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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA www.sbgg.org.br 1 Comissão de Educação Continuada

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO

CONTINUADA

www.sbgg.org.br 1 Comissão de Educação Continuada

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AUTORIZAÇÃO PARA USO

• Você está autorizado a usar esta apresentação nas seguintes condições: – Exclusivamente para uso educacional, sendo vedada

a utilização comercial – Não modificar gráficos e figuras ou utilizá-los em

outras apresentações que não a original – Citar os autores e manter a logomarca e o endereço

eletrônico www.sbgg.org.br

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COMO ABORDAR O IDOSO QUE CAI

Aline Thomaz Soares Kelem de Negreiros Cabral

www.sbgg.org.br 3 Comissão de Educação Continuada

Dezembro/2009 Atualizada em Fevereiro/2013

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AUTORAS Soares AT Aline Thomaz Soares

– Médica Especialista em Geriatria SBGG/AMB – Colaboradora do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas

da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Cabral KN Kelem de Negreiros Cabral

– Médica Especialista em Geriatria SBGG/AMB – Colaboradora do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas

da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

www.sbgg.org.br 4 Comissão de Educação Continuada

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Declaração de Conflitos de Interesse

• Não há conflitos de interesses.

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COMO ABORDAR O IDOSO QUE CAI

• Objetivos:

– Entender como a queda pode ser uma

manifestação de doença

– Reconhecer fatores de risco para quedas

– Reconhecer e indicar medidas de intervenção e

prevenção de quedas em idosos

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ROTEIRO

• Definição • Epidemiologia • Consequências • Avaliação clínica e físico-funcional • Abordagem do idoso caidor • Intervenções e Prevenção

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QUEDAS

• Síndrome geriátrica

• Praticamente, não é abordada pelas demais especialidades

médicas

• Nem sempre é reconhecida como um sério problema de saúde

• Problema de saúde pública

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Comum - 30% individuos >60 anos caem ao ano e 5-10% destas quedas resultam em consequências graves.

Devastador - principal causa de morte acidental,

associado a declínio funcional e institucionalização em idosos.

Oneroso - EUA U$19 bilhões/ano, internações relacionadas a quedas.

POR QUE É IMPORTANTE PREVENIR QUEDAS?

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DEFINIÇÃO QUEDA

“Um evento não intencional que tem como resultado a

mudança de posição do individuo para um nível mais

baixo em relação a posição inicial, associado ou não a

consequências.”

Prevention of Falls Network Europe- ProFaNe- http://www.profane.eu.org/

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QUEDAS EXCLUÍDAS DESSA DEFINIÇÃO

• Síncope

• AVE

• Atropelamento

• Acidentes em exercícios de alta performance

• Causas violentas

• Convulsão Obs. – fatores de risco diferentes

Prevention of Falls Network Europe- ProFaNe http://www.profane.eu.org/Nevitt, 1997; King, 2009

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SÍNDROME A Etiologia Patogênese Sintomas

SÍNDROME GERIÁTRICA Etiologia Patogênese Sintomas

MÚLTIPLOS FATORES INTERAÇÃO PATOLÓGICA

Conhecida ou desconhecida

Conjunto de sinais e sintomas definidos

Manifestação conjunta

Conhecida ou desconhecida

Inoue Sk, Studenski S, Tinetti E, Kuchel GA. Geriatric Syndromes: Clinical, Research and Policy Implications of a Core Geriatric Concept. JAGS,2007; 55:780-791

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QUEDA: SÍNDROME GERIÁTRICA

Marcador de doença aguda (infecção, hipotensão postural,…)

Manifestação de doença crônica (Parkinson, Demência, neuropatia diabética)

Marcador de mudanças relacionadas ao envelhecimento da

visão, marcha e equilíbrio.

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MUDANÇAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO QUE AUMENTAM O RISCO DE QUEDAS

• Redução da velocidade da marcha

e da amplitude do passo.

• Flexão plantar diminuída na fase

final de apoio.

• Diminuição do balanço dos braços,

da rotação da pelve e do apoio

unipodal.

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MUDANÇAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO QUE AUMENTAM O RISCO DE QUEDAS

• Redução da adaptação visual ao escuro.

