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«O cidadão do futuro é um ‘mestiço’ de culturas: de cultura humanística, científica e tecnológica» 1 | Página

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«O cidadão do futuro é um ‘mestiço’ de culturas: de cultura humanística, científica e tecnológica»

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«O cidadão do futuro é um ‘mestiço’ de culturas: de cultura humanística, científica e tecnológica»

1. Enquadramento da Candidatura

1.1. O que é a UIPS?

A Unidade de Investigação do IPS, adiante designado pela sigla UIPS, tem como

conceito e missão contribuir para a “produção e difusão do conhecimento, criação,

transmissão e difusão do saber de natureza profissional, da cultura, da ciência, da

tecnologia, das artes, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental”, de

acordo com os estatutos do IPS, publicados no Diário da República, 2.ª série, N.º 214

de 4 de Novembro de 2008.

São objectivos da UIPS (Artigo 68º a 74º):

“a) Promover a investigação e o desenvolvimento científico;

b) Promover a prestação de serviços à comunidade;

c) Contribuir para o desenvolvimento da formação pós-graduada.”

São competências da UIPS:

“a) Elaborar o seu regimento;

b) Aprovar o plano de actividades da unidade;

c) Eleger o director e o subdirector da unidade;

d) Eleger o secretário do conselho científico;

e) Propor ou pronunciar-se sobre a concessão de títulos ou distinções honoríficas;

f) Desenvolver projectos de investigação que se integrem nas linhas de investigação

aprovadas por este conselho;

g) Promover a difusão do conhecimento científico e tecnológico mediante a publicação

dos resultados das investigações e da divulgação científica;

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h) Cooperar com outros Centros de Investigação e Redes Científicas nacionais e

sobretudo internacionais;

i) Promover a realização de eventos científicos, de acções de formação de nível

avançado e apoio à formação contínua dos investigadores;

j) Promover actividades científicas e serviços de consultadoria ligadas ao sector

produtivo e à sociedade em geral;

l) Praticar os outros actos previstos na lei relativos à carreira de investigação, tendo em

conta os critérios gerais definidos ao abrigo do disposto na alínea h) do artigo 33.º, dos

presentes estatutos;

m) Pronunciar-se sobre todas as questões que lhe sejam submetidas pelo director da

unidade, por sua iniciativa ou por iniciativa dos órgãos competentes do Instituto;

n) Propor ou pronunciar-se sobre a realização de acordos e de parcerias no âmbito de

intervenção desta Unidade.”

Ainda segundo os Estatutos, são órgãos da UIPS o Director e o Conselho Científico,

sendo que o Director é coadjuvado por um subdirector (artigos 70º e 71º dos estatutos).

1.2. Perfil dos candidatos

Maria Clara Lopes Dias Ferrão Bandeira Tavares é doutorada em Didáctica das Línguas

pela Universidade de Paris III, em 1991. Obteve a Agregação em Educação, na

Universidade de Aveiro, em 2000. É Maria Clara Lopes Dias Ferrão Bandeira Tavares.

Integra o Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores

(CIDTFF) da Universidade de Aveiro, desde 1997. Colabora em programas de

Mestrado e Doutoramento, tendo exercido funções de formadora e de membro de júris

em Portugal, Cabo Verde, Brasil, Itália, Espanha e França. Tem publicado obras e

artigos em Didáctica das Línguas e Ciências da Comunicação em publicações nacionais

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e estrangeiras. É directora da Revista Intercompreensão, Revista de Didáctica das

Línguas, da ESE de Santarém, subsidiada pela FCT, e tem coordenado números da

Revista Études de Linguistique Appliquée, pertencendo ao conselho científico da mesma

e de outras publicações internacionais. É docente de disciplinas no âmbito da Educação,

Línguas e Comunicação na ESES. Tem desempenhado funções de consultadoria em

projectos e programas do Ministério da Educação e de organismos internacionais, sendo

actualmente membro da Comissão Nacional de Acompanhamento do Programa do

Português no Ensino Básico e Secundário (PNEP). É perita da Education, Audiovisual

& Culture Executive Agency –Languages.

(Candidata a Directora)

Pedro Jorge Richheimer Marta de Sequeira é doutorado em Ciências Sociais e Humanas

– Ciências do Desporto, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em 2005.

