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Programa de Monitorização da Lagoa de Óbidos e do Emissário Submarino da Foz do Arelho CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA: COMUNIDADES BENTÓNICAS E ICTIÍCAS DA LAGOA DE ÓBIDOS

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Programa de Monitorização da Lagoa de Óbidos e do Emissário Submarino da Foz do Arelho

CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA: COMUNIDADES BENTÓNICAS E ICTIÍCAS DA LAGOA DE

ÓBIDOS

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INDÍCE 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 1

2. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE BENTÓNICA.................................................... 3

2.1. LISTA DE ESPÉCIES .................................................................................................. 3 2.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ESPÉCIES ............................................................... 4 2.3. VALOR COMERCIAL................................................................................................. 12

3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ICTIÍCA .......................................................... 13

3.1. LISTA DE ESPÉCIES ................................................................................................ 13 3.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ESPÉCIES ............................................................. 21 3.3. VALOR COMERCIAL................................................................................................. 22

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 23

5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ..................................................................................... 24

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INDÍCE DE TABELAS

Tabela 1- Filo,Classe,Familia, Espécie e Nome comum da fauna recolhida com ganchorra na

Lagoa de Óbidos. ................................................................................................................. 3

Tabela 2 - Considerações sobre as espécies de bibalves mais importante na Lagoa de Óbidos

(Fonseca et al., 2002)........................................................................................................... 6

Tabela 3 - Família, Espécie, Nome comum, Abundância e Valor comercial da fauna ictiológica

da Lagoa de Óbidos. Legenda: R-Raro; M-Média Abundância; A- Abundante. ................ 13

Tabela 4 – Valor comercial para as diferentes espécies existentes na Lagoa de Óbidos. ........ 22

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1. INTRODUÇÃO

Os sistemas lagunares ocupam cerca de 13% do litoral mundial, constituíndo um elemento

importante no ambiente costeiro. O seu potencial de elevada produtividade e a sua importância

como viveiro para muitas espécies ictiícas fazem destes habitats locais privilegiados para a

exploração pesqueira, sendo, por isso, muito importantes para o Homem. Por este motivo são

actualmente considerados essenciais ao património nacional de um grande número de países

(Correia, 1995).

Em termos biológicos, as condições normalmente encontradas nas lagoas litorais permitem

que, globalmente, a sua produtividade seja comparável à dos estuários e deltas, e se encontre

entre as mais elevadas da Biosfera. Constituem assim, ecossistemas altamente produtivos,

exportando normalmente para o mar, a energia biológica excedentária. Desta forma e à

semelhança dos estuários, as lagoas litorais contribuem para o enriquecimento das zonas

marinhas que lhes são adjacentes. Neste aspecto, a comunicação entre a lagoa e o mar

reveste-se de primordial importância já que é através da abertura que as trocas se dão (Costa

et al, 1994).

Sendo ecossistemas de transição entre as águas marinhas e as continentais, as lagoas são

constituídas por um mosaico de meios ao qual correspondem vários nichos ecológicos

diferentes e extremamente complexos. Desde há muito tempo que se reconhece a importância

dos meios lagunares na qualidade de viveiro de juvenis de peixes euritermicos e eurihalinos

que se reproduzem no mar e que, nas primeiras fases do seu ciclo de vida, efectuam

migrações limitadas no tempo e no espaço para estes meios. Os juvenis encontram nestes

locais protecção contra os predadores (pouca profundidade das aguas, coberto de algas) e

alimentação (abundância de alimento devido à riqueza em recursos tróficos) (Moura, 1994).

A zonação dos organismos no meio lagunar faz-se de acordo com as suas características

físico-químicas (temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido, pH, concentração de matéria

orgânica e nutrientes), desde a embocadura, onde se instalam povoamentos tipicamente

marinhos, passando por regiões intermédias de povoamentos lagunares, podendo atingir a

montante, em casos extremos povoamentos dulçaquicolas (Moura, 1994).