• Menor percepção visual de profundidade.

• Redução da visão de contraste

• Redução da visão periférica.

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FRAGILIDADE X QUEDAS

Embora sejam síndromes geriátricas distintas, se correlacionam e compartilham múltiplos

fatores de risco.

Ferruci, Guralnik, Studenski et al. JAGS 2004,52:625-34.

FRAGILIDADE

Aumenta risco de quedas

QUEDAS

Marcador de fragilidade

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Presenter
Presentation Notes
Nos idosos frágeis a reserva funcional dos sistemas relacionados ao equilíbrio corporal está marcadamente comprometida. Isto se reflete no desempenho físico-funcional, o que aumenta ainda mais o risco de queda.
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Prevalência de quedas em pessoas idosos em sete cidades da América Latina e Caribe e entre mexicanos-americanos do sudoeste dos Estados Unidos

Reyes-Ortiz CA, Al Snih S, Markides KS. Falls among elderly persons in Latin America and the Caribbean and among elderly Mexican-Americans . Rev Panam Salud Publica. 2005;17(5-6):362-369

1 queda 2 ou + queda Prevalência total

Pre

valê

ncia

das

que

das

(%)

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17 Soares AT, Cabral KN

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Mortes e internações por causas externas entre os idosos no Brasil: o desafio de integrar a saúde coletiva e atenção individual

Gawryszewski VP, Mello-Jorge, MHP, Koizumi MS. Rev Assoc Med Bras, 2004

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VARIAÇÃO SAZONAL NA MORTALIDADE POR QUEDAS

Lord, S, Sherrington C, Epidemiology and risk for falls ca In: Lord, S, et al. Falls in older People. , 2ed . NY, Camidge University Press, 2007. pg 10

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Presenter
Presentation Notes
Este gráfico é para mostrar a relação da variação sazonal (estações do ano) e mortalidade por quedas e tentar correlacionar isso, além de outros fatores (ambientais- neve, piso molhado, mais fácil de escorregar e etc..) a mudança nos níves de vitamina D que acompanha as estaçòes do ano. ‘É possível que a temperatura ambiente possa acasionar uma variação sazonal na incidência de quedas. No inverno, é mais comum os idosos se machucarem mais, ter hipotermia e o tempo de resposta lentificado (fatores que também se correlacionam a morte por quedas) As pessoas tendem a ser menos ativas, o tempo de exposição a luz solar é menor e a deficiênciade vitamina D é mais comum. Isto é a variação sazonal das mortes por queda. Este grafico mostra dados do Reino Unido. Lembrar de comentar que esta variação sazonal é mais evidente em paises com estações bem definidas, mas que no BR isso também ocorre. (Pag 10- no livro da Sherrington)
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INCIDÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS - COMUNIDADE

IDADE: 65 anos ou mais:

30 a 40 % - 1 queda no último ano 50% desses terão uma nova queda

80 anos ou mais: 50 % - 1 queda no último ano

GÊNERO

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

40% 20%

>

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Hospitalizados 20 % caem durante internação Institucionalizados em média 1,5 quedas ao ano por leito

INCIDÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS - INSTITUIÇÕES

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

www.sbgg.org.br 21 Soares AT, Cabral KN

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CONSEQUÊNCIAS DA INSTABILIDADE POSTURAL E QUEDAS

Restrição das atividades

Medo de cair

Lesões leves

Fraturas

Hospitalização

Sindrome pós-queda

Institucionalização

Óbito

Paixão Junior CM, Heckmann MF. Distúrbios da Postura, Marchas e Quedas. In: Freitas EV, Py L, Cançado FAX, et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2006

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CONSEQUÊNCIAS

Quedas restrigem aproximadamente 20% das atividades do idoso em relação a outra condição de saúde.

A restrição da atividade ocorre imediatamente ao evento e para os que têm uma lesão por queda pode durar vários meses ou mais devido a diminuição da capacidade física ou por medo.

