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Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

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Page 1: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Prof. Luciano A. Mello

Calcificações Patológicas

AULA-03

Page 2: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

LESÃO CELULAR

LETAL SUB-LETAL

MORTE

NECROSE

PROCESSOS ADAPTATIVOS

Dist de

crescimento

DEGENERAÇÕES

Irreversível reversível

Hidrópicas

Gordurosa

Hialinas

Mucóides

Glicogênica

CALCIFICAÇÃO

A

P

O

P

T

O

S

E

Page 3: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

É um processo que ocorre normalmente na formação dos ossos e cartilagens.

Essas alterações induzem a uma deposição anormal de sais de

cálcio e outros sais minerais heterotopicamente, ou seja, em locais onde

não é comum a sua deposição.

DEPÓSITOS DE CALCIO: CALCIFICAÇÃO

A calcificação patológica é definida por se localizar fora do tecido

ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da

morfostase.

Page 4: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo

princípio das calcificações normais,

Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional

ou morfológica do tecido, podem-se distinguir quatro tipos de

calcificação heterotópica: Distrófica, Metastática, Litíase ou Idiopática.

DEPÓSITOS DE CALCIO: CALCIFICAÇÃO

Page 5: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Ocorre devida a lesão do próprio tecido;

Encontrada principalmente nos tecidos com necrose dos tipos:

Caseosas,

Coagulação,

Gordurosa.

Raramente apresenta-se na necrose liquefativa;

Sua presença é quase frequente nos ateromas.

1- CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA

DEPÓSITOS DE CALCIO: CALCIFICAÇÃO

Page 6: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

1- CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA

O mecânismo exato ainda não é bem conhecida, sendo que os

processos parece ser muito semelhante ao de ossificação.

Podem ser vista nas valvas cardíacas lesadas por febre reumáticas ou

por precessos degenerativos do envelhecimento

A alteração no pH local no tecido lesado, faz o organismo depositar

cálcio para neutralizar-la.

Page 7: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Mamografia com microcalcificação

Embora na maioria das vezes não produza sintomas clínicos (a não

ser que se desenvolva em pontos críticos (coronárias, valvas cardíacas)

desempenha um importante papel no diagnóstico radiológico.

EX: Mamografia revela microcalcificação é um sinal sugestivo de câncer na

mama

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A pinça destaca uma placa de ateroma calcificada, que se desloca da túnica íntima (PI). Esse quadro caracteriza um estágio avançado de ateroesclerose.

Page 9: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Cálculos cerebrais, podendo ser

provocada por Toxoplasmose congênita

1- CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA

Febre reumática e obliteração das comissuras. Espessura irregular das valvas.

Page 10: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Pontos de calcificação (basofílicos) na camada íntima da aorta em um

processo avançado de ateroesclerose. (HE, 200X).

Page 11: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

2- CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA

Se deve ao aumento do cálcio circulante (hipercalcemia).

É portanto encontrado:

Aumento do parato-hormônio ( Hiperparatiroidismo)

Excesso de vitamina D

Aumento da mobilização do cálcio ósseo (ex: destruições de

ossos por tumores)

O cálcio circulante aumentado se deposita em tecidos normais,

acentuando-se mais nos locais onde houver tecidos lesados

Cálcio mobilizado de outras áreas, depositando-se a distância,

Page 12: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

- Doença de Addison (produção insuficiente dos hormônios da

glândula supra-renal)

- São exemplos de hipercalcemia moderada com possibilidade de

calcificação metastática

A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemiahipercalcemia. Essa

situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em

situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade,

hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon.

2- CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA

Page 13: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03
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Calcificação em estruturas tubulares diferentes de vasos sangüíneos.

Não difere muito dos padrões de formação da calcificação distrófica.

Sua particularidade reside no fato de se localizar em estruturas tubulares

Esse núcleo se desloca para a luz do ducto, onde cresce devido a

sucessivas incrustações ao redor de sua estrutura.

A calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos,

principalmente do pâncreas, da glândula salivar, da próstata e dos tratos

urinário e biliar.

3- CALCULOSE OU LITÍASE

Page 15: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Calculos de Oxalato de cálcio

3- CALCULOSE OU LITÍASE

Hidronefrose secundária devido a calculose

Page 16: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Presença de calcificações distróficas em ducto (D) de parótida

(A), supostamente derivados de um cálculo (setas) (HE, 100X).

3- CALCULOSE OU LITÍASE

Page 17: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

Calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos, principalmente do pâncreas, da glândula salivar, da próstata e dos tratos urinário e biliar.

LITÍASE DA VESÍCULA BILIARLITÍASE DA VESÍCULA BILIAR

3- CALCULOSE OU LITÍASE

Page 18: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

CÁLCULOS URINÁRIOS (Urolitíase)CÁLCULOS URINÁRIOS (Urolitíase)

A maioria dos cálculos renais é composta de Oxalato de cálcio e de A maioria dos cálculos renais é composta de Oxalato de cálcio e de

Oxalato de fosfatoOxalato de fosfato

Fatores determinantesFatores determinantes

• Aumento da concentração do soluto na urinaAumento da concentração do soluto na urina

• pH urinário baixo, resultando em em baixa solubilidade do solutopH urinário baixo, resultando em em baixa solubilidade do soluto

• Baixa ingestão de líquido (estase urinária)Baixa ingestão de líquido (estase urinária)

• Infecção persistente Infecção persistente

Natureza dos cálculos

• 80% de Oxalato de cálcio e de fosfato (Hipercalcemia)

• 15% de Fosfato de magnésio, de amônia e de cálcio (Microorganismos que degradam a uréia, tornando a urina alcalina)

• 4% de ácido úrico (Hiperuricemia, Ex: Gota)

• < 1% de cistina (Defeitos genéticos de transporte tubular)

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Diagnóstico tardio e os que não se tratam têm cristais de monourato de sódio depositados nas articulações, tendões e cartilagens.

São muito característicos regiões volumosas localizadas nos cotovelos. Apesar de não ser comum, quando aparecem na cartilagem do ouvido são úteis para diagnóstico de gota.

Gota é uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue e surtos de artrite aguda secundários ao depósito de cristais de monourato de sódio.

Page 20: Prof. Luciano A. Mello Calcificações Patológicas AULA-03

A quebra-pedra (A quebra-pedra (Phyllantus niruniPhyllantus niruni) ) inibe a formação de cálculosinibe a formação de cálculosrenais e facilita sua expulsão renais e facilita sua expulsão

((Ciência Hoje, 2004)Ciência Hoje, 2004)

A formação dos cálculos ocorre pela adesão de pequenas

partículas minerais às paredes do túbulo renal, um canal fino que constitui

cada néfron.

Chá de quebra-pedra reduz a adesão de cristais de oxalato de

cálcio às paredes do túbulo renal, porque reverte sua polaridade.

"Os cristais se prendem à parede celular porque há uma atração

elétrica entre ambos", a química esclarece. "Os cristais têm carga positiva,

e a parede celular, negativa. O Phyllantus niruri parece mudar a polaridade

da carga dos cristais, e inibir assim sua adesão ao túbulo renal."