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O TEATRO E A CIDADE HOMENAGEM A SEU ZEZINHO E BETO DINIZ XII FESTIVAL RECIFE DO NACIONAL TEATRO

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Catálogo do XII Festival Recife do Teatro Nacional, desenvolvido por Corisco Design, pelos designers Damião Santana, Fatima Finizola, Ju Lisboa e Leandro Lima.

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O TEATRO E A CIDADEHOMENAGEM A SEU ZEZINHO E BETO DINIZ

XII FESTIVALRECIFEDONACIONAL

TEATRO

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A história do teatro brasileiro é marcada, no sentido de sua evolução, por Festivais. Desde os célebres Festivais do Estudante, sob a liderança de Paschoal Carlos Magno, na década de 50, que irrompem Brasil afora, dinamizando o movi-mento teatral amador, como espaços ideais para troca de experiências, discussão, reflexão, mul-tiplicidade e diversidade de propostas estéticas. O primeiro deles, em Recife, em 1958, reunindo cerca de 800 estudantes de todo o território nacional e revelando nomes do porte dos atores Sérgio Cardoso e Paulo Autran, entre outros.

Nos dias atuais, os efeitos multiplicadores de um festival, com vistas à renovação da cena brasileira, são os mesmos, tanto que os grandes centros culturais do país o realizam sistema-ticamente. E o Recife é um deles, já por 12 anos. Assim é que a Prefeitura do Recife volta a oferecer ao seu público, já fiel, a XII edição do Festival Recife do Teatro Nacional, buscando, como sempre, a qualidade artística, o intercâm-bio entre os criadores, a valorização do teatro local, o democrático acesso aos bens culturais.

Nesse sentido, mantém a sua política de ingres-sos a preços populares e a descentralização de espetáculos que, este ano, ganha novas con-figurações: a praça é do povo como o céu é do condor. Pela primeira vez, a abertura do evento será em praça pública, com um espetáculo para todas as idades que, certamente, encantará o cidadão recifense: Till, a saga de um herói torto. É o Grupo Galpão de retorno ao Recife, e na rua, para alegria de todos nós.

Outra novidade desta edição: a homenagem a dois criadores da área técnica, esses extraordinários artistas dos bastidores, que não aparecem sob os refletores; aparecem, sim, as suas criações. Dois cenógrafos e cenotécnicos que marcaram a cena recifense: Seu Zezinho (Zezinho do Santa Isabel) e Beto Diniz. Trajetórias registradas em duas publi-cações que contaram com uma parceria inestimá-vel – a Companhia Editora de Pernambuco, CEPE: Antônio de Almeida – Zezinho do Santa Isabel, de Marcondes Lima, e Beto Diniz – construtor de cenas e sonhos (percurso cenográfico: 1975-1986), de Claudio Lira.

Nesse aspecto, importa destacar que essas edições significam importantes ações no campo da formação, como fontes de pesquisas para todos os que se interessam pelo teatro. Teatro brasileiro; teatro pernambucano, principalmen-te. A essas intervenções de caráter formativo, somem-se outras de igual relevância: seminá-rio e oficinas, voltadas ao aprimoramento dos nossos profissionais. E aqui, pudemos contar com mais uma preciosa parceria, a FUNARTE, que possibilitou termos no elenco de professo-res dois nomes expressivos da cenografia e da cenotécnica nacionais: José Carlos Serroni (SP) e Helvécio Alves Izabel (MG).

Muitos e valiosos foram os esforços e as contri-buições: dos parceiros, dos patrocinadores, dos apoiadores, da equipe de realização da Prefei-tura do Recife, dos artistas e técnicos com os quais queremos partilhar a alegria desse “abrir a cortina”. Especialmente, com o público, que sempre tem prestigiado o nosso Festival Recife do Teatro Nacional.

JOÃO DA COSTA BEZERRA FILHOPrefeito do Recife

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A história é crônica da destruição, e das ruínas das coisas corroídas pelo tempo. A história é massacre que o presente sem memória converte em progresso. Mas se a história é esse massacre, a memória é sua redenção, é a luta contra a morte. Não mais acolhendo-a, como os gregos; não mais excluindo-a, como a modernidade produtivista, mas sim como relembrança e transcendência. (Olgária Matos)

UM CANTO PÚBLICO À MEMÓRIA

O Festival Recife do Teatro Nacional chega à sua décima segunda edição , não somen-te fortalecido e desfrutando de projeção no cenário teatral do país, mas caracterizando-se por ser, não apenas uma mostra de teatro, mas, sobretudo, por se constituir uma ação refletida da municipalidade, a partir de uma nova configuração de política cultural,

voltada especialmente às artes cênicas, no caso específico, à cena brasileira contempo-rânea. Essa reflexão parte de alguns princípios básicos. O primeiro deles é a valorização do artista pernambucano, seja pela inserção na grade de programação de grupos, companhias e palestrantes da cidade; seja oferecendo-lhe oportunidades de formação e a aperfeiço-amento; seja, enfim, reverenciando-o, por meio de homenagens que, transcendendo os limites das cerimônias oficiais, atingem dimensão maior e se perpetuam, além do efê-mero ato teatral. É o caso das obras sobre os homenageados, um investimento importante da Prefeitura que se deve destacar, desde 2001, quando o Festival passou a contar com uma equipe de gestores e de colaboradores compromissados e empenhados em implantar uma ação vertical no campo do teatro, por meio da editoração. É com Joaquim Cardozo que se inicia o processo, publicando-se a sua obra teatral completa. Um pensar que, desde

então, tem se constituído um “canto públi-co à memória”, a memória que “metaforiza o esforço de recuperação da experiência do passado, contra a sua redução a instantes fixados e paralisados no tempo”. E assim o fazendo, o Festival vem, por outro lado, contribuir para preencher lacunas no campo da bibliografia teatral brasileira. Nacional-mente, carente; pernambucanamente, mais ainda. E se já é motivo de orgulho ter-se entre as publicações, por exemplo, uma obra sobre o ator (Barreto Júnior, o Rei da Chanchada, de Alexandre Figueirôa/2002), esse sentimento intensifica-se, nesta edição, quando a escolha do homenageado recai numa área técnica, em que as lacunas se fazem mais evidentes: Seu Zezinho (recifense de nascimento, de amor e dedicação), e Beto Diniz (recifense de coração, “talento, suor e mão”, como diz Fernando Au-gusto, do Mamulengo Só Riso). Dois artesãos da cena pernambucana, partícipes da cons-trução de uma história feita de madeira, tinta,

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traços, riscos e rabiscos, e que precisa ser contada. Marcondes Lima, conta a de Antônio de Almeida – Zezinho do Santa Isabel e Claudio Lira, a de Beto Diniz, construtor de cenas e sonhos (percurso cenográfico:1975-1989).

Outra característica do Festival Recife do Teatro Nacional é trabalhar com um eixo temático, também uma ideia refletida e posta em prática a partir de 2001, quando a progra-mação passa a delinear-se a partir de um nor-te, ou fio condutor – a “comédia”, com foco na figura do homenageado, Barreto Júnior, com isso estabelecendo-se as “pontes” com os eventos especiais. Longe de engessar ou restringir o espaço de opções estéticas, o eixo temático reflete a preocupação de atribuir ao Festival, não somente um diferencial, mas de lhe atribuir unidade, coerência, interdepen-dências e complementaridades, que favore-çam um todo orgânico. Sem amarras, deixan-do-se margem para uma flexibilidade, a ser trabalhada em cada edição. Nesse aspecto,

busca-se também, e desde o primeiro momen-to, dar ao Festival uma identidade, um perfil próprio, que se tem revelado, como diz Cazuza: Brasil, mostra a tua cara! Em 2009, “Till”/ “Macunaíma”, heróis tortos, já sinalizam para os acertos e desacertos da realidade brasileira, para as riquezas de Rainha(s) e Miséria, de dois estancieiros. Baby Dolls, tratando da mulher-objeto; Meire Love, das adolescentes prosti-tuídas; Encantrago, percorrendo o mundão do Grande Sertão: Veredas, apenas para citar alguns, seguem no mesmo rastro. É a realidade brasileira colocada em cena, com a poesia e o encantamento imprescindíveis à arte.

Em terceiro lugar, no bojo dessas conside-rações, um aspecto importante também se deve assinalar: a discussão com segmentos e instâncias competentes (especialmente no que diz respeito aos espaços para apresenta-ção dos espetáculos descentralizados). Um processo lento, algumas vezes tenso (exerci-tar a democracia não é fácil), mas que, com o

passar dos anos se vem consolidando e ama-durecendo. Acrescente-se a esta ação, uma outra, igualmente relevante: a articulação do Festival Recife do Teatro Nacional com a Secretaria de Educação do Recife/Diretoria de Ensino/Gerência de Animação Cultural, que tem possibilitado o acesso aos espetáculos de alunos, professores e arte-educadores, numa “força tarefa” dos que acreditam na força transformadora do teatro. Os resultados dessa formação de plateia, sabemos, virão em médio e longo prazo, mas um deles se pode aferir no ato: os olhos brilhantes das crianças

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Nesta edição, o Festival Recife do Teatro Nacional faz homenagem a dois cenógrafos pernambucanos, Beto Diniz e Antônio José de Almeida (Seu Zezinho). Não por acaso, o elemento espacial tão caro à arte da cenogra-fia, é norte da programação, que estenderá a ponte entre a casa e a rua, o ambiente priva-do do edifício teatral e os lugares públicos, os palcos abertos.

