programa de segurança patrimonial para indústrias - parte iii

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  • 8/8/2019 Programa de Segurana Patrimonial para Indstrias - Parte III

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    o seguro e a seguranapatrimonial 3~ parteAntonio FernandoNavarro Engenheiro civilEngenheiro de Segurana do Trabalho Professor da FunensegI D lando seqncia a nossa srie,ntitulada "O Seguro e a Segu-rana Patrimonial", continuaremosabordando o dimensionamento deequipes de vigilncia, bem como oscontroles exercidos sobre as edifica-es e instalaes, com vistas me-Ihoria das condies de segurana.At o presente momento fizemosalgumas abordagens sobre as rotinasa serem seguidas quando se deseja im-plantar um razovel sistema de segu-rana patrimonial. A no adoo dequalquer tipo de sistema no implica,necessariamente, a falta de seguran-a, visto que os mesmos dependem

    . diretamente de uma srie de fatores,dentre os quais podemos destacar: conscientizao pela direo daempresa e pelos funcionrios das van-tagens do sistema; adoo de sistemas de seguran-a compatveis com as atividades e ovulto da empresa; capitalizao de recursos neces-srios para a implantao de progra-.mas eficientes; correta atualizao dos progra-mas implantados, principalmente sobo ponto de vista tecnolgico.Deve frisar-se que a cada dia maise mais sistemas de segurana so cria-dos, visando a deteco de problemasem menor tempo, e com mais perfei-o. A ttulo de exemplo, para o con-trole de acesso a reas restritas, exis-tem mecanismos de deteco d~pres-so exercida quando da assinatura defichas, mapeamento das veias ocula-res e a confrontao com gabaritos,cartes magnticos perceptveis dis-tncia, placas metlicas sob o piso de-tectando a presso exercida pelo an-dar, elementos sensores de calor etc.Entretanto, por mais sofisticadosque sejam os sistemas, ainda no in-ventaram os que funcionam sem o ho-

    mem. bem verdade que o computa-dor controla quase tudo hoje em dia,porm tem que ter algum que o pro-grame. Por essa razo, o que poderiaser o mais simples elemento do nOS7so complexo sistema no o , visto tra.tar-se do homem. Esse componentecomporta-se ou age de diferentes ma-neiras, de acordo com o momento, in-viabilizando a concepo de sistemainfalvel.Como se no bastasse esse fato, osnossos meios de comunicao, prin-cipalmente a televiso, levam aos nos-sos laresmirabolantes projetos de des-truio da coisa alheia, atravs de sa-botagens, invases etc., transforma-dos de mera fico em realidade con-tinuamente, por mentes deturpadas.As estrias policiais esto repletas defatos ocorridos imitando situacespassadas nas telas das televises.Vigilncia dereas internasI A I maioroumenorcomplexidadetribuda atividade de vigiln-cia depende, fundamentalmente, dasobstrues viso do vigilante, pos-sibilidades de refgio, luminosidadeinterna, tipo de operao executada,densidade populacional e de equipa-mentos etc. Por essas razes, a vigi-lncia executada em reas internas sempre maisdifcilde ser feita, alm deexigir um maior conhecimento tcni-co por parte dos vigilantes, os quaisdevem ser capazes de detetar e iden-tificar falhas e situaces anormais emequipamentos e ins'talaes, alm desaber integrar-se perfeitamente aoambiente.

    o vigilahte no uma vedete o...estrela que fica desfilando peloscorredores da empresa postandoostensivamente uma arma, ou exi-bindo os seus msculos, mas, sim.um funcionrio da empresa treina-do para detectar situaes anor-mais ou inibir aes predatriascontra o patrimnio da empresa.Nas reas internasa vigilnda de-ve serexecutada da seguinte forMa:Vigilncia durante o horrio deexpediente

    Durante o horriode expedief"\tev-rios so os problemas normalrner'teencontrados pejos vigilantes, dertreos quais destacam-se a maior aglorne-raco de funcionrios e o trabalhoco'ntnuo dos equipamentos e Maqui-nismos.Uma rotina de trabalho sugeridanessas situaes a seguinte:a) vigilncia executada por rOf"\dasmveis;b) verificao do sistema de fecha-mento de aberturas;c) inspeo visual dos equipamen-tos de detecco e combate a incn-dios; ,d) inspeo nos corredores e circu-laes de pessoal e material de formaa evitar obstrues que dificultem aevacuao das reas'e) verifica co de situaces anor-mais nos equipamentos e instalaes(falta de dispositivos de proteo doscircuitos, vazamentos, superaqueci-mentos, produo anormal de fagu-lhas, produo de fumaa etc.);f) verificao das placas de sinali-zaco, controles e avisos (atravs dasplcas consegue-se obter a informa-o necessria ao comando dos equ-pamentos. A ttulo de curiosidadelembramos que ainda existem pessoas