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

www.sbgg.org.br 23 Soares AT, Cabral KN

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RISCO DE FRATURA COM ENVELHECIMENTO

Vertebra

Quadril

Punho

Idade (anos)

Inci

denc

ia p

or 1

00.0

00 p

esso

a-an

o

35 45 55 65 75 85+

4000

3000

2000

1000

Cooper et al. Trends Endocrinol Metab 1992; 3:224

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FRATURA DE FÊMUR

• Consequência mais dramática

• 1% das quedas resultam em fratura de fêmur

• 90% das fraturas de fêmur resultam de quedas

• Período médio de internação: 15 dias

• Custos elevados

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

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1. Riggs BL, Melton LJ III. Bone. 1995;17(suppl):505S–511S. 2. American Stroke Association. Heart disease and stroke statistics––2005 update. Available at: http://www.americanheart.org. Accessed August 24, 2005. 3. American Cancer Society. Cancer facts & figures; 2005. Available at: http://www.cancer.org. Accessed August 24, 2005.

FRATURAS EM MULHERES X DOENÇAS CRÔNICAS

Risco de fratura osteoporótica em 1 ano é maior que risco combinado de IAM, AVE e câncer de mama

1,500,000

345,000 373,000 211,240 250,000

0

0.5

1.0

1.5

2.0

Fratura1 IAM 2 AVE2 Cancer de mama3

Inci

denc

ia a

nual

, milh

ões

Fratura quadril1 Mulheres com osteoporose Todas as mulheres

26 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

Presenter
Presentation Notes
Fractures in Women Are Common: Incidence of Chronic Diseases This slide demonstrates that the incidence of new cases of osteoporotic fracture in women each year is far greater than the incidence of heart attack, stroke, and breast cancer combined.1–3 Hip fracture incidence alone exceeds that of breast cancer.1 This information, with the information on the previous slide, further emphasizes that osteoporosis should be considered a major health concern among postmenopausal women in the United States. The point is not to suggest that osteoporosis is more important than the other diseases but that it should be managed as routinely as are the other diseases. References: 1. Riggs BL, Melton LJ III. The worldwide problem of osteoporosis: insights afforded by epidemiology. Bone. 1995;17(suppl):505S–511S. 2. American Stroke Association. Heart disease and stroke statistics––2005 update. Available at: http://www.americanheart.org/downloadable/heart/1105390918119HDSStats2005Update.pdf. Accessed August 24, 2005. 3. American Cancer Society. Cancer facts & figures: 2005. Available at: http://www.cancer.org/downloads/STT/CAFF2005f4PWSecured.pdf. Accessed August 24, 2005.
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AVALIAÇÃO DO RISCO DE CAIR

Tinetti M. Preventing Falls in the Elderly. N Engl J Med, 2003

Interação entre fatores:

PREDISPONENTES

PRECIPITANTES

AMBIENTAIS

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FATORES DE RISCO % IDOSOS QUE SOFRERAM QUEDAS

Nenhum 8-12%

3 ou mais 65-100%

27 Soares AT, Cabral KN

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Interações entre os fatores intrínsecos, farmacológicos, ambientais e precipitantes que afetam o risco de queda em idosos

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

www.sbgg.org.br 28 Soares AT, Cabral KN

Características individuais Mudanças associadas à idade

Doença crônica

Efeitos dos medicamentos

Fatores precipitantes Doença aguda Alta hospitalar

Comportamento de risco

Mudanças no controle postural

Riscos ambientais Atividades habituais (se mobilidade prejudicada)

QUEDA

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FATORES DE RISCO PARA QUEDAS

American Geriatrics Society, British Geriatrics Society, and American Academy of Orthopaedic Surgeons Panel on Falls Prevention. Guideline for the Prevention of Falls in Older Persons J. Am Geriatr Soc, 2001

29 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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Percentual de queda X Nº Fatores de risco

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

www.sbgg.org.br 30 Soares AT, Cabral KN

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ABORDAGEM DO IDOSO COM INSTABILIDADE POSTURAL E /OU QUEDAS

www.sbgg.org.br 31 Soares AT, Cabral KN

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American Geriatrics Society, British Geriatrics Society, and American Academy of Orthopaedic Surgeons Panel on Falls Prevention. Guideline for the Prevention of Falls in Older Persons J. Am Geriatr Soc, 2001. Will my patient fall? JAMA 2007; 207(1):77-86, Tinetti M. Preventing Falls in the Elderly. N Engl J Med, 2003

SIM

Avaliação multidimensional e intervenções

Única queda sem lesões ou distúrbios da marcha ou equilíbrio

Idosos atendidos na emergência ou hospitalizados por queda

Quedas com lesões, 2 ou mais quedas, distúrbios da marcha ou equilíbrio

Queda no último ano?