Este diálogo já foi experimentado em outras edições. Mas há atitudes novas. Por exemplo, a ampliação da programação apresentada em lugares abertos e a inversão de perspectiva quando da abertura do Festival, agora feita não mais na sala fechada, mas no coração da cidades para a população toda. Neste caso também há um olhar específico através

do qual a curadoria, inspirada nesta ideia de uma arte pública foi buscar trabalhos com vocações variadas quanto ao diálogo com estes espaços. Assim, teremos tanto o teatro “de rua”, no seu formato tradicional, quan-to o teatro “na rua”, e, ainda, a cena que se avizinha da performance pública e o teatro de intervenção urbana. Em outra frente, a das montagens “de sala”, a ideia destas zonas em expansão permanece, subliminar: na escolha de espetáculos que mesmo apresentados em sítios tradicionais procuram alargar as fron-teiras do teatro através da linguagem, seja na re-abordagem de temas ou textos clássicos, seja no enfrentamento com dramaturgias contemporâneas.

A abertura, então, é feita com o espetáculo Till, a saga de um herói torto, peça de Luis Al-berto de Abreu, montada com engenhosidade e rigor pelo grupo mineiro Galpão. Inspirada na tradição popular medieval, a história deste anti-herói - joguete nas mãos de Deus e do

que, no ano passado, lotaram o Teatro do Parque, e que, ao final do espetáculo, felizes e excitadas, pediam o autógrafo de Geninha da Rosa Borges. (Conquistei o direito de me sentar e de esperar dois mil anos. Vocês, olhem bem para mim: viver e morrer. Para a posteri-dade: Fogo! Venci! Genet, O Balcão).

Estes três pontos têm sido, portanto, os pilares do Festival que se tem feito até agora, do qual toda a equipe – de ontem e de hoje – muito se orgulha, consciente dos avanços e das conquistas acumuladas, entremeadas de erros e acertos; estes, mais que aqueles. E é para este Festival que convidamos o público recifense: programe-se para assistir a todos!

LÚCIA MACHADO Coordenadora Geral

O TEATRO ENTRE A SALA E A CIDADE

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cafute - dialoga fundamente com o espírito macunaímico que marca nosso comportamento.

Na esteira deste chamado a um teatro que se empenha em correr as veias da cidade também vem de Minas o trabalho Baby Dolls – uma exposição de bonecas: intervenção em que se reconstitui poeticamente os temas do feminino e da violência em uma dramaturgia cênica pública, performática e propositalmen-te inacabada, em pleno movimento quando do encontro com a plateia.

Já o Teatro que Roda, de Goiânia, traz a Reci-fe a sua versão do Quixote de Cervantes (ou, “o que poderia ter sido”): uma “montagem móvel” em que Dulcinéias e outras paixões são tenazmente buscadas e escapam pelas vielas, param o tráfego e convocam o público a rever a paisagem urbana em sua dimensão de fantasia.

Os gaúchos da Oigalê chegam para completar as ações de descentralização do Festival pelas

franjas do Recife, com Miséria, em que a farsa de Goldoni ganha trajes gaudérios e acaba-mento musical.

Depois deste passeio pela cidade e de volta às salas, o Festival se empenha em flagrar algumas das experiências de desconstrução e reconstrução operadas na cena contemporâ-nea, seja na apropriação singular dos clássi-cos, seja na invenção de obras novas.

Do Rio vem a direção de Enrique Diaz para a peça do canadense Daniel Macivor, In on It, (em tradução livre, “por dentro”), uma iluminada exploração da amizade, do amor, da morte e das próprias possibilidades de repre-sentação da vida. Macivor fará par, no gosto pelas narrativas inusuais e pelo tema da afeti-vidade fraturada, ao espanhol Sergi Belbel, na montagem pernambucana de Carícias, dirigida por Leo Falcão.

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exemplar do diálogo entre fontes clássicas e formas teatrais novas, desta vez sob texto e encenação de João Denys. Já Réquiem (SP), inspirada direção de Francisco Medeiros para a obra do israelense Hanoch Levin, tem base em contos de um clássico moderno, Tchecov, para falar sobre a morte em chave a um só tempo profunda e humorada.

A cena nordestina, em geral, e a pernambu-cana em particular têm lugar de destaque, através das montagens já citadas e também através do projeto O Aprendiz Encena, que leva ao palco novos encenadores enfrentan-do três autores da nova geração: Newton Moreno (A Refeição), Rafael Martins (Lesados) e Carlos Bartolomeu (O Teatro Pretensioso, com o quadro O jogo da amarelinha). Estes, ganham a companhia de André Filho e da Fiandeiros, que empresta ao Festival uma peça infantil do seu repertório: Outra vez, era uma vez...

KIL ABREUJornalista, crítico e pesquisador do

teatro, é curador desta edição do XII Festival Recife do Teatro Nacional

De terras cearenses, vêm dois espetáculos: Meire Love, o depoimento do grupo Bagaceira sobre vidas de garotas entre a singeleza e a batida cruel das ruas de Fortaleza; e Encan-trago, dirigido por Herê Aquino – um exercí-cio de cena ritual a partir de Guimarães Rosa que retoma o poder de compartilhamento da Experiência comum através do teatro. Por fim, os Atores à Deriva, de Natal (RN) mostram em A mar aberto sua investigação a respeito da identidade, através de uma fábula orientada pela narrativa simples, que ganha um plano cênico cheio de belas imagens.

Evoé, pois, e boa caminhada em todos as veredas – entre a sala e as ruas - que a cena vai nos abrir nestes dias.

A visita aos clássicos ou a temas clássicos em formas cênicas comprometidas com a contemporaneidade irmana quatro monta-gens apresentadas nesta edição. Mary Stuart e Elizabeth são as inspirações para Rainha(s) – duas atrizes em busca de um coração (SP), uma visita em caráter pessoalíssimo ao texto de Schiller encenada por Cibele Forjaz, em um inesquecível duelo de intérpretes (Isabel Teixeira e Georgette Fadel). Se nesta monta-gem a lei é a do transbordamento romântico da forma, o mesmo embate fictício é matéria para Mary Stuart (SP), a aclamada versão oitentista de Denise Stoklos, base do seu Teatro Essencial. Denise também nos brinda com outra joia do seu repertório: Vozes Dis-sonantes, em que faz passear em cena cinco séculos da melhor rebeldia brasileira.

Com raiz em Shakespeare, mas com variações de pensamento imprevisíveis e instigantes, o recifense Encruzilhada Hamlet é outro

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Antônio José Alves de Almeida, o Zezinho, nasceu em 1923, na cidade do Recife, no bair-ro da Torre. Sua iniciação no teatro aconteceu cedo, aos sete anos de idade, quando foi

levado pelo pai, Alexandre Almeida, ao Teatro de Santa Isabel. De 1930 até os anos 1990, sua história pessoal se fundiu à do Teatro de Santa Isabel. Isso levava-o a dizer: “Somos uma coisa só. Não dá para separar os dois”. Lá, teve contato com Mário Nunes e Álvaro Amorim, dois importantes artistas plásticos e cenógrafos pernambucanos.

Influenciado por essa dupla de mestres, aprendeu por meio da observação e da prática cotidiana a arte de pintar telões. Zezinho foi pintor de paisagens, cenógrafo e cenotécnico autodidata. Sua longa colaboração no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) tam-bém influenciou sua formação. Nesse grupo, manteve contato com outros cenógrafos e encenadores como Valdemar de Oliveira, Graça Melo, Milton Baccarelli, Flamínio Bollini e Ziembinsky. Ele tornou-se um profissional exemplar e um verdadeiro apaixonado pelo teatro. Com uma atuação de mais de meio século, deixou marcas inconfundíveis nas ar-

tes cênicas pernambucanas. Suas realizações postas sobre o palco são quase incalculáveis, abrangendo criações para teatro, dança e eventos diversos.

Homem de muitas facetas, dominava inúme-ras competências. As diferentes grafias para registro de sua assinatura artística – Antônio José, José Almeida, Antônio Almeida, Zezinho – também refletem essa multiplicidade. Ele teve uma existência plena de ação, sempre alimentada pelo amor à arte da represen-tação. Entre suas grandes façanhas está a construção de um edifício teatral no bairro de Rio Doce, Olinda. Erigido com recursos próprios e graças a inúmeros colaboradores, muitos deles anônimos, o teatro ainda está por ser terminado.

De espírito generoso, Zezinho partilhou com diferentes gerações de profissionais da cena recifense o seu saber e sua capacidade técnica e criativa. Preocupado com a questão

ZEZINHO DO SANTA ISABEL

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O homem múltiplo de teatro Beto Diniz chama-se, na pia batismal, Carlos Roberto Diniz Silvino. Nascido carioca em 15 de abril de 1953, firma-se na cena pernambucana a partir de 1976. Vem de férias e de mansinho vai ficando e mostrando uma força criadora e uma capacidade de trabalho incomuns. O Recife, então, o torna filho adotivo, como diz Paulo Fernando Craveiro, em uma crônica, quando de sua morte em 6 de março de 1989, aos 35 anos.

No Recife, trabalha como cenógrafo, ilumi-nador, figurinista, cenotécnico, aderecista, contrarregra, marceneiro, eletricista; projeta teatros, faz assistência de direção e de ceno-grafia, e se torna um personagem emblemá-tico no teatro pernambucano entre meados dos anos 1970 e fins dos anos 1980. Com ele, o Recife volta-se a uma atualização estética, retomando os significativos momentos da cenografia pernambucana dos anos 1940 aos

MARCONDES LIMAEncenador, cenógrafo, figurinista,

autor de “Antônio de Almeida – Zezinho do Santa Isabel”

da formação de novos profissionais e vendo a clara “extinção” da arte de pintar telões, ele escreveu um pequeno manual prático intitulado: Cenografia e maquinaria teatral. Tal livro foi publicado na Coleção Malungo, uma proposição editorial da Prefeitura da Cidade do Recife, em 1999. A homenagem que lhe presta o XII Festival Recife do Teatro Nacional é mais do que merecida. Constitui-se um legado à valorização e à preservação da memória da cena recifense e pernambucana.

BETO DINIZ: CRIADOR DE REALIDADES CÊNICAS

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CLAUDIO LIRA Ator, diretor, programador visual, autor de Beto Diniz – construtor de

cenas e sonhos (percurso cenográ-fico: 1975-1985).

