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Profissionalização no serviço público MEIO AMBIENTE O PLANO COLLOR E A JUSTIÇA FEDERAL DESAFIOS DAS VARAS DE EXECUÇÕES FISCAIS SISTEMAS DE INFORMÁTICA Cursos, palestras e aulas práticas ajudam na integração de novos servidores e promovem a profissionalização da carreira pública na Justiça Federal de São Paulo. NESTA EDIÇÃO

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Page 1: Profissionalização no serviço públicoEspanhol, edificados em 1583 durante o reinado de Felipe II da Espanha e I de Portugal, para conter a invasão e saque de corsários a Santos

Profissionalizaçãono serviço público

MEIO AMBIENTE

O PLANO COLLOR E A JUSTIÇA FEDERAL

DESAFIOS DAS VARAS DE EXECUÇÕES FISCAIS

SISTEMAS DE INFORMÁTICA

Cursos, palestras e aulas práticas ajudam naintegração de novos servidores e promovem aprofissionalização da carreira pública naJustiça Federal de São Paulo.

N E S T A E D I Ç Ã O

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EDITORIAL

novos recursos que nos conferem cada vezmais instrumentos eficazes e velozes paramelhor trabalharmos. O controle demateriais de consumo e a compra de livrosagora são totalmente virtuais possibilitandomaior rapidez e imediato controle. E ademanda nesta área é crescente, dinâmicae voraz.

Os novos servidores finalmenteestão sendo empossados. O últimoconcurso havia vencido em junho de 2006

e, portanto, ficamos dois anos sem poder repor nossoquadro de pessoal e trabalhando com número insuficientede pessoas. Aos poucos eles estão chegando trazendo aalegria de quem estava estudando e lutando por um idealpara somar com a ansiedade e longa espera dos que aquijá estavam. Vieram somar à família da Justiça Federal járepaginada, mais informatizada, cada vez mais virtual eorganizada. Tanto é que parte do treinamento “flash” deuma semana implica em aprender a lidar com o sistemaprocessual, internet, intranet e groupwise, que, valelembrar, hoje em dia está disponível a todos em qualquerlugar do mundo. Basta clicar: https://webmail.jfsp.gov.br,login e senha.

É uma grande alegria poder assistir a JustiçaFederal se informatizar e crescer. Eu não imaginava issoquando era estagiária e ficava horas na fila para ver umandamento de um processo do Plano Collor escrito emuma fichinha de papel. Tenho certeza que muito em brevesurgirão outras ferramentas boas e céleres para o nossotrabalho, graças – é bom destacar – ao que a JustiçaFederal tem de melhor: nosso material HUMANO.

Renata Andrade LotufoJuíza Federal Diretora do Foro

A Justiça em Revista destaedição traz alguns assuntos muito atuais eesperados como a posse dos novosservidores e inovações da informática, juntocom a reportagem sobre o Plano Collor eseu reflexo na Justiça Federal.

Presente, passado e futuro semesclam e todos juntos demonstram oquanto a Justiça Federal cresceu nosúltimos tempos. Os mais novos servidorese estagiários provavelmente não têmlembrança daquela época dos planos econômicos em queas filas na porta da Justiça Federal eram quilométricas. Osjuízes federais na ocasião se tornaram conhecidos dapopulação e muitos passaram a ser admirados. A maioriadeles foi promovida ao TRF, outros se aposentaram. Nós,os atuais juízes de primeira instância assistimos isso deuma forma ou de outra: como servidores, advogados,estagiários ou ainda, o mais importante: como cidadãos.Foi uma época de explosão de ações judiciais comescassos recursos humanos e, salvo engano, quasenenhum ou nenhum recurso de informática. Uma “crise”que gerou frutos positivos, como gostei de aprender nestaedição com a matéria da juíza federal Eliana Parisi e Lima.

A Justiça Federal foi mudando de rosto de lápara cá. Além de ser conhecida como a responsável pela“liberação dos cruzados”, também se tornou mais próximada população mais carente com a instituição dos juizadosespeciais federais que na nossa Região já começou virtualgraças aos esforços de muitos juízes e servidores, dentreos quais destaco o admirável Desembargador SantosNeves, à época Diretor do Foro, que se aposentou no mêsde setembro próximo passado.

Um dos setores mais demandados hoje em diaé a área de informática. Estamos todos dependentes dos

ÍNDICEAconteceu.....................................................................................................................................................................,................. 03Casos Federais: Cresce a importância da Justiça na preservação do meio ambiente ................................................................. 04História: O Plano Collor e a Justiça Federal .................................................................................................................................. 05Recursos Humanos: Bem-vindos: novos servidores recebem treinamento e orientação ............................................................ 06Boas Práticas: Desafios e prioridades na administração de Varas Especializadas em Execuções Fiscais................................ 08Tecnologia: Informática passa por inovações................................................................................................................................. 10Entretenimento e Cultura................................................................................................................................................................ 11Canal Aberto: “A Esperança e o drama” ........................................................................................................................................ 11

EXPEDIENTEDiretora do Foro: juíza federal Renata Andrade Lotufo. Vices-diretores do foro: juíza federal Raecler Baldresca e juiz federal Rodrigo Zacharias.Diretora da secretaria administrativa: Rosinei Silva. Projeto Gráfico: Helio C. Martins Jr. Seção de Divulgação Social: Christiane Amélia MartinsFonseca, Dorealice de Alcântara e Silva, Elizabeth Branco Pedro, Gerrinson Rodrigues de Andrade, Hélio C. Martins Jr, Ricardo AcedoNabarro, Viviane Ponstinnicoff, estagiária: Érica Costa. Visite também a versão virtual da revista em http://imprensa.jfsp.gov.br.

Justiça em Revista

Presente, passado e futuro

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ACONTECEU

3Justiça em Revista

Fórum de Santos comemora 20 anos – A 4ª Subseção Judiciária Federal de Santos comemorou 20 anos de funcionamento comvárias palestras durante a semana de 18 a 22/8. Além do seminário, no dia 22/8 foi celebrado ato solene no auditório do Fórum coma participação de várias autoridades e a presença da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça. *

Eliminação de processos - A Justiça Federal de São Paulo já eliminou 1,5 tonelada depapel, fragmentados e doados para o Instituto Nacional de Preservação Ambiental -INPA. São quase três mil processos findos provenientes dos fóruns da capital e de SãoBernardo do Campo, eliminados como parte do Programa de Gestão Documental daJustiça Federal.*

Juiz recebe Medalha do Pacificador – Ojuiz federal substituto Antônio André MunizMascarenhas de Souza, da 6ª VaraFederal de Santos/SP recebeu, no dia25/8, a condecoração do ExércitoBrasileiro “Medalha do Pacificador”. Acerimônia de entrega aconteceu emBrasília/DF, com a presença deautoridades civis e militares.

III Encontro de Juízes Administradores – Diretores de fóruns e presidentes de juizados reuniram-se no Fórum de Campinas/SP, nodia 15/8, para tratar do planejamento estratégico e promover a integração entre as diversas subseções e a Administração Central. Naocasião, foram apresentados os sistemas eletrônicos de almoxarifado e farmácia existente na JF/SP. *

Fóruns homenageiam desembargador e ex-primeira dama – Os Fóruns Federais deSão José dos Campos e de Araraquara receberam, respectivamente, os nomes dodesembargador federal Jediael Galvão Miranda e da antropóloga Ruth Cardoso. JediaelMiranda era natural de S.J.Campos/SP, foi juiz federal daquela cidade por dez anos ese tornou desembargador federal do TRF3 em 2003. Faleceu no dia 24/7 em acidenteautomobilístico; Ruth Cardoso nasceu em Araraquara/SP, foi primeira-dama do país poroito anos e faleceu de ataque cardíaco no dia 24/6.

*Assista ao video no espaçomultimídia da Revista virtual em: http://imprensa.jfsp.gov.br ou pela internet no endereço: www.jfsp.jus.br no botão:imprensa > videoteca virtual.

Materiais são catalogados paradesfazimento – Cadeiras, armários,estantes, mesas de computador e cerca demil máquinas de escrever e de calcular,guardados na Unidade da PresidenteWilson, foram catalogados para seremleiloados pela Central de Hastas PúblicasUnificadas. O desfazimento dosequipamentos que não têm mais utilidadena Justiça Federal servirá para aumentar oespaço físico do local, necessário para oalmoxarifado e arquivo geral.

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4 Justiça em Revista

Cada vez mais a JF éacionada para solucionar questõesambientais. A Seção Judiciária deSão Paulo (JF/SP) recebeu 1.659ações nos últimos três anos, comassuntos que passam pela caça aanimais silvestres, poluição do ar edas águas, riscos ao patrimôniohistórico cultural etc.

O maior número dessasações está em São José do RioPreto (231), Presidente Prudente (205), Ribeirão Preto(180) e Santos (101). A simples leitura desses númerosnão permite concluir que nessas subseções as agressõesao meio ambiente sejam maiores ou mais graves do quenas demais, mas serve como um indicador de que nelas acomunidade está alerta.

O que se percebe ao longo dos 46 fóruns da JF/SPé que existe grande diversidade de agressões à vida e aomeio ambiente e que o Judiciário vem desempenhando umpapel importante nesse cenário.

Nas subseções judiciárias localizadas ao norte doEstado, como São José do Rio Preto e Ribeirão Preto,predominam ações penais por invasão de áreas depreservação permanente ao longo do Rio Grande e de seu

Dorealice de Alcântara e Silva

CASOS FEDERAIS

Cresce a importância da Justiça napreservação do meio ambiente

O forte e a fortaleza de Santos

A 4ª Vara Federal reconheceu como um únicoconjunto arquitetônico a Fortaleza de Santo Amaroda Barra Grande, o Fortim de Góes e o PortãoEspanhol, edificados em 1583 durante o reinado deFelipe II da Espanha e I de Portugal, para conter ainvasão e saque de corsários a Santos e SãoVicente. A juíza Alessandra N. A. Aranha fixou, emsentença, prazo de cinco anos para a União e oIPHAN recuperarem a área que corria o risco denão existir mais.(ACP95.0207496-5)

Jaú proíbe queimar cana

O juiz federal Gilberto Mendes Sobrinho, da 1ªVara, declarou nulas as autorizações quepermitiam a queima da palha da cana-de-açúcar naregião de Jaú. Ele destacou quatro pontos:desequilíbrio ambiental pela prática damonocultura; lançamento de gases na atmosferacontribuindo para o aquecimento global; prejuízo àbiodiversidade local pela morte de espéciesanimais e vegetais; doenças respiratóriasprovocadas pelos gases resultantes da queima dapalha. Determinou que sem licenciamentoambiental aprovado pelo IBAMA após estudo de

afluente, o Rio Pardo, com aconstrução de ranchos e destruição davegetação nativa. À oeste do Estado,em Presidente Prudente, sãonumerosas as ações por pesca emperíodo proibido, quando os peixesestão subindo o curso do rio Paranápara se reproduzirem. Lá também háações por invasão de terras da Uniãoe destruição de áreas de preservaçãoambiental permanente na ilha

Presidente Epitácio.Na capital, a maioria das ações deu entrada antes

da criação de fóruns no interior e trata da caça a animaissilvestres. Na 3ª Vara Criminal, tornou-se famoso pelacrueldade o caso de um político que ofereceu umchurrasco de passarinhos aos amigos. (Ação Penal:8174547)

Com o litoral sul sob sua jurisdição, Santos lidacom esgoto e óleo em águas marítmas, invasões em áreasde preservação da Mata Atlântica e ainda com um ricopatrimônio histórico cultural em risco. As ações são muitase se pode dizer que se justificam, afinal trata-se dasobrevivência do planeta com todas as espécies de vidaque comporta - inclusive a humana.

impacto ambiental e respectivo relatório, não háqueima. (ACP 2007.61.17.002615-9)

Marília exige licença para PETs

Usar embalagens plásticas (PET) para cerveja echope, só com apresentação de estudo de impactoambiental (EIA/RIMA) aprovado pelo IBAMA eadoção de medidas eficazes para evitar danosambientais. O juiz federal Luiz Antonio R. Marins,da 2ª Vara, considerou que os riscos para o meioambiente pelo uso dessa embalagem podem causarimpacto nacional. (ACP 2002.61.11.001467-2)

Ribeirão Preto proíbe ranchosem área ambiental

Sete ranchos localizados às margens do Rio Pardoforam desocupados e suas edificações demolidas.Na sentença da 1ª Vara, o juiz federal David D.Dantas diz, “é inadmissível que edificação em áreade preservação ambiental com ocupação irregular,poluidora de rio federal, permaneça nessa condiçãoa título de direito adquirido de seu proprietário. Nãohá direito adquirido contra princípiosconstitucionais”. (ACP 2002.61.02.001233-9)

Imagem Ilustrativa

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5Justiça em Revista

Os planos econômicos no Brasil, na década de 80e 90, foram tentativas de estabilizar a economia do país.Esses planos causaram grandes transtornos ao PoderJudiciário, sobretudo o Plano Collor. Os magistradosaposentados Antonio Mauricio da Cruz (1991-1996), CarlosAlberto Rocha (1992-1997), Fauzi Achoa (1988-1996),Marli Barbosa da Silva ((1996-2004), Miriam Costa RebolloCâmera (1993-1998) e Sérgio Lazzarini (1987-1995), queatuavam à época do Plano Collor, entrevistados peloCentro de Memória da Justiça Federal de São Paulo,compartilham da mesma opinião: a demanda do número deprocessos na Justiça Federal foi extraordinariamentecrescente. “A Justiça nunca mais foi a mesma depois daEra Collor, que continuou produzindo efeitos”, cita AntonioMaurício da Cruz.

Fauzi Achoa proferiu a primeira sentença do Brasilliberando o dinheiro da caderneta de poupança retido peloPlano Collor. Os pedidos eram, na maioria, deconsumidores pelo desbloqueio do dinheiro, comalegações de emergências, como cirurgias e negócios jáiniciados. A Constituição no Brasil, em 5/10/1988, instituiu atransferência da competência dos crimes chamados “deinteresse federal” para a Justiça Federal. Sérgio Lazzarini,explica: “quando o fato jurídico transcende aos limites dolocal, então isso passa para a Justiça Federal, que é deinteresse nacional”. Essa é a grande importância da JF.

Os efeitos da era Collor não acabaram. Processoscontinuam em andamento nas varas federais cíveis da

HISTÓRIA

O Plano Collor e a Justiça Federal Elizabeth Branco Pedro

Justiça Federal de São Paulo, 1ª instância, e em fase derecurso, 2ª instância, TRF3, porque o ajuizamento dasações, contra bancos, referentes às quantias nãorepassadas ao Banco Central, prescreve em 20 anos(quadro). A inconstitucionalidade do ato do ex-presidenteFernando Collor de Mello fez do judiciário a retaguarda dapopulação para o ressarcimento das perdas ocorridas àépoca, o que demonstra sua importância no panoramanacional.

PLANOS DE ESTABILIZAÇÃOMACROECONÔMICA

1986-1995

1986. O primeiro plano de estabilizaçãomacroeconômica, o Plano Cruzado I (fev/86),nasceu no governo José Sarney em um cenário dehiperinflação e corte de 3 zeros da moeda; o PlanoCruzado II (nov/86) levou ao corte de mais 3 zerosda moeda.

1987. O Plano Bresser (jun/87) trouxe congelamentode salários e preços.

1989. Plano Verão (jan/89), ainda no governo JoséSarney. As sucessivas trocas de moedas criaram nobrasileiro uma descrença total sobre o controle dainflação.

1990. Em 16 de março de 1990, um dia após suaposse na Presidência da República, Fernando Collorde Mello, através da Medida Provisória 168/90(convertida na Lei 8024/90), anunciou o Plano BrasilNovo ou, como ficou conhecido, Plano Collor I.Nova reforma monetária: confisco de aplicaçõesfinanceiras, bloqueio por 18 meses de contas dosvalores superiores a 50 mil cruzados novos, volta docruzeiro como moeda nacional, congelamento depreços e salários e mudanças no regime cambial e

política comercial. Registrou-se umadas maiores recessões do país.

1991. Em 31 de janeiro de 1991, ogoverno aplica o Plano Collor II, MP294/91 (convertida na Lei 8177 de01.03.1991). Novo surto inflacionário.

1992. Em 1992, um esquema decorrupção no governo, investigado poruma CPI, Comissão Parlamentar deInquérito, com amplo apoio popular,culmina com o impeachment dopresidente Collor. Assume o vice, ItamarFranco (1992-1994), implantando oúltimo plano de estabilização do país,na gestão de Fernando HenriqueCardoso no Ministério da Fazenda: oPlano Real (jul/94).

AJUIZAMENTO DE AÇÕES DOS PLANOS ECONÔMICOS*

PLANO PERÍODO AJUIZAMENTO ATÉBresser junho de 1987 31/05/2007**Verão janeiro e fevereiro de 1989 31/12/2008Collor I março a maio de 1990 28/02/2010Collor II janeiro e fevereiro de 1991 31/12/2010

(*) Prazo é de 20 anos | (**) Aguardam resultado de ações civis públicas

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6 Justiça em Revista

RECURSOS HUMANOS

Bem-vindos: novos servidores recebemtreinamento e orientação

Ricardo Acedo Nabarro

“Quando o carteiro chegou e o meu nome gritoucom uma carta na mão...” - o verso de Aldo Cabral e CíceroNunes (1945), na voz de Isaura Garcia e de outros tantoscantores, disparou corações por décadas. Numa versãomais moderna e bem menos romântica, é assim que atéhoje corações continuam disparando quando o telegramada Justiça Federal chega à casa do candidato que tentauma vaga na instituição.

Vencida a primeira batalha do concurso, é hora dese dirigir à administração para os exames admissionais -psicotécnico e médico. Avaliados e aprovados pelas áreasmédica e de acompanhamento funcional, os candidatosrecebem a relação dos documentos necessários para aposse e, pronto, é hora de por a mão na massa.

Ao mesmo tempo em que a Justiça Federal crescee amplia o seu quadro de funcionários a cada ano, novosprocedimentos são adotados para receber os candidatosque chegam à instituição e dão início à carreira. Paramuitos, a novidade começa quando pisam pela primeiravez, como funcionários públicos, no saguão do prédioadministrativo localizado na rua Líbero Badaró n.º 73,centro de São Paulo.

O cearense Flávio Ediano Hissa Maia, 22, queveio do Amapá para tomar posse em São Paulo no dia11/7/2008, se diz aliviado. “Estavaperseguindo os concursos da JustiçaFederal em todo o país e isso acabou metrazendo a São Paulo. Senti enormecontentamento e alívio por ter conseguido”.Aprovado em 7º lugar no concurso de 2007,Flávio trabalha agora como analistajudiciário da 6ª Vara de Execuções Fiscais.“Fui muito bem recebido tanto pelo pessoaldo administrativo quanto da Vara”.

Novos tempos

Quem trabalha na Justiça Federalhá mais de sete anos sabe que as coisasmudaram nos últimos tempos. “Quandotomei posse, no ano de 1993, recebisomente uma breve aula prática sobre osistema processual informatizado(aproximadamente uma hora de treino), quefoi essencial para mim. Posteriormente, atémesmo esse treino rápido foi suprimido. Osservidores que chegaram depois de mimdeixaram de receber essa aula”, contaPaula Maria Amado de Andrade, 34,

diretora da 3ª Vara Cível Federal de São Paulo/SP.Naquela época, havia outro agravante: a falta de

recursos da informática. Eram dois micros por varainstalados no gabinete e somente máquinas de escrevernas secretarias. “Incrível como no decorrer desses catorzeanos a Justiça Federal sofreu modernização tão grande.Ainda temos enorme volume de serviço, mas melhoroubastante. Ao contrário do que se pensa, treinamento éganho de tempo. O treino de hoje evita os erros de amanhãe economiza o tempo que se perderia consertando oserviço executado incorretamente”, raciocina Paula.

No caso de Flávio, que ingressou na JustiçaFederal neste ano e teve uma semana de treinamentoantes de ir para a vara, foi diferente. “Apesar de ter sidorápido, creio que ajudou bastante para que os novatostivessem certas noções do sistema processual e dasatividades do cartório. Ainda acho que o tempo (detreinamento) foi curto para, de fato, preparar o servidorpara o volume de trabalho existente”, pondera.

Uma semana de treinamentoe orientação

Os Recursos Humanos tem demonstrado clarapreocupação em preparar o novo servidor para o que vem

pela frente. Durante uma semana, recebemtreinamento e orientação das principaisáreas administrativas e cartorárias (varas).São inseridos na Justiça Federal cominformações sobre a estrutura ecompetências da instituição; práticascartorárias; rotinas processuais; telefonia esistemas de informática (intranet, internet,rede novell, groupwise). Há também um diadedicado às áreas de administraçãofuncional (pessoal e folha de pagamento) ede acompanhamento e desenvolvimentode RH (benefícios e lotação). “As dúvidasvão surgindo durante o tempo em que elesse adaptam às lotações. A semana deintegração serve para ambientá-los emuniciá-los com informações sobre ainstituição, oferecendo os conhecimentosnecessários enquanto servidores públicosda Justiça Federal”, diz a supervisora daSeção de Recrutamento e Lotação, MariaRegina Miranda Musolino.

No primeiro dia de integração,geralmente na segunda-feira, os novos

Flávio Ediano, aprovado em 7º lugarno concurso de 2007

Paula Maria Amado de Andrade,diretora da 3ª Vara Cível Federal da Capital

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√ ESTRUTURA E COMPETÊNCIAS DA INSTITUIÇÃO

√ PRÁTICAS CARTORÁRIAS E ROTINAS PROCESSUAIS

√ SISTEMAS DE INFORMÁTICA (INTRANET, INTERNET,REDE E CORREIO ELETRÔNICO)

7Justiça em Revista

servidores assistem ao vídeo bem humorado comexplicações sobre o funcionamento da Justiça Federal, arotina de uma vara e os bastidores da administração.Produzido pela Seção de Divulgação Social, o vídeo contacom a atuação e figuração de servidores da própriainstituição (veja na página da internet www.jfsp.jus.br, emimprensa > videoteca virtual).

Na parte da tarde, assinam o documento queformaliza a posse do cargo e recebem as boas-vindas dajuíza federal diretora do Foro (quase semprepessoalmente). Depois são orientados pela Seção daFolha de Pagamento quanto aos detalhes da remuneraçãoe a composição do contracheque, descontos deprevidência e imposto de renda, consignações facultativas,data de pagamento, sistemática de crédito bancário etc.“Os servidores demonstram muito interesse nasinformações, fazendo várias perguntas e comentários”,conta o supervisor da Seção, Marcos Breve.

Ainda no primeiro dia, a Seção de Benefícios eAssistência Social - Pró-Social fala sobre as atividades queoferece em prol da qualidade de vida do servidor, incentivoao lazer, cultura, esporte, assistência médica eodontológica, auxílio transporte, creche e convênios comempresas privadas. Também recebem orientações sobreética no trabalho e informações da Seção de Recrutamentoe Lotação sobre as possibilidades de atuação nos diversossetores da Justiça Federal.

No segundo dia (terça-feira), os novos servidoressão recebidos pela supervisora Cíntia Miluzzi, da Seção deApoio Logístico a Eventos de Capacitação. “No geral elestêm agradecido bastante a oportunidade de participar daambientação. Dizem que não imaginam como seria ir parauma vara sem o treinamento, ficariam perdidos”. Segundoa supervisora, a maior dificuldade dos novos servidores

tem sido entender o sistema processual informatizado dasvaras (MUMPS), que “acham muito complexo e difícil”.

Devidamente recepcionados, começa otreinamento de quatro dias no prédio da Praça daRepública n.º 299. Durante todo o primeiro dia, a Seção deCapacitação e Desenvolvimento de Recursos Humanosaborda questões de interesse para a carreira do servidor,tais como avaliação de desempenho, o perfil do novoservidor público, adicional de qualificação por cursos deaperfeiçoamento, atendimento e etiqueta corporativa.

No dia seguinte, instrutores das áreas de internet,intranet, telefonia e procedimentos cartorários orientam osnovos servidores sobre as ferramentas de trabalhodisponíveis na Justiça Federal de São Paulo. Por fim,durante dois dias, recebem aulas com servidores ediretores de vara sobre as rotinas processuais.

“Com esse treinamento desejamos que o servidorrecém ingresso seja bem recebido, sane suas dúvidassobre o funcionamento da Justiça Federal e tenha noçõesbásicas de varas e demais lotações. Esperamos que dessaforma ele chegue ao local de trabalho mais bem preparadoe informado”, conclui Gisele Molinari Fessore da Silva,supervisora da Seção de Capacitação.

Fotos: Ricardo Acedo Nabarro

O analista judiciário Arnoldo Wilde, 7ª Vara Previdenciária, instrui sobre rotinas cartorárias e Sistema MUMPS

Estes são alguns assuntos tratados notreinamento de integração.

Assista ao vídeo de integração noespaço multimídia da Revista virtual

em: http://imprensa.jfsp.gov.brou pela internet no endereço:

www.jfsp.jus.br no botão:imprensa > videoteca virtual.

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Os magistrados federais Renato Lopes Becho, 10ª Vara Federal de Execuções Fiscais/Capital, Olga Curiaki

Makiyama Sperandio, 6ª Vara Federal de São José do Rio Preto e Eliana Parisi e Lima, 4ª Vara Federal de São José

dos Campos, de diferentes localidades da Seção Judiciária de São Paulo, mostram quais são os desafios e as

prioridades na administração de vara especializada em execuções fiscais.

Desafios e prioridades na administração de vara especializada em execuções fiscais

Justiça em Revista

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSEliana Parisi e LimaJuíza Federal - 4ª Vara Federal

É comum algum juiz ou servidor definir o seu trabalho comexpressões como: “trabalhar aqui é como enxugar gelo”, ou“meu trabalho é como cavar um poço: quanto maistrabalho, mais afundo”. Expressões como essas revelam afrustração que por vezes toma conta do coração de quemdeseja ardentemente fazer a entrega da prestaçãojurisdicional de forma rápida e com qualidade, mas esbarranas limitações estruturais que compõem o cenário de boaparte das varas federais. Nas duas últimas décadas onúmero de demandas judiciais cresceu de formageométrica. Podemos comemorar o fato de que o povobrasileiro “descobriu” a Justiça Federal. Porém, se por umlado a demanda cresceu exponencialmente, por outro ladoa criação de novas varas, a contratação de servidores enomeação de novos juízes ocorreram de forma aritmética.O espaço que dispomos aqui não nos permite discorrerminuciosamente sobre esse contexto. Ademais, as causasdo assoberbamento do judiciário federal são bastanteconhecidas e amplamente debatidas pelos operadores doDireito. Creio que nenhuma outra área sentiu tanto oaumento da demanda pelo judiciário federal quanto a áreafiscal. Basta comparar o acervo das varas fiscais com asdemais varas. Quase sempre são as varas fiscais quecontam com o maior número de feitos. Isso se dá pelaconjunção de alguns fatores, tais como: i) estabilização damoeda; ii) ampliação da estrutura de fiscalização ecobrança; iii) uso dos recursos de informática ecomunicações, etc. A solução deste quadro demandamedidas estruturais, medidas operacionais e mudança depostura. As medidas estruturais implicam em mudança nalegislação, incremento da estrutura administrativa, maioraparelhamento do judiciário e criação de áreas de sinergiaentre o judiciário e a administração. As mudançasoperacionais passam pelo investimento na capacidadecriativa e proficiência técnica dos servidores e magistradosque atuam na área fiscal. Tanto aqueles quanto estesprecisam de suporte para implementar e desenvolver

ferramentas de gestão tais como planejamento estratégico,gestão por qualidade, gestão de pessoas, etc. Mas a maiore mais poderosa mudança está na postura dos quelabutam na linha de frente de uma vara federalespecializada em execuções fiscais. Ao contrário do que sepensa, trabalhar em uma vara fiscal pode ser uma rica edesafiadora experiência. Trata-se de uma área complexa,intrincada, permeada de detalhes e sutilezas que exigematenção e um olhar arguto. É preciso aprender a gostardesse trabalho. Ademais, é preciso enxergar a relevância.No conjunto, as varas fiscais arrecadam um expressivovalor e ajudam a combater a sonegação e a evasão fiscal.Termino evocando uma sabedoria milenar. Na línguachinesa a apalavra CRISE é muito interessante. Oideograma chinês para "CRISE" é a combinação de doissímbolos. Um significando "perigo", o outro pode sertraduzido como "oportunidade". Veja o ideograma chinêspara CRISE:

Diante dos desafios do trabalho em uma varafiscal, é preciso ter talento para crescer com aCRISE e transformar PERIGO emOPORTUNIDADE.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETOOlga Curiaki Makiyama SperandioJuíza Federal - 6ª Vara Federal

Sabe-se que o próprio procedimento de execução fiscalfomenta a lentidão da marcha nele ordenada: o excesso derecursos e de impugnações e a ineficiência do credor nalocalização do devedor e bens penhoráveis estimulam ocomportamento recalcitrante do devedor. Assim é quesonegadores contumazes, enquanto empregam uma sériede artifícios para subtraírem-se à ação coativa do Estado,aplicam o capital correspondente em operações financeirascuja rentabilidade suplanta o ônus que possam vir asuportar se e quando saldarem a dívida. Nesse ínterim,costumam desfazer-se do patrimônio. Com tal perspectiva,e tendo em mente que a missão prioritária do PoderJudiciário de dar ao credor o que de direito não se realiza

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BOAS PRÁTICAS

Justiça em Revista

sem o compromisso com um processo de resultado, e queeste é traduzido, numa vara de execuções fiscais, pelasatisfação do crédito fazendário legítimo sem desrespeito àintangibilidade do patrimônio de quem não deve por eleresponder, a 6ª vara de São José do Rio Preto imprimeceleridade aos feitos executivos e prioriza a tramitação dasações e manifestações incidentais do devedor, tambémconferindo tratamento diferenciado às execuções dosmaiores devedores e às ações cautelares fiscais, já quenelas se empregam os incidentes mais sofisticados pararetardar seu andamento ou para dilapidar do patrimônio.Os leilões, que são um evento na cidade, obedecem a umcalendário, sendo os bens apregoados por leiloeiro oficial.A maior transparência e divulgação ao certame, apossibilidade de parcelar a arrematação e a fixação dolance mínimo também são fatores atrativos, tanto queadotados por outros órgãos judiciários. Nos 44 pares deleilão realizados entre 06/2004 a 05/2008, em 814 feitos,apurou-se a quantia de R$ 10.249.621,92. A propósito,para além da expressão econômica, a efetividade da hastapública se afirma na medida em a simples designação dedatas para sua realização desencadeia a aceleração depagamentos e parcelamento de débitos. O desafio da Varaé reduzir para menos de um ano o tempo entre adistribuição da execução e a realização de leilão. Paratanto, vem revendo os procedimentos para simplificar eacelerar sua tramitação, gerenciando informações acercados devedores e seus bens, apensando processos,empreendimento esse só viabilizado com sacrifício pessoaldos servidores, sem colaboração dos Procuradores daFazenda Nacional, apoiados na sempre alegada “falta deestrutura”. De grande contribuição seria a criação de umPrograma de Incentivo às adjudicações, como o do TRF da2ª Região, para tornar mais efetiva a execução e,secundariamente, permitir a utilização provisória (mediantedepósito) ou definitiva (mediante adjudicação seguida decessão) dos bens penhorados por entidades sociaiscadastradas. Essa seria, talvez (me perdoem os maisotimistas), a solução mais factível para resgatar o prestígioda função jurisdicional enquanto não se reverter aorientação dos Tribunais de inadmitir prisão civil dodepositário infiel!

CAPITALRenato Lopes BechoJuiz Federal - 10ª Vara FederalExecuções Fiscais

Os juízes preparam-se para osconcursos estudando o direito. Quando

passam a judicar, descobrem que cabe a eles uma tarefade grande envergadura: a administração. Não houve umapreparação técnica para isso, mas se existirem muitas

falhas nessa área, a prestação jurisdicional poderá serprejudicada.

Estamos na mesma vara desde março de 2001.Temos um quadro de 13 servidores, com um acervo queenvolve aproximadamente 40 mil feitos, incluindo ossuspensos em arquivo. O primeiro desafio é darandamento em tantos feitos com número tão pequeno deservidores. Entendemos que o principal é a identificação,por todos nós, juiz e servidores, de que compomos umaúnica equipe. Somos um grupo, um time. Todos somosimportantes nessa estrutura. Para tanto, há divisão deatribuições e responsabilidades, sendo algumas tarefasdesempenhadas por todos. Uma organização requer certahierarquia. Por isso, destacamos a importância dossupervisores. É fácil perceber a importância do diretor desecretaria e do oficial de gabinete. Até nosso “público” osidentifica com facilidade. Mas, internamente, ossupervisores são figuras essenciais.

Neste ano de 2008 elegemos, junto com o diretorde secretaria, três prioridades específicas: a atualização denosso Manual de Procedimentos (de 2002), oapensamento de feitos de mesmas partes e o andamentonos processos arquivados mais antigos. O Manual deProcedimentos é muito útil para permitir a todos osservidores e estagiários entender com mais facilidade oandamento dos processos e o encadeamento das tarefas,além de conter um grande número de decisões repetitivas.Terminamos a atualização em abril. O apensamento defeitos é providência salutar. É comum que os executadospossuam diversas execuções. O apensamento permite aredução no número de despachos, pois somente umrecebe o andamento. Evitamos a repetição de tarefas cujoresultado já se conhece. Essa prioridade foi incorporadacomo padrão. Estamos desarquivando os processos ativos(não localização do devedor ou de bens) mais antigos.Desarquivamos lotes de 500 feitos, uma pequena parte doacervo (24 mil processos) e abrimos vista para osexeqüentes. Em torno de 90% dos feitos, os autorespediram a extinção por cancelamento do débito. Muitos dosrestantes receberam sentença reconhecendo a prescriçãointercorrente. Havia um relativo à cobrança de impostodevido em 1957. Poderia a parte dizer: “está para nascer ojuiz que julgará esse processo”!

Para finalizar, registro como é estimulante ser juiz eservidor em uma vara de execução fiscal. Compomos obraço da Justiça que está com a espada apontada para opatrimônio dos contribuintes. Os maiores desafios sãoidentificar quais são os injustamente executados e alcançaros sonegadores que se escondem do Poder Judiciário.

Este espaço é reservado para os magistrados da Justiça Federal deSão Paulo divulgarem suas opiniões e debaterem acerca de desafiosna administração de Varas e Fóruns. Interessados em participardevem encaminhar seu texto ou sugestão de pauta para o endereço:[email protected].

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10 Justiça em Revista

TECNOLOGIA

Meta é integrar as tarefas dos servidorescom as novas tecnologias

Quatro sistemas de informática estão em pleno usopara facilitar o trabalho dos servidores da Justiça Federalde 1º Grau em São Paulo (JF/SP), visando economia detempo e otimização das tarefas diárias. Um deles éinteiramente novo e os outros três passaram poratualizações recentes. Tratam-se do SAPEP, SICOM, CallCenter e Solicitação de Materiais.

O Sistema de Aquisição, Processamento,Empréstimo e Pesquisa de Material Bibliográfico, SAPEP, éo novo sistema eletrônico de atendimento das solicitaçõespara compra de livros necessários ao trabalho das varasfederais, juizados e núcleos da Administração.

O Sistema de Comunicação, SICOM, foi criadopara padronizar e agilizar o envio de correspondênciasinternas dos servidores. O sistema permite a impressão deetiquetas e a armazenagem de uma lista decorrespondências enviadas e recebidas. “Com o SICOM, otrabalho dos setores de comunicações está mais ágil e orastreamento das correspondências pode ser feito pelopróprio remetente”, diz Lindinalva Pais, supervisora daSeção de Comunicações. Além de ser um programa auto-explicativo, o sistema não requer o emprego de senhas ourotinas específicas, e está disponível na rede para todos osservidores.

O Call Center é um sistema unificado deatendimento às solicitações de informática dos servidoresda JF/SP e TRF3, feito via rede interna (intranet). Por meiodele, o usuário pode abrir solicitações acerca dos maisdiversos problemas em seus computadores.

O serviço passou por um “up grade” recentementepara atender novas necessidades solicitadas pelosusuários e se adaptar à união das informáticas da 1ªinstância e do TRF3, que ocorreu no ano passado. Agora,as solicitações passaram e ser feitas somente on-line, napágina do Call Center na intranet. Com isso, a informáticaagilizou tanto a abertura quanto o atendimento doschamados. “O Call Center é uma ferramenta poderosa que,se utilizada corretamente, beneficiará a todos. Usar otelefone ou ir pessoalmente procurar um técnico deinformática é mais trabalhoso e de efeito prático menor doque pelo computador”, diz Luiz Gôngora, supervisor daSeção de Suporte Técnico de 1º Grau.

A Solicitação de Materiais, que antes era um íconena área de trabalho do computador dos servidoresautorizados para fazer os pedidos de materiais dealmoxarifado, agora está também na rede interna,

Informática passa por inovações

possibilitando o uso de qualquer máquina para o trabalho.As inovações tecnológicas são de suma

importância para a economia financeira e agilização deprocedimentos.

Viviane Ponstinnicoff

SAPEP

Padronização e rapidez na execução das solicitações

de livros, transparência das informações, segurança no

armazenamento de dados, agilidade no processamento do

material adquirido, economia de material e de tempo, autonomia

do usuário na verificação dos seus acervos, facilidade de

pesquisa.

Essas melhorias devem-se ao Sistema de Aquisição,

Processamento, Empréstimo e Pesquisa de Material Bibliográfico

- SAPEP. Criado para atender às solicitações de compra de

livros, o novo sistema eletrônico foi desenvolvido num trabalho

conjunto da Seção de Sistemas Administrativos de 1º Grau com

a Biblioteca Central.

Durante muitos anos a compra de material bibliográfico

para toda a Seção Judiciária era feita com o auxílio de programas

de informática comuns, como Excel, Word e Access.

“Executávamos muitas operações manualmente, como a

compilação dos pedidos e a confecção das etiquetas. O trabalho

precisava ser conferido sempre para evitar erros e não havia

como recuperar dados rapidamente”, conta Doralice de Castro

supervisora da Biblioteca Central

Com o intuito de simplificar, otimizar e assegurar esses

procedimentos, o Núcleo de Informática consolidou o

agrupamento dos diferentes tipos de arquivos usados num único

programa interativo - o SAPEP. "Agora o usuário pode verificar

suas aquisições e pedidos anteriores, fazer a solicitação on-line

a partir de uma listagem constantemente atualizada, além de

cadastrar, ele mesmo, itens de seu interesse que não estejam na

lista", diz Doralice.

O SAPEP foi selecionado pelo Conselho da Justiça

Federal para integrar o Jusqualitas, que tem como objetivo

disponibilizar informações estratégicas sobre soluções

adotadas para a resolução de problemas que afetam o

funcionamento da Justiça Federal, em todo o país.

O projeto pode ser conferido na página

http://www.jf.jus.br.

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11Justiça em Revista

ENTRETENIMENTO E CULTURA

ZUZU ANGELDrama - Brasil - 2006Sérgio RezendeZuzu Angel é uma estilista de sucesso queajudou a divulgar a moda brasileira por todo omundo. Nos anos 70, Zuzu travou uma batalhacontra a ditadura militar, devido aodesaparecimento de seu filho Stuart, membro do

movimento estudantil da época. Após sua prisão, Stuart foi torturadoe assassinado, sendo dado como desaparecido político. A partir daíZuzu decide denunciar os abusos cometidos pela ditadura,chamando a atenção no Brasil e no exterior.

A PARTILHAComédia - Brasil - 2001 Daniel FilhoReunidas para o enterro da mãe, quatro irmãs sevêem obrigadas a discutir entre elas a divisão dapartilha de bens. Já que todas seguiramcaminhos bem diferentes, elas passam aconfrontar entre si suas opções de vida e juntaspassam a fazer um balanço do passado e dos

bons momentos que tiveram, sendo obrigadas ainda a enfrentar asnovas situações que o cotidiano lhe impõe.

Direito Tributário Esquematizado2ª Edição - Método - Ricardo AlexandreO autor, professor com larga experiência emconcursos públicos, após profunda análise dasprovas aplicadas e avaliação da evolução e dastendências das bancas examinadoras apresenta aocandidato, nesta obra, uma abordagem completadas matérias que compõem os programas de

direito tributário dos principais concursos públicos realizados noBrasil. Nos temas aponta o entendimento mais seguro para serseguido em prova finalizando a obra com questões sobre a matéria,proporcionando ao leitor a possibilidade de aferir seuaproveitamento, além de confirmar a consonância entre o texto e oraciocínio das bancas examinadoras.

Código Civil Anotado13ª Edição/2008 - Saraiva - Maria Helena DinizA autora procura explicar o que no Código secontém, abrangendo a riqueza da atual realidadesocial e dos valores objetivos nela vigentes. Paratanto, efetuou breves anotações em cada um deseus artigos, acompanhadas de remissões

legislativas, de decisões jurisprudenciais e de selecionadabibliografia a eles pertinentes, que servirão de guia na busca debases mais profundas. Nestas anotações a autora procura oferecerao público informações imprescindíveis para uma viagem nosdomínios do direito civil.

A Esperança e o Drama (*)Adonis Ferreira - 1ª Vara, São João da Boa Vista

A roda da história girou...Pela ironia deu ao mundo duas criançasQue hoje representam o medo e a esperança.Divididas pela cultura, pela vida,pelo amor, pelo terror, Ao que tudo estático parecia, semearam mudanças...

O primeiro cresceu na étnica diversidadeAprendeu a palavra amor na variedadeNem a sua cor, o impediu, com o seu valor,de entrar na branca universidade.

Competente, determinado, lá ficou.Apaixonado pelo discurso exaltadoe pelo teu sol chamado... Michele,Luz que te ilumina e para o mundo por ti caminha.

O nome dele é Obama...

Outro meninoNo nome apenas uma semelhançaErgue-se gente nas chibatadas da desesperança.Da violência, fugiu na religião, e lá teve uma única lição: difamar a palavra paz do Corão.Dali, só devolveu ao mundodor e destruição.

Esconde atrás do véu da intolerância,de feminina ausência, sem mãe,Não teve infância.

O Teu nome criança,é Osama.

E o irônico destino, deu aos dois meninos, rumos tão desiguais,trazendo a nossa memória coisas surreais.A esperança e o dramaNa história de cada um, na nossa se faz...

Para uns, a dor deste mês de setembro lembrou...Para outros, a chance tão perto chegou...Para o Mundo, mais uma humana e coincidente história,tão de repente como a sua criação, apenas recomeçou...

(*)Dedico esta aventura aos colegas que participaram do Curso"DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E GESTÃO DE PESSOAS",no dias 7 e 8 de agosto, em São Paulo, e aos coordenadoresSergio e Gisele.

Ao meu filho que ainda vai nascer, num mundo melhor, comcerteza!

CANAL ABERTO

Este espaço é dedicado a todos que queiramcompartilhar suas histórias. Encaminhe seu

texto para [email protected]

A Diretoria do Foro agradece a todos que doaram seus livros para a Biblilazer:Adriana Freisleben De Zanetti, Aldo Sunas, Ana Cristina De Castro Paiva, AudryCândida Da Silva, Angélica Resende, Carla Fernanda Alves Ferreira, Carlos AlbertoDos Reis, Celso Kenji Miyamoto, Claudia Nannini Ferrari, Claudia Rafael AmâncioNasrallah, Cristiane Gomes Toledo, Cristina Maillet De Lima Rocha, Daniel Portugal,Doralice De Castro, Eiko Yamashiro, Elizabete D’Oliveira G. Costa, Emilia TomokoTsunechiro Kazama, Fábio Nunes Dos Santos, Fernanda Maria Faulin Dos Santos,Graça Maria Mihoto, Ivone De Araújo Monteiro, Joceli Guerra Castelfranchi, LeicaKraneck Sumida, Lesley Gasparini, Lucivaldo Santos Silva, Luiz Guilherme Martins,Marcelo Padula, Márcia Hoffmann Do Amaral E Silva Turri, Maria Alice De Vicencio,Maria Aparecida Roseira Teixeira, Maria Cristina De Luca Barongeno, Maria MikieMuramoto, Mírian Miyuki Ogihara Kamimura, Maria Noriko Massuyama, MônicaAutran Machado Nobre, Osvaldo João Chéchio, Patrícia Lopes Cançado, RaeclerBaldresca, Renata Andrade Lotufo, Rosemeire De Fátima Ferreira Pinheiro Costa,Silvia Aparecida Sponda Triboni Miranda De Almeida, Sílvia Figueiredo Marques,Valéria Da Silva Nunes, Vera Lúcia Menezes Paz Nunes, Yolanda Waldowski Ralha.

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