconsultoriavêmrespondendoaessassituaçõesadversascomaredução dos custos de estrutura. Os funcionários mais antigos estão a ser substituídos por jovens licenciados;

• Assiste-senomomentoaumesforçodeinternacionalização;• Osconsultores,particularmentedosPaísessobintervenção,tentamcriarnovos

produtos e participar nas privatizações e nos planos estratégicos dos Governos. essas suas iniciativas estão a ter muito pouco sucesso;

• Aspequenasemédiasempresasdeconsultoriaestãoaserparticularmenteafectadas

Assembleia Geral, Conferência do Centenário da FIDIC e Reuniões da FEPAC– Barcelona, 15-18 Setembro

assistindo-se assim ao seu encerramento ou a fusões. defendeu-se, por isso, a aplicação das medidas tomadas nos estados Unidos da américa, ou seja, neste país e em nome da boa concorrência, são reservados 23% de todos os traba-lhos de contratação pública às pequenas e médias empresas;

• Foireferenciadaadificuldadecrescentedosconsul-tores europeus em penetrar no mercado das instituições multilaterais de financiamento;

• AComissãoEuropeiavaidisponibilizarparaoperíodo2014-2020 cerca de 100 mil milhões de euros para ajuda ao desenvolvimento. embora se trate de uma notícia interessante verifica-se que a Comissão europeia continua a não ter empatia com os consultores, ou seja trabalha com estes como se estes fossem estranhos ao processo de desenvolvimento.

Verifica-se assim que a atmosfera reinante na Conferência, foi efectivamente, de crise no sector.

É de salientar ainda que durante a Conferência foram divulgados os vencedores do prémio Constantinus, uma iniciativa da UBIt, associação austríaca de Consultoria, sob o patrocínio da FeaCO, que premeia trabalhos de consultoria de Gestão levados a concurso.

perante o exposto julgamos que cada vez mais as associações empresarias têm um papel a desempenhar em defesa do sector, trabalhando de forma criativa, empenhada e competente por forma a contribuir com iniciativas para se ultrapassar a actual situação. É o trabalho que a appC, em portugal, tem vindo a fazer e que pretende continuar a fazer.

ASSEMBLEIA GERAL

realizou-se no dia 21 de Junho e teve como objectivos principais efectuar a aprovação de contas relativas ao exercício de 2012, actualizar o orçamento de 2013, fazer o ponto de situação sobre a feitura do “survey anual” e efectuar a nomeação por substituição de novos membros da Comissão executiva.

participaram representantes de 9 associações: Áustria, eslovénia, espanha, França, Grécia, Itália, portugal, roménia e suíça.

a assembleia aprovou as contas relativas ao exercício de 2012 e a integração da Grécia e da suíça na nova Comissão executiva.

a Conferência da FIdIC, subordinada ao tema Quality of life: Our responsibility, realizou-se em Barcelona, de 15 a 18 de setembro, comemorando o 100º aniversário da criação da FIdIC.

Nela participaram 1200 delegados oriundos de 96 países, o que se estima ser a maior e mais abrangente representação de sempre.

Nesse espaço de tempo ocorreu a Conferência da FIdIC, a assembleia Geral da FIdIC e a reunião de directores e secretários-Gerais das associações integrantes da FIdIC. aproveitando a presença dos seus membros, realizaram-se também reuniões da FepaC (assembleia Geral e Comité executivo), a par de estruturas informais, designadamente o grupo do Mediterrâneo.

assinatura do acordo entre a eFCa e a FIdIC.

NO VOs as sO CIa dOs

• aCrIBIa – projectos e desenho técnico, lda

• eNGelser – engenharia electrotécnica e serviços, lda

• KONCeptNess Unipessoal, lda

• MOBIlIdade – Consultores, lda

• NOrMalUrBe II, lda

• VIa tUNel pGF – projectos, Gestão e Fiscalização de empreendimentos, lda

Como tornar-se associado- consulte o menu “admissão” do site da appC

O programa da Conferência e as apresentações efectuadas nas respectivas sessões encontram-se disponíveis no respectivo site, em www.fidic2013.org (menu “programme” ou clicando na frase “pre-sentations are now available”), cuja consulta recomendamos.

Na assembleia Geral foi consolidada a eleição de pablo Bueno (tecniberia, espanha) como presidente da FIdIC, facto que se saúda.

de salientar a consolidação do acordo que previamente tinha sido anunciado e que estabelece um acordo de Cooperação entre a FIdIC e a eFCa. a eFCa representa a FIdIC na europa e junto das Instituições europeias e visa-se a articulação de esforços e consolidação de acções em relação às iniciativas de interesse da indústria com impacto na sua evolução mundial e em áreas temáticas relevantes.

tal acordo reverterá também na possibilidade de racionalização das contribuições financeiras das asso-ciações de consultores de engenharia europeus em relação ao conjunto das Federações internacionais representativas.

a Conferência do próximo ano realizar-se-á no Brasil, rio de Janeiro, de 28 de setembro a 1 de Outubro de 2014, subordinada ao tema sustainable solutions for a Changing World.

JOVENS PROFISSIONAIS

No âmbito da competição de Jovens profissionais da eFCa, candidataram-se à mesma 3 profissionais de empresas associadas da appC. em termos globais, verificaram-se 27 candidaturas, oriundas de 9 países. Os prémios foram atribuídos na Conferência de FIdIC realizada em Barcelona.

Os 3 Jovens profissionais candidatados por empresas associadas da appC foram os seguintes:

•EmanuelCorreia(SOPSEC);•GonçaloMateus(COBA);•GonçaloTavares(CENOR).

avaliados os projectos candidatados, Gonçalo Mateus (COBa) logrou obter o 2º lugar na competição, resultado excelente que deve orgulhar os jovens engenheiros portugueses. O projecto candidatado tinha por tema o projecto da Barragem de ribeiradio.

a Gonçalo tavares (CeNOr) foi atribuída uma menção honrosa relativa ao 8º lugar obtido pela sua participação.

a appC regozija-se pelo facto de os Jovens profissionais de empresas associadas da appC manifes-tarem interesse em participar na iniciativa e releva-se as classificações atribuídas, bem reveladoras da qualificação e desempenho dos engenheiros portugueses, de acordo com as melhores práticas observadas internacionalmente.

parabéns aos candidatos e, em particular ao engº Gonçalo Mateus (COBa), pela excelente classificação obtida.

a eFCa desenvolveu um importante inquérito a propósito da inserção dos Jovens profissionais nas organizações e sua visão, cujos resultados podem ser vistos no menu “Yps”, opção “Yp spotlight”, do site da eFCa (www.efcanet.org), o que recomendamos.

Conferência do Centenário e Assembleia Geral da FIDIC– Barcelona, 15-18 Setembro

Foto da esquerda:Gonçalo Mateus a receber o Certificado das mãosdo presidente da eFCa.

Foto da direita:Gonçalo tavares (à esq.) e um Jovem profissional de outro país, após terem recebido o Certificado

FEPAC: Seminário em Lisboa sobre “PPPs: Por umdesenvolvimento mais rápido” – 4 AbrilAssembleia Geral e Reunião do Comité Executivo– 5 Abril

Garantias BancáriasContratação Pública – As Boas Referências

Criada em 1971 e sediada actualmente na capital do peru, lima, a FepaC - Federação pan-americana de Consultores tem como missão fomentar e fortalecer o desenvolvimento das empresas de consultoria de engenharia do continente americano. presentemente tem como membros as associações de 12 países latino-americanos: argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, el salvador, equador, Honduras, México, paraguai, peru e Venezuela. pertencem também à FepaC a associação de espanha (teCNIBerIa) e a appC (desde 2011).

a FepaC é dirigida por um Comité executivo que habitualmente reúne 3 vezes por ano em diferentes países, cabendo ao país anfitrião a organização dessa reunião e também de um seminário aberto às empresas do sector, nacionais e estrangeiras. em 2013 coube à appC realizar a 1ª reunião do ano e um seminário sobre ppps, que decorreram no Hotel altis, em lisboa.

estiveram presentes no seminário 26 representantes de 20 empresas associadas da appC e os representantes de 8 associações que vieram participar no seminário, na assembleia Geral e na reunião do Comité executivo: aBCe (Brasil), apC (peru), appC, CadeCI (argentina), CCI (Colômbia), CHeC (Honduras), CNeC (México) e teCNIBerIa (espanha).

Os países da américa latina atravessam, de um modo geral, um bom período de crescimento económico e vários deles estão a apostar na construção e melhoria de infraestruturas, recorrendo em grande parte a regimes do tipo parceria público-privado. a experiência que portugal detém nesta área, aliada à situação do sector da Construção e Obras públicas, suscita um grande interesse por aqueles mercados, com os quais existem claras afinidades.

assim, o seminário constituiu uma excelente ocasião para expor a experiência e capacidade das empresas portuguesas, para conhecer a experiência de 3 outros países - Brasil, Colômbia e México - e para estreitar as relações de cooperação entre as associações e as empresas dos países representados.

as apresentações então efectuadas podem ser vistas na área de destaques do site da appC – www.appconsultores.org.pt/destaques

SEMINÁRIO FEPACPPPs: Por um desenvolvimento mais rápido

APPs: Un desarrollo más rápido

Lisboa, 4 Abril 2013

Encontros com delegaçõesde consultores das Associaçõeschinesas CAPEC e CNAEC

por ocasião da realização da Conferência da FIdIC em Barcelona, deslocou-se aquela cidade uma vasta delegação de consultores de engenharia chineses que, aproveitando a oportunidade de estarem próximos de portugal, quiseram também conhecer a realidade portuguesa. a appC organizou, para o efeito, encontros com as referidas associações.

Encontro APPC – CAPEC – China Association of Plant Engineering Consultants, 12 Setembro

esta associação está, como o próprio nome indica, focada na área da engenharia industrial e juntou 7 representantes para este encontro, que decorreu no Hotel real palácio, em lisboa. estiveram presentes 5 empresas associadas da appC e 4 membros da direcção, que fizeram uma breve apresentação das suas empresas. Nesta ocasião foi assinado um “Memorando de entendimento” entre a appC e a CapeC, que visa aproximar as 2 associações através da troca de informações, da realização de encontros e visitas e da prestação de serviços aos respectivos membros que facilitem o acesso aos dois mercados.

Encontro APPC – CNAEC – China National Association of Engineering Consultants, 22 Setembro

a CNaeC propôs à appC a realização do encontro num restaurante chinês na zona de Belém, que se iniciou por volta das 10h30 com a apresentação das 2 organizações e das 5 empresas portuguesas presentes, seguida do almoço ofere-cido pela associação chinesa. a Vice-presidente da CNaeC, sra tang ping, mostrou interesse em saber como funciona o mercado português, questionando, por exemplo, o presidente da appC acerca das formas de contratação das empresas. Foi manifestada a disponibilidade, por ambos os lados, para a realização de parcerias e de outras formas de cooperação. Os representantes das empresas associadas da appC fizeram breves apresentações das suas empresas.