1960, com, entre outros, Martim Gonçalves e Aloísio Magalhães.

Quando chega ao Recife, traz consigo várias experiências ligadas às artes plásticas, além de ser aluno do curso de Cenografia da Escola de Teatro da Federação das Escolas Fede-rais Isoladas do Estado da Guanabara (hoje Unirio), onde estuda com Pernambuco de Oliveira e José Dias. Em 1975, um ano antes de vir para o Recife, realiza cenário, figurino e iluminação para um espetáculo no Teatro Duse quando firma amizade com Paschoal Carlos Magno, que o aconselha a consolidar-se nesta área.

Beto Diniz vive intensamente o teatro e de teatro, envolvendo-se, por vezes, ao mesmo tempo, em vários projetos, no Recife que tanto amou. Ao longo de sua curta trajetó-ria, trabalha com Antonio Cadengue, Marco Camarotti, Guilherme Coelho, José Francisco Filho, Carlos Bartolomeu, Milton Baccarelli,

Carlos Carvalho, Paulo Falcão, José Manuel, Lúcio Lombardi, Geninha Sá da Rosa Borges, Fernando Augusto e João Denys, entre outros.

Uma de suas mais relevantes obras é o proje-to do mais importante teatro do Recife – na sua modalidade de espaço múltiplo – o hoje Teatro Hermilo Borba Filho, que se chama, inicialmente, Centro Experimental Teatro Apolo – CETA. Esse lugar é por ele pensado como um teatro para servir às encenações sob o viés dos experimentalismos, em sinto-nia com os vários espaços cênicos que rom-pem com o palco italiano, em várias partes do mundo, como a Cartoucherie de Vincennes, o Théâtre du Soleil, na França.

Sobre a contribuição e a importância de Beto Diniz na cena recifense/pernambucana, existe uma quase unanimidade sobre o apuro téc-nico e formal de suas realizações, com uma criatividade exuberante, aliada à sofisticada construção de seus próprios cenários. Como

diz Fernando Augusto, Beto Diniz é “trabalha-dor braçal na sua arte, que sabe e grita saben-do que o mágico instante cênico que acon-tece à luz dos refletores é fruto de talento, coração e mão. E isto é o que não lhe falta”. Na abrangência dos seus labores e saberes, é acima de tudo um “arquiteto/construtor de realidades cênicas”.

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Um dia, na eternidade, o Demônio aposta com Deus que, se tirar do homem algumas qualidades, ele cai em perdição. Deus, aceitando o desafio e para provar sua fé no humano, resolve trazer ao mundo “Till”. Porém, nascido em uma terra miserável e em um tempo longín-quo, o personagem logo descobre que ali a esperteza é a lei primeira da vida. Além dele e de uma infinidade de seres rústicos metidos em situações impro-váveis, a peça conta também a história de três cegos andarilhos que buscam a redenção, sonhando alcançar as torres de Jerusalém e salvar o Santo Sepulcro das mãos dos infiéis.

Fruto da cultura medieval, a narrativa re-criada por Luís Alberto de Abreu ganhou as ruas do Brasil na montagem do Grupo Galpão, que refaz assim, em grande forma, seu caminho de volta ao cômico e ao popular para ver nas estratégias de sobrevivência do povo o desejo profundo de mudanças, em qualquer época.

[Texto] Luís Alberto de Abreu [Direção] Júlio Ma-ciel [Intérpretes] Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Lydia Del Picchia, Simone Ordones, Teuda Bara [Cenografia e Figurinos] Márcio Medina [Di-reção Musical / Arranjos / Adaptações / Compo-sições] Ernani Maletta [Preparação Corporal para a cena] Joaquim Elias [Iluminação] Alexandre Galvão, Wladimir Medeiros [Caracterização] Mona Magalhães [Adereços] Luiza Horta, Marney Heit-mann, Raimundo Bento; [Sonorização] Alexandre Galvão [Cenotécnica / Contrarregragem] Helvé-cio Izabel [Assistência de Figurinos] Paulo André [Assistência de Cenografia] Poliana Espírito San-to, Amanda Gomes [Preparação Vocal] Babaya [Técnica de Pilates] Waneska Carvalho [Constru-ção do Palco] Tecnometal [Apoio de Cenotécni-ca] Nilson Santos [Costura] Taires Scatolin, Idaléia Dias [Fotos] Guto Muniz, Casa da Foto [Projeto Gráfico] Lápis Raro [Consultoria de Planejamen-to] Romulo Avelar [Assessoria de Planejamento] Ana Amélia Arantes [Assessoria de Comunicação] Paula Senna [Estagiários de Comunicação] Ana Alyce Ly, João Luis Santos [Consultoria de Pa-trocínio] Mauro Maya [Assistência de Produção] Anna Paula Paiva [Produção Executiva] Beatriz Radicchi [Direção de Produção] Gilma Oliveira [Patrocínio Exclusivo] Petrobras [Realização] Grupo Galpão

TILL, a SAGA DE UM HERÓI TORTO

GRUPO GALPÃO [MG]90 MINLIVREDURAÇÃO GRUPOCLASSIFICAÇÃO

Praça do Arsenal [Recife Antigo] | 19 nov [quinta] 19h | 20 nov [sexta] 20h

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16 anos70 MINCOMPANHIA DO ATOR NU [PE]GRUPO

enCRUZILHADA HAMLET UMA CRÔNICA ABSTRATA E BREVE DO NOSSO TEMPO

No texto, os personagens Hamlet e o Coveiro removem a cova onde foram en-terrados há cinco séculos e ressurgem no ano em que a peça está sendo mostrada. Com eles, vêm à tona as artimanhas do patriarcalismo, a renitência da vida, a ilimitabilidade do sonho, a restringência da morte, a extenuada luta de classes, a inconciliação dos opostos, o êxtase aflitivo de ser criador e criatura e a má fé das promessas e dos pactos sorridentes dos que detêm qualquer tipo de poder e se consideram superiores aos seus (des)semelhantes. Nessa encruzilhada de inu-

meráveis caminhos, interpretações e in-terpenetrações, as personagens de todos os teatros brincam de adquirir autonomia figural, para além dos golpes certeiros de Pirandello. Rejubilam-se com a artifi-cialidade do mundo e dos homens: céu de teatro, terra de teatro, luminares de teatro, voz de teatro. A encenação rende homenagem a todos os trabalhadores da cena – do bilheteiro ao ator, oficiantes da liturgia teatral - gente que insiste em atuar com o mínimo de dignidade, quase em desespero. O espetáculo recebeu os prêmios de Fomento às Artes Cênicas da Prefeitura do Recife/2007, o Funcultura/2008, tendo sua estreia nacional no XVI Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga.

[Texto / Direção / Mise en Scène / Cenografia] João Denys [Assistência de Direção] Andréa Veruska [Intérpretes] Edjalma Freitas, Henrique Ponzi [Figurino de Um retábulo para os loucos e deserdados] Luciano Pontes [Maquiagem] Mar-condes Lima; [Iluminação] Saulo Uchôa [Prepa-

DURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Teatro Barreto Júnior | 20 nov [sexta] 19h | 21 nov [sábado] 19h

ração Corporal e Vocal] Mírian Asfora, Rose Mary Martins [Assistência de Corpo e Voz] Elthon Fernandes [Trilha Sonora Original] Naná Vas-concelos [Coreografia de Um retábulo para os loucos e deserdados] Mírian Asfora [Fotografia] Val Lima [Programação Visual] Tânia Avanzi [As-sistência de Programação Visual] Bruno Amorim [Assessoria de Imprensa] Rodrigo Dourado [As-sistência de Cenografia e Cenotecnia] Renata Gamelo [Cenotécnica] Marcos Antonio (Marcant Equipamentos), Antonio Carlos [Assistência de Cenotecnia] Hamilton Alves, Severino Idelfonso, Osvaldo Dias [Cortina de Luz de Um retábulo para os luminares celestes] Altino Francisco, Saulo Uchôa [Imagem Telão de Um retábulo para os loucos e deserdados] Hana Luzia [Montagem Telão] Silvana Café [Costura Telão] Ivete Batista [Maquinaria] Gaguinho [Montagem e Opera-ção de Luz] Saulo Uchôa [Consultoria Técnica de Maquiagem] Gera Cyber [Execução de Ma-quiagem] Andréa Veruska; [Execução de Som] José Neto [Contrarregragem] Severino Idelfonso, Marcos Antõnio [Documentação Videográfica] Alan Oliveira [Coordenação Financeira] Záca-ras Garcia [Coordenação de Produção] Edjalma Freitas [Produção Executiva] Hamilton Alves, Edjalma Freitas, Henrique Ponzi, Renata Gamelo, Zácaras Garcia [Fotos Divulgação] Guto Muniz [Realização] Companhia do Ator Nu

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OUTRA VEZ, ERA UMA VEZ...

CIA FIANDEIROS DE TEATRO [PE]5 ANOS 55 MIN

A história começa com um escritor que não consegue finalizar sua obra. Mas, a imaginação do poeta dá vida aos perso-nagens, que o levam, tomados pela mú-sica, para dentro da sua própria fábula, a viver entre o passado e o presente. Nesta história, diferentes universos (o criador e suas criaturas, o Pássaro e o Peixe, a In-fância e a Maturidade), dialogam entre si em busca da poesia perdida. As canções conduzem as cenas e são executadas ao vivo pelo elenco.

Outra Vez, Era Uma Vez... fala sobre lições de partir e de voltar, de vida e de morte, de cinza e de colorido. Tudo no espetáculo converge para a pluralidade de elementos. A diversidade dos sons, das cores, das amplas possibilidades de respeitarmos a criança que nos assiste e aquela que, por vezes, está adormecida em cada um de nós.