É Professor Coordenador da Escola Superior de Desporto de Rio Maior do Instituto

Politécnico de Santarém e integra o Centro de Investigação em Desporto, Saúde e

Desenvolvimento (CIDESD) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Colabora em programas de Mestrado e Doutoramento de diversas instituições do ensino

superior em Portugal. Tem publicado artigos e documentos na área da Pedagogia do

Desporto. É membro do Conselho Editorial da Revista Itinerários (revista indexada) e

membro do Conselho Editorial da Revista EFDeportes (revisa electrónica indexada) e

Presidente do Conselho Científico da Revista Electrónica Desporto e Actividade Física.

É Membro do Board da ENSSEE (European Network of Sport Science, Education &

Employment) e representante de Portugal na RINK Convention (Convenção Europeia

para a formação de Treinadores de Andebol).

(Candidato a subdirector)

2. Razões para uma candidatura

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A declaração de Praga (2009) prevê que as Instituições do Ensino Superior sejam

dinâmicas, flexíveis, promotoras de excelência e inovação no ensino, com capacidade

de investigação e de transferência de saberes.

Ao mesmo tempo, as Instituições do Ensino Superior são responsáveis pela mudança e

necessidades e excepcionais da nossa sociedade e economia e contribuem para

encontrarem soluções para os problemas globais.

Por seu lado, no Programa do XVIII Governo (in

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Governo/ProgramaGoverno/Pages/Programa_Gov

erno_Indice.aspx), o Governo propõe-se renovar e reforçar o “Compromisso com a

Ciência”. “Compromisso, em primeiro lugar, com o próprio País, a quem garantem

sustentabilidade na política de desenvolvimento das capacidades científicas e

tecnológicas. Compromisso, também, com as instituições científicas, as universidades e

as empresas, assegurando-lhes uma política persistente e continuada de aposta na

avaliação e na qualidade, no reforço das instituições, na internacionalização, na

produção de conhecimento novo e de pertença às redes mundiais de conhecimento,

assim como no estímulo à apropriação económica e social dos resultados e dos métodos

da investigação. Compromisso, por fim, com as novas gerações, a quem garantem o

persistente reforço da exigência do trabalho científico, a continuada aposta na promoção

da cultura científica, na formação avançada através da investigação, no emprego

científico.”

Como maneira de concretizar este desafio internacional e nacional, a legislação sobre

Bolonha defende que os estudantes sejam integrados em projectos de investigação dos

docentes. Nesta sequência, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior,

entre os descritores para a apreciação dos cursos, inclui a articulação da docência com a

investigação, considerando-se a produção do conhecimento como base de sustentação

da docência. Também o novo Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino

Superior Politécnico (Decreto-Lei n.º 207/2009 de 31 de Agosto), dentro do seu

articulado, refere, entre os deveres do pessoal docente, a necessidade de “efectuar

trabalhos de investigação, numa procura constante do progresso científico e técnico e da

satisfação das necessidades sociais”.

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Parece-nos que é por demais evidente o destaque que a investigação vai ter na década

que se inicia. A juntar a esta consideração, temos a preocupação latente do Governo em

destacar o Ensino Superior (nomeadamente o Politécnico) para que reúna condições

para se manter a um nível de excelência, no domínio da oferta formativa e da inovação

(exemplo do destaque que é feito à necessidade de investigação em “aprendizagem a

distância” – cf. infra).

Consideramos que o IPS necessita de uma UIPS que responda e se adapte a estes

“novos” desafios, articulando a sua actividade com a das outras Unidades Orgânicas do

IPS. Para isso será necessário uma UIPS que consiga o seu processo de

“individualização e autonomia” mas que contribua para uma maior eficácia da oferta

formativa, seja ao nível da inovação, seja ao nível da actualização permanente, de todas

as Escolas e Unidades do IPS.

Candidatamo-nos aos cargos de Director e subdirector da UIPS que, na nossa

perspectiva, é uma estrutura de carácter permanente, de natureza interdisciplinar

(«mestiça» de culturas humanística, científica, tecnológica e artística - cf. Logótipo)

que visa a promoção e a coordenação da investigação científica, fomentando o

cruzamento entre áreas do saber e a agregação de equipas no sentido de garantir a

capacidade de afirmação nacional e internacional da investigação produzida no âmbito

do ensino superior.

A criação desta Unidade resulta, ainda segundo a nossa perspectiva, da preocupação em

melhorar a dinâmica investigativa, de produzir conhecimento, de articular a

investigação com a docência, contribuindo para a qualidade desta (confrontar

indicadores A3ES). A UIPS vai implicar um espírito de colaboração e de cooperação

institucional com as outras Unidades do IPS, dado que todos os docentes são

investigadores da UIPS.