Orientações para exercícios que inclua treino de força e equilíbrio

NÃO

Distúrbios da marcha ou equilíbrio?

NÃO SIM

www.sbgg.org.br 32 Soares AT, Cabral KN

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Circunstâncias da queda

Local, hora do dia, atividade que estava desempenhando

Ambiente

Sintomas pré e pós-queda

Inventário medicamentoso (psicotrópicos, antiarrítmicos)

História de doenças prévias

Avaliação da acuidade visual

Tinetti ME. N Engl J Med, 2003 Chang JT, Ganz DA. Quality indicators for falls and mobility problems in vulnerable elders. J Am Geriatrc Soc, 2007

AGS/BGS Clinical Practice Guideline: Prevention of falls in Older Persons, 2010

AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL

33 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL

Exame neurológico (sensibilidade proprioceptiva, déficits motores)

Exame cardiovascular (buscar hipotensão ortostática e arritmias)

Exame do sistema locomotor (pés, articulações dos MMII, marcha e equilíbrio)

Avaliações das capacidades funcional e mental prévias

Avaliar os óculos, sapatos e instrumentos auxiliares da marcha

Tinetti ME. N Engl J Med, 2003 Chang JT, Ganz DA. Quality indicators for falls and mobility problems in vulnerable elders. J Am

Geriatrc Soc, 2007 AGS/BGS Clinical Practice Guideline: Prevention of falls in Older Persons, 2010

34 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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Medicamentos associados a quedas

• Antipsicóticos (principalmente Fenotiazinas) • Sedativos, hipnóticos (incluindo Benzodiazepínicos) • Antidepressivos (IMAOS, ISRS, Tricíclicos) • Ansiolíticos • Antiarrítmicos (Classe 1A) • Anticonvulsivantes • Antihipertensivos e diuréticos

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Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

35 Soares AT, Cabral KN

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DIAGNÓSTICO

• Etiologia multifatorial • Ausência de teste único ou avaliação rápida do risco de

quedas.

36 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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TESTES DIAGNOSTICO X SCREENING

SCREENING - identifica pessoas em risco Maior vigilância Aprofundar investigação

DIAGNÓSTICO- identifica fatores de risco modificaveis Direciona a intervenção

37 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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TRADE-OFF TESTES DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS

Rápido Fácil execução

Baixo custo

Etiologia Fatores modificáveis

Prevenção SCRE

ENIN

G DIAG

STICO

38 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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Screening mais simples

“ O Sr.(a) caiu nos ultimos 12 meses?”

– Fácil execução – Sensibilidade e especificidade – razoável – Informações para estratégias de intervenção – nenhuma!!

39 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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TESTES PARA AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO E MARCHA

• Timed Up and Go test

• Teste de velocidade de marcha

• Berg Balance Scale

• POMA -– Performance-Oreinted Assessement of Mobility (TINETTI, 1986,1988)

• Alcance funcional anterior e lateral

• Short Physical Performance Battery (SPPB)

• Testes do sentar e levantar

• Five Step test

• Performance Oriented Mobility Assessemnt POMA (Tinetti)

40 Soares AT, Cabral KN www.sbgg.org.br

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TIMED UP AND GO TEST (Podsiadlo, Richardson, 1991)

Recomendado pela American e British Geriatric Society na avaliação risco de quedas

Método mais utilizado: Cadeira com apoio para braços, altura ± 43 cm, caminhar 3 m e retornar

em ritmo próprio. TUGT > 13.5 seg é indicativo de risco de quedas nos próximos doze meses

Valores normais do TUGT por faixa etária FAIXA ETÁRIA MÉDIA IC 95%

60-69 anos 8,1 seg 7,1-9,0

70-79 anos 9,2 seg 8,2-10,2

>80 anos 11,3 10,0-12,7

* BOHANNON, R.W. Reference values for the Timed Up and Go Test: a descriptive metaanalysis. Journal of Geriatric Physical Therapy, v. 29, p. 6468, 2006. • SHUMWAYCOOK,A; BRAUER, S; WOOLLACOTT, M. Predicting the probability for falls in communitydwelling older adults using the Timed

Up and Go Test. Physical Therapy, v.80, n.9, p.896903, 2000.