O texto obteve o 2º lugar do Prêmio Funarte de Dramaturgia/Região Nor-

deste 2004 na categoria de teatro para infância e juventude. A montagem recebeu o Prêmio de Fomento às Artes Cênicas da Prefeitura do Recife/2007 e participou do Janeiro de Grandes Espe-táculos 2009, sendo contemplada na categoria infanto-juvenil com os prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Maquiagem, Melhor Cenografia, Melhor Figurino, Melhor Música e Prêmio Especial do Júri de estímulo à dramatur-gia para infância e juventude.

[Texto / Direção / Trilha Sonora / Direção Mu-sical] André Filho [Intérpretes] Adriana Milet, Biagio Pecorelli, Charly Jadson, Daniela Travas-sos, Geysa Barlavento, Jefferson Larbos, Nelson Pontes, Paula Carollina [Figurinos] Manuel Car-los, Jerônimo Barbosa [Cenário] Marcondes Lima [Iluminação / Operação de luz] Suzana Vital [Direção de Produção] Daniela Travassos [Fotos Divulgação] Flora Pimentel, Jorge Clésio [Reali-zação] Cia Fiandeiros de Teatro

DURAÇÃO GRUPOCLASSIFICAÇÃO

Teatro do Parque | 21 nov [sábado] 16:30h | 22 nov [domingo] 16:30h

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In On It

16 anos75 MINENRIQUE DIAZ [RJ]

Há um acidente de carro envolvendo um Mercedes azul. Um dos personagens, com a ajuda de outro, representa as ce-nas de uma peça que ele escreveu sobre Ray que, supostamente, dirigia o Merce-des azul. Ray fora informado pelo médico que sofria de uma doença grave. As cenas envolvem ainda a mulher, o filho e o pai de Ray. Assim, três camadas são apresentadas e fundidas durante a ence-nação: o espetáculo propriamente dito, a peça escrita por um dos personagens e o passado. In On It é uma dramaturgia desconcertante feita para dois atores – uma narrativa em espiral sobre um

homem que morre, dois amantes, cujo amor está terminando, e dois homens que contam esta história. O espetáculo está indicado ao Prêmio Shell/RJ/2009 em duas categorias: Direção (Enrique Diaz) e Ator (Fernando Eiras).

[Texto] Daniel MacIvor [Tradução] Daniele Ávila [Direção] Enrique Diaz [Assistência de Direção / Edição dos Vídeos Internet] Pedro Freire [Intérpretes] Emílio de Mello, Fernan-do Eiras [Iluminação] Maneco Quinderé [Ce-nografia] Domingos de Alcântara [Figurinos] Luciana Cardoso [Trilha Sonora] Lucas Marcier [Técnica Alexander] Valéria Campos [Core-ografia] Mabel Tude [Consultoria de movi-mento] Marcia Rubin [Programação Visual] Olívia Ferreira, Pedro Garavaglia / Radiográfico [Fotografia] Dalton Valério [Assessoria de Im-prensa] Paulo Roberto Matta, Gardênia Vargas, RPM Comunicação; [Gerência de Divulgação Virtual] Renata Vallois, Rafael Medeiros [Ad-ministração] Bruno Katzer [Direção de Cena] Marcos Lesqueves [Operação de Luz] Leopoldo Victor [Operação de Som] Joana Guimarães [Produção Executiva] Flavia Candida [Direção de Produção] Rossine A. Freitas [Produção/Realização] Enrique Diaz

GRUPO DURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Teatro Apolo | 21 nov [sábado] 21h | 22 nov [domingo] 21h

Page 16: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

Um executivo, cansado de sua rotina, mergulha em um mundo imaginário e passa a encarnar Dom Quixote de La Mancha, o valoroso cavaleiro criado por Miguel de Cervantes. Ele desce em um cabo de aço do prédio onde trabalha e sai pela cidade buscando sua amada pla-tônica, Dulcinéia que, vestida de noiva e multiplicada em muitas, se apresenta como alucinação em fuga durante o decorrer da história. Sua primeira tarefa é então encontrar o fiel escudeiro Sancho Pança, que acaba personificado em um catador de papel rendido à persuasão do cavaleiro na esperança de uma recom-pensa final.

Na peregrinação da dupla pelas ruas, cada passante, monumento e apare-lhagem se transforma em feiticeiros, dragões e gigantes aos olhos do Quixote. Enquanto avança em sua jornada, ele nos faz rever a cidade sob uma nova e poética perspectiva.

[Texto] Miguel de Cervantes [Adaptação] André Carreira, Dionísio Bombinha, Hélio Fróes, Liz Elio-doraz [Direção] André Carreira [Intérpretes] Liz Eliodoraz, Dionísio Bombinha, Hugo Mor, Patrick Éster, Fernando Moterane, Leda Marçal [Partici-pação Especial de 15 Atrizes Recifenses] Ana Paula, Ana Paula Cordeiro, Géssica Nascimen-to dos Santos, Gleicy, Hammai de Assis, Janaí-na Melo, Larissa Karine, Nazaré Lemos, Renata Simplício, Rosângela Coelho, Rosângela Pontual, Suenne Sotero, Tiane de Lima e Silva, Viviane Cristina, Érica Flora [Figurinos] Júlio Vann, Ilza Bicalho [Objetos Cênicos] Júlio Vann [Progra-mador Visual] Marcos Lotufo [Preparadora Vo-cal] Mônica Montenegro [Preparador Corporal] Patrick Éster [Produção] Arturo Lúcio [Fotos] Vinícius Roratto Carvalho [Realização] Teatro Que Roda

Espetáculo de rua* | 22 nov [domingo] 16h | 23 nov [segunda] 16h | 24 nov [terça] 16h | 25 de nov [quarta] 16h | 26 nov [quinta] 16h

DAS SABOROSAS AVENTURAS DE DOM QUIXOTE DE LA MANCHA E SEU ESCUDEIRO SANCHO PANÇA: UM CAPÍTULO QUE PODERIA TER SIDO

TEATRO QUE RODA [GO]LIVRE 50 MIN

DURAÇÃO GRUPOCLASSIFICAÇÃO

Academia da Cidade [Joana Bezerra - RPA 1] | 22 nov [domingo] 16hPraça Coronel Othon [Macaxeira - RPA 3] | 23 nov [segunda] 16hEm frente ao CSU Afrânio Godoy [Alto Sta Terezinha - RPA 2] | 24 nov [terça] 16hPraça Presidente Kennedy [Jordão Alto - RPA 6] | 25 de nov [quarta] 16hPraça Barreto Campelo [Torre - RPA 4] | 26 nov [quinta] 16h

Page 17: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

Morro da Conceição [RPA 3] | 22 nov [domingo] 16hPraça Nossa Senhora de Fátima [San Martin - RPA 5] | 23 nov [segunda] 16hPraça Tertuliano Feitosa [Hipódromo - RPA 2] 24 nov [terça] 16hPraça Arnaldo Assunção [Engenho do Meio - RPA 4] | 25 nov [quarta] 16hBuraco da Gata [Três Carneiros - RPA 6] | 26 nov [quinta] 16hPraça das Lavadeiras [Areias - RPA 5] | 27 nov [sexta] 16h

O espetáculo é a continuidade do projeto de pesquisa do grupo, desenvolvido des-de 1999 a partir do universo da cultura gaúcha, e agora ganha inspiração na Commedia dell’arte.

Trata-se de uma livre adaptação do clássico Arlequim, servidor de dois amos,

do dramaturgo italiano Carlo Goldoni. “Miséria”, o personagem, não pode entrar no céu nem no inferno, ficando a vagar pelo Pampa. Decide, então, ir para a capital trabalhar como carregador para dois estancieiros que chegam do interior. Em meio às confusões entre as tarefas demandadas pelos patrões é que se dão as peripécias. A trilha sonora, compos-ta exclusivamente para a montagem e executada ao vivo pelos atores, funciona como apoio fundamental na condução da história, narrando e pontuando as situações. Com este trabalho a Oigalê comemora dez anos de criação e firma-se como uma das principais companhias de teatro de rua do país.

[Texto] Carlo Goldoni; [Adaptação] Hamilton Leite, Juliana Kersting ; [Direção] Hamilton Leite; [Intérpretes] Carla Costa, Diego Machado, Gian-carlo Carlomagno, Janaina Mello, Juliana Kersting, Paulo Brasil; [Trilha Sonora] Mateus Mapa, Simo-ne Rassian; [Fotos Divulg.] Kiran; [Realização] Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais.

MISÉRIA, SERVIDOR DE DOIS ESTANCIEIROS

OIGALÊ COOP. DE ARTISTAS TEATRAIS [RS] LIVRE60 MIN

DURAÇÃOGRUPO CLASSIFICAÇÃO

Espetáculo de rua* | 22 nov [domingo] 16 h | 23 nov [segunda] 16 h 24 nov [terça] 16 h | 25 nov [quarta] 16 h 26 nov [quinta] 16 h | 27 nov [sexta] 16 h

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CARÍCIAS

16 anosCLASSIFICAÇÃO

O espetáculo propõe uma viagem através dos relacionamentos do homem urbano contemporâneo ao revelar situações limites das relações afetivas e da comu-nicação humana. O texto do dramaturgo catalão Sergi Belbel, tem como cenário o cotidiano de uma grande metrópo-le onde, em onze cenas, personagens vivenciam através de um grande jogo momentos de conflito e união.

A concepção cênica também dialoga com o realismo fantástico, referência recorrente nas criações artísticas do di-retor, e utiliza trechos de textos de Neil Gaiman, (Sandman – Noites sem Fim, tradução de Sérgio Codespoti), Clarice Lispector (Perto do Coração Selvagem) e Erasmo de Rotterdam (O Elogio da Loucura).

A montagem foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2008 e SIC/2009, da Prefeitura do Recife.