O tema da contratação pública tem estado presente, desde há décadas, na discussão pública sobre o exercício da actividade das nossas empresas, e geralmente pela negativa. Efectivamente, desde há muito que vimos lutando por melhores condições de contratação e, sobretudo, por condições de contratação que permitam a valorização dos serviços prestados.

Alguma responsabilidade temos na permanência da situação, na medida em que não soubemos diferenciar suficientemente os serviços relativos a projectos adequadamente contratados e, sobretudo, cedemos à pressão competitiva mesmo em momentos em que a situação do mercado porventura não o exigia.

Todavia, no momento actual, em que as nossas empresas enfrentam um desafio pelo qual nunca admitiram ter de vir a passar – o da sobrevivência -, temos de ser objectivos na análise que fazemos da situação.

Quando, em 2008, foi aprovado o actual Código dos Contratos Públicos (CCP), a regu-lação nele contida introduziu diferenças substanciais em relação ao quadro anterior, positivas e negativas. No plano positivo, a componente de facilitação associada à desmaterialização e ao uso das plataformas electrónicas foi importante, muito embora a complexidade do seu uso tenha obrigado a algum investimento nas empresas e, nos últimos tempos, o verdadeiro abuso de posição dominante por parte das Empresas de gestão das plataformas, venha requerendo inimagináveis e excessivos custos associados ao seu uso.

No plano negativo, há a referir uma clara desvirtuação dos princípios da sã contra-tação. Efectivamente, conjugada a emergência do CCP com o declínio do mercado, sobreveio a total inadequação dos princípios da contratação pública, em desfavor da qualidade dos serviços e não ponderando a desejável economia de custos global dos empreendimentos visados.

Por facilidade, impreparação ou receio, impôs-se a lógica da adjudicação ao menor preço, com absoluto desrespeito pelas condições de execução dos trabalhos.

A APPC desde cedo alertou para o problema com que nos confrontamos e que com-promete a saúde financeira das empresas e a execução dos empreendimentos nas melhores condições económicas, considerando o seu ciclo de vida, com as múltiplas incidências associadas.

Sabendo-se que a actual situação é insustentável, que a Directiva Europeia respectiva será objecto de revisão nos próximos meses e que não podem ser ignoradas experiências interessantes e positivas, voltamos nesta edição do Boletim Informativo da APPC ao tema dos princípios associados ao Best Value Procurement, enquanto ferramenta de avaliação que privilegia a qualidade do procurement, a correcta definição dos objectivos a atingir e produtos a entregar e, bem assim, a qualidade intrínseca das propostas e os compromissos nelas claramente estipulados e assumidos.

A Contratação Pública deve orientar-se por critérios que salvaguardem a disponibilidade, para uso público, de obras funcionais, duráveis, económicas e realizadas em tempo oportuno, incorporando conceitos como a construção sustentável e a necessidade de consideração do ciclo de vida dos empreendimentos e não a sua simples construção.

Retenha-se a noção de Best Value tal como vem definida em manual sobre o tema da contratação de projectos e trabalhos de construção de obras públicas:

“The most advantageous balance of price, quality, and performance achieved through competitive procurement methods in accordance with stated selection criteria.”

Este conceito (e os procedimentos que lhe são próprios) é perfeitamente enquadrável na Directiva Europeia e no CCP, tratando-se sobretudo de normas e usos de aplicação e não havendo impedimentos ou limitação de conceitos. Haja cultura de qualidade, que encerra em si a busca da melhor solução técnica e não o mais baixo preço de um serviço que raramente excede 3% do investimento global.

O processo de contratação baseado exclusiva ou fundamentalmente no preço pode pôr em causa a qualidade e quantidade de meios afectos à sua execução e, desta forma, comprometer a qualidade final do produto a obter.

Os serviços baseados no conhecimento não podem ser alvo de processos de procurement semelhantes a produtos que possam ser exacta e rigorosamente definidos nas suas características pretendidas.

Se as características que um empreendimento deve ter puderem e forem total e especificamente definidas, nada impede que a entidade contratante fixe um preço e resuma a procura à conquista da melhor qualidade tendo em conta o objectivo definido, ao preço definido.

O que, de todo em todo, não pode admitir-se é que a procura seja precariamente definida e, de forma assumida ou encapotada, a avaliação das propostas venha a resumir-se ao preço.

Infelizmente, é isso que tem vindo a acontecer entre nós e que importa modificar com a maior urgência. Trata-se de uma cultura de falta de rigor instalada nos “compradores”, que deve ser avaliada e ponderados os maus resultados que têm vindo a ser atingidos.

Em países com bons níveis de compatibilização entre o projecto e a execução, os projectos são adquiridos utilizando conceitos como o do QBS e o QCBS.

Estes conceitos enquadram-se no conceito mais geral da contratação usando a metodologia do Best Value. Trata-se de uma definição imprecisa de um conceito bem claro e preciso.

O Best Value é aquele que racionaliza da melhor forma a afectação de meios em atenção ao objectivo pretendido, considerando a racionalização dos encargos ao longo de toda a vida do empreendimento.

Este conceito tem vindo a ser usado em geografias muito variadas, como os EUA, Austrália, Reino Unido, Holanda, desde há vários anos, com bons resultados.

O projecto representa uma ínfima parte dos custos do empreendimento e é absolutamente decisivo para o seu sucesso, medido pelas várias fases da sua construção e utilização.

Recorde-se que para que tudo isto seja verdade, é necessário que quem lança o concurso saiba bem o que pretende do mesmo e que as características e especificações gerais do empreendimento estejam bem definidas.

Em síntese, boa contratação do projecto e construção permite optimizações combinadas e sucessivas, em favor de uma boa e racionalizada execução dos empre-endimentos. A base de tudo são adequados métodos de procurement, desde a fixação de preços indicativos até aos métodos de avaliação de propostas. O privilégio da qualidade e confiança dos proponentes terá de ser um factor fundamental a respeitar de forma rigorosa em todos os negócios.

Não devemos voltar a perder a oportunidade, pelo menos com a adaptação do CCP à nova Directiva Europeia, de melhorar aquilo que comprovadamente foi mal previsto e cuja melhoria é do interesse de todos.

Muitas empresas do sector dos serviços têm-se queixado da lentidão com que as garantias bancárias são libertadas pelos organismos públicos a quem prestaram serviços.

as razões são múltiplas e vão desde a simples ineficiência e lentidão dos serviços, até ao arrastar do processo para prolongar o tempo de cobertura da garantia.

pelo meio existe ainda a estratégia de usar estas garan-tias como moeda de troca e forma de pressão sobre as empresas, face a desvios contratuais que conduziriam a ressarcimentos financeiros do dono de Obra.

Ora é sabido que, além dos custos que suportam com as garantias, as empresas têm “plafonds” apertados junto da banca e enquanto não libertam as garantias bancárias mais antigas, não conseguem obter novas garantias junto das instituições bancárias. É bom lembrar que, à luz das actuais regras do Banco de portugal, emitir uma garantia bancária é no balanço do banco o mesmo que dar crédito de igual montante às empresas.

acresce a este problema, o desajustamento das minutas das garantias com a nova realidade, ou seja, quase sistematicamente as minutas das garantias bancárias exigem a ausência de prazo no seu texto, quando presentemente muitos bancos se recusam, e bem, a emitir garantias sem prazo.

a realidade é que há garantias, sem prazo, em vigor que não têm qualquer razão para não serem canceladas, pese embora a legislação portuguesa (decreto-lei 18/2008, art.º 295) prever na maioria das situações que a caução/garantia bancária deve ser libertada no prazo de 30 dias após a conclusão da prestação de serviços.

aliás, deve considerar-se o conteúdo da Circular Informativa nº 04/InCI/2013, a qual, e pese embora se refira a empreitadas de obras públicas, não pode deixar de se aplicar por analogia ao tipo de serviços prestados pelas empresas associadas da appC.

perante a prática de muitas entidades públicas, sugeri-mos às empresas que recorram aos mecanismos que a lei permite, requerendo formalmente a libertação das garantias bancárias, depósitos caução, retenções financeiras, no prazo de 30 dias após a conclusão das obrigações contratuais, e caso tal não ocorra deverão apresentar ao cliente, nos termos da lei, os encargos correspondentes por si suportados.

No caso das retenções financeiras, e depósitos cau-ção, consideramos que se vencem juros à taxa legal, aplicando-se os mesmos prazos e demais condições que a lei prevê para as garantias bancárias.

Convidamos os nossos associados e demais empresas, a comunicarem-nos as situações graves e anómalas, para que possamos fazer um levantamento o mais alargado possível destas situações.

Best Value Procurement

• OBest Value procurement (BVp) é uma abordagem ao processo de contrataçãoque se baseia na confiança. este método, para a valorização da competência, vê o prestador de serviços como um especialista em quem confia.

• Umestudoincidindosobre31projetosnoOklahomacomumvalordeconstruçãode90 milhões de Usd concluiu que, a projectos com honorários mais reduzidos, corres-ponderam maiores desvios do custo da obra em relação às previsões iniciais. O mesmo foi observado num conjunto de projectos na arábia saudita. O estudo concluiu que os honorários de projecto deviam ser vistos como um investimento num momento crítico para o empreendimento, podendo trazer um adequado e optimizado custo do mesmo.

para ver todo o artigo: ”relating Cost Growth from the Initial estimate to design Fee for transportation projects” (douglas d. Gransberg, p.e. M.asCe; Carla lopez del puerto; and daniel Humphrey, M.asCe)

• AlgunsobjetivosdoBVP: − Menos importância no preço e competição mais transparente; − Concorrência baseada em experiência equilibrada; − performance passada relevante; − Conhecer de perto os especialistas que fornecem os serviços.

• NaHolandaoscaminhosdeferrotêmumapolíticaoficialdeintensificaroBVP.

• AadopçãodomodeloBVPminimizaoriscodoinvestimentoatravésdamelhorescolhado consultor, que deve ser um especialista experiente. O cliente baseia a selecção do especialista na informação de performance.

• AlgumasbasesquesustentamoBVP: − Confiança; − Objectivos comuns; − Compromisso; − partilha de valores; − tarefas claras e responsabilidade; − Melhoria contínua; − Complementaridade de competências.

• Comodeveserseleccionadooespecialista: preparação → procura de competências para atingir objetivos → realização de objectivos.