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VELOCIDADE DE MARCHA • Reflete homeostase de diversos sistemas e quando

diminuída pode traduzir prejuízo subclínico da saúde.

• Associação com sobrevida em idosos

• Mecanismos:

– Diminuição de unidades motoras (fibras tipo II)

– Diminuição da sensibilidade cutânea

– Diminuição da velocidade de condução nervosa e tempo de reação

– Diminuição de volume de massa cinzenta e massa branca cerebral Gait speed and survival in older adults. JAMA, vol 305 n. 1 January, 2011

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>1,3 m/s

>1,0m/s

<0,42m/s

<0,6m/s

morte,hospitalização e quedas <0,7m/s

Idosos saudaveis, menor risco de eventos adversos e melhor sobrevida

Excelente forma física

Declinio funcional e cognitivo, institucionalização e morte

Dependência funcional e grave incapacidade para caminhar

VELOCIDADE DE MARCHA X RISCOS DE EVENTOS EM IDOSOS

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O TUGT parece não adicionar informações em relação

ao teste de velocidade de marcha na predição de

eventos adversos, como queda e funcionalidade,

embora os elementos qualitativos do TUGT possam

ter outras utilidades

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ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG - BERG FUNCTIONAL BALANCE SCALE (BBS)

14 tarefas representativas de atividades diárias Pontuação: 0-56 pontos

Qualidade do desempenho, Necessidade de assistência Tempo para completar a tarefa

<45 pontos da BBS - preditor de quedas em idosos (Thorbahn, Newton, 1996). Pontuação de corte de 48 da BBS – necessidade de reabilitação.

Berg, 1992; Miyamoto et al 2004

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FES-I Falls Efficacy Scale - International- Avaliação do “medo de cair”

Prevention of Falls Network Europe- ProFaNe http://www.profane.eu.org

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RISCO AMBIENTAL • Cerca de 25-35% das quedas são atribuídas a fatores ambientais,

• Quedas em escadas dentro de casa aumenta 2X o risco de lesões graves (Tinetti

et al) • Quando o idoso cai ocorre um desequilibrio entre capacidade funcional e

demanda ambiental imposta para execução de determinada tarefa

Ferrer MLP, Perracini, MR e Ramos L.R Prevalenância de fatpres ambientais associados a quedas em idosos residentes na cominidade de Sao Paulo,SPy. Rev. bras. Fisito Vol.8, N2 (2004) 149-154

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INTERVENÇÃO PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS

Objetivo: minimizar o risco, sem comprometer mobilidade e independência funcional.

Qual a melhor estratégia em eficácia e aplicabilidade?

Intervenção única X Intervenção multidimensional?

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Intervenção única

• Direcionada para fator de

risco isolado

• Mais barata

• Mais fácil de planejar,

executar e analisar

• Maior adesão

Intervenção multidimensional

• Direcionada para múltiplos

fatores de risco

• Atuação interdisciplinar

• Mais cara

• Implementação mais difícil

• Teoricamente mais eficaz

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INTERVENÇÃO PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS

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COMPONENTES DA INTERVENÇÃO

Adaptação ou modificação do ambiente (A)

Treino de equilíbrio, marcha e força (A)

Suplementação 800UI/dia vitamina D em indivíduos com deficiência (A)

Suplementação 800UI/dia vitamina D em indivíduos com suspeita de deficiência

ou alto risco de quedas (B)

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COMPONENTES DA INTERVENÇÃO

Retirada ou redução de drogas psicoativas* (B) - avaliar risco X benefício

*(sedativos, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicoticos)

Retirada ou redução de outras medicações (C)

Tratamento da hipotensão postural (C)

Tratamento de problemas nos pés e correção de calçados (C)

Educação em quedas (C)