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    que sentem prazerem danificar avisas,au mesma retir-Ias para guardar ca-ma sauveniers);g) acampanhamenta das serviasdas aperrias, natadamente as dasempresas cantratadas, abjetivandainibi-Ias quanta iniciativa de aespredatrias;h) check-up das dispasitivas ele-trnicas de vigilncia e segurana;j) check-up das sistemas de ilumi-nao., principalmente as de emergn-cia, analisanda-se as luminrias, pra-jetares, dutas, tamadas e baterias. impartante que a vigilncia sejaexecutada par hamens desarmadas,em rondas cam intervalas de tempo.nunca superiores a trs haras.Vigilncia fora do horrio deexpediente

    Aps as jarnadas de trabalha a ro-tina a ser adatada pelas vigilantes sa-fre uma brusca transfarmaa, em de-carrncia da menar mavimentaa depessaal, paral isao. das equipamen-tas, maiar silncio. etc.A metadalagia de trabalha sugeri-da a que se segue:a) vigilncia feita par hamens ar-madas e cam sistema de radiacamu-nicadar;b) verif ica co. e testes das sistemasde fechamento. d~ aberturas e passa-gens;c) inspeo. visual nas equipamen-tas de detecca e cambate a incn-dias; ,d) inspeo. em tadas as carreda-resevias de circulao., no.se permi-tindo. asabstrues, mesma que pra-visrias;e) verificaca das candices demanuteno. de tadas as placa's de avi-sas;f) verificaca de situaces anar-mais nas equipamentas e instalaes;g) check-up nas quadros e painisde cantrale, verificanda-se as candi-es de anarmalidade;h) rondas em intervalas de tempo.nunca superiares a uma hara;j) check-up das dispasitivas eletr-nicas de segurana;

    j) check-up da sistema de ilumina-o.de emergncia;I) verificao. das depsitas de l-quidas e gases, principalmente ascantenda pradutas perigasas (infla-mveis, explasivas, carrasivas), visan-do.detectar vazamentas.Durante aexecuca de suastarefasas vigilantes devm camunicar-secam a respansvel pelaequipe atravsde radiacamunicadar, em intervalasde tempo.nunca superiares a 30minu-tas, transmitindo. uma senha parasi-tuaes narmais e autra para situa-es anarmais.28 FUNENSEG

    Aps a passagem da servio. a vi-gilante dever apresentar um relatrio.cantenda infarmaes acerca dasanarmalidades encantradas e as pra-vidncias tamadas para san-Ias. naite a nmero de vigilantes de-ve ser sempre superiar ao. existentedurante a dia, em cerca de 50%.Dimensionamento da equipeefetiva para controle de reasinternas

    Parquestesde simplifica

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    em todas as contrues os espa-os ocupados por maquinismos, equi-pamentos e instalaes no so supe-riores a 40% da rea total.Paraum dimensionamento de equi-pe fica difcil analisar-se todos essesdados de par si e atingir-se um deno-minador comum. Por isto, em nossoprocesso, fizemos a seguinte tabula-co:. rea construda, distribuda emuma nica edificaco - fator 1,0; rea construida, distribuda emvrias edificaces - fator 0,7.Com o fator determinado, verifi-ca-se na tabela a seguirqual a reamximaconstruda,admitidaparaca-da vigilante,em efetivoservio:Fig.3

    pequenaum nvel.mais de um

    6.000 m25.000 m2

    Densidade pequena aquela na'quala rea ocupada por maquinismos,equipamentos ou instalaes estcompreendida entre Oe 20% da reatotal construda, avaliada pela proje-o dos equipamentos no solo.Densidade mdia a correspon-dente ao intervalo entre 21 e 40% darea total construda.Densidade grande aquela na qualo somatrio da projeo das reas dosequipamentos, maquinismos e insta-laes superior a 40% da rea totalconstruda.No nosso. exemplo tem-se que: rea total construda: 46..000m2 densidade de ocupao: 40%(mdia) ,mais de um nvel vrias construes: fator 0,7Com os dados acima, entra-se natabela da figura 3 e obtem-se 3.000m2.3.000m2xO,7 = 2.100m2paraca-da vigilante.46.000 m2 : 2.100 m2 = 21,9 vigi-lantes (considera-se 22).Tendo emvista que os mesmos seacham distribudos em trs turnos, eo da noite com no mnimo mais de50% de pessoal, chega-se ao seguin-te resultado:1? turno: a - 22 = 3,5a - 1?tur-no: 6 vigilantes.2? turno: a - a = 6,3 (considerar6) - 2? turno: 6 vigilantes.3? turno: a + 0,5 a - 3? turno: 10

    vigilantes.Total = 3,5 a.