• AcercadaresponsabilidadenoBVP,ofornecedorquedominaostemasétotalmenteresponsável e fiável, e é isso que ele pretende. O cliente que selecciona, baseado nos objectivos de projecto e neste procedimento, não é responsável senão pelo que estiver fora do âmbito.

alguns excertos inspirados na apresentação ”BestValueThinking:Impactontheengineer’s performance”. prof. sicco santene.

Nota sobre a Actividade das Empresas

dados comparáveis relativos a 89 empresas associadas da appC, representando 214 milhões de euros de facturação em 2012, revelam que mais de ¾ das empresas viram decrescer a sua actividade em relação a 2011. dessas, cerca de 82% viram a sua actividade decrescer mais de 10%, sendo que 24% viram o seu volume de vendas decrescer mais de 50% (43% das empresas se feita a comparação entre 2012 e 2009). Ora, tendo em consideração que estes números já não incluem empresas que entretanto entraram em processos de dificuldade financeira conducente à liquidação ou insolvência, pode concluir-se acerca da extrema gravidade da situação do sector.

FEPAC: Seminário em Lisboa sobre “PPPs: Por umdesenvolvimento mais rápido” – 4 AbrilAssembleia Geral e Reunião do Comité Executivo– 5 Abril

Garantias BancáriasContratação Pública – As Boas Referências

Criada em 1971 e sediada actualmente na capital do peru, lima, a FepaC - Federação pan-americana de Consultores tem como missão fomentar e fortalecer o desenvolvimento das empresas de consultoria de engenharia do continente americano. presentemente tem como membros as associações de 12 países latino-americanos: argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, el salvador, equador, Honduras, México, paraguai, peru e Venezuela. pertencem também à FepaC a associação de espanha (teCNIBerIa) e a appC (desde 2011).

a FepaC é dirigida por um Comité executivo que habitualmente reúne 3 vezes por ano em diferentes países, cabendo ao país anfitrião a organização dessa reunião e também de um seminário aberto às empresas do sector, nacionais e estrangeiras. em 2013 coube à appC realizar a 1ª reunião do ano e um seminário sobre ppps, que decorreram no Hotel altis, em lisboa.

estiveram presentes no seminário 26 representantes de 20 empresas associadas da appC e os representantes de 8 associações que vieram participar no seminário, na assembleia Geral e na reunião do Comité executivo: aBCe (Brasil), apC (peru), appC, CadeCI (argentina), CCI (Colômbia), CHeC (Honduras), CNeC (México) e teCNIBerIa (espanha).

Os países da américa latina atravessam, de um modo geral, um bom período de crescimento económico e vários deles estão a apostar na construção e melhoria de infraestruturas, recorrendo em grande parte a regimes do tipo parceria público-privado. a experiência que portugal detém nesta área, aliada à situação do sector da Construção e Obras públicas, suscita um grande interesse por aqueles mercados, com os quais existem claras afinidades.

assim, o seminário constituiu uma excelente ocasião para expor a experiência e capacidade das empresas portuguesas, para conhecer a experiência de 3 outros países - Brasil, Colômbia e México - e para estreitar as relações de cooperação entre as associações e as empresas dos países representados.

as apresentações então efectuadas podem ser vistas na área de destaques do site da appC – www.appconsultores.org.pt/destaques

SEMINÁRIO FEPACPPPs: Por um desenvolvimento mais rápido

APPs: Un desarrollo más rápido

Lisboa, 4 Abril 2013

Encontros com delegaçõesde consultores das Associaçõeschinesas CAPEC e CNAEC

por ocasião da realização da Conferência da FIdIC em Barcelona, deslocou-se aquela cidade uma vasta delegação de consultores de engenharia chineses que, aproveitando a oportunidade de estarem próximos de portugal, quiseram também conhecer a realidade portuguesa. a appC organizou, para o efeito, encontros com as referidas associações.

Encontro APPC – CAPEC – China Association of Plant Engineering Consultants, 12 Setembro

esta associação está, como o próprio nome indica, focada na área da engenharia industrial e juntou 7 representantes para este encontro, que decorreu no Hotel real palácio, em lisboa. estiveram presentes 5 empresas associadas da appC e 4 membros da direcção, que fizeram uma breve apresentação das suas empresas. Nesta ocasião foi assinado um “Memorando de entendimento” entre a appC e a CapeC, que visa aproximar as 2 associações através da troca de informações, da realização de encontros e visitas e da prestação de serviços aos respectivos membros que facilitem o acesso aos dois mercados.

Encontro APPC – CNAEC – China National Association of Engineering Consultants, 22 Setembro

a CNaeC propôs à appC a realização do encontro num restaurante chinês na zona de Belém, que se iniciou por volta das 10h30 com a apresentação das 2 organizações e das 5 empresas portuguesas presentes, seguida do almoço ofere-cido pela associação chinesa. a Vice-presidente da CNaeC, sra tang ping, mostrou interesse em saber como funciona o mercado português, questionando, por exemplo, o presidente da appC acerca das formas de contratação das empresas. Foi manifestada a disponibilidade, por ambos os lados, para a realização de parcerias e de outras formas de cooperação. Os representantes das empresas associadas da appC fizeram breves apresentações das suas empresas.

O tema da contratação pública tem estado presente, desde há décadas, na discussão pública sobre o exercício da actividade das nossas empresas, e geralmente pela negativa. Efectivamente, desde há muito que vimos lutando por melhores condições de contratação e, sobretudo, por condições de contratação que permitam a valorização dos serviços prestados.

Alguma responsabilidade temos na permanência da situação, na medida em que não soubemos diferenciar suficientemente os serviços relativos a projectos adequadamente contratados e, sobretudo, cedemos à pressão competitiva mesmo em momentos em que a situação do mercado porventura não o exigia.

Todavia, no momento actual, em que as nossas empresas enfrentam um desafio pelo qual nunca admitiram ter de vir a passar – o da sobrevivência -, temos de ser objectivos na análise que fazemos da situação.

Quando, em 2008, foi aprovado o actual Código dos Contratos Públicos (CCP), a regu-lação nele contida introduziu diferenças substanciais em relação ao quadro anterior, positivas e negativas. No plano positivo, a componente de facilitação associada à desmaterialização e ao uso das plataformas electrónicas foi importante, muito embora a complexidade do seu uso tenha obrigado a algum investimento nas empresas e, nos últimos tempos, o verdadeiro abuso de posição dominante por parte das Empresas de gestão das plataformas, venha requerendo inimagináveis e excessivos custos associados ao seu uso.

No plano negativo, há a referir uma clara desvirtuação dos princípios da sã contra-tação. Efectivamente, conjugada a emergência do CCP com o declínio do mercado, sobreveio a total inadequação dos princípios da contratação pública, em desfavor da qualidade dos serviços e não ponderando a desejável economia de custos global dos empreendimentos visados.

Por facilidade, impreparação ou receio, impôs-se a lógica da adjudicação ao menor preço, com absoluto desrespeito pelas condições de execução dos trabalhos.

A APPC desde cedo alertou para o problema com que nos confrontamos e que com-promete a saúde financeira das empresas e a execução dos empreendimentos nas melhores condições económicas, considerando o seu ciclo de vida, com as múltiplas incidências associadas.

Sabendo-se que a actual situação é insustentável, que a Directiva Europeia respectiva será objecto de revisão nos próximos meses e que não podem ser ignoradas experiências interessantes e positivas, voltamos nesta edição do Boletim Informativo da APPC ao tema dos princípios associados ao Best Value Procurement, enquanto ferramenta de avaliação que privilegia a qualidade do procurement, a correcta definição dos objectivos a atingir e produtos a entregar e, bem assim, a qualidade intrínseca das propostas e os compromissos nelas claramente estipulados e assumidos.

A Contratação Pública deve orientar-se por critérios que salvaguardem a disponibilidade, para uso público, de obras funcionais, duráveis, económicas e realizadas em tempo oportuno, incorporando conceitos como a construção sustentável e a necessidade de consideração do ciclo de vida dos empreendimentos e não a sua simples construção.

Retenha-se a noção de Best Value tal como vem definida em manual sobre o tema da contratação de projectos e trabalhos de construção de obras públicas:

“The most advantageous balance of price, quality, and performance achieved through competitive procurement methods in accordance with stated selection criteria.”

Este conceito (e os procedimentos que lhe são próprios) é perfeitamente enquadrável na Directiva Europeia e no CCP, tratando-se sobretudo de normas e usos de aplicação e não havendo impedimentos ou limitação de conceitos. Haja cultura de qualidade, que encerra em si a busca da melhor solução técnica e não o mais baixo preço de um serviço que raramente excede 3% do investimento global.

O processo de contratação baseado exclusiva ou fundamentalmente no preço pode pôr em causa a qualidade e quantidade de meios afectos à sua execução e, desta forma, comprometer a qualidade final do produto a obter.

Os serviços baseados no conhecimento não podem ser alvo de processos de procurement semelhantes a produtos que possam ser exacta e rigorosamente definidos nas suas características pretendidas.

Se as características que um empreendimento deve ter puderem e forem total e especificamente definidas, nada impede que a entidade contratante fixe um preço e resuma a procura à conquista da melhor qualidade tendo em conta o objectivo definido, ao preço definido.

O que, de todo em todo, não pode admitir-se é que a procura seja precariamente definida e, de forma assumida ou encapotada, a avaliação das propostas venha a resumir-se ao preço.

Infelizmente, é isso que tem vindo a acontecer entre nós e que importa modificar com a maior urgência. Trata-se de uma cultura de falta de rigor instalada nos “compradores”, que deve ser avaliada e ponderados os maus resultados que têm vindo a ser atingidos.

Em países com bons níveis de compatibilização entre o projecto e a execução, os projectos são adquiridos utilizando conceitos como o do QBS e o QCBS.

Estes conceitos enquadram-se no conceito mais geral da contratação usando a metodologia do Best Value. Trata-se de uma definição imprecisa de um conceito bem claro e preciso.

O Best Value é aquele que racionaliza da melhor forma a afectação de meios em atenção ao objectivo pretendido, considerando a racionalização dos encargos ao longo de toda a vida do empreendimento.

Este conceito tem vindo a ser usado em geografias muito variadas, como os EUA, Austrália, Reino Unido, Holanda, desde há vários anos, com bons resultados.

O projecto representa uma ínfima parte dos custos do empreendimento e é absolutamente decisivo para o seu sucesso, medido pelas várias fases da sua construção e utilização.

Recorde-se que para que tudo isto seja verdade, é necessário que quem lança o concurso saiba bem o que pretende do mesmo e que as características e especificações gerais do empreendimento estejam bem definidas.