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VITAMINA D X QUEDAS

HIPOVITAMINOSE D: o risco de quedas

Diminui força e massa muscular proximal de MMII

Diminui velocidade contração muscular

Associada a dificuldade da marcha

Aumenta a instabilidade postural

Diminui densidade mineral ossea > risco de fratura

Bischoff-Ferrari, Vitamin D and fracture prevention. Endocrinol Metabol Clin N Am 2010 , 39:347-353

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Presenter
Presentation Notes
A vitamina D atualmente é considerada um hormonio devido a descorberta de que o receptor de vitamina D encontra-se amplamente distribuido pelo corpo (coraçao, cerebro, linfocitos, macrofagos, além de musculo e osso) No musculo a ativaçao do receptor de vitamina D (VDR) estimula a sintese proteica. A miopatia produzida pela deficiencia de vitamina D apresenta quadro clinico caracteristica de dor muscular difusa e fraqueza de musculos gravitacionais (extensores, flexores e abdutores do quadril e extensores e flexores do joelho) produzindo dificuldade na marcha e em atividades mais simples como sentar e levantar de uma cadeira ( ler no Arquivos brasileiros de endocrino pag 497)
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Hiperparatiroidismo secundário que se desenvolve a partir deficiencia vitD também podem desempenhar um papel no aumento do risco de quedas.

Hipofosfatemia, resultantes de níveis de PTH elevado, pode resultar em fraqueza muscular

VITAMINA D X QUEDAS

Bischoff-Ferrari, Vitamin D and fracture prevention. Endocrinol Metabol Clin N Am 2010 , 39:347-353

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DEFINIÇÃO DA HIPOVITAMINOSE D

<20 NG/ML 150 NG/ML INTERVALO DE REFERÊNCIA 20-100 NG/ML

DEFICIÊNCIA INTOXICAÇÃO INTERVALO IDEAL 30-60 NG/ML

Nível sérico de 25(OH) Vit. D principal indicador de reserva corporal de vitamina D

INSUFICIÊNCIA 20-30 NG/ML

Holick, M Vitamin D deficiency, NEJM 2007, july;357:266-81

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Presenter
Presentation Notes
É importante decorar estes valores dos níveis de 25(OH) vitD Intoxicação: >150 Ideal: 30-60 (ver que o grafico acima separa o “intervalo ideal” do “intervalo de referencia” e neste ultimo estaria a insuficiencia, ok? Insuficiencia:20-30 Deficiencia:<20
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Presenter
Presentation Notes
Metanalise incluiu idosos > 60 anos que participou de ensaios clinicos randomizados para investigar a eficiencia de vitamina D na prevenção de quedas e usaram uma definição explicita de quedas. 10 estudos preenchiam este critério e 7 não apresentavam a definicao explicita de quedas.
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Presenter
Presentation Notes
Os efeitos dependem da dose administrada e do nível sérico alcançado. Esta metalise só tem estudos que incluia individuos com deficiencia de vitamina D, logo não pode ser generalizado para todos os idosos, ainda é incerto os pacientes sem deficiência de vitamina D se beneficiam.
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ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE CALÇADOS • Importante o uso de calçados mesmo dentro de casa; Menant, JC et al, 2008

Menz ,HB, 2006

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EXERCÍCIOS Podem ser realizados em grupo ou individualmente Dose de exercicio >8h/mês

Treino de flexibilidade e resistência devem ser oferecidos, mas

não como estratégia unica. Treino de equilibrio progressivo: movimento do centro de

massa, estreitamento da base de suporte e minimizar uso de extremidades superiores

O mais importante é o componente do exercício JAGS 56:2234-2243, 2008

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JAGS 56:2234-2243, 2008

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EDUCAÇÃO EM QUEDAS

• Embora não seja efetiva como intervenção isolada, deve fazer parte de um plano de tratamento.

Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009.

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• Armários a média altura, com portas leves e

puxadores grandes

• Tapete de borracha ou antiderrapante fixo

no box

• Nenhum tapete nos outros ambientes

• Escadas corrimão dois lados

• Poltronas, cadeiras e sofás mais altos

• Ambientes iluminados e organizados

• SENSIBILIZAÇÃO DE PACIENTES E

CUIDADORES

MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS

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RESUMO DAS EVIDÊNCIAS • A avaliação deve ser sistematizada

– história sobre doenças

– cognição

– acuidade visual

– inventário medicamentoso

– estado nutricional

– marcha e equilíbrio

– avaliação ambiental.