A Lagoa de Óbidos é um sistema lagunar com inegável valor ecológico e paisagístico, cujos

valores faunisticos lhe valeram o reconhecimento de um biótopo CORINE (C12 100067). É

também um ecossistema importante para a economia da região, tanto pela exploração dos

seus recursos naturais, como pela utilização recreativa, principalmente na época de verão,

quando a população aumenta significativamente (Correia, 1995).

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A lagoa é conhecida pela sua riqueza em bivalves, nomeadamente em berbigão e amêijoa que

outrora eram grande fonte de rendimento dos pescadores locais, que utilizando artes de pesca

artesanais retiravam das areias da lagoa o seu sustento. Hoje, devido a factores como a

poluição e a falta de vigilância por parte das autoridades, este tipo de actividade encontra-se

ameaçado, pois estas espécies tendem a tornar-se cada vez menos frequentes. A lagoa

suporta ainda uma comunidade piscatória que se dedica à exploração dos recursos piscícolas,

principalmente enguia e taínhas (Correia, 1995).

Este trabalho foi feito no âmbito do Projecto de Monitorização da Lagoa de Óbidos e do

Emissário Submarino da Foz do Arelho, tendo como principal objectivo apresentar um

levantamento das comunidades bentónicas (dando principal ênfase aos moluscos bivalves) e

da comunidade ictiica da Lagoa de Óbidos. Para tal analisou-se a bibliografia existente sobre

esta matéria. No que se refere à caracterização da comunidade bentónica, os dados

apresentados neste trabalho foram obtidos a partir do relatório final de caracterização

ambiental da Lagoa de Óbidos realizado pelo IPIMAR no âmbito de um protocolo de

colaboração estabelecido entre o INAG e o IPIMAR com vista a avaliar os impactes

decorrentes da realização de dragagens de reabilitação da Lagoa de Óbidos. Os dados

respeitantes à situação de referência para a fauna ictiica foram obtidos através de consulta dos

dados bibliográficos existentes para o local.

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2. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE BENTÓNICA

2.1. LISTA DE ESPÉCIES

Na Tabela 1 apresenta-se a lista de taxa recolhidos com ganchorra na Lagoa de Óbidos.

Tabela 1- Filo,Classe,Familia, Espécie e Nome comum da fauna recolhida com ganchorra na Lagoa de Óbidos.

Filo Classe Familia Espécie Nome comumNereis longissimaNephtys hombergii

Nephtys cirrosaMelinna palmata

Diopatra sp. CasuloGlycera tridactyla

Sternaspis sp.Eteone foliosa

Sipunculidae Sipunculus nudus SalsishaEuspira guillemini

Gibbula cf. cinerariaGibbula umbilicalisHaminoea navicula

Littorina littoreaNassarius reticulatus

Philine apertaPinnidae Pina fragilis PinaLucinidae Loripes lucinalis

Cerastoderma edule BerbigãoCerastoderma glaucum

Spisula solida Amêijoa-brancaSpisula subtruncata

Solenidae Solen marginatusTellinidae Tellina tenuisDonacidae Donax trunculus Conquilha

Scrobiculariidae Scrobicularia plana LambujinhaSemelidae Alba abra

Venus striatulaTapes decussatus Amêijoa-boaVenerupis aurea

Venerupis pullastra Amêijoa-machaMyidae Mya arenaria

Corbulidae Corbula gibbaDiogenes pugilatorPagurus prideuax

Atelecymus undecimdentatusCarcinus maenas Caranguejo-verde

Liocarcinus cf vernalisPirimela denticulata

Echinocardium cordatumPsammechius miliaris

Veneridae

Mactridae

Cardidae

CrustaceaArthropoda

Annelida Polychaeta

Mollusca Gastropoda

Bivalvia

Echinodermata Echinoidea

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2.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ESPÉCIES

No que se refere a espécies não bivalves, apenas duas, o gastrópode Nassarius reticulatus e o

decápode Carcinus maenas foram alvo de uma análise mais detalhada. A espécie Nassarius

reticulatus, embora apresente uma distribuição por quase toda a área da laguna, verifica-se

uma clara predominância junto à embocadura (sedimentos de características arenosas),

diminuindo o número de indivíduos capturados para o interior cujo sedimento é de natureza

vasosa. A distribuição de Carcinus maenas, embora repartida pela área lagunar, parece

apresentar preferência pela zona central, quer em número quer em biomassa (Fonseca et al.,

2002).