[Texto] Sergi Belbel [Tradução] Christiane Jathay [Direção] Leo Falcão [Assistência de Direção / Preparação de Elenco] Karina Falcão [Intérpre-tes] Ana Claudia Wanguestel, Carlos Lira, Cira Ramos, Marcelino Dias, Paula de Renor, Rodrigo García [Preparação de Corpo] Arnaldo Siqueira [Preparação de Voz] Leila Freitas [Produção Mu-sical] Fernando lobo [Cenário / Direção de Arte] Walther Holmes [Figurinos] Chris Garrido [Plano de Luz] Beto Trindade [Execução de Sonoplas-tia] Fernando Lobo [Execução de Cenário] Nagil-son Lacerda [Pintura de Tapete Cenográfico] Giu Calife [Assistência de Pintura] Gilvan Dezidério [Confecção de Figurinos] Fátima Magalhães [Confecção de Cortinas] Helena Limoeiro [Exe-cução de Luz] Dane Araújo Contrarregra | Elias Vilar; Camareira | Beta Galdino [Programação Visual] Célio Pontes [Fotos para Programação Visual] Célio Pontes [Produção] Carlos Lira, Cira Ramos, Marcelino Dias, Paula de Renor [Asses-soria de Imprensa] Flora Noberto [Fotos Divul-gação] Hans von Manteuffel [Realização] Remo Produções Artísticas

Teatro Hermilo Borba Filho | 22 nov [domingo] 19h | 23 nov [segunda] 19h

REMO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS [PE]80 MIN

DURAÇÃO GRUPO

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75 MINDENISE STOKLOS [SP]GRUPO DURAÇÃO

VOZES DISSONANTES

LIVRECLASSIFICAÇÃO

São cinco séculos de rebeldia no Brasil tra-zidos de volta à cena nas falas de gente que se negou a caber nos modos de convivência que perpetuam injustiças e há séculos vêm marcando nossa sociabilidade. De Antônio Vieira a Milton Santos, são as vozes de filósofos, cientistas, artistas, religiosos, que em momentos diferentes, vislumbraram e reclamaram um país grande não apenas para alguns, mas para a sociedade inteira. O espetáculo amplifica a plenos pulmões o inconformismo ainda urgente, retomado com grande potência poética na atuação de Denise Stoklos.

[Texto / Adaptação / Direção / Interpretação / So-noplastia] Denise Stoklos [Assistência de Direção] Wilson Loria (Nova Iorque) / Tereza Freire (São Paulo) [Iluminação] Fernando Jacon [Operação de Luz] Eve-lyn Silva [Operação de Som / Assistência de Direção / Produção] Patrícia Torres Tournée [Produção Exe-cutiva] Danielle Hoover [Assistência de Produção] Tadeu Gondim [Fotografia / Espaço Cênico] Thais Stoklos Kignel [Pesquisa Bibliográfica] Lauro Moreira [Realização] Denise Stoklos

Teatro Santa Isabel | 23 nov [segunda] 21h

Page 20: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

ótipos que se reproduzem e desorganizar as imagens dadas, permitindo que uma fenda se produza nos sentidos.

[Composição dos Escritos / Dramaturgia] Nina Caetano [Composição das Bonecas/Intérpre-tes] Erica Vilhena, Joyce Malta, Lissandra Guima-râes, Criação em Rede Colaborativa [Realização] Obscena Agrupamento Independente de Pesquisa Cênica

BABY DOLLS, UMA EXPOSIÇÃO DE BONECAS

OBSCENA, Agrupamento Independente de Pesquisa [MG]70 MIN

DURAÇÃO GRUPO

LIVRECLASSIFICAÇÃO

Três tapetes, três nichos de exposição. Três bonecas, monumentos animados das mulheres-objetos, convidam os tran-seuntes a brincar. Mulheres-princesas, mulheres-noivas, mulheres dóceis. Mu-lheres mudas. Logo, essas bonecas serão mulheres mortas, marcadas a giz no chão.

Fruto da pesquisa empreendida pela dra-maturga Nina Caetano e pelas atrizes Lis-sandra Guimarães, Erica Vilhena e Joyce Malta, esta intervenção urbana parte de referências da arte contemporânea, como os procedimentos de work in process (obra em processo), o conceito de corpo-instalação e a obra de Artur Barrio. O objetivo é discutir a fabricação do modelo feminino presente na sociedade atual. Neste contexto, em que se multiplicam “mulheres-comida” (mulher melancia, mulher jaca, mulher filé, mulher caviar) e em que as mulheres, como propriedade e objetos, são transformadas em bens de consumo, a ação visa destruir os estere-

*Intervenção urbana | 22 nov [domingo] 16h | 23 nov [segunda] 16h | 24 nov [terça] 16h | 25 nov [quarta] 16h | 26 nov [quinta] 16h | 27 nov [sexta] 16h

Rua da Imperatriz [Boa Vista - RPA1] 24 nov [terça] 16hPátio da Feira Casa Amarela [RPA 3] 25 nov [quarta] 16hPça Pinto Damásio [Várzea - RPA 4] 26 nov [quinta] 16hTerminal Integrado de Passageiros/ Estação do Metrô [Barro - RPA 5] 27 nov [sexta] 16hPraça Nossa Senhora da Boa Viagem [RPA 6] | 28 nov [sábado] 16h

Intervenção urbana | locais

Page 21: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

50 MINPROJETO O APRENDIZ ENCENA, Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas [PE]GRUPO DURAÇÃO

Teatro Hermilo Borba Filho | 24 nov [terça] 19h | 25 nov [quarta] 19h

PLAYDOG

16 ANOSCLASSIFICAÇÃO

Espetáculo reunindo três textos curtos, de autores da nova dramaturgia nor-destina e brasileira: Lesados, de Rafael Martins; A Refeição, de Newton Moreno; e Teatro Pretensioso (quadro O jogo da amarelinha), de Carlos Bartolomeu.O jogo de “ser outro”. Três seres vagam pelo mundo. Um jogo clownesco em que a principal refeição é o ato de ser lesado a todo instante.

E nesse jogo, os personagens alimentam-se deles mesmos. Canibalizam-se e se nutrem das experiências pertinentes aos três. Eles invertem os papéis e brincam com as relações de poder e incomunica-bilidade que compõem esse universo, por vezes, nos fazendo rir dele, pela expecta-tiva do nonsense.

[Encenação / Cenografia] Rafael Barreiros, Rodri-go Cunha, Alisson Castro [Orientação ao Apren-diz-Encenador] Carlos Bartolomeu [Intérpretes]

Auricêia Fraga, Pascoal Filizola, Cleiton Cabral [Figurinos e Maquiagem] o Grupo [Sonoplastia] Allison Castro [Iluminação] Dado Sodi [Projeto Gráfico do Programa Original] Pedro Buarque (capa), Sulamita Ferreira (textos) [Operação de Luz] Nadjeckson Lacerda [Operação de Som] Ademir dos Santos [Maquinaria] Nagilson Lacer-da [Apoio à Produção] Izolda Barreto, Dado Sodi, Eliane Cândida, Érika Leite [Fotos] Val Lima [Ex-posição Playou] Pedro Buarque (criada, especial-mente, para o projeto a partir das “provocações” suscitadas pelas temáticas do texto) [Curado-ria] Luís Augusto Reis, Carlos Bartolomeu, Vavá Schön-Paulino, Albemar Araújo [Coordenação] Lúcia Machado [Realização] Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo Hermilo/Pre-feitura do Recife

Page 22: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

MARY STUART

DENISE STOKLOS [SP]LIVRE 75 MIN

DURAÇÃO GRUPOCLASSIFICAÇÃO

A primeira montagem foi criada em me-ados dos anos 80 e estreou no Teatro La Mama, em Nova York. Representa uma das bases do chamado Teatro Essencial, de Denise Stoklos, que concentra a expressão teatral quase que totalmente nos recursos do ator. Desde então, o espetáculo segue recebendo os melhores elogios da crítica internacional. Inspirada em vários textos sobre a rainha da Escócia, Denise vive, simultaneamen-te, a própria Mary Stuart – aprisionada e condenada à morte – e sua prima, Elizabeth I, em um jogo que visita perso-nagens históricos para jogar luz sobre o presente.

[Texto / Adaptação / Interpretação / Direção / Coreografia] Denise Stoklos [Iluminação] Evelyn Silva [Operação de Som / Assistência de Dire-ção / Produção] Patrícia Torres Tournée [Produ-ção Executiva] Danielle Hoover [Assistência de Produção] Tadeu Gondim [Fotografia] Isla Jai [Realização] Denise Stoklos

Teatro de Santa Isabel | 24 nov [terça] 21h

Page 23: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

passa a viver o que chama “as arti-manhas do demônio”. O homem está, finalmente, diante do seu desejo - uma força violenta, primitiva e inevitável, ca-paz de abalar valores sociais e religiosos. É nesse contexto que José Hermílio e seus companheiros de bargaça tentam a sorte, contra a correnteza e contra as tormentas, principalmente as da alma. A peça faz referência aos personagens Riobaldo e Diadorim, do clássico Grande Sertão: Veredas.

[Direção/Dramaturgia] Henrique Fontes [Dire-ção Musical] Danúbio Gomes [Intérpretes] Alex Cordeiro, Paulo Lima, Bruno Coringa, Doc Câma-ra, João Victor Miranda [Cenografia e Figurinos] Thiago Vieira e o Grupo [Iluminação] Daniel Rocha [Operação de Luz] Thiago Vieira [Trilha Musical / Sonorização] Coletivo Atores à Deriva (execução ao vivo) [Fotos Divulgação] Max Pe-reira [Realização] Coletivo Atores à Deriva.

a mar aberto

18 ANOS45 MINCOLETIVO ATORES À DERIVA [RN]GRUPO DURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Teatro Barreto Júnior | 25 nov [quarta] 19h | 26 nov [quinta] 19h

José Hermílio é pescador com mais de 30 anos de experiência no mar e vive um cotidiano sem sobressaltos. Até que conhece, em um dia comum, Júlio de Joana, garoto que largou a faculdade para se dedicar à pescaria. É quando ele

Page 24: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

Seguindo o propósito de fazer nesta edição o trânsito entre as salas fecha-das e os espaços abertos da cidade, o Festival apresenta duas versões, atualmente em cartaz, da dramaturgia de Cláudia Barral. Montada por Samuel Santos e O Poste Soluções Luminosas (PE), a versão pernambucana será apresentada no Espaço Compassos; a da Trupe Sinhá Zózima (SP) acontece dentro de um ônibus, em circulação pelas ruas do Recife.