Em síntese, boa contratação do projecto e construção permite optimizações combinadas e sucessivas, em favor de uma boa e racionalizada execução dos empre-endimentos. A base de tudo são adequados métodos de procurement, desde a fixação de preços indicativos até aos métodos de avaliação de propostas. O privilégio da qualidade e confiança dos proponentes terá de ser um factor fundamental a respeitar de forma rigorosa em todos os negócios.

Não devemos voltar a perder a oportunidade, pelo menos com a adaptação do CCP à nova Directiva Europeia, de melhorar aquilo que comprovadamente foi mal previsto e cuja melhoria é do interesse de todos.

Muitas empresas do sector dos serviços têm-se queixado da lentidão com que as garantias bancárias são libertadas pelos organismos públicos a quem prestaram serviços.

as razões são múltiplas e vão desde a simples ineficiência e lentidão dos serviços, até ao arrastar do processo para prolongar o tempo de cobertura da garantia.

pelo meio existe ainda a estratégia de usar estas garan-tias como moeda de troca e forma de pressão sobre as empresas, face a desvios contratuais que conduziriam a ressarcimentos financeiros do dono de Obra.

Ora é sabido que, além dos custos que suportam com as garantias, as empresas têm “plafonds” apertados junto da banca e enquanto não libertam as garantias bancárias mais antigas, não conseguem obter novas garantias junto das instituições bancárias. É bom lembrar que, à luz das actuais regras do Banco de portugal, emitir uma garantia bancária é no balanço do banco o mesmo que dar crédito de igual montante às empresas.

acresce a este problema, o desajustamento das minutas das garantias com a nova realidade, ou seja, quase sistematicamente as minutas das garantias bancárias exigem a ausência de prazo no seu texto, quando presentemente muitos bancos se recusam, e bem, a emitir garantias sem prazo.

a realidade é que há garantias, sem prazo, em vigor que não têm qualquer razão para não serem canceladas, pese embora a legislação portuguesa (decreto-lei 18/2008, art.º 295) prever na maioria das situações que a caução/garantia bancária deve ser libertada no prazo de 30 dias após a conclusão da prestação de serviços.

aliás, deve considerar-se o conteúdo da Circular Informativa nº 04/InCI/2013, a qual, e pese embora se refira a empreitadas de obras públicas, não pode deixar de se aplicar por analogia ao tipo de serviços prestados pelas empresas associadas da appC.

perante a prática de muitas entidades públicas, sugeri-mos às empresas que recorram aos mecanismos que a lei permite, requerendo formalmente a libertação das garantias bancárias, depósitos caução, retenções financeiras, no prazo de 30 dias após a conclusão das obrigações contratuais, e caso tal não ocorra deverão apresentar ao cliente, nos termos da lei, os encargos correspondentes por si suportados.

No caso das retenções financeiras, e depósitos cau-ção, consideramos que se vencem juros à taxa legal, aplicando-se os mesmos prazos e demais condições que a lei prevê para as garantias bancárias.

Convidamos os nossos associados e demais empresas, a comunicarem-nos as situações graves e anómalas, para que possamos fazer um levantamento o mais alargado possível destas situações.

Best Value Procurement

• OBest Value procurement (BVp) é uma abordagem ao processo de contrataçãoque se baseia na confiança. este método, para a valorização da competência, vê o prestador de serviços como um especialista em quem confia.

• Umestudoincidindosobre31projetosnoOklahomacomumvalordeconstruçãode90 milhões de Usd concluiu que, a projectos com honorários mais reduzidos, corres-ponderam maiores desvios do custo da obra em relação às previsões iniciais. O mesmo foi observado num conjunto de projectos na arábia saudita. O estudo concluiu que os honorários de projecto deviam ser vistos como um investimento num momento crítico para o empreendimento, podendo trazer um adequado e optimizado custo do mesmo.

para ver todo o artigo: ”relating Cost Growth from the Initial estimate to design Fee for transportation projects” (douglas d. Gransberg, p.e. M.asCe; Carla lopez del puerto; and daniel Humphrey, M.asCe)

• AlgunsobjetivosdoBVP: − Menos importância no preço e competição mais transparente; − Concorrência baseada em experiência equilibrada; − performance passada relevante; − Conhecer de perto os especialistas que fornecem os serviços.

• NaHolandaoscaminhosdeferrotêmumapolíticaoficialdeintensificaroBVP.

• AadopçãodomodeloBVPminimizaoriscodoinvestimentoatravésdamelhorescolhado consultor, que deve ser um especialista experiente. O cliente baseia a selecção do especialista na informação de performance.

• AlgumasbasesquesustentamoBVP: − Confiança; − Objectivos comuns; − Compromisso; − partilha de valores; − tarefas claras e responsabilidade; − Melhoria contínua; − Complementaridade de competências.

• Comodeveserseleccionadooespecialista: preparação → procura de competências para atingir objetivos → realização de objectivos.

• AcercadaresponsabilidadenoBVP,ofornecedorquedominaostemasétotalmenteresponsável e fiável, e é isso que ele pretende. O cliente que selecciona, baseado nos objectivos de projecto e neste procedimento, não é responsável senão pelo que estiver fora do âmbito.

alguns excertos inspirados na apresentação ”BestValueThinking:Impactontheengineer’s performance”. prof. sicco santene.

Nota sobre a Actividade das Empresas

dados comparáveis relativos a 89 empresas associadas da appC, representando 214 milhões de euros de facturação em 2012, revelam que mais de ¾ das empresas viram decrescer a sua actividade em relação a 2011. dessas, cerca de 82% viram a sua actividade decrescer mais de 10%, sendo que 24% viram o seu volume de vendas decrescer mais de 50% (43% das empresas se feita a comparação entre 2012 e 2009). Ora, tendo em consideração que estes números já não incluem empresas que entretanto entraram em processos de dificuldade financeira conducente à liquidação ou insolvência, pode concluir-se acerca da extrema gravidade da situação do sector.

FEPAC: Seminário em Lisboa sobre “PPPs: Por umdesenvolvimento mais rápido” – 4 AbrilAssembleia Geral e Reunião do Comité Executivo– 5 Abril

Garantias BancáriasContratação Pública – As Boas Referências

Criada em 1971 e sediada actualmente na capital do peru, lima, a FepaC - Federação pan-americana de Consultores tem como missão fomentar e fortalecer o desenvolvimento das empresas de consultoria de engenharia do continente americano. presentemente tem como membros as associações de 12 países latino-americanos: argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, el salvador, equador, Honduras, México, paraguai, peru e Venezuela. pertencem também à FepaC a associação de espanha (teCNIBerIa) e a appC (desde 2011).

a FepaC é dirigida por um Comité executivo que habitualmente reúne 3 vezes por ano em diferentes países, cabendo ao país anfitrião a organização dessa reunião e também de um seminário aberto às empresas do sector, nacionais e estrangeiras. em 2013 coube à appC realizar a 1ª reunião do ano e um seminário sobre ppps, que decorreram no Hotel altis, em lisboa.

estiveram presentes no seminário 26 representantes de 20 empresas associadas da appC e os representantes de 8 associações que vieram participar no seminário, na assembleia Geral e na reunião do Comité executivo: aBCe (Brasil), apC (peru), appC, CadeCI (argentina), CCI (Colômbia), CHeC (Honduras), CNeC (México) e teCNIBerIa (espanha).

Os países da américa latina atravessam, de um modo geral, um bom período de crescimento económico e vários deles estão a apostar na construção e melhoria de infraestruturas, recorrendo em grande parte a regimes do tipo parceria público-privado. a experiência que portugal detém nesta área, aliada à situação do sector da Construção e Obras públicas, suscita um grande interesse por aqueles mercados, com os quais existem claras afinidades.

assim, o seminário constituiu uma excelente ocasião para expor a experiência e capacidade das empresas portuguesas, para conhecer a experiência de 3 outros países - Brasil, Colômbia e México - e para estreitar as relações de cooperação entre as associações e as empresas dos países representados.

as apresentações então efectuadas podem ser vistas na área de destaques do site da appC – www.appconsultores.org.pt/destaques

SEMINÁRIO FEPACPPPs: Por um desenvolvimento mais rápido

APPs: Un desarrollo más rápido

Lisboa, 4 Abril 2013

Encontros com delegaçõesde consultores das Associaçõeschinesas CAPEC e CNAEC

por ocasião da realização da Conferência da FIdIC em Barcelona, deslocou-se aquela cidade uma vasta delegação de consultores de engenharia chineses que, aproveitando a oportunidade de estarem próximos de portugal, quiseram também conhecer a realidade portuguesa. a appC organizou, para o efeito, encontros com as referidas associações.

Encontro APPC – CAPEC – China Association of Plant Engineering Consultants, 12 Setembro

esta associação está, como o próprio nome indica, focada na área da engenharia industrial e juntou 7 representantes para este encontro, que decorreu no Hotel real palácio, em lisboa. estiveram presentes 5 empresas associadas da appC e 4 membros da direcção, que fizeram uma breve apresentação das suas empresas. Nesta ocasião foi assinado um “Memorando de entendimento” entre a appC e a CapeC, que visa aproximar as 2 associações através da troca de informações, da realização de encontros e visitas e da prestação de serviços aos respectivos membros que facilitem o acesso aos dois mercados.

Encontro APPC – CNAEC – China National Association of Engineering Consultants, 22 Setembro

a CNaeC propôs à appC a realização do encontro num restaurante chinês na zona de Belém, que se iniciou por volta das 10h30 com a apresentação das 2 organizações e das 5 empresas portuguesas presentes, seguida do almoço ofere-cido pela associação chinesa. a Vice-presidente da CNaeC, sra tang ping, mostrou interesse em saber como funciona o mercado português, questionando, por exemplo, o presidente da appC acerca das formas de contratação das empresas. Foi manifestada a disponibilidade, por ambos os lados, para a realização de parcerias e de outras formas de cooperação. Os representantes das empresas associadas da appC fizeram breves apresentações das suas empresas.

O tema da contratação pública tem estado presente, desde há décadas, na discussão pública sobre o exercício da actividade das nossas empresas, e geralmente pela negativa. Efectivamente, desde há muito que vimos lutando por melhores condições de contratação e, sobretudo, por condições de contratação que permitam a valorização dos serviços prestados.

Alguma responsabilidade temos na permanência da situação, na medida em que não soubemos diferenciar suficientemente os serviços relativos a projectos adequadamente contratados e, sobretudo, cedemos à pressão competitiva mesmo em momentos em que a situação do mercado porventura não o exigia.

Todavia, no momento actual, em que as nossas empresas enfrentam um desafio pelo qual nunca admitiram ter de vir a passar – o da sobrevivência -, temos de ser objectivos na análise que fazemos da situação.