No que se refere aos bivalves, foram identificadas 17 espécies, pertencentes a 12 famílias,

sendo as famílias mais representativas Veneridae, Cardiidae e Mactridae. As espécies que

apresentam uma maior área de distribuição na Lagoa de Óbidos são, por ordem de

importância, o berbigão (Cerastoderma edule), a amêijoa-boa (Tapes decussatus) e a

lambujinha (Scrobicularia plana). Em termos de tipo de sedimento verificou-se uma maior

riqueza especifica nos sedimentos vasosos (12 espécies) do que nos sedimentos arenosos (10

espécies). Das espécies recenseadas, 7 foram capturadas exclusivamente em sedimentos

vasosos (Cerastoderma glaucum, Corbula gibba, Loripes lucinalis, Mya arenaria, Pinna fragilis,

Scrobicularia plana e Solen marginatus) e 5 em sedimentos arenosos (Donax trunculus,

Spisula solida, Tellina tenuis, Venerupis aurea e Venus striatula). No que respeita às espécies

com maior interesse económico na Lagoa – ameijoa-boa, ameijoa-macha e berbigão – estas

ocorreram tanto em sedimentos arenosos como em sedimentos vasosos (Fonseca et al.,

2002).

Em termos de números de indivíduos as espécies mais representadas parecem ser

Cerastoderma edule (berbigão), Scrobicularia plana (Lambujinha) e Venerupis pullastra

(amêijoa-macha) que, no seu conjunto perfizeram 95% das capturas em número de indivíduos

Também as capturas em peso foram dominadas pelo berbigão (68%), seguido da lambujinha

(15%), da amêijoa boa (7%), das Pinas (5%), e da amêijoa-macha (2%). As restantes 11

espécies apenas contribuíram com 3% para o total das capturas em peso (Fonseca et al.,

2002).

Os locais que apresentaram uma maior abundância de bivalves foram os localizados na área

compreendida pela abertura da Lagoa e a Pedra da Ara, no braço da Barrosa, frente ao Bico

dos Corvos e no braço do Bom Sucesso (Fonseca et al., 2002) (Figura1).

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Figura 1:

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Apresenta-se de seguida, na Tabela 2, uma breve consideração para algumas das espécies de

bivalves mais importantes na Lagoa Óbidos.

Tabela 2 - Considerações sobre as espécies de bibalves mais importante na Lagoa de Óbidos (Fonseca et al., 2002).

Berbigão

Ao longo de toda a lagoa foram localizados três bancos desta espécie: frente à Cruz do Facho; na zona da Brunheira; e entre o Casalinho da lagoa e o Bico dos Corvos (Figura 2). Em qualquer destes bancos as populações de berbigão são constituídas maioritariamente por indivíduos subdimensionados, ou seja, com comprimento abaixo do mínimo legal (25 mm)

Amêijoa-boa

Tendo em conta o tipo de sedimento, podemos distinguir dois bancos desta espécie: um banco que se estende desde a Cruz do Facho até à Ponta do Bração, localizado em fundos tipicamente arenosos, e outro menos extenso que abrange a área compreendida pela Ponta das Canas e a Ponta do Espichel, cujo sedimento é vasoso. O primeiro banco é o que tem maior expressão, quer em termos de número de indivíduos capturados quer em biomassa (Figura 3). À semelhança dos bancos de berbigão, ambos os bancos de amêijoa boa são constituídos quase na sua totalidade por indivíduos de pequenas (com comprimentos inferiores a 25mm)

Amêijoa-macha

Embora a amêijoa-macha possa ocorrer tanto em sedimentos arenosos como em sedimentos vasosos, apenas forma obtidos rendimentos de pesca significativos nas zonas com fundos de areia. O banco desta espécie é constituído na sua totalidade por indivíduos com comprimentos abaixo do mínimo legal estipulado para esta espécie (38mm). Apenas foi localizado um banco desta espécie na zona compreendida entre o Juncal do Armazém e a Ponta do Bração (Figura 4).