    mdiatuais faltas ao servio e escala de f-rias.A cada turno de servico deve serfeito um relatrio de ocorrncias pelochefe da equipe de vigilantes, conten-do todas as anormalidades e fatosocorridos em seu turno. No turno danoite esse relatrio dever conter osrelatos das principais comunicaesfeitas pelos vigilantes em ronda, comoo horrio em que essas foram feitas.

    grande4.500 m23.000 m2

    3.000 m21.500 m2

    Esse nmero mnimo no inclui opessoal de reserva, para suprir even-

    RElATORIO DE OCORRNCIA POR TURNO DEVIGilNCIACHEFEDAEQUIPE

    HORA/COMUNICAOESMPRESA

    COMPONENTES DA EQUIPE

    OCORR~NCIAS/LOCAlIHORA

    ASSINATURA

    Fig.4 - Modelo de relatrio de ocorrncias por turno de vigilncia.

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    Controle dasinstalaes eedificaesdurante e apsas jornadas deservIofEl m qualquer empresa o contro-~ le sobre as condies de fun-cionamento e manuteno executa-do pela rea industrial. Notocante aocontrole com vistas segurana patri-monial esse deve ser exercido pelo se-tor de segurana. sempre difcilfa-zer-se essa diviso de atribuies por-que os interesses se conflitam. A reaindustrial cuida da produtividade e efi-cincia das instalaes, cabendo rea de segurana evitar que as mes-mas sejam atingidas por atos desabotagem.Como dissemos anteriormente, ca-be ao setor de segurana patrimoniala fiscalizao dos bens, evitando queos mesmos sejam atingidos por aesdanosas. Assim sendo, durante suas'rondas, qualquer situao de anorma-lidadedeve ser comunicada de imedia-to rea responsvel, para as provi-dncias necessrias. Como o objetivodo servico no o de se executar re-paros, mas, sim, o controle da rea, ainspeo de anormalidades semprevisual. Excepcionalmente o vigilantepode executar algum servio, como,por exemplo, o fechamento de umavlvula deixada inadvertidamenteaberta..Controle sobreas instalaes

    As instalaces normalmente en-contradas em indstrias so as seguin-tes: gua potvele gua industrial; luz e fora; esgoto sanitrio e industrial; ar comprimido; gases industriais (oxignio, ace-tileno, hidrognio, gs carbnico); leos combustveis e inflam-veis; vapor; vcuo; etc.Cada uma dessas instalaes pos-sui caractersticas diferentes e formasde controle diferenciadas. As situa-es de anormalidades que podem serobservadas durante uma inspeo vi-sual so:30 FII"iE'N:G

    vazamentos; amassamentos;. flexode tubulaes pela ausn-cia de suportes; perda de envoltrios trmicos;. rompimentos;. falta de equpamentos (cone-xes, registros, vlvulas etc.);. ligaes aparentes sem isola-mento;. ausncia de dispositivos de pro-teo (disjuntores, fusveis).Em particular, pode-se enfocar asinstalaes eltricas, principalmenteas chaves disjuntoras. Algumas vezes,por sobrecarga na instalao, costu-ma-se substituir os fusveis ou disjun-tores por moedas, arames, palha deao, fios de cobre, papellaminado decigarro etc., que s prejudicam a ins-talao, podendo mesmo vira ser res-ponsvel por curtos-circuitos.O vigilante dever ter o bom sensopara entender o que uma situaoanormal e acionar de imediato o setor

    responsvel, para as providncias ca-bveis. Apenas como carter informa-tivo e para facilitar a perfeita identifi-cao das tubulaes e os seus vriosusos, fornecemos o cdigo de coresindicadas na segurana do trabalho epara tubulaes, baseado nas normasda Associaco Brasileira de NormasTcnicas (ABNT): vermelho - sistemasde comba-te a incndio;. alaranjado- produtos qumicosno gasosos, em geral; amarelo - gases no liquefeitos;. verde claro - gua em geral; azul - ar comprimido; --

    1-

    .marrom- materiaisfragmenta-dos (minrios);. cinza claro - vcuo;. cinzaescuro - eletrodutos;. branco - vapor dgua;. preto - inflamveis e combust-veis de alta viscosidade; alumnio - gases liquefeitos,in-flamveis e combustveis de baixa vis-cosidade.Controle sobreas edificaes