Quando, em 2008, foi aprovado o actual Código dos Contratos Públicos (CCP), a regu-lação nele contida introduziu diferenças substanciais em relação ao quadro anterior, positivas e negativas. No plano positivo, a componente de facilitação associada à desmaterialização e ao uso das plataformas electrónicas foi importante, muito embora a complexidade do seu uso tenha obrigado a algum investimento nas empresas e, nos últimos tempos, o verdadeiro abuso de posição dominante por parte das Empresas de gestão das plataformas, venha requerendo inimagináveis e excessivos custos associados ao seu uso.

No plano negativo, há a referir uma clara desvirtuação dos princípios da sã contra-tação. Efectivamente, conjugada a emergência do CCP com o declínio do mercado, sobreveio a total inadequação dos princípios da contratação pública, em desfavor da qualidade dos serviços e não ponderando a desejável economia de custos global dos empreendimentos visados.

Por facilidade, impreparação ou receio, impôs-se a lógica da adjudicação ao menor preço, com absoluto desrespeito pelas condições de execução dos trabalhos.

A APPC desde cedo alertou para o problema com que nos confrontamos e que com-promete a saúde financeira das empresas e a execução dos empreendimentos nas melhores condições económicas, considerando o seu ciclo de vida, com as múltiplas incidências associadas.

Sabendo-se que a actual situação é insustentável, que a Directiva Europeia respectiva será objecto de revisão nos próximos meses e que não podem ser ignoradas experiências interessantes e positivas, voltamos nesta edição do Boletim Informativo da APPC ao tema dos princípios associados ao Best Value Procurement, enquanto ferramenta de avaliação que privilegia a qualidade do procurement, a correcta definição dos objectivos a atingir e produtos a entregar e, bem assim, a qualidade intrínseca das propostas e os compromissos nelas claramente estipulados e assumidos.

A Contratação Pública deve orientar-se por critérios que salvaguardem a disponibilidade, para uso público, de obras funcionais, duráveis, económicas e realizadas em tempo oportuno, incorporando conceitos como a construção sustentável e a necessidade de consideração do ciclo de vida dos empreendimentos e não a sua simples construção.

Retenha-se a noção de Best Value tal como vem definida em manual sobre o tema da contratação de projectos e trabalhos de construção de obras públicas:

“The most advantageous balance of price, quality, and performance achieved through competitive procurement methods in accordance with stated selection criteria.”

Este conceito (e os procedimentos que lhe são próprios) é perfeitamente enquadrável na Directiva Europeia e no CCP, tratando-se sobretudo de normas e usos de aplicação e não havendo impedimentos ou limitação de conceitos. Haja cultura de qualidade, que encerra em si a busca da melhor solução técnica e não o mais baixo preço de um serviço que raramente excede 3% do investimento global.

O processo de contratação baseado exclusiva ou fundamentalmente no preço pode pôr em causa a qualidade e quantidade de meios afectos à sua execução e, desta forma, comprometer a qualidade final do produto a obter.

Os serviços baseados no conhecimento não podem ser alvo de processos de procurement semelhantes a produtos que possam ser exacta e rigorosamente definidos nas suas características pretendidas.

Se as características que um empreendimento deve ter puderem e forem total e especificamente definidas, nada impede que a entidade contratante fixe um preço e resuma a procura à conquista da melhor qualidade tendo em conta o objectivo definido, ao preço definido.

O que, de todo em todo, não pode admitir-se é que a procura seja precariamente definida e, de forma assumida ou encapotada, a avaliação das propostas venha a resumir-se ao preço.

Infelizmente, é isso que tem vindo a acontecer entre nós e que importa modificar com a maior urgência. Trata-se de uma cultura de falta de rigor instalada nos “compradores”, que deve ser avaliada e ponderados os maus resultados que têm vindo a ser atingidos.

Em países com bons níveis de compatibilização entre o projecto e a execução, os projectos são adquiridos utilizando conceitos como o do QBS e o QCBS.

Estes conceitos enquadram-se no conceito mais geral da contratação usando a metodologia do Best Value. Trata-se de uma definição imprecisa de um conceito bem claro e preciso.

O Best Value é aquele que racionaliza da melhor forma a afectação de meios em atenção ao objectivo pretendido, considerando a racionalização dos encargos ao longo de toda a vida do empreendimento.

Este conceito tem vindo a ser usado em geografias muito variadas, como os EUA, Austrália, Reino Unido, Holanda, desde há vários anos, com bons resultados.

O projecto representa uma ínfima parte dos custos do empreendimento e é absolutamente decisivo para o seu sucesso, medido pelas várias fases da sua construção e utilização.

Recorde-se que para que tudo isto seja verdade, é necessário que quem lança o concurso saiba bem o que pretende do mesmo e que as características e especificações gerais do empreendimento estejam bem definidas.

Em síntese, boa contratação do projecto e construção permite optimizações combinadas e sucessivas, em favor de uma boa e racionalizada execução dos empre-endimentos. A base de tudo são adequados métodos de procurement, desde a fixação de preços indicativos até aos métodos de avaliação de propostas. O privilégio da qualidade e confiança dos proponentes terá de ser um factor fundamental a respeitar de forma rigorosa em todos os negócios.

Não devemos voltar a perder a oportunidade, pelo menos com a adaptação do CCP à nova Directiva Europeia, de melhorar aquilo que comprovadamente foi mal previsto e cuja melhoria é do interesse de todos.

Muitas empresas do sector dos serviços têm-se queixado da lentidão com que as garantias bancárias são libertadas pelos organismos públicos a quem prestaram serviços.

as razões são múltiplas e vão desde a simples ineficiência e lentidão dos serviços, até ao arrastar do processo para prolongar o tempo de cobertura da garantia.

pelo meio existe ainda a estratégia de usar estas garan-tias como moeda de troca e forma de pressão sobre as empresas, face a desvios contratuais que conduziriam a ressarcimentos financeiros do dono de Obra.

Ora é sabido que, além dos custos que suportam com as garantias, as empresas têm “plafonds” apertados junto da banca e enquanto não libertam as garantias bancárias mais antigas, não conseguem obter novas garantias junto das instituições bancárias. É bom lembrar que, à luz das actuais regras do Banco de portugal, emitir uma garantia bancária é no balanço do banco o mesmo que dar crédito de igual montante às empresas.

acresce a este problema, o desajustamento das minutas das garantias com a nova realidade, ou seja, quase sistematicamente as minutas das garantias bancárias exigem a ausência de prazo no seu texto, quando presentemente muitos bancos se recusam, e bem, a emitir garantias sem prazo.

a realidade é que há garantias, sem prazo, em vigor que não têm qualquer razão para não serem canceladas, pese embora a legislação portuguesa (decreto-lei 18/2008, art.º 295) prever na maioria das situações que a caução/garantia bancária deve ser libertada no prazo de 30 dias após a conclusão da prestação de serviços.

aliás, deve considerar-se o conteúdo da Circular Informativa nº 04/InCI/2013, a qual, e pese embora se refira a empreitadas de obras públicas, não pode deixar de se aplicar por analogia ao tipo de serviços prestados pelas empresas associadas da appC.

perante a prática de muitas entidades públicas, sugeri-mos às empresas que recorram aos mecanismos que a lei permite, requerendo formalmente a libertação das garantias bancárias, depósitos caução, retenções financeiras, no prazo de 30 dias após a conclusão das obrigações contratuais, e caso tal não ocorra deverão apresentar ao cliente, nos termos da lei, os encargos correspondentes por si suportados.

No caso das retenções financeiras, e depósitos cau-ção, consideramos que se vencem juros à taxa legal, aplicando-se os mesmos prazos e demais condições que a lei prevê para as garantias bancárias.

Convidamos os nossos associados e demais empresas, a comunicarem-nos as situações graves e anómalas, para que possamos fazer um levantamento o mais alargado possível destas situações.

Best Value Procurement

• OBest Value procurement (BVp) é uma abordagem ao processo de contrataçãoque se baseia na confiança. este método, para a valorização da competência, vê o prestador de serviços como um especialista em quem confia.

• Umestudoincidindosobre31projetosnoOklahomacomumvalordeconstruçãode90 milhões de Usd concluiu que, a projectos com honorários mais reduzidos, corres-ponderam maiores desvios do custo da obra em relação às previsões iniciais. O mesmo foi observado num conjunto de projectos na arábia saudita. O estudo concluiu que os honorários de projecto deviam ser vistos como um investimento num momento crítico para o empreendimento, podendo trazer um adequado e optimizado custo do mesmo.

para ver todo o artigo: ”relating Cost Growth from the Initial estimate to design Fee for transportation projects” (douglas d. Gransberg, p.e. M.asCe; Carla lopez del puerto; and daniel Humphrey, M.asCe)

• AlgunsobjetivosdoBVP: − Menos importância no preço e competição mais transparente; − Concorrência baseada em experiência equilibrada; − performance passada relevante; − Conhecer de perto os especialistas que fornecem os serviços.

• NaHolandaoscaminhosdeferrotêmumapolíticaoficialdeintensificaroBVP.

• AadopçãodomodeloBVPminimizaoriscodoinvestimentoatravésdamelhorescolhado consultor, que deve ser um especialista experiente. O cliente baseia a selecção do especialista na informação de performance.

• AlgumasbasesquesustentamoBVP: − Confiança; − Objectivos comuns; − Compromisso; − partilha de valores; − tarefas claras e responsabilidade; − Melhoria contínua; − Complementaridade de competências.

• Comodeveserseleccionadooespecialista: preparação → procura de competências para atingir objetivos → realização de objectivos.

• AcercadaresponsabilidadenoBVP,ofornecedorquedominaostemasétotalmenteresponsável e fiável, e é isso que ele pretende. O cliente que selecciona, baseado nos objectivos de projecto e neste procedimento, não é responsável senão pelo que estiver fora do âmbito.

alguns excertos inspirados na apresentação ”BestValueThinking:Impactontheengineer’s performance”. prof. sicco santene.