• Intervenções multidisciplinar e multifatorial na saúde e em fatores de risco

ambiental

• Boas evidências dos programas multidimensionais de prevenção em quedas

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PREVENÇÃO DE QUEDAS PARA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVO

•Idosos

•Familiares e

cuidadores

•Comunidade

•Jovens

•Serviços de saúde

•Governo

•Mídia

•Determinantes de

risco individual

•Serviços social e de

saúde

•Comportamento

•Ambiente

•Fatores sociais e

econômicos

•Mudanças de

comportamento

•Ação individualizada

•Mudanças ambientais

•Serviços social e de

saúde

EDUCAÇÃO TREINAMENTO

C O N S C I Ê N C I A

A V A L I A Ç Ã O

I N T E R V E N Ç Á O

POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA

Vigilância Recursos Pesquisa

CAPACITAÇÃO

C U L T U R A

G Ê N E R O

COMUNIDADE

Traduzido do WHO Global Report on falls pevention in older age. World Health Organization 2007.

www.sbgg.org.br 64 Soares AT, Cabral KN

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• Freitas, E.V.; Py L.; Cançado, F.A.X.; Doll, J.; Gorzoni,M.L.; Tratado de Geriatria e Gerontologia, 3º Edição, 2011.

• Gait speed and survival in older adults. JAMA, vol 305 n. 1 January, 2011 • J Am Geriatr Soc 58: 1299-1310, 2010. • Bischoff-Ferrari, Vitamin D and fracture prevention. Endocrinol Metabol Clin N Am

2010 , 39:347-353 • Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009. • Reyes-Ortiz CA, Al Snih S, Markides KS. Falls among elderly persons in Latin

America and the Caribbean and among elderly Mexican-Americans . Rev Panam Salud Publica. 2005;17(5-6):362-369

• Gawryszewski VP, Mello-Jorge, MHP, Koizumi MS. Rev Assoc Med Bras, 2004 • Perracini, MR. Prevençao e manejo de quedas no idoso.

http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/quedas/quedas.pdf Acessado em 10 -12-09

• Tinetti M. Preventing Falls in the Elderly. N Engl J Med, 2003 • Guideline for the Prevention of Falls in Older Persons . JAGS. 49: 664-72; 2001. • Inoue Sk, Studenski S, Tinetti E, Kuchel GA. Geriatric Syndromes: Clinical, Research

and Policy Implications of a Core Geriatric Concept. JAGS,2007; 55:780-791

Referências Bibliográficas

www.sbgg.org.br 65 Soares AT, Cabral KN

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Bibliografia Recomendada para Estudo

www.sbgg.org.br

• Freitas, E.V.; Py L.; Cançado, F.A.X.; Doll, J.; Gorzoni,M.L.; Tratado de Geriatria e Gerontologia, 3º Edição, 2011.

• Falls. King, M.B. Hazzard’s Geriatric Medicine and Gerontology. 6ª Ed. 2009. • Reyes-Ortiz CA, Al Snih S, Markides KS. Falls among elderly persons in Latin

America and the Caribbean and among elderly Mexican-Americans . Rev Panam Salud Publica. 2005;17(5-6):362-369

• Gawryszewski VP, Mello-Jorge, MHP, Koizumi MS. Rev Assoc Med Bras, 2004 • Prevention of Falls Network Europe- ProFaNe- http://www.profane.eu.org/ • Perracini, MR. Prevençao e manejo de quedas no idoso.

http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/quedas/quedas.pdf Acessado em 10 -12-09

• Tinetti M. Preventing Falls in the Elderly. N Engl J Med, 2003 • Guideline for the Prevention of Falls in Older Persons . JAGS. 49: 664-72; 2001. • Will my patient fall? JAMA 2007; 207(1):77-86

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Créditos

• Revisão: – Comissão de Educação Continuada da SBGG – Comissão de Informática da SBGG – Secretaria Executiva da SBGG

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