resumo diáspora negra no rio de janeiro 1583 1725 - cópia - cópia

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Daniel Jorge Marques Filho Matricula: 201007044349 Primórdios da Diáspora Negra no Rio de Janeiro, 1583-1720 Resumo O Artigo a Seguir faz uma Análise sobre o impacto do comercio atlântico de escravos e da diáspora negra africana na formação econômica da cidade do Rio de Janeiro, principalmente no Século XVII, período fundamental para a compreensão da imersão da colônia portuguesa e da Capitania do Rio de Janeiro no Comercio Atlântico. Breve analise da relação comercial entre o império ultramarino português e o Reino do Congo, região primordial para o entendimento da diáspora africana na America Portuguesa e no Rio de Janeiro, relacionam-se também com uma nova linha historiográfica: A História Atlântica e seus conceitos interpretativos em relação ao colonialismo e o papel da África e seus habitantes em uma dinâmica histórica de longa duração. O Texto a seguir também traz um breve enfoque a cerca das matrizes culturais e étnicas dos africanos, livres ou escravizados que desembarcaram na capitania do Rio de Janeiro de 1583 ate o século XVIII, referenciando as fontes de Historiadores Brasileiros e Estrangeiros especializados no contexto da analise histórica da diáspora africana. Apesar da Cidade do Rio de Janeiro ter sido uma província colonial de economia periférica pelo menos até o inicio de século XVIII, 1 não á duvida de que o africano já fazia parte da 1 Mauricio de Almeida Abreu, Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700) Vol II, p.36

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diáspora negra no rio de janeiro

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Page 1: Resumo diáspora negra no rio de janeiro 1583 1725 - cópia - cópia

Daniel Jorge Marques Filho

Matricula: 201007044349

Primórdios da Diáspora Negra no Rio de Janeiro, 1583-1720

Resumo

O Artigo a Seguir faz uma Análise sobre o impacto do comercio atlântico de escravos e da diáspora negra africana na formação econômica da cidade do Rio de Janeiro, principalmente no Século XVII, período fundamental para a compreensão da imersão da colônia portuguesa e da Capitania do Rio de Janeiro no Comercio Atlântico. Breve analise da relação comercial entre o império ultramarino português e o Reino do Congo, região primordial para o entendimento da diáspora africana na America Portuguesa e no Rio de Janeiro, relacionam-se também com uma nova linha historiográfica: A História Atlântica e seus conceitos interpretativos em relação ao colonialismo e o papel da África e seus habitantes em uma dinâmica histórica de longa duração. O Texto a seguir também traz um breve enfoque a cerca das matrizes culturais e étnicas dos africanos, livres ou escravizados que desembarcaram na capitania do Rio de Janeiro de 1583 ate o século XVIII, referenciando as fontes de Historiadores Brasileiros e Estrangeiros especializados no contexto da analise histórica da diáspora africana. Apesar da Cidade do Rio de Janeiro ter sido uma província colonial de economia periférica pelo menos até o inicio de século XVIII,1 não á duvida de que o africano já fazia parte da vida econômica da cidade pelo menos desde 1583. Com a crescente dizimação e aldeamento da população indígena, cria-se uma demanda por mão de obra escrava qualificada originaria da áfrica, esse fenômeno econômico da substituição de mão de obra indígena pela africana já havia ocorrido na Bahia quinze anos antes.2

Pode-se dizer que o tráfico de escravos e subseqüentemente a Diáspora Africana no Rio de Janeiro começa em larga escala na penúltima década do século XVI. De acordo com o historiador português Joaquim Veríssimo Serrão em seu estudo pioneiro sobre a fundação econômica da cidade,3 a introdução do comercio atlântico de escravos na capitania ocorreu através das iniciativas do primeiro governador da colônia portuguesa em Angola, Paulo Dias Novais, do então Governador Salvador Correa de Sá o Velho e do Traficante de escravos João Gutierrez Valério que viam na Cidade do Rio de Janeiro um potencial centro comercial no Mar Atlântico, criando então a chamada “guinada atlântica” da região4.

1 Mauricio de Almeida Abreu, Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700) Vol II, p.362 Mauricio de Almeida Abreu, Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700) Vol II, p.313 Joaquim Veríssimo Serrão, O Rio de Janeiro no século XVI, 2 volumes. 19654 Integração do Rio de Janeiro no Mundo Atlântico, relação comercial com Angola, Buenos Aires e Peru, ver Mauricio de Almeida Abreu, Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700) Vol II, p.34

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Apesar de ser em menor escala quando comparado as capitanias do Nordeste, o impacto do surgimento do tráfico de escravos na economia e demografia no Rio de Janeiro é inegável, o efeito imediato do influxo de escravos na capitania foi a expansão da construção de engenhos na região:

Figura 1.0. Locais dos Engenhos da Capitania Fluminenses de 1601 a 1700. Fonte: Mauricio de Almeida Abreu, Geografia Histórica do Rio de Janeiro, p-98

Buenos Aires servia em grande parte como entrada de mercadorias para o peru, um intermediário comercial da principal colônia espanhola na America do sul. Com a intensificação do comercio legal e ilegal entre o Brasil colônia e o Rio da Prata, contrabandeava-se a prata vinda do peru e escravos vindos do Rio de Janeiro e Angola. No final do século XVI eram enviados anualmente cerca de 600 escravos vindos do Rio de Janeiro, e em 1615 o numero sobe para 1500, nota-se então um triângulo comercial entre Angola, Rio de Janeiro e Buenos Aires.5 As autoridades colônias do Peru notaram a grande quantidade de comerciantes portugueses vindos do Rio de Janeiro, em sua maioria de cristãos novos, que dominavam o comércio de escravos em Lima e em Buenos Aires, “a principal rua do comercio, em Lima, lhes pertencia”6, e de acordo com a historiadora Alice Canabrava, pioneira nos estudos sobre o comercio da região, suas mercadorias (escravos) eram vendidas por todo território dos Andes peruanos, especialmente em Cuzco e em Lima 7.A identidade religiosa dos escravos que vieram para o Rio de Janeiro era variada, indo da preservação na crença dos espíritos Nkisis e Nkitas a um cristianismo filtrado por valores tradicionais africanos, uma forma própria de cristianismo local que se instaurou através de um processo de conversão em massa iniciada a partir da aceitação das elites nativas em adotar a fé cristã católica. Recentemente vários historiadores vêm se dedicando a um estudo mais aprofundado das tradições Religiosas africanas durante a diáspora negra nas Américas,8

5 Mauricio de Almeida Abreu, Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700) Vol II, pp. 23- 27 e Jose Gonçalves Salvador, Os cristãos Novos e o comercio no Atlântico Meridional, 1978, p 3586 Jose Gonçalves Salvador, Os cristãos Novos e o comercio no Atlântico Meridional, 1978, p 687 Alice Canabrava, O comercio português no Rio da Prata, p-1318 Destaque a Linda Heywood e John Thornton

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especialmente a partir da leitura de relatos feitos por missionários, comentários a cerca da cultura local por viajantes e declarações feitas pelos próprios nativos. Desde 1491 as elites do Reino do Kongo passam a ter acesso á educação religiosa européia com a missão cultural portuguesa de 1491 e 1492, no caso da região dos Umbundos de Angola, a partir da instauração da colônia portuguesa em Luanda vários Umbundos que se integraram á colônia portuguesa foram educados por missionários jesuítas e mais tarde usando de seus conhecimentos se aliaram a chefes locais em suas ambições políticas na região.9

Um documento esclarecedor sobre a visão que as elites africanas tinham sobre o cristianismo em relação às crenças tradicionais está na carta enviada pela Rainha Ana de Sousa Njinga do Matamba á Cúria Romana, agradecendo o envio de missionários capuchinos á seu reino:

“[...] Agora temos conhecimento do verdadeiro Deus que antes não havíamos, por isso ficávamos enganados a nossa idolatria, em poder do demônio. A piedade de Deus é grande para connosco,[...]. Nosso senhor Jesus Cristo seja servido, que nos outros correspondamos à graça que nos esta fazendo, para que não mereçamos castigo maior pelos nossos pecados. Se as senhorias mandarem outros religiosos capuchos, os receberemos com boa vontade, que no nosso reino há muita gente para tomar o santo batismo. Deus conceda a vossas senhorias muitos anos de vida para o bem de nossas almas. De nosso Reino de Matamba a 15 de Agosto de 1651. Ana, Rainha Njinga.” 10

A classe sacerdotal dos Ngangas, entre os Kikongos e Umbundos, composta ambos por homens e mulheres, tinham a função de se comunicar com as divindades, e cuidar dos altares e centros de adoração,11 relatos fantásticos do Brasil colônia encontrados pelo historiador James Hoke Sweet no ANTT (Arquivo Nacional da Torre do Tombo) demonstram que os sacerdotes Ngangas, conseguiram recriar seu mundo espiritual, no Rio de Janeiro colonial, em 1720 é relatado:

“A várias bruxas das quais todos chamam de Gangazambes, que tiram, e dão vida, e invocam espíritos dos mortos,[...] e por lá entram muitos brancos filhos da terra [colonos brancos].” 12

Também em 1720 é feita uma descrição confirmando a adoração dos kitekes13 entre os escravos no Rio de Janeiro:

“Várias imagens que eles chamam de Quitecles, para os quais eles dão culto, dizendo, ‘esse é meu pai; esse é meu filho; esse é meu irmão’. Pensam que as imagens estão vivas e lhe oferecem sustento.”14

As tradições religiosas dos escravos de origem kimbunda também passam a ser notadas com preocupação pelas autoridades clericais, no início do século XVIII um padre publica uma lista

9 Kathryn Joy McKnight, Leo J. Garofalo, Afro-Latino Voices: Narratives from the Early Modern Ibero-Atlantic World, 1550-1812, p-4010 Idem, p.4411 Idem, pp.8812 ANTT, Conselho Geral do Santo Ofício, Tomo XXXI, livro 272. de James Hoke Sweet, Recreating Africa: Culture, Kinship, and Religion in the African-Portuguese World.p-15513 Estatuetas de madeira usadas na adoração de espíritos ancestrais e familiares mortos14 ANTT, Conselho Geral do Santo Ofício, Tomo XXXI, livro 272. de James Hoke Sweet, Recreating Africa: Culture, Kinship, and Religion in the African-Portuguese World.p-155

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de dez rituais pagãos praticados pelos escravos de Angola, e pede o envio de mais jesuítas para instruir os escravos recém chegados no Rio de Janeiro, e em seguida comenta:

“Os Negros de Angola estão a se lançar em direção ao inferno, a principal fonte de seus erros está na barbaridade pagã em que vivem, sem terem instruções que lhe mostrem o verdadeiro caminho da salvação.” 15

Similarly, at the beginning of the eighteenth century, an ecclesiasticalreport from Rio de Janeiro described the ‘‘Tambes of deceased Negroesof the city.’’ The ‘‘tambes’’ of Rio de Janeiro were remarkably similar to theImbangala tambo described by Cavazzi.The Brazilian variant took place in theslave quarters (senzalas) and consisted of large gatherings of slaves ‘‘with theiratabaques (conical drums, played between the legs), engomas (large, standingdrums), and other instruments.’’ Just as in Angola, the slaves ate and drank,and the ceremony was presided over by a ‘‘feiticeiro who assumes various practices.’’The Catholic priest who lodged the report viewed the tambes througha sexual prism, noting that the slaves cohabited ‘‘indiscriminately’’ and that‘one finds some licentious whites’’ at these affairs.60

Ao falar de uma cultura cristã africanizada transplantada para o Brasil, é impossível deixar de mencionar as confrarias e sociedades fraternais fundadas por africanos e pardos católicos, as irmandades Negras, fundadas com o intuito de promover a educação entre a população escrava a cerca das doutrinas e dogmas católicos, desempenharam um papel fundamental para a integração do escravo africano na sociedade Colonial Brasileira. 16

Em 1714, frei Agostinho de Santa Maria, comentou a cerca da fundação da atual Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos no Rio de Janeiro:

“Os pretos cativos da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro tinham na Igreja de Santa Sé uma capela aonde tinham colocado uma milagrosa imagem da rainha dos anjos, a Senhora do Rosário, [...] reconheciam os pretos e sentiam muito que os Senhores Eclesiásticos os não tratassem com aquela caridade e favor que merecia a sua devoção e fervoroso cuidado, [...] levados deste sentimento assentaram entre si fundar uma ermida em toda sua, aonde pudessem colocar a imagem da Senhora do Rosário de quem eles desejavam mostrar-se fieis e solícitos escravos [...] Em breve tempo levantaram uma capela mor tão magnífica que podia servir a um suntuossísimo templo, como está pedindo e virá a ser. 17

Alem de ser um instrumento de cristianização, as irmandades negras prestavam serviço humanitário para com a população escrava, um grupo de ajuda tanto material quanto espiritual, compravam alforrias, prestavam serviços funerários, aconselhavam e ajudavam financeiramente os membros mais necessitados, serviam de representantes sociais da população negra nos centros urbanos da colônia, escravos africanos compunham a grande maioria dos membros dessas irmandades18.

15 Idem .p-20016 Patricia Mulvey, Brothers and Sisters: Membership in the Black Lay Brotherhoods of Colonial Brazil. P-1 de Luso-Brazilian Review, v. 17, n. 2, p. 253-279, 17 Antonia Aparecida Quintão, Lá vem o meu parente: as irmandades de pretos e pardos no Rio de Janeiro e em Pernambuco (século XVIII). pp-145-14618 Patricia Mulvey, Brothers and Sisters: Membership in the Black Lay Brotherhoods of Colonial Brazil. p-2 de Luso-Brazilian Review, v. 17, n. 2, p. 253-279,

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Francisco Alves de Souza, ex-escravo ou “homem preto forro” originário do Reino Maki no atual Benin e regente da confraria da Irmandade de Santo Elesbão e Santa Efigênia no Rio de Janeiro em 1748 fez um comentário esclarecedor acerca da função social das Irmandades negras no Rio de Janeiro:

“Os negros criaram esse grupo ou corporação, porque desde o começo desta terra, eles [portugueses] forçadamente trouxeram africanos negros da Costa da Mina e Angola, e alguns dos senhores que compravam os africanos eram desumanos. Quando os negros caiam adoecidos com doenças incuráveis ou envelheciam esses senhores simplesmente os jogavam fora e os deixavam morrer de fome e frio [...] e por essa razão os próprios negros criaram esse grupo, para fazer o bem aos seus irmãos de sangue, e para deixar a comunidade saber que quando alguém dentre eles morrerem, se coletará esmolas para poder enterrá-los e ordenarão missas para suas almas, e aqueles que são pobres podem ser assistidos de tempo em tempo com contribuições.19”

Apesar de serem agentes da propagação de um cristianismo oficial católico, um cristianismo filtrado por valores africanos era praticado pelos membros das irmandades negras, incluindo o baixo clero e os cristãos leigos20 de suas confrarias, membros da irmandade de Nossa Senhora do Rosário em Recife eram acusados de secretamente adorar estatuas de barro de divindades africanas, 21 em 1754 o popular pregador leigo Pedro Congo, em suas oratórias a escravos e africanos forros de confrarias negras de minas gerais e Rio de Janeiro misturava elementos cristãos com o conceito de possessão espiritual africana, “falava com o espírito santo na hora que quisesse” e “no Rio de Janeiro cobrava 20 réis para levar os espíritos de escravos mortos pra o céu”, questionado por padres locais sobre seus métodos não ortodoxos, Pedro Congo dizia estar apenas “pregando o cristianismo”.22

A visão oficial da Igreja, a respeito da salvação da alma como sendo uma luta entre os sistemas de crença africanos, “agentes do demônio” e o cristianismo, “agente de Deus”, não era compartilhada por boa parte da população das colônias, que não viam contradição em adotar elementos da religião cristã e de crenças africanas. Donos de escravo recorriam a escravos “feiticeiros” para encontrar objetos perdidos, escravos fugidos, e curar enfermidades, escravos com habilidades mágicas eram os mais valorizados no mercado escravista, pois seus senhores lucravam ao oferecer seus poderes a uma clientela necessitada de tratamentos médicos mais básicos. Padres católicos aconselhavam seus fies a procurarem curandeiros africanos para o tratamento de doenças e “possessões malignas” 23

19 Kathryn Joy McKnight, Leo J. Garofalo, Afro-Latino Voices: Narratives from the Early Modern Ibero-Atlantic World, 1550-1812, p-25120 Fiéis que não são ordenados, isto é, que não receberam o sacramento da ordem clerical católica.21 James Hoke Sweet, Recreating Africa: Culture, Kinship, and Religion in the African-Portuguese World. p-20822 Idem, p.20823 Idem, p.218

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Figura 9.0. Cidade de Luanda, Johannes Vingboons, 1665. Fonte: http://www.gahetna.nl/collectie

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Figura 8.0. Retrato de Manuel da Cunha Pinheiro deputado da Inquisição de Évora . C.1730

Figura 10.0.

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Figura 7.0. Ex-Voto do Capitão Francisco de Souza, agradecendo á N.Sra. do Rosário por telo protegido durante uma revolta de escravos em seu navio negreiro durante viagem da África para o Rio de Janeiro, óleo sobre tela de 1756. Fonte: http://people.ufpr.br/~lgeraldo/imagensminas.html

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6.0. Referências Bibliográficas

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HOKE SWEET, James. Recreating Africa: Culture, Kinship, and Religion in the African-Portuguese World, 1441-1770, ed. University of North Carolina Press, 2003.

JOY MCKNIGHT, Kathryn, GAROFALO, Leo. Afro-Latino Voices: Narratives from the Early Modern Ibero-Atlantic World, 1550-1812, ed. Hackett Publishing, 2009.

APARECIDA QUINTÂO, Antonia. Lá vem o meu parente: as irmandades de pretos e pardos no Rio de Janeiro e em Pernambuco (século XVIII), ed. São Paulo: Annablume, 2002.

M. HEYWOOD, Linda. Diáspora negra no Brasil, 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008.

ALMEIDA ABREU, Mauricio de. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700) Vol II, ed. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio, 2010.

COSTA E SILVA, Alberto da. A Manilha e a Libambo, A África e a escravidão de 1500 a 1700. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

ELBL, Ivana. The Volume of the Early Atlantic Slave Trade, 1450-1521, The Journal of African History Vol. 38, No. 1 (1997), pp. 31-75. ed. Cambridge University Press.

THORNTON, John, Africa and Africans in the Making of the Atlantic World, 1400-1680. 2.ed. Cambridge University Press, 1998.

A. MULVEY, Patricia. Brothers and Sisters: Membership in the Black Lay Brotherhoods of Colonial. Brazil. Luso-Brazilian Review Vol. 17, No. 2, pp. 253-279. Ed. University of Wisconsin Press. 1980.

MOURA HUE, Sheila. As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet. 2.ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2008.

CANABRAVA, Alice. O comercio português no Rio da Prata : (1580-1640) ed. São Paulo, Itatiaia, 1984.

GONÇALES SALVADOR, Jose. Os cristãos Novos e o comercio no Atlântico Meridional, ed. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1978.

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