Nota sobre a Actividade das Empresas

dados comparáveis relativos a 89 empresas associadas da appC, representando 214 milhões de euros de facturação em 2012, revelam que mais de ¾ das empresas viram decrescer a sua actividade em relação a 2011. dessas, cerca de 82% viram a sua actividade decrescer mais de 10%, sendo que 24% viram o seu volume de vendas decrescer mais de 50% (43% das empresas se feita a comparação entre 2012 e 2009). Ora, tendo em consideração que estes números já não incluem empresas que entretanto entraram em processos de dificuldade financeira conducente à liquidação ou insolvência, pode concluir-se acerca da extrema gravidade da situação do sector.

n.º 44 · Outubro 2013 Boletim Informativoempresas de projecto e consultoria

prOprIedade e edIçãO associação portuguesa de projectistas e Consultores dIreCtOreng. Victor Carneiro

COOrdeNadOr edItOrIal dr. Manuel Baptista

prOJeCtO GrÁFICO atelier Henrique Cayatte

paGINaçãO e prOdUçãO GrÁFICa Nastintas – design e Comunicação

exeMplares 2500

dIFUsãOeste Boletim é regularmente enviado às seguintes entidades,Organizações e empresas:

• administração Central: Ministérios, secretarias de estado, direcções-Gerais, Institutos públicos e outras entidades equiparadas• administração regional: Governos regionais dos açores e Madeira• administração local: Câmaras Municipais• empresas contratantes• Organizações de interesse público• Meios de Comunicação social• empresas do sector

appCav. antónio augusto de aguiar, 126 - 7.º1050-020 lisboatel 213 580 785/6Fax 213 150 [email protected]

Este Boletim está também disponível no site da APPC no formato pdf

FIlIações INterNaCIONaIs da appC

Federação Europeia das Associações de Consultores de Gestãowww.feaco.org

Federação Europeia das Associaçõesde Consultores de Engenhariawww.efcanet.org

Federação Internacional dos Engenheiros Consultoreswww.fidic.org

Programação do Investimento PúblicoDesde há muito que a APPC vem defendendo, neste e em outros espaços, a necessidade de estabelecer uma metodologia de avaliação e selecção dos investimentos públicos que permita retirar a sua discussão– frequentemente de forma tecnicamente enviesada – da praça pública.Efectivamente, uma coisa é validar decisões e outra, manifestamente diferente, é a manipulação da opinião pública com argumentos a favor e contra, de forma tecnicamente não informada e não consistente.Vêm estas considerações a propósito da recente constituição, por iniciativa do Governo, de um Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA), orientado para o Sector dos Transportes, com a participação de representantes de reguladores, empresas e associações empresariais enquadradas e com participação relevante nos sectores compreendidos.Saúda-se a iniciativa, com a expectativa positiva de que ela possa contribuir para uma maior estabilidade das decisões e para que as empresas possam saber com o que podem contar, ou seja, possam conhecer com antecipação o mercado público relevante que irá existir em horizonte determinado.Esta sempre foi uma preocupação maior da APPC.Não é possível gerir empresas, ou seja, recursos e equipas técnicas, vendo programas perfeitamente de-finidos e decididos serem algum tempo depois contraditados, suspensos, adiados ou mesmo eliminados.Isso tem acontecido em Portugal, nem sendo necessário que mude o ciclo político. Frequentemente basta que mude o Governo ou mesmo o titular das pastas relevantes.Claro está que o passado recente tem vindo a determinar o agravamento da situação resultante da indefini-ção do mercado público. Sobreveio também a quase total ausência de investimento privado relevante para a actividade do nosso Sector.A situação é muito grave. Muitas empresas entraram em processos de liquidação ou insolvência e as sobre-viventes, com os indispensáveis ajustamentos das respectivas estruturas técnicas e operacionais, vêm, em muitos casos, enfrentando o agravamento da debilidade das suas estruturas técnica e financeira.Certo é que algumas têm conseguido aumentar a sua participação no mercado internacional, mas todos já compreendemos também que esse processo de internacionalização não está isento de riscos e incertezas. Em termos práticos, tal processo está sobretudo ao alcance de empresas que já tinham alguma actividade internacional, sendo bastante mais difícil para quem apenas agora inicia o processo de internacionalização.Assim, e admitindo que o Sector já fez o “ajustamento”, importa que as empresas conheçam com clareza o que vai acontecer a seguir em matéria de investimento público.Por isso saudamos a iniciativa de constituição do GTIEVA, do qual deverá vir a resultar um quadro estabiliza-do e consensualizado do ponto de vista dos operadores e demais intervenientes do sector dos transportes.Esse resultado será tanto mais relevante quanto menos a definição dos investimentos se ativer ao imedia-tismo. O que vier a resultar em termos de prioridades de investimento público deve ter em consideração o posicionamento estratégico que o país almeja, sendo que os investimentos devem ser convergentes com essa estratégia, sob pena de podermos estar a desperdiçar recursos, em fase de tão grande escassez. Planear a curto prazo desconsiderando o caminho que queremos trilhar pode comprometer o futuro, não podendo ser essa a lógica desta fase de programação do que pode vir a acontecer a 7-8 anos de vista no sector dos transportes.Esta metodologia participativa, e embora circunscrita às infraestruturas de transportes, será sem dúvida uma experiência relevante e que poderá determinar a sua extensão a outros domínios de intervenção.Transcrevemos aqui, novamente, o que escrevemos no Editorial do Boletim editado em Abril de 2012: “Achamos oportuno repetir aquilo que ao longo de vários anos vimos dizendo: os partidos de governo que nos últimos anos têm alternado no poder não foram capazes de, até hoje, definir e assumir um Projecto Nacional de Infra-estruturas e Requalificação do Meio Ambiente, que não seja interrompido ou posto em causa sempre que se verifica uma alternância no Governo…”.Esperamos, pois, que deste trabalho no sector dos transportes possa resultar, pelo menos, uma articu-lação entre reguladores, gestores e operadores relevantes, de forma a que o plano seja assimilado pelo poder político e seja um verdadeiro Plano Nacional, orientador para o Estado e para as empresas do Sector.

Estamos, como sempre, disponíveis para esse trabalho e para contribuir em favor dessa consensualização.

Eng. Victor Carneiro,Presidente

www.appconsultores.org.pt

Federação Pan-Americana de Consultoreswww.fepac.org

Assembleia Geral e Conferênciada FEACO – Roma, 20-21 Junho

porto de sines

Conferência sobre “Dispute ResolutionBoard”, 4 OutubroOrganizada pela Sociedade SRS Advogados e pela The Dispute Resolution Board Foundation, representada em Portugal pelo Engº Manuel Agria, a APPC apoiou a divulgação de uma conferência sobre a metodologia do Conselho de Resolução de Conflitos. Foram apresentados modelos já incorporados na legislação de diversos países enquanto instrumentos expeditos de resolução de litígios, contribuindo para reduzir o recurso à via judicial. De entre as soluções possíveis e hoje já transpostas para diversos contratos, com destaque para os modelos FIDIC, e desenvolvida por instituições como a ICC, surge a figura do Conselho de Resolução de Conflitos, na sua versão original, Dispute Resolution Board.

Conferência sobre a Aliança do PacíficoLisboa, 1 OutubroIniciativa do Diário Económico, Aliança do Pacifico e BBVA, realizou-se em Lisboa no passado dia 1 de Outubro uma Conferência de apresentação da Aliança do Pacifico, denominada Aliança do Pacifico- Plataforma Estratégica de Negócios, na qual participou o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal. A Aliança do Pacifico reúne quatro países da região (Chile, Colômbia, México e Peru), região de grande dinamismo económico que muito tem interessado aos consultores portugueses. Uma apresentação relevante foi efectuada pelo BBVA e encontra-se disponível na área reservada do site da APPC, no domínio “Internacionalização / Estudos, Análises e Relatórios sobre Mercados”.

Seguro de Responsabilidade CivilProfissionalO Seguro de Grupo da APPC lançado em 2005 que cobre a actividade de Consultoria e Projecto tem tido um assinalável sucesso ao longo dos anos. As empresas não associadas que queiram obter informações sobre este Seguro (valor dos prémios, abrangência, exclusões, etc) podem solicitar à APPC o envio de um documento com as respectivas Condições.

Organizada pela assOCONsUlt, associação Italiana de Consultores de Gestão, realizou--se em roma, nos dias 20 e 21 de Junho de 2013 uma Conferência subordinada ao tema “Growing europe – the role of Management Consulting”. a appC fez-se representar pelo membro da direcção, antónio seixas de aguiar.

a Conferência realizou-se na COFINdUstrIa e acolheu representantes de vários paí-ses, nomeadamente dos que têm associações federadas na FeaCO e individualidades, particularmente preocupadas com o futuro da Consultoria na europa.

a Conferência acolheu cerca de 100 participantes que se debruçaram sobre o sector em Itália e no resto da europa, no impacto da consultoria no desenvolvimento das empresas privadas, particularmente nas grandes empresas, e na questão da contribuição da consultoria para o crescimento económico.

para analisar o tema foram convidadas diversas personalidades, destacando-se os gestores de empresas que adquirem serviços de consultoria, académicos que têm efectuado pesquisas e análises ao mercado e, naturalmente, os gestores das empresas de consultoria. Neste quadro foi estabelecido um diálogo que conduziu a que o sector efectivamente tenha de ser repensado e novas estratégias e metodologias tenham que ser seguidas.

entre as diversas reflexões sobre o tema, destacamos os seguintes:• Ospreçospraticadospelaconsultoriaestão,nageneralidadedospaíses,asofrer decréscimos;• Asformasdecontrataçãodosectorprivadoestãotendencialmenteasermodificadas.

O cliente vem exigindo que o pagamento esteja associado ao sucesso na realização, partilhando assim os riscos com os consultores. significa isto que a prática do “success fee” tem tendência a equilibrar-se face aos conceitos tradicionais de pagamento;

• Asempresasprivadas,clienteshabituaisdaconsultoria,procuramcadavezresolver as suas necessidades “in house”;• Aconsultoriaprestadaaosectorpúblicotembaixadosignificativamente,umavez que os estados efectuaram cortes significativos na contratação de estudos e projectos;• Estasituaçãoestáaconduziraque,paraconcursoslançadospelosEstados,se

apresentem cada vez mais empresas, daí decorrendo um abaixamento dos valores propostos;

• Asempresasdeconsultoriavêmrespondendoaessassituaçõesadversascomaredução dos custos de estrutura. Os funcionários mais antigos estão a ser substituídos por jovens licenciados;

• Assiste-senomomentoaumesforçodeinternacionalização;• Osconsultores,particularmentedosPaísessobintervenção,tentamcriarnovos

produtos e participar nas privatizações e nos planos estratégicos dos Governos. essas suas iniciativas estão a ter muito pouco sucesso;

• Aspequenasemédiasempresasdeconsultoriaestãoaserparticularmenteafectadas

Assembleia Geral, Conferência do Centenário da FIDIC e Reuniões da FEPAC– Barcelona, 15-18 Setembro

assistindo-se assim ao seu encerramento ou a fusões. defendeu-se, por isso, a aplicação das medidas tomadas nos estados Unidos da américa, ou seja, neste país e em nome da boa concorrência, são reservados 23% de todos os traba-lhos de contratação pública às pequenas e médias empresas;

• Foireferenciadaadificuldadecrescentedosconsul-tores europeus em penetrar no mercado das instituições multilaterais de financiamento;

• AComissãoEuropeiavaidisponibilizarparaoperíodo2014-2020 cerca de 100 mil milhões de euros para ajuda ao desenvolvimento. embora se trate de uma notícia interessante verifica-se que a Comissão europeia continua a não ter empatia com os consultores, ou seja trabalha com estes como se estes fossem estranhos ao processo de desenvolvimento.