Através do nosso plano de acção estamos convictos que na fase de instalação da UIPS

(o normal numa fase de nascimento de uma Unidade nova) será possível já criar uma

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dinâmica que seja a mola impulsionadora da organização científica e investigativa do

IPS.

3. Plano de Acção

3.1. Metas

a. A criação de uma identidade para a UIPS através da mobilização de todos os

investigadores do IPS;

b. A contratualização de metas de investigação com as Escolas e docentes -

investigadores (nº de doutoramentos, nº o de publicações, projectos, patentes…);

c. A produção do conhecimento que se realiza através dos projectos de

investigação e de outras iniciativas levadas a cabo no âmbito dos planos de

actividades da UIPS;

d. O desenvolvimento de áreas interdisciplinares emergentes;

e. A difusão do conhecimento que se desenvolve através de uma política editorial

que privilegia a publicação de monografias, de relatórios de investigação e de

revistas científicas;

f. A federação dos projectos de investigação institucionais das Escolas e dos

projectos individuais em linhas de investigação;

g. A articulação entre a investigação produzida na UIPS e programas doutorais

interinstitucionais;

h. A cooperação e intercâmbio com outras unidades/centros de investigação,

nacionais e estrangeiros, tendo em vista a internacionalização da investigação e a

potenciação de novas sinergias, com vista à constituição de redes;

i. O estabelecimento de parcerias com instituições de ensino, formação e outras de

forma a desenvolver projectos de investigação e de intervenção nas áreas da

UIPS;

j. O apoio à preparação de candidaturas a projectos nacionais e internacionais;

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k. A promoção de encontros académicos, conferências e intercâmbios com

instituições similares;

l. A promoção da divulgação mediática das realizações científicas;

m. A organização de debates e divulgação científica;

n. A informação pública sobre a actividade e potencial científico da Unidade de

Investigação.

3.2. Medidas

1. Organizar e instalar a UI (regulamentos, comissões, dinâmica interna);

2. Contratualizar metas e resultados a atingir com a Unidade de Investigação;

3. Identificar necessidades de investigação e desenvolvimento regionais;

3. Definir linhas de investigação, propondo-se, entre outras: A aprendizagem a distância

(cf. Relatório Internacional Reforming Distance Learning Higher Education in Portugal

- Julho 2009), a Pedagogia no Ensino Superior e Estudos meta-analíticos;

4. Proceder ao Repositório digital das teses de mestrado e doutoramento do IPS e de

artigos e publicações diversas dos docentes do IPS;

5. Divulgar, via website e newsletter, eventos de índole técnico-científico internos e

externos;

6. Criar um blogue no qual poderão participar todos os investigadores do IPS;

7. Criar uma revista científica da UI do IPS;

8. Organizar um seminário científico sobre a investigação no IPS (onde os docentes

teriam a possibilidade de apresentar as suas linhas de investigação, reuniões para

parcerias internas, etc.). Um Seminário a realizar neste mandato;

9. Estabelecer protocolos na área da investigação com entidades regionais e nacionais,

nomeadamente com os centros de investigação a que pertencem os investigadores do

IPS;

10. Criar cursos Livres de Estudos Doutorais para apoiar mestres na realização de teses

de doutoramento;

11. Propor cursos de formação pedagógica para todos os docentes do IPS;

12. Envolver o Politécnico no “Compromisso Ciência”;

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13. Criar condições para que, no final do mandato, o UIPS apresente em conjunto com

outras instituições uma proposta de centro de investigação interdisciplinar (a

candidatura ao reconhecimento como Unidade da FCT dependerá da existência da

«massa crítica necessária para atingir os objectivos científicos, o que em princípio,

requer que seja integrada por um número adequado de doutorados com currículos

científicos de mérito». Depende também da capacidade da UIPS ou de alguma das suas

linhas se poder autonomizar quando cumprir os critérios referidos no Artigo 7º do

Regulamento do Programa de Financiamento Plurianual de Unidades de I&D. Antes

disso, os membros são encorajados a participar em Unidades com boa classificação

dado que, de acordo com o Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino

Superior Politécnico, “compete a cada docente propor o quadro institucional que melhor

se adeqúe ao exercício da investigação que deve desenvolver” (artigo 38º).

Concluindo a apresentação de um projecto de acção, procuraremos que a UISP

contribua para a formação do cidadão do futuro que, de acordo com o filósofo francês

Michel Serres, é um “Arlequim, um mestiço de culturas”.

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