    Da mesma forma como no contro-ledas instalaes, o controle sobre asedificaes, executado pelo setor desegurana patrimonial, apenas vi-sual, tendo por meta evitar aes pre-datrias contra o patrimnio da em-presa. Considera-se como fazendoparte das edificaes no s a cons-truo, como tambm as melhorias aelas incorporadas.Os principais itens a serem obser-vados so os seguintes: pisos;. paredes internas e externas;. estruturas da construo (colu-nas, vigas, lajes);. aberturas internas e externas;. dispositivos de isolamento con-tra fogo (porta corta-fogo e paredecorta-fogo); proteo contra a entrada de es-tranhos; telhado e travejamento.Asanormalidades encontradas de-vem ser comunicadas de imediato eanotadas no relatrio dirio, elabora-do aps o turno de trabalho.. .I'. :t--- . ...r

    .

    A segurana deva avitar atos da sabotagem na raa industrial

    - - ---

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    . ,,--Jf 12:t..'"

    Nas situaes de emerglncia, a equipe de segurana deve iso/ar as reds afetadas

    Controle desituaesde emergnciarc' onstituem situaes de emer-~ gncia aquelas que pela suaexistncia e gravidade podem pr emrisco a sade ou a vida de terceiros.So exemplos de situaes deemergncia: artefatos explosivos (bombas); incndios; acidentes pessoais, incluindocri-mes; acidentes envolvendo as instala-es e edificaes (exploses de equi-pamentos, acidentes eltricos, rompi-mento de tubulaes, desabamentos,vazamento de efluentes); inundao e alagamento; seqestros; sabotagens; roubos e assaltos; contaminao ambienta I; vazamentos de produtos txicos,inflamveis ou corrosivos.A equipe de Segurana Patrimonialdeve estar preparada para prestarapoio a cada uma dessas situaes. Oseu envolvimento nunca direto, ex-cetuando-se em casos da existnciade artefatos explosivos, seqestros,sabotagens, roubos. Afora estes, suaparticipao a do isolamento e con-trole das reas afetadas e a evacuaodos locais.Attulode ilustraovejamosalgu-mas desss situaes, imaginandoque ocorram durante o expediente

    normal, situao essa a mais crticaquanto segurana das pessoas.Artefatos explosivos

    A colocao de bombas, visando aintimidao, obteno de vantagensfinanceiras ou sabotagens cria sempreuma situao de pnico, bastante pre-judicial e de difcil controle.Os artefatos explosivos so forma-dos por uma substncia explosiva, s-lida (granulada ou no) ou pastosa,com um elemento detonador (mec-nico, eltrico, eletrnico ou manual).Sua aparncia no deve servir comoelemento comparador de seu poder dedestruico.As p'rovidncias a serem tomadaspelo setor de segurana patrimonialso as seguintes: verificar a exata localizao doartefato e as caractersticas visuais domesmo, procurando fazer com que omesmo no seja tocado ou deslocado; avisar polcia civil ou militar; criarum cordo de isolamento aoredor da rea, formando uma regiodesegurana ao redor do artefato; providenciar a desocupao dolocar, encaminhando as pessoas paraum local seguro, at que novas ordensvenham a ser dadas; oartefato somente deve serma-nuseado pela polciamilitarou do exr-cito, a qual poder optar pela sua re-moo imediata ou sua desmonta-gem; antes de a rea ser liberada deve-

    r sofrer uma completa varredura, comvista a detectar-se qualquer outraanormalidade; aps a liberaodareapelapo-lcia,encaminhar os funcionrioss

    suas atividades normais; acompanhar posteriormente odesenvolvimento dos servios no fo-cal, principalmente quanto ao com-portamento dos funcionrios.Incndio

    Ocorrendo um incndio, ou umprincipiode incndio, vrias so as ati-vidades que devem ser iniciadas deimediato e simultaneamente: identificao do locale do tipo defogo; aviso brigada de incndio pr-priaou guarnio do Corpo de Bom-beirosmais prxima, em funo da ex-tenso do incndio; evacuao do local; criao de um cordo de isola-mento ao redor da rea atingida; deslocamento dos equipamen-tos de combate a incndio-para o lo-cal; incio do combate ao incndio,apoiando as atividades da brigada deincndio;. retirada de materiais e equipa-mentos valiosos, situados prximo aofogo, se houver possibilidade.Caber unicamente ao chefe da bri-gada de incndio a responsabilidadepela avaliao das condies do fogoe as possibilidades do mesmo vira las-trar-se a outras reas, e, com isso, avi-sar ou no guarnio do Corpo deBombeiros mais prxima.A evacuao do local do incndiopode ser executada contando-se como auxlio do grupo de apoio existentena rea, treinado para essas ocasies.