A trama acontece na cidade de Carinhan-ha, sertão baiano, às margens do Rio São Francisco que, de certa maneira, é um dos personagens da história. Na cidade, vivem três irmãs – a velha Madalena, a misterio-sa Carminha e a jovem e sonhadora Tereza – por quem José é apaixonado. Drummon-dianamente, Carminha ama José, que ama Tereza que ama Antônio, um viajante por quem ela se apaixona no porto da cidade, no dia em que um almoço marcaria o pedi-do de casamento feito por José.

CORDEL DO AMOR SEM FIM | PE

18 ANOS 75 MIN

DURAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

CORDEL DO AMOR SEM FIM [PE]

[Texto] Claudia Barral [Encenação e Cenogra-fia] Samuel Santos [Intérpretes] Agrinez Melo, Monalize Mendonça, Naná Sodré, Thomás Aquino [Figurinos] Agrinez Melo [Execução de Figuri-nos] Sara Paixão [Plano de Iluminação] O Poste Soluções Luminosas [Operação de Luz] Manu Moema [Plano de Maquiagem] Rosinha Galvão [Programação Visual] Java Araújo [Professor de Tai Chi Chuan] Mestre Manoel Francisco [Pro-fessor de Percussão] Charly [Professor de Can-to] Sebastião Câmara [Preparação Vocal] Theo-nila Barbosa [Letras das Músicas] Carlos Barral [Músicas] Josias Albuquerque [Músico] Bruno Rodrigues [Direção de Arte] Fernando Kehler [Execução de Cenário] Nagilson Lacerda [Foto/Cartaz] Eduardo Rios [Fotos/Espetáculo] Pedro Diniz [Realização] Samuel Santos / O Poste So-luções Luminosas.

SAMUEL SANTOS | O POSTE SOLUÇÕES LUMINOSAS [PE]

GRUPO

Espaço Compassos | 26 nov [quinta] 20h | 27 nov [sexta] 20h

Page 25: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

CORDEL DO AMOR SEM FIM | SP

12 ANOS50 MIN

DURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Local de saída e chegada do ônibus: Teatro Hermilo Borba Filho | Av. Cais do Apolo, s/n, Recife Antigo | 27 nov [sexta] 18h e 20h | 28 nov [sábado] 18h e 20h 29 nov [domingo] 18h [Público por sessão: 34 pessoas]

TRUPE SINHÁ ZÓZIMA [SP]GRUPO

CORDEL DO AMOR SEM FIM [SP]

[Texto] Claudia Barral [Direção] Anderson Maurí-cio [Intérpretes] Anderson Maurício, Evie Milani, Fernando Marchi, Priscila Reis, Tatiane Lusto-za, Vanessa Cabral [Preparação Corporal] Lídia Zózima [Música Original] Carlos Barral [Direção Musical] Roberta Forte [Iluminação] Anderson Maurício e Fernando Marchi [Figurinos] Evie Mi-lani [Sonoplastia] Priscila Reis [Cenografia] Va-nessa Cabral e Fernando Marchi [Contrarregra-gem] Leonardo Cônego [Técnica] Cleide Amorim [Produção] Fernando de Marchi, Anderson Maurí-cio [Realização] Trupe Sinhá Zózima.

Atenção: especialmente para esta mon-tagem, não serão vendidos ingressos na hora do espetáculo. É necessário fazer a compra antecipadamente.

Page 26: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

RéQUIEM

CIA LAZZO [SP]14 ANOS 60 MIN

DURAÇÃO GRUPOCLASSIFICAÇÃO

[Texto] Hanoch Levin [Tradução] Priscilla Her-rerias, com a colaboração de Dinah Feldman, Francisco Medeiros, Lilian Froiman, Pablo Fer-reira [Direção] Francisco Medeiros [Assistência de Direção] Pablo Ferreira [Intérpretes] André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabricio Licursi, Fábio Ock, Felipe Schermann, Fernanda Viacava, Priscilla Herrerias [Prepara-ção Corporal] Tarina Quelho [Cenografia] Mauro Martorelli [Figurinos] Inês Sacay [Trilha Sonora] Alex Buck [Iluminação e Operação] Taty Kanter [Operação de Som] Pablo Ferreira [Programação Visual] Claudio Canarim [Fotos] Pablo Ferreira [Produção] Dinah Feldman, Priscilla Herrerias [Realização] Cia. Lazzo.

Dividida em 15 cenas breves, a peça conta sobre a desilusão de um marce-neiro, artesão de caixões que, ao chegar à velhice, depara-se com a solidão e a sucessão de perdas que acumulou ao longo dos anos. A morte da mulher com a qual conviveu por 52 anos, mas que nunca lhe despertou um gesto de afeto, desencadeia um gradativo processo de sensibilização e de encontros, que culminará com o enfrentamento de sua própria morte.

Uma dramaturgia inspirada em Tchecov que conjuga, sob o fundo de uma situa-ção dramática, o humor e a poesia-mar-cas de um dos mais importantes autores israelenses contemporâneos, Hanoch Levin. A montagem está indicada ao Prêmio Shell/SP-2009 em duas cate-gorias (Direção - Francisco Medeiros, e Figurino - Inês Sacay) e a três prêmios da Cooperativa Paulista de teatro.

Teatro Apolo | 26 nov [quinta] 21h | 27 nov [sexta] 21h

Page 27: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

meire love14 ANOS50 MINBAGACEIRA DE TEATRO [CE]

GRUPO DURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Teatro Barreto Júnior | 27 nov [sexta] 19h | 28 nov [sábado] 19h

Quatro meninas prostituídas perambu-lam pelas ruas de uma cidade turística em meio à barbárie cotidiana a que se encontram submetidas. Buscam, por intermédio do sonho e da fantasia, um lugar para a felicidade. A suposta fuga da personagem-título com um estrangeiro desencadeia em um grupo de pré-adoles-centes, também prostituídas, sentimen-tos diversos em relação à realidade cruel enfrentada por elas desde que nasceram.A possibilidade do romance da “nativa” com um “gringo” deflagra nas perso-nagens um movimento instintivo de revolta, fazendo com que protagonizem uma série de acontecimentos respon-sáveis pela tomada de “consciência” e de atitude diante do destino até então inexorável.

[Texto] Suzy Élida Lins [Direção] Suzy Élida Lins, Yuri Yamamoto [Intérpretes] Rafael Martins, Rogério; Mesquita, Yuri Yamamoto [Ilumina-

ção] Paula Yemanjá, Rogério Mesquita [Cenário e Figurinos] Yuri Yamamoto [Operação de Som e Luz] Ricardo Tabosa [Produção] Rogério Mes-quita [Fotos Divulg.] Alex Hermes, Ivana Moura, Ricardo Tabosa, Alberto Menezes [Realização] Grupo Bagaceira de Teatro.

Page 28: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

Livre recriação da peça Mary Stuart, de Friedrich Schiller. Trata em princípio, da luta político-religiosa entre as Rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, que disputa-vam a coroa da Inglaterra na segunda metade do século XVI. Schiller é uma espécie de Shakespeare alemão do século XVIII, capaz de tomar um episódio decisivo da história européia e transfor-má-lo em assunto humano, pungente, para além das épocas e das nações. Sua poética, porém, conserva em si o travo político de origem. Por isso o trabalho cênico e dramatúrgico do espetáculo re-aborda a obra sob nova ótica: o embate entre as rainhas inspira o enfrentamento cênico entre as suas intérpretes. O duelo se traduz, portanto, em vários níveis: o das duas rainhas que almejam um só tro-no, o das duas atrizes, em confronto com as personagens e, em outro plano, com as suas próprias histórias. O trabalho rendeu a Isabel Teixeira o Prêmio Shell (São Paulo 2008) de Melhor Atriz do ano.

[Dramaturgia] Isabel Teixeira, Georgette Fadel, Cibele Forjaz [Direção] Cibele Forjaz [Intérpre-tes] Georgette Fadel, Isabel Teixeira [Cenogra-fia e Figurinos] Simone Mina [Luz e Operação] Alessandra Domingues [Direção Musical] Lin-

coln Antonio [Pianista] Manuel Pessoa [Direção de Cena] Elisete Jeremias [Assistência de Luz e Operação] Mauricio Shirakawa [Direção de Produção] Henrique Mariano [Idealização do Projeto] Isabel Teixeira [Fotos] Roberto Setton [Realização] Arquivivo Produções Artísticas e Culturais Ltda.

ARQUIVIVO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS LTDA [SP]14 ANOS 120 MINDURAÇÃO

SEM INTERVALO

GRUPOCLASSIFICAÇÃO

RAINHA DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO

[(S)]

Teatro Hermilo Borba Filho | 27 nov [sexta] 21h | 28 nov [sábado] 21h | 29 nov [domingo] 21h

Page 29: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

14 ANOS90 MINEXPRESSÕES HUMANAS | TEATRO VITRINE [CE]GRUPO DURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Teatro do Parque [palco] | 28 nov [sábado] 19h | 29 nov [domingo] 19h e 21:30h

Livremente inspirado na obra de Guimarães Rosa (especialmente nos contos A Hora e a Vez, de Augusto Ma-traga e A Menina de Lá, e no romance Grande Sertão: Veredas) a montagem é um caminhar rumo ao coração intratável e miraculoso do Brasil e uma viagem cujo destino é a encan-tada vastidão da alma humana. Este

mergulho nos conduz a uma aventura através da qual vivenciamos as ambi-valências que consagram o paradoxal mundo sertanejo. O espetáculo resgata os rituais humanos como elementos articuladores da arte teatral e brinca de embaralhar o mundo real ao simbó-lico, que se configura ali, onde a vida é quase uma impossibilidade.