Verifica-se assim que a atmosfera reinante na Conferência, foi efectivamente, de crise no sector.

É de salientar ainda que durante a Conferência foram divulgados os vencedores do prémio Constantinus, uma iniciativa da UBIt, associação austríaca de Consultoria, sob o patrocínio da FeaCO, que premeia trabalhos de consultoria de Gestão levados a concurso.

perante o exposto julgamos que cada vez mais as associações empresarias têm um papel a desempenhar em defesa do sector, trabalhando de forma criativa, empenhada e competente por forma a contribuir com iniciativas para se ultrapassar a actual situação. É o trabalho que a appC, em portugal, tem vindo a fazer e que pretende continuar a fazer.

ASSEMBLEIA GERAL

realizou-se no dia 21 de Junho e teve como objectivos principais efectuar a aprovação de contas relativas ao exercício de 2012, actualizar o orçamento de 2013, fazer o ponto de situação sobre a feitura do “survey anual” e efectuar a nomeação por substituição de novos membros da Comissão executiva.

participaram representantes de 9 associações: Áustria, eslovénia, espanha, França, Grécia, Itália, portugal, roménia e suíça.

a assembleia aprovou as contas relativas ao exercício de 2012 e a integração da Grécia e da suíça na nova Comissão executiva.

a Conferência da FIdIC, subordinada ao tema Quality of life: Our responsibility, realizou-se em Barcelona, de 15 a 18 de setembro, comemorando o 100º aniversário da criação da FIdIC.

Nela participaram 1200 delegados oriundos de 96 países, o que se estima ser a maior e mais abrangente representação de sempre.

Nesse espaço de tempo ocorreu a Conferência da FIdIC, a assembleia Geral da FIdIC e a reunião de directores e secretários-Gerais das associações integrantes da FIdIC. aproveitando a presença dos seus membros, realizaram-se também reuniões da FepaC (assembleia Geral e Comité executivo), a par de estruturas informais, designadamente o grupo do Mediterrâneo.

assinatura do acordo entre a eFCa e a FIdIC.

NO VOs as sO CIa dOs

• aCrIBIa – projectos e desenho técnico, lda

• eNGelser – engenharia electrotécnica e serviços, lda

• KONCeptNess Unipessoal, lda

• MOBIlIdade – Consultores, lda

• NOrMalUrBe II, lda

• VIa tUNel pGF – projectos, Gestão e Fiscalização de empreendimentos, lda

Como tornar-se associado- consulte o menu “admissão” do site da appC

O programa da Conferência e as apresentações efectuadas nas respectivas sessões encontram-se disponíveis no respectivo site, em www.fidic2013.org (menu “programme” ou clicando na frase “pre-sentations are now available”), cuja consulta recomendamos.

Na assembleia Geral foi consolidada a eleição de pablo Bueno (tecniberia, espanha) como presidente da FIdIC, facto que se saúda.

de salientar a consolidação do acordo que previamente tinha sido anunciado e que estabelece um acordo de Cooperação entre a FIdIC e a eFCa. a eFCa representa a FIdIC na europa e junto das Instituições europeias e visa-se a articulação de esforços e consolidação de acções em relação às iniciativas de interesse da indústria com impacto na sua evolução mundial e em áreas temáticas relevantes.

tal acordo reverterá também na possibilidade de racionalização das contribuições financeiras das asso-ciações de consultores de engenharia europeus em relação ao conjunto das Federações internacionais representativas.

a Conferência do próximo ano realizar-se-á no Brasil, rio de Janeiro, de 28 de setembro a 1 de Outubro de 2014, subordinada ao tema sustainable solutions for a Changing World.

JOVENS PROFISSIONAIS

No âmbito da competição de Jovens profissionais da eFCa, candidataram-se à mesma 3 profissionais de empresas associadas da appC. em termos globais, verificaram-se 27 candidaturas, oriundas de 9 países. Os prémios foram atribuídos na Conferência de FIdIC realizada em Barcelona.

Os 3 Jovens profissionais candidatados por empresas associadas da appC foram os seguintes:

•EmanuelCorreia(SOPSEC);•GonçaloMateus(COBA);•GonçaloTavares(CENOR).

avaliados os projectos candidatados, Gonçalo Mateus (COBa) logrou obter o 2º lugar na competição, resultado excelente que deve orgulhar os jovens engenheiros portugueses. O projecto candidatado tinha por tema o projecto da Barragem de ribeiradio.

a Gonçalo tavares (CeNOr) foi atribuída uma menção honrosa relativa ao 8º lugar obtido pela sua participação.

a appC regozija-se pelo facto de os Jovens profissionais de empresas associadas da appC manifes-tarem interesse em participar na iniciativa e releva-se as classificações atribuídas, bem reveladoras da qualificação e desempenho dos engenheiros portugueses, de acordo com as melhores práticas observadas internacionalmente.

parabéns aos candidatos e, em particular ao engº Gonçalo Mateus (COBa), pela excelente classificação obtida.

a eFCa desenvolveu um importante inquérito a propósito da inserção dos Jovens profissionais nas organizações e sua visão, cujos resultados podem ser vistos no menu “Yps”, opção “Yp spotlight”, do site da eFCa (www.efcanet.org), o que recomendamos.

Foto da esquerda:Gonçalo Mateus a receber o Certificado das mãosdo presidente da eFCa.

Foto da direita:Gonçalo tavares (à esq.) e um Jovem profissional de outro país, após terem recebido o Certificado

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COOrdeNadOr edItOrIal dr. Manuel Baptista

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dIFUsãOeste Boletim é regularmente enviado às seguintes entidades,Organizações e empresas:

• administração Central: Ministérios, secretarias de estado, direcções-Gerais, Institutos públicos e outras entidades equiparadas• administração regional: Governos regionais dos açores e Madeira• administração local: Câmaras Municipais• empresas contratantes• Organizações de interesse público• Meios de Comunicação social• empresas do sector

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Programação do Investimento PúblicoDesde há muito que a APPC vem defendendo, neste e em outros espaços, a necessidade de estabelecer uma metodologia de avaliação e selecção dos investimentos públicos que permita retirar a sua discussão– frequentemente de forma tecnicamente enviesada – da praça pública.Efectivamente, uma coisa é validar decisões e outra, manifestamente diferente, é a manipulação da opinião pública com argumentos a favor e contra, de forma tecnicamente não informada e não consistente.Vêm estas considerações a propósito da recente constituição, por iniciativa do Governo, de um Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA), orientado para o Sector dos Transportes, com a participação de representantes de reguladores, empresas e associações empresariais enquadradas e com participação relevante nos sectores compreendidos.Saúda-se a iniciativa, com a expectativa positiva de que ela possa contribuir para uma maior estabilidade das decisões e para que as empresas possam saber com o que podem contar, ou seja, possam conhecer com antecipação o mercado público relevante que irá existir em horizonte determinado.Esta sempre foi uma preocupação maior da APPC.Não é possível gerir empresas, ou seja, recursos e equipas técnicas, vendo programas perfeitamente de-finidos e decididos serem algum tempo depois contraditados, suspensos, adiados ou mesmo eliminados.Isso tem acontecido em Portugal, nem sendo necessário que mude o ciclo político. Frequentemente basta que mude o Governo ou mesmo o titular das pastas relevantes.Claro está que o passado recente tem vindo a determinar o agravamento da situação resultante da indefini-ção do mercado público. Sobreveio também a quase total ausência de investimento privado relevante para a actividade do nosso Sector.A situação é muito grave. Muitas empresas entraram em processos de liquidação ou insolvência e as sobre-viventes, com os indispensáveis ajustamentos das respectivas estruturas técnicas e operacionais, vêm, em muitos casos, enfrentando o agravamento da debilidade das suas estruturas técnica e financeira.Certo é que algumas têm conseguido aumentar a sua participação no mercado internacional, mas todos já compreendemos também que esse processo de internacionalização não está isento de riscos e incertezas. Em termos práticos, tal processo está sobretudo ao alcance de empresas que já tinham alguma actividade internacional, sendo bastante mais difícil para quem apenas agora inicia o processo de internacionalização.Assim, e admitindo que o Sector já fez o “ajustamento”, importa que as empresas conheçam com clareza o que vai acontecer a seguir em matéria de investimento público.Por isso saudamos a iniciativa de constituição do GTIEVA, do qual deverá vir a resultar um quadro estabiliza-do e consensualizado do ponto de vista dos operadores e demais intervenientes do sector dos transportes.Esse resultado será tanto mais relevante quanto menos a definição dos investimentos se ativer ao imedia-tismo. O que vier a resultar em termos de prioridades de investimento público deve ter em consideração o posicionamento estratégico que o país almeja, sendo que os investimentos devem ser convergentes com essa estratégia, sob pena de podermos estar a desperdiçar recursos, em fase de tão grande escassez. Planear a curto prazo desconsiderando o caminho que queremos trilhar pode comprometer o futuro, não podendo ser essa a lógica desta fase de programação do que pode vir a acontecer a 7-8 anos de vista no sector dos transportes.Esta metodologia participativa, e embora circunscrita às infraestruturas de transportes, será sem dúvida uma experiência relevante e que poderá determinar a sua extensão a outros domínios de intervenção.Transcrevemos aqui, novamente, o que escrevemos no Editorial do Boletim editado em Abril de 2012: “Achamos oportuno repetir aquilo que ao longo de vários anos vimos dizendo: os partidos de governo que nos últimos anos têm alternado no poder não foram capazes de, até hoje, definir e assumir um Projecto Nacional de Infra-estruturas e Requalificação do Meio Ambiente, que não seja interrompido ou posto em causa sempre que se verifica uma alternância no Governo…”.Esperamos, pois, que deste trabalho no sector dos transportes possa resultar, pelo menos, uma articu-lação entre reguladores, gestores e operadores relevantes, de forma a que o plano seja assimilado pelo poder político e seja um verdadeiro Plano Nacional, orientador para o Estado e para as empresas do Sector.

Estamos, como sempre, disponíveis para esse trabalho e para contribuir em favor dessa consensualização.