Amêijoa branca

A amêijoa branca, sendo uma espécie tipicamente de areia e com afinidade marinha, apenas capturada na zona de entrada da lagoa, entre a Cruz do Facho e a Pedra Furada (Figura 5). Contudo, os rendimentos de pesca foram baixos. Ao contrário das espécies analisadas anteriormente, o banco de amêijoa branca é composto, na sua maior parte, por indivíduos com tamanho mínimo comercial, ou seja, com comprimentos acima dos 25mm

Lambujinha

A lambujinha apenas foi capturada em sedimentos vasosos. Na lagoa, esta espécie pode ser capturada no Braço da Barrosa e entre a Ponta da Ardonha e a Ponta Branca. As maiores densidades foram observadas à saída do braço da Barrosa (Figura 6). A fracção da população correspondente aos espécimens acima do tamanho mínimo de captura (25mm) foi cerca de 71%

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Figura 2

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Figura 3

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Figura 4

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Figura 5

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Figura 6

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2.3. VALOR COMERCIAL

Apenas os bivalves (17 espécies) apresentam um valor económico real. Para além dos inclui

dos neste grupo, apenas outros três taxa poderão ser considerados comerciais, embora se

desconheça se são ou não explorados na Lagoa de Óbidos: um poliqueta (o casulo, Diopatra

sp), um sipunculideo (a salsisha, Sipunculus nudus) e um crustaceo braquiuro (o caranguejo-

verde, Carcinus maenas).

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3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ICTIÍCA

3.1. LISTA DE ESPÉCIES

Após consultada a bibliografia disponível, foram identificadas 52 espécies, distribuídas por 22

famílias. Na Tabela 3 é apresentada a lista destas espécies, bem como a sua abundância e o

seu valor comercial.

Tabela 3 - Família, Espécie, Nome comum, Abundância e Valor comercial da fauna ictiológica da Lagoa de Óbidos. Legenda: R-Raro; M-Média Abundância; A- Abundante.

Familia Espécie Nome comum Abundância Valor comercial

Alosa fallax Savelha R SimSardina pilchardus Sardinha A Sim

Engraulidae Engraulis encrasicolus Biqueirão M SimAnguillidae Anguilla anguilla Enguia-europeia M SimBelonidae Belone belone Peixe-agulha R Não

Hippocampus hippocampus Cavalo marinho R NãoSyngnathus acus Marinha comum A Sim

Moronidae Dicentrarchus labrax Robalo-legitimo M SimMullidae Mullus surmuletus Salmonete-legitimo R Sim

Diplodus sargus Sargo-legitimo M SimDiplodus vulgaris Sargo-safia R SimPagellus acarne Besugo-legitimo R Sim

Pagellus bogaraveo Goraz R SimSarpa salpa Salema R Sim

Sparus aurata Dourada R SimSpondyliosoma cantharus Choupa M Sim

Ctenotabrus rupestris Bodião rupestre NãoLabrus bergyta Bodião reticulado R NãoLabrus viridis Bodião tordo R Não

Symphodus bailloni Bodião A NãoSymphodus melops Bodião vulgar R Não

Ammodytidae Ammonytes tobiannus Galeota menor NãoTrachinidae Echiichthys vipera Peixe aranha menor Não

Gobius niger Caboz negro A NãoGobius paganellus Caboz da rocha R Não

Pomatoschistus knerii Caboz R NãoPomatoschistus microps Caboz M NãoPomatoschistus minutus Caboz da areia R NãoPomatoschistus pictus Caboz-transparente R Não