[Texto / Direção] Herê Aquino [Intérpretes] An-nalies Borges, João Paulo Pinho, Juliana Veras, Katiana Monteiro, Liliana Brizeno, Marina Brito, Marina Brizeno, Monique Cardoso, Nataly Rocha, Paulo Botafogo [Figurinos] Marina Brizeno [Ce-nário] Herê Aquino, Marina Brizeno [Preparação Musical] Orlângelo Leal [Direção Musical] Julia-na Veras [Sonoplastia (Execução)] O elenco [Ilu-

minação] Wallace Rios [Direção de Produção] Monique Cardoso [Designer Gráfico] Simone Évans [Fotos] Lima Filho [Produção | ATO] Pro-dução e Marketing Cultural [Realização] Grupo Expressões Humanas / Teatro Vitrine.

ENCANTRAGO | VER DE ROSA UM SER TÃO

Page 30: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

EVENTOS ESPECIAIS

eventosespeciais

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EVENTOS ESPECIAIS

HOMENAGEM A SEU ZEZINHO

E BETO DINIZ pelo Prefeito do Recife, João da Costa Bezerra Filho

Praça do Arsenal | 19 nov | 19h

OS ESPAÇOS DA FORMAÇÃO

Como é já tradição, paralelamente à mostra de espetáculos, o Festival mantém seu pro-grama formativo. Em diálogo com o universo de criação dos homenageados, Seminário e Oficinas dedicam-se à cenografia e às chama-das “áreas técnicas” da criação teatral.

No Seminário “Cenografias para um teatro em trânsito” teremos quatro intervenções (de José Carlos Serroni, João Denys Araújo Leite, Marcondes Lima e Claudio Lira) a respeito dos desafios da arte cenográfica nos tempos de um teatro fugidio, em que os paradigmas da cria-ção pouco se firmam e as linguagens da cena ganham novas nuances a cada temporada.

As Oficinas (Cenografia, Cenotécnica, Sono-plastia) são espaços de contato com importan-tes artistas do cenário nacional e, desta vez, exploram as possibilidades expressivas destes fazeres criativos, sem os quais o fenômeno te-atral não sobrevive. Especialmente dedicado às atrizes, o workshop do grupo mineiro Obscena – Agrupamento Independente de Pesquisa Cê-nica, (Como se fabrica uma mulher) pretende visitar os limites da intervenção performática, em ação inédita no Festival. Já a oficina Teatro e Ritual: a reconstrução do jogo ritualístico no teatro contemporâneo, para atores, é voltada ao trabalho da percepção dos elementos que restituem a especificidade do teatro como obra de arte viva.

SEMINÁRIO | CENOGRAFIAS PARA UM

TEATRO EM TRÂNSITO

Teatro Apolo | 21 a 24 nov | 10h às 12hPúblico-alvo: Diretores, técnicos de todas as áreas do espetáculo e estudantes de Teatro

[21.11]

JOSÉ CARLOS SERRONI [SP] · arquiteto, ar-tista plástico, cenógrafo e figurinista de teatro, televisão e shows. Desde 1989 realiza projetos de arquitetura e consultoria para elaboração de edifícios teatrais. Entre outros, participou dos projetos Novo Teatro Oficina – SP, reformas dos Teatros Paulo Eiró e Artur Azevedo, Teatro do SESC – Vila Mariana, Teatro do SESC de Araraquara, Teatro do SESC Pinheiros e Espa-ços Teatrais do Complexo do antigo presídio do Carandiru. Participou de cinco edições das Quadrienais de Cenografia, Indumentária e Arquitetura Teatral de Praga, República Tcheca. Participou também de importantes festivais internacionais de teatro com o Grupo Macu-naíma. Em 2002, lançou o livro “Teatros: uma memória da espaço cênico no Brasil”.

[23.11]

JOÃO DENYS ARAÚJO LEITE [RN/PE] · poti-guar radicado em Recife desde 1975. É drama-

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EVENTOS ESPECIAIS

designer recebe prêmio em 2000, do Primeiro Salão de Design de Pernambuco: 3º lugar na categoria Projeto Gráfico com o “Catálogo para o lançamento do papel Ecoline do Grupo Kablin”. Autor do livro: BETO DINIZ, CONS-TRUTOR DE CENAS E SONHOS (PERCURSO CENOGRÁFICO: 1975-1989), Recife: Funda-ção de Cultura Cidade do Recife, 2009.

MARCONDES GOMES LIMA [PE] · pernam-bucano de Petrolândia, vive no Recife desde os anos 1980. Graduou-se em Arte-Educação pela UFPE e concluiu Mestrado em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Desde 1992 é professor do Departa-mento de Teoria da Arte e Expressão Artística da Universidade Federal de Pernambuco, onde ministra as disciplinas de Cenografia, Indu-mentária e Maquiagem. É encenador, cenó-grafo, figurinista, maquiador, ator e bone-queiro, tendo desempenhado tais funções em dezenas de produções locais, nacionais e in-

ternacionais. Com o Mão Molenga Teatro de Bonecos tem realizado espetáculos teatrais e produções para vídeo e televisão desde 1986. No Coletivo Angu de Teatro, desde 2004 vem atuando como encenador, ator e diretor de arte função que também desempenha em ci-nema, vídeo e espetáculo de dança. Autor do livro: ANTÔNIO DE ALMEIDA – ZEZINHO DO SANTA ISABEL, Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2009.

[28.11] SIMONE MINA [SP] · Desenvolve trabalhos em direção de arte, cenografia e figurinos. Participou da Quadrienal de Arquitetura e Cenografia de Praga. Leciona moda na Fac. Santa Marcelina. Integrou a Semana de Moda – Casa de Criadores. No teatro seus princi-pais trabalhos são: TODA NUDEZ SERÁ CAS-TIGADA, UM BONDE CHAMADO DESEJO, ARENA CONTA DANTON, VEM VAI (indicada ao prêmio Shell 2007), dir. de Cibele Forjaz.

turgo (com dois prêmios de âmbito nacional), ator, cenógrafo, encenador e professor de teatro do Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística da UFPE. Graduou-se bacharel em Comunicação Visual em l981 pela UFPE. De 1993 a 2000 foi conselheiro municipal de cultura da Cidade do Recife. Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, atualmente desenvolve o projeto de tese Ca-beças Cortadas, corpus dilacerados: represen-tação poética e sociocultural na literatura de Joaquim Cardozo e Hermilo Borba Filho, como parte de seu doutoramento, no programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE.

[24.11]

CLAUDIO LIRA [PE] · é diretor, ator e pro-gramador visual graduado pelo Curso Superior de Desenho Industrial / Programação Visual da Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente, é diretor de arte da agência de publicidade Meios Comunicação. Como

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EVENTOS ESPECIAIS

OFICINAS

CENOGRAFIA | REFLEXÕES SOBRE CENO-GRAFIA E O ESPAÇO CÊNICO

A evolução do espaço cênico da Grécia até hoje. A relação do figurino e da ilumina-ção com a cenografia. Os materiais usuais. Noções de projeto, representação gráfica, maquete. Exemplos de processos através de material visual e vídeos.

JOSÉ CARLOS SERRONI [SP]

18 a 21 nov | 14h às 18hLocal: Oi Kabum! Recife - Escola de Arte e Tec-nologia (R. Bom Jesus, 124 – Bairro do Recife)Público-alvo: Diretores, cenógrafos, figurinis-tas, iluminadores e estudantes de Teatro

CENOTÉCNICA

Trabalhar lições básicas de carpintaria, serra-lharia, traquitanas e mecanismos. Orientar as diversas práticas da cenotécnica, visualizando a adaptação da montagem e da desmontagem

de cenários e aparatos cenográficos. Estudar as dimensões do palco e caracterizar o espaço de acordo com as necessidades do espetácu-lo. Construir objetos de auxílio técnico.

HELVÉCIO ALVES IZABEL [MG]

17 e 18.11 das 9h às 13h | 19.11 das 8h às 16hLocal: Teatro Apolo Público-alvo: Diretores, cenógrafos, maqui-nistas, contrarregras e estudantes de Teatro

SONOPLASTIA

Noções básicas de sonoplastia em Teatro. Som e cena como processos co-evolutivos. Função estética do som. A contribuição do ci-nema e do rádio. Processos de criação sonora.

ROBERTO GILL CAMARGO [SP]

25 a 27 nov | 14h às 18hLocal: Sala de Dança - Teatro de Sta Isabel Público-alvo: Diretores, sonoplastas, compo-sitores, músicos, técnicos de som e estudan-tes de Teatro.

COMO SE FABRICA UMA MULHER?

Propõe, a partir da questão temática supra citada, a produção de textualidades cênicas diversas por meio do desenvolvimento de rela-ções com objetos, espaços, corpos e narrativas e de procedimentos de corpo instalação.

OBSCENA · AGRUPAMENTO INDEPENDENTE DE PESQUISA CÊNICA [MG]

25 a 27 de nov | 9h às 13hLocal: Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93 1º andar – Bairro do Recife) Público-alvo: Dramaturgas, diretoras, perfor-mers, atrizes, bailarinas, escritoras e estudan-tes de Teatro

TEATRO E RITUAL | A RECONSTRUÇÃO DO JOGO RITUALÍSTICO NO TEATRO CONTEM-PORÂNEO

Propõe, trabalhar no ator, através do corpo/voz, a percepção para elementos que restituem a especificidade do teatro como obra de arte viva.