Eng. Victor Carneiro,Presidente

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Federação Pan-Americana de Consultoreswww.fepac.org

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porto de sines

Conferência sobre “Dispute ResolutionBoard”, 4 OutubroOrganizada pela Sociedade SRS Advogados e pela The Dispute Resolution Board Foundation, representada em Portugal pelo Engº Manuel Agria, a APPC apoiou a divulgação de uma conferência sobre a metodologia do Conselho de Resolução de Conflitos. Foram apresentados modelos já incorporados na legislação de diversos países enquanto instrumentos expeditos de resolução de litígios, contribuindo para reduzir o recurso à via judicial. De entre as soluções possíveis e hoje já transpostas para diversos contratos, com destaque para os modelos FIDIC, e desenvolvida por instituições como a ICC, surge a figura do Conselho de Resolução de Conflitos, na sua versão original, Dispute Resolution Board.

Conferência sobre a Aliança do PacíficoLisboa, 1 OutubroIniciativa do Diário Económico, Aliança do Pacifico e BBVA, realizou-se em Lisboa no passado dia 1 de Outubro uma Conferência de apresentação da Aliança do Pacifico, denominada Aliança do Pacifico- Plataforma Estratégica de Negócios, na qual participou o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal. A Aliança do Pacifico reúne quatro países da região (Chile, Colômbia, México e Peru), região de grande dinamismo económico que muito tem interessado aos consultores portugueses. Uma apresentação relevante foi efectuada pelo BBVA e encontra-se disponível na área reservada do site da APPC, no domínio “Internacionalização / Estudos, Análises e Relatórios sobre Mercados”.

Seguro de Responsabilidade CivilProfissionalO Seguro de Grupo da APPC lançado em 2005 que cobre a actividade de Consultoria e Projecto tem tido um assinalável sucesso ao longo dos anos. As empresas não associadas que queiram obter informações sobre este Seguro (valor dos prémios, abrangência, exclusões, etc) podem solicitar à APPC o envio de um documento com as respectivas Condições.

Organizada pela assOCONsUlt, associação Italiana de Consultores de Gestão, realizou--se em roma, nos dias 20 e 21 de Junho de 2013 uma Conferência subordinada ao tema “Growing europe – the role of Management Consulting”. a appC fez-se representar pelo membro da direcção, antónio seixas de aguiar.

a Conferência realizou-se na COFINdUstrIa e acolheu representantes de vários paí-ses, nomeadamente dos que têm associações federadas na FeaCO e individualidades, particularmente preocupadas com o futuro da Consultoria na europa.

a Conferência acolheu cerca de 100 participantes que se debruçaram sobre o sector em Itália e no resto da europa, no impacto da consultoria no desenvolvimento das empresas privadas, particularmente nas grandes empresas, e na questão da contribuição da consultoria para o crescimento económico.

para analisar o tema foram convidadas diversas personalidades, destacando-se os gestores de empresas que adquirem serviços de consultoria, académicos que têm efectuado pesquisas e análises ao mercado e, naturalmente, os gestores das empresas de consultoria. Neste quadro foi estabelecido um diálogo que conduziu a que o sector efectivamente tenha de ser repensado e novas estratégias e metodologias tenham que ser seguidas.

entre as diversas reflexões sobre o tema, destacamos os seguintes:• Ospreçospraticadospelaconsultoriaestão,nageneralidadedospaíses,asofrer decréscimos;• Asformasdecontrataçãodosectorprivadoestãotendencialmenteasermodificadas.

O cliente vem exigindo que o pagamento esteja associado ao sucesso na realização, partilhando assim os riscos com os consultores. significa isto que a prática do “success fee” tem tendência a equilibrar-se face aos conceitos tradicionais de pagamento;

• Asempresasprivadas,clienteshabituaisdaconsultoria,procuramcadavezresolver as suas necessidades “in house”;• Aconsultoriaprestadaaosectorpúblicotembaixadosignificativamente,umavez que os estados efectuaram cortes significativos na contratação de estudos e projectos;• Estasituaçãoestáaconduziraque,paraconcursoslançadospelosEstados,se

apresentem cada vez mais empresas, daí decorrendo um abaixamento dos valores propostos;

• Asempresasdeconsultoriavêmrespondendoaessassituaçõesadversascomaredução dos custos de estrutura. Os funcionários mais antigos estão a ser substituídos por jovens licenciados;

• Assiste-senomomentoaumesforçodeinternacionalização;• Osconsultores,particularmentedosPaísessobintervenção,tentamcriarnovos

produtos e participar nas privatizações e nos planos estratégicos dos Governos. essas suas iniciativas estão a ter muito pouco sucesso;

• Aspequenasemédiasempresasdeconsultoriaestãoaserparticularmenteafectadas

Assembleia Geral, Conferência do Centenário da FIDIC e Reuniões da FEPAC– Barcelona, 15-18 Setembro

assistindo-se assim ao seu encerramento ou a fusões. defendeu-se, por isso, a aplicação das medidas tomadas nos estados Unidos da américa, ou seja, neste país e em nome da boa concorrência, são reservados 23% de todos os traba-lhos de contratação pública às pequenas e médias empresas;

• Foireferenciadaadificuldadecrescentedosconsul-tores europeus em penetrar no mercado das instituições multilaterais de financiamento;

• AComissãoEuropeiavaidisponibilizarparaoperíodo2014-2020 cerca de 100 mil milhões de euros para ajuda ao desenvolvimento. embora se trate de uma notícia interessante verifica-se que a Comissão europeia continua a não ter empatia com os consultores, ou seja trabalha com estes como se estes fossem estranhos ao processo de desenvolvimento.

Verifica-se assim que a atmosfera reinante na Conferência, foi efectivamente, de crise no sector.

É de salientar ainda que durante a Conferência foram divulgados os vencedores do prémio Constantinus, uma iniciativa da UBIt, associação austríaca de Consultoria, sob o patrocínio da FeaCO, que premeia trabalhos de consultoria de Gestão levados a concurso.

perante o exposto julgamos que cada vez mais as associações empresarias têm um papel a desempenhar em defesa do sector, trabalhando de forma criativa, empenhada e competente por forma a contribuir com iniciativas para se ultrapassar a actual situação. É o trabalho que a appC, em portugal, tem vindo a fazer e que pretende continuar a fazer.

ASSEMBLEIA GERAL

realizou-se no dia 21 de Junho e teve como objectivos principais efectuar a aprovação de contas relativas ao exercício de 2012, actualizar o orçamento de 2013, fazer o ponto de situação sobre a feitura do “survey anual” e efectuar a nomeação por substituição de novos membros da Comissão executiva.

participaram representantes de 9 associações: Áustria, eslovénia, espanha, França, Grécia, Itália, portugal, roménia e suíça.

a assembleia aprovou as contas relativas ao exercício de 2012 e a integração da Grécia e da suíça na nova Comissão executiva.

a Conferência da FIdIC, subordinada ao tema Quality of life: Our responsibility, realizou-se em Barcelona, de 15 a 18 de setembro, comemorando o 100º aniversário da criação da FIdIC.

Nela participaram 1200 delegados oriundos de 96 países, o que se estima ser a maior e mais abrangente representação de sempre.

Nesse espaço de tempo ocorreu a Conferência da FIdIC, a assembleia Geral da FIdIC e a reunião de directores e secretários-Gerais das associações integrantes da FIdIC. aproveitando a presença dos seus membros, realizaram-se também reuniões da FepaC (assembleia Geral e Comité executivo), a par de estruturas informais, designadamente o grupo do Mediterrâneo.

assinatura do acordo entre a eFCa e a FIdIC.

NO VOs as sO CIa dOs

• aCrIBIa – projectos e desenho técnico, lda

• eNGelser – engenharia electrotécnica e serviços, lda

• KONCeptNess Unipessoal, lda

• MOBIlIdade – Consultores, lda

• NOrMalUrBe II, lda

• VIa tUNel pGF – projectos, Gestão e Fiscalização de empreendimentos, lda

Como tornar-se associado- consulte o menu “admissão” do site da appC

O programa da Conferência e as apresentações efectuadas nas respectivas sessões encontram-se disponíveis no respectivo site, em www.fidic2013.org (menu “programme” ou clicando na frase “pre-sentations are now available”), cuja consulta recomendamos.

Na assembleia Geral foi consolidada a eleição de pablo Bueno (tecniberia, espanha) como presidente da FIdIC, facto que se saúda.

de salientar a consolidação do acordo que previamente tinha sido anunciado e que estabelece um acordo de Cooperação entre a FIdIC e a eFCa. a eFCa representa a FIdIC na europa e junto das Instituições europeias e visa-se a articulação de esforços e consolidação de acções em relação às iniciativas de interesse da indústria com impacto na sua evolução mundial e em áreas temáticas relevantes.

tal acordo reverterá também na possibilidade de racionalização das contribuições financeiras das asso-ciações de consultores de engenharia europeus em relação ao conjunto das Federações internacionais representativas.

a Conferência do próximo ano realizar-se-á no Brasil, rio de Janeiro, de 28 de setembro a 1 de Outubro de 2014, subordinada ao tema sustainable solutions for a Changing World.

JOVENS PROFISSIONAIS

No âmbito da competição de Jovens profissionais da eFCa, candidataram-se à mesma 3 profissionais de empresas associadas da appC. em termos globais, verificaram-se 27 candidaturas, oriundas de 9 países. Os prémios foram atribuídos na Conferência de FIdIC realizada em Barcelona.

Os 3 Jovens profissionais candidatados por empresas associadas da appC foram os seguintes:

•EmanuelCorreia(SOPSEC);•GonçaloMateus(COBA);•GonçaloTavares(CENOR).

avaliados os projectos candidatados, Gonçalo Mateus (COBa) logrou obter o 2º lugar na competição, resultado excelente que deve orgulhar os jovens engenheiros portugueses. O projecto candidatado tinha por tema o projecto da Barragem de ribeiradio.

a Gonçalo tavares (CeNOr) foi atribuída uma menção honrosa relativa ao 8º lugar obtido pela sua participação.

a appC regozija-se pelo facto de os Jovens profissionais de empresas associadas da appC manifes-tarem interesse em participar na iniciativa e releva-se as classificações atribuídas, bem reveladoras da qualificação e desempenho dos engenheiros portugueses, de acordo com as melhores práticas observadas internacionalmente.

parabéns aos candidatos e, em particular ao engº Gonçalo Mateus (COBa), pela excelente classificação obtida.

a eFCa desenvolveu um importante inquérito a propósito da inserção dos Jovens profissionais nas organizações e sua visão, cujos resultados podem ser vistos no menu “Yps”, opção “Yp spotlight”, do site da eFCa (www.efcanet.org), o que recomendamos.

Foto da esquerda:Gonçalo Mateus a receber o Certificado das mãosdo presidente da eFCa.

Foto da direita:Gonçalo tavares (à esq.) e um Jovem profissional de outro país, após terem recebido o Certificado

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