    O encaminhamento do pessoalevacuado ser feito para um local se-guro, quer quanto incidncia de ca-lor radiante, quer quanto possibilida-de de intoxicao por fumaas e ga-ses txicos, e afastado dos centros deatividades e das rotas de deslocamen-to. O isolamento da rea afetada pelofogo poder ser conseguido forman-do-se cordes de isolamento. Emui-to importante que na rea de ataqueao fogo s estejam as pessoas emcondies de combat-Io. Durante oisolamento no deve ser permitido oingresso de pessoas que desejem rea-ver os seus objetos de uso pessoal.Aps o rescaldo a rea atingida de-ver ser mantida isolada para fins depercia tcnica e apurao das causasdo incndio. Nessa ocasio a segura-dora djls instalaes ser comunicadaoficialmente, sendo solicitada imedia-ta inspeo no local sinistrado e a libe-rao da rea afetada.Emprincpio, o combate ao incn-dio deve feito ser pela brigada de in-cndio. Porm, como o pessoal da Se-gurana Patrimonialtem conhecimen-

    CADERNOSDE SEGURO 31

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    Em caso de acidente, a responsabilidade do Servio Especializado em Segurana, Higiene e Medicina do Trabalhotos especficos e treinamento adequa-do, poder auxili-Ia.Acidentes pessoais,incluindo crimes

    Os acidentes sem gravidade, ocor-ridos em indstrias, so os mais co-muns, consistindo de luxaes, into-xicaes leves, arranhaduras e esfola-duras, picadas de insetos ou animaisdaninhos, especialmente vetores. En-tretanto, no estamos descartando apossibilidade da existncia de fraturasmltiplas, leses por objetos pontea-gudos, queimaduras de 2?e 1?graus,intoxicaes graves pneumnicas etc.O que fazer nessas situaes?Emprincpio, havendo Servio Es-pecializado em Segurana, Higiene eMedicina do Trabalho, a responsabili-dade pelo atendimento ao acidentadoser unicamente desse servio.Dificilmente poder ocorrer dos vi-gilantes terem de prestar os primeirossocorros. Porm, o exigido da equipede vigilncia o isolamento da reaonde o acidentado seencontra e a ga-rantiade sua remoo para um localdeatendimento mais adequado, sob asuperviso de um mdico ou de um-enfermeiro.Aps a remoo do acidentado, e

    em conjunto com o setor de seguran-a do trabalho, devero ser apuradasas causas do acidente, sobretudo emapuraes de casos de sabotagens oucrimes. O resultado da apurao deve-rconstar do Livrode Ocorrncias e daFicha do Funcionrio.A ocorrncia de bito, seja ou nopor crime, sempre mais trabalhosa,haja vista que a polcia dever ser no-tificada de imediato, no podendo serdesfeito o local at a liberaco defini-tiva pela polcia. .Vazamentos de efluentese contaminao ambiental

    Efluentes so todos os despejos re-sultantes de um dado processamento.Podem ser slidos, lquidos ou gaso-sos. Tem-se os efluentes resultantesdo processo industrial, da mesma for-ma que os derivados de cozinhas ousanitrios.Independente de sua origem, osefluentes antes de serem lanados nomeio exterior sofrem um processo dedepurao e tratamento. Esses pro-cessos de tratamento variam de acor-do com o tipo de material a ser trata-do, sendo alguns: lavadores de gases,filtros manga, ciclones, precipitado-res, valas de infiltrao,decantadores,

    aeradores, gradeamento etc.Eventualmente, por uma falha noprocesso, no sistema de tratamentoou condies ambientais adversas, hpossibilidade dos efluentes vazarempara o meio exterior, contaminando oambiente. Periodicamente, surgemnotcias nos jornais a respeito de in-dstrias que poluramdeterminado rioou cidade, com grandes prejuzos fi-nanceiros.Cabe ao setor de Segurana Patri-monial, aps ser cientificado do vaza-mento, como rgo de apoio, verificara extenso dos danos e as reas atin-gidas. muito comum surgirem recla-maes de pessoas que no foramatingidas s porque a regio em quemoram o foi. H sempre uma tendn-cia das pessoas de tirarem proveito desituaes envolvendo empresas degrande porte.Em nosso prximo artigo conclui-remos a nossa srie, abordando: iluminao ambiental externa; condies de limpeza externa; controlede documentos; anlise de pontos crticos; dimensionamentoda equipe desegurana patrimonial; barreiras de proteo.

    o