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espaços Cênicos

28 de nov | 18hLocal: Centro Apolo-Hermilo

Aposição de placa · SALA BETO DINIZ28 de nov | 18hLocal: Centro Apolo-Hermilo

EXPOSIÇÃO PLAYOU

Das extravagâncias do Destino surgem os traços laboriosamente descuidados. Tons acinzentados em olhos marejados, (des)esperança. O chiste em tons de pantomi-ma. O gracejo erradicado das sombras nas quais estamos todos submersos. A Tragédia da Vida sempre entre os Abismos do riso e da melancolia. Playou, exposição de Pedro Buarque, faz tocar a sutileza de resistir a si no mais profundo silêncio e rítmica imensidão, numa interpretação plástica da peça PlayDog, integrante do projeto o Aprendiz Encena, do

HERÊ AQUINO (CE)

27 e 28 de nov | 14h às 17hPúblico-alvo: Atores e atrizes.LOCAL: Cia. Fiandeiros de Teatro – Rua da Matriz, 46 / 1º andar – Boa Vista

LANÇAMENTO DOS LIVROS

DOS HOMENAGEADOS

ANTÔNIO DE ALMEIDA | ZEZINHO DO SAN-TA ISABEL, DE MARCONDES GOMES LIMA

Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2009.

BETO DINIZ, CONSTRUTOR DE CENAS E SONHOS (PERCURSO CENOGRÁFICO: 1975-1989), DE CLAUDIO LIRA

Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2009.

Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo.

19 a 29 nov | 17h às 22hLocal: Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo

ENCONTROS COM O TEATRO

Grupos e artistas que participam do Festival têm encontro marcado com o público e a classe teatral recifense, para um bate-papo informal sobre seus trabalhos. Os encontros acontecem no Salão nobre do Teatro Santa Isabel e no Teatro Hermilo Borba Filho. A me-diação é do jornalista Rodrigo Dourado (PE).

[20.11]Grupo Galpão, MG (Till, a saga de um herói torto)Horário: das 14h às 16hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

EVENTOS ESPECIAIS

Page 35: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

EVENTOS ESPECIAIS

[25.11]Teatro que Roda, GO (Das saborosas aven-turas de Dom Quixote de La Mancha e seu escudeiro Sancho Pança – um capítulo que poderia ter sido)Horário: das 10h às 12hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

[26.11] Coletivo Atores à Deriva, RN (A mar aberto) e O Aprendiz ENCENA, PE (Playdog)Horário: das 14h às 16hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

[27.11] Cia. Lazzo, SP (Réquiem)Horário: das 14h às 16hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

[28.11] Cia. Bagaceira, CE (Meire Love); Obscena, MG (Baby Dolls – uma exposição de bonecas)

[21.11]Cia. do Ator Nu, PE (Encruzilhada Hamlet)Horário: das 14h às 16hLocal: Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel

[22.11]Henrique Diaz, Fernando Eiras, Emilio de Melo, RJ (In on It)Horário: das 14h às 15:30hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

[23.11] Remo Produções, PE (Carícias) Horário: das 14h às 16hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

[24.11]Oigalê, RS (Miséria) e Cia. Fiandeiros, PE (Outra vez, era uma vez...)Horário: 10h às 12hLocal: Salão Nobre | Teatro de Santa Isabel

Horário: das 10h às 13hLocal: Teatro Hermilo Borba Filho

[29.11] Arquivivo Produções Artísticas e Culturais, SP (Rainha[(s)]); Expressões Humanas e Tea-tro Vitrine, CE (Encantrago).Horário: 14h às 16hLocal: Teatro Hermilo Borba Filho

[30.11]AVALIAÇÃOHorário: 19hLocal: Teatro Apolo

Page 36: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

espaços Cênicos

ENDEREÇOS E CAPACIDADES DOS

ESPAÇOS CÊNICOS

TEATRO DO PARQUE Rua do Hospício, 81 Boa Vista – Recife – PE Fone: (81) 3232.1553 943 Lugares (Platéia) 150 Lugares (Palco) TEATRO DE SANTA ISABEL Praça da República, s/n – Sto. AntonioFone: (81) 3232.2939 700 lugares TEATRO APOLO Rua do Apolo, 121 Bairro do Recife Fone: (81) 3232.2028 282 lugares

TEATRO HERMILO BORBA FILHOAv. Cais do Apolo s/n – Bairro do RecifeFone: (81) 3232.2030100 lugares

TEATRO BARRETO JÚNIORRua do Estudante Jeremias Bastos s/n – PinaFone: (81) 3232.3054332 lugares

ESPAÇO COMPASSOSRua da Moeda, 93, 1º andar – Bairro do RecifeFone: (81) 9212.9791 | 9994562960 lugares

ESPETÁCULOS DE RUA

Praça do Arsenal · Recife AntigoMorro da Conceição · Casa Amarela

Academia da Cidade · Joana BezerraPraça Nossa Senhora de Fátima · San MartinPraça Coronel Othon · MacaxeiraRua da Imperatriz · Boa VistaPraça Tertuliano Feitosa · HipódromoCSU Afrânio Godoy · Alto Santa TerezinhaPátio da Feira · CasaPraça Presidente Kennedy · Jordão AltoPraça Arnaldo Assunção · Engenho do MeioPraça Pinto Damásio · Várzea Praça Barreto Campelo · TorreBuraco da Gata · Três CarneirosTerminal Integrado de Passageiros / Estação do Metrô · BarroPça das Lavadeiras · AreiasPça Nossa Sra da Boa Viagem · Boa Viagem

Page 37: Programa - XII Festival Recife do Teatro Nacional

EVENTOS ESPECIAIS

TEATRO MAMULENGO Informações : 3224.2881 / 3223.4385

[22 e 29/11] As Aventuras de uma Viúva Alu-cinada · 16:30h

TEATRO VALDEMAR DE OLIVEIRA Informações : 3222.1200

[18 e 19/11] Confusão no Reino Mágico · 20:30h

[21, 22, 28 e 29/11] As Criadas Mal Criadas · 18:30h | Chupa-Chupa Show · 21:00h

TEATRO ALFREDO DE OLIVEIRA Informações : 3091.3328

[21 e 28/11] É dos Safados que Elas Gostam Mais · 18:30h

[21, 22, 28 e 29/11] Paloma para Matar · 20:30h

[22 e 29/11] O Grilo Conta Contos · 10:30h | Brincadeiras no Telhado · 16:30h | As Porqui-nhas – A Comédia · 18:30h

TEATRO DA UFPE Informações : 3207.5757 / 3453.4344

[22/11] Show de Zé Lezin · 20h

[27/11] Musical de Oswaldo Montenegro · 21h

[28/11] Cia Tango XXI – Tango à Tierra (Dan-çarinos e Músicos Argentinos) · 21h

TEATRO BARRETO JÚNIOR Informações : 3232.3054 / 3467.6018

[20 e 27/11] Tripé da Comédia · 22:30h

OUTROS ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO

RECIFE

TEATRO JOAQUIM CARDOZO Informações : 3227.0657 / 3226.0423

[20/11] Os Embromations. Cia A6 · 20h

[21 a 29/11] Histórias de Pingo e Chuvas (in-fantil) · 16h | Madleia + ou – doida · 20h

TEATRO CAPIBA | SESC CASA AMARELA Informações : 3267.4410 / 3267.4400

[21, 22, 28 e 29/11] Andar... Sem parar... e Transformar... – 16:30h

[29/11] Chat · Ensaio Aberto · 20h

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FICHATÉCNICA

REALIZAÇÃO

Prefeitura do RecifePrefeito · João da Costa

Vice-Prefeito · Milton Coelho

Secretaria de CulturaSecretário · Renato LAssessor Executivo · Fernando DuarteAssessor Especial · André BrasileiroDiretora de Captação de Recursos e Marketing Cultural · Jucy Monteiro

Diretora de Administração Setorial · Leone Correia

Fundação de Cultura Cidade do RecifePresidente · Luciana FélixAssessor Especial · Luiz Cleodon

Assessora Técnica · Luciana Veras

Secretaria de Comunicação Social Secretária · Ruth Helena VieiraDiretora de Propaganda e Produção · Kassia AraújoDiretora de Jornalismo · Ida Comber

XII Festival Recife do Teatro Nacional

Coordenação Geral · Lúcia Machado

Curadoria · Kil Abreu (SP)

Avaliação · Valmir Santos (SP)

Coordenação Geral de Produção · Albemar Araújo

Coordenação de Produção Executiva · Ivo Barreto

Coordenação de Eventos Especiais · Vavá Schön-Paulino

Coordenação Pedagógica · Kátia Ivo

Coordenação de Espetáculos Descentralizados · Williams Sant’Anna

Coordenação Técnica · Sávio Uchôa

Assistência à Coordenação Técnica · Maria Luiza Lopes

Coordenação Administrativo-Financeira · Concei-ção Soares, Íris Vidal, Leila Veras, Betânia Santos

Coordenação de Hospedagem e Transporte Aéreo · Cristiane Perrusi

Coordenação de Transporte Local · Tadeu Gondim

Assistência à Coordenação de Transporte Local · Iza Alves

Produção Executiva · Rafaele Costa, Luciana Bispo, Normando Roberto

Supervisão de Espetáculos Descentralizados · Paulinho Mafe

Apoio à Produção · Eliane Cândida, Sulamita Ferreira, Izolda Barreto, Érika Leite, Alfredo Borba (Centro Apolo Hermilo); Maria das Graças Xavier (FCCR); Ana Paula Menelau

Articulação/Escolas e RPAs · Izaltino Caetano

Fotografia · Val Lima

Registro de Vídeo · TV Mangue

Assessoria de Imprensa · Ana Quitéria (Secult) e Júpiter Comunicação

Programação Visual · Damião Santana, Ju Lisboa, Fátima Finizola e Leandro Lima | Corisco Design

Recepção a Grupos e Convidados · Cláudia Bar-bosa, Geraldo Berardinelli, Paulo Doca, Dado Sodi, Carlos Salles, Esileide Maria, Soni Silva, Mônica Holanda, Mário Miranda, Janice Gomes, José Cleto, Jeová Santiago, Tiago Marques, Ewerson Luiz, Josânia Santos, Hammai de Assis, Janaina Melo.

Apoio SATED/PE · Ivonete Melo

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PATROCÍNIO APOIO INSTITUCIONAL INCENTIVO CULTURAL REALIZAÇÃO

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