Callionymus lyra Peixe pau lira NãoCallionymus maculatus Peixe pau malhado M Não

Coryphoblennius galerita Marachomba NãoParablennius gattorugine Marachomba babosa R Não

Chelon labrosus Tainha liça M SimLiza aurata Tainha garrento A SimLiza ramada Tainha fataça A SimLiza saliens Tainha de salto R Sim

Mugil cephalus Tainha olhalvo M SimAtherina boyeri Peixe-rei do Mediterraneo Não

Atherina presbyter Peixe-rei A NãoTriglidae Trigla lucerna Cabra cabaço R Sim

Psetta maxima Pregado R SimScophthalmus rhombus Rodovalho R Sim

Bothidae Arnoglossus laterna Carta do Mediterraneo SimPleuronectidae Pleuronectes platessa Solha R Sim

Buglossidium luteum Lingua de gato M SimMicrochirus azevia Azevia M Sim

Microchirus ocellatus Azevia de malhas R SimSolea lascaris Linguado de areia R Sim

Solea senegalensis Linguado branco M SimSolea vulgaris Linguado-legitimo R Sim

Balistidae Balistes carolinensis Cangulo cinzento R Não

Atherinidae

Scophthalmidae

Soleidae

Gobiidae

Callionymidae

Blennidae

Mugilidae

Clupeidae

Syngnathidae

Sparidae

Labridae

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Os nomes comuns e imagem das respectivas famílias identificadas anteriormente, encontram-

se apresentados de seguida, permitindo assim uma melhor identificação e visualização.

Família BELONIDAE

Belone belone (Linnaeus, 1761) Peixe-Agulha

Família CLUPEIDAE

Sardina pilchardus (Walbaum, 1792) Sardinha

Alosa fallax (Lacepède, 1803) Savelha

Família ENGRAULIDAE Engraulis encrasicolus (Linnaeus, 1758) Biqueirão

Família ANGUILLIDAE

Anguilla anguilla (Linnaeus, 1758) Enguia-Europeia

Família SYNGNATHIDAE

Syngnathus acus (Linnaeus, 1758) Marinha comum

Hippocampus hippocampus (Linnaeus, 1758) Cavalo-marinho

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Família ATHERINIDAE Atherina presbyter (Cuvier, 1829) Peixe-rei

Atherina boyeri (Cuvier, 1829) Peixe-rei do mediterrâneo

Família AMMODYTIDAE

Ammodytes tobianus (Linnaeus, 1758) Galeota-menor

Família MORONIDAE

Dicentrarchus labrax (Linnaeus, 1758) Robalo-legitimo

Família SPARIDAE

Diplodus sargus (Linnaeus, 1758) Sargo-legitimo

Diplodus vulgaris (E. Geoffroy Saint-Hilaire, 1817) Sargo-safia

Pagellus bogaraveo (Brunnich, 1768) Goraz

Pagellus acarne (Risso, 1827) Besugo-legitimo

Spondyliosoma cantharus (Linnaeus, 1758) Choupa

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Sparus aurata (Linnaeus, 1758) Dourada

Sarpa salpa (Linnaeus, 1758) Salema

Família LABRIDAE

Symphodus bailloni (Valenciennes, 1839) Bodião

Ctenotabrus rupestris (Linnaeus, 1758) Bodião rupestre Labrus bergyta (Ascanius, 1767) Bodião reticulado

Labrus viridis (Linnaeus, 1758) Bodião tordo

Symphodus melops (Linnaeus, 1758) Bodião vulgar

Família GOBIIDAE

Gobius niger (Linnaeus, 1758) Caboz-negro

Gobius paganellus (Linnaeus, 1758) Caboz-da-rocha

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Pomatoschistus minutus (Pallas, 1770) Caboz-da-areia Pomatoschistus microps (Kroye, 1838) Caboz

Pomatoschistus knerii (Steindachner, 1861) Caboz

Pomatoschistus pictus (Malm, 1865) Caboz-transparente

Família CALLIONYMIDAE

Callyonimus lyra (Linnaeus, 1758) Peixe-pau-lira

Callyonimus maculatus Peixe-pau-malhado

Família BLENNIIDAE

Parablennius gattorugine (Brunnich, 1768) Marachomba-Babosa

Coryphoblennius galerita Marachomba

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Família MULLIDAE

Mullus surmuletus (Linnaeus, 1758) Salmonete-legitimo

FamiliaMUGILIDAE

Mugil cephalus (Linnaeus, 1758) Taínha-olhalvo

Chelon labrosus (Risso, 1826) Taínha-liça

Liza ramada (Risso, 1826) Taínha-fataça

Liza aurata (Risso, 1810) Taínha-garrento

Liza saliens Taínha-de-salto

Família TRACHINIDAE

Echiichthys vipera (Cuvier, 1829) Peixe-aranha-menor

Família TRIGLIDAE

Trigla lucerna (Linnaeus, 1758) Cabra-cabaço

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Família SCOPHTAMIDAE

Psetta maxima (Linnaeus, 1758) Pregado

Scophthalmus rhombus (Linnaeus, 1758) Rodovalho

Família BOTHIDAE

Arnoglossus laterna (Walbaum, 1792) Carta-do-mediterrâneo

Família SOLEIDAE

Buglossidium luteum (Risso, 1810) Lingua-de-gato

Solea solea (Quensel, 1806) Linguado-legitimo

Solea lascaris Risso, 1810 Linguado-de-areia

Solea senegalensis (Kaup, 1858) Linguado-branco

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Microchirus azevia (Risso, 1810) Azevia

Microchirus ocellatus Azevia-de-malhas

Família PLEURONECTIDAE

Pleuronectes platessa (Linnaeus, 1758) Solha

Família BALISTIDAE

Balistes carolinensis (Gmelin, 1789) Cangulo-cinzento

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3.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ESPÉCIES

A fauna ictiológica da Lagoa de Óbidos é constituída por espécies que utilizam a lagoa de

forma diferente ao longo do seu ciclo de vida. Assim, as espécies das famílias Syngnathidae,

Gobiidae e Engraulidae podem ser consideradas residentes na lagoa, já que aí realizam o seu

ciclo de vida completo, inclusivé a reprodução. A Savelha é um migrador anádromo, uma vez

que é uma espécie marinha que se reproduz nos rios. Já as Taínhas e a Enguia são

migradores catádromos, reproduzem-se no mar mas o seu crescimento dá-se nos cursos de

água doce ou ambientes salobros.

Outras espécies como a Sardinha, o Robalo, o Salmonete, os Linguados e os Sparideos são

espécies que se reproduzem no mar, mas cujos juvenis se deslocam para as águas salobras

onde encontram alimento e abrigo até à altura em que retornam ao mar. Podem ainda ocorrer

espécies ocasionais, características de água doce ou salgada que entram acidentalmente na

lagoa, como é o caso de alguns Pleuronectiformes.

Das 52 espécies inventariadas, apenas a enguia e a savelha apresentam um estatuto

conservacionista que lhes atribui um valor de conservação acrescido, sendo a primeira

considerada “comercialmente ameaçada” e a segunda “vulnerável” pelo livro vermelho dos

vertebrados (SNPRCN, 1991).

As famílias mais abundantes na lagoa são as Atherinidae (Peixe-rei), Mugilidae (Taínhas) e

Gobiidae (Góbios). É ainda de salientar a ocorrência de 30 espécies com valor comercial.

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3.3. VALOR COMERCIAL

Devido à composição ictiofaunistica da Lagoa de Óbidos, essencialmente constituída por

juvenis de espécies marinhas e indivíduos de espécies residentes, é possível considerar, do

ponto de vista comercial, quatro categorias distintas em função do valor comercial,

apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4 – Valor comercial para as diferentes espécies existentes na Lagoa de Óbidos. ESPÉCIES VALOR COMERCIAL

Enguia Robalo Linguados Solhas

Elevado

Clupeidae Syngnatidae Engraulidae Soleidae Pleuronectidae Triglidae Scophthalmidae Bothidae

Médio

Mugilidae Pouco Labridae Atherinidae Trachinidae Ammoditidae Gobiidae Callionymidae Blenniidae

Nenhum

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No que se refere aos povoamentos bentónicos, das 42 espécies identificadas, apenas os

bivalves apresentam um valor económico real, sendo as famílias mais deste grupo a

Veneridae, Cardiidae e Mactridae. As espécies que apresentam uma maior área de distribuição

na Lagoa de Óbidos são caracterizadas, por ordem de importância, ou seja, o berbigão

(Cerastoderma edule), a amêijoa-boa (Tapes decussatus) e a lambujinha (Scrobicularia plana).

Em termos de tipo de sedimento verificou-se uma maior riqueza específica nos sedimentos

vasosos em relação aos sedimentos arenosos.

No que se refere à fauna ictiológica da Lagoa de Óbidos verifica-se que esta é constituída por

espécies que utilizam a lagoa de forma diferente ao longo do seu ciclo de vida. As famílias

mais abundantes na Lagoa são as Atherinidae, Mugilidae (Taínhas) e Gobiidae (Góbios).

Em relação ao valor comercial das espécies, as espécies mais valiosas do ponto de vista

económico são a enguia, o robalo e as várias espécies de linguados e solhas.

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5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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Costa, M.J.; Gordo, L.; Assis, C.A.; Costa, J.L. e Almeida, P.R. (1994). Estudo de impacte ambiental (Componente ictiofaunistica) – Fixação da Embocadura da Lagoa de Óbidos ao mar. Secção de Impacte Ambiental. FCUL/DZA. N/Publicado, 41p

Duarte, A.P. & Mendonça, E. (1986). Análise do Ictioplancton da Lagoa de Óbidos. In: Contribuição para a caracterização ecológica da Lagoa de Óbidos. Relatório do INETI: 176-223 pp

Fonseca, L.C.; Gil, O.; Micaelo, C.; Pereira, P.; Gaspar, M.; Antunes, P.; Quintans, M.; Falcão, M.; Vale, C.; Moura, A.; Carvalho, S.; Leitão, F.; Santos, I.; Drago, T.; Santos, J. e Raimundo, J. (2002). Caracterização ambiental da Lagoa de Óbidos. Relatório do IPIMAR, 102 p

Gaudêncio e Guerra (1994). Povoamentos Macrozoobentónicos da Lagoa de Óbidos. Situação de Referência. Relatório do IPIMAR. 15 p

Gordo, L.S. e Cabral, H.N. (2001). The fish assemblage structure of a hydrologically altered coastal lagoon: the Óbidos lagoon (Portugal). Hydrobiologia 459: 125-133

Moura, M.I.L. (1994). Estudo da idade e do crescimento de algumas espécies de Mugilideos (Peixes, Mugilidae) na Lagoa de Óbidos. Relatório de Estágio FCUL. Lisboa, 41 p

Silva, M.A. (1994). Aspectos do crescimento e reprodução de duas espécies de góbios (Gobius niger (Linnaeus, 1758) e Pomatoschistus microps (Kroyer, 1838)) presentes na Lagoa de Óbidos. Relatório de estágio FCUL. Lisboa, 39 p

Ventura, M.A.M (1986). Estudos dos povoamentos bentónicos de areias médias envasadas e de vasa puras da Lagoa de Óbidos (Costa Oeste de Portugal). Relatório de estágio FCUL. Lisboa, 197 p

Sites da Internet:

http://www.ibss.iuf.net/blacksea/species/freelife/pisces/belbele.html

http://www.horta.uac.pt

http://nephi.unice.fr/Medifaune/HTM/list3.htm

www.fishbase.org

http://www.maestropescador.com/Fichas_peces/Indice_catal.html