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Conflito de Gerações Conflito de Gerações Gisele Santos Stumpf Gisele Santos Stumpf Liliane Corrêa Nunes Melo Liliane Corrêa Nunes Melo Mara Lusiane Matos dos Santos Mara Lusiane Matos dos Santos Márcia Viviane Leite de Matos Márcia Viviane Leite de Matos Silvio Colussi Neto Silvio Colussi Neto E.M.E.F. Cícero da Silva Brogni E.M.E.F. Cícero da Silva Brogni Capão da Canoa - RS Capão da Canoa - RS

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Conflito de GeraçõesConflito de GeraçõesGisele Santos StumpfGisele Santos Stumpf

Lil iane Corrêa Nunes MeloLi l iane Corrêa Nunes MeloMara Lusiane Matos dos SantosMara Lusiane Matos dos SantosMárcia Viviane Leite de MatosMárcia Viviane Leite de Matos

Si lvio Colussi NetoSi lvio Colussi NetoE.M.E.F. Cícero da Silva BrogniE.M.E.F. Cícero da Silva Brogni

Capão da Canoa - RSCapão da Canoa - RS

Os constantes conflitos Os constantes conflitos existentes na prática escolar, existentes na prática escolar, gerados a partir da pluralidade gerados a partir da pluralidade etária na Educação de Jovens e etária na Educação de Jovens e Adultos no PROEJA-FIC da Escola Adultos no PROEJA-FIC da Escola Cícero da Silva Brogni.Cícero da Silva Brogni.

E.M.E.F. Cícero da Silva Brogni de Capão E.M.E.F. Cícero da Silva Brogni de Capão da Canoa – RS com 1300 alunos nos três da Canoa – RS com 1300 alunos nos três turnos com EF e EJA.turnos com EF e EJA.

PROEJA – FIC 2010/2012.PROEJA – FIC 2010/2012.

Curso Profissionalizante de Informática.Curso Profissionalizante de Informática.

A turma é composta por 30 alunos e A turma é composta por 30 alunos e frequentam regularmente 20.frequentam regularmente 20.

Faixa etária entre 17 a 65 anos.Faixa etária entre 17 a 65 anos.

Há implicação entre a Qualidade de Há implicação entre a Qualidade de Educação e os Conflitos nas faixas etárias Educação e os Conflitos nas faixas etárias com interesses e vivências diferenciadas?com interesses e vivências diferenciadas?A exclusão e o constrangimento no grande A exclusão e o constrangimento no grande grupo podem ser provenientes destes grupo podem ser provenientes destes conflitos?conflitos?Há incompatibilidade de interesses entre os Há incompatibilidade de interesses entre os mais jovens e os mais experientes?mais jovens e os mais experientes? A diversidade cultural, social e biológica A diversidade cultural, social e biológica desencadeiam estes conflitos?desencadeiam estes conflitos?

Objetivo Geral:Objetivo Geral:

Criar um ambiente de convivência que Criar um ambiente de convivência que valorize as diferenças e as trocas de valorize as diferenças e as trocas de saberes para mediar os conflitos de saberes para mediar os conflitos de gerações, de forma que não haja nova gerações, de forma que não haja nova exclusão.exclusão.

Objetivos específicos:Objetivos específicos:Promover um espaço dialógico que Promover um espaço dialógico que

enriqueça a sua bagagem de vida.enriqueça a sua bagagem de vida.Oportunizar as trocas de experiências e Oportunizar as trocas de experiências e

vivências para o reconhecimento do outro.vivências para o reconhecimento do outro.Estimular a participação dos alunos, Estimular a participação dos alunos,

valorizando o que cada um tem para valorizando o que cada um tem para contribuir no momento.contribuir no momento.

Mediar situações de conflitos gerados em Mediar situações de conflitos gerados em sala de aula transformando-os em novos sala de aula transformando-os em novos saberes.saberes.

Escolha do tema a partir da prática escolar.Escolha do tema a partir da prática escolar.

Construção do Referencial Teórico.Construção do Referencial Teórico.

Questionário com 7 alunos entre 17 e 50 anos.Questionário com 7 alunos entre 17 e 50 anos.

Leitura e interpretação das respostas.Leitura e interpretação das respostas.

Construção e montagem dos gráficos.Construção e montagem dos gráficos.

Análise dos dados coletados.Análise dos dados coletados.

Constatação teórica e prática da interferência Constatação teórica e prática da interferência do conflito na educação.do conflito na educação.

Tentativa de atenuar o conflito explorando as Tentativa de atenuar o conflito explorando as diferenças a favor da educação.diferenças a favor da educação.

Os constantes conflitos interferiram na Os constantes conflitos interferiram na integração da turma comprometendo o objetivo integração da turma comprometendo o objetivo final das atividades desenvolvidas. Ao mesmo final das atividades desenvolvidas. Ao mesmo tempo em que estas diferenças desestabilizaram, tempo em que estas diferenças desestabilizaram, também podem promover a mudança de também podem promover a mudança de comportamento e a aceitação do outro. comportamento e a aceitação do outro.

““A assunção de nós mesmos não significa a A assunção de nós mesmos não significa a exclusão dos outros. É a “outredade” do “não exclusão dos outros. É a “outredade” do “não eu”, ou do eu”, ou do tutu, que me faz assumir a radicalidade , que me faz assumir a radicalidade de meu eu”. (Freire 1996, pg. 41)de meu eu”. (Freire 1996, pg. 41)

Necessidade de investigar as causas geradoras dos conflitos, a fim de que o aluno já excluído do ensino regular não sofra uma nova exclusão, valorizando as diferenças em benefício do coletivo.

Tentativa de melhorar o relacionamento Tentativa de melhorar o relacionamento da turma, entendê-la, buscando atenuar da turma, entendê-la, buscando atenuar os conflitos de gerações, valorizando a os conflitos de gerações, valorizando a troca de experiências, de modo a troca de experiências, de modo a motivar para que cada um se empenhe motivar para que cada um se empenhe ao máximo.ao máximo.

Fala do alunoFala do aluno:: ““A diferença de idade e as vivências. Ninguém é A diferença de idade e as vivências. Ninguém é

criado igual, pois um não aceita o que o outro fala.”criado igual, pois um não aceita o que o outro fala.”

Acreditamos que ao aceitar a opinião do outro Acreditamos que ao aceitar a opinião do outro e modificar a sua, o indivíduo toma consciência e modificar a sua, o indivíduo toma consciência da realidade em que vive e do seu papel no da realidade em que vive e do seu papel no grupo, passando a valorizar as vivências do grupo, passando a valorizar as vivências do outro.outro.

César Coll (1996), afirma que o comportamento César Coll (1996), afirma que o comportamento humano é, em sua maior parte, aprendido e humano é, em sua maior parte, aprendido e poderá ser modificado na interação.poderá ser modificado na interação.

Falas dos alunos:Falas dos alunos: ““Tem gente por que tem mais idade tem que ter prioridades.”Tem gente por que tem mais idade tem que ter prioridades.”

““Os mais novos não respeitam os outros é um desacato.”Os mais novos não respeitam os outros é um desacato.”

Percebemos que a maioria dos conflitos está Percebemos que a maioria dos conflitos está relacionada a valores preestabelecidos, para os mais relacionada a valores preestabelecidos, para os mais novos os mais velhos querem impor regras de conduta novos os mais velhos querem impor regras de conduta e, ao mesmo tempo, ter prioridades. Enquanto os mais e, ao mesmo tempo, ter prioridades. Enquanto os mais velhos, se sentem desrespeitados pela postura dos mais velhos, se sentem desrespeitados pela postura dos mais jovens. Os conflitos podem ser amenizados quando jovens. Os conflitos podem ser amenizados quando escutam e valorizam as experiências do outro.escutam e valorizam as experiências do outro.

Para Coll (1996, pg. 312) nem sempre as pessoas conseguem resolver sozinhos seus problemas, necessitando da ajuda de seus semelhantes.

Na forma de educar modificamos a visão referente Na forma de educar modificamos a visão referente aos alunos mais jovens, valorizando as suas aos alunos mais jovens, valorizando as suas contribuições, estimulando a sua maior contribuições, estimulando a sua maior participação e a integração com os mais participação e a integração com os mais experientes.experientes.

Utilizamos a Informática e as demais tecnologias Utilizamos a Informática e as demais tecnologias para promover trocas e aproximar as gerações.para promover trocas e aproximar as gerações.

Promovemos saída de estudos com momentos de Promovemos saída de estudos com momentos de descontração, obtendo uma maior integração da descontração, obtendo uma maior integração da turma.turma.

Pretendemos estender estas experiências para Pretendemos estender estas experiências para toda a Educação de Jovens e Adultos.toda a Educação de Jovens e Adultos.

Acreditamos que é através das Acreditamos que é através das trocas que se dá a valorização das trocas que se dá a valorização das vivências e experiências, vivências e experiências, favorecendo um ambiente de favorecendo um ambiente de aprendizagem rico, o qual aprendizagem rico, o qual contribuirá para a formação de um contribuirá para a formação de um sujeito autônomo.sujeito autônomo.

COLL, COLL, CesarCesar. PALACIOS, . PALACIOS, JesusJesus. MARCHESI, . MARCHESI, AlvaroAlvaro. . Desenvolvimento Psicológico e Educação – Desenvolvimento Psicológico e Educação – Psicologia da Psicologia da educação – Vol. 2. Artmed Editora. Porto Alegre, 1996.educação – Vol. 2. Artmed Editora. Porto Alegre, 1996.

DELORS, DELORS, JacquesJacques. . Educação um tesouro a descobrir. Educação um tesouro a descobrir. São São Paulo. Editora Cortez. 2006.Paulo. Editora Cortez. 2006.

FREIRE, FREIRE, PauloPaulo. . Pedagogia do Oprimido.Pedagogia do Oprimido. São Paulo. 47ª São Paulo. 47ª ed. Paz e Terra, 2005.ed. Paz e Terra, 2005.

FREIRE, FREIRE, Paulo. Paulo. Pedagotia da Esperança. Pedagotia da Esperança. São Paulo. São Paulo. Editora Paz e terra, 1992.Editora Paz e terra, 1992.

VYGOTSKY, VYGOTSKY, Lev S.Lev S. A formação social da mente. A formação social da mente. São São Paulo. Martins fontes, 1991.Paulo. Martins fontes, 1991.

PARO, Vitor Henrique. Eleição de diretores: a escola pública experimenta a democracia. Campinas, Papirus